AO VIVO ANGRA DOS REIS/RJ. Santa Missa com Frei Petrônio de Miranda
- Detalhes
AO – VIVO - ANGRA DOS REIS. Veja imagens da Santa Missa celebrada por Frei Petrônio de Miranda, O. Carm, nesta sexta-feira 13 na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, na Praia do Anil. www.instagram.com/freipetronio
A Palavra do Frei Petrônio: Os Crucificados do Coronavirus
- Detalhes
A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO- Com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm- A Caminho de Angra dos Reis/RJ. Sexta-feira, 13 de março-2020. www.instagram.com/freipetronio
*2º Domingo da Quaresma - Ano A (Dia Internacional da mulher)
- Detalhes
No segundo Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir: é o caminho da escuta atenta de Deus e dos seus projetos, da obediência total e radical aos planos do Pai.
O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, o autor apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projeto libertador em favor dos homens através do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus diz: o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Segui-o, vós também.
Na primeira leitura apresenta-se a figura de Abraão. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus, que sabe ler os seus sinais, que aceita os apelos de Deus e que lhes responde com a obediência total e com a entrega confiada. Nesta perspectiva, ele é o modelo do crente que percebe o projeto de Deus e o segue de todo o coração.
Na segunda leitura, há um apelo aos seguidores de Jesus, no sentido de que sejam, de forma verdadeira, empenhada e coerente, as testemunhas do projeto de Deus no mundo. Nada - muito menos o medo, o comodismo e a instalação - pode distrair o discípulo dessa responsabilidade.
EVANGELHO ( Mt 17,1-9): ATUALIZAÇÃO
A questão fundamental expressa no episódio da transfiguração está na revelação de Jesus como o Filho amado de Deus, que vai concretizar o projeto salvador e libertador do Pai em favor dos homens através do dom da vida, da entrega total de si próprio por amor. Pela transfiguração de Jesus, Deus demonstra aos crentes de todas as épocas e lugares que uma existência feita dom não é fracassada - mesmo se termina na cruz. A vida plena e definitiva espera, no final do caminho, todos aqueles que, como Jesus, forem capazes de pôr a sua vida ao serviço dos irmãos.
Na verdade, os homens do nosso tempo têm alguma dificuldade em perceber esta lógica... Para muitos dos nossos irmãos, a vida plena não está no amor levado até às últimas consequências (até ao dom total da vida), mas sim na preocupação egoísta com os seus interesses pessoais, com o seu orgulho, com o seu pequeno mundo privado; não está no serviço simples e humilde em favor dos irmãos (sobretudo dos mais débeis, dos mais marginalizados e dos mais infelizes), mas no assegurar para si próprio uma dose generosa de poder, de influência, de autoridade e de domínio, que dê a sensação de pertencer à categoria dos vencedores; não está numa vida vivida como dom, com humildade e simplicidade, mas numa vida feita um jogo complicado de conquista de honras, de glórias e de êxitos. Na verdade, onde é que está a realização plena do homem? Quem tem razão: Deus, ou os esquemas humanos que hoje dominam o mundo e que nos impõem uma lógica diferente da lógica do Evangelho?
Por vezes somos tentados pelo desânimo, porque não percebemos o alcance dos esquemas de Deus; ou então, parece que, seguindo a lógica de Deus, seremos sempre perdedores e fracassados, que nunca integraremos a elite dos senhores do mundo e que nunca chegaremos a conquistar o reconhecimento daqueles que caminham ao nosso lado... A transfiguração de Jesus grita-nos, do alto daquele monte: não desanimeis, pois a lógica de Deus não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem fim.
Os três discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem não ter muita vontade de "descer à terra" e enfrentar o mundo e os problemas dos homens. Representam todos aqueles que vivem de olhos postos no céu, alheados da realidade concreta do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e transformar. No entanto, ser seguidor de Jesus obriga a "regressar ao mundo" para testemunhar aos homens - mesmo contra a corrente - que a realização autêntica está no dom da vida; obriga a atolarmo-nos no mundo, nos seus problemas e dramas, a fim de dar o nosso contributo para o aparecimento de um mundo mais justo e mais feliz. A religião não é um ópio que nos adormece, mas um compromisso com Deus, que se faz compromisso de amor com o mundo e com os homens.
*Leia a reflexão na íntegra. Clique no link- EVANGELHO DO DIA.
Vaticano toma medidas para enfrentar o coronavírus
- Detalhes
Primeiro caso de positividade ao COVID-19 foi verificado na quinta-feira no Vaticano.
Vatican News
"Esta manhã, foram temporariamente suspensos todos os serviços ambulatoriais da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano”, é o que afirma o diretor da Sala de Imprensa, Matteo Bruni, ao informar o primeiro caso de positividade ao COVID-19 verificado na quinta-feira num paciente. O Pronto-Socorro permanece em funcionamento
Bruni comunicou que a Direção de Saúde e Higiene está em contato com as autoridades italianas competentes e, enquanto isso, foram aplicados os protocolos de saúde previstos.
Já ontem, o diretor da Sala de Imprensa confirmou que o decurso do resfriado do Papa Francisco “procede positivamente” e que o Papa “continua a celebrar diariamente a Santa Missa e a seguir os exercícios espirituais, de acordo com os comunicados precedentes”.
Suspensas as atividades da Diocese de Roma
Do mesmo modo a Diocese de Roma está tomando as devidas providências, afirma Dom Pierangelo Pedretti, prelado secretário do Vicariato de Roma. Dom Pedretti comunicou a decisão de suspender até 15 de março todas as “atividades não sacramentais” ou seja “catecismos dos sacramentos para a primeira comunhão, cursos de preparação para o casamento, retiros e exercícios espirituais, peregrinações e atividades paroquiais em geral”.
Celebrações com medidas cautelares
As medidas predispostas referem-se ao Decreto do Governo italiano para enfrentar a emergência Coronavírus. São consentidas as “celebrações litúrgicas semanais e festivas, desde que respeitem as medidas de precaução consideradas fundamentais pelas Autoridades competentes, em particular manter um metro de distância entre as pessoas”. “Sugere-se também" que sejam “predispostas as celebrações ao ar livre” e convida-se os fiéis, na medida do possível, a participarem às celebrações nas igrejas maiores. Permanecem em vigor as indicações de dias atrás, ou seja: “receber a Eucaristia nas mãos, evitar o aperto de mão como gesto de paz e a retirada da água benta”.
A caridade continua
Além disso determina-se que as visitas aos doentes continuem respeitando rigorosamente as condições de distâncias mínima e de higiene, utilizando máscaras e “limitando as ocasiões de interação com os doentes à administração dos Sacramentos”. Não devem ser interrompidas as atividades nos refeitórios solidários, acolhida aos sem teto e os requerentes de asilo, mas sempre com muita atenção às indicações de segurança. Fonte: https://www.vaticannews.va
Sexta-feira, 6 de março-2020. EVANGELHO DO DIA – QUARESMA: - Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes
1) Oração
Concedei, ó Deus, que vossos filhos se preparem dignamente para a festa da Páscoa, de modo que a mortificação desta Quaresma frutifique em todos nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 5, 20-26)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 20 Disse Jesus , se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus. 21Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal. 22Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: Raca, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena. 23Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta. 25Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. 26Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo. - Palavra da salvação.
3) Reflexão
O texto do evangelho de hoje faz parte de uma unidade maior de Mt 5,20 até Mt 5,48. Nela Mateus mostra como Jesus interpreta e explica a Lei de Deus. Por cinco vezes ele repete a frase: "Antigamente foi dito, mas eu vos digo!" (Mt 5,21. 27.33.38.43). Um pouco antes, ele tinha dito: “Não pensem que vim acabar com a Lei e os Profetas. Não vim acabar, mas sim dar-lhes pleno cumprimento (Mt 5,17). A atitude de Jesus frente à lei é, ao mesmo tempo, de ruptura e de continuidade. Ele rompe com as interpretações erradas, mas mantém firme o objetivo que a lei quer alcançar: a prática da justiça maior que é o Amor.
Mateus 5,20: A justiça maior que a justiça dos fariseus. Este primeiro versículo dá a chave geral de tudo que segue no conjunto de Mt 5,20-48. A palavra Justiça aparece nenhuma vez em Marcos, e sete vezes no Evangelho de Mateus (Mt 3,15; 5,6.10.20; 6,1.33; 21,32). Isto tem a ver com a situação das comunidades para as quais Mateus escreve. O ideal religioso dos judeus da época era "ser justo diante de Deus". Os fariseus ensinavam: "A pessoa alcança a justiça diante de Deus quando chega a observar todas as normas da lei em todos os seus detalhes!" Este ensinamento gerava uma opressão legalista e trazia muita angústia para as pessoas, pois era muito difícil alguém observar todas as normas (cf. Rom 7,21-24). Por isso, Mateus recolhe palavras de Jesus sobre a justiça mostrando que ela deve ultrapassar a justiça dos fariseus (Mt 5,20). Para Jesus, a justiça não vem do que eu faço por Deus observando a lei, mas sim do que Deus faz por mim, acolhendo-me como filho ou filha. O novo ideal que Jesus propõe é este: "Ser perfeito com o Pai do céu é perfeito!" (Mt 5,48). Isto quer dizer: eu serei justo diante de Deus, quando procuro acolher e perdoar as pessoas da mesma maneira como Deus me acolhe e me perdoa, apesar dos meus defeitos e pecados.
