'Para de ficar postando coisa de gente preta, de gay', diz mulher em discurso em igreja de Nova Friburgo; polícia abre inquérito.
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Vídeo viralizou nas redes. Discurso tem recebido críticas de internautas e movimentos que defendem causas raciais e LGBTQIA+.
Por Ariane Marques e Leonardo Libânio, G1 — Nova Friburgo
O vídeo da pregação de uma mulher em uma igreja evangélica de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, repercutiu nas redes sociais nesta segunda-feira (2) por conter críticas feitas a fiéis que defendem causas políticas, raciais e LGBTQIA+. A Polícia Civil abriu inquérito depois de analisar o discurso de Kakau Cordeiro, membro da Igreja Sara Nossa Terra.
"É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha, desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová Nissi. É Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira.
"Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para! Posta palavra de Deus que transforma vidas. Vira crente, se transforma, se converta!".
O delegado titular da 151ª DP, Henrique Pessoa, disse que há um "teor claramente racista e homofóbico, o que configura transgressão típica na forma do artigo 20 da Lei 7716/87".
"De tal modo que a pena é de 3 a 5 anos com circunstâncias qualificadoras por ter sido feita em mídias sociais e através da imprensa. De tal modo que já foi instaurado inquérito policial pelo crime de intolerância racial e homofóbica, de acordo com a recente previsão do STF", disse o delegado.
O G1 tenta um posicionamento de Kakau Cordeiro, que ainda não retornou às tentativas de contato feitas pela reportagem. Já a Igreja Sara Nossa Terra disse que não irá se pronunciar. Ela chegou a publicar o vídeo em seu perfil no Instagram, mas a página saiu do ar.
O compartilhamento feito pelo ex-deputado estadual Wanderson Nogueira já teve mais de 18 mil visualizações e centenas de comentários com críticas ao discurso.
"Tenho certeza que esse não é o pensamento cristão. Machuca ouvir(...)", disse o político em sua postagem.
A vereadora de Nova Friburgo, Maiara Felício, se manifestou em seus stories no Instagram.
"Um vídeo extremamente intolerante, dentro de uma instituição religiosa (...) A gente quer fazer um movimento gigante para mostrar que em Nova Friburgo a intolerância não vai reinar", disse.
O Coletivo Negro de Nova Friburgo também divulgou nota repudiando a atitude. Veja íntegra.
"Nós do Coletivo Negro Lélia Gonzalez NF denunciamos, condenamos e repudiamos qualquer forma de discriminação contra a classe trabalhadora e realizada pela mesma reproduzindo a lógica da classe dominante que é racista, facista, lgbtfobica, eugenista, branca, heteronormativa, patrimonialista, patriarcal, branca, lascivos e cristãos. Não podemos dizer que todes cristãs tem comportamento e postura, como esta pessoa, porém não podemos ignorar que ela está expressando a hegemonia dominante. Não devemos naturalizar tais posturas, declarações sem que os órgão tomem devidas medidas, embora estes órgãos expressam interesses da classe dominante. Quando ela faz este ataque, e a todes que defendem o direito da classe trabalhadora que são majoritariamente negras, quando ela de forma superior, ela concorda com a morte da juventude negra, desaparecimento de nossas crianças, e naturaliza feminicídio incidentes nas mulheres negras trans e cia, ela naturaliza o primeiro lugar de morte de mulheres trans e travestis e nosso encarceramento em massa nas senzalas modernas. Racistas, genocidas, Eugenista, Lgbtfóbicos exploradores não passarão! Por uma sociedade onde a diversidade não seja instrumento de dominação e exploração". Fonte: https://g1.globo.com
AO VIVO-CARMO ANGRA/RJ: 18º Domingo do Tempo Comum. Santa Missa com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.
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AO VIVO-CARMO ANGRA/RJ: 18º Domingo do Tempo Comum. Santa Missa com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Mês Vocacional, Dia do Padre e Semana da Família. www.instagram.com/freipetronio
O DIA DO PADRE
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Dom Jaime Vieira Rocha
Arcebispo de Natal (RN)
No primeiro domingo de agosto, dentro da dinâmica pastoral da Igreja no Brasil, isto é, celebrando o Mês Vocacional, comemoramos o Dia do Padre. A proximidade com a memória litúrgica de São João Maria Vianney (1786-1859), patrono dos párocos, no dia 4 de agosto, faz a Igreja celebrar com alegria e júbilo os presbíteros de todo o mundo.
Proclamado patrono de todos os párocos do mundo, pelo Papa Pio XI, em 1929, celebrado pelos últimos santos papas, como São João XXIII, que lhe dedicou uma carta encíclica, “Sacerdotii nostri primordia” (“… as primícias do nosso sacerdócio”), no centenário de sua morte, em 1959, São João Paulo II celebrou, em Ars, na França, em 1986, o bicentenário de seu nascimento, Bento XVI proclamou o Ano Sacerdotal, por ocasião do 150º aniversário de sua morte, em 2009 e em 2019 Papa Francisco celebrou os 160 anos de sua morte, o Santo Cura d’Ars, como é conhecido, é uma inspiração para todos os presbíteros da Igreja Católica, especialmente a humildade, a simplicidade e a caridade. O Concílio Vaticano II afirma que o Sacerdócio ministerial não é um super poder que torna o presbítero um super-cristão, superior aos outros, mas é chamado a viver o seu ministério com as mesmas virtudes do seu patrono. Sim, o sacerdócio a que o padre é configurado parte do Sacerdócio comum a todos os batizados. De fato, o Batismo é o início dessa configuração, pois por ele todos os batizados são feitos participes do Sacerdócio de Cristo. “O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não apenas em grau, ordenam-se mutuamente um ao outro; pois um e outro participam, a seu modo, do único sacerdócio de Cristo. Com efeito, o sacerdote ministerial, pelo seu poder sagrado, forma e conduz o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico fazendo as vezes de Cristo e oferece-o a Deus em nome de todo o povo; os fiéis, por sua parte, concorrem para a oblação da Eucaristia em virtude do seu sacerdócio real, que eles exercem na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho da santidade de vida, na abnegação e na caridade operosa” (CONCÍLIO VATICANO II. Constituição dogmática sobre a Igreja, Lumen gentium, n. 10).
Serviço aos outros, cuidado e compaixão, ministério da reconciliação e da misericórdia, ser pastor da comunidade, sempre a exemplo do bom Pastor, Jesus Cristo, que deu a sua vida pelos outros, faz do padre um membro importante e necessário para a comunidade cristã. Mas, é preciso sempre insistir: o chamado à santidade, destinado a todos os batizados, é também exigência para sua vida (cf. Lumen gentium, capítulo V – “A vocação universal à santidade na Igreja”). Como também, é necessário e urgente, talvez hoje mais do que nunca, reconhecer que o ativismo e o esgotamento físico e psíquico são inimigos dos ministros ordenados, e que devem ser tratados com honestidade, atenção e caridade. Cuidar da saúde não é comodismo, nem busca de uma vida no “dolce far niente”, mas fortalecer a saúde para servir melhor. Exorto a todos os presbíteros que não deixem de procurar os cuidados médicos, para que todos possam estar bem e dedicados ao serviço pastoral com alegria, harmonia e equilíbrio. Inclusive, é preciso cuidar da saúde mental, um dos temas muito atual, e que se apresenta na união ou relação de espiritualidade, terapia e, sobretudo, abertura de coração ao diálogo. Quanto a isso, todos são conscientes da beleza e da importância da amizade, seja com os leigos e leigas, seja amizade com os outros presbíteros.
Desejo que o dia do padre seja vivido com oração, alegria e paz no coração de todos. Agradeço, de coração, o empenho das comunidades com a coleta que será realizada neste final de semana, para a ação da Pastoral Presbiteral em nossa Arquidiocese. E, rezemos pelos nossos padres. Parabéns a todos os nossos padres. Fonte: https://www.cnbb.org.br
EVANGELHO DO DIA-18ª SEMANA DO TEMPO COMUM. Terça-feira, 3 de agosto-2021. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita
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1) Oração
Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os vosso filhos que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 14, 22-36)
22Logo depois, Jesus obrigou seus discípulos a entrar na barca e a passar antes dele para a outra margem, enquanto ele despedia a multidão.23Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E, chegando a noite,estava lá sozinho.24Entretanto, já a boa distância da margem, a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.25Pela quarta vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar.26Quando os discípulos o perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: É um fantasma! disseram eles, soltando gritos de terror.27Mas Jesus logo lhes disse: Tranqüilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo!28Pedro tomou a palavra e falou: Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti!29Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus.30Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me!31No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste?32Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou.33Então aqueles que estavam na barca prostraram-se diante dele e disseram: Tu és verdadeiramente o Filho de Deus.34E, tendo atravessado, chegaram a Genesaré.35As pessoas do lugar o reconheceram e mandaram anunciar por todos os arredores. Apresentaram-lhe, então, todos os doentes,36rogando-lhe que ao menos deixasse tocar na orla de sua veste. E, todos aqueles que nele tocaram, foram curados.
3) Reflexão Mateus 14,22-36
O Evangelho de hoje descreve a difícil e cansativa travessia do mar da Galileia num barco frágil, balançado pelo vento contrário. Entre o Sermão das Parábolas (Mt 13) e o da Comunidade (Mt 18), está, novamente, a parte narrativa (Mt 14 até 17). O Sermão das Parábolas chamava nossa atenção para a presença do Reino. Agora, a parte narrativa mostra como esta presença acontece provocando reações a favor e contra Jesus. Em Nazaré ele não foi aceito (Mt 13,53-58) e o rei Herodes pensava que Jesus fosse uma espécie de reencarnarão de João Batista, por ele assassinado (Mt 14,1-12). O povo pobre, porém, reconhecia em Jesus o enviado de Deus e o seguia no deserto, onde aconteceu a multiplicação dos pães (Mt 14,13-21). Depois da multiplicação dos pães, Jesus despede a multidão e manda os discípulos fazer a travessia, descrita no evangelho de hoje (Mt 14,22-36).
