Quinta-feira, 9 de maio-2019. 3ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus eterno e onipotente, que nestes dias vos mostrais tão generoso, dai-nos sentir mais de perto o vosso amor paterno para que, libertados das trevas do erro, sigamos com firmeza a luz da verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 6, 44-51)
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 44Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o ensinamento do Pai e o aprendeu vem a mim. 46Ninguém jamais viu o Pai, a não ser aquele que vem de junto de Deus: este viu o Pai. 47Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê, tem a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Aqui está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. 51“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo”.
3) Reflexão
Até agora, o diálogo era entre Jesus e o povo. Daqui para a frente, os líderes judeus começam a entrar na conversa, e a discussão se torna mais tensa.
João 6,44-46: Quem se abre para Deus, aceita Jesus e a sua proposta. A conversa torna-se mais exigente. Agora são os judeus, os líderes do povo, que murmuram: "Esse não é Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como é que ele pode dizer que desceu do céu?" (Jo 6,42) Eles pensavam conhecer as coisas de Deus. Na realidade, não as conheciam. Se fossem realmente abertos e fiéis a Deus, sentiriam dentro de si o impulso de Deus atraindo-os para Jesus e reconheceriam que Jesus vem de Deus, pois está escrito nos Profetas: 'Todos serão instruídos por Deus'. Todo aquele que escuta o Pai e recebe sua instrução vem a mim.
João 6,47-50: Vossos pais comeram o maná e morreram. Na celebração da páscoa, os judeus lembravam o pão do deserto. Jesus os ajuda a dar um passo. Quem celebra a páscoa, lembrando só o pão que os pais comeram no passado, vai acabar morrendo como todos eles! O verdadeiro sentido da Páscoa não é lembrar o maná que caiu do céu, mas sim aceitar Jesus como o novo Pão da Vida e seguir pelo caminho que ele ensinou. Agora já não se trata de comer a carne do cordeiro pascal, mas sim de comer a carne de Jesus, para que não pereça quem dele comer, mas tenha a vida eterna!
João 6,51: Quem comer deste pão viverá eternamente. E Jesus termina dizendo: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida." Em vez do maná e em vez do cordeiro pascal do primeiro êxodo, somos convidados e comer o novo maná e o novo cordeiro pascal que é o próprio Jesus que se entregou na Cruz pela vida de todos.
O novo Êxodo. A multiplicação dos pães aconteceu perto da Páscoa (Jo 6,4). A festa da páscoa era a memória perigosa do Êxodo, a libertação do povo das garras do faraó. Todo o episódio narrado neste capítulo 6 do evangelho de João tem um paralelo nos episódios relacionados com a festa da páscoa, tanto com a libertação do Egito quanto com a caminhada do povo no deserto em busca da terra prometida. O Discurso do Pão da Vida, feito na sinagoga de Cafarnaum, está relacionado com o capítulo 16 do livro do Êxodo que fala do Maná. Vale a pena ler todo este capítulo 16 de Êxodo. Percebendo as dificuldades do povo no deserto, podemos compreender melhor os ensinamentos de Jesus aqui no capítulo 6 do evangelho de João. Por exemplo, quando Jesus fala de “um alimento que perece” (Jo 6,27) ele está lembrando o maná que estragava e perecia (Ex 16,20). Da mesma forma, quando os judeus “murmuram” (Jo 6,41), eles fazem a mesma coisa que os israelitas faziam no deserto, quando duvidavam da presença de Deus no meio deles durante a travessia (Ex 16,2; 17,3; Nm 11,1). A falta de alimentos fazia com que o povo duvidasse de Deus e começasse a murmurar contra Moisés e contra Deus. Aqui também os judeus duvidam da presença de Deus em Jesus de Nazaré e começam a murmurar (Jo 6,41-42).
4) Para um confronto pessoal
1) A eucaristia me ajuda a viver em estado permanente de Êxodo? Estou conseguindo?
2) Quem é aberto para a verdade encontra em Jesus a resposta. Hoje, muita gente se afasta e já não encontra a resposta. Culpa de quem? Das pessoas que não quer escutar? Ou de nós cristãos que não sabemos apresentar o evangelho como uma mensagem de vida?
5) Oração final
Vinde e escutai, vós todos que temeis a Deus, porque quero narrar-vos o que ele fez para mim. A ele gritei com minha boca e a minha língua o exaltou. (Sl 65, 16-17)
Os bispos do Brasil em sua 57ª Assembleia Geral emitem “Mensagem da CNBB ao povo brasileiro”
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O episcopado brasileiro, reunido em sua 57ª Assembleia Geral, de 1º a 10 de maio, em Aparecida (SP), emitiu hoje a “Mensagem da CNBB ao povo brasileiro”. No documento, os bispos alertam que a opção por um liberalismo exacerbado e perverso, que desidrata o Estado quase ao ponto de eliminá-lo, ignorando as políticas sociais de vital importância para a maioria da população, favorece o aumento das desigualdades e a concentração de renda em níveis intoleráveis, tornando os ricos mais ricos à custa dos pobres cada vez mais pobres.
O documento chama a atenção para os graves problemas vividos pela população do país, como o crescente desemprego, “outra chaga social, ao ultrapassar o patamar de 13 milhões de brasileiros, somados aos 28 milhões de subutilizados, segundo dados do IBGE, mostra que as medidas tomadas para combatê-lo, até agora, foram ineficazes. Além disto, é necessário preservar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”.
A violência, conforme aponta a mensagem, atinge níveis insuportáveis. “Aos nossos ouvidos de pastores chega o choro das mães que enterram seus filhos jovens assassinados, das famílias que perdem seus entes queridos e de todas as vítimas de um sistema que instrumentaliza e desumaniza as pessoas, dominadas pela indiferença. O feminicídio, o submundo das prisões e a criminalização daqueles que defendem os direitos humanos reclamam vigorosas ações em favor da vida e da dignidade humana”, diz o texto.
Segundo o documento, “o verdadeiro discípulo de Jesus terá sempre no amor, no diálogo e na reconciliação a via eficaz para responder à violência e à falta de segurança, inspirado no mandamento “Não matarás” e não em projetos que flexibilizem a posse e o porte de armas”.
Sobre as necessárias reformas política, tributária e da previdência, os bispos afirmam, na mensagem, que elas só se legitimam se feitas em vista do bem comum e com participação popular de forma a atender, em primeiro lugar, os pobres. “O Brasil que queremos emergirá do comprometimento de todos os brasileiros com os valores que têm o Evangelho como fonte da vida, da justiça e do amor”, afirma o texto.
Veja, abaixo, a mensagem na íntegra:
MENSAGEM DA CNBB AO POVO BRASILEIRO
“ Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5)
Suplicando a assistência do Espírito Santo, na comunhão e na unidade, nós, Bispos do Brasil, reunidos na 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, no Santuário Nacional, em Aparecida-SP, de 1 a 10 de maio de 2019, dirigimos nossa mensagem ao povo brasileiro, tomados pela ternura de pastores que amam e cuidam do rebanho. Desejamos que as alegrias pascais, vividas tão intensamente neste tempo, renovem, no coração e na mente de todos, a fé em Jesus Cristo Crucificado-Ressuscitado, razão de nossa esperança e certeza de nossa vitória sobre tudo que nos aflige.
“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20)
Enche-nos de esperançosa alegria constatar o esforço de nossas comunidades e inúmeras pessoas de boa vontade em testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo, comprometidas com a vivência do amor, a prática da justiça e o serviço aos que mais necessitam. São incontáveis os sinais do Reino de Deus entre nós a partir da ação solidária e fraterna, muitas vezes anônima, dos que consomem sua vida na transformação da sociedade e na construção da civilização do amor. Por essa razão, a esperança e a alegria, frutos da ressurreição de Cristo, hão de ser a identidade de todos os cristãos. Afinal, quando deixamos que o Senhor nos tire de nossa comodidade e mude a nossa vida, podemos cumprir o que ordena São Paulo: ‘Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo o digo: alegrai-vos!’ (Fl 4,4) (cf. Papa Francisco, Exortação Apostólica Gaudete et Exultate, 122).
“No mundo tereis aflições, mas tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33).
Longe de nos alienar, a alegria e a esperança pascais abrem nossos olhos para enxergarmos, com o olhar do Ressuscitado, os sinais de morte que ameaçam os filhos e filhas de Deus, especialmente, os mais vulneráveis. Estas situações são um apelo a que não nos conformemos com este mundo, mas o transformemos (cf. Rm 12,2), empenhando nossas forças na superação do que se opõe ao Reino de justiça e de paz inaugurado por Jesus.
A crise ética, política, econômica e cultural tem se aprofundado cada vez mais no Brasil. A opção por um liberalismo exacerbado e perverso, que desidrata o Estado quase ao ponto de eliminá-lo, ignorando as políticas sociais de vital importância para a maioria da população, favorece o aumento das desigualdades e a concentração de renda em níveis intoleráveis, tornando os ricos mais ricos à custa dos pobres cada vez mais pobres, conforme já lembrava o Papa João Paulo II na Conferência de Puebla (1979). Nesse contexto e inspirados na Campanha da Fraternidade deste ano, urge reafirmar a necessidade de políticas públicas que assegurem a participação, a cidadania e o bem comum. Cuidado especial merece a educação, gravemente ameaçada com corte de verbas, retirada de disciplinas necessárias à formação humana e desconsideração da importância das pesquisas.
A corrupção, classificada pelo Papa Francisco como um “câncer social” profundamente radicada em inúmeras estruturas do país, é uma das causas da pobreza e da exclusão social na medida em que desvia recursos que poderiam se destinar ao investimento na educação, na saúde e na assistência social, caminho de superação da atual crise. A eficácia do combate à corrupção passa também por uma mudança de mentalidade que leve a pessoa compreender que seu valor não está no ter, mas no ser e que sua vida se mede não por sua capacidade de consumir, mas de partilhar.
O crescente desemprego, outra chaga social, ao ultrapassar o patamar de 13 milhões de brasileiros, somados aos 28 milhões de subutilizados, segundo dados do IBGE, mostra que as medidas tomadas para combatê-lo, até agora, foram ineficazes. Além disto, é necessário preservar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. O desenvolvimento que se busca tem, no trabalho digno, um caminho seguro desde que se respeite a primazia da pessoa sobre o mercado e do trabalho sobre o capital, como ensina a Doutrina Social da Igreja. Assim, “a dignidade de cada pessoa humana e o bem comum são questões que deveriam estruturar toda a política econômica, mas às vezes parecem somente apêndices adicionados de fora para completar um discurso político sem perspectivas nem programas de verdadeiro desenvolvimento integral” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 203).
A violência também atinge níveis insuportáveis. Aos nossos ouvidos de pastores chega o choro das mães que enterram seus filhos jovens assassinados, das famílias que perdem seus entes queridos e de todas as vítimas de um sistema que instrumentaliza e desumaniza as pessoas, dominadas pela indiferença. O feminicídio, o submundo das prisões e a criminalização daqueles que defendem os direitos humanos reclamam vigorosas ações em favor da vida e da dignidade humana. O verdadeiro discípulo de Jesus terá sempre no amor, no diálogo e na reconciliação a via eficaz para responder à violência e à falta de segurança, inspirado no mandamento “Não matarás” e não em projetos que flexibilizem a posse e o porte de armas.