Por meio de cinco exemplos bem concretos, Jesus vai mostrar como fazer para alcançar esta justiça maior que supera a justiça dos escribas e dos fariseus. Como veremos, o evangelho de hoje traz o primeiro exemplo relacionado com a nova interpretação do quinto mandamento: Não matarás! Jesus vai revelar o que Deus queria quando entregou este mandamento a Moisés.
Mateus 5,21-22: A lei diz "Não matarás!" (Ex 20,13) Para observar plenamente este quinto mandamento não basta evitar o assassinato. É preciso arrancar de dentro de si tudo aquilo que de uma ou de outra maneira possa levar ao assassinato, como por exemplo, raiva, ódio, xingamento, desejo de vingança, exploração, etc.
Mateus 5,23-24: O culto perfeito que Deus quer. Para poder ser aceito por Deus e estar unido a ele, é preciso estar reconciliado com o irmão, com a irmã. Antes da destruição do Templo, no ano 70, quando os judeus cristãos participavam das romarias a Jerusalém para fazer suas ofertas no altar e pagar suas promessas, eles sempre se lembravam desta frase de Jesus. Nos anos 80, no momento em que Mateus escreve, o Templo e o Altar já não existem. Tinham sido destruídos pelos romanos. A própria comunidade e a celebração comunitária passam ser o Templo e o Altar de Deus.
Mateus 5,25-26: Reconciliar. Um dos pontos em que o Evangelho de Mateus mais insiste é a reconciliação. Isto mostra que, nas comunidades daquela época, havia muitas tensões entre grupos radicais com tendências diferentes e até opostas. Ninguém queria ceder diante do outro. Não havia diálogo. Mateus ilumina esta situação com palavras de Jesus sobre a reconciliação que pedem acolhimento e compreensão. Pois o único pecado que Deus não consegue perdoar é a nossa falta de perdão aos outros (Mt 6,14). Por isso, procure a reconciliação, antes que seja tarde demais!
4) Para um confronto pessoal
1) A reconciliação é uma palavra ou um estilo de vida em nossa convivência?
2) Qual a importância da mensagem de Jesus neste dia para a nossa relação com o próximo?
5) Oração final
Do fundo do abismo, clamo a vós, Senhor; Senhor, ouvi minha oração. Que vossos ouvidos estejam atentos à voz de minha súplica. (Sl 129, 1-2)
Padres da Caminhada enviam nota de solidariedade com os padres agredidos no Amapá
- Detalhes
O Brasil, especialmente na região amazônica, tem se tornado um lugar onde defender os direitos é se colocar em risco. Os ataques se sucedem, também contra aqueles que fazem parte das pastorais sociais da Igreja católica. Num desses episódios, a semana passada foram atacados os padres Dennis Koltz e Sisto Magro, da Comissão Pastoral da Terra – CPT, no Amapá. Eles foram vítimas do ataque de um fazendeiro de soja, Mário Junior Rocha, na área de Campina do São Benedito, Pacuí. Ele é mais um dos muitos fazendeiros que tem invadido o estado, provocando desmatamento e grilagem de terras públicas.
Dentro das atividades da CPT está a defesa dos direitos humanos e o registro de conflitos agrários. O ataque aconteceu no momento em que fotografavam uma placa de licenciamento para desmatamento de uma fazenda para averiguar a legalidade e validade, que foi descoberta estar vencida desde agosto de 2019. Alem dos socos, foram ameaçados de morte e bateram propositalmente no seu carro, que se encontrava parado.
Diversos organismos, pastorais, bispos e padres tem manifestado seu apoio nos últimos dias. Dentre eles, um grupo de padres de todas as regiões do Brasil, que acompanham diversas pastorais sociais e as CEBs, denominados Padres da Caminhada, tem enviado uma nota de apoio, assinada também por alguns bispos. A nota, na linha de outras enviadas para os padres agredidos, destaca que “os que buscam seguir de perto Jesus e assumem tal missão evangelizadora junto aos empobrecidos, na luta pelos direitos à terra, ao trabalho, ao pão e à moradia também sofrem ameaças, perseguições e violência em seus corpos”.
Como padres que participam de processos de evangelização similares aos realizados pelos padres Dennis Koltz e Sisto Magro, a nota afirma que “nós não devemos nos conformar aos projetos dos poderosos deste mundo, nem mesmo ficar indiferentes à situação vivida por grande parte de nosso povo”. Diante da realidade que o Brasil vive atualmente, que a nota denomina como “tempos sombrios”, que tem como consequência que “a violência aumenta cada vez mais para com os mais frágeis e contra os povos tradicionais”, eles destacam que existem “irmãos corajosos e com forte espírito evangélico que se comprometem com os mais pobres”.
A nota, que narra os fatos acontecidos, enfatiza a solidariedade fraterna e as preces para com quem vive desde o “compromisso com o Evangelho de Jesus Cristo e no serviço aos irmãos e irmãs nestas terras do Amapá, e em toda a nossa “Querida Amazônia””.
A nota foi enviada por Luis Miguel Modino.
Eis a nota.
Nota de Apoio aos padres Dennis Koltz e Sisto Magro
“Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para anunciar o Evangelho aos pobres: enviou-me para proclamar a liberdade aos presos e, aos cegos, a visão; para pôr em liberdade os oprimidos e proclamar um ano do agrado do Senhor’. Então, começou a dizer-lhes: ‘Hoje cumpriu-se esta palavra da Escritura que acabais de ouvir’.” (Lc 4,17-19.21)
Nesta narrativa presente no Evangelho de Lucas encontramos o programa da ação de Jesus e que é fundamento para nossa missão como presbíteros da Igreja, continuadores da missão de Jesus. Lembra-nos ainda esta narrativa que a Boa Notícia é dirigida aos pobres. Alguns presentes aprovam enquanto outros ficam em dúvida. Porém, há os que rejeitam o programa de Jesus. A Boa Notícia para os pobres significa uma má notícia aos ricos e poderosos. A violência contra Jesus surge pelo fechamento à partilha do poder, dos bens da criação e da vida. Aqueles que vivem às custas dos pobres se enfureceram com Jesus, chegando ao ponto de querer jogá-lo no abismo.
Os que buscam seguir de perto Jesus e assumem tal missão evangelizadora junto aos empobrecidos, na luta pelos direitos à terra, ao trabalho, ao pão e à moradia também sofrem ameaças, perseguições e violência em seus corpos. Os continuadores da missão de Jesus, nós não devemos nos conformar aos projetos dos poderosos deste mundo, nem mesmo ficar indiferentes à situação vivida por grande parte de nosso povo. É nosso dever e missão estar juntos ao povo santo de Deus e “buscar o Reino de Deus e a sua justiça” (cf. Mt 6,33). Nosso desafio se torna ainda maior nestes tempos sombrios pelo quais estamos passando. A violência aumenta cada vez mais para com os mais frágeis e contra os povos tradicionais. Mas ainda encontramos irmãos corajosos e com forte espírito evangélico que se comprometem com os mais pobres.
Por isso, queremos aqui manifestar a nossa solidariedade e apoio aos dois irmãos que foram impedidos de cumprir sua missão profética junto à CPT (Comissão Pastoral da Terra) de Amapá. Os padres Dennis Koltz e Sisto Magro foram agredidos na terça-feira, dia 25 de fevereiro, por um fazendeiro de soja na área de Campina do São Benedito, Pacuí. Os dois padres têm uma missão importante na defesa de direitos humanos e atuam no registro de conflitos agrários para a publicação anual do Caderno da CPT, como todos conhecemos. Eles estavam fotografando uma placa de licenciamento para desmatamento de uma fazenda para averiguar a legalidade e validade, que por sinal está vencida desde agosto de 2019! Neste momento o padre Dennis foi violentamente atacado pelo suposto dono da fazenda, Mario Junior Rocha com socos e com outras ameaças contra sua vida, além de uma batida proposital no carro, que quase o fez tombar.
Aos nossos irmãos, padres Dennis Koltz e Sisto Magro, manifestamos nossa solidariedade fraterna e asseguramos nossas preces. Sintam-se acompanhados por cada um de nós e contem conosco nesta caminhada de compromisso com o Evangelho de Jesus Cristo e no serviço aos irmãos e irmãs nestas terras do Amapá, e em toda a nossa “Querida Amazônia”, que também sonhamos livre de toda ganância e de todo colonialismo! Que Nossa Senhora da Amazônia, Mãe do coração trespassado que sofreis nos vossos filhos ultrajados e na natureza ferida, seja a presença materna e força na caminhada!
