Os 37 anos do assassinato de Dom Romero e a concelebração no Vaticano com o Papa Francisco
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Na próxima sexta-feira, 24 de março, por ocasião do 37º aniversário do assassinato de Dom Oscar Arnulfo Romero, o Papa Francisco presidirá uma concelebração eucarística em memória do evento. Participarão da Santa Missa alguns bispos e sacerdotes salvadorenhos presentes em Roma naqueles dias. A notícia foi confirmada por Dom León Kalenga, núncio apostólico no país centro-americano. A reportagem é de Francesco Gagliano, publicada no sítio Il Sismografo, 13-03-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O bispo mártir foi beatificado no dia 23 de maio de 2015 em San Salvador, e, atualmente, estão chegando à Congregação para as Causas dos Santos os documentos do processo diocesano que teria confirmado um milagre do bem-aventurado. Portanto, torna-se mais concreta a possibilidade de que, em breve, poderá ser aberto o caminho da canonização do arcebispo.
Nesse domingo, na presença das máximas autoridades do Estado, foram lembrados com uma missa os quatro anos do pontificado de Jorge Mario Bergoglio. Dom Oswaldo Escobar, a respeito do próximo aniversário do martírio de Dom Romero, agradeceu mais uma vez ao Santo Padre por ter autorizado a beatificação tão esperada. O prelado também acrescentou: “Esperamos que seja ele mesmo que presida a canonização do nosso amado arcebispo mártir”.
De sua parte, o presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, quis anunciar, com uma nota escrita, que acompanhará os bispos ao Vaticano e renovará ao papa o convite para visitar o país. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Silêncio trata dos percalços do cristianismo no antigo Japão
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Beleza, horror e fé estão juntos neste que é um dos filmes mais importantes da temporada
Em meio à polêmica que pautou o Oscar deste ano, envolvendo o vencedor Moonlight – Sob a Luz do Luar e o mais “popular” La La Land – Cantando Estações, algo ficou claro. A temporada foi contemplada por outros títulos mais consistentes e incisivos que sequer foram indicados. É o caso de Silêncio, dirigido por Martin Scorsese, uma adaptação do livro homônimo de 1966, escrito pelo autor católico japonês Shusaku Endo (em 1971, o diretor Masahiro Shinoda já havia transformado a história no filme Chinmoku). O enredo e alguns personagens são fictícios, mas a obra é calcada em fatos reais. Ex-seminarista, Scorsese coloca em seus trabalhos questionamentos sobre a pratica cristã e por mais de 30 anos quis fazer a própria versão de Silêncio, que é um dos longas mais pessoais já feitas pelo cineasta.
No século 17, o governo japonês exterminava de maneira cruel o cristianismo do país. Os jesuítas que ainda se encontravam por lá eram torturados das formas mais horrendas possíveis, sendo que a decapitação e a crucificação são as práticas mais comuns. Mas eles também eram queimados vivos, esfolados e colocados para sangrar como se fossem gado. Os convertidos eram obrigados a renegar Cristo, ou teriam o mesmo destino dos jesuítas. No meio disso, em 1640, o Padre Rodrigues (Andrew Garfield) e o Padre Garrupe (Adam Driver) vão conversar com o superior deles, Padre Valignano (Ciarán Hinds), e são informados de que um importante jesuíta, o Padre Ferreira (Liam Neeson), que foi para o Japão com intenção de disseminar o cristianismo, teria perdido a fé e abandonado a causa. Ferreira, vivendo em Nagasaki, agora teria adotado o estilo de vida japonês e, além de pregar o budismo, a religião de lá, também seria um blasfemo, tendo até pisado na imagem de Jesus Cristo. Ferreira foi mentor e professor de Rodrigues e Garrupe, que não acreditam no relato e pedem permissão para ir até o Japão. Mesmo sem conhecer a língua e os costumes locais e munidos apena de fé, eles desembarcam em um ambiente hostil, deparando-se com aldeias dizimadas, igrejas destruídas e repressão por todos os cantos. O guia deles é Kichijiro (Yosuke Kubozuka), que a princípio pode parecer um simples alívio cômico, mas se revela muito mais dúbio e trágico do que aparenta – ele é o Judas de Rodrigues e Garrupe.
A missão de Garfield e Garrupe no Japão é similar à do Capitão Willard (Martin Sheen) no Vietnã em Apocalypse Now. No clássico de Francis Ford Coppola, o militar vai até o distante Vietnã para executar o renegado Coronel Kurtz (Marlon Brando). Mas se em Apocalypse Now o capitão Willard se deparava com um Kurtz insano, apostando na anarquia e no niilismo da guerra, o encontro de Rodrigues com Ferreira tem outro efeito. O padre apóstata se encontra em plena faculdade mental. Ele diz ao discípulo que o Japão não necessita de outro Deus ou de qualquer outra alternativa religiosa. Fala que os nativos estão muito satisfeitos com a fé que seguem e não estão interessados em interferência externa. E também confronta Rodrigues, argumentado que a jornada dele é apenas uma demonstração de ego. Ao enfrentar uma dolorosa carga de sacrifícios e provações, ele quer apenas se igualar a Jesus Cristo.
Quem também está de olho em Rodrigues é o governador Inoue Masashige (Issey Ogata), também conhecido como O Inquisidor. Com ameaças veladas e usando fatos e bons argumentos, o governador quer cooptar Rodrigues. “O Japão é um imenso pântano. Nada cria raízes aqui”, ele fala, reforçando que é bobagem tentar implementar o cristianismo no país.
Com mais de duas horas e meia de duração, e sem nenhuma trilha sonora para aliviar a tensão, Silêncio é austero, espartano e rigoroso. Com atuações esplêndidas e que exigiram muito dos atores tanto emocional quanto fisicamente, é um filme que também demanda enorme concentração e esforço por parte do público. Scorsese não toma partido. Não compromete a visão com sentimentalismo ou algum sermão desnecessário. Beleza, horror e fé estão juntos neste que é um dos filmes seminais da temporada.Fonte: http://rollingstone.uol.com.br
MEDO DO MEDO... Frei Petrônio.
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Papa Francisco: verdadeiro jejum é ajudar os outros
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O verdadeiro jejum, agradável a Deus, foi o tema da homilia do Papa Francisco na missa celebrada manhã desta sexta-feira (03/03), na Capela da Casa Santa Marta.
As leituras do dia falam do jejum, isto é – explica o Papa – “da penitência a que somos convidados a fazer no tempo da Quaresma” para aproximar-nos ao Senhor. A Deus agrada “o coração penitente” – diz o Salmo – “o coração que se sente pecador e sabe ser pecador”.
Na primeira leitura – tirada do Livro do Profeta Isaías – Deus repreende a falsa religiosidade dos hipócritas que jejuam enquanto cuidam dos próprios negócios, oprimem os operários e brigam “ferindo com punhos iníquos”.
Por um lado fazem penitência e por outro cometem injustiças, fazendo “negócios sujos”. O Senhor, ao contrário, pede um jejum verdadeiro, atento ao próximo:
“O outro é o jejum “hipócrita” – é a palavra que Jesus tanto usa – é um jejum para se mostrar ou para sentir-se justo, mas ao mesmo tempo cometem injustiças, não são justos, exploram as pessoas. “Mas eu sou generoso, farei uma bela oferta à Igreja” – 'Mas me diga, tu pagas o justo às tuas domésticas? Paga teus funcionários sem assinar a carteira? Ou como quer a lei, para que possam dar de comer aos seus filhos?’”.
O Papa Francisco fala de um caso ocorrido logo após a II Guerra Mundial com o Padre jesuíta Padre Arrupe, quando era missionário no Japão. Um rico homem de negócios fez a ele uma doação para actividades de evangelização, mas o acompanhava um fotógrafo e um jornalista. O envelope continha somente 10 dólares:
“Nós também fazemos o mesmo quando não pagamos o justo à nossa gente. Pegamos de nossas penitências, de nossos gestos, do jejum, da esmola, aceitamos uma propina: o suborno da vaidade, de se mostrar. Isso não é autenticidade, é hipocrisia. Por isso, quando Jesus diz ‘Quando vocês rezarem, entrem no seu quarto, fechem a porta, no escondido, quando derem esmola não faça soar a trombeta, quando jejuar não fiquem tristes. É o mesmo que dizer: Por favor, quando vocês fizerem uma boa obra não aceitem propina desta boa obra, é somente para o Pai.”
O Papa citou o Profeta Isaías, quando o Senhor fala aos hipócritas sobre o jejum verdadeiro. Palavras significativas também “para os nossos dias”:
“Não é este o jejum que escolhi: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, e romper todo tipo de sujeição? Não consiste talvez em dