REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA: LECTIO DIVINA. (Tempo do Natal – 5 de janeiro)
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Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
1- Oração
Deus eterno e todo-poderoso, pela vinda do vosso Filho, vos manifestastes em nova luz. Assim como ele quis participar da nossa humanidade, nascendo da Virgem, dai-nos participar de sua vida no Reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2-Leitura do Evangelho (João 1, 43-51)
43No dia seguinte, tinha Jesus a intenção de dirigir-se à Galiléia. Encontra Filipe e diz-lhe: Segue-me. 44(Filipe era natural de Betsaida, cidade de André e Pedro.) 45Filipe encontra Natanael e diz-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José. 46Respondeu-lhe Natanael: Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré? Filipe retrucou: Vem e vê. 47Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz: Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade. 48Natanael pergunta-lhe: Donde me conheces? Respondeu Jesus: Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira. 49Falou-lhe Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel. 50Jesus replicou-lhe: Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta. 51E ajuntou: Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.
3- Reflexão - Jo 1, 43-51
* Jesus voltou para a Galiléia. Encontrou Filipe e o chamou: "Segue-me!" O objetivo do chamado é sempre o mesmo: "seguir Jesus". Os primeiros cristãos fizeram questão de conservar os nomes dos primeiros discípulos. De alguns conservaram até os apelidos e o nome do lugar de origem. Filipe, André e Pedro eram de Betsaida (Jo 1,44). Natanael era de Caná (Jo 22,2). Hoje, muitos esquecem os nomes das pessoas que estão na origem da sua comunidade. Lembrar os nomes é uma forma de conservar a identidade.
* Filipe encontra Natanael e fala com ele sobre Jesus: "Encontramos aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os profetas! É Jesus, o filho de José, de Nazaré!" Jesus é aquele para o qual apontava toda a história do Antigo Testamento.
* Natanael pergunta: "De Nazaré pode vir coisa boa?" Possivelmente, na pergunta dele transparece a rivalidade que costuma existir entre as pequenas aldeias de uma mesma região: Caná e Nazaré. Além disso, conforme o ensinamento oficial dos escribas, o Messias viria de Belém na Judéia. Não podia vir de Nazaré na Galiléia (Jo 7,41-42). André dá a mesma resposta que Jesus tinha dado aos outros dois discípulos: "Venha e veja você mesmo!" Não é impondo, mas sim vendo que as pessoas se convencem. Novamente, o mesmo processo: encontrar, experimentar, partilhar, testemunhar, conduzir até Jesus!
* Jesus vê Natanael e diz: "Eis um israelita autêntico, sem falsidade!" E afirma que já o conhecia quando estava debaixo da figueira. Como é que Natanael podia ser um "israelita autêntico" se ele não aceitava Jesus como messias? Natanael "estava debaixo da figueira". A figueira era o símbolo de Israel (cf. Mq 4,4; Zc 3,10; 1Rs 5,5). Israelita autêntico é aquele que sabe desfazer-se das suas próprias idéias quando percebe que elas estão em desacordo com o projeto de Deus. O israelita que não está disposto a fazer esta conversão não é autêntico nem honesto. Natanael é autêntico. Ele esperava o messias de acordo com o ensinamento oficial da época (Jo 7,41-42.52). Por isso, inicialmente, não aceitava um messias vindo de Nazaré. Mas o encontro com Jesus ajudou-o a perceber que o projeto de Deus nem sempre é do jeito que a gente o imagina ou deseja. Ele reconhece o seu engano, muda de idéia, aceita Jesus como messias e confessa: "Mestre, tu és o filho de Deus, tu és o rei de Israel!" A confissão de Natanael é apenas o começo. Quem for fiel, verá o céu aberto e os anjos subindo e descendo sobre o Filho do Homem. Experimentará que Jesus é a nova ligação entre Deus e nós, seres humanos. É a realização do sonho de Jacó (Gn 28,10-22).
4- Para um confronto pessoal
1) Qual o título de Jesus de que você mais gosta? Por que?
2) Teve intermediário entre você e Jesus?
5-Oração final
O Senhor é bom,
sua misericórdia é eterna
e sua fidelidade se estende de geração em geração. (Sal 99, 5)
BR 116: Chegando no Rio
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REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA: LECTIO DIVINA. (Tempo do Natal – 4 de janeiro)
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Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
1-Oração
Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e abrasai seus corações com o esplendor da vossa glória, para reconhecerem sempre o Salvador e a ele aderirem totalmente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2- Leitura do Evangelho (João 1, 35-42)
35No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. 36E, avistando Jesus que ia passando, disse: Eis o Cordeiro de Deus. 37Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. 38Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras? 39Vinde e vede, respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima. 40André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que o tinham seguido. 41Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo). 42Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra).
3- Reflexão (Jo 1, 35-42)
* No evangelho de hoje, João Batista, novamente, aponta Jesus como “Cordeiro de Deus”. E dois dos seus discípulos, animados pelo próprio João, foram em busca de Jesus e perguntam: “Onde o senhor mora?”. Jesus responde: "Venham e vejam!" É convivendo com Jesus, que eles mesmos poderão verificar e confirmar se era isto que estavam buscando. O encontro confirmou a busca, pois os dois nunca mais esqueceram a hora do encontro. Quase setenta anos depois, João lembra: “Eram quatro horas da tarde!”
* Quando uma pessoa é muito amada, ela costuma receber muitos apelidos, nomes ou títulos que expressam o carinho. No Evangelho de João, Jesus recebe muitos títulos e nomes que expressam o que ele significava para os primeiros cristãos. Estes nomes traduzem o desejo dos primeiros cristãos de conhecer melhor quem é Jesus para poder amá-lo com maior coerência. O quarto Evangelho é uma catequese muito bem feita. Os títulos e nomes de Jesus, que vão aparecendo durante os encontros e as conversas das pessoas com ele, fazem parte desta catequese. Eles ajudam os leitores e as leitoras a descobrir como e onde Jesus se revela nos encontros do dia-a-dia da vida. Ao longo dos seus 21 capítulos, através destes nomes e títulos, o evangelista João nos vai revelando quem é Jesus.
* Também hoje, nossas comunidades devem poder dizer: "Venham e vejam!" É ver e experimentar para poder testemunhar. O apóstolo João escreve na sua primeira carta: "A vida se manifestou. Nós a vimos e dela damos testemunho!" (1Jo 1,2)
* As pessoas que vão sendo chamadas professam a sua fé em Jesus através de títulos como: Cordeiro de Deus (Jo 1,36); Rabi (Jo 1,38); Messias ou Cristo (Jo 1,41); “aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os profetas” (Jo 1,45); Jesus de Nazaré, o filho de José (Jo 1,45), Filho de Deus (Jo 1,49); Rei de Israel (Jo 1,49); Filho do Homem (Jo 1,51). São oito títulos em apenas quinze versos! A cristologia dos primeiros cristãos não começa com reflexões teóricas, mas com nomes e títulos que exprimem o carinho, o compromisso e o amor.