Mateus 14,22-24: Iniciar a travessia a pedido de Jesus.
Jesus forçou os discípulos a entrar no barco e ir para o outro lado do mar, onde ficava a terra dos pagãos. Ele mesmo sobe a montanha para rezar. O barco simboliza a comunidade. Ela tem a missão de dirigir-se aos pagãos e de anunciar também entre eles a Boa Nova do Reino que gera um novo jeito de conviver em comunidade. Mas a travessia é cansativa e demorada. A barca é agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Apesar de terem remado a noite toda, falta muito para chegar à terra. Faltava muito para as comunidades fazerem a travessia para os pagãos. Jesus não foi com os discípulos. Eles devem aprender a enfrentar juntos as dificuldades, unidos e fortalecidos pela fé em Jesus que os enviou. O contraste é grande: Jesus em paz junto de Deus rezando no alto da montanha, e os discípulos meio perdidos lá em baixo, no mar revolto.
A travessia para o outro lado do lago simboliza também a difícil travessia das comunidades do fim do primeiro século. Elas deviam sair do mundo fechado da antiga observância da lei para o novo jeito de observar a Lei do amor, ensinado por Jesus; sair da consciência de pertencer ao povo eleito, privilegiado por Deus entre todos os povos, para a certeza de que em Cristo todos os povos estavam sendo fundidos num único Povo diante de Deus; sair do isolamento da intolerância para o mundo aberto do acolhimento e da gratuidade. Também nós hoje estamos numa travessia difícil para um novo tempo e uma nova maneira de ser igreja. Travessia difícil, mas necessária. Há momentos na vida em que o medo nos assalta. Boa vontade não falta, mas não basta. Somos como um barco que enfrenta o vento contrário.
Mateus 14,25-27: Jesus se aproxima e eles não o reconhecem.
Na quarta vigília, isto é, entre as horas três e seis da madrugada, Jesus foi ao encontro dos discípulos. Andando sobre as águas, chegou perto deles, mas eles não o reconheceram. Gritavam de medo, pensando que fosse um fantasma. Jesus os acalma dizendo: “Coragem! Sou eu! Não tenham medo!” A expressão "Sou Eu!" é a mesma com que Deus tentou superar o medo de Moisés quando o enviou para libertar o povo do Egito (Ex 3,14). Para as comunidades, tanto as de ontem como as de hoje, era e é muito importante ouvir sempre de novo: "Coragem! Sou eu! Não tenham medo!"
Mateus 14,28-31: Entusiasmo e fraqueza de Pedro .
Sabendo que é Jesus, Pedro pede para poder andar sobre as águas. Quer experimentar o poder que domina a fúria do mar. Um poder que, na Bíblia, é exclusivo de Deus (Gn 1,6; Sl 104,6-9). Jesus permite que ele participe desse poder. Mas Pedro tem medo. Pensa que vai afundar e grita: "Senhor! Salva-me!" Jesus o segura e repreende: "Homem fraco na fé! Por que duvidou?" Pedro tem mais força do que ele imagina, mas tem medo diante das ondas contrárias e não acredita no poder de Deus que existe nele. As comunidades não acreditam na força do Espírito que existe dentro delas e que atua através da fé. É a força da ressurreição (Ef 1,19-20).
Mateus 14,32-33: Jesus é o Filho de Deus
Diante da onda que avança sobre ele, Pedro afunda no mar por falta de fé. Depois que foi salvo, ele e Jesus, os dois, entram na barca e a ventania para. Os outros discípulos, que estavam na barca, ficam maravilhados e se ajoelham diante de Jesus, reconhecendo nele o Filho de Deus: "De fato, tu és o Filho de Deus". Mais tarde, Pedro também vai professar a mesma fé em Jesus: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Assim, Mateus sugere que não é só Pedro que sustenta a fé dos discípulos, mas também é a fé dos discípulos, que sustenta a fé de Pedro.
Mateus 14,34-36: Levaram a Jesus todos os doentes
O episódio da travessia termina com este final bonito: “Acabando de atravessar, desembarcaram em Genesaré. Os homens desse lugar, reconhecendo-os, espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a Jesus todos os doentes, e pediram que pudessem ao menos tocar a barra da roupa dele. E todos os que tocaram, ficaram curados”.
4) Para um confronto pessoal
- Um vento contrário assim já aconteceu na sua vida? Como fez para vencer? Já aconteceu alguma vez na comunidade? Como superaram?
- Qual a travessia que hoje as comunidades estão fazendo? De onde para onde? Como tudo isto nos ajuda a reconhecer hoje a presença de Jesus nas ondas contrárias da vida?
5) Oração final
Afastai-me do caminho da mentira, e fazei-me fiel à vossa lei. Não me tireis jamais da boca a palavra da verdade, porque tenho confiança em vossos decretos. (Sl 118, 29.43)
18º Domingo do Tempo Comum: O Pão do céu... Dia do Padre
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Dom Rodolfo Luís Weber
Arcebispo de Passo Fundo (RS)
A palavra dom resume bem a liturgia deste domingo e a vocação ao ministério ordenado. Os textos bíblicos de Êxodo 16,2-4.12-15; Efésios 4, 17.20-24 e João 6,24-35 ressaltam a gratuidade de Deus. É o maná que chove do céu. É o homem novo, com novo espírito, nova mentalidade, revestido de justiça e santidade que se forma a partir de Deus. “É meu Pai que dá o verdadeiro pão do céu (…) e dá vida ao mundo. Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
O mês vocacional celebrado na Igreja, no mês de agosto, lembra dos dons concedidos a cada batizado. Neste primeiro domingo celebramos o ministério ordenado: o dom do episcopado, do presbiterado e do diaconado. Estes escolhidos e enviados proporcionam que o “pão descido do céu” chegue aos que o desejam.
É muito prazeroso receber presentes, como também oferecê-los aos outros. A troca de presentes ou dons constrói pontes e desencadeia ocasiões para cultivar amizades e aprofundar o intercâmbio de vida. Não falamos de presentes dados com “segundas intenções”, pois estes resultam em aprisionamento. Falamos de dons marcados pela liberalidade e gratuidade que geram comunhão e vida.
Jesus fala da bondade de Deus já manifestada no maná, na multiplicação dos pães e, agora, com a sua presença no mundo. O pão se torna oportunidade e ao mesmo tempo símbolo do pão que dura para a vida eterna. É o pão que não se procura, mas é dado gratuitamente e multiplicado por Deus através de Jesus Cristo.
Depois de saciar a fome da multidão com os pães e peixes multiplicados, Jesus deseja abrir novos horizontes na multidão que o procura. As preocupações das necessidades imediatas do comer, vestir, são urgentes, mas não podem limitar a busca. “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará”. Convida a irem ao seu encontro não para receber alguma coisa, mas para se encontrar com Ele, estabelecer relações, conviver e alimentar-se dele, pois, ele “é o pão da vida”. Porque o novo alimento é dom, o homem pode usufruir da medida em que o acolhe. Tal dom leva o discípulo à experiência da vida mesma de Deus.
A Igreja entende que a vocação e a missão do diácono, do padre e do bispo nasceram da livre escolha divina que necessita uma livre e total resposta do escolhido. Eles se tornam personagens da sociedade. A vida, principalmente do padre e do bispo, concentra-se em oferecer Jesus Cristo ao mundo, “o verdadeiro pão descido do céu (…) que dá vida.”.
Alguém poderia perguntar sobre a utilidade do padre na sociedade. Certamente não é nesta direção que deve ir o questionamento, mas a pergunta deve ser sobre a importância deles. Eles lembram que o céu e a terra se tocam, mesmo que a percepção não seja imediata e nem sempre evidente. Ao realizarem cerimônias sagradas unem os dois mundos. “O sagrado é uma categoria da mente que expressa a necessidade de ter uma resposta imediata, se remeter a outro, como muitas vezes acontece para a ciência e o raciocínio. (…) O sacerdote é, um homem religioso que, através de gestos, liturgias, cerimônias, dá respostas às necessidades do sagrado que todo ser humano experimenta”. (Vittorino Andreoli – psiquiatra italiano).
A nossa homenagem e gratidão a todos os padres. Fonte: https://www.cnbb.org.br
EVANGELHO DO DIA-17ª SEMANA DO TEMPO COMUM. Sexta-feira, 30 de julho-2021. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo: redobrai de amor para convosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 13,54-58)
54Foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de modo que todos diziam admirados: Donde lhe vem esta sabedoria e esta força miraculosa? 55Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso? 57E não sabiam o que dizer dele. Disse-lhes, porém, Jesus: É só em sua pátria e em sua família que um profeta é menosprezado. 58E, por causa da falta de confiança deles, operou ali poucos milagres.
3) Reflexão
O evangelho de hoje conta como foi a visita de Jesus à Nazaré, sua comunidade de origem. A passagem por Nazaré foi dolorosa para Jesus. O que antes era a sua comunidade, agora já não é mais. Alguma coisa mudou. Onde não há fé, Jesus não pode fazer milagre.
Mateus 13, 53-57ª: Reação do povo de Nazaré frente a Jesus.