Precisamos ser uma nação de irmãos e irmãs, eliminando qualquer tipo de discriminação, preconceito e ódio. Somos responsáveis uns pelos outros. Assim, quando os povos originários não são respeitados em seus direitos e costumes, neles o Cristo é desrespeitado: “Todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes mais pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer” (Mt 25,45). É grave a ameaça aos direitos dos povos indígenas assegurados na Constituição de 1988. O poder político e econômico não pode se sobrepor a esses direitos sob o risco de violação da Constituição.
A mercantilização das terras indígenas e quilombolas nasce do desejo desenfreado de quem ambiciona acumular riquezas. Nesse contexto, tanto as atividades mineradoras e madeireiras quanto o agronegócio precisam rever seus conceitos de progresso, crescimento e desenvolvimento. Uma economia que coloca o lucro acima da pessoa, que produz exclusão e desigualdade social, é uma economia que mata, como nos alerta o Papa Francisco (EG 53). São emblemático exemplo disso os crimes ocorridos em Mariana e Brumadinho com o rompimento das barragens de rejeitos de minérios.
As necessárias reformas política, tributária e da previdência só se legitimam se feitas em vista do bem comum e com participação popular de forma a atender, em primeiro lugar, os pobres, “juízes da vida democrática de uma nação” (Exigências éticas da ordem democrática, CNBB – n. 72). Nenhuma reforma será eticamente aceitável se lesar os mais pobres. Daí a importância de se constituírem em autênticas sentinelas do povo as Igrejas, os movimentos sociais, as organizações populares e demais instituições e grupos comprometidos com a defesa dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito. Instâncias que possibilitam o exercício da democracia participativa como os Conselhos paritários devem ser incentivadas e valorizadas e não extintas como estabelece o decreto 9.759/2019.
“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça” (Mt 6,33)
O Brasil que queremos emergirá do comprometimento de todos os brasileiros com os valores que têm o Evangelho como fonte da vida, da justiça e do amor. Queremos uma sociedade cujo desenvolvimento promova a democracia, preze conjuntamente a liberdade e a igualdade, respeite as diferenças, incentive a participação dos jovens, valorize os idosos, ame e sirva os pobres e excluídos, acolha os migrantes, promova e defenda a vida em todas as suas formas e expressões, incluído o respeito à natureza, na perspectiva de uma ecologia humana e integral.
As novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que aprovamos nesta 57ª Assembleia da CNBB, e o Sínodo para a Pan-Amazônia, a se realizar em Roma, em outubro deste ano, ajudem no compromisso que todos temos com a construção de uma sociedade desenvolvida, justa e fraterna. Lembramos que “o desenvolvimento tem necessidade de cristãos com os braços levantados para Deus em atitude de oração, cristãos movidos pela consciência de que o amor cheio de verdade – caritas in veritate -, do qual procede o desenvolvimento autêntico, não o produzimos nós, mas nos é dado” (Bento XVI, Caritas in veritate, 79). O caminho é longo e exigente, contudo, não nos esqueçamos de que “Deus nos dá a força de lutar e sofrer por amor do bem comum, porque Ele é o nosso Tudo, a nossa esperança maior” (Bento XVI, Caritas in veritate, 78).
A Virgem Maria, mãe do Ressuscitado, nos alcance a perseverança no caminho do amor, da justiça e da paz.
Aparecida-SP, 7 de maio de 2019.
Fonte: http://www.cnbb.org.br
RIO. Agora é lei: São Jorge e São Sebastião são padroeiros do Estado
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Rio de Janeiro passa a ter dois protetores, sendo um deles padroeiro também da capital
RIO - São Jorge e São Sebastião já são oficialmente os padroeiros do Estado do Rio de Janeiro. A lei aprovada pela Assembleia Legislativa às vésperas do feriado em homenagem ao Santo Guerreiro foi sancionada pelo governador Wilson Witzel e, segundo publicação no Diário Oficial, desta quarta-feira, entra em vigor nesta data. O texto diz ainda que caberá ao governo prestar, anualmente, as honras aos padroeiros dos fluminenses.
A lei, de autoria do deputado André Ceciliano (PT), inicialmente, proclamava apenas São Jorge como protetor dos fluminenses. Mas, uma emenda do deputado Luiz Paulo (PSDB) incluiu São Sebastião, mostrando que toda força é bem-vinda, num estado com tantos problemas como o Rio de Janeiro, que passa a ter não um, mas dois padroeiros.
— Em relação à importância, falando mais especificamente de São Jorge, é um santo muito respeitado por todos, não apenas por católicos. E tem devotos no mundo todo, sendo padroeiro de países e cidades europeias, como Londres, Inglaterra e Portugal. Acredito, também, que o próprio turismo religioso possa ser incrementado com essa medida — disse Ceciliano, após a aprovação do projeto de lei.
Um dos santos mais populares da Igreja Católica, São Jorge, festejado em 23 de abril — data que já é feriado estadual — é reverenciado pelos devotos por favorecer fiéis de diferentes crenças. No Candomblé e na Umbanda, é associado a Ogum. Também é padroeiro da Inglaterra, de Portugal, da Catalunha, dos soldados e escoteiros.
Já São Sebastião, padroeiro do município do Rio, é outro santo muito popular, festejado em 20 de janeiro — feriado apenas municipal — , e reverenciado como Oxóssi na Umbanda e o Candomblé. Ele agora “acumula” a proteção da capital com a do estado. Fonte: https://oglobo.globo.com
Quarta-feira, 8 de maio-2019. 3ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Permanecei, ó Pai, com vossa família e, na vossa bondade, fazei que participem eternamente da ressurreição do vosso Filho aqueles a quem destes a graça da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 6, 35-40)
Naquele tempo, 35disse Jesus às multidões: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Contudo, eu vos disse que me vistes, mas não credes. 37Todo aquele que o Pai me dá, virá a mim, e quem vem a mim eu não lançarei fora, 38porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.
3) Reflexão
João 6,35-36: Eu sou o pão da vida. Entusiasmado com a perspectiva de ter o pão do céu de que falava Jesus e que dá vida para sempre (Jo 6,33), o povo pede: "Senhor, dá nos sempre desse pão!" (Jo 6,34). Pensavam que Jesus estivesse falando de um pão especial. Por isso, interesseiramente pede: “Dá-nos sempre desse pão!” Este pedido do povo faz lembrar a conversa de Jesus com a Samaritana. Jesus tinha dito que ela poderia ter dentro de si a fonte de água que brota para a vida eterna, e ela interesseiramente pedia: "Senhor, dá-me dessa água!" (Jo 4,15). A Samaritana não percebeu que Jesus não estava falando da água material. Da mesma maneira, o povo não se deu conta de que Jesus não estava falando do pão material. Por isso, Jesus responde bem claramente: "Eu sou o pão da vida! Quem vem a mim não terá mais fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede”. Comer o pão do céu é o mesmo que crer em Jesus. É crer que ele veio do céu como revelação do Pai. É aceitar o caminho que ele ensinou. Mas o povo, apesar de estar vendo Jesus, não acredita nele. Jesus percebe a falta de fé e diz: “Vocês me vêem, mas não acreditam”.
João 6,37-40: Fazer a vontade daquele que me enviou. Depois da conversa com a Samaritana, Jesus tinha dito aos discípulos: "O meu alimento é fazer a vontade do Pai que está no céu!" (Jo 4,34). Aqui, na conversa com o povo a respeito do pão do céu, Jesus toca no mesmo assunto: “Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, e sim para fazer a vontade daquele que me enviou. E a vontade daquele que me enviou é esta: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas que eu os ressuscite no último dia. Sim, esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele acredita, tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” Este é o alimento que o povo deve buscar: fazer a vontade do Pai do céu. É este o pão que sustenta a pessoa na vida e lhe dá rumo. Aí começa a vida eterna, vida que é mais forte que a morte! Se estivessem realmente dispostos a fazer a vontade do Pai, não teriam dificuldade em reconhecer o Pai presente em Jesus.
João 6,41-43: Os judeus murmuram. O evangelho de amanhã começa com o versículo 44 (Jo 6,44-51) e salta os versículos 41 a 43. No versículo 41, começa a conversa com os judeus, que criticam Jesus. Damos aqui uma breve explicação do significado da palavra judeus no evangelho de João para evitar que uma leitura superficial alimente em nós cristãos o sentimento do anti-semitismo. Antes de tudo, é bom lembrar que Jesus era Judeu e continua sendo judeu (Jo 4,9). Judeus eram seus discípulos e discípulas. As primeiras comunidades cristãs eram todas de judeus que aceitavam Jesus como o Messias. Só depois, pouco a pouco, nas comunidades do Discípulo Amado, gregos e pagãos começam a ser aceitos em pé de igualdade com os judeus. Eram comunidades mais abertas. Mas tal abertura não era aceita por todos. Alguns cristãos vindos do grupo dos fariseus queriam manter a “separação” entre judeus e pagãos (At 15,5). A situação ficou mais crítica depois da destruição de Jerusalém no ano 70. Os fariseus se tornam a corrente religiosa dominante dentro do judaísmo e começam a definir as diretrizes religiosas para todo o povo de Deus: suprimir o culto em língua grega; adotar unicamente o texto bíblico em hebraico; definir a lista dos livros sagrados eliminando os livros que estavam só na tradução grega da Bíblia: Tobias, Judite, Ester; Baruc, Sabedoria, Eclesiástico e os dois livros dos Macabeus; segregar os estrangeiros; não comer nenhuma comida, suspeita de impureza ou de ter sido oferecida aos ídolos. Todas estas medidas assumidas pelos fariseus repercutiam nas comunidades dos judeus que aceitavam Jesus como Messias. Estas comunidades já tinham caminhado muito. A abertura para os pagãos era irreversível. A Bíblia em grego já era usada há muito tempo. Não podiam voltar atrás. Assim, lentamente, cresce um distanciamento mútuo entre cristianismo e judaísmo. As autoridades judaicas nos anos 85-90 começam a discriminar os que continuavam aceitando Jesus de Nazaré como Messias (Mt 5, 11-12; 24,9-13). Quem teimava em permanecer na fé em Jesus era expulso da sinagoga (Jo 9,34) . Muitos das comunidades cristãs sentiam medo desta expulsão (Jo 9,22), já que significava perder o apoio de uma instituição forte e tradicional como a sinagoga. Os que eram expulsos perdiam os privilégios legais que os judeus tinham conquistado ao longo dos séculos dentro do império. As pessoas expulsas perdiam até a possibilidade de ter um enterro decente. Era um risco muito grande. Esta situação conflituosa do fim do primeiro século repercute na descrição do conflito de Jesus com os fariseus. Quando o evangelho de João fala em judeus não está falando do povo judeu como tal, mas está pensando muito mais naquelas poucas autoridades farisaicas que estavam expulsando os cristãos das sinagogas nos anos 85-90, época em que o evangelho foi escrito. Não podemos permitir que esta afirmações sobre os façam crescer o anti-semitismo entre os cristãos.
4) Para um confronto pessoal
1) Anti-semitismo: olhe bem dentro de você e arranque qualquer resto de anti-semitismo.
2) Comer o pão do céu é crer em Jesus. Como isto me ajuda a viver melhor a eucaristia?
5) Oração final
Aclamai a Deus, terra inteira, cantai hinos à glória do seu nome; dai glória em seu louvor. Dizei a Deus: “Como são estupendas as tuas obras! pela grandeza da tua força teus adversários se curvam diante de ti”. (Sl 65, 1-3)
Nova eleição na 57ª Assembleia Geral da CNBB: secretário-geral é dom Joel Portella
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Foi eleito, na manhã desta terça-feira, 7 de maio, como o novo secretário-geral da Conferência Nacional dos dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar do Rio de Janeiro. Eleito no segundo escrutínio, o sucessor de dom Leonardo Steiner que ocupou o cargo por dois quadriênios, é natural do Rio de Janeiro. Ele aceitou a eleição e disse: “na comunhão com dom Walmor, dom Jaime e dom Mário, a minha resposta é sim!”.