* André descobriu que Jesus é o Messias. Ele gostou tanto do encontro, que partilhou sua experiência com o irmão e deu testemunho: "Encontramos o Messias!" Em seguida, conduziu o irmão até Jesus. Encontrar, experimentar, partilhar, testemunhar, conduzir até Jesus! É assim que a Boa Nova se espalha pelo mundo, até hoje! Conosco pode acontecer o que aconteceu com o irmão de André. No encontro com Jesus, ele teve seu nome mudado de Simão para Cefas (Pedra ou Pedro). Mudança de nome significa mudança de rumo. O encontro com Jesus pode produzir mudanças profundas na vida da gente. Deus queira!
4- Para um confronto pessoal
1) Como foi o chamado de Jesus em sua vida? Teve alguma mudança de rumo?
2) Você lembra a hora e o lugar de acontecimentos importantes da sua vida?
5- Oração final
Exultem em brados de alegria diante do Senhor que chega,
porque ele vem para governar a terra.
Ele governará a terra com justiça,
e os povos com eqüidade. (Sal 97, 8-9)
Pesar do Papa pelas vítimas de acidente no Peru
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48 pessoas morreram no acidente envolvendo um ônibus com 53 passageiros que caiu de um precipício de 100 metros na manhã de terça-feira, na estrada Pasamayo, norte de Lima.
Cidade do Vaticano
“O Santo Padre, profundamente entristecido ao tomar conhecimento da dolorosa notícia do acidente rodoviário ocorrido em Pasamayo, que provocou numerosas vítimas, oferece sufrágios pelo descanso eterno dos falecidos”.
Em telegrama assinado pelo cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, o Papa Francisco lamentou a morte de 48 pessoas no acidente envolvendo um ônibus com 53 passageiros que caiu de um precipício de 100 metros na manhã de terça-feira, na estrada Pasamayo, norte de Lima.
O cardeal pede na mensagem endereçada à Nunciatura Apostólica que o pesar de Sua Santidade seja transmitido “aos familiares que choram tão sensível perda”, acompanhado “com manifestações de consolo”.
Ao feridos, o Papa assegura sua “proximidade espiritual”, pedindo ao Senhor “que derrame sobre todos, os dons da serenidade espiritual e da esperança cristã”, e concedendo “de coração a Bênção Apostólica”.
O Papa Francisco deverá chegar à Lima, no Peru, na quinta-feira, 18 de janeiro. Fonte: http://www.vaticannews.va
A MISSA-ATO PENITENCIAL: Catequese sobre a Santa Missa. Papa Francisco.
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Papa: pecado rompe relação com Deus e com os irmãos
Na primeira Audiência Geral de 2018, o Papa Francisco deu continuidade a sua série de catequeses sobre a Santa Missa, explicando o Ato Penitencial. “Sabemos por experiência que somente quem sabe reconhecer os erros e pede perdão recebe a compreensão e o perdão dos outros”.
Cidade do Vaticano
Quem tem consciência de suas misérias e abaixa os olhos com humildade, sente sobre si o olhar misericordioso de Deus.
Dando continuidade a série de catequeses sobre a Santa Missa, o Papa Francisco dedicou a reflexão da primeira Audiência Geral do ano de 2018 ao Ato Penitencial.
“Na sua sobriedade – disse Francisco aos cerca de sete mil fiéis presentes na Sala Paulo VI - ele favorece a atitude que deve ser assumida para celebrar dignamente os santos mistérios, ou seja, reconhecendo diante de Deus e dos irmãos os nossos pecados (...), pois todos somos pecadores”.
Mas para receber o perdão de Deus, devemos reconhecer nossos erros e pedir perdão, pois “o que o Senhor pode dar a quem já tem o coração cheio de si, do próprio sucesso?”, pergunta.
“Nada, porque o presunçoso é incapaz de receber perdão, saciado como é da sua presumível justiça”, respondeu o Papa, citando a parábola do fariseu e do publicano, em que somente o segundo volta para casa perdoado.
“Sabemos por experiência - recorda - que somente quem sabe reconhecer os erros e pede perdão recebe a compreensão e o perdão dos outros”:
“Escutar em silêncio a voz da consciência permite reconhecer que os nossos pensamentos são distantes dos pensamentos divinos, que as nossas palavras e as nossas ações são muitas vezes mundanas, guiadas, isto é, por escolhas contrárias ao Evangelho.”
Por isto – explica o Pontífice – no início da Missa “cumprimos comunitariamente o ato penitencial mediante uma fórmula de confissão geral, pronunciada na primeira pessoa do singular. Cada um confessa a Deus e aos irmãos que “pequei muitas vezes, em pensamentos e palavras, atos e omissões””:
“Sim, também em omissões, ou seja, ter deixado de fazer o bem que poderia ter feito. Muitas vezes nos sentimos muito bons porque – dizemos – “não fiz nenhum mal”. Na realidade, não basta não fazer mal ao próximo, é preciso escolher fazer o bem, aproveitando as ocasiões para dar um bom testemunho de que somos discípulos de Jesus”.
O Papa explica que “confessar tanto a Deus como aos irmãos sermos pecadores” nos ajuda a compreender a “dimensão do pecado”, que “nos separa de Deus, nos divide também dos nossos irmãos, e vice-versa”: “O pecado rompe: rompe a relação com Deus e rompe a relação com os irmãos, a relação na família, na sociedade, na comunidade. O pecado rompe sempre: separa, divide”.
“As palavras que dizemos com a boca são acompanhadas pelo gesto de bater no peito – fazemos assim - reconhecendo que pequei por minha culpa e não dos outros” diz Francisco, que observa: “Acontece muitas vezes que, por medo ou vergonha, apontamos o dedo para acusar os outros. Custa admitir sermos culpados, mas nos faz bem confessá-lo com sinceridade. Mas confessar os próprios pecados”.
E o Papa recordou então a história que um velho missionário costumava contar, de uma senhora que ao confessar-se, contava os erros do marido: “Depois passou a contar os erros da sogra e depois os pecados dos vizinhos. Em determinado momento, o confessor disse a ela: “Mas senhora, me diga: acabou?” – “Não, sim, disse...” – “Muito bem: a senhora acabou com os pecados dos outros. Agora comece a dizer os seus...” Os próprios pecados...”
Após a confissão dos pecados – continuou o Santo Padre - suplicamos à Bem-aventurada Virgem Maria, aos Anjos e Santos que roguem ao Senhor por nós. Também aqui – enfatiza – “é preciosa a comunhão dos Santos, a intercessão deste amigos e modelos de vida que nos sustenta no caminho em direção à plena comunhão com Deus, quando o pecado será definitivamente aniquilado”.