É sempre bom voltar para a terra da gente. Após longa ausência, Jesus também voltou e, como de costume, no dia de sábado, foi para a reunião da comunidade. Jesus não era coordenador, mesmo assim ele tomou a palavra. Sinal de que as pessoas podiam participar e expressar sua opinião. O povo ficou admirado, não entendeu a atitude de Jesus: "De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres?” Jesus, filho do lugar, que eles conheciam desde criança, como é que ele agora ficou tão diferente? O povo de Nazaré ficou escandalizado e não o aceitou: “Não é ele o filho do carpinteiro?” O povo não aceitou o mistério de Deus presente num homem comum como eles conheciam Jesus. Para poder falar de Deus ele teria de ser diferente. Como se vê, nem tudo foi bem sucedido. As pessoas que deveriam ser as primeiras a aceitar a Boa Nova, estas eram as que se recusavam a aceitá-la. O conflito não é só com os de fora de casa, mas também com os parentes e com o povo de Nazaré. Eles recusam, porque não conseguem entender o mistério que envolve a pessoa de Jesus: “Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs, não moram aqui conosco? Então, de onde vem tudo isso?" Não deram conta de crer.
Mateus 13, 57b-58: Reação de Jesus diante da atitude do povo de Nazaré.
Jesus sabe muito bem que “santo de casa não faz milagre”. Ele diz: "Um profeta só não é honrado em sua própria pátria e em sua família". De fato, onde não existe aceitação nem fé, a gente não pode fazer nada. O preconceito o impede. Jesus, mesmo querendo, não pôde fazer nada. Ele ficou admirado da falta de fé deles.
Os irmãos e as irmãs de Jesus.
A expressão “irmãos de Jesus” é causa de muita polêmica entre católicos e protestantes. Baseando-se neste e em outros textos, os protestantes dizem que Jesus teve mais irmãos e irmãs e que Maria teve mais filhos! Os católicos dizem que Maria não teve outros filhos. O que pensar disso? Em primeiro lugar, as duas posições, tanto dos católicos como dos protestantes, ambas têm argumentos tirados da Bíblia e da Tradição das suas respectivas Igrejas. Por isso, não convém brigar nem discutir esta questão com argumentos só de cabeça. Pois trata-se de convicções profundas, que têm a ver com a fé e com o sentimento de ambos. Argumento só de cabeça não consegue desfazer uma convicção do coração! Apenas irrita e afasta! Mesmo quando não concordo com a opinião do outro, devo sempre respeitá-la. Em segundo lugar, em vez de brigar em torno de textos, nós todos, católicos e protestantes, deveríamos unir-nos bem mais para lutar em defesa da vida, criada por Deus, vida tão desfigurada pela pobreza, pela injustiça, pela falta de fé. Deveríamos lembrar algumas outras frases de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”(Jo 10,10). “Que todos sejam um, para que o mundo creia que Tu, Pai, me enviaste”(Jo 17,21). “Não o impeçam! Quem não é contra nós é a favor”(Mc 10,39.40).
4) Para um confronto pessoal
- Em Jesus algo mudou no seu relacionamento com a Comunidade de Nazaré. Desde que você começou a participar na comunidade, alguma coisa mudou no seu relacionamento com a família? Por que?
- A participação na comunidade tem ajudado você a acolher e a confiar mais nas pessoas, sobretudo nos mais simples e pobres?
5) Oração final
Eu, porém, miserável e sofredor, seja protegido, ó Deus, pelo vosso auxílio. Cantarei um cântico de louvor ao nome do Senhor, e o glorificarei com um hino de gratidão. (Sl 68, 30-31)
EVANGELHO DO DIA-17ª SEMANA DO TEMPO COMUM. Quarta, 28 de julho-2021. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo: redobrai de amor para convosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 13,44-46)
44O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. 45O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. 46Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.
3) Reflexão
O evangelho de hoje traz mais duas pequenas parábolas do Sermão das Parábolas. As duas são semelhantes entre si, mas com diferenças significativas para esclarecer melhor determinados aspectos do Mistério do Reino que está sendo revelado através destas parábolas.
Mateus 13,44: A parábola do tesouro escondido no campo
Jesus conta uma história bem simples e bem curta que poderia acontecer na vida de qualquer um de nós. Ele diz: “O Reino do Céu é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra, e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens, e compra esse campo”. Jesus não explica. Ele só diz: O Reino do Céu é como um tesouro escondido no campo”. Assim, ele provoca os ouvintes a partilhar com os outros o que esta história nele suscitou. Partilho alguns pontos que descobri: (1) O tesouro, o Reino, já está no campo, já está na vida. Está escondida. Passamos e pisamos por cima sem nos dar conta. (2) O homem encontrou o tesouro. Foi puro acaso. Ele não esperava encontra-lo, pois não estava procurando. (3) Ao descobrir que se trata de um tesouro muito importante, o que ele faz? Faz o que todo mundo faria para ter o direito de poder apropriar-se do tesouro. Ele vai, vende tudo que tem e compra o campo. Assim, junto com o campo adquiriu o tesouro, o Reino. A condição é vender tudo! (4) Se o tesouro, o Reino, já estava na vida, então é um aspecto importante da vida que começa a ter um novo valor. (5) Nesta história, o que predomina é a gratuidade. O tesouro é encontrado por acaso, para além das programações nossas. O Reino acontece! E se acontece, você ou eu temos que tirar as conseqüências e não permitir que este momento de graça passe sem dar fruto.
Mateus 13,45-46: A parábola do comprador de pedras preciosas
A segunda parábola é semelhante à primeira mas tem uma diferença importante. Tente descobri-la. A história é a seguinte: “O Reino do Céu é também como um comprador que procura pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens, e compra essa pérola”. Partilho alguns pontos que descobri: (1) Trata-se de um comerciante de pérolas. A profissão dele é buscar pérolas. Ele só faz isso na vida: buscar e encontrar pérolas. Buscando, ele encontra uma pérola de grande valor. Aqui a descoberta do Reino não é puro acaso, mas fruto de longa busca. (2) Comerciante de pérola entende do valor das pérolas, pois muitas pessoas querem vender para ele as pérolas que encontraram. Mas o comerciante não se deixa enganar. Ele conhece o valor da sua mercadoria. (3) Quando ele encontra uma pérola de grande valor, ele vai e vende tudo que tem e compra essa pérola. O Reino é o valor maior.
Resumindo o ensinamento das duas parábolas. As duas tem o mesmo objetivo: revelar a presença do Reino, mas cada uma revela uma maneira diferente de o Reino mostrar a sua presença: através de descoberta da gratuidade da ação de Deus em nós, e através do esforço e da busca que todo ser humano faz para ir descobrindo cada vez melhor o sentido da sua vida.
4) Para um confronto pessoal
1) Tesouro escondido: já encontrou alguma vez? Já vendeu tudo para poder adquiri-la?
2) Buscar pérolas: qual a pérola que você busca e ainda não encontrou?
5) Oração final
Eu, porém, cantarei vosso poder, e desde o amanhecer celebrarei vossa bondade. Porque vós sois o meu amparo, um refúgio no dia da tribulação. (Sl 58, 17)
27 de julho. Beato Frei Tito Brandsman, Presbítero e Mártir- Missa
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Comentário
Nasceu em Bolsward (Holanda) em 1881. Entrou ainda muito novo para o Carmelo onde se ordenou sacerdote em 1905. Doutorou-se em filosofia em Roma e foi professor na Universidade Católica de Nimega, da qual foi nomeado Reitor Magnífico. Antes e durante a ocupação nazista da Holanda, lutou, com fidelidade ao Evangelho, contra a difusão da ideologia nacional-socialista e pela liberdade da escola e da imprensa católicas. Após uma dolorosa via-sacra de prisões, foi parar ao campo de concentração de Dachau, onde morreu assassinado no dia 26 de Julho de 1942, infundindo serenidade e conforto aos outros prisioneiros e sendo amável com os próprios perseguidores. Foi beatificado por João Paulo II no dia 3 de Novembro de 1985.
ANTÍFONA DE ENTRADA
Este é o glorioso mártir, que derramou o seu sangue por Cristo, não temeu as ameaças dos juízes e assim alcançou o reino dos Céus.
ORAÇÃO DA COLETA
Senhor Deus, fonte e origem da vida, que fortalecestes o bem-aventurado Tito com a força do vosso Espírito, para que na crueldade da perseguição e do martírio proclamasse a liberdade da Igreja e a dignidade do homem, concedei-nos, por sua intercessão, que não nos envergonhemos do Evangelho, ao construirmos o vosso reino de justiça e de paz, mas saibamos descobrir em cada acontecimento da vida a vossa presença misericordiosa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém
ORAÇÃO SOBRE DAS OFERTAS
Aceitai, Senhor, os dons que Vos apresentamos, ao celebrar a memória do mártir bem-aventurado Tito e fazei que Vos sejam agradáveis como foi precioso a vossos olhos o sangue do seu martírio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém
ANTÍFONA DA COMUNHÃO (Mt 16, 24)
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A comunhão nos santos mistérios nos dê, Senhor, a fortaleza de alma que tornou o mártir bem-aventurado Tito fiel no vosso serviço e vitorioso no martírio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém
IGREJA DE SANTA LUZIA-AO VIVO: No dia de Sant’Ana e São Joaquim
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IGREJA DE SANTA LUZIA-AO VIVO: No dia de Sant’Ana e São Joaquim- Dia dos Avós- Santa Missa celebrada por Frei Petrônio de Miranda, O. Carm, direto da Igreja de Santa Luzia, Angra dos Reis/RJ.
Segunda-feira, 26: Sant’Ana e São Joaquim
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Ana e seu marido Joaquim já estavam com idade avançada e ainda não tinham filhos. O que, para os judeus de sua época, era quase um desgosto e uma vergonha também. Os motivos são óbvios, pois os judeus esperavam a chegada do messias, como previam as sagradas profecias.
Assim, toda esposa judia esperava que dela nascesse o Salvador e, para tanto, ela tinha de dispor das condições para servir de veículo aos desígnios de Deus, se assim ele o desejasse. Por isso a esterilidade causava sofrimento e vergonha e é nessa situação constrangedora que vamos encontrar o casal.