Dados biográficos
Nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro pelo papa Francisco em 7 de dezembro 2016, o monsenhor Joel Portella Amado, até então professor do departamento de Teologia da PUC-Rio, foi ordenado no dia 28 de janeiro 2017, na catedral metropolitana do Rio.
Monsenhor Joel Portella, de 65 anos, nasceu em 2 de outubro de 1954. O religioso possui graduação em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1977). Atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Antropologia Teológica e Teologia Pastoral, atuando principalmente nos seguintes temas: evangelização, inculturação, pastoral urbana, teologia e urbanização.
Formação sacerdotal e atuação como bispo
Ele estudou Filosofia no Instituto Aloisiano da Companhia de Jesus e Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), onde também fez mestrado e doutorado em Teologia Pastoral. Também estudou Direito na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Foi ordenado sacerdote em 12 de outubro de 1982 e desempenhou diversas funções na Arquidiocese do Rio, como pároco, professor e acadêmico. Atualmente, é Vigário-geral; Coordenador Arquidiocesano de Pastoral; pároco da Catedral Metropolitana; Membro do Conselho Presbiteral e do Colégio dos Consultores; Professor da PUC; Diretor administrativo do Museu de Arte Sacra; Diretor do Arquivo Arquidiocesano; Responsável pelos textos litúrgicos da Comissão de Pastoral litúrgica e Arquivista do Cabido Metropolitano.
Em 2007, participou da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano em Aparecida como Assessor-delegado; em 2008 se tornou Capelão de Sua Santidade e em 2013 foi Secretário-Executivo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro.
Foi membro do Instituto Nacional de Pastoral (2008 – 2012); Membro da equipe de reflexão teológico-pastoral do CELAM (2014 – 2016); Membro do Cabido Metropolitano e nomeado Capelão de Sua Santidade, pelo Santo Padre Bento XVI. Foi membro da Academia Luso-Brasileira de Letras. (2014 – 2016); Atualmente é professor no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e também integrou a comissão de elaboração das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil da CNBB.
Dom Joel foi nomeado, em 6 de outubro de 2018, como consultor para o dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, do Vaticano. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Três bispos sensíveis aos apelos do Papa Francisco na Presidência da CNBB
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Foram eleitos nesta segunda-feira, 6 de maio, na 57ª Assembleia Geral aqueles a quem tem sido confiado o comando da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, nos próximos quatro anos. O novo presidente é dom Walmor Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte - MG, o primeiro vice-presidente, dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre – RS, e o Segundo Vice-Presidente, uma novidade a partir deste ano, dom Mário Antônio da Silva, Bispo de Roraima.
A reportagem é de Luis Modino.
Sobre o Presidente, Robson Sávio Reis Souza, professor do Departamento de Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas, onde é Grande Chanceler o novo presidente, disse que este é alguém "sensível aos apelos e diretrizes do papa Francisco", algo que pode ser afirmado também dos dois vice-presidentes. Junto com isso, o coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas, define dom Walmor Azevedo, como um bispo "extremamente dedicado à Igreja, grande administrador, sensível social e pastoralmente, muito preocupado com a formação de presbíteros, dialoga com todas as forças políticas, muito cioso com a doutrina, o direito canónico e tradição eclesiástica, delega a terceiros e é muito exigente nos resultados acordados". Nessa perspectiva, o professor afirma que “acho que foi uma escolha acertada para esse momento”.
Em uma declaração emitida logo após ser eleito, o novo presidente, que acaba de completar 65 anos no dia 26 de Abril, reconheceu que "trata-se de grande responsabilidade, pois muitos são os desafios". Entre esses desafios destaca-se o ponto de vista oposto entre a CNBB e o atual governo brasileiro em várias questões, especialmente no que diz respeito à Reforma da Previdência, que nas suas propostas ameaça a maioria da população brasileira.
Na nota podemos entender que Dom Walmor se mostra contrário às políticas do governo, quando afirma que "nosso olhar deve permanecer voltado para os mais pobres, fortalecendo nossas ações no exercício da caridade, do amor, na busca da justiça, imprescindível para a construção da paz, tão necessária na atualidade", uma declaração que mostra a tensão social existente no Brasil, que só tem aumentado nos últimos meses, onde a polarização é cada vez mais evidente. A isto acrescenta a necessidade de cultivar sempre "um coração sensível às dores dos excluídos, das pessoas esquecidas, conscientes de que Jesus nasceu e cresceu entre os mais sofridos". Junto com isso, o Arcebispo de Belo Horizonte pede uma Igreja cada vez mais missionária, em saída, seguindo os pedidos do Papa Francisco.
O Primeiro Vice-Presidente, de quem muitos pensavam que seria o novo presidente antes da eleição, é o franciscano Jaime Spengler, até agora presidente da Comissão de Ministérios Ordenados e Vida Consagrada, semelhante ao serviço realizado no Vaticano dentro da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. O arcebispo de Porto Alegre foi um dos representantes dos bispos brasileiros no Sínodo da Juventude, realizado no Vaticano em outubro de 2018, onde identificou como um dos grandes desafios para a Igreja de hoje, transmitir a fé ao mais jovens e cooperar para mostrar caminhos de vida, de realização, de felicidade e de Deus.
O Segundo Vice-Presidente, o único eleito na segunda votação, já que tanto o Presidente como o Vice-Presidente Primeiro teve que esperar até a terceira votação, é alguém que nós podemos dizer que, embora nascido no sul do Brasil, tem se “amazonizado” desde que ele chegou na região para ser bispo auxiliar de Manaus em 2010. Ele mostrou isso na sua resposta quando questionado se ele aceitava o cargo, dizendo que ele assumia "pela Amazônia e pelo povo brasileiro". Sua pessoa foi ganhando importância nos últimos tempos dentro da Igreja brasileira pelo grande trabalho feito pela Igreja de Roraima na acolhida de migrantes venezuelanos, uma tarefa apoiada expressamente e continuadamente por seu bispo.
A eleição de dom Mário Antônio da Silva também tem um significado especial em vista do Sínodo para a Amazônia, que será realizado em Roma de 06 a 27 de outubro.O bispo de Roraima tem sido sempre um dos mais ativos na Rede Eclesial Pan-Amazônica - REPAM, a quem o Papa Francisco deu um papel de destaque no processo sinodal. De fato, o seu presidente, o cardeal Cláudio Hummes, foi nomeado relator geral em 4 de maio.
Em geral, sobre a eleição, podemos dizer, como foi reconhecido por alguns dos presentes, que tem sido uma votação muito serena e rápida, que foi precedida pela apresentação de diferentes candidatos por cada um dos 18 regionais em que a Igreja brasileira está dividida, tornando visível um ambiente muito fraterno e sinodal. Ao mesmo tempo, essas mesmas fontes reconhecem que a reação após a eleição da nova presidência tem sido muito boa. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
O presidente e os dois vice-presidentes da CNBB foram eleitos nesta segunda-feira
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O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, foi eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na tarde desta segunda-feira, 6 de maio. Na parte da noite, foram eleitos os dois vice-presidentes, uma novidade do novo estatuto da Conferência. Anteriormente, apenas um bispo ocupava a vice-presidência da entidade. Os dois vice-presidentes são: dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS), e dom Mário Antonio Silva, bispo de Roraima.
Como manda o Estatuto da CNBB, o até então presidente, cardeal Sergio da Rocha, perguntou aos eleitos se aceitavam os encargos. Dom Walmor disse:“Aceito com humildade, aceito com temor e aceito à luz da fé”. Dom Jaime Spengler disse: “Com temor e tremor, acolho“. E dom Mário disse a dom Sergio e à assembleia aceitar a indicação e a confiança dos irmãos bispos em nome da Amazônia e do povo brasileiro.
Dados biográficos
Dom Walmor Oliveira de Azevedo nasceu em 26 de abril de 1954, dom Walmor é natural de Côcos (BA). É o primeiro baiano a estar à frente da CNBB. É doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália).
Em sua trajetória de formação, cursou Filosofia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1972-1973), em Juiz de Fora (MG), e na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras (1974-1975), em São João Del-Rei (MG). De 1974 a 1977, cursou Teologia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora. Em 9 de setembro de 1977 foi ordenado sacerdote, incardinando-se na arquidiocese de Juiz de Fora.
Foi pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Benfica (1986-1995) e da paróquia do Bom Pastor (1996-1998); coordenador da Região Pastoral Nossa Senhora de Lourdes (1988-1989); coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional (1978-1984) e reitor do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1989-1997). No campo acadêmico, lecionou nas disciplinas Ciências Bíblicas, Teologia e Lógica II; coordenou os cursos de Filosofia e Teologia. Em Belo Horizonte, foi professor da PUC-Minas (1986-1990). Também lecionou no mestrado em Teologia da PUC-Rio (1992, 1994 e 1995).
Dom Walmor Oliveira de Azevedo foi nomeado bispo auxiliar de Salvador (BA) pelo Papa São João Paulo II, no dia 21 de janeiro de 1998. Sua ordenação episcopal foi no dia 10 de maio do mesmo ano. Em 2004, foi nomeado arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG), iniciando o ministério em 26 de março daquele ano. Em outubro de 2008, dom Walmor foi escolhido para ser um dos quatro representantes do Brasil na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma.
Em 1999, dom Walmor foi secretário do Regional Nordeste 3 e membro da Comissão Episcopal de Doutrina da CNBB. A mesma Comissão que, já com o nome de Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, presidiu entre 2003 e 2011, ou seja, por dois mandatos. É membro da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, desde 2009. O arcebispo de Belo Horizonte também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB – Minas Gerais e Espírito Santo.
Em fevereiro de 2014, foi nomeado pelo Papa Francisco membro da Congregação para as Igrejas Orientais. Desde 2010, o arcebispo é referencial para os fiéis católicos de Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de ordinário do próprio rito.
Com mais de 15 livros publicados, dom Walmor é membro da Academia Mineira de Letras, Cidadão Honorário de Minas Gerais e dos municípios de Caeté e Ribeirão das Neves. O novo presidente da CNBB também foi agraciado com a Comenda Dom Luciano Mendes de Almeida, da Faculdade Arquidiocesana de Mariana, e com o título de Doutor Honoris Causa, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (2012).
Dom Jaime
Dom Jaime Spengler é natural de Gaspar, em Santa Catarina. O vice-presidente eleito nasceu em 6 de setembro de 1960. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio (SC). Estudou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, em Campo Largo (PR), e Teologia no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis (RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém, em Israel. Foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990, na sua cidade natal.
O arcebispo tem doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, de Roma, e atuou dentro da Ordem dos Frades Menores em diversas missões e cidades do país até 2010, quando foi nomeado no mês de novembro daquele ano pelo papa Bento XVI como bispo titular de Patara e auxiliar de Porto Alegre (RS).
No ano seguinte, em fevereiro de 2011, o bispo foi ordenado na paróquia São Pedro Apóstolo, na sua cidade natal, Gaspar, pelo núncio apostólico no Brasil, na ocasião, dom Lorenzo Baldisseri. Em 18 de setembro de 2013, o papa Francisco nomeou dom Jaime Spengler como novo arcebispo de Porto Alegre.