- Pe. Celso Carlos Puttkammer dos Santos – Soure – PA – Diocese de Caçador/Prelazia de Marajó
2. Pe. Francisco Gecivam Garcia - Dioc. Maringá/PR
3. Pe. Geraldino Rodrigues de Proença – Diocese de Apucarana-PR
4. Pe. Rui Fernando - Diocese Apucarana/ PR
5. Pe. Aquino Júnior - Diocese de Limoeiro do Norte - CE
6. Pe. Edegard Silva Júnior- Diocese de Pemba- Moçambique
7. Pe. Vilson Groh, Arquidiocese de Florianópolis
8. Pe. Edson André Cunha Thomassim - São Leopoldo -Coordenador Estadual da Past. Carcerária RS
9. Pe. Luis Miguel Modino - Arquidiocese de Manaus
10. Pe. Marcelo de Oliveira - Arquidiocese de Campinas SP
11. Pe. Antonio Manzatto, Arquidiocese de São Paulo
12. Pe. Alex José Kloppenburg, Diocese de Bage, RS
13. Pe. José Roberto Moreira, Bocaina do Sul, SC
14. Pe. Vitor Galdino Feller, Arquidiocese de Florianópolis, SC.
15. Pe. Rodrigo Schüler de Souza Diocese de Osório, RS
16. Pe. João Pedro de Liz, Urubici - Diocese de Lages, SC
17. Pe. Flávio Corrêa de Lima - Diocese de Novo Hamburgo / RS
18. Pe. Leandro de Mello - Arquidiocese de Passo Fundo RS
19. Pe. Mauro Batista Pedrinelli - Arquidiocese de Londrina, PR
20. Pe. Júlio Renato Lancellotti arquidiocese de São Paulo pastoral de rua
21. Pe. Medoro de Oliveira Souza Neto - Diocese de Valença, RJ.
22. Pe. Ezael Juliatto, Arquidiocese de São Paulo
23. Pe. Pascal A. Bekububo, SX. Pastoral Indigenista, Conceição do Araguaia, PA.
24. Frei Wilmar Villalba, OFM Conv - Ubatuba – SP
25. Pe. Domingos Rodrigues - Diocese de Bagé/RS
26. Pe. Antonio Lopes, Limoeiro do Norte - CE
27. Pe. Dirceu Luiz Fumagalli, Arquidiocese de Londrina
28. Pe. Diego Giuseppe Pelizzari - CIMI – SUL
29. Pe. Jefferson Nogueira da Mata – Diocese de Apucarana – PR
30. Pe. Lino Batista de Oliveira – Diocese de Apucarana – PUC Londrina - PR
31. Pe. José Geraldo Vidal. Pastorais Sociais da diocese de Xingu
32. Pe. Domingos Ormonde, Diocese de Duque de Caxias - RJ
33. Pe. Antonio Fontinele de Melo, Porto Velho- RO.
34. Pe. José Amaro Lopes de Sousa. Diocese de Xingu, Altamira, PA
35. Pe. José Domingos Bragheto-Pastoral Operária Arquidiocese de São Paulo- SP
36. Pe. Leomar Antonio Montagna - Arquidiocese de Maringá - PR.
37.: Pe. Marcos Roberto Almeida dos Santos - Arquidiocese de Maringá - PR.
38. Pe. Luiz Ceppi,Rio Branco-Ac - Ass. Extrativismo
39. Pe. Luiz Carlos Palhares. Santo Inácio-Pr. Diocese de Apucarana.
40. Frei Atílio Battistuz, OFM - Prelazia do Marajó
41.Pe. Ivanil Pereira da Silva, diocese de Umuarama, PR
42. Pe. Antônio José de Almeida, Diocese de Apucarana, PR
43. Pe. Hermes Antonio Tonini, diocese de Lages-SC
43. Pe. Paulo Joanil da Silva - Belém /PA
44. Pe. Danilo Pena, Arquidiocese de Curitiba - PR
45. Pe. Luiz Ceppi .Rio Branco-AC
46. Pe. Marcos Just Arquidiocese de Curitiba – PR
47. Pe. Jorge Pereira de Melo Arquidiocese de Londrina – PR
48. Pe. Adamor Lima -Diocese de Abaetetuba/PA
49. Pe. Sebastião Rodrigues da Silva - Diocese de Cornélio Procópio-PR
50. Pe. Nadir Luiz Zanchet - Diocese de Balsas/MA.
51. Dom Manoel João Francisco, bispo de diocese de Cornélio Procópio – PR
52. Pe. Severino Leite Diniz - Diocese de Lins – SP
53. Pe. Altair Manieri, Arquidiocese de Londrina- PR
54. Pe. Vileci Basílio Vidal - Diocese de Crato – CE
55. Diác. Jorge Luiz - Arquidiocese de São Paulo – SP
56. Pe. Jorge Corsini, Diocese de Registro – SP
57. Pe. Benedito Ferraro, Arquidiocese de Campinas-SP.
58. Pe. Raimundo Vanthuy Neto - Diocese de Roraima -RR
59. Pe. Sérgio Eduardo Mariucci – SJ
60. Dom Erwin Kräutler – Bispo Emérito do Xingu – PA
61. Dom Cláudio Hummes – Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM
62. Dom Pedro Brito Guimarães – Arquidiocese de Palmas – TO
63. Dom Vital Corbellini – Bispo de Marabá – PA
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
A Missa e o Coronavirus: Orientações.
- Detalhes
A Santa Missa e o Coronavirus: Orientações da CNBB. A Palavra do Frei Petrônio, com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 5 de março-2020.
Coronavírus: Arquidiocese de BH orienta católicos a evitarem contato físico em missa
- Detalhes
Coronavírus: Arquidiocese de BH orienta católicos a evitarem contato físico em missa
Cuidados se devem à confirmação de um caso da doença no país, em São Paulo. O anúncio oficial será feito por dom Walmor Oliveira de Azevedo, em missa nesta quarta-feira de cinzas
No lugar do abraço, um ato de ajuda ao próximo. Em vez de dar as mãos, no momento do Pai Nosso, a solidariedade humana. E não receber a hóstia diretamente na boca, mas na palma da mão para depois comungar. Diante da comprovação de um caso de coronavírus em São Paulo, o primeiro no país, a Arquidiocese de Belo Horizonte, que reúne fiéis de 28 municípios, orienta a comunidade católica a evitar o contato físico durante as missas.
O anúncio oficial será lido pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, na missa que ele preside, na tarde desta quarta-feira de cinzas (26), na Basílica de Nossa Senhora da Piedade, na Serra da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de de BH.
Embora presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ( CNBB), dom Walmor divulga as informações de forma restrita à Arquidiocese de BH.
A nota diz o seguinte: "A Arquidiocese de Belo Horizonte, em comunhão com a Igreja em todo o mundo, está sempre comprometida com a defesa da vida, com o bem estar de cada pessoa. A vida é dom de Deus, precioso, e por isso mesmo deve ser preservada e promovida, em todas as suas etapas, da fecundação ao declínio, com a morte natural. Por isso mesmo, a Igreja une-se aos que hoje buscam combater a disseminação do coronavírus, uma ameaça à saúde, principalmente dos idosos e enfermos".
E mais: " Nossa orientação ao povo de Deus é que, durante as missas, em vez do abraço da paz, busquem fortalecer ainda mais o sincero sentimento de bem-querer em relação ao próximo. Na oração do Pai Nosso, no lugar de unir as mãos, seja cultivado com mais intensidade o compromisso com a fraterna comunhão. Aos nossos irmãos sacerdotes, pedimos que orientem os fiéis a receberem a Sagrada Eucaristia nas mãos, acolhendo Cristo enquanto se reza pelo irmão enfermo".
A nota diz que "as ações simples, no contexto de nossas celebrações, são muito significativas neste momento em que precisamos nos unir para combater a proliferação do coronavírus. Deus muito nos abençoe nesta missão, com a intercessão materna de Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais". Fonte: https://www.em.com.br
Quinta-feira, 5 de março-2020. EVANGELHO DO DIA – QUARESMA: - Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes
1) Oração
Dai-nos, ó Deus, pensar sempre o que é reto e realizá-lo com solicitude. E como só podemos existir em vós, fazei-nos viver segundo a vossa vontade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 7, 7-12)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 7Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. 8Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á. 9Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? 10E, se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? 11Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem. 12Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a lei e os profetas. - Palavra da salvação.
3) Reflexão
O evangelho de hoje traz um trecho do Sermão da Montanha, a Nova Lei de Deus que nos foi revelada por Jesus. O Sermão da Montanha tem a seguinte estrutura:
1) Mateus 5,1-16: O portão da entrada: as bem-aventuranças (Mt 5,1-10) e a missão dos discípulos: ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5,12-16).
2) Mateus 5,17 a 6,18: O novo relacionamento com Deus: A nova justiça (Mt 5,17-48) que não visa mérito na prática da esmola, da oração e do jejum (Mt 6,1-18).
3) Mateus 6,19-34: O novo relacionamento com os bens da terra: não acumular (Mt 6,19-21), não olhar o mundo com olhar doente (Mt 6,22-23), não servir a Deus e ao dinheiro (Mt 6,24), não se preocupar com comida e bebida (Mt 6,23-34).
4) Mateus 7,1-23: O novo relacionamento com as pessoas: não reparar no cisco no olho do irmão (Mt 7,1-5); não jogar pérolas aos porcos (Mt 7,6); o evangelho de hoje: não ter medo de pedir as coisas a Deus (Mt 7,7-11); e a Regra de Ouro (Mt 7,12); escolher o caminho difícil e estreito (Mt 7,13-14), tomar cuidado com os falsos profetas (Mt 7,15-20).