Mas Ana e Joaquim não desistiram. Rezaram por muito e muito tempo até que, quando já estavam quase perdendo a esperança, Ana engravidou. Não se sabe muito sobre a vida deles, pois passaram a ser citados a partir do século II, mas pelos escritos apócrifos, que não são citados na Bíblia, porque se entende que não foram inspirados por Deus. E eles apenas revelam o nome dos pais da Virgem Maria, que seria a Mãe do Messias.
No Evangelho, Jesus disse: “Dos frutos conhecereis a planta”. Assim, não foram precisos outros elementos para descrever-lhes a santidade, senão pelo exemplo de santidade da filha Maria. Afinal, Deus não escolheria filhos sem princípios ou dignidade para fazer deles o instrumento de sua ação.
Maria, ao nascer no dia 8 de setembro de um ano desconhecido, não só tirou dos ombros dos pais o peso de uma vida estéril, mas ainda recompensou-os pela fé, ao ser escolhida para, no futuro, ser a Mãe do Filho de Deus.
A princípio, apenas Sant’Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Em 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. A partir de 1584, também são Joaquim passou a ser cultuado, no dia 20 de março. Só em 1913 a Igreja determinou que os avós de Jesus Cristo deviam ser celebrados juntos, no dia 26 de julho. Fonte: https://franciscanos.org.br
DIA MUNDIAL DOS AVÓS E DOS IDOSOS.
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Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Com o lema “Eu estou contigo todos os dias” (cf. Mt 28,20), o Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, a ser celebrado no quarto domingo do mês de julho. Contextualiza esta celebração no meio da Pandemia atual do Coronavírus, que trouxe perdas, solidão e outras tribulações aos idosos. Lembra a figura emblemática de Joaquim, a quem o Senhor atende enviando um Anjo no meio da noite para consolá-lo.
Este é o sentido desta data, tomar consciência que o Senhor de todas as idades, está sempre conosco, especialmente nos momentos atuais de isolamento e riscos de vida. Este Anjo terá um rosto de um filho, de um neto, de um vizinho ou mesmo da pastoral dos idosos, que virá para escutar e socorrer nossas necessidades.
Mas os idosos não são somente destinatários privilegiados do nosso amor e solicitude, senão também portadores e vocacionados a dar um testemunho e viver uma missão. São os depositários da Aliança, nossas raízes e nossa memória viva, sem a qual não seríamos livres e não teríamos futuro. Somente com eles, e com sua contribuição e sabedoria, venceremos a pandemia, vivenciando uma Aliança da vida intergeracional, que inclua a todas as pessoas e todas as criaturas da Terra.
Para edificar o novo normal da pós- pandemia, devemos conjugar e entretecer três pilares: os sonhos, a memória e a oração. De veras, o profeta Joel já anunciara no texto bíblico a seguinte promessa: “Os vossos anciãos terão sonhos e os jovens, terão visões”. Mas, os sonhos como afirmava uma sobrevivente do holocausto, Edith Bruck, estão entrelaçados com a memória, pois recordar é viver, e para viver precisamos sonhar acordados.
Memória que se torna oração e, como no caso do irmão Carlos de Foucauld, gera fraternidade universal e esperança de uma nova humanidade. Que possamos repetir com confiança e, em particular para os mais jovens, as palavras que trazem certeza e firme consolação no Deus que sempre caminha conosco: “Eu estou contigo todos os dias”. Deus seja louvado! Fonte: https://www.cnbb.org.br
SOBRE SANT’ANA E SÃO JOAQUIM.
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Dom Jaime Vieira Rocha
Arcebispo de Natal (RN)
Neste mês de julho, comemoramos Sant’Ana e São Joaquim, pais de Nossa Senhora, avós de Jesus. É um mês especial para lembrarmos os nossos avós e nossos idosos. Neste ano, com uma menção honrosa, pois Papa Francisco instituiu o “Dia Mundial dos Avós e dos Idosos”, a ser celebrado no último domingo de julho.
Embora não tenhamos notícias sobre os pais da Mãe de Jesus nos escritos do Novo Testamento, sabemos de seus nomes por meio dos livros denominados “apócrifos” (livros considerados “não-canônicos”, isto é, não fazem parte da lista dos livros inspirados), como o livro “Proto-evangelho de Tiago”, do século II. Este livro conta a história de Ana e Joaquim. Ana, sendo estéril, concebe Maria, e a leva, aos três anos, ao Templo para ser dedicada ao serviço divino. De fato, nós comemoramos no dia 21 de novembro a festa desta “apresentação” de Maria ao Templo, feita por Sant’Ana, daí o nome de nossa Padroeira, Nossa Senhora da Apresentação. O culto aos pais de Nossa Senhora é muito antigo, especialmente entre os gregos, a partir do século VI, tendo um desenvolvimento nos séculos XV-XVI. Sant’Ana é muito cultuada na região do Seridó, no nosso Estado. A honra que lhe é devida por ser a mãe da Virgem Maria, assim incluída na História da Salvação, faz-nos venerar esta mulher de fé, piedosa israelita que, com seu esposo, Joaquim, fazem parte do povo eleito, o povo de Israel, dentro do qual nasce o Filho de Deus que se fez homem.
Por serem os avós de Jesus, e isso tem um forte cunho antropológico e teológico, pois dá consistência ao fato fundamental do Cristianismo, a Encarnação do Verbo, também lembramos os avós e idosos. E, na sensibilidade pastoral de Papa Francisco, tal recordação deve inspirar-nos a que nunca deixemos de olhar, cuidar, integrar e aprender com os nossos idosos. Além de que, recordando a realidade dos avós, hoje não mais visto como estritamente reservada aos idosos, há muitos avós “jovens”, no sentido de se tornam avós mais cedo, porém, com a mesma singeleza de quem deposita aos filhos de seus filhos, aquela ternura que nos encanta e afaga.
Com o lema: “Eu estou contigo todos os dias”, o Papa Francisco enviou mensagem para o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos”, cuja primeira celebração ocorrerá no dia 25 de julho, lembrando que o Senhor envia sempre “anjos” para acompanhar, ajudar e fortalecer: “Ora, mesmo quando tudo parece escuro, como nestes meses de pandemia, o Senhor continua a enviar anjos para consolar a nossa solidão repetindo-nos: ‘Eu estou contigo todos os dias’. Di-lo a ti, di-lo a mim, a todos. Está aqui o sentido deste Dia Mundial que eu quis celebrado pela primeira vez precisamente neste ano, depois dum longo isolamento e com uma retomada ainda lenta da vida social: oxalá cada avô, cada idoso, cada avó, cada idosa – especialmente quem dentre vós está mais sozinho – receba a visita de um anjo! Este anjo, algumas vezes, terá o rosto dos nossos netos; outras vezes, dos familiares, dos amigos de longa data ou conhecidos precisamente neste momento difícil”. Celebremos os pais de Nossa Senhora. Cuidemos e honremos nossos avós e nossos idosos! Fonte: https://www.cnbb.org.br
Quinta-feira, 22: SANTA MARIA MADALENA
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SANTA MARIA MADALENA: A Santa desta quinta-feira, 22 de julho. NOTA: O Papa institui a festa de Maria Madalena. Ela já existia no Missal Romano como obrigatória, mas agora Francisco a torna mais solene ao elevá-la ao mesmo nível das festas celebradas pelos apóstolos, para destacar a importância da primeira testemunha da ressurreição e o papel da mulher na evangelização. A data da celebração continuará sendo o dia 22 de julho.
O Papa tomou esta decisão durante o Jubileu da Misericórdia, explicou mons. Roche, para ressaltar “a relevância desta mulher que demonstrou um grande amor a Cristo e que foi tão amada por Cristo”. Maria Madalena fazia parte do grupo dos discípulos de Jesus, seguiu-o até a Cruz e, no jardim em que se encontrava o sepulcro, foi a primeira testemunha da ressurreição, “testis divinae misericordiae”, como a definiu Gregório Magno. O Evangelho de João descreve-a chorando, porque não havia encontrado o corpo do Senhor no sepulcro: “Jesus – recordou mons. Roche – teve misericórdia dela ao deixar-se reconhecer como Mestre e ao transformar suas lágrimas em alegria pascoal”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Convento do Carmo de Angra dos Reis, Rio de Janeiro. 22 de julho-2021. www.instagram.com/freipetronio
'A violência verbal era muito pesada', diz padre hostilizado por dizer mensagem contra o presidente em Fortaleza
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O padre Lino Allegri recebeu ataques de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro após citar as 500 mil mortes por Covid-19 durante uma missa. Por causa disso, pediu auxílio ao Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos.
Por G1 CE
O padre Lino Allegri comentou sobre os ataques verbais que sofreu na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Fortaleza, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O primeiro desacato aconteceu no último dia 4 de julho, depois do pároco citar as 500 mil mortes por Covid-19 registradas no Brasil e pontuar o que ele considerou “descaso com a vacina e a pandemia”.
As ofensas disparadas contra os clérigos da igreja no Bairro Aldeota já aconteceram, por pelo menos, três fins de semana. Porém, além dos episódios presenciais, insultos via internet também estão acontecendo.
“Depois, nas redes sociais, em depoimentos desse encontro, a violência verbal era muito pesada. Isso não em relação a mim, mas ao pároco. Chamado com palavras de baixo calão, ofensivas, desrespeitosas. Isto cria uma situação muito constrangedora”, lamenta Lino Allegri.
O padre Lino Allegri relembra como os ataques começaram, após as críticas ao presidente. “Quando no final da missa entraram na sacristia, ou melhor, invadiram a sacristia, umas oito pessoas se queixando pela homilia que eu tinha feito. Porque, ao dizer deles, eu tinha desrespeitado o presidente, porque na pregação eu assinei o fato dos 500 mil mortos e o descaso do presidente em relação tanto à vacina, quanto à pandemia”, relembra o padre sobre a situação ocorrida no dia 4.