O Santo Padre explica então que além do “Confesso”, o “ato penitencial pode ser feito com outras fórmulas”, como “Piedade de nós, Senhor”, “Contra ti pecamos”, “Senhor mostra-nos a tua misericórdia/ e nos dê a tua salvação”:
“Especialmente no domingo se pode fazer a bênção e aspersão de água em memória do Batismo, que apaga todos os pecados. É também possível, como parte do Ato Penitencial, cantar o Kyrie eléison: com antiga expressão grega, aclamamos o Senhor – Kyrios – e imploramos a sua misericórdia”.
O Papa Francisco recorda então “luminosos exemplos de figuras “penitentes” nas Sagradas Escrituras, que “caindo em si após terem cometido o pecado, encontram a coragem de tirar a máscara e abrir-se à graça que renova o coração”.
E cita o Rei Davi, o filho pródigo, São Pedro, Zaqueu, a Samaritana:
“Comparar-se com a fragilidade do barro do qual fomos formados é uma experiência que nos fortalece: nos coloca diante de nossas fraquezas, nos abre o coração para invocar a misericórdia divina que transforma e converte. E é isto o que fazemos no Ato Penitencial no início da Missa”. Fonte: http://www.vaticannews.va
Padre de MT causa polêmica após postar foto com arma em rede social
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Pe. Thiago Bruno publicou a imagem no WhatsApp Status e causou polêmica nas redes sociais. Um amigo dele gravou um vídeo alegando que a arma é objeto de decoração.
Uma postagem do padre Thiago Bruno da Paróquia de São José dos Quatro Marcos, município a 343 km de Cuiabá, causou polêmica nesta terça-feira (2). Numa foto publicada no WhatsApp Status, o padre aparece deitado numa cama apontando uma arma e a mensagem #2018 escrita. A foto circula nas redes sociais.
Procurado pelo G1, o sacerdote afirmou que ainda deve se manifestar sobre o caso através de uma nota.
Após a repercussão da polêmica, um suposto amigo do padre afirma que a foto foi tirada na casa dele no dia 1º de janeiro. O homem alega que a arma usada na foto é um artigo de decoração e foi trazida junto com outros objetos da Espanha.
“São armas de decoração, que não dão tiro. São apenas armas do estilo faroeste daqueles filmes que comprei para fazer decoração”, declara o homem no vídeo. Nas redes sociais, internautas repercutiram a foto com comentários a favor e contra o padre.
“Não importa se a arma é de brinquedo ou não! O que importa é a mensagem que ele passa, que não é nenhuma mensagem de paz”, diz um comentário.
Em outro texto, um internauta critica a atitude. “A atitude dele não condiz com a imagem que ele tem que passar para sociedade. Sem contar que armas não trazem a paz”, diz trecho de uma declaração.
Já em defesa do padre, alguns usuários da rede social dizem não ver maldade na foto. “Que mal tem isso? Uma pessoa de bem com uma arma? Ele também pode ter carro, faca, moto, etc”, diz o comentário. Fonte: https://g1.globo.com
Dom Helder Câmara, patrono brasileiro dos Direitos Humanos.
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Nota de esclarecimento
“Felizes sereis quando os homens vos odiarem, expulsarem, insultarem e amaldiçoarem o vosso nome por causa do Filho do Homem. (…) pois era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. (…) Ai de vós quando todos falarem bem de vós, pois era assim que seus antepassados tratavam os falsos profetas” (Lc 6, 22- 23 e 26).
Queridos irmãos e irmãs de nossa arquidiocese,
Todos nós fomos surpreendidos pela Lei n. 13581, de 26 de dezembro de 2017, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República Michel Temer. Declara Dom Helder Câmara patrono brasileiro dos direitos humanos.
Todos os brasileiros conscientes e que amam a justiça e o direito concordam que Dom Helder é nosso patrono em toda a luta pacífica pela justiça, pela paz e pelos direitos humanos, tanto individuais, como coletivos das minorias fragilizadas pela sociedade dominante. No entanto, nos surpreendemos pela ambiguidade desse decreto, sentimento já expresso por amigos de Dom Helder, inclusive, Marcelo Barros que escreveu uma profética carta dirigida ao Dom da Paz. O texto dessa lei é sucinto e não explicita motivações, nem consequências. No entanto, nenhum ato dessa natureza é neutro ou sem repercussões.
Em seu tempo, o profeta Jeremias adverte os governantes do seu povo: “Sem responsabilidade, querem curar as feridas do meu povo dizendo apenas Paz, Paz, quando paz verdadeira não existe. Deveriam envergonhar-se, pois o que fizeram foi horrível, mas não se acanham, mesmo eles não sabem o que é ter vergonha” (Jer 8, 11- 12).
É nossa responsabilidade de cidadãos e de cristãos dar peso às palavras e exigir dos poderes públicos coerência em seus posicionamentos. Se a Política que deveria ser um exercício nobre do serviço ao bem comum está tão desacreditada é porque os políticos não primam pela coerência entre o seu falar e o seu agir.
O que significa essa medida vir de um governo que justamente esvaziou a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e comprometeu todo o trabalho que vinha sendo feito na luta contra todo tipo de discriminações? Será que nomear Dom Helder patrono brasileiro dos Direitos Humanos fará o governo voltar atrás da decisão de reduzir substancialmente os gastos públicos em saúde e educação, deixando os milhões de pobres abandonados à própria sorte? Como pensar em Direitos Humanos e relaxar as regras do controle ao trabalho escravo, assim como sujeitar os trabalhadores a regras que lhes são contrárias e que retiram direitos adquiridos na Constituição de 1988? E o que dizer da reforma da Previdência Social pela qual esse mesmo governo pressiona de formas ilícitas para vê-la aprovada?
Como arcebispo de Olinda e Recife, ministério que foi ocupado por Dom Helder Camara, sinto-me, em consciência, obrigado a declarar publicamente que esse decreto presidencial, para ser sincero e coerente, precisa ser acompanhado por outro modo de governar o país e de cuidar do que é público, principalmente do bem maior que é o povo, sobretudo os mais fragilizados.
Em nome de Deus, fonte de Amor e de Vida, conclamo os cristãos e todo o povo brasileiro a prosseguirmos a luta pacífica pela justiça e pela paz. Assim, como fez Dom Helder Camara, trabalharemos pelos Direitos Humanos a partir da defesa dos direitos dos pobres, dos trabalhadores, das minorias excluídas e de todo ser vivo.
O Espírito de Jesus que nasceu como pobre nos acompanhe e nos fortaleça nesse caminho,
Dom Antônio Fernando Saburido
Arcebispo de Olinda e Recife
Dom Helder Câmara é declarado patrono brasileiro dos Direitos Humanos
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Primeiro secretário-geral e idealizador do projeto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Helder Pessoa Câmara foi declarado Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos. A lei de número 13.581/2017 foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União em 26 de dezembro.
O Dom da Paz, como era conhecido, ocupou o cargo de secretário-geral em dois mandatos, de outubro de 1952 até outubro de 1964. Depois, tornou-se arcebispo de Olinda e Recife (PE).