5) Mateus 7,21-29: Conclusão; não só falar mas também praticar (Mt 7,21-23); comunidade construída em cima deste fundamento ficará em pé na tempestade (Mt 7,24-27). O resultado destas palavras é uma nova consciência frente aos escribas e doutores (Mt 7,28-29)
Mateus 7,7-8: As três recomendações de Jesus
Três recomendações: pedir, procurar e bater na porta: "Peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês!” Pedir se faz a uma pessoa. A resposta depende tanto da pessoa como da insistência do pedido. Procurar se faz orientando-se por algum critério. Quanto melhor o critério, maior será a certeza de encontrar o que se procura. Bater na porta se faz na esperança de que haja alguém do outro lado dentro da casa. Jesus completa a recomendação oferecendo a certeza da resposta: “Todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta”. Isto significa que quando pedimos a Deus, Ele atende ao nosso pedido. Quando buscamos a Deus, ele se deixa encontrar (Is 55,6). Quando batemos na porta da casa de Deus, ele vai atender.
Mateus 7,9-11: A pergunta de Jesus ao povo
“Quem de vocês dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe?” Aqui transparece o jeito simples e direto de Jesus ensinar as coisas de Deus ao povo. Falando para pais e mães de família, ele apela para a experiência diária. Nas entrelinhas das perguntas se adivinha a resposta gritada do povo: “Não!” Pois, ninguém dá uma pedra ao filho quando este pede um pão. Não existe mãe nem pai que dá uma cobra quando o filho ou a filha pede um peixe. E Jesus tira a conclusão: “Se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas a seus filhos, quanto mais o Pai de vocês que está no céu dará coisas boas aos que lhe pedirem." Jesus nos chama de maus para acentuar a certeza de sermos atendidos por Deus quando pedimos algo a Ele. Pois se nós, que não somos santos nem santas, sabemos dar coisas boas aos filhos, quanto mais o Pai do céu. Esta comparação tem como objetivo tirar de dentro de nós qualquer dúvida a respeito do resultado da oração feita a Deus com confiança. Deus vai atender! Lucas acrescenta que Deus nos dará o Espírito Santo (Lc 11,13)
Mateus 7,12: A Regra de Ouro
"Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles. Pois nisso consistem a Lei e os Profetas." Este é o resumo de todo o Antigo Testamento, da Lei e dos profetas. É o resumo de tudo que Deus nos tem a dizer, o resumo de todo o ensinamento de Jesus. Esta Regra de Ouro encontra-se não só no ensinamento de Jesus, mas também, de uma ou de outra maneira, em todas as religiões. Ela responde ao sentimento mais profundo e mais universal do ser humano.
4) Para um confronto pessoal
1) Pedir, buscar, bater na porta: Como você reza e conversa com Deus?
2) Como você vive a Regra de Ouro?
5) Oração final
A lei do Senhor é perfeita, reconforta a alma; a ordem do Senhor é segura, instrui o simples. (Sl 18, 8)
"Resfriado do Papa está seguindo seu decurso", afirma Sala de Imprensa
- Detalhes
“O resfriado diagnosticado no Santo Padre nos dias passados está seguindo o seu decurso, sem sintomas relacionados a outras patologias. Enquanto isso, o Papa Francisco celebra diariamente a Santa Missa e acompanha os exercícios espirituais que estão se realizando na Casa Divino Mestre em Ariccia".
Vatican News
Respondendo a jornalistas, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, falou sobre as condições de saúde do Papa Francisco:
“O resfriado diagnosticado no Santo Padre nos dias passados está fazendo o seu decurso, sem sintomas relacionados a outras patologias. Enquanto isso, o Papa Francisco celebra diariamente a Santa Missa e acompanha os exercícios espirituais que estão se realizando na Casa Divino Mestre em Ariccia".
Nesta quarta-feira, não se realiza a tradicional Audiência Geral, mas não devido à saúde do Pontífice e sim porque o evento semanal já havia sido cancelado em decorrência do retiro quaresmal.
O primeiro compromisso cancelado pelo Papa foi quinta-feira passada, quando não foi à Basílica de São João de Latrão para participar da liturgia penitencial de início de Quaresma com o clero da diocese de Roma.
Desde então, todas as audiências a grupos foram canceladas e Francisco manteve somente os encontros marcados na Casa Santa Marta.
No domingo, rezou a oração do Angelus com os fiéis e na ocasião comunicou sua decisão de não partir para Ariccia com seus colaboradores da Cúria Romana para os Exercícios Espirituais.
"Uno-me espiritualmente à Cúria e a todas as pessoas que estão vivendo momentos de oração, fazendo os exercícios espirituais em casa". Fonte: https://www.vaticannews.va
Quarta-feira, 4 de março-2020. EVANGELHO DO DIA – QUARESMA: - Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes
1) Oração
Considerai, ó Deus, com bondade o fervor do vosso povo. E, enquanto mortificamos o corpo, sejamos espiritualmente fortalecidos pelos frutos das boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Lucas 11, 29-32)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 29Afluía o povo e ele continuou: Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não se lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas. 30Pois, como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem o será para esta geração. 31A rainha do meio-dia levantar-se-á no dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque ela veio dos confins da terra ouvir a sabedoria de Salomão! Ora, aqui está quem é mais que Salomão. 32Os ninivitas levantar-se-ão no dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque fizeram penitência com a pregação de Jonas. Ora, aqui está quem é mais do que Jonas. - Palavra da salvação.
3) Reflexão
Estamos no tempo de quaresma. A liturgia privilegia os textos que possam ajudar-nos na conversão e na mudança de vida. Aquilo que melhor ajuda na conversão são os fatos da história do povo de Deus. No evangelho de hoje, Jesus traz dois episódios do passado: de Jonas e da rainha de Sabá, e os transforma em espelho para o povo olhar nele e descobrir o apelo de Deus à conversão.
Lucas 11,29: A geração má que pede um sinal. Jesus chama a geração de má, porque ela não quer acreditar em Jesus e vive pedindo sinais que possam legitimar Jesus como enviado de Deus. Mas Jesus recusa dar um sinal, pois, no fundo, se eles pedem um sinal é porque não querem crer. O único sinal que vai ser dado é o sinal de Jonas.
Lucas 11,30: O Sinal de Jonas. O sinal de Jonas tem dois aspectos. O primeiro é o que afirma o texto de Lucas no evangelho de hoje. Jonas foi um sinal para o povo de Nínive através da sua pregação. Ouvindo Jonas, o povo se converteu. Assim, a pregação de Jesus estava sendo um sinal para o seu próprio povo, mas o povo não dava sinais de conversão. O outro aspecto é o que afirma o evangelho de Mateus por ocasião do mesmo episódio: “Assim como Jonas passou três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem passará três dias e três noites no seio da terra” (Mt 12,40). Quando Jonas foi cuspido na praia, ele foi anunciar a palavra de Deus ao povo de Nínive. Da mesma maneira, depois da morte e ressurreição no terceiro dia, A Boa Nova será anunciada ao povo da Judéia.
Lucas 11,31: A Rainha de Sabá. Em seguida, Jesus evoca a história da Rainha de Sabá que veio de longe para ver Salomão e aprender da sabedoria dele (cf. 1Rs 10,1-10). E por duas vezes Jesus afirma: “E aqui está quem é maior do que Salomão”. “E aqui está quem é maior do que Jonas”.
Um aspecto muito importante que está por detrás desta discussão entre Jesus os líderes do seu povo é a maneira diferente como ele, Jesus, e os seus adversários se colocavam frente a Deus. O livro de Jonas é uma parábola, que critica a mentalidade daqueles que queriam Deus só para os Judeus. Na história de Jonas, os pagãos se converteram diante da pregação de Jonas e Deus os acolheu na sua bondade e não destruiu a cidade. Quando viu que Deus acolheu o povo de Nínive e não destruiu a cidade, “Jonas ficou muito desgostoso e irado. E rezou a Javé: "Ah! Javé! Não era justamente isso que eu dizia quando estava na minha terra? Foi por isso que eu corri, tentando fugir para Társis, pois eu sabia que tu és um Deus compassivo e clemente, lento para a ira e cheio de amor, e que voltas atrás nas ameaças feitas. Se é assim, Javé, tira a minha vida, pois eu acho melhor morrer do que ficar vivo" (Jonas 4,1-3). Por isso, Jonas era um sinal para os judeus do tempo de Jesus e continua sendo um sinal também para nós cristãos. Pois, imperceptivelmente, como em Jonas aparece também em nós uma mentalidade de que nós cristãos temos uma espécie de monopólio de Deus e que todos os outros devem tornar-se cristãos. Isto seria proselitismo. Jesus não pede que todos sejam cristãos. Ele pede que todos se tornem discípulos (Mt 28,19), isto é, sejam pessoas que como ele, irradiem e anunciem a Boa Nova do amor de Deus para todos os povos ao redor (Mc 16,15).
4) Para um confronto pessoal
1) Quaresma, tempo de conversão. O que deve mudar na imagem que tenho de Deus? Sou como Jonas ou como Jesus?
2) Minha fé está baseada em que? Em sinais ou na palavra do próprio Jesus?
5) Oração final
Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza. De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito. (Sl 50, 12-13)
Morre o poeta Ernesto Cardenal, figura-chave da Teologia da Libertação na Nicarágua
- Detalhes
Voz moral da Revolução Sandinista e crítico do Governo de Daniel Ortega, sacerdote tinha 95 anos.