“Essas pessoas revoltadas chegaram na sacristia, dizendo que eu estava errado, e começaram então as agressões mais verbais, que eu deveria voltar para a Itália”, complementa padre Lino, originário do país europeu. Neste momento, outros membros da igreja conseguiram conciliar a discussão, que foi encerrada, mas a partir disso, houve outros ataques, especialmente, verbais.
Outras tentativas de intimidação
No fim de semana seguinte, o padre Lino não estava escalado para celebrar missas no local. Porém, durante a leitura de uma nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o nome dele e de um movimento social foram citados, o que revoltou um dos fiéis que estava presente
No dia 11 julho, um homem não identificado entrou na Paróquia Nossa Senhora da Paz e afirmou que o padre havia transformado a igreja em um "reduto da esquerda".
Terceiro fim de semana seguido
As tentativas de intimidação seguiram ainda no fim de semana seguinte. “No dia 18 a celebração estava mais carregada de tensão. Eu não estava, mas foram pessoas organizadas com a camisa com nome do presidente, com número 17 e uma presença ostensiva e intimidatória”, relembra padre Lino.
“Eu não temo pela minha integridade física. Eu pretendo ainda celebrar. Eu não celebrei no domingo, dia 18, que era o dia que eu deveria ter celebrado, por conselhos superiores — digamos assim — não celebrei, mas pretendo ainda. Não sei até quando, depende de muita coisa”, destaca o padre, que não celebra apenas na Paróquia da Paz, mas também em outras paróquias.
Apoio de outros fiéis
Apesar dos ataques, padre Lino agradece as mensagens de apoio que tem recebido de outros fiéis. “Tem muita gente da Paróquia da Paz, de classe média alta, como é comum lá, me apoiando. Isto, em certo sentido, até me comove e me dá força para pensar 'foi um fato lamentável mas, com isto, não vou mudar a minha vida'. Eu tive muito mais apoio do que contestação”, reforça o padre.
“O importante para superar essas situações que aparecem seria sentar e dialogar. Quem não sabe dialogar é quem grita. Se Deus nos deu a razão, é para que nós saibamos usá-la, sermos racionais e não violentos”, finaliza padre Lino.
Confira abaixo a nota da CNBB lida na Paróquia da Paz no dia 11 de julho:
Nota da CNBB diante do atual momento brasileiro
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB levanta sua voz neste momento, mais uma vez, para defender vidas ameaçadas, direitos desrespeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade. A sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história. A gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta correção de rumos.
A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da COVID-19. “Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador, no qual a corrupção ganha destaque.” Apoiamos e conclamamos às instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos.
Brasília, 9 de julho de 2021
Brasília, 9 de julho de 2021
- Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte, MG, Presidente
D. Jaime Spengler Arcebispo de Porto Alegre, RS, 1º Vice-Presidente
D. Mário Antônio da Silva, Bispo de Roraima, RR, 2º Vice-Presidente
D. Joel Portella Amado, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ, Secretário-Geral
Fonte: https://g1.globo.com
3º Dia: Ritual e reflexão-TRÍDUO DE SANTO ELIAS
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(Com a Missa)
Frei Carlos Mesters, O. Carm
Org. Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
Tema: O Reencontro de Elias com Deus na brisa suave
Comentário
Sejam todos bem-vindos e bem-vindas nesta última noite do Tríduo de Santo Elias- Pai e Guia do Carmelo. Hoje, vamos olhar de perto para o encontro do grande profeta com o nosso Bom Deus na brisa suave.
Elias chegou na Montanha de Deus e entrou numa gruta. Deus o manda sair da gruta, pois Deus vai passar. Como é que Deus vai passar? Aconteceu um furacão; em seguida, um terremoto e, depois do terremoto, um fogo. E cada vez de novo se diz: Deus não estava no furacão! Não estava no terremoto! Não estava no fogo!
No passado, furacão, terremoto e fogo tinham sido sinais da presença de Deus. E agora, já não são mais. Então, onde está Deus? A Bíblia responde: depois do fogo, ouviu-se a voz de uma brisa suave. Ouvindo-a, Elias cobriu o rosto com o manto. Sinal de que intuiu a presença de Deus.
Elias descobriu a presença de Deus naquilo que antes parecia a sua ausência. Conosco acontece o mesmo. Nosso mal é a falta de atenção aos fatos da vida. Nós não podemos fixar-nos numa determinada imagem de Deus que nos agrada. Não podemos obrigar Deus a ser como nós o queremos. Devemos estar sempre atentos à brisa leve, às mudanças que ocorrem na história. Devemos deixar Deus ser Deus!
É com esta mensagem da presença do Senhor na brisa suave, que vamos receber o Presidente da celebração (........) os leitores e coroinhas louvando ao nosso Bom Deus que se fez presença na vida do grande profeta. Cantemos!
Oração da coleta
Deus eterno e omnipotente, que concedestes ao bem-aventurado Elias, vosso profeta e nosso pai, a graça de viver na vossa presença e de se inflamar de zelo pela vossa glória, fazei que, procurando sempre a vossa presença, nos tornemos testemunhas do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
Primeira leitura. (1Reis 19,9-13)
9 Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E foi-lhe dirigida a palavra de Javé nestes termos: "Que fazes aqui, Elias?" 10Ele respondeu: "Eu me consumo de ardente zelo por Javé dos Exércitos, porque os filhos de Israel abandonaram tua aliança, derrubaram teus altares, e mataram teus profetas. Fiquei somente eu e procuram tirar-me a vida." 11E Deus disse: "Sai e fica na montanha diante de Javé." E eis que Javé passou. Um grande e impetuoso furacão fendia as montanhas e quebrava os rochedos diante de Javé , mas Javé não estava no furacão; e depois do furacão houve um terremoto, mas Javé não estava no terremoto; 12e depois do terremoto um fogo, mas Javé não estava no fogo; e depois do fogo o murmúrio de uma brisa suave. 13Quando Elias o ouviu, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. Palavra do Senhor.
Salmo de meditação: (Sl 119,105-109.111)
Imitar o profeta Elias que meditava dia e noite na lei do Senhor
Refrão: Quero meditar dia e noite na lei do Senhor
1-Tua palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho. Eu jurei, e sustento: observar as tuas normas justas.
2- Estou por demais humilhado, Senhor, faze-me viver, conforme a tua palavra. Aceita, Senhor, a oferta de minha boca e ensina-me tuas normas.
3- Minha vida está sempre em minha mão, eu não me esqueço de tua lei. Teus testemunhos são minha herança para sempre, a alegria do meu coração.
Leitura do Evangelho. (Lc 9,28-36)
Na Transfiguração Jesus reencontra sua missão
28Mais ou menos oito dias depois dessas palavras, tomando consigo a Pedro, João e Tiago, ele subiu à montanha para orar. 29Enquanto orava, o aspecto de seu rosto se alterou, suas vestes tornaram-se de fulgurante brancura. 30E eis que dois homens conversavam com ele: eram Moisés e Elias que, 31aparecendo envoltos em glória, falavam de sua partida que iria se consumar em Jerusalém. 32Pedro e os companheiros estavam pesados de sono. Ao despertarem, viram sua glória e os dois homens que estavam com ele. 33E quando estes iam se afastando, Pedro disse a Jesus: "Mestre, é bom estarmos aqui; façamos, pois, três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias", mas sem saber o que dizia. 34Ainda falava, quando uma nuvem desceu e os cobriu com sua sombra; e ao entrarem eles na nuvem, os discípulos se atemorizaram. 35Da nuvem, porém, veio uma voz dizendo: "Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o". 36Ao ressoar essa voz, Jesus ficou sozinho. Os discípulos mantiveram silêncio e, naqueles dias, a ninguém contaram coisa alguma do que tinham visto. Palavra da Salvação
Pensamentos para a Homilia
1Reis 19,9-13: Renascimento e reencontro com Deus na Brisa leve
1 Reis 19,9-10
A falta de visão de Elias e a dolorosa experiência dos próprios limites. Chegando no alto do Monte Horeb, a Montanha de Deus, Elias se esconde na gruta e passa aí a noite. Deus lhe dirige a palavra: "Elias, o que é que você está fazendo aqui?" Elias responde: "O zelo por Javé dos exércitos me consome, porque os israelitas abandonaram tua aliança, derrubaram teus altares e mataram teus profetas. Sobrei somente eu, e eles querem me matar também". Há alguma coisa estranha nesta resposta de Elias. Ele diz que está cheio de zelo, mas estava fugindo! Ele diz que é o único que sobrou para defender a aliança, mas havia sete mil homens que não se dobraram diante de Baal (1Reis 19,18). A visão de Elias tem algum defeito. Ele não enxerga bem as coisas. Não é que Elias tenha perdido a fé, mas ele já não consegue enfrentar a nova situação com a fé antiga e desatualizada que o animava por dentro. Até hoje, nós Carmelitas, no escudo oficial da Ordem, conservamos, em latim, a primeira parte daquela frase de Elias: "Zelo zelatus sum pro Domino Deo exercituum". Ela expressa a esperança de que o zelo seja mais forte que o desânimo e que, nos momentos da dúvida e da crise, o zelo nos ajude a recuperar a visão correta da nossa missão a serviço do povo de Deus.
1 Reis 19,11-14
A experiência da passagem de Deus na vida de Elias. Deus lhe dirige a palavra: "Elias, saia da gruta e fique no alto da montanha, diante de Javé, pois Javé vai passar". Como é que Deus vai passar na vida de Elias? Como é que Deus passa na nossa vida? Primeiro, acontece um furacão. E vem em nós a pergunta: Será que o furacão é o sinal da passagem de Deus? A Bíblia responde: "Deus não estava no furacão". Em seguida, um terremoto e, depois do terremoto, um fogo. E cada vez de novo, a mesma pergunta e a mesma resposta da Bíblia: "Deus não estava no terremoto. Deus não estava no fogo!" Esta tríplice repetição tem um significado. Furacão, terremoto e fogo eram os sinais com que Deus se tinha manifestado, séculos antes, quando concluiu a Aliança com seu povo no Monte Horeb. Diz o livro de êxodo que naquela ocasião, "toda a montanha do Sinai fumegava, porque Javé tinha descido sobre ela no fogo; a fumaça subia, como fumaça de fornalha. E a montanha toda tremia" (Ex 19,18). E agora, solenemente se afirma, por três vezes, que Deus não está mais no furacão, nem no terremoto, nem no fogo! Os sinais tradicionais da presença de Deus perderam o seu significado. Já não eram sinais da presença de Deus. Desintegrou-se o mundo religioso de Elias! Então, onde está Deus? Onde? A Bíblia responde: depois do fogo, ouviu-se a voz de uma brisa suave. Ouvindo-a, Elias cobriu o rosto com o manto. Sinal de que Elias intuiu a presença de Deus.
Elias descobriu a presença de Deus naquilo que antes parecia a sua ausência. Com Elias aconteceu o mesmo que tantas vezes acontece na vida da gente. Desatentos, não percebemos as mudanças que acontecem na vida e na história e, de repente, estamos perdidos: Onde está Deus? Deus está na história, na vida, nos fatos, na natureza. Nosso mal é a falta de atenção aos fatos da vida, às mudanças. Um salmo descreve esta experiência dizendo: "Meu mal é este: Deus mudou!" (Sl 77,11). Deus mudou, e Elias não mudou. Desatento, ele não percebeu a passagem de Deus. No seu relacionamento com Deus, Elias não podia fixar-se naquelas três imagens do passado. Nós não podemos fixar-nos numa determinada imagem de Deus que nos agrada. Não podemos obrigar Deus a ser como nós o queremos. Devemos estar sempre atentos à brisa leve, às mudanças que ocorrem na história. Devemos deixar Deus ser Deus!
LADAINHA DE SANTO ELIAS.
Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.
Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 17 de julho-2019.
Senhor tende piedade de nós!
Senhor tende piedade de nós!
Jesus Cristo tende piedade de nós!
Jesus Cristo tende piedade de nós!
Senhor tende piedade de nós!
Senhor tende piedade de nós!
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade que sois um só Deus,
Tende piedade de nós.
Nossa Senhora do Carmo. Rogai por nós!
São José Patrono do Carmelo. Rogai por nós!
Santo Elias Pai e guia do Carmelo. Rogai por nós!
Que foste nutrido por um corvo no deserto. Intercedei por nós!
Santo Elias Pai dos eremitas. Rogai por nós!
Que perseverante na contemplação da lei do Senhor. Rogai por nós!
Santo Elias modelo de justiça. Rogai por nós.
Que chamaste Eliseu para ser o teu sucessor. Intercedei por nós!
Santo Elias propagador da verdade. Rogai por nós!
Que pela vossa oração abristes o céu e conseguistes a chuva. Rogai por nós!
Santo Elias protetor das viúvas. Rogai por nós!
Que fostes apaixonado pelo zelo do Senhor Deus. Intercedei por nós!
Santo Elias precursor de Cristo. Rogai por nós!
Que aparecestes com Moisés no Monte Tabor. Rogai por nós!
Que caminhastes pelo deserto até a montanha de Deus. Rogai por nós!
Santo Elias zeloso defensor do culto do Deus único. Intercedei por nós!
Que vos compadecestes da viúva de Sarepta. Rogai por nós!
Que defendestes Nabot um homem temente a Deus, Rogai por
Que encontrastes o senhor no silêncio e na oração. Rogai por nós!
Santo Elias defensor dos pobres e perseguidos. Intercedei por nós!
Santo Elias mestre dos profetas. Rogai por nós!
Santo Elias defensor do verdadeiro Deus no Monte Carmelo. Rogai por nós
Santo Elias perseguido por causa da justiça. Rogai por nós
Santo Elias inspiração da Igreja em saída. Intercedei por nós
Que encontrastes vida na nuvenzinha para regar a terra. Rogai por nós!
Que pelo Senhor Deus fostes consolado na noite escura. Rogai por nós!
Santo Elias arrebatado aos céus em uma carruagem de fogo. Rogai por nós!
Santo Elias intercede a Deus Pai pelos desempregados. Intercedei por nós
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: Perdoai-nos Senhor!
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: Ouvi-nos, Senhor!
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: Tende piedade de nós!
Padre: Rogai por nós, santo Elias, nosso Pai e Guia do Carmelo.
Todos: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo! Amém
Oração.
Deus eterno e onipotente, que concedestes a Santo Elias, vosso profeta e nosso pai espiritual, a graça de viver na vossa presença e de se inflamar de zelo pela vossa glória. Fazei que, procurando sempre a vossa presença, nos tornemos testemunhas do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém
Oração sobre as ofertas
Aceitai, Senhor, os dons da vossa Igreja, e, assim como aceitastes o sacrifício do profeta Elias, dignai-Vos, de igual modo, receber as nossas ofertas de pão e vinho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
PREFÁCIO
O Profeta Elias, amigo de Deus e apóstolo
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Corações ao alto. R. O nosso coração está em Deus.
- Dêmos graças ao Senhor nosso Deus. R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai Santo, Deus eterno e omnipotente é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo nosso Senhor. Vós suscitastes profetas para que proclamassem que sois o Deus vivo e verdadeiro e conduzissem o vosso povo na esperança da salvação. Entre eles honrastes com a vossa divina amizade o profeta Elias, para que, devorado pelo zelo da vossa glória, manifestasse a vossa omnipotência e a vossa misericórdia. Ele caminhou sempre na vossa presença e por isso o quisestes junto a Cristo no Tabor, como testemunha da Transfiguração, para se alegrar com a presença gloriosa do vosso Filho. Por isso, com os Anjos e os Santos, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
Depois da Comunhão: Invocação Eliana-Mariana
Padre: Falou Elias para o seu servo:
Todos: Sobe a montanha, olha para o mar!....
Padre: Ave Maria... Todos: Santa Maria...
Padre: Cobriu-se o céu de densas nuvens...
Todos: Foi muita chuva a desabar
Padre: Ave Maria... Todos: Santa Maria...
Padre: E a terra deu o mais novo fruto:
Todos: Nasce de uma Virgem, Aquele que vem salvar!
Padre: Ave Maria... Todos: Santa Maria...
Padre: Rogai por nós Virgem Bendita!
Todos: Ó Padroeira dos Carmelitas!
OREMOS
Deus eterno e onipotente, que concedestes ao bem-aventurado Elias, vosso profeta e nosso pai, a graça de viver na vossa presença e de se inflamar de zelo pela vossa glória,
Fazei que, procurando sempre a vossa presença, nos tornemos testemunhas do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Antífona da comunhão (1Rs 19, 8)
Elias comeu e bebeu, e, fortalecido com o alimento, caminhou até ao monte de Deus.
Depois da Comunhão (Final)
Fortalecidos com a comida e a bebida angélica da mesa do vosso Filho, concedei-nos, Senhor, que, procurando-Vos sempre por meio da fé, alcancemos a contemplação da vossa presença no monte santo da glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém
TRÍDUO DE SANTO ELIAS. 2º Dia: Ritual e reflexão
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(Com a Missa)
Frei Carlos Mesters, O. Carm
Org. Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
Tema: A Partilha da viúva
Comentário
Sejam todos bem-vindos e bem-vindas nesta segunda noite do Tríduo de Santo Elias. Hoje, vamos olhar para a misericórdia de Elias- Pai e Guia do Carmelo- a partir do gesto de solidariedade na casa de uma pobre viúva.
A seca prolongada de mais de três anos provocou fome. O córrego Carit, onde Elias estava, secou. Ficou sem água. Deus mandou que Elias fosse para Sarepta na terra de Sidônia, onde uma viúva cuidaria da sua comida. Mas por causa da seca, na casa da viúva só tinha sobrado um pouco de farinha e de azeite. Nada mais! Ela disse a Elias que ia fazer uns pãezinhos para si mesma e o filho e depois esperar a morte chegar.
Mesmo sendo difícil, Elias insiste na partilha: "Faça primeiro um pão para mim, e depois você fará o pão para você e seu filho!" Ela obedeceu. Partilhou com Elias o pouco que tinha. A partilha garantiu a sobrevivência dela mesma, do filho e de Elias. Se houvesse partilha no Brasil, não haveria fome nem faminto, e sobraria comida para muita gente de outros países. O povo diz até hoje: "Pobre não deixa pobre morrer de fome!"
De pé, vamos receber o presidente da celebração (........ ), os ministros da eucaristia, os leitores e coroinhas louvando ao nosso Bom Deus que manifestou em Elias a favor da pobre viúva da sua época e em nosso dia-a-dia. Cantemos!
Oração da coleta
Deus eterno e omnipotente, que concedestes ao bem-aventurado Elias, vosso profeta e nosso pai, a graça de viver na vossa presença e de se inflamar de zelo pela vossa glória, fazei que, procurando sempre a vossa presença, nos tornemos testemunhas do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
Primeira leitura. (1Reis 17,7-16)
7Depois de certo tempo, a torrente secou, porque não chovia mais na terra. 8Então a palavra de Iahweh lhe foi dirigida nestes termos: 9"Levanta-te e vai a Sarepta, que pertence à Sidônia, e lá habitarás. Eis que ordenei lá, a uma viúva, que te dê o sustento." 10Ele se levantou e foi para Sarepta. Chegando à porta da cidade, eis que estava lá uma viúva apanhando lenha; chamou-a e disse: "Por favor, traze-me num vaso um pouco d'água para eu beber!" 11Quando ela já estava indo para buscar água, ele gritou-lhe: "Traze-me também um pedaço de pão na tua mão!" 12Respondeu ela: "Pela vida de Iahweh, teu Deus, não tenho pão cozido; tenho apenas um punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Estou ajuntando uns gravetos, vou preparar esse resto para mim e meu filho; nós o comeremos e depois esperaremos a morte." 13Mas Elias lhe respondeu: "Não temas; vai e faze como disseste. Mas, primeiro, prepara-me com o que tens um pãozinho e traze- mo; depois o prepararás para ti e para teu filho. 14Pois assim fala Iahweh, Deus de Israel: A vasilha de farinha não se esvaziará e a jarra de azeite não acabará, até o dia em que Iahweh enviar a chuva sobre a face da terra." 15Ela partiu e fez como Elias disse e fizeram uma refeição ele, ela e seu filho: 16A vasilha de farinha não se esvaziou e a jarra de azeite não acabou, conforme a predição que Iahweh fizera por intermédio de Elias. Palavra do Senhor
Salmo de meditação (Sl 119,29-32)
Imitar o profeta Elias que meditava dia e noite na lei do Senhor
Refrão. Quero meditar dia e noite na lei do Senhor
1-Afasta-me do caminho da mentira, e gratifica-me com tua lei. Eu escolhi o caminho da verdade, e me conformo às tuas normas.
2- Eu me apego aos teus testemunhos, Senhor, não me deixes envergonhado. Eu corro no caminho dos teus mandamentos, pois tu alargas o meu coração.
3-Indica-me, Senhor, o caminho dos teus estatutos, eu quero guardá-lo como recompensa. Faze-me entender e guardar tua lei, para observá-la de todo o coração.
Leitura do Evangelho: Marcos 12,41-44
Jesus elogia a partilha da viúva no Templo
41E, sentado frente ao Tesouro do Templo, observava, como a multidão lançava pequenas moedas no Tesouro, e muitos ricos lançavam muitas moedas. 42Vindo uma pobre viúva, lançou duas moedinhas, isto é, um quadrante. 43E chamando a si os discípulos, disse-lhes: “Em verdade eu vos digo que esta viúva que é pobre lançou mais do que todos os que ofereceram moedas ao Tesouro. 44Pois todos os outros deram do que lhes sobrava. Ela, porém, na sua penúria, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver”.
Pensamentos para a Homilia
2º Dia: 1Reis 17,7-16: Insistir na partilha e estar com os pobres
1 Reis 17,7-16. A partilha da viúva
Por causa da seca demorada de mais de três anos, na casa daquela viúva só sobrou um pouco de farinha e de azeite. Nada mais! Era para ela fazer uns pãezinhos para si mesma e para o filho e depois morrer. Ela disse a Elias: "Vamos comer e ficar esperando a morte". Mesmo sendo difícil, Elias exige que ela faça a partilha do pouco de pão de ela dispunha para sobreviver. Ele diz com uma certa dureza: "Faça primeiro um pão para mim, e depois você fará o pão para você e seu filho!" Isto significa que devemos reaprender a partilha como um dos fundamentos indispensáveis da vida em comunidade. É a falta de partilha que até hoje gera a injustiça no mundo. A partilha garantiu a sobrevivência para a viúva e o filho naquela época de seca e de penúria. A partilha é a raiz da vida em comunidade. Se houvesse partilha no Brasil, não haveria fome nem faminto e sobraria comida para muita gente de outros países. O povo diz até hoje: "Pobre não deixa pobre morrer de fome!" Jesus elogiou a outra viúva que depositou duas pequenas moedas no cofre: Eu garanto a vocês: essa viúva pobre depositou mais do que todos os outros que depositaram moedas no Tesouro. Porque todos depositaram do que estava sobrando para eles. Mas a viúva na sua pobreza depositou tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver (Mc 12,43-44).
LADAINHA DE SANTO ELIAS.
Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.
Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 19 de julho-2018.
Senhor tende piedade de nós!
Senhor tende piedade de nós!
Jesus Cristo tende piedade de nós!
Jesus Cristo tende piedade de nós!
Senhor tende piedade de nós!
Senhor tende piedade de nós!
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade que sois um só Deus,
Tende piedade de nós.
Nossa Senhora do Carmo. Rogai por nós!
São José Patrono do Carmelo. Rogai por nós!
Santo Elias Pai e guia do Carmelo. Rogai por nós!
Que foste nutrido por um corvo no deserto. Intercedei por nós!
Santo Elias Pai dos eremitas. Rogai por nós!
Que perseverante na contemplação da lei do Senhor. Rogai por nós!
Santo Elias modelo de justiça. Rogai por nós.
Que chamaste Eliseu para ser o teu sucessor. Intercedei por nós!
Santo Elias propagador da verdade. Rogai por nós!
Que pela vossa oração abristes o céu e conseguistes a chuva. Rogai por nós!
Santo Elias protetor das viúvas. Rogai por nós!
Que fostes apaixonado pelo zelo do Senhor Deus. Intercedei por nós!
Santo Elias precursor de Cristo. Rogai por nós!
Que aparecestes com Moisés no Monte Tabor. Rogai por nós!
Que caminhastes pelo deserto até a montanha de Deus. Rogai por nós!
Santo Elias zeloso defensor do culto do Deus único. Intercedei por nós!
Que vos compadecestes da viúva de Sarepta. Rogai por nós!
Que defendestes Nabot um homem temente a Deus, Rogai por
Que encontrastes o senhor no silêncio e na oração. Rogai por nós!
Santo Elias defensor dos pobres e perseguidos. Intercedei por nós!
Santo Elias mestre dos profetas. Rogai por nós!
Santo Elias defensor do verdadeiro Deus no Monte Carmelo. Rogai por nós
Santo Elias perseguido por causa da justiça. Rogai por nós
Santo Elias inspiração da Igreja em saída. Intercedei por nós
Que encontrastes vida na nuvenzinha para regar a terra. Rogai por nós!
Que pelo Senhor Deus fostes consolado na noite escura. Rogai por nós!
Santo Elias arrebatado aos céus em uma carruagem de fogo. Rogai por nós!
Santo Elias intercede a Deus Pai pelos desempregados. Intercedei por nós
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: Perdoai-nos Senhor!
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: Ouvi-nos, Senhor!
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: Tende piedade de nós!
Padre: Rogai por nós, santo Elias, nosso Pai e Guia do Carmelo.
Todos: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo! Amém
Oração.
Deus eterno e onipotente, que concedestes a Santo Elias, vosso profeta e nosso pai espiritual, a graça de viver na vossa presença e de se inflamar de zelo pela vossa glória. Fazei que, procurando sempre a vossa presença, nos tornemos testemunhas do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém
Oração sobre as ofertas
Aceitai, Senhor, os dons da vossa Igreja, e, assim como aceitastes o sacrifício do profeta Elias, dignai-Vos, de igual modo, receber as nossas ofertas de pão e vinho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
PREFÁCIO
O Profeta Elias, amigo de Deus e apóstolo
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Corações ao alto. R. O nosso coração está em Deus.
- Dêmos graças ao Senhor nosso Deus. R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai Santo, Deus eterno e omnipotente é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo nosso Senhor. Vós suscitastes profetas para que proclamassem que sois o Deus vivo e verdadeiro e conduzissem o vosso povo na esperança da salvação. Entre eles honrastes com a vossa divina amizade o profeta Elias, para que, devorado pelo zelo da vossa glória, manifestasse a vossa omnipotência e a vossa misericórdia. Ele caminhou sempre na vossa presença e por isso o quisestes junto a Cristo no Tabor, como testemunha da Transfiguração, para se alegrar com a presença gloriosa do vosso Filho. Por isso, com os Anjos e os Santos, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
Depois da Comunhão: Invocação Eliana-Mariana
Padre: Falou Elias para o seu servo:
Todos: Sobe a montanha, olha para o mar!....
Padre: Ave Maria... Todos: Santa Maria...
Padre: Cobriu-se o céu de densas nuvens...
Todos: Foi muita chuva a desabar
Padre: Ave Maria... Todos: Santa Maria...
Cel: E a terra deu o mais novo fruto:
Todos: Nasce de uma Virgem, Aquele que vem salvar!
Padre: Ave Maria... Todos: Santa Maria...
Padre: Rogai por nós Virgem Bendita!
Todos: Ó Padroeira dos Carmelitas!
OREMOS
Deus eterno e onipotente, que concedestes ao bem-aventurado Elias, vosso profeta e nosso pai, a graça de viver na vossa presença e de se inflamar de zelo pela vossa glória,
Fazei que, procurando sempre a vossa presença, nos tornemos testemunhas do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Antífona da comunhão (1Rs 19, 8)
Elias comeu e bebeu, e, fortalecido com o alimento, caminhou até ao monte de Deus.
Depois da Comunhão (Final)
Fortalecidos com a comida e a bebida angélica da mesa do vosso Filho, concedei-nos, Senhor, que, procurando-Vos sempre por meio da fé, alcancemos a contemplação da vossa presença no monte santo da glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém
Papa: descanso, contemplação e compaixão para uma "ecologia do coração"
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Em sua alocução neste domingo, antes de rezar o Angelus, o Papa Francisco falou sobre a importância do verdadeiro repouso: "parar, ficar em silêncio, rezar, para não passar das coisas do trabalho para as férias", pois somente "o coração que não se deixa levar pela pressa é capaz de se comover (...), de perceber os outros, suas feridas, suas necessidades. A compaixão nasce da contemplação"
Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
“Temos necessidade de uma “ecologia do coração” que inclui descanso, contemplação e compaixão. Aproveitemos o tempo de verão para isso!”