Em março de 2014, o papa Francisco nomeou dom Jaime Spengler como membro da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Em abril de 2015, na 53ª Assembleia Geral da CNBB, foi eleito presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, para o quadriênio 2015-2019. Na ocasião, recebeu 205 votos de um total de 283 votantes, superando a maioria absoluta requerida no segundo escrutínio, que era de 143 votos. Também em 2015, o arcebispo foi eleito presidente do regional Sul 3 da CNBB, que corresponde ao estado do Rio Grande do Sul, para a gestão 2015-2019.
Dom Mário
Dom Mário Antônio da Silva nasceu em Itararé (SP), em 17 de outubro de 1966. Estudou Filosofia e Teologia no Seminário Maior Divino Mestre, da diocese de Jacarezinho (PR). Possui mestrado em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, na Itália.
No ano de 1991, foi ordenado padre em Sengés, no estado do Paraná, por dom Conrado Walter. Era chanceler da diocese de Jacarezinho quando foi nomeado bispo auxiliar de Manaus no dia 9 de junho de 2010. Escolheu como lema episcopal “Testemunhar e Servir”.
Sua ordenação ocorreu na Catedral de Jacarezinho, em 20 de agosto de 2010, em celebração presidida por dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo de Cascavel (PR). A missa de acolhida na arquidiocese de Manaus aconteceu no dia 12 de setembro de 2010, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição.
Em 2015, foi eleito durante a 53ª Assembleia Geral da CNBB como presidente do regional Norte 1, que compreende o estado de Roraima e o norte do Amazonas, para o quadriênio de 2015-2019. Também é membro da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Em junho de 2016, foi nomeado pelo papa Francisco como bispo de Roraima, tomando posse em setembro do mesmo ano. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Terça-feira, 7 de maio-2019. 3ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, que abris as portas do reino dos céus aos que renasceram pela água e pelo Espírito Santo, aumentai em vosso filhos a graça que lhes destes para que, purificados de todo o pecado, obtenham os bens que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 6, 30-35)
Naquele tempo, 30os judeus perguntaram: “Que sinais realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Que obras fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: ‘Deu-lhes a comer o pão do céu’”. 32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu. É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. 34Eles então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão!” 35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede.
3) Reflexão
O Discurso do Pão da Vida não é um texto para ser discutido e dissecado, mas sim para ser meditado e ruminado. Por isso, caso você não entender logo tudo, não se preocupe. Este texto do Pão da Vida exige toda uma vida para meditá-lo e aprofundá-lo. Um texto assim, a gente deve ler, meditar, rezar, pensar, ler de novo, repetir, ruminar, como se faz com um doce gostoso na boca. Vai virando e virando, até se gastar. Quem lê o Quarto Evangelho superficialmente pode ficar com a impressão de que João repete sempre a mesma coisa. Lendo com mais atenção, você perceberá que não se trata de repetição. O autor do Quarto Evangelho tem um jeito próprio de repetir o mesmo assunto, mas num nível cada vez mais alto ou mais profundo. Parece uma escada em caracol. Girando você volta ao mesmo lugar, mas num nível mais alto ou mais profundo.
João 6,30-33: Que sinal realizas para que possamos crer? O povo tinha perguntado: O que devemos fazer para realizar a obra de Deus? Jesus respondeu: “A obra de Deus é acreditar naquele que ele enviou”, isto é, crer em Jesus. Por isso o povo formula nova pergunta: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Qual é a tua obra?” Isto significa que eles não entenderam a multiplicação dos pães como um sinal da parte de Deus para legitimar Jesus junto ao povo como o enviado de Deus! E eles continuam argumentando: No passado, nossos pais comeram o maná que foi dado por Moisés! Eles o chamavam de “pão do céu” (Sb 16,20), ou seja, “pão de Deus”. Moisés continua sendo o grande líder, no qual acreditam. Se Jesus quer que o povo acredite nele, deve fazer um sinal maior que o de Moisés. “Qual a tua obra?”
Jesus responde que o pão dado por Moisés não era o pão verdadeiro do céu. Veio do alto, sim, mas não era o pão de Deus, pois não garantiu a vida para ninguém. Todos eles morreram no deserto (Jo 6,49). O pão do céu verdadeiro, o pão de Deus, é aquele que vence a morte e traz vida! É aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. É o próprio Jesus! Jesus tenta ajudar o povo a se libertar dos esquemas do passado. Para ele, fidelidade ao passado não significa fechar-se nas coisas de antigamente e recusar a renovação. Fidelidade ao passado é aceitar o novo que chega como fruto da semente plantada no passado.
João 6,34-35: Senhor, dá-nos sempre desse pão! Jesus responde claramente: "Eu sou o pão da vida!" Comer o pão do céu é o mesmo que crer em Jesus e aceitar o caminho que ele ensinou, a saber: "O meu alimento é fazer a vontade do Pai que está no céu!" (Jo 4,34). Este é o alimento verdadeiro que sustenta a pessoa, dá rumo e traz vida nova. Este último versículo do evangelho de hoje (Jo 6,35) será retomado como primeiro versículo do evangelho de amanhã (Jo 6,35-40).
4) Para um confronto pessoal
1) Fome de pão, fome de Deus. Qual dos dois predomina em mim?
2) Jesus disse: “Eu sou o pão da vida”. Ele mata a fome e a sede. Qual a experiência que tenho neste ponto?
5) Oração final
Inclina para mim teu ouvido, vem depressa livrar-me. Sê para mim o rochedo que me acolhe, refúgio seguro, para a minha salvação. Pois tu és minha rocha e meu baluarte, pelo teu nome me diriges e me guias. (Sl 30, 3-4)
Novas diretrizes da Igreja no Brasil 2019-2023 são aprovadas
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As Novas Diretrizes Gerais da Ação Evagelizadora da Igreja no Brasil para o próximo quadriênio (2019 a 2023), após intenso processo de debate e acréscimos dos bispos, foram aprovadas na manhã deste dia 6 de maio pelos participantes da 57ª Assembleia Geral, em Aparecida (SP).
O padre Manoel de Oliveira Filho, membro da Comissão do Texto Central sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023) falou ao portal da CNBB sobre o caminho que as novas diretrizes propõem à Igreja no Brasil.
Segundo ele, o central nas Novas Diretrizes é mais uma vez um novo chamado de retorno às fontes para olhar a experiência das comunidades primitivas e inspirados por elas formar, no hoje da história e na realidade urbana, comunidades eclesiais missionárias.
“Que essas comunidades eclesiais missionárias tenham jeito de casa, de acolhida, não uma coisa estática de paredes simplesmente, ou da estrutura física. Mas, acima de tudo as diretrizes falam de um jeito de ser, de uma postura que lembre, evoque a ideia da casa que acolhe, que é espaço de ternura e misericórdia”, disse.
Os quatro pilares – Padre Manoel reforça que a casa é onde as pessoas são identificadas pelo nome, pelo jeito, onde têm história. Na proposta das diretrizes, lembrou o religioso, a casa é sustentada por quatro pilares essenciais: a) Palavra de Deus e a iniciação à vida cristã; O pilar do Pão que é a casa sustentada pela liturgia e sobre a espiritualidade; o pilar da Caridade que é a casa sustentada sobre o acolhimento fraterno e sobre o cuidado com as pessoas, especialmente os mais frágeis e excluídos e invisíveis; o pilar da Missão porque é impossível fazer uma experiência profunda com Deus na comunidade eclesial que não leve, inevitavelmente, à vida missionária.
A realidade urbana, fragmentada, carregada de luz e de sombras, mas também cheia de potencialidades, é definida pelo padre muito mais do que um lugar social geográfico mas como uma mentalidade e cultura. “Nesta realidade a Igreja é convidada a ser presença. Como casa. Como comunidade eclesial missionária”, reafirmou.
A diretrizes, segundo ele, apontam para um rumo muito bonito, porque partem de uma perspectiva de encontro com Deus e com os irmãos, numa dinâmica de acolhida, de portas abertas, de ir ao encontro, de espera e acolhida ativa para formar as comunidades.
As Igrejas e comunidades são convidadas, segundo o que propõe as novas diretrizes, a serem luzeiros no meio do mundo. O religioso afirmou que as comunidades podem estar em qualquer lugar: no condomínio, numa praça, no trabalho. “Mas também nas paróquias, comunidades, nos colégios católicos, nas obras sociais”, disse.
“As novas diretrizes apontam para rumos e horizontes muito bonitos de avanço, de comprometimento apostólico e de comprometimento profético-transformador”, destacou.
Segundo ele, a profecia não se dá apenas pela denúncia, embora seja fundamental hoje mais do que nunca, mas também pelo anúncio de um jeito novo de ser e de viver. “Os rumos são os mais bonitos, basta a gente entrar nesta história e caminho”, disse.
Após a assembleia, o religioso aponta que todas as instâncias, as pastorais e organismos, e as Igrejas particulares, toda vida eclesial precisam entrar mesmo neste rumo, na direção apontadas pelas Diretrizes. “Seguir este caminho, acreditar no projeto e proposta. Vamos todos precisar, como todo a vida de Igreja, fazer um caminho de conversão, ler estudar, colocar na mente e descer para o coração para transformar em realidade”, disse.
A CNBB apresenta diretrizes mais gerais, não apresenta um plano; Após a assembleia, segundo padre Manoel, o plano deve ser feito por cada instância da Igreja nas diferentes realidades. “Se a gente acredita no projeto vamos encontrar um caminho para que ele se torne real”, concluiu. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Dom Walmor Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG), é eleito novo presidente da CNBB
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O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, foi eleito na tarde desta segunda-feira, 6 de maio, como presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O novo presidente foi escolhido pelos episcopado brasileiro que participa, em Aparecida (SP), da 57ª Assembleia Geral da CNBB no terceiro escrutínio, após receber a maioria absoluta de votos do total de 301 bispos votantes.
Como manda o Estatuto da CNBB, o até então presidente cardeal sergio da Rocha perguntou a dom Walmor se aceita ser presidente. “Aceito com humildade, aceito com temor e aceito à luz da fe”, foram as primeiras palavras que ele dirigiu à plenária da 57ª. Só à luz da fé, segundo dom Walmor, será possível recuperar a força da colegialidade da Igreja no Brasil a partir de uma escuta muito profunda dos irmãos e do povo de Deus. Ele pediu a Deus que não falte sabedoria para assumir este serviço.
Nascido em 26 de abril de 1954, dom Walmor é natural de Côcos (BA). É o primeiro baiano a estar à frente da CNBB. O novo presidente da Conferência é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália).
Em sua trajetória de formação, cursou Filosofia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1972-1973), em Juiz de Fora (MG), e na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras (1974-1975), em São João Del-Rei (MG). De 1974 a 1977, cursou Teologia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora. Em 9 de setembro de 1977 foi ordenado sacerdote, incardinando-se na arquidiocese de Juiz de Fora.
Ministério sacerdotal – Foi pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Benfica (1986-1995) e da paróquia do Bom Pastor (1996-1998); coordenador da Região Pastoral Nossa Senhora de Lourdes (1988-1989); coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional (1978-1984) e reitor do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1989-1997). No campo acadêmico, lecionou nas disciplinas Ciências Bíblicas, Teologia e Lógica II; coordenou os cursos de Filosofia e Teologia. Em Belo Horizonte, foi professor da PUC-Minas (1986-1990). Também lecionou no mestrado em Teologia da PUC-Rio (1992, 1994 e 1995).