O poeta e sacerdote nicaraguense Ernesto Cardenal morreu neste domingo em Manágua, aos 95 anos, vítima de insuficiência renal e cardíaca, informaram fontes próximas ao literato, um dos principais expoentes da poesia latino-americana. Cardenal foi também um dos mais destacados representantes da chamada Teologia da Libertação. Seu compromisso político o fez apoiar a luta armada contra a ditadura dos Somoza, uma dinastia que governou a Nicarágua por mais de 40 anos, e mais recentemente a enfrentar o Governo do presidente Daniel Ortega, seu ex-aliado, cujos desmandos e arbitrariedades denunciava em todos os lugares aonde viajava para apresentar sua poesia. Seu compromisso com os mais pobres e contra as injustiças o transformaram na voz moral da Revolução Sandinista, um projeto com o qual se comprometeu a fundo e lhe valeu a reprimenda do papa João Paulo II, para quem um sacerdote não podia se envolver com assuntos políticos. “Nicarágua sem Guarda Nacional, vejo o novo dia! Uma terra sem terror. Sem tirania dinástica”, havia escrito em um de seus poemas mais célebres, Canto Nacional.
Nasceu em Granada (Nicarágua), em 20 de janeiro de 1925. Herdeiro de uma sólida tradição poética —seu país foi o berço de poetas proeminentes, como Rubén Darío—, Cardenal estudou Literatura em Manágua e no México e cursou outros estudos nos Estados Unidos e Europa. Em 1965 foi ordenado sacerdote, e mais tarde se estabeleceria no arquipélago de Solentiname, localizado no lago Nicarágua, onde fundou uma comunidade de pescadores e artistas primitivistas que se tornou mundialmente famosa. Foi lá onde escreveu seu célebre O Evangelho de Solentiname. O arquipélago é um local de peregrinação dos fiéis leitores e seguidores do poeta. Cardenal passava suas férias nessas ilhas, onde lia as obras completas de Darío, escrevia e celebrava a missa da Semana Santa na pequena igreja da localidade. Ali será enterrado.
O escritor Sergio Ramírez, ganhador do prêmio Cervantes e amigo próximo do poeta, disse sobre ele que foi um dos grandes inovadores da língua espanhola, ao criar uma nova forma de poesia lírica, a da narração na poesia, que fez de Cardenal um cronista do seu tempo. “Meço Ernesto primeiro por seu dom da inovação. Há ótimos poetas que não conseguem fazer escola, e isso não tira peso da sua voz, mas Cardenal desde o começo fez escola, teve seguidores, abriu um espaço na poesia da língua,” afirmou Ramírez.
O próprio Cardenal se definia como o fundador de um novo estilo, que ele chamou em entrevista ao EL PAÍS de “poesia científica”. “Acredito que sou o único poeta, ou pelo menos o único que eu conheço, que está fazendo poesia sobre a ciência, poesia científica. Para mim é quase como uma oração ler livros científicos. Vejo neles o que alguns disseram ser rastros da criação de Deus”.
A poesia de Cardenal está fortemente ligada à Revolução Sandinista, que em 1979, sob a liderança de Ortega, derrubou a ditadura de Somoza. Em poemas como Hora Zero e Canto Nacional, o poeta destacou as proezas do herói nacional Augusto Sandino e dos guerrilheiros sandinistas. Essa íntima vinculação à política fez que a cúpula da Igreja católica o rejeitasse, a tal ponto que o papa João Paulo II o admoestou publicamente quando visitou a Nicarágua em 1983, em plena era sandinista.
Cardenal, entretanto, mantinha um profundo amor cristão, expresso através de obras como Los Salmos, versos que demonstram seu compromisso com a fé, mas também sua crítica às injustiças, a opressão e o sofrimento dos mais desprotegidos. O poeta era um criador incansável, um homem comprometido politicamente até o final de seus dias, e uma voz profética, combativa e incômoda para o poder.
O poeta viveu seu próprio martírio desde 2007, quando Daniel Ortega retornou ao poder na Nicarágua. Desde então, foi perseguido pela Justiça, controlada pelo líder sandinista. “Eles [Ortega e sua esposa e vice-presidenta, Rosario Murillo] são donos de todos os poderes da Nicarágua. Têm um poder absoluto, infinito, que não tem limites, e esse poder agora está contra mim”, afirmou Cardenal ao EL PAÍS numa entrevista concedida em sua casa de Manágua em 2017. Apesar dessa perseguição, Cardenal manteve uma atividade incansável. Fez recitais na Europa e América Latina, denunciando, além disso, os desmandos de Ortega. Ele, que em seu Cântico Cósmico escreveu que a poesia é “o canto e o encanto por tudo que existe”, continuava trabalhando aos 95 anos. Em 4 de fevereiro, foi internado em um hospital de Manágua devido a uma infecção renal e, embora se pensasse que não resistiria, o poeta se recuperou e semanas mais tarde recebeu o EL PAÍS em sua casa da capital nicaraguense comendo um nacatamal, prato tradicional preparado à base de milho.
Após décadas de expurgo por parte do Vaticano, o poeta foi reabilitado pelo papa Francisco. Jorge Mario Bergoglio lhe informou em fevereiro sobre a revogação da suspensão ad divinis (proibição de administrar os sacramentos) imposta em 1984 por Karol Wojtyla. Em uma entrevista, o mesmo Cardenal tinha reconhecido: “Sinto-me identificado com este novo Papa. É melhor do que poderíamos ter sonhado”.
O Governo de Ortega decretou três dias de luto nacional pela morte de Cardenal, em uma nota com o inconfundível estilo de Murillo, com tons de discurso místico e religioso. No decreto, agradece a Deus pela vida de Cardenal, contra quem ela mantinha um ódio inflamado. Chama-o de “irmão” e de “glória e orgulho”, e afirma “admirá-lo profundamente”. O documento oficial comete um erro ao afirmar que o poeta era ganhador do prêmio Cervantes. Na verdade, Ernesto Cardenal recebeu o Prêmio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana em 2012.
A Nicarágua perde assim um de seus escritores mais queridos, o homem que conseguiu ser um profeta em sua terra e que deixa uma longa produção literária que, neste país de catástrofes e desmandos de seus políticos, é repetida como prece, como o canto de uma nação acometida por seus próprios erros, mas ansiosa por romper com sua história de opressão. Fonte: https://brasil.elpais.com
Portal católico multilíngue e missas via streaming para enfrentar as barreiras do coronavírus
- Detalhes
Na região da Lombardia, na Itália, os bispos convidam a seguir as missas pela TV ou em transmissões via streaming nos sites das dioceses. Na Índia, quem vive quarentena pelo coronavírus ganhou um aliado na fé, com o lançamento de um portal católico, disponível em mais de 5 línguas, como em inglês e espanhol.
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Uma mensagem divulgada pela Conferência Episcopal da Lombardia, uma das principais regiões da Itália afetadas pelo contágio do coronavírus, convida os fiéis a seguirem as celebrações eucarísticas das próprias casas, através da TV ou via streaming. No comunicado da última sexta-feira (28) intitulado “Vou pedir o bem para ti”, os bispos fizeram referência à missa deste domingo (1), o primeiro da Quaresma.
“Não podemos viver sem celebrar o dia do Senhor”, diz a mensagem, ao acrescentar que “viver o dia do Senhor sem a celebração eucarística é um vazio e uma privação que nós todos sentimos com sofrimento”. Porém, pensando à saúde dos habitantes da região, os bispos exortam os fiéis a se abster das assembleias eucarísticas.
O convite é, então, “à oração pessoal” e a seguir as celebrações através das transmissões na TV ou na rádio ou mesmo pelo site das dioceses via streaming. A mensagem é assinada pelos bispos de Milão, Bergamo, Mântova, Como, Vigevano, Crema, Lodi, Cremona, Pavía e Brescia.
Portal católico multilíngue na Índia
Já as pessoas que vivem um período de quarentena na Índia, por causa do Covid-19, podem usufruir de uma plataforma online que encoraja a não viver em solidão o isolamento domiciliar. A Associação Sanitária Católica (Chai), com sede em Hyderabad, é quem colocou no ar a iniciativa.
Desde 26 de fevereiro as pessoas podem participar de chats de debates, enviar áudios e vídeos, além de escrever e-mails para o site www.coronacare.life, que está sendo administrado por cerca de 40 voluntários – metade deles são agentes sanitários, mas na sua maioria são religiosos.
Pe. Mathew Abraham, diretor da Associação, explica à agência Ucan que “o medo e a solidão são os piores inimigos dos seres humanos num momento de crise que este. A ideia da plataforma é justamente ajudar a superar esse medo e solidão”. O isolamento “cria frustrações e sofrimentos inimagináveis, sobretudo quando as pessoas em quarentena sabem que já tiveram mortes”, sublinha o vice-secretário, Pe. George Kannanthanam.
Por isso, eles explicam, que a equipe conta com psicólogos e agentes sociais. Além das línguas locais, da Índia, os voluntários falam também outros idiomas como o chinês, o espanhol, o francês, o italiano e o inglês. Somente em dois dias, o site recebeu 237 chamadas e mais de 60 mensagens no chat. “Esse é um sinal que as pessoas em quarentena sentem realmente a necessidade de falar com os outros”, finalizou Pe. George. Fonte: https://www.vaticannews.va
Terça-feira, 3 de março-2020. EVANGELHO DO DIA – QUARESMA - Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes
1) Oração
Olhai, ó Deus, a vossa família e fazei crescer no vosso amor aqueles que agora se mortificam pela penitência corporal. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 6, 7-15)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras. 8Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais. 9Eis como deveis rezar: PAI NOSSO, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; 10venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. 11O pão nosso de cada dia nos dai hoje; 12perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam; 13e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. 14Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. 15Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará. - Palavra da salvação.