A pessoa que recebe o título de patrono de determinada categoria ou ramo da ciência e do conhecimento é aquela cuja atuação serve de paradigma e inspiração a seus pares.
O projeto de lei que sugeriu o título a dom Helder, falecido em 1999, foi proposto em 2014, com a justificativa de se tratar de uma homenagem a um dos fundadores da CNBB e “grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro”. Para o deputado propositor, Arnaldo Jordy (PA), “mais que uma liderança religiosa, dom Helder Câmara era referência na luta pela paz e pela justiça social. Pregava uma Igreja simples, voltada para os pobres e a não violência”.
Incoerência
Em artigo publicado nesta terça-feira, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido, que é presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB, declarou-se surpreendido pela ambiguidade do texto presidencial que declarou dom Helder patrono dos Direitos Humanos, uma vez que não explica motivações, nem consequências.
“O que significa essa medida vir de um governo que justamente esvaziou a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e comprometeu todo o trabalho que vinha sendo feito na luta contra todo tipo de discriminações? Será que nomear Dom Helder patrono brasileiro dos Direitos Humanos fará o governo voltar atrás da decisão de reduzir substancialmente os gastos públicos em saúde e educação, deixando os milhões de pobres abandonados à própria sorte? Como pensar em Direitos Humanos e relaxar as regras do controle ao trabalho escravo, assim como sujeitar os trabalhadores a regras que lhes são contrárias e que retiram direitos adquiridos na Constituição de 1988? E o que dizer da reforma da Previdência Social pela qual esse mesmo governo pressiona de formas ilícitas para vê-la aprovada?”, questiona dom Saburido.
Dom Fernando afirma ainda sentir-se “obrigado a declarar publicamente que esse decreto presidencial, para ser sincero e coerente, precisa ser acompanhado por outro modo de governar o país e de cuidar do que é público, principalmente do bem maior que é o povo, sobretudo os mais fragilizados”. Fonte: http://cnbb.net.br
Descoberto selo de 2,7 mil anos que pertenceu a governador de Jerusalém
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Descoberta corrobora tese bíblica da existência de governador na cidade sagrada
JERUSALÉM — Arqueólogos israelenses revelaram nesta segunda-feira uma impressão de carimbo em argila de 2.700 anos que acreditam ter pertencido a um governador bíblico de Jerusalém.
O artefato, que traz inscrições em hebraico antigo dizendo "pertence ao governador da cidade", provavelmente estava anexado a uma entrega ou foi enviado como um presente em nome do governador, autoridade local mais proeminente de Jerusalém na época, afirmou a Autoridade Israelense de Antiguidades.
O carimbo, do tamanho de uma pequena moeda, representa dois homens de pé, de frente um para o outro de forma semelhante a um espelho e vestindo roupas listradas até os joelhos. Foi descoberto perto do Muro Ocidental da Cidade Velha de Jerusalém.
"Ele apoia a interpretação bíblica da existência de um governador da cidade em Jerusalém há 2.700 anos", declarou Shlomit Weksler-Bdolah, da Autoridade Israelense de
Antiguidades.
Os governadores de Jerusalém, nomeados pelo rei, são mencionados duas vezes na Bíblia: no segundo livro de Reis, que se refere a Joshua que ocupa a posição, e no segundo livro de Crônicas, que menciona Messias na postagem durante o reinado de Josiah.
O anúncio da Autoridade das Antiguidades ocorreu várias semanas depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, uma decisão que anulou uma política de décadas sobre o status da cidade e gerou protestos palestinos e preocupação internacional. Fonte: https://oglobo.globo.com
*SEGUNDA-FEIRA, 1º DE JANEIRO-2018: SOLENIDADE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS. Ano Litúrgico-B.
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Dia Mundial da Paz
Tema da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus
Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes.
Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador.
Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa vontade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo.
Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.
O Evangelho mostra como a chegada do projeto libertador de Deus (que se tornou realidade plena no nosso mundo através de Jesus) provoca alegria e felicidade naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados.
Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens.
Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo do crente que é sensível aos projetos de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na concretização do projeto divino de salvação para o mundo.
ATUALIZAÇÃO (EVANGELHO – Lc 2,16-21)
No Evangelho que nos é, hoje, proposto, fica claro o fio condutor da história da salvação: Deus ama-nos, quer a nossa plena felicidade e, por isso, tem um projeto de salvação para levar-nos a superar a nossa fragilidade e debilidade; e esse projeto foi-nos apresentado na pessoa, nas palavras e nos gestos de Jesus. Temos consciência de que a verdadeira libertação está na proposta que Deus nos apresentou em Jesus e não nas ideologias, ou no poder do dinheiro, ou na posição que ocupamos na escala social? Porque é que tantos dos nossos irmãos vivem afogados no desespero e na frustração? Porque é que tanta gente procura “salvar-se” em programas de televisão que lhes dê uns minutos de fama, ou num consumismo alienante? Não será porque não fomos capazes de lhes apresentar a proposta libertadora de Jesus?
Diante da “boa nova” da libertação, reagimos – como os pastores – com o louvor e a ação de graças? Sabemos ser gratos ao nosso Deus pelo seu amor e pelo seu empenho em nos libertar da escravidão?
Os pastores, após terem tomado contato com o projeto libertador de Deus, fizeram-se “testemunhas” desse projeto. Sentimos também o imperativo do testemunho? Temos consciência de que a experiência da libertação é para ser passada aos nossos irmãos que ainda a desconhecem?
Maria “conservava todas estas palavras e meditava-as no seu coração”. Quer dizer: ela era capaz de perceber os sinais do Deus libertador no acontecer da vida. Temos, como ela, a sensibilidade de estar atentos à vida e de perceber a presença – discreta, mas significativa, atuante e transformadora – de Deus, nos acontecimentos mais ou menos banais do nosso dia a dia?
*LEIA A REFLEXÃO NA ÍNTEGRA. CLIQUE NO LINK- EVANGELHO DO DIA
Em 1ª missa do ano, Papa pede que todos tenham 'coração de mãe'
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Celebração da Paz e de Maria foi realizada no Vaticano
O papa Francisco celebrou a primeira missa do ano, na manhã desta segunda-feira (1), e pediu que todos tenham um "coração de mãe" durante o novo ano que se inicia.
"Que a fé não seja reduzida apenas a uma ideia ou a uma doutrina. Nós temos necessidade, todos temos, de ter um coração de mãe que sabe proteger a tenacidade de Deus e escutar as necessidades dos homens", disse aos fiéis durante a celebração de Maria Santíssima.
O líder católico também pediu que a Igreja seja como Maria porque "o dom de cada mãe e de cada mulher é tão precioso para a Igreja, que é mãe e mulher". "E enquanto o homem, muitas vezes, abstrai, afirma e impõe ideias, a mulher, a mãe, sabe proteger, ligar ao coração e vivificar", acrescentou.
Em outra passagem da homilia, o Pontífice pediu ainda que todos sejam amados. "Cada vida, daquela do ventre da mãe aos idosos, dos sofredores e doentes, até aquelas incômodas e as repugnantes, deve ser acolhida, amada e ajudada", disse ainda.
"Também nós, cristãos em caminho, sentimos no início do ano a necessidade de recomeçar do centro, de deixar para trás os fardos do passado e recomeçar com o que importa. Para recomeçar, olhemos para a Mãe. No seu coração, bate o coração da Igreja.
Para andar adiante, diz a festa de hoje, é preciso voltar: recomeçar do presépio, da Mãe que tem Deus nos braços. A devoção de Maria não é uma etiqueta espiritual, é uma exigência da vida cristã", ressaltou.
O sucessor de Bento XVI ainda convidou os fiéis para também fazer momentos de silêncio para "que deixemos Jesus falar aos nossos corações". "Que a sua pequenez desmantele o nosso orgulho, que a sua pobreza perturbe nossa grandeza, que a sua tenacidade toque nosso coração insensível", disse ainda.
Para ele, no mundo atual "todos precisam de silêncio" para que isso "proteja nossa alma das banalidades corrosivas do consumo e das tonturas causadas pela publicidade". Fonte: www.terra.com.br
Papa pede 'futuro de paz' para imigrantes durante o Angelus
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Francisco destacou iniciativas católicas pela paz
O Papa Francisco celebrou nesta segunda-feira (1) o primeiro "Angelus" do ano e pediu que todos possam ajudar a garantir um "futuro de paz" para os milhões de imigrantes pelo mundo.
O dia 1º de janeiro é considerado o Dia Mundial da Paz e, o Pontífice, definiu como tema para a data o tema "Imigrantes e Refugiados: Homens e Mulheres em busca de paz".
"Desejo, ainda mais uma vez, ser a voz desses nossos irmãos e irmãs que invocam para si o desejo do futuro de paz. Para essa paz, que é direito de todos, muitos deles estão dispostos a arriscar a vida em uma viagem que, na grande maioria dos casos, longa e perigosa; eles estão dispostos a enfrentar o cansaço e o sofrimento", destacou.
Ele ainda lançou um apelo aos milhares de fiéis presentes nesta segunda na Praça São Pedro.
"Por favor, não desperdicemos a esperança no coração deles e não sufoquemos as suas expectativas de paz. É importante que todos, instituições civis, realidades educativas, assistenciais e eclesiais, se empenhem para assegurar aos refugiados, aos imigrantes, a todos, um futuro de paz. Que o Senhor nos conceda a possibilidade de atuar com generosidade para realizar um mundo mais solidário e acolhedor", disse ainda sobre o tema.
Além de agradecer as entidades que ajudam os estrangeiros, Jorge Mario Bergoglio agradeceu a todas as instituições católicas que "fazem múltiplas iniciativas de oração e de ações pela paz". Fonte: https://www.terra.com.br
'Ferimos 2017 com obras de morte e injustiça', afirma Papa
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Francisco celebrou a tradicional cerimônia do 'Te Deum'
Neste domingo (31), durante a tradicional mensagem "Te Deum", homilia em agradecimento ao ano que passou, o papa Francisco afirmou que a humanidade "feriu" 2017 com diversos atos de maldade.
"Deus nos deu [o ano] íntegro e são. Mas nós, humanos, desperdiçamos tanto e o ferimos com obras de morte, de mentiras e injustiças. [...] As guerras são um sinal flagrante desse orgulho reincidente e absurdo. Mas, também todas as pequenas e grandes ofensas à vida, à verdade, à fraternidade causam múltiplas formas de degradação humana, social e ambiental", disse aos fiéis durante sua homilia.
A mensagem, que foi realizada na Basílica de São Pedro, também teve uma menção especial aos romanos. Na cerimônia, assim como ocorreu no ano passado, estava a prefeita da cidade, Virginia Raggi. O Pontífice afirmou que, como "Bispo de Roma", ele consegue "sentir na alma a gratidão pensando nas pessoas que vivem com o coração aberto nesta cidade".
"Tenho um sentimento de simpatia e de gratidão por todas aquelas pessoas que, a cada dia, contribuem com os pequenos, mas preciosos gestos concretos de bem em Roma. Buscam cumprir da melhor maneira os seus deveres, se movem no tráfego com critério e prudência, respeitam os lugares públicos, são atentos aos idosos. Esses e tantos outros milhares de comportamentos exprimem o amor pela cidade", destacou.
De acordo com Francisco, "mesmo que elas não virem notícias", essas pessoas são a maioria em Roma e, entre elas, "não são poucas as que estão em dificuldades econômicas".
"Mas, elas não choram por si mesmas, nem tem ressentimentos e rancores, mas se esforçam para trabalhar diariamente para melhorar um pouco as coisas. Hoje, no agradecimento a Deus, vos convido a exprimir o reconhecimento para todos esses artesãos do bem comum, que amam sua cidade não com palavras, mas com fatos", acrescentou.
Essa é a última cerimônia religiosa de Francisco em 2017. Fonte: https://www.terra.com.br
Papa preside Primeiras Vésperas com o canto do "Te Deum"
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A Igreja herdou de Maria e continuamente herda essa percepção interior da plenitude doada pela presença de Jesus, que alimenta um sentido de gratidão, como única resposta humana digna do dom imenso de Deus, disse o Papa
Cidade do Vaticano
“Nesta atmosfera criada pelo Espírito Santo, nós elevamos a Deus a ação de graças pelo ano que termina, reconhecendo que todo o bem é um presente seu".
Ao presidir na Basílica de São Pedro no final da tarde deste 31 de dezembro as primeiras Vésperas da Solenidade da Mãe de Deus, com a adoração ao Santíssimo Sacramento e o canto do Te Deum, o Papa Francisco agradeceu pelo ano que passou, recordando que Maria é “a primeira a experimentar esse sentido de plenitude doado pela presença de Jesus.
«Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho»
“Esta celebração vespertina – disse o Pontífice ao iniciar - respira a atmosfera da plenitude do tempo. Não porque estamos na última noite do ano solar, não é isso, mas porque a fé nos faz contemplar e sentir que Jesus Cristo, Verbo encarnado, deu plenitude ao tempo do mundo e à história humana”.
«Nasceu de uma mulher»
E “a primeira a experimentar esse sentido de plenitude doada pela presença de Jesus foi a “mulher” da qual Ele nasceu. A Mãe do Filho encarnado, Theotokos, Mãe de Deus. Através dela, por assim dizer, brotou a plenitude do tempo: através de seu coração humilde e cheio de fé, através de sua carne toda impregnada do Espírito Santo”.
Dela a Igreja herdou e continuamente herda essa percepção interior da plenitude, que alimenta um sentido de gratidão, como única resposta humana digna do dom imenso de Deus.
Uma gratidão pungente, que, partindo da contemplação daquele Menino envolto em faixas e colocado numa manjedoura, se estende a tudo e a todos, ao mundo inteiro.
É um “obrigado” que reflete a Graça; não vem de nós, mas d'Ele; não vem do eu, mas de Deus, e envolve o eu e o nós.
Nesta atmosfera criada pelo Espírito Santo, nós elevamos a Deus a ação de graças pelo ano que termina, reconhecendo que todo o bem é um presente seu.
Também este tempo do ano de 2017, que Deus nos havia dado íntegro e saudável, nós humanos de muitas maneiras o desperdiçamos e ferimos com obras de morte, com mentiras e injustiças. As guerras são um sinal flagrante desse orgulho persistente e absurdo.
Mas também o são todas as pequenas e grandes ofensas contra a vida, a verdade, a fraternidade, que causam diversas formas de degradação humana, social e ambiental. Por tudo isto queremos e devemos assumir, diante de Deus, dos irmãos e da Criação, a nossa responsabilidade.
Mas nesta noite prevalece a graça de Jesus e seu reflexo em Maria. E prevalece por isto a gratidão que, como Bispo de Roma, sinto na alma pensando nas pessoas que vivem com o coração aberto nesta cidade.
Experimento um sentimento de simpatia e gratidão por todas as pessoas que a cada dia contribuem com pequenos mas preciosos gestos concretos ao bem de Roma: procuram cumprir da melhor maneira o seu dever, deslocam-se no trânsito com critério e prudência, respeitando os lugares públicos e assinalam as coisas que não estão bem, estão atentas às pessoas idosas ou em dificuldades, e assim por diante.
Esses e outros mil comportamentos expressam concretamente o amor pela cidade. Sem discursos, sem publicidade, mas com um estilo de educação cívica praticada no dia-a-dia. E assim, cooperam silenciosamente para o bem comum.
Da mesma forma, sinto em mim uma grande estima pelos pais, os professores e todos os educadores, que com este mesmo estilo, procuram formar as crianças e adolescentes ao sentido cívico, a uma ética da responsabilidade, educando-os para sentirem-se parte, a cuidar, a se interessarem pela realidade que os circunda.
Essas pessoas, mesmo que não sejam notícia, são a maior parte das pessoas que vivem em Roma. E entre elas, muitas se encontram em condições econômicas precárias, e mesmo assim, não ficam lamentando, não cultivam ressentimentos e rancores, mas se esforçam para fazer a cada dia a sua parte a fim de melhorar um pouco as coisas.
Hoje, ao dar graças a Deus, convido todos a manifestar um reconhecimento a todos esses artesãos do bem comum, que amam a sua cidade, não com palavras, mas com os fatos”. Fonte: http://www.vaticannews.va
REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA: LECTIO DIVINA- SAGRADA FAMÍLIA
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Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm (31 de dezembro)
Oração
Ó Deus invisível e todo-poderoso,
que dissipastes as trevas do mundo
com a vinda da vossa luz,
volvei para nós o vosso olhar,
a fim de que proclamemos dignamente
a maravilhosa natividade de vosso Filho Unigênito.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém.
Leitura do Evangelho (Lucas 2, 22-40)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - 22Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, 23conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2); 24e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. 25Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. 26Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. 27Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei, 28tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos: 29Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. 30Porque os meus olhos viram a vossa salvação 31que preparastes diante de todos os povos, 32como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel. 33Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. 34Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, 35a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma.
Reflexão
* Os primeiros dois capítulos do Evangelho de Lucas, escrito na metade dos anos 80, não são história no sentido em que nós hoje entendemos a história. Funcionam muito mais como espelho, onde os cristãos convertidos do paganismo descobriam que Jesus tinha vindo realizar as profecias do Antigo Testamento e atender às mais profundas aspirações do coração humano. São também símbolo e espelho do que estava acontecendo entre os cristãos do tempo de Lucas. As comunidades vindas do paganismo tinham nascido das comunidades dos judeus convertidos, mas eram diferentes. O Novo não correspondia ao que o Antigo imaginava e esperava. Era "sinal de contradição" (Lc 2,34), causava tensões e era fonte de muita dor. Na atitude de Maria, imagem do Povo de Deus, Lucas apresenta um modelo de como perseverar no Novo, sem ser infiel ao Antigo.
* Nestes dois primeiros capítulos do evangelho de Lucas tudo gira em torno do nascimento de duas crianças: João e Jesus. Os dois capítulos nos fazem sentir o perfume do Evangelho de Lucas. Neles, o ambiente é de ternura e de louvor. Do começo ao fim, se louva e se canta, pois, finalmente, a misericórdia de Deus se revelou e, em Jesus, ele cumpriu as promessas feitas aos pais. E Deus as cumpriu em favor dos pobres, dos anawim, como Isabel e Zacarias, Maria e José, Ana e Simeão, os pastores. Estes souberam esperar pela sua vinda.
* A insistência de Lucas em dizer que Maria e José cumpriram tudo aquilo que a Lei prescreve evoca o que Paulo escreveu na carta aos Gálatas: “Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho. Ele nasceu de uma mulher, submetido à Lei para resgatar aqueles que estavam submetidos à Lei, a fim de que fôssemos adotados como filhos” (Gal 4,4-5).
* A história do velho Simeão ensina que a esperança, mesmo demorada, um dia se realiza. Ela não se frustra nem se desfaz. Mas a forma de ela realizar-se nem sempre corresponde à maneira como a imaginamos. Simeão esperava o Messias glorioso de Israel. Chegando ao templo, no meio de tantos casais que trazem seus meninos ao templo, ele vê um casal pobre lá de Nazaré. É neste casal pobre com seu menino ele vê a realização da sua esperança e da esperança do povo: “Meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel."
* No texto do evangelho deste dia, aparecem os temas preferidos de Lucas, a saber, uma grande insistência na ação do Espírito Santo, na oração e no ambiente orante, uma atenção contínua à ação e à participação das mulheres, e uma preocupação constante com os pobres e com a mensagem a ser dada aos pobres.
Para um confronto pessoal
1) Você seria capaz de perceber numa criança pobre a luz para iluminar as nações?
2) Você seria capaz de agüentar uma vida inteira esperando a realização da sua esperança?
Oração final
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome,
anunciai dia após dia a sua salvação. (Sal 95, 1-2)
REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA: LECTIO DIVINA
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Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm (30 de dezembro)
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso,
que o novo nascimento de vosso Filho como homem
nos liberte da antiga escravidão do pecado.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém.
Leitura do Evangelho (Lucas 2, 36-40)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - Naquele tempo, 36Havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada. 37Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. 38Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação. 39Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré. 40O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.