Ministério episcopal – Dom Walmor Oliveira de Azevedo foi nomeado bispo auxiliar de Salvador (BA) pelo Papa São João Paulo II, no dia 21 de janeiro de 1998. Sua ordenação episcopal foi no dia 10 de maio do mesmo ano. Em 2004, foi nomeado arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG), iniciando o ministério em 26 de março daquele ano. Em outubro de 2008, dom Walmor foi escolhido para ser um dos quatro representantes do Brasil na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma.
Em 1999, dom Walmor foi secretário do Regional Nordeste 3 e membro da Comissão Episcopal de Doutrina da CNBB. A mesma Comissão que, já com o nome de Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, presidiu entre 2003 e 2011, ou seja, por dois mandatos. É membro da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, desde 2009. O arcebispo de Belo Horizonte também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB – Minas Gerais e Espírito Santo.
Em fevereiro de 2014, foi nomeado pelo Papa Francisco membro da Congregação para as Igrejas Orientais. Desde 2010, o arcebispo é referencial para os fiéis católicos de Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de ordinário do próprio rito.
Com mais de 15 livros publicados, dom Walmor é membro da Academia Mineira de Letras, Cidadão Honorário de Minas Gerais e dos municípios de Caeté e Ribeirão das Neves. O novo presidente da CNBB também foi agraciado com a Comenda Dom Luciano Mendes de Almeida, da Faculdade Arquidiocesana de Mariana, e com o título de Doutor Honoris Causa, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (2012). Fonte: http://www.cnbb.org.br
Segunda-feira, 6 de maio-2019. 3ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, vós que mostrais aos que erram a luz da verdade para que possam voltar ao bom caminho, concedei a todos os que se gloriam da vocação cristã rejeitem o que se opõe a este nome e abracem quanto possa honrá-lo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 6, 22-29)
Naquele tempo, 22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar notou que antes havia aí um só barco e que Jesus não tinha entrado nele com os discípulos, os quais tinham partido sozinhos. 23Entretanto, outros barcos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão percebeu que Jesus não estava aí, nem os seus discípulos, entraram nos barcos e foram procurar Jesus em Cafarnaum. 25Encontrando- o do outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados. 27Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, Deus Pai o assinalou com seu selo. 28Perguntaram então: “Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.
3) Reflexão
No evangelho de hoje iniciamos a reflexão sobre o Discurso do Pão da Vida (Jo 6,22-71), que se prolongará durante os próximos seis dias, até o fim desta semana. Depois da multiplicação dos pães, o povo foi atrás de Jesus. Tinha visto o milagre, comeu com fartura e queria mais! Não se preocupou em procurar o sinal ou o apelo de Deus que havia em tudo isso. Quando o povo encontrou Jesus na sinagoga de Cafarnaum, teve com ele uma longa conversa, chamada Discurso do Pão da Vida. Não é propriamente um discurso, mas trata-se de um conjunto de sete pequenos diálogos que explicam o significado da multiplicação dos pães como símbolo do novo Êxodo e da Ceia Eucarística.
* É bom ter presente a divisão do capítulo para poder perceber melhor o seu sentido:
6,1-15: o grande da multiplicação dos pães
6,16-21: a travessia do lago, e Jesus caminhando sobre as águas
6,22-71: o diálogo de Jesus com o povo, com os judeus e com os discípulos
1º diálogo: 6,22-27 com o povo: o povo procura Jesus e o encontra em Cafarnaum
2º diálogo: 6,28-34 com o povo: a fé como obra de Deus e o maná no deserto
3º diálogo: 6,35-40 com o povo: o pão verdadeiro é fazer a vontade de Deus
4º diálogo: 6,41-51 com os judeus: murmurações dos judeus
5º diálogo: 6,52-58 com os judeus: Jesus e os judeus
6º diálogo: 6,59-66 com os discípulos: reação dos discípulos
7º diálogo: 6,67-71 com os discípulos: confissão de Pedro
A conversa de Jesus com o povo, com os judeus e com os discípulos é um diálogo bonito, mas exigente. Jesus procura abrir os olhos do povo para que aprenda a ler os acontecimentos e descubra neles o rumo que deve tomar na vida. Pois não basta ir atrás de sinais milagrosos que multiplicam o pão para o corpo. Não só de pão vive o homem. A luta pela vida sem uma mística não alcança a raiz. Enquanto vai conversando com Jesus, o povo fica cada vez mais contrariado com as palavras dele. Mas Jesus não cede, nem muda as exigências. O discurso parece um funil. Na medida em que a conversa avança, é cada vez menos gente que sobra para ficar com Jesus. No fim só sobram os doze, e nem assim Jesus pode confiar em todos eles! Hoje acontece a mesma coisa. Quando o evangelho começa a exigir compromisso, muita gente se afasta.
João 6,22-27: O povo procura Jesus porque quer mais pão. O povo foi atrás de Jesus. Viu que ele não tinha entrado no barco com os discípulos e, por isso, não entendeu como ele tinha feito para chegar em Cafarnaum. Também não entendeu o milagre da multiplicação dos pães. O povo viu o que aconteceu, mas não chegou a entende-lo como um sinal de algo mais alto ou mais profundo. Parou na superfície: na fartura de comida. Buscou pão e vida, mas só para o corpo. No entender do povo, Jesus fez o que Moisés tinha feito no passado: deu alimento farto para todos no deserto. Indo atrás de Jesus, eles queriam que o passado se repetisse. Mas Jesus pede que o povo dê um passo adiante. Além do trabalho pelo pão que perece, deve trabalhar pelo alimento não perecível. Este novo alimento será dado pelo Filho do Homem, indicado pelo próprio Deus. Ele traz a vida que dura para sempre. Ele abre para nós um novo horizonte sobre o sentido da vida e sobre Deus.
João 6,28-29: Qual é a obra de Deus? O povo pergunta: O que devemos fazer para realizar este trabalho (obra) de Deus? Jesus responde que a grande obra que Deus pede de nós “é crer naquele que Deus enviou” . Ou seja, crer em Jesus!
4) Para um confronto pessoal
1) O povo estava com fome, comeu do pão e procurava mais pão. Procurou o milagroso e não buscou o sinal de Deus que nele se escondia. O que eu mais procuro na minha vida: milagre ou sinal?
2) Pare um momento, faça silêncio dentro de você e pergunte a si mesmo: “Crer em Jesus: o que significa isto para mim bem concretamente no dia a dia da minha vida?”
5) Oração final
Eu te expus meus caminhos e me respondeste; ensina-me teus estatutos. Faze-me conhecer o caminho dos teus preceitos e meditarei nos teus prodígios. (Sl 118, 26-27)
57ª Assembleia-CNBB: Bispos elegem a partir de hoje a nova presidência da CNBB
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Nesta segunda-feira, 6 de maio, tem início o processo eleitoral que escolherá os bispos que estarão à frente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pelo próximo quadriênio (2019-2023). O episcopado brasileiro, através de voto secreto, elegerá presidente, vice-presidente, segundo vice-presidente, secretário-geral, presidentes das Comissões Episcopais Pastorais e seus representantes junto ao Conselho Episcopal Latino-americano (Celam).
Foram instaladas 17 urnas eletrônicas no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, local onde é realizada a 57ª Assembleia Geral da CNBB. Os equipamentos foram testados por todos os bispos no último sábado, 4. A urnas, com um sistema desenvolvido pelo Departamento de Tecnologia da Informação da CNBB, foram idealizadas para rodar em plataforma web, conectada a um servidor de banco de dados.
Durante as votações, que podem acontecer até a próxima quinta-feira, 9, cada urna terá como responsável um presidente e um secretário, para garantir o sigilo e a privacidade dos eleitores, durante o processo. Após cada escrutínio, o sistema de gerenciamento das urnas se encarregará da apuração dos votos. Será emitido um relatório com o nome dos candidatos votados, por ordem decrescente, indicando se o candidato mais votado atingiu o percentual de votos exigido para aquele escrutínio.
O processo de votação – Para votar, cada bispo deverá se dirigir até o secretário da seção eleitoral. Assinada a lista de votação, o eleitor deverá entregar ao presidente sua carteira de identificação episcopal para validação e liberação da urna de votação. A carteira será posicionada sobre um leitor de cartão por rádio frequência, para que seja feita a leitura digital da matrícula.
Após a liberação da urna, será disponibilizada na tela uma cédula de votação contendo o cargo para qual está votando, o número do escrutínio e a informação: ‘Digite o número de matrícula do seu candidato’. Com a digitação do número de matrícula, aparecerá automaticamente a foto, o nome e a vinculação correspondente ao candidato escolhido. No mesmo instante, o sistema solicitará a confirmação do voto, apertando a tecla ‘SIM’. Caso o bispo aperte a tecla ‘NÃO’, o sistema voltará ao ponto inicial da votação, aguardando a digitação do número correto. Os votos de abstenção e nulos também serão computados, a fim de se calcular o número de votantes.
Para facilitar o processo, cada bispo recebeu um manual de instrução para uso do sistema de votação, com o número de matrícula de todos os candidatos e eleitores. Todos os membros da CNBB podem ser votados, mas apenas os bispos presentes na Assembleia Geral têm direito ao voto. Os bispos eméritos presentes na Assembleia Geral podem ser consultados, mas não têm direito ao voto.
Apuração dos votos – Com o término de cada escrutínio, será emitido um relatório com o nome de todos os candidatos votados com indicação se o mais votado alcançou o percentual necessário. Também serão emitidos relatórios individuais por urna, indicando somente o nome do eleitor, para auxiliar na análise quantitativa dos votos.
Será eleita uma comissão que acompanhará o processo de votação e apuração dos escrutínios. Com a aprovação por parte da Comissão, o resultado de cada escrutínio será apresentado à Presidência da CNBB. Se o mais votado atingir o percentual necessário, ele deverá manifestar publicamente sua aceitação para a finalidade a qual acaba de ser eleito. Caso o mais votado não tenha alcançado o percentual necessário ou, tendo atingido, apresente motivos para não aceitar a função para a qual foi eleito, será solicitado um novo escrutínio.
Será votada uma função por vez, podendo apenas ser votado outro cargo após o anúncio do eleito no escrutínio anterior.
Posse da nova presidência – A atual presidência permanece em suas funções até o término da 57ª Assembleia Geral, onde serão empossados os bispos eleitos para a nova presidência da CNBB, assim como os presidentes das Comissões Episcopais. A cerimônia de posse acontece na manhã da próxima sexta-feira, 10 de maio.
Por Franklin Machado
Fonte: http://www.cnbb.org.br
57º ASSEMBELIA DA CNBB: Novas diretrizes gerais propõem a ideia de comunidades eclesiais missionárias
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A preocupação da Igreja, com as novas diretrizes, não é com a quantidade mas com a qualidade de cristãos que, tendo feito a experiência do encontro com cristo, sejam testemunhas da alegria no mundo carente de sentido. Esta afirmação é de dom Leomar Brustolin, bispo auxiliar de Porto Alegre (RS) e membro da Comissão de redação do tema central da 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil
O bispo fez esta afirmação na reta final da aprovação das novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o quadriênio 2019-2023, processo que deve se concluir na manhã do sábado, 4 de maio.
O eixo fundamental das novas diretrizes, segundo ele, é a recuperação do sentido da casa. “A imagem da casa tem um sentido pedagógico e é entendida como lar e espaço de vida”, disse. A casa, no texto das diretrizes, é entendida como comunidade eclesial missionária sustentada por quatro pilares:
A Palavra – que aprofunda a iniciação à vida cristão e a iniciação bíblica e a ideia de ter comunidades fundadas em torno da palavra;
O Pão – que aprofunda a liturgia e a busca por viver a espiritualidade rumo à santidade tal como defende o papa Francisco em sua exortação Gaudete et Exsultate que personaliza a fé mas leva ao encontro do outro;
A Caridade – Baseado no que disse Paulo VI na ONU: “Que a Igreja é especialista em humanidade”, o texto das diretrizes aponta a necessidade das comunidades se preocuparem com os que mais sofrem e a defesa da vida em todos os sentidos.