Descanso e compaixão, dois aspectos importantes da vida que guiaram a reflexão do Papa Francisco no Angelus deste XVI Domingo do Tempo Comum, que voltou a ser rezado da janela do apartamento pontifício, visto que o anterior foi do Hospital Agostino Gemelli, onde o Pontífice se recuperava de uma cirurgia.
O perigo do ativismo
O Papa inspirou-se no Evangelho de Marcos proposto pela liturgia do dia para chamar a atenção que Jesus se preocupa com o cansaço físico e interior dos seus discípulos. Prova disso, é que ao ouvir seus relatos jubilosos pelos “prodígios da pregação” durante a missão, Jesus lhes faz um convite: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”, convida ao repouso.
Ele quer alertá-los de um perigo, que sempre está à espreita também para nós: o perigo de deixar-se cair no frenesi do fazer, cair na armadilha do ativismo, onde o mais importante são os resultados que obtemos e o sentir-se protagonistas absolutos.
Aprender a parar
E isso, observou Francisco, acontece também na Igreja, “estamos atarefados, corremos, pensamos que tudo depende de nós e, no final, corremos o risco de negligenciar Jesus e estarmos sempre nós no centro. Por isso, convida os seus para repousar um pouco à parte, com Ele”:
Não é apenas repouso físico, é também descanso do coração. Porque não basta “desligar”, é preciso repousar de verdade. E como se faz isso? Para fazer isso é preciso voltar ao cerne das coisas: parar, ficar em silêncio, rezar, para não passar da correria do trabalho para a correria das férias.
Mas o fato de Jesus se retirar a cada dia na “oração, no silêncio, na intimidade com o Pai”, não impede que Ele esteja atento às necessidades da multidão, e o convite dirigido aos seus discípulos, deveria acompanhar também a nós, que deveríamos parar “a correria frenética que dita as nossas agendas”:
“Aprendamos a parar, a desligar o celular, a contemplar a natureza, a regenerar-nos no diálogo com Deus.”
A compaixão nasce da contemplação
Mas o Papa recorda ainda, que “o Evangelho narra que Jesus e os discípulos não podem descansar como gostariam”, pois as pessoas provenientes dos lugares mais diversos os reconhecem. Neste ponto, move-se a compaixão”:
Aqui está o segundo aspecto: a compaixão que é o estilo de Deus, o estilo de Deus é: proximidade, compaixão e ternura. Quantas vezes no Evangelho, na Bíblia, encontramos esta frase: “teve compaixão dele”. Comovido, Jesus se dedica ao povo e retoma o ensino. Parece uma contradição, mas na realidade não o é. De fato, só o coração que não se deixa levar pela pressa é capaz de se comover, isto é, de não se deixar levar por si mesmo e pelas coisas a fazer e de perceber os outros, suas feridas, suas necessidades. A compaixão nasce da contemplação.
Ecologia do coração
Assim – observou Francisco - caso aprendamos a descansar verdadeiramente, nos tornaremos capazes da verdadeira compaixão:
Se cultivarmos o olhar contemplativo, levaremos em frente as nossas atividades sem a atitude voraz de quem quer possuir e consumir tudo; se permanecermos em contato com o Senhor e não anestesiarmos a parte mais profunda de nós, as coisas a fazer não terão o poder de nos tirar o fôlego e nos devorar. Temos necessidade - ouçam isso - temos necessidade de uma “ecologia do coração” que inclui descanso, contemplação e compaixão. Aproveitemos o tempo de verão para isso. Nos ajuda bastante!
Ao concluir, o Santo Padre convidou os fiéis a dirigirem-se a Nossa Senhora, “que cultivou o silêncio, a oração e a contemplação, e sempre se move em terna compaixão por nós, seus filhos.” Fonte: Fonte: https://www.vaticannews.va
JESUS VIU, TEVE COMPAIXÃO E COMEÇOU A ENSINAR
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Dom Rodolfo Luís Weber
Arcebispo de Passo Fundo (RS)
“Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas” (Marcos 6,30-34). Jesus estava ocupado com os apóstolos, pois os havia convidado para descansar um pouco, mas com o aproximar-se de mais pessoas teve que direcionar para elas a atenção.
O primeiro passo foi ver a multidão. Revela a atenção de Jesus aos acontecimentos do contorno, à situação social, psicológica e existencial daqueles que o procuravam. Ver em profundidade e de forma ampla as situações é um exercício exigente. Nem um olhar otimista que desconsidera os problemas, nem um olhar pessimista cego ao que há de bom e que só amplifica os problemas é justo. É considerar o que há de bom e errado na medida justa. O correto discernimento permite ações adequadas.
O ver de Jesus não foi meramente teórico ou uma simples constatação para ter argumentos para um possível discurso posterior ou para fazer uma análise política, sociológica ou religiosa da situação. Aquilo que viu o atingiu profundamente, teve compaixão, isto é, “sofreu com a multidão”. Percebeu que também era um problema dele e que deveria dar a sua colaboração e não apenas achar culpados ou mandar os outros fazerem algo.
A primeira forma de ajuda que Jesus ofereceu foi “ensinar-lhes muitas coisas”. O evangelista Marcos nem registra o que ensinou, simplesmente diz que ensinou. Ele sabia que o ser humano é uma realidade complexa que tem muitas exigências. Junto com as necessidades primárias de comer, beber, descansar, morar existem outras vitais e de primeira necessidade. Se o corpo tem fome, também o espírito e a inteligência precisam ser alimentados. A harmonia e equilíbrio da pessoa dependem, em boa parte, do correto alimento dado ao corpo e ao espírito. Aos apóstolos que voltavam de uma missão Jesus os convidou para descansarem e às multidões ofereceu ensinamentos. Era o que mais necessitavam naquela hora.
Refletimos sobre a postura de Jesus não simplesmente para fazer um exercício teórico, uma análise de texto, mas com o desejo de aprender, deixar-se orientar e iluminar o agir a partir dele. A multidão continua caminhando agora e é preciso vê-la, envolver-se e dar a própria colaboração conforme as possibilidades. Sem sombra de dúvida, as pessoas individuais que compõem a multidão têm necessidades das mais variadas. Retomo a necessidade que Jesus percebeu imediatamente naquela multidão: ser ensinada.
A longa pandemia ampliou, e em muito, o número de perguntas e dúvidas em todas as dimensões humanas. A quantidade de incertezas coloca a humanidade numa situação de “ovelhas sem pastor”. As palavras do profeta Amós, anunciando o “dia do Senhor”, dizem que “dias virão … quando hei de mandar à terra uma fome, que não será de pão e nem de sede de água, e sim de ouvir a Palavra do Senhor” (8,11). A multidão tem fome e sede de ensinamentos que façam compreender a verdade, que promovam a paz, que levem à reconciliação dos conflitos, que consolem, que animem, que afirmem que vida tem um sentido, que abram os olhos para ver o horizonte, os fatos de forma ampla e sob muitas óticas e não apenas de forma polarizada. Fonte: https://www.cnbb.org.br
COMPAIXÃO E PAZ, A VIDA MERECE!
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Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Vivemos num momento marcado por muitas tensões em nossa sociedade, que são alimentadas por discursos que se prestam mais em alimentar o ódio do que construir a paz e a comunhão, numa sociedade já marcada e fragilizada por todo o contexto da pandemia.
É um momento em que deveríamos empenhar as nossas forças para recompor a realidade da vida, duramente ferida em nossa sociedade. E faremos isso se tivermos um discurso que, na prática, favoreça a comunhão e a paz em vista do bem comum. A paz da qual nos fala o Apóstolo São Paulo, na carta aos Efésios (Ef 2,13-18), a qual não é estática, mas absolutamente dinâmica e, portanto, construtiva e criativa. Mais precisamente, aquilo que nos dá a paz é a nossa capacidade de construirmos unidade dentro de nós, eliminando do nosso coração tudo aquilo que favorece a inimizade, alimenta o ódio e favorece o espírito de vingança.
Diante de tantas polêmicas e discursos que alimentam o ódio, nós podemos nos sentir cansados e abatidos, e gostaríamos de ter um tempo ou um espaço para recompor as nossas forças e ter paz. Mas seria em vão buscar essa paz de que tanto necessitamos somente fora de nós, ou em algum lugar isolado. Precisamos aprender a construí-la dentro de nós, com os que estão longe e com os que estão próximos, com aquilo que levamos dentro de nós e com as situações que devemos afrontar nos passos da vida no dia a dia.
Como cristãos, proclamamos seguidamente que Cristo é nossa paz. Mas é no cultivo de uma intimidade constante com o Senhor Jesus, alimentada com a Palavra de Deus e a Eucaristia, que o nosso coração aprende a apreciar a “arte da paz” e o respiro da compaixão. A compaixão se aprende na escola da dor, onde ninguém pode substituir o outro, mas cada um tem a oportunidade de fazer a sua experiência de forma pessoal. A compaixão é a característica principal do Bom Pastor, e vem acompanhada da retidão, porque sem justiça permanece palavra vazia.
Nos passos da vida, muitas vezes somos feridos no corpo e no espírito, mas o Senhor não deixa de se fazer presente com a sua ternura e o seu amor-compaixão. Ele é capaz de tocar as cordas mais íntimas e sensíveis da nossa humanidade, que necessita de atenção, compaixão e cura. O que precisamos no dia a dia, mesmo quando estamos fragilizados ou feridos, é saber ouvir a voz do Senhor que nos fala ao coração. Ele tem o poder de revigorar a nossa vida, para afrontarmos e vencermos as provações que ela nos apresenta. Nos passos da vida, precisamos saber ouvi-lo, em meio aos rumores do dia a dia, mas também no silêncio e na participação da comunidade de fé. Fonte: https://www.cnbb.org.br
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