Reflexão
* Nos primeiros dois capítulos de Lucas, tudo gira em torno do nascimento de duas crianças: João e Jesus. Os dois capítulos nos fazem sentir o perfume do Evangelho de Lucas. Neles, o ambiente é de ternura e de louvor. Do começo ao fim, se louva e se canta a misericórdia de Deus: os cânticos de Maria (Lc 1,46-55), de Zacarias (Lc 1,68-79), dos anjos (Lc 2,14), de Simeão (Lc 2,29-32). Finalmente, Deus chegou para cumprir suas promessas, e Ele as cumpre em favor dos pobres, dos anawim, dos que souberam perseverar e esperar pela sua vinda: Isabel, Zacarias, Maria, José, Simeão, Ana, os pastores.
* Os capítulos 1 e 2 do Evangelho de Lucas são muito conhecidos, mas pouco aprofundados. Lucas escreve imitando os escritos do AT. É como se os primeiros dois capítulos do seu evangelho fossem o último capítulo do AT que abre a porta para a chegada do Novo. Estes dois capítulos são a dobradiça entre o AT e o NT. Lucas quer mostrar como as profecias estão se realizando. João e Jesus cumprem o Antigo e iniciam o Novo.
* Lucas 2,36-37: A vida da profetisa Ana
“Havia também uma profetisa chamada Ana, de idade muito avançada. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Tinha-se casado bem jovem, e vivera sete anos com o marido. Depois ficou viúva, e viveu assim até os oitenta e quatro anos. Nunca deixava o Templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações”. Como Judite (Jd 8,1-6), Ana é viúva. Como Débora (Jz 4,4), ela é profetisa. Isto é, pessoa que comunica algo de Deus e que tem uma abertura especial para as coisas da fé a ponto de poder comunicá-las aos outros. Ana casou jovem, viveu em casamento durante sete anos, ficou viúva e continuou dedicada a Deus até oitenta e quatro anos. Hoje, em quase todas as nossas comunidades, no mundo inteiro, você encontra um grupo de senhoras de idade, muitas delas viúvas, cuja vida se resume em rezar e marcar presença nas celebrações e em servir ao próximo.
* Lucas 2,38: Ana e o menino Jesus
“Ela chegou nesse instante, louvava a Deus, e falava do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém”. Chegou ao templo no momento em que Simeão abraçava o menino e conversava com Maria sobre o futuro do menino (Lc 2,25-35). Lucas sugere que Ana participou neste gesto. O olhar de Ana é um olhar de fé. Ela vê um menino nos braços de sua mãe, e descobre nele o Salvador do mundo.
* Lucas 2,39-40: A vida de Jesus em Nazaré
”Quando acabaram de cumprir todas as coisas, conforme a Lei do Senhor, voltaram para Nazaré, sua cidade, que ficava na Galiléia. O menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com ele”. Nestas poucas palavras, Lucas comunica algo do mistério da encarnação. “A Palavra de fez carne e veio morar entre nós” (Jo 1,14). O Filho de Deus tornou-se igual a nós em tudo e assumiu a condição de servo (Filp 2,7). Foi obediente até a morte e morte de cruz (Filp 2,8). Dos trinta e três anos que viveu entre nós, trinta foram vividos em Nazaré. Se você quiser saber como foi a vida do Filho de Deus durante os anos que ele viveu em Nazaré, procure conhecer a vida de qualquer nazareno daquele época, mude o nome, coloque Jesus e você terá a vida do Filho de Deus durante trinta dos trinta e três anos da sua vida, igual a nós em tudo, menos no pecado (Hb 4,15). Nestes trinta anos da sua vida, “o menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com ele”. Em outro lugar Lucas afirma a mesma coisa com outras palavras. Ele diz que o menino “crescia em sabedoria, idade e tamanho diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52). Crescer em Sabedoria significa assimilar os conhecimentos, a experiência humana acumulada ao longo dos séculos: os tempos, as festas, os remédios, as plantas, as orações, os costumes, etc. Isto se aprende vivendo e convivendo na comunidade natural do povoado. Crescer em Tamanho significa nascer pequeno, crescer aos poucos e ficar adulto. É o processo de cada ser humano com suas alegrias e tristezas, descobertas e frustrações, raivas e amores. Isto se aprende vivendo e convivendo na família com os pais, os irmãos e irmãs, os tios, os parentes. Crescer em Graça significa: descobrir a presença de Deus na vida, a sua ação em tudo que acontece, a vocação, o chamado dele. A carta aos hebreus diz que: “Embora fosse filho de Deus, Jesus teve que aprender a ser obediente através dos seus sofrimentos” (Hb 4,8).
Para um confronto pessoal
1) Conhece pessoas como Ana, que tem um olhar de fé sobre as coisas da vida?
2) Crescer em sabedoria, tamanho e graça: como isto acontece em minha vida?
Oração final
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome,
anunciai dia após dia a sua salvação.
Entre os povos narrai a sua glória,
entre todas as nações dizei seus prodígios. (Sl 95, 2-3)
RECORDANDO FRANCISCO EM 2017-01. “Façam homilias que saiam do coração”.
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O Papa Francisco recomendou a novos sacerdotes que ordenou na Basílica Vaticana estar próximos dos fiéis e evitar as homilias intelectuais, advertindo-lhes que a vida dupla é uma doença.
Como é tradição a cada ano no IV domingo da Páscoa, chamado “do Bom Pastor”, dia em que a Igreja celebra a 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Francisco ordenou 10 novos sacerdotes para a Diocese de Roma.
Os novos sacerdotes pertencem ao Pontifício Seminário Mario, ao Pontifício Seminário Menor, ao Seminário Redemptoris Mater (cujos seminaristas são do Caminho Neocatecumenal) e do Seminário da Virgem do Divino Amor.
“Não façam homilias por demais intelectuais e elaboradas: falem simples, falem aos corações”. “A vida dupla é uma doença feia na Igreja”, advertiu aos novos presbíteros.
Francisco lhes pediu que reconheçam “o que fazem, imitem o que celebram para que, participando do mistério da morte e da ressurreição do Senhor, esforcem-se por fazer morrer em vocês todo o mal e por caminhar na vida nova”.
“Peço-lhes – continuou o Papa – em nome de Cristo e da Igreja que sejam misericordiosos. Sempre. Não coloquem nas costas dos fiéis fardos que não podem carregar nem mesmo vocês”.
O Papa os aconselhou também a exercitarem “a alegria e a caridade sincera” e “unicamente tentar agradar a Deus e não a vocês mesmos. São pastores, não funcionários. São mediadores, não intermediários”.
“Sejam alegres, não sejam senhores, não sejam clérigos de Estado, mas pastores: pastores do povo de Deus”, recomendou também.
O Pontífice pronunciou a homilia ritual prevista na edição italiana do Pontifical Romano para as Ordenações de Presbíteros, acrescentando alguns comentários pessoais.
Francisco assinalou que os novos sacerdotes “serão configurados a Cristo Sumo e Eterno Sacerdote, ou seja, serão consagrados como verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento e, a este título, serão pregadores do Evangelho, Pastores do Povo de Deus, e presidirão os atos de cultos, especialmente as celebrações do sacrifício do Senhor”.