A Missão – A exemplo do que pede o papa, o sentido da comunidade se realiza quando ela sai em missão e vai ao encontro das periferias existenciais.
O bispo falou da importância de pensar diretrizes para assegurar a comunhão e a colegialidade na Igreja no Brasil. “Como pensar a Igreja no Brasil, um país continental? Por isto é necessário ter um parâmetro”.
Dom Brustolin explicou todo o processo de produção dos textos da diretrizes. Segundo ele, o texto que os bispos estão aprimorando na 57ª Assembleia Geral já passou por duas rodadas de revisões e acréscimos por todos os bispos do Brasil antes do evento. Ele explicou que cada parágrafo está sendo votado e a previsão é que a votação das novas diretrizes termine na manhã do sábado.
A proposta das novas diretrizes tem um endereçamento que indica quais caminhos a Igreja no Brasil vai trilhar. O primeiro deles, é a questão urbana. “Onde chega a energia e a internet hoje chegam os valores do mundo urbano”, disse. Ele apontou que são fortes hoje os valores do individualismo e a solidão. O religioso falou que hoje o número de suicídios é um grande apelo à atuação da Igreja.
O central na avaliação do bispo é a proposta de uma experiência de Igreja que seja comunitária em oposição à uma fé que é vivida de forma “privatizada”. A ideia do humanismo integral e solidário, presente na Doutrina Social da Igreja, é expressa nas diretrizes nos desafios que falam de uma sociedade mais justa e fraterna.
Por CNBB.
Fonte: http://cnbbsul4.org.br
57º ASSEMBELIA DA CNBB: Bispos estudam conjuntura sociopolítica e renovam estudo sobre ambiente eclesial
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Em duas sessões de trabalho, durante a 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em Aparecida (SP), os bispos presentes acompanharam a exposição de estudos sobre a conjuntura eclesial e social. A doutora em economia Tânia Bacelar de Araújo, professora aposentada da Universidade Federal de Pernambuco, fez exposição sobre a situação econômica do Brasil. Em uma outra sessão de estudos, os bispos ouviram o arcebispo emérito de Aparecida (SP) e ex-presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, e dom Francisco Biasin, administrador apostólico da diocese de Barra do Pirai-Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso.
Brasil: mudanças recentes e momento presente
A professora Tânia Bacelar fez sua apresentação com o título: “Brasil: mudanças recentes e momento presente”. Inicialmente, ela lembrou que avança a financeirização na economia mundial, isto é, a esfera da produção – que inclui a indústria, a agricultura e o comércio – perde em relação ao movimento de dinheiro que ocorre no mercado de títulos, bolsa de valores e outros. Consolidam-se, disse a professora, “novos paradigmas técnicos impactando na produção, no emprego, no consumo e na organização da sociedade“. Ela diz também que faz uma diferença ao mundo atual a crise ambiental, o avanço de novo modelo energético e o debate sobre o desenvolvimento em ambiente de ampliação de consciência ecológica.
Tânia também citou o “aumento da concentração da renda e desorganização da vida social em vários países (gerando emigração em massa), em paralelo ao avanço das propostas de redução do papel do Estado (força do liberalismo econômico), em meio à crise da democracia representativa e perda de espaço dos valores do humanismo“.
Após falar do processo econômico pelo qual o Brasil passa nas últimas décadas, a doutora encerrou sua conferência lembrando da economia impactada pela crise financeira, a retração da China e a queda mundial dos preços das commodities; limitações ao crescimento pelo consumo das famílias e rápido avanço da recessão, além do problema fiscal agravado pela desaceleração da receita e das medidas que ampliaram renúncias, despesas e divida pública.
Para além da conjuntura, a professora considerou: “Como não existe só crise, o Brasil precisa se reposicionar no ambiente mundial, marcado por mudanças econômicas e sociais importantes e redefinições geopolíticas“. E ainda constatou: “O debate sobre novas alternativas arrefeceu e as visões conservadoras avançam mundialmente“. E finalizou: “O momento brasileiro atual é desafiador: país perde peso econômico no mundo e população está empobrecendo“.
Conjuntura eclesial
O arcebispo emérito de Aparecida (SP) intitulou sua intervenção como análise de conjuntura eclesial de “Um breve olhar”: “Um olhar atento percebe muitas iniciativas na Igreja no Brasil, graças à participação do povo fiel, à atuação ministerial e aos serviços desempenhados pelos leigos e leigas nas nossas comunidades, pelo testemunho dos consagrados e consagradas, pela dedicação dos pastores, particularmente visibilizado pela solidariedade aos mais pobres, inclusive até o martírio“.
“Na atual cultura urbana”, disse dom Damasceno, “a conexão fornecida pela rede mundial, a internet, oferece muitas oportunidades para a comunicação e também para a presença da Igreja. Mas aí se encontra um dos grandes desafios no que se refere à presença da Igreja no mundo de hoje, à forma como ela passa a ser percebida principalmente pelo grande número de pessoas que não participam de sua vida no dia-a-dia. A tecnologia popularizada causa uma certa abolição do tempo e uma relativização do espaço. Na rede, o mundo transformou-se como numa cidade sem contornos nem confins. Há uma diluição das identidades em afirmações ideológicas nas quais predomina não a ‘razão comunicativa’, mas uma comunicação emocional”.
A Igreja, em sua atuação pastoral, sobretudo no novo espaço urbano “precisa levar em conta os efeitos dessa forma de comunicação para o conjunto de sua ação pastoral. Uma pequena amostra das dimensões desse desafio se encontra no debate das redes que atribui à Igreja, ao Papa, ou à CNBB o que nem sequer foi afirmado. Muitas vezes, ao debater o que foi efetivamente afirmado se interpreta de modo equivocado. A título de exemplo podemos citar as notícias controversas nas redes sociais sobre a nova tradução da Bíblia pela CNBB e a tradução do Novo Missal Romano, que foram motivos de críticas. São comuns expressões de agressão e violência gratuitas. A chave de interpretação tende a ser dualista e, em certa medida, maniqueísta“.
Dom Damasceno confessou: “Infelizmente, podemos afirmar que as manifestações mais exacerbadas contra a Igreja na rede são promovidas por grupos ou pessoas que fazem parte da Igreja. As vítimas prediletas entre nós são quase sempre a Conferência Episcopal, o Papa Francisco e, mais recentemente, uma pretensa oposição entre o Papa Francisco e o Papa Emérito Bento XVI. Como afirma o Santo Padre na sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, ‘é necessário reconhecer que se, por um lado, as redes sociais servem para nos conectarmos melhor, fazendo-nos encontrar e ajudar uns aos outros, por outro, prestam-se também a um uso manipulador dos dados pessoais, visando obter vantagens no plano político ou econômico, [eu acrescentaria a busca de prestígio], sem o devido respeito pela pessoa e seus direitos’”.
O ex-presidente da CNBB fez ainda a seguinte consideração: “chamo a atenção de que as mídias de inspiração católicas, particularmente nossas emissoras de rádio e nossas TV´s, têm um papel fundamental e deveriam contribuir mais para a correta informação e divulgação sobre os ensinamentos, pronunciamentos e as atividades da Igreja. É de se perguntar porque as manifestações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil não encontram o devido espaço nos nossos próprios meios de comunicação?“.
E finalizou: “procurei nessas poucas palavras expressar com franqueza o que trago em meu coração de emérito, que ama a Igreja, que ama a CNBB e quer viver até o fim amando e servindo aquela por quem o próprio Cristo se entregou na sua cruz e Páscoa”.
Ecumenismo
Na mesma sessão de estudos de conjuntura eclesial, falou dom Francisco Biasin. Ele fez sua análise na perspectiva do ecumenismo. “Falar em análise de conjuntura implica falar em ecumenismo, não apenas para tratar das relações ad extra da Igreja, mas para analisar algo que lhe constitutivo, uma nota própria: a unidade“. Dom Biasin fez, no início de sua exposição, uma retomada histórica do movimento ecumênico no Brasil, afirmando que “foi possível realizar um diálogo multilateral pelas organizações ecumênicas; e bilateral pelas comissões específicas. Cada um desses organismos ecumênicos tem sua dinâmica própria, sua pauta específica para o diálogo e um modo de agir, conforme a configuração que lhe é dada pelos seus contextos e sua membresia. Isso significa que o diálogo ecumênico acontece de modo situado, procurando responder às demandas da fé cristã em realidades bem concretas e ao mesmo tempo diversificadas“.
Sobre o presente, dom Biasin propôs questionamentos: “que frutos podem ser colhidos do cultivo da planta ecumênica?” Onde foi possível chegar no caminho percorrido? E respondeu: “Destacamos uma maior fraternidade entre as Igrejas pelo reconhecimento mútuo do batismo e pela afirmação dos valores do diálogo e do respeito mútuo, a prática da cooperação, o aumento da procura pela formação ecumênica, a intensificação da espiritualidade do diálogo“.
Dom Biasin, depois de analisar horizontes sociais, teológicos e espirituais, falou das perspectivas futuras: “não obstante os frutos colhidos, os obstáculos também são perceptíveis. O movimento ecumênico sente uma espécie de cansaço pelo atraso da comunhão tão esperada. Posturas de lideranças eclesiásticas por vezes fragilizam a convicção alicerçada nessa longa caminhada e em muitos ambientes, o espírito do diálogo, respeito mútuo e cooperação cede lugar a atitudes fundamentalistas e exclusivistas, atrasando a recepção dos frutos obtidos pelo exercício do diálogo na estruturas das Igrejas”.
Depois de aprofundar outros desafios, dom Biasin concluiu: “O princípio da caridade é que nos une e nos motiva no trabalho ecumênico: ‘se vos amardes uns aos outros, todos reconhecerão que sois meus discípulos‘(Jo 13,35)”. E afirmou: “para isto trabalhamos. Que o Espírito da Unidade nos oriente e nos sustente na nossa caminhada rumo à unidade do único Corpo de Cristo“.
Por CNBB.
Fonte: http://cnbbsul4.org.br
Sábado, 4 de maio-2019. 2ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, por quem fomos remidos e adotados como filhos, velai sobre nós em vosso amor de Pai e concedei aos que creem no Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 6, 16-21)
16Ao anoitecer, os discípulos desceram para a beira-mar. 17Entraram no barco e foram na direção de Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo a eles. 18Soprava um vento forte, e o mar estava agitado. 19Os discípulos tinham remado uns cinco quilômetros, quando avistaram Jesus andando sobre as águas e aproximando- se do barco. E ficaram com medo. 20Jesus, porém, lhes disse: “Sou eu. Não tenhais medo!” 21Eles queriam receber Jesus no barco, mas logo o barco atingiu a terra para onde estavam indo.
3) Reflexão
O evangelho de hoje traz o episódio do barco no mar agitado. Jesus se encontra na montanha, os discípulos no mar e o povo em terra. Na maneira de descrever os fatos, João procura ajudar as comunidades a descobrir o mistério que envolvia a pessoa de Jesus. Ele faz isso evocando textos do Antigo Testamento que aludem ao êxodo.