3) Reflexão
Há duas redações do Pai Nosso: Lucas (Lc 11,1-4) e Mateus (Mt 6,7-13). Em Lucas, o Pai Nosso é mais curto. Lucas escreve para comunidades que vieram do paganismo. Ele busca ajudar pessoas que estão se iniciando no caminho da oração. Em Mateus, o Pai Nosso está situado no Sermão da Montanha, naquela parte onde Jesus orienta os discípulos na prática das três obras de piedade: esmola (Mt 6,1-4), oração (Mt 6,5-15) e jejum (Mt 6,16-18). O Pai Nosso faz parte de uma catequese para judeus convertidos. Eles já estavam habituados a rezar, mas tinham certos vícios que Mateus tenta corrigir.
Mateus 6,7-8: Os vícios a serem corrigidos. Jesus critica as pessoas para as quais a oração era uma repetição de fórmulas mágicas, de palavras fortes, dirigidas a Deus para obrigá-lo a atender às nossas necessidades. A acolhida da oração por parte de Deus não depende da repetição de palavras, mas sim da bondade de Deus que é Amor e Misericórdia. Ele quer o nosso bem e conhece as nossas necessidades antes mesmo das nossas preces.
Mateus 6,9a: As primeiras palavras: “Pai Nosso” Abbá, Pai, é o nome que Jesus usa para dirigir-se a Deus. Revela a nova relação com Deus que deve caracterizar a vida das comunidades (Gl 4,6; Rm 8,15). Dizemos “Pai nosso” e não “Pai meu”. O adjetivo “nosso” acentua a consciência de pertencermos todos à grande família humana de todas as raças e credos. Rezar ao Pai e entrar na intimidade com ele, é também colocar-se em sintonia com os gritos de todos os irmãos e irmãs pelo pão de cada dia. É buscar o Reino de Deus em primeiro lugar. A experiência de Deus como nosso Pai é o fundamento da fraternidade universal.
Mateus 6,9b-10: Três pedidos pela causa de Deus: o Nome, o Reino, a Vontade. Na primeira parte do Pai-nosso, pedimos para que seja restaurado o nosso relacionamento com Deus. Santificar o Nome: O nome JAVÉ significa Estou com você! Deus conosco. Neste NOME Deus se deu a conhecer (Ex 3,11-15). O Nome de Deus é santificado quando é usado com fé e não com magia; quando é usado conforme o seu verdadeiro objetivo, i.é, não para a opressão, mas sim para a libertação do povo e para a construção do Reino. A Vinda do Reino: O único Dono e Rei da vida humana é Deus (Is 45,21; 46,9). A vinda do Reino é a realização de todas as esperanças e promessas. É a vida plena, a superação das frustrações sofridas com os reis e os governos humanos. Este Reino acontecerá, quando a vontade de Deus for plenamente realizada. Fazer a Vontade: A vontade de Deus se expressa na sua Lei. Que a sua vontade se faça assim na terra como no céu. No céu, o sol e as estrelas obedecem às leis de suas órbitas e criam a ordem do universo (Is 48,12-13). A observância da lei Deus será fonte de ordem e de bem-estar para a vida humana.
Mateus 6,11-13: Quatro pedidos pela causa dos irmãos: Pão, Perdão, Vitória, Liberdade. Na segunda parte do Pai-nosso pedimos para que seja restaurado o relacionamento entre as pessoas. Os quatro pedidos mostram como devem ser transformadas as estruturas da comunidade e da sociedade para que todos os filhos e filhas de Deus vivam com igual dignidade. Pão de cada dia: No êxodo, cada dia, o povo recebia o maná no deserto (Ex 16,35). A Providência Divina passava pela organização fraterna, pela partilha. Jesus nos convida para realizar um novo êxodo, uma nova maneira de convivência fraterna que garante o pão para todos (Mt 6,34-44; Jo 6,48-51). Perdão das dívidas: Cada 50 anos, o Ano Jubilar obrigava todos a perdoar as dívidas. Era um novo começo (Lv 25,8-55). Jesus anuncia um novo Ano Jubilar, "um ano da graça da parte do Senhor" (Lc 4,19). O Evangelho quer recomeçar tudo de novo! Não cair na Tentação: No êxodo, o povo foi tentado e caiu (Dt 9,6-12). Murmurou e quis voltar atrás (Ex 16,3; 17,3). No novo êxodo, a tentação será superada pela força que o povo recebe de Deus (1Cor 10,12-13). Libertação do Maligno: O Maligno é o Satanás, que afasta de Deus e é motivo de escândalo. Ele chegou a entrar em Pedro (Mt 16,23) e tentou Jesus no deserto. Jesus o venceu (Mt 4,1-11). Ele nos diz: "Coragem! Eu venci o mundo!" (Jo 16,33).
Mateus 6,14-15: Quem não perdoa não será perdoado. Rezando o Pai-nosso, pronunciamos a sentença que nos condena ou absolve. Rezamos: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6,12). Oferecemos a Deus a medida do perdão que queremos. Se perdoamos muito, Ele perdoará muito. Se perdoamos pouco, ele perdoará pouco. Se não perdoamos, ele também não poderá perdoar.
4) Para um confronto pessoal
1-Jesus falou "perdoai as nossas dívidas". Em alguns países se traduz "perdoai as nossas ofensas". O que é mais fácil: perdoar ofensas ou perdoar dívidas?
2-As nações cristãs do hemisfério norte (Europa e USA) rezam todos os dias: “Perdoai as nossas dívidas assim como também nós perdoamos aos nossos devedores”. Mas elas não perdoam a dívida externa dos países pobres do Terceiro Mundo. Como explicar esta terrível contradição, fonte de empobrecimento de milhões de pessoas?
5) Oração final
Glorificai comigo ao Senhor, juntos exaltemos o seu nome. Procurei o Senhor e ele me atendeu, livrou-me de todos os temores. (Sl 33, 4-5)
EVANGELHO DO DIA – QUARESMA: Segunda-feira, 2 de março-2020. - Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes
1) Oração
Convertei-nos, ó Deus, nosso salvador, e, para que a celebração da Quaresma nos seja útil, iluminai-nos com a doutrina celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 25, 31-46)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 31Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso. 32Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, 35porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; 36nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim. 37Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos? 39Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar? 40Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes. 41Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos. 42Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; 43era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes. 44Também estes lhe perguntarão: - Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos? 45E ele responderá: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer. 46E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna. - Palavra da salvação.
3) Reflexão
O Evangelho de Mateus apresenta Jesus como o novo Moisés. Como Moisés, Jesus promulgou a Lei Deus. Como a antiga Lei, assim a nova lei dada por Jesus tem cinco livros ou discursos. O Sermão da Montanha (Mt 5,1 a 7,27), o primeiro discurso, abriu com as oito bem-aventuranças. O Sermão da Vigilância (Mt 24,1 a 25,46), o quinto e último discurso, encerra com a descrição do Juízo Final. As bem-aventuranças descreveram a porta de entrada para o Reino de Deus, enumerando oito categorias de pessoas: os pobres em espírito, os mansos, os aflitos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os de coração limpo, os promotores da paz e os perseguidos por causa da justiça (Mt 5,3-10). A parábola do Juízo Final conta o que devemos fazer para poder tomar posse do Reino: acolher os famintos, os sedentos, os estrangeiros, os sem roupa, os doentes e os prisioneiros (Mt 25,35-36). Tanto no começo como no fim da Nova Lei, estão os excluídos e marginalizados.
Mateus 25,31-33: Abertura do Juízo final. O Filho do Homem reúne ao seu redor todas as nações do mundo. Separa as pessoas como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. O pastor sabe discernir. Ele não erra: ovelhas à direita, cabritos à esquerda. Jesus não erra. Ele sabe discernir bons e maus. Jesus não julga nem condena (cf. Jo 3,17; 12,47). Ele apenas separa. É a própria pessoa que se julga ou se condena pela maneira como se comportou com relação aos pequenos e excluídos.
Mateus 25,34-36: A sentença para os que estiverem à direita do Juiz. Os que estão à sua direita são chamados de “Benditos de meu Pai!”, isto é, recebem a bênção que Deus prometeu à Abraão e à sua descendência (Gn 12,3). Eles são convidados a tomar posse do Reino, preparado para eles desde a fundação do mundo. O motivo da sentença é este: "Tive fome e sede, era estrangeiro, nu, doente e preso, e vocês me acolheram e ajudaram!” Esta sentença nos faz saber quem são as ovelhas. São as pessoas que acolheram o próprio Juiz quando este estava faminto, sedento, estrangeiro, nu, doente e preso. E pelo jeito de falar "meu Pai" e "Filho do Homem", ficamos sabendo que o Juiz é o próprio Jesus. Ele se identifica com os pequenos!
Mateus 25,37-40: Um pedido de esclarecimento e a resposta do Juiz: Os que acolheram os excluídos são chamados “justos”. Isto significa que a justiça do Reino não se alcança observando normas e prescrições, mas sim acolhendo os necessitados. Mas o curioso é que os próprios justos não sabem quando foi que acolheram Jesus necessitado. Jesus responde: "Toda vez que o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes!" Quem são estes "meus irmãos mais pequeninos"? Em outras passagens do Evangelho de Mateus, as expressões "meus irmãos" e "pequeninos" indicam os discípulos (Mt 10,42; 12,48-50; 18,6.10.14; 28,10). Indicam também os membros mais abandonados da comunidade, os desprezados que não recebem lugar e não são bem recebidos (Mt 10,40). Jesus se identifica com eles. Mas não é só isto. No contexto tão amplo desta parábola final, a expressão "meus irmãos mais pequeninos" se alarga e inclui todos aqueles que na sociedade não têm lugar. Indica todos os pobres. E os "justos" e os "benditos de meu Pai" são todas as pessoas de todas as nações que acolhem o outro na total gratuidade, independente do fato de ser cristão ou não.
Mateus 25,41-43: A sentença para os que estiverem à sua esquerda. Os que estão do outro lado do Juiz são chamados de “malditos” e são destinados ao fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Jesus usa a linguagem simbólica comum daquele tempo para dizer que estas pessoas não vão entrar no Reino. E aqui também o motivo é um só: não acolheram Jesus faminto, sedento, estrangeiro, nu, doente e preso. Não é Jesus que nos impede de entrar no Reino, mas sim a nossa prática de não acolher o outro, a cegueira que nos impede de ver Jesus nos pequeninos.
Mateus 25,44-46: Um pedido de esclarecimento e a resposta do Juiz. O pedido de esclarecimento mostra que se trata de gente bem comportada, pessoas que têm a consciência em paz. Estão certas de terem praticado sempre o que Deus pedia delas. Por isso estranham quando o Juiz diz que não o acolheram. O Juiz responde: “Todas as vezes que vocês não fizeram isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizeram!” A omissão! Não fizeram coisas más! Apenas deixaram de praticar o bem aos pequeninos e de acolher os excluídos. E segue a sentença final: estes vão para o fogo eterno, e os justos para a vida eterna. Assim termina o quinto livro da Nova Lei!
4) Para um confronto pessoal
1) O que mais chamou a sua atenção nesta parábola do Juízo Final?
2) Pare e pense: se o Juízo final fosse hoje, você estaria do lado das ovelhas ou dos cabritos?
5) Oração final
Os preceitos do Senhor são retos, deleitam o coração; o mandamento do Senhor é luminoso, esclarece os olhos. (Sl 18, 9)
Por causa de resfriado, Papa Francisco não participará de retiro espiritual da quaresma
- Detalhes
Pontífice fez sua primeira aparição pública após cancelar vários compromissos por estar doente
CIDADE DO VATICANO - O Papa Francisco anunciou que um resfriado do qual está sofrendo o forçará a pular um retiro espiritual da Quaresma de uma semana com altas autoridades do Vaticano ao sul de Roma, que deveria começar no final deste domingo. O pontífice fez sua primeira aparição pública depois de ficar quatro dias recluso tratando o que o Vaticano chamou de "leve indisposição" que o forçou a cancelar algumas reuniões e atividades.
— Infelizmente, um resfriado me forçará a não participar deste ano (no retiro). Seguirei as meditações daqui — disse ele.
É a primeira vez que Francisco perde o retiro anual ao sul de Roma desde sua eleição em março de 2013. O líder católico romano de 83 anos apareceu na janela do Palácio Apostólico do Vaticano para se dirigir a milhares de pessoas na Praça de São Pedro para sua mensagem e bênção semanal ao domingo. Durante seu breve discurso, o Papa tossiu várias vezes e parecia estar com o nariz entupido.
Foi sua primeira aparição pública desde uma missa de quarta-feira de cinzas em Roma, durante a qual ele foi visto tossindo e espirrando.
O Vaticano não especificou o que deixou Francisco doente. No entanto, em meio a temores na Itália por causa de um surto de coronavírus, o porta-voz Matteo Bruni negou na sexta-feira as especulações de que o papa fosse algo mais do que um pouco mal.
— Não há evidências que levem ao diagnóstico de nada além de uma leve indisposição — disse ele.
A Itália está sofrendo o pior surto de coronavírus da Europa, registrando mais de 1.100 casos confirmados desde 20 de fevereiro. Pelo menos 29 pessoas morreram.
Papa Francisco tem apenas um pulmão. O outro foi removido quando ele tinha pouco mais de 20 anos em sua cidade natal, Buenos Aires, depois de uma doença. Fonte: https://oglobo.globo.com
*1º Domingo da Quaresma - Ano A (1º de março-2020)
- Detalhes
No início da nossa caminhada quaresmal, a Palavra de Deus convida-nos à "conversão" - isto é, a recolocar Deus no centro da nossa existência, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo - com fidelidade - os seus projetos.
A primeira leitura afirma que Deus criou o homem para a felicidade e para a vida plena.
Quando escutamos as propostas de Deus, conhecemos a vida e a felicidade; mas, sempre que prescindimos de Deus e nos fechamos em nós próprios, inventamos esquemas de egoísmo, de orgulho e de prepotência e construímos caminhos de sofrimento e de morte.
A segunda leitura propõe-nos dois exemplos: Adão e Jesus. Adão representa o homem que escolhe ignorar as propostas de Deus e decidir, por si só, os caminhos da salvação e da vida plena; Jesus é o homem que escolhe viver na obediência às propostas de Deus e que vive na obediência aos projetos do Pai. O esquema de Adão gera egoísmo, sofrimento e morte; o esquema de Jesus gera vida plena e definitiva.
O Evangelho apresenta, de forma mais clara, o exemplo de Jesus. Ele recusou - de forma absoluta - uma vida vivida à margem de Deus e dos seus projetos. A Palavra de Deus garante que, na perspectiva cristã, uma vida que ignora os projetos do Pai e aposta em esquemas de realização pessoal é uma vida perdida e sem sentido; e que toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas é uma tentação diabólica e que o cristão deve, firmemente, rejeitar.
PRIMEIRA LEITURA (Gen 2,7-9;3,1-7)
O texto de Gn 2,4b-3,24 - conhecido como relato jahwista da criação - é, de acordo com a maioria dos comentadores, um texto do séc. X a.C., que deve ter aparecido em Judá na época do rei Salomão. Apresenta-se num estilo exuberante, colorido, pitoresco. Parece ser obra de um catequista popular, que ensina recorrendo a imagens sugestivas, coloridas e fortes.
Não podemos, de forma nenhuma, ver neste texto uma reportagem jornalística de acontecimentos passados na aurora da humanidade. A finalidade do autor não é científica ou histórica, mas teológica: mais do que ensinar como o mundo e o homem apareceram, ele quer dizer-nos que na origem da vida e do homem está Jahwéh. Trata-se, portanto, de uma página de catequese e não de um tratado destinado a explicar cientificamente as origens do mundo e da vida.
Para apresentar essa catequese aos homens do séc. X a.C., os teólogos jahwistas utilizaram elementos simbólicos e literários das cosmogonias mesopotâmicas (por exemplo, a formação do homem "do pó da terra" é um elemento que aparece sempre nos mitos de origem mesopotâmicos); no entanto, transformaram e adaptaram os símbolos retirados das narrações lendárias de outros povos, dando-lhes um novo enquadramento, uma nova interpretação e pondo-os ao serviço da catequese e da fé de Israel. Ou seja: a linguagem e a apresentação literária das narrações bíblicas da criação apresentam paralelos significativos com os mitos de origem dos povos da zona do Crescente Fértil; mas as conclusões teológicas - sobretudo o ensinamento sobre Deus e sobre o lugar que o homem ocupa no projeto de Deus - são muito diferentes.
ATUALIZAÇÃO
De onde vimos? Para onde vamos? Por que é que estamos aqui? Qual o sentido da nossa vida? São perguntas eternas, que o homem de todos os tempos coloca a si próprio. A Palavra de Deus que hoje nos é proposta responde: é Deus a nossa origem e o nosso destino último. Não somos um minúsculo e insignificante grão de areia perdido numa galáxia qualquer; mas somos seres que Deus criou com amor, a quem Ele deu o seu próprio "sopro", a quem animou com a sua própria vida. O fim último da nossa existência não é o fracasso, a dissolução no nada, mas a vida definitiva, a felicidade sem fim, a comunhão plena com Deus.
Como é que chegamos a essa felicidade que está inscrita no projeto que Deus tem para os homens e para o mundo? Deus nada impõe e respeita sempre - de forma absoluta - a nossa liberdade; no entanto, insiste em mostrar-nos, todos os dias, o caminho para essa plenitude de vida que Ele sonhou para os homens. Quando aceitamos a nossa condição de criaturas e reconhecemos em Deus esse Pai que nos dá vida, que nos ama e que nos indica caminhos de realização e de felicidade, construímos uma existência harmoniosa, um "paraíso" onde encontramos vida, harmonia, felicidade e realização.
E o mal que vemos, todos os dias, tornar sombria e deprimente essa "casa" que é o mundo: vem de Deus ou do homem? A Palavra de Deus responde: o mal nunca vem de Deus; o mal resulta das nossas escolhas erradas, do nosso orgulho, do nosso egoísmo e autossuficiência. Quando o homem escolhe viver orgulhosamente só, ignorando as propostas de Deus e prescindindo do amor, constrói cidades de egoísmo, de injustiça, de prepotência, de sofrimento, de pecado... Quais os caminhos que eu escolho? As propostas de Deus fazem sentido e são, para mim, indicações seguras para a felicidade, ou prefiro ser eu próprio a fazer as minhas escolhas, prescindindo das indicações de Deus?
EVANGELHO. (Mt 4,1-11)
A cena das tentações antecede, em Mateus (e nos outros Sinópticos), a vida pública de Jesus. A cena segue-se imediatamente - quer em termos cronológicos, quer em termos lógicos - ao Batismo (cf. Mt 3,13-17): porque recebeu o Espírito (batismo), Jesus pode afrontar e vencer a tentação de uma proposta de atuação messiânica que o convida a subverter a proposta do Pai.
A cena coloca-nos no deserto. Mateus diz explicitamente que "Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo demônio". Os quarenta dias e quarenta noites que, de acordo com o relato, Jesus aí passou, resumem os quarenta anos que Israel passou em caminhada pelo deserto. O deserto é, no imaginário judaico, o lugar da "prova", onde os israelitas experimentaram, por diversas vezes, a tentação do abandono de Jahwéh e do seu projeto de libertação (embora seja, também, o lugar do encontro com Deus, o lugar da descoberta do rosto de Deus, o lugar onde o Povo fez a experiência da sua fragilidade e pequenez e aprendeu a confiar na bondade e no amor de Deus). Será que a história se vai repetir, que Jesus vai ceder à tentação e dizer "não" ao projeto de Deus - como aconteceu com os israelitas?
O relato que hoje nos é proposto não é, contudo, uma reportagem histórica elaborada por um jornalista que presenciou um combate teológico entre Jesus e o diabo, algures no deserto... É, sim, uma página de catequese, cujo objetivo é ensinar-nos que Jesus, apesar de ter sentido - como nós - a mordedura das tentações, soube pôr acima de tudo o projeto do Pai.
O relato de Mateus (bem como o de Lucas) parte, sem dúvida, do relato - muito mais breve - de Marcos (cf. Mc 1,12-13); mas o texto que hoje nos é proposto amplia o relato original de Marcos, com um diálogo entre Jesus e o diabo, feito de citações do Antigo Testamento (sobretudo do livro do Deuteronômio).
ATUALIZAÇÃO
A questão essencial que a Palavra de Deus hoje nos propõe é, portanto, esta: Jesus recusou, de forma absoluta, conduzir a sua vida à margem de Deus e das suas propostas. Para Ele, só uma coisa é verdadeiramente decisiva e fundamental: a comunhão com o Pai e o cumprimento obediente do seu projeto... E nós, seguidores de Jesus? É essa também a nossa perspectiva? O que é que é decisivo na minha vida: as propostas de Deus, ou os meus projetos pessoais?
Quando o homem esquece Deus e as suas propostas, e se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, facilmente cai na escravidão de outros deuses que, no entanto, estão longe de assegurar vida plena e felicidade duradoura. Quais são os deuses que, hoje, dominam o horizonte desse homem moderno que prescindiu de Deus? Quais são os deuses que estão no centro da minha própria vida e que condicionam as minhas decisões e opções?
Deixar-se conduzir pela tentação dos bens materiais, do acumular mais e mais, do subordinar toda a vida à lógica do "ter mais", é seguir o caminho de Jesus? Olhar apenas para o seu próprio conforto e comodidade, fechar-se à partilha e às necessidades dos outros, pagar salários de miséria e malbaratar fortunas em noitadas de jogo ou em coisas supérfluas... é seguir o exemplo de Jesus?
Usar Deus ou os seus dons para saciar a nossa vaidade, para promover o nosso êxito pessoal, para brilhar, para dar espetáculo, para levar os outros a admirar-nos e a bater-nos palmas... é seguir o exemplo de Jesus?
Procurar o poder a todo o custo (às vezes, entregando ao diabo os nossos valores mais importantes e as nossas convicções.
*Leia na íntegra. Clique no link ao AO LADO- EVANGELHO DO DIA.
Quaresma: orientações dos bispos filipinos para evitar difusão do coronavírus
- Detalhes
Os bispos filipinos também autorizaram uma “oratio imperata”, isto é, uma oração pública, contra a difusão do coronavírus e pela cura dos contagiados. “A nossa caridade se expressa também na preocupação com a saúde de nossos irmãos e irmãs e, portanto, também através do cuidado e da prevenção do coronavírus”, diz dom Valles. A Igreja no país do sudeste asiático exorta os féis a olhar sempre e, em todo caso, para o significado profundo do tempo quaresmal.
Cidade do Vaticano
A Conferência Episcopal das Filipinas (Cbcp) publicou um guia litúrgico para a Quaresma, com indicações específicas a fim de reduzir a transmissão do coronavírus.
Evitar maior contato físico
Em particular, lê-se no site web dos bispos filipinos, se sugere que, durante a Quarta-feira de Cinzas, que este ano cairá em 26 de fevereiro, as cinzas não sejam colocadas na fronte dos fiéis traçando o sinal da cruz, mas espalhadas à distância na cabeça, de modo a evitar maior contato do corpo. Essa prática “não é uma inovação, mas está de acordo com a antiga tradição da Igreja”, observa o presidente dos bispos filipinos, o arcebispo dom Romulo Valles.
“É dada uma sugestão também para a celebração da Paixão do Senhor na Sexta-feira Santa: nesse caso, a Conferência episcopal recomenda 'fortemente' os fiéis a 'abster-se' de beijar ou tocar a Cruz no ato de adoração; convida-se 'à genuflexão ou a um gesto profundo de inclinação'.”
Ao mesmo tempo, se recorda o que foi indicado nos meses passados, ou seja, que o sacramento da Eucaristia deve ser administrado “ordinariamente na mão” e não diretamente na boca, e que os fiéis devem evitar dar as mãos durante a oração do “Pai-Nosso”.
Caridade também no cuidado e prevenção do vírus
Os bispos filipinos também autorizaram uma “oratio imperata”, isto é, uma oração pública, contra a difusão do coronavírus e pela cura dos contagiados. “A nossa caridade se expressa também na preocupação com a saúde de nossos irmãos e irmãs e, portanto, também através do cuidado e da prevenção do coronavírus”, diz dom Valles.
Olhar sempre para o significado profundo da Quaresma
Ao mesmo tempo, a Igreja no país do sudeste asiático exorta os féis a não deixar-se distrair pelo medo do vírus, mas a olhar sempre e, em todo caso, para o significado profundo do tempo quaresmal.
Viver o tempo quaresmal como tempo de graça
“A coisa mais importante – ressalta o bispo auxiliar de Manila, dom Broderick, citado pela agência Eglise d’Asie – é a humildade e o arrependimento aos quais somos chamados” durante a Quaresma e isso “não deve se perder por causa da preocupação sobre como se realizarão os ritos litúrgicos”. “Não nos distraiamos com o coronavírus, mas vivamos o tempo quaresmal como um tempo de graça”, conclui o prelado.
Contágios em diminuição na China, um sinal de esperança
O coronavírus, do qual não resulta até o momento nenhuma transmissão local nas Filipinas, já fez um total de mais de 2 mil vítimas e causou mais de 75 mil infecções, sobretudo na China continental. Mas há um sinal de esperança: os contágios estão em diminuição. Os novos casos divulgados pela Comissão de saúde nacional chinesa estão em torno de 400 unidades, cifra nitidamente inferior aos mais de 1.700 de poucos dias atrás. Fonte: https://www.vaticannews.va
Novos beatos: o sacerdote jesuíta Rutílio Grande e o jovem Carlo Acutis
- Detalhes
O Papa Francisco autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar os Decretos que aprovam novas beatificações e canonizações, assim como novos Servos de Deus. Entre os novos beatos, o padre jesuíta de El Salvador Rutílio Grande García e o jovem italiano Carlo Acutis
Cidade do Vaticano
Serão beatificados o sacerdote jesuíta Rutílio Grande García e dois seus companheiros. A notícia foi dada pelo cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, depois da autorização do Papa Francisco para promulgar os respectivos Decretos. Padre Rutílio morreu assassinado em 12 de março de 1977 em El Paisnal, El Salvador por ódio à fé. Também será beatificado o jovem italiano Carlo Acutis citado como exemplo pelo Papa para os jovens, na Exortação pós-sinodal pela sua relação saudável com as novas tecnologias.
Também serão proclamados santos, o leigo Beato Lazzaro, conhecido como Devasahayam, morto por ódio à fé na Índia em 1752 e uma religiosa, a Beata Maria Francisca de Jesus (nascida Ana Maria Rubatto), fundadora das irmãs Terciárias Capuchinhas de Loano, nascida em Carmagnola (Itália) em 1844 e falecida em Montevideu (Uruguai) em 1904.
Com o reconhecimento das virtudes heróicas, serão Servos de Deus: o sacerdote diocesano Emilio Venturini, fundador da Congregação das Irmãs Servas de Maria Dolorosa, nascido em Chioggia no Vêneto (1842-1905); o sacerdote diocesano Pirro Scavizzi, de Gubbio (1884-1964); Emílio Recchia, sacerdote professo da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo, nascido em Verona (1888-1969); e o leigo Mario Hiriart Pulido, nascido em Santiago do Chile (1931-1964). Fonte: https://www.vaticannews.va
Pág. 207 de 665