“Foram eleitos pelo Senhor Jesus não para fazer carreira”, disso o Papa improvisando. “Lembrem-se de sua história, do dom das palavras que o Senhor lhes deu através de sua mãe, seus avós, seus catequistas e de toda a Igreja”. http://www.acidigital.com
* VATICANO, 07 mai. 2017
Depois de 50 anos, cristãos puderam celebrar publicamente o Natal em Yangun
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Antes restritas às igrejas, as celebrações do Natal este ano em Yangun foram públicas. Segundo as autoridades, com a explícita intenção de “honrar a visita do Papa Francisco a Mianmar realizada em novembro de 2017 e para demonstrar solidariedade aos cristãos de Mianmar e do mundo”.
Cidade do Vaticano
Depois de 50 anos, as comunidades cristãs em Mianmar – católicas e protestantes – puderam celebrar publicamente o Natal pelas ruas de Yangun.
Como constatado pela Agência Fides, enquanto no passado a celebração ficava restrita às igrejas, de 23 a 25 de dezembro deste ano foram celebradas diversas liturgias e realizadas festas, caminhadas luminosas e procissões pela cidade, tudo com a expressa autorização do governo.
As comemorações pelo nascimento de Jesus tiveram início no dia 23 na Igreja metodista da Santíssima Trindade e concluíram-se em 25 de dezembro com uma solene liturgia na Catedral católica Santa Maria, em Yangun, na presença do vice-presidente da União da República de Mianmar, Henry Van Yhio.
O bispo auxiliar da Arquidiocese de Yangun, Dom John Saw Yaw Han, falou sobre a felicidade dos cristãos birmaneses, ao mesmo tempo em que encorajou todos os cidadãos “a contribuírem de todas as formas possíveis para a paz e a prosperidade da nação”.
O especial “Festival de Natal” foi realizado com o consenso de Phyo Min Thein, Primeiro Ministro do governo regional de Yangun, e de Mg Mg Spoe, prefeito de Yangun, com a explícita intenção de “honrar a visita do Papa Francisco a Mianmar realizada em novembro de 2017 e para demonstrar solidariedade aos cristãos de Mianmar e do mundo”.
Segundo padre George Mg Mg, a permissão para realizar estas celebrações são o sinal do aumento da liberdade religiosa em Mianmar.
Naw Nilar San, da Igreja Batista, recordou que “em 50 anos nunca havia vivido este tipo de festa de Natal. Muitos cantores cristãos puderam entoar hinos de Natal. E os cristãos ofereceram alimento e bebidas à população de Yangun, sem nenhuma discriminação, levando a todos felicitações e votos de paz. E muitos uniram-se aos festejos”.
“Este ano foi muito significativo na história da ex-Birmânia, porque aos cristãos foi permitido celebrar o Natal com a população, publicamente, pelas ruas. Este Festival de Natal teve o objetivo de promover a coesão social, a compreensão inter-religiosa e a amizade entre os cidadãos”, declarou à Agência Fides padre Thet Tin, pároco local. Já o leigo católico Toe Toe recorda que “Natal significa mostrar e dar o amor de Cristo à humanidade”.
Thant Shwe, cidadão budista, declarou à Fides ter “apreciado o Festival” acompanhado de sua esposa, “sublinhando que o Natal é uma festa que tem valor para todos os homens e não somente para os cristãos”.
O Festival de Natal da cidade de Yangun – observam os cristãos birmaneses – será recordado como o maior encontro ecumênico e inter-religioso, especialmente com a população budista, na história de Mianmar.
Phyo Min Thein, Primeiro Ministro do governo regional de Yangun, prometeu à população que o Festival de Natal terá continuidade nos próximos anos. Fonte: http://www.vaticannews.va
Vinte e três missionários foram assassinados no mundo em 2017
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Segundo dados coletados pela agência missionária Fides, de 2000 a 2016 foram mortos no mundo 424 agentes pastorais, dos quais cinco bispos.
Cidade do Vaticano
Vinte e três missionários foram assassinados em 2017: é o que afirma o relatório anual de fim de ano publicado pela agência Fides, da Congregação para a Evangelização dos Povos.
Missionários assassinados são a ponta do iceberg
Segundo a divisão continental, pelo oitavo ano consecutivo, o número mais elevado se registra na América, onde foram mortos 11 agentes pastorais (8 sacerdotes, 1 religiosos e 2 leigos), seguido pela África, onde foram mortos 10 agentes pastorais (4 sacerdotes, 1 religiosa e 5 leigos); na Ásia foram assassinados 2 agentes pastorais (1 sacerdote e 1 leigo).
Segundo dados coletados pela agência missionária, de 2000 a 2016 foram mortos no mundo 424 agentes pastorais, dos quais cinco bispos.
Agentes pastorais mortos de modo violento
Já de há muito, o elenco anual da Fides não diz respeito somente aos missionários ad gentes(além-fronteiras), mas busca registrar todos os agentes pastorais mortos de modo violento, não expressamente “por ódio à fé”.
Por isso se prefere não usar o termo “mártires”, a não ser em seu significado etimológico de “testemunhas”, para não entrar no mérito do juízo que a Igreja poderá eventualmente dar sobre alguns deles, e que procuramos em todo caso documentar nesse mesmo contexto anual.
Mortos em contextos onde falta respeito pela vida e todo e qualquer direito humano
Muitos agentes pastorais foram mortos durante tentativas de assalto ou furto, perpetradas inclusive com ferocidade, em contextos de pobreza econômica e cultural, de degradação moral e ambiental, onde a violência e vilipêndio assumem forma de comportamento, na ausência total de respeito pela vida e por todo e qualquer direito humano.
Em todas as latitudes sacerdotes, religiosas e leigos partilham com o povo a mesma vida diária, levando o valor específico de seu testemunho evangélico como sinal de esperança.
Muitos agentes pastorais são vítimas de violência por causa da fé
Os assassinados são a ponta do iceberg, vez que é longo o elenco de agentes pastorais, ou de simples católicos, agredidos, espezinhados, ameaçados, bem como de estruturas católicas a serviço de toda a população assaltadas, vandalizadas ou saqueadas.
Deve-se, além disso, acrescentar a longa lista de muitos, dos quais jamais se terá notícia ou dos quais jamais se conhecerão os nomes, que em todos os cantos do planeta sofrem e pagam com a vida sua fé em Jesus Cristo.
Raramente os assassinos de padres ou religiosas são identificados ou condenados
O relatório destaca a condenação do mandante do assassinato do missionário jesuíta espanhol Vicente Canas, morto no Brasil em 1987. No primeiro processo, realizado –quase vinte anos depois – em 2006, os imputados foram absolvidos por falta de provas; o novo processo, de 29 e 30 de novembro, levou à condenação do mandante, único sobrevivente dos imputados.
(Agência Fides). Fonte: http://www.vaticannews.va
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