Na época em que João escreve, o barquinho das comunidades enfrentava o vento contrário tanto da parte de alguns judeus convertidos que queriam reduzir o mistério de Jesus ao tamanho das profecias e figuras do Antigo Testamento, como da parte de alguns pagãos convertidos que pensavam ser possível uma aliança entre Jesus e o império.
João 6,15: Jesus na Montanha. Diante da multiplicação dos pães, o povo concluiu que Jesus devia ser o messias esperado. Pois, de acordo com a esperança do povo da época, o Messias iria repetir o gesto de Moisés de alimentar o povo no deserto. Por isso, de acordo com a ideologia oficial, o povo achava que Jesus fosse o messias e, por isso, quis fazer dele um rei (cf. Jo 6,14-15). Este apelo do povo era uma tentação tanto para Jesus como para os discípulos. No evangelho de Marcos, Jesus obrigou os discípulos a embarcar imediatamente e a ir para o outro lado do lago (Mc 6,45). Queria evitar que eles se contaminassem com a ideologia dominante. Sinal de que o “fermento de Herodes e dos fariseus”, era muito forte (cf. Mc 8,15). Jesus, ele mesmo, enfrenta a tentação por meio da oração na Montanha.
João 6,16-18. A situação dos discípulos. Já era tarde. Os discípulos desceram ao mar, subiram no barco e se dirigem a Cafarnaum, do outro lado do mar. João diz que já estava escuro e que Jesus ainda não tinha chegado. Além disso, soprava um vento forte e o mar ia ficando muito agitado. De um lado ele evoca o êxodo: atravessar o mar no meio das dificuldades. De outro lado evoca a situação das comunidades no império romano: como os discípulos, viviam no meio da noite, com vento contrário e mar agitado e Jesus parecia ausente!
João 6,19-20. A mudança da situação. Jesus chega andando sobre as águas do mar da vida. Os discípulos ficam com medo. Como na história dos discípulos de Emaús, eles não o reconhecem (Lc 24,28). Jesus se aproxima e diz: “Sou eu! Não tenham medo!” Aqui, de novo, quem conhece a história do Antigo Testamento, lembra alguns fatos muito importantes: (1) Lembra como o povo, protegido por Deus, atravessou sem medo o Mar Vermelho. (2) Lembra como Deus, ao chamar Moisés, declarou o seu nome dizendo: “Sou eu!” (cf. Ex 3,15). (3) Lembra ainda o livro de Isaías que apresenta o retorno do exílio como um novo êxodo, onde Deus aparece repetindo inúmeras vezes: “Sou eu!” (cf. Is 42,8; 43,5.11-13; 44,6.25; 45,5-7).
Para o povo da Bíblia, o mar era o símbolo do abismo, do caos, do mal (Ap 13,1). No Êxodo, o povo faz a travessia para a liberdade enfrentando e vencendo o mar. Deus divide o mar através de seu sopro e o povo atravessa com pé enxuto (Ex 14,22). Em outras passagens a Bíblia mostra Deus vencendo o mar (Gn 1,6-10; Sl 104,6-9; Pr 8,27). Vencer o mar significa impor-lhe os seus limites e impedir que ele engula toda a terra com suas ondas. Nesta passagem Jesus revela sua divindade dominando e vencendo o mar, impedindo que a barca de seus discípulos seja tragada pelas ondas. Esta maneira de evocar o Antigo Testamento, de usar a Bíblia, ajudava as comunidades a perceber melhor a presença de Deus em Jesus e nos fatos da vida. Não tenham medo!
João 6,22. Chegaram no porto desejado. Eles querem recolher Jesus no barco, mas não precisou, pois chegaram na terra para onde iam. Chegaram no porto desejado. Diz o Salmo: “Ele transformou a tempestade em leve brisa e as ondas emudeceram. Ficaram alegres com a bonança, e ele os guiou ao porto desejado”. (Sl 107,29-30)
4) Para um confronto pessoal
1-Na montanha: Por que Jesus busca um jeito de ficar sozinho para rezar depois da multiplicação dos pães? Qual o resultado da sua reza?
2-É possível caminhar hoje sobre as águas do mar da vida? Como?
5) Oração final
Exultai, justos, no SENHOR, que merece o louvor dos que são bons. Louvai o SENHOR com a cítara, com a harpa de dez cordas cantai-lhe. Cantai-lhe um cântico novo, tocai a cítara com arte, bradai. (Sl 32, 1-3)
PARTICIPAÇÃO DOS BISPOS DO REGIONAL NORTE 2 NA 57ª AGCNBB
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Diocese de Abaetetuba, Diocese de Bragança, Diocese de Cametá, Diocese de Castanhal, Diocese de Macapá, Diocese de Marabá, Diocese de Óbidos, Diocese de Ponta de Pedras, Diocese de Santarém,
Começou na última quarta-feira, 1º, em Aparecida-SP, a 57ª edição da Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. A reunião segue até o próximo dia 10 de maio e conta com a participação de mais de 300 bispos que governam a Igreja no Brasil em suas respectivas dioceses, prelazias e administrações apostólicas.
O Regional Norte 2 que comporta 13 dioceses está com todos os seus bispos presentes na AGBB. Além disso, estão presentes também os bispos prelados eméritos: dom Erwin Kräutler, do Xingu; e dom José Luís Azcona Hermoso, do Marajó.
CETEL – O arcebispo metropolitano de Belém e vice-presidente da CNBB Norte 2, dom Alberto Taveira Corrêa, logo no segundo dia se fez presente na mesa principal do Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho (local onde são realizadas as plenárias).
O metropolita integra a Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (CETEL) que é responsável pela tradução do Missal Romano. O trabalho perdurou mais de uma década e, agora finalizado, será enviado para aprovação do Vaticano.
Juventude –O bispo auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, na tarde de ontem, 02, explanou sobre os trabalhos da Comissão Episcopal para a Juventude e a assimilação dos horizontes da nova Exortação Apostólica.
O bispo que é salesiano, integra a comissão e apresentou os seguintes desafios para a prática do que foi pensado pela Igreja no Sínodo para a Juventude.
Segundo ele, podem ser destacados sete desafios:
1 – A compreensão da nova organização da pastoral juvenil no Brasil. “Em muitos lugares, o Setor Juventude ainda não foi bem aceito e nem compreendido, sobretudo, por parte de um certo número de sacerdotes que continuam com a linguagem, estilo e visão do passado quando só havia a PJ (e seus grupos de jovens), e por isso, não considera a diversidade de expressões juvenis e nem outras formas de promoção da pastoral juvenil”, afirmou.
2 – Formação dos sacerdotes na área da pastoral juvenil através da promoção de Simpósios e Seminários sobre a Juventude.
3 – Organização sistemática do Setor Juventude nas Dioceses e Regionais através da elaboração de um Projeto Educativo-Pastoral do Setor Juventude.
4 – Configuração da Pastoral Juvenil como processo de crescimento, de amadurecimento humano e robustecimento da fé como discípulo de Jesus Cristo, superando a ideia da pastoral como promotora de eventos ‘soltos e fragmentados’, sem metas.
5 – Experiências que valorizem e envolvam a juventude em outras áreas eclesiais. “Constatamos, por todos os lugares, que o maior envolvimento dos jovens em nível Paroquial, acontece na liturgia ou na catequese… Isso é bom, mas faz-se necessário explorarmos outras dimensões, por exemplo, o esporte, o lazer, as artes (música, dança, teatro), experiências evangelizadoras… A experiência do Oratório sintetiza essa proposta de pastoral juvenil pluridimensional. A pastoral juvenil não deve deixar de lado a dimensão lúdica, festiva e artística”, pontuou dom Antônio.
6 – Rejuvenescimento das Pastorais através do compromisso dos líderes para acolherem a juventude.
7 – Atenção na qualidade do processo catequético do Crisma. “Infelizmente, ainda há um significativo número de jovens que abandonam a comunidade católica após a recepção do Sacramento;Por que isso acontece? Certamente é porque não foram bem preparados, não fizeram a experiência de engajamento, não conheceram profundamente a Jesus Cristo e nem a beleza da Igreja… Muitos, não só deixam de estar engajados na Igreja Católica, mas saem dela e se tornam neopentecostais. Por isso, a pastoral juvenil deve caminhar em sintonia com a pastoral catequética”, lamentou dom Antônio.
O bispo de Marabá, dom Vital Corbellini e o bispo prelado emérito do Marajó, dom Azcona, fizeram intervenções em seguida e trouxeram outras reflexões para o grupo.
Ministérios – O bispo prelado de Itaituba, dom Wilmar Santin, esteve na manhã desta sexta-feira, 03, na Sala de Imprensa da AGBB. O prelado participou do meeting point (oportunidade de contato com os bispos por meio de abordagens temáticas adicionais à programação oficial da Assembleia da CNBB). O tema tratado por ele, foi: “Novos ministérios na realidade amazônica – rumo ao Sínodo 2019”.
Dom Wilmar inicialmente ponderou os quatro tipos de Ministérios elencados no documento 62 da CNBB cujo título, é: “Missão e Ministérios dos Cristãos Leigos e Leigas”. No documento, são citados os Ministérios: reconhecidos, confiados, instituídos e ordenados.
“Após o Concílio Vaticano II é que se colocou ênfase no ministério dos leigos, uma igreja toda ministerial. A origem de todo ministério é sempre o Espírito Santo, que suscita carismas e pessoas para algum serviço, não sendo, no entanto, algo para proveito próprio mas sim para o bem da comunidade, como afirma São Paulo no capitulo 12 de sua carta aos Coríntios”, destacou dom Wilmar.
O prelado elencou e explicou os quatro ministérios de acordo com o documento 62, aprovado na AGBB de 1999:
1 – Ministérios simplesmente “reconhecidos”. “São normalmente aqueles ligados a um serviço significativo para a comunidade, mas considerado não tão permanente, podendo vir a desaparecer, quando variarem as circunstâncias. Recebem este nome porque muitas das funções que os leigos e as leigas exercem em vários níveis da Igreja são assumidos sem nenhuma formalidade canônica e, mesmo, sem um gesto litúrgico; mas são formas verdadeiramente ministeriais de se assumir corresponsavelmente a vida e a missão da Igreja, dentro do processo comunitário e do planejamento eclesial e recebem o reconhecimento em modalidades que variam muito da comunidade e de outras instâncias eclesiais”, explicou.
2 – Ministérios “confiados”, quando conferidos ao seu portador por algum gesto litúrgico simples ou alguma forma canônica; “É o caso dos Ministros da Eucaristia, eles recebem um mandato dentro de uma celebração. É bom destacar que continuam leigos, não se tornam ‘quase-padre’ ao receberem este ministério que a Igreja os confia”, disse.
3 – Ministérios “instituídos”, quando a função é conferida pela Igreja através de um rito litúrgico chamado “instituição”; Segundo dom Wilmar, estes ministérios são mais formais e canônicos haja vista que constitui acólitos e leitores.
4 – Ministérios “ordenados” = diaconato, sacerdócio e episcopado.
Experiência na Prelazia de Itaituba – Ainda no meeting point, dom Wilmar destacou uma experiência.
“Numa reunião do Clero nós nos questionamos acerca da assistência às nossas comunidades. Muitas são distantes umas das outras, as estradas não ajudam os ministros ordenados a chegarem e saírem com rapidez. Então chegamos à conclusão de que precisávamos investir na formação dos Ministros da Palavra. Foi o que nós fizemos! Em quatro anos formamos uma turma de 24 em uma região de Jacareacanga – PA, quase fronteira com o Mato Grosso, numa área dos índios munduruku, onde vivem aproximadamente 14 mil índigenas em diversas aldeias. Dois anos depois, formamos outra turma de 24 novos ministros da Palavra. Hoje são 48 Ministros da Palavra que evangelizam na sua língua”, destacou, de modo emocionado, dom Wilmar.
Fonte: http://cnbbn2.com.br
SEXTA-FEIRA 3. Terceiro dia de trabalhos da 57ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB
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Ao todo, são 138 os profissionais da imprensa que se inscreveram para acompanhar de perto o trabalho da Assembleia.
Silvonei José - Aparecida
Terceiro dia de trabalhos da 57ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB em Aparecida. O dia começou com a celebração da Santa Missa no Santuário Nacional presidida por Dom Paulo Mascarenhas Roxo, bispo emérito de Mogi das Cruzes – SP. Tema da celebração, bispos eméritos.
Já no dia de ontem, (02/05) a celebração foi na intenção dos novos bispos, aqueles que foram nomeados e ordenados pelo Papa Francisco desde a última assembleia – período de abril de 2018 a abril de 2019. A Missa foi presidida pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D´Aniello.
Durante a homilia, o núncio meditou sobre o Evangelho de João 3,31-36, que diz que “Aquele que vem do alto está acima de todos”. Dom Giovanni ressaltou que a Igreja ainda celebra o tempo pascal.
“Celebrar a páscoa de Cristo é ter a certeza que Ele ressuscitou, que está vivo e este é o fundamento da nossa fé. Por isso, a fé na ressurreição de Jesus e o Próprio a marca distintiva da fé cristã. Porque Cristão é aquele que crê que Jesus não é um personagem do passado, mas está vivo nas nossas vidas e na Sua Igreja. Não estamos só porque Jesus vivo e ressuscitado está sempre conosco”, destacou.
Entre os vários temas dessa Assembleia Geral um deles é o da Reforma da Previdência. Por ocasião do Dia do Trabalhador, (01/05) a Assembleia divulgou uma nota e, sobre ela, o bispo de Lajes (SC), Dom Guilherme Werlang, enfatizou alguns pontos na primeira coletiva, realizada na trade de quarta-feira.
Dom Guilherme, termina neste ano seu segundo mandato à frente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz. Ele, que mantém uma posição firme junto às minorias e aos pobres, explicou que a Igreja sempre lutará pela dignidade da pessoa e isso resulta, atualmente, numa preocupação com os mais de 12 milhões de desempregados no país.
“Manifestamos nossa preocupação com o grave problema do desemprego”, disse o bispo. “Todas as pessoas deveriam podem viver e dar dignidade de vida à sua família a partir do próprio trabalho”, completou.
Dom Werlang assinalou também que não é justo que, após anos de trabalhos exaustivos, as pessoas caiam na insegurança e dependência de outras pessoas. “Temos que lutar para que o direito a uma aposentadoria digna seja assegurado”, enfatizou.
Outros dois bispos também tomaram a palavra. Dom José Belisário, que apresentou a organização dos trabalhos dos bispos para a aprovação das novas diretrizes gerais e Dom Murilo Krieger, vice-presidente da CNBB, que deu um panorama geral da assembleia e suas discussões.
Dom Murilo citou alguns temas que vão tomar corpo na assembleia, como a aprovação da tradução da terceira edição do Missal Romano, a Campanha da Fraternidade de 2021, a 6ª Semana Social Brasileira, o Mês Extraordinário Missionário, o Sínodo da Amazônia, e ainda uma carta aos bispos de Moçambique, a mensagem do Papa Francisco, entre outros temas.
Dom Belisário reforçou que a assembleia tem, a cada quatro anos, a missão de aprovar as diretrizes gerais e, coincidentemente, as eleições da presidência e das comissões da CNBB. Sobre as diretrizes, ele apontou que o documento traz uma inspiração para o trabalho evangelizador das dioceses e dos diversos segmentos da Igreja no Brasil, mas não são planos pastorais. Ele disse ainda que o texto tem como base quatro pilares: Palavra de Deus, Liturgia, Caridade e Missão.
Imprensa
Ao todo, são 138 os profissionais da imprensa que se inscreveram para acompanhar de perto o trabalho do episcopado brasileiro.
Uma modalidade a mais de relação dos bispos com os jornalistas e mídias que cobrem a Assembleia Geral foi proposta pela assessoria de imprensa da CNBB com o objetivo de aprofundar assuntos referentes à ação da Igreja no Brasil. É o famoso “Meeting Point”.
A ideia é que eles se realizem em seis dias da 57ª Assembleia Geral da CNBB. O primeiro ocorreu na quinta-feira, dia 02 de maio, às 9h, com o tema Exortação Sinodal “Christus vivit” e desafios da recepção no Brasil do sínodo sobre a Juventude. Fonte: www.vaticannews.va
Quinta-feira, 2 de maio-2019. 2ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Concedei, ó Deus, que vejamos frutificar em toda a nossa vida as graças do mistério pascal, que instituístes na vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 3, 31-36)
Naquele tempo, João Batista disse aos seus discípulos: 31Aquele que vem do alto está acima de todos. Quem é da terra, pertence à terra e fala coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. 32Ele dá testemunho do que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. 33Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro. 34De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, pois ele dá o espírito sem medida. 35O Pai ama o Filho e entregou tudo em suas mãos. 36Aquele que crê no Filho tem a vida eterna. Aquele, porém, que se recusa a crer no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.
3) Reflexão
No dia 12 de janeiro deste ano meditamos João 3,22-30, que traz o último testemunho de João Batista a respeito de Jesus. Era a resposta dada por ele aos seus discípulos, e na qual reafirmou que ele, João, não é o Messias mas apenas o precursor (Jo 3,28). Naquela ocasião, João disse aquela frase tão bonita que resume o seu testemunho: "É necessário que ele cresça e eu diminua!" Esta frase é o programa de todos e de todas que querem seguir Jesus.
Os versículos do evangelho de hoje são, novamente, um comentário do evangelista para ajudar as comunidades a entender melhor todo o alcance das coisas que Jesus fez e ensinou. Temos aqui uma outra amostra daqueles três fios de que falamos ontem.
João 3,31-33: Um refrão que sempre volta. Ao longo do evangelho de João, muitas vezes aparece o conflito entre Jesus e os judeus que contestam as palavras de Jesus. Jesus fala a partir do que ele ouve do Pai. Ele é total transparência. Os seus adversários, por não se abrirem para Deus e por se agarrarem nas suas próprias idéias aqui da terra, não são capazes de entender o significado profundo das coisas que Jesus vive, diz e faz. No fim, é este mal-entendido que vai levar os judeus a prender e condenar Jesus.
João 3,34: Jesus nos dá o Espírito sem medida. O evangelho de João usa muitas imagens e símbolos para significar a ação do Espírito. Como na criação (Gn 1,1), assim o Espírito desceu sobre Jesus "como uma pomba, vinda do céu" (Jo 1,32). É o começo da nova criação! Jesus fala as palavras de Deus e nos comunica o Espírito sem medida (Jo 3,34). Suas palavras são Espírito e vida (Jo 6,63). Quando Jesus se despediu, ele disse que ia enviar um outro consolador, um outro defensor, para ficar conosco. É o Espírito Santo (Jo 14,16-17). Através da sua paixão, morte e ressurreição, Jesus conquistou o dom do Espírito para nós. Através do batismo todos nós recebemos este mesmo Espírito de Jesus (Jo 1,33). Quando apareceu aos apóstolos, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo!" (Jo 20,22). O Espírito é como água que jorra de dentro das pessoas que crêem em Jesus (Jo 7,37-39; 4,14). O primeiro efeito da ação do Espírito em nós é a reconciliação: "Aqueles a quem vocês perdoarem os pecados serão perdoados; aqueles aos quais retiverem, serão retidos" (Jo 20,23). O Espírito nos é dado para que possamos lembrar e entender o significado pleno das palavras de Jesus (Jo 14,26; 16,12-13). Animados pelo Espírito de Jesus podemos adorar a Deus em qualquer lugar (Jo 4,23-24). Aqui se realiza a liberdade do Espírito de que fala São Paulo: "Onde há o Espírito do Senhor, aí está a liberdade" (2Cor 3,17).
João 3,35-36: O Pai ama o filho. Reafirma a identidade entre o Pai e Jesus. O Pai ama o filho e entregou tudo em sua mão. São Paulo dirá que em Jesus habita a plenitude da divindade (Col 1,19; 2,9). Por isso, quem aceita Jesus e crê em Jesus ele já tem a vida eterna, pois Deus é vida. Quem recusa crer em Jesus se coloca a si mesmo do lado de fora.
4) Para um confronto pessoal
1) Jesus nos comunica o Espírito sem medida. Você teve ou tem alguma experiência desta ação do Espírito em sua vida?
2) Quem crê em Jesus tem a vida eterna. Como isto acontece hoje na vida das famílias e das comunidades?
5) Oração final
O SENHOR está perto de quem tem o coração ferido, salva os ânimos abatidos. Muitas são as desventuras do justo, mas de todas o SENHOR o livra. (Sl 33, 19-20)
Dom José Belisário apresenta o tema central da 57ª Assembleia Geral da CNBB
- Detalhes
“As Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil não são um plano, mas sim uma inspiração para o trabalho evangelizador da Igreja” – Com essas palavras, o arcebispo de São Luís (MA) e coordenador da comissão de redação do texto das novas diretrizes, dom José Belisário, apresentou aos jornalistas presentes na primeira coletiva de imprensa da 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na tarde de ontem, 01 de maio, o tema central do encontro.
Durante a coletiva, dom Belisário apresentou o processo de construção do texto que será aprovado até o próximo sábado, 4 de maio pelo episcopado brasileiro. De acordo com o bispo, o texto, que começou a ser construído em agosto de 2018, teve sua primeira redação enviada para todos os bispos do Brasil em janeiro de 2019. “Os bispos devolveram as impressões, alguns com sugestões pontuais de mudanças, emendas e supressões. A partir das sugestões recebidas, o texto foi adaptado, contemplando quase todas as observações”, declarou o bispo.
Dom Belisário ressaltou, que, “as eleições para a presidência da CNBB acontecem após a aprovação do texto das Novas Diretrizes, pois é a partir dela que se pensa os novos rumos para a Conferência”.
Os quatro pilares
Dom Belisário disse aos jornalistas que o texto apresentado aos bispos procura traduzir as preocupações da Igreja no Brasil. “Há uma predominância da cultura urbana em todo o Brasil e ousamos apresentar este plano de fundo na construção do material. Nós vivemos em uma realidade diferenciada com situações de mudanças muito profundas. Desta forma tentamos, com o texto que que a comissão de redação produziu, dar continuidade na construção da Casa de Deus, colocando em evidencia os pilares sob os quais esta casa é construída, disse.
O primeiro pilar apresentado no texto das novas diretrizes é o da ‘Palavra de Deus’ que é o fundamento do processo de evangelização; seguido pela ‘Liturgia’, que apresenta a espiritualidade da Igreja; o terceiro pilar é a ‘Caridade’, que ajuda o povo de Deus a construir um mundo melhor e o quarto é a ‘Missão’, pois a Igreja, segundo o bispo, não vive para ela mesma.
De quatro em quatro anos, o tema central da Assembleia Geral da CNBB sempre é a atualização das Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Da tarde de ontem (01) até o próximo sábado (04), a programação da 57ª Assembleia Geral da CNBB será especialmente voltada ao estudo e aprimoramento do texto apresentado para os bispos.
Por Franklin Machado
Fonte: http://www.cnbb.org.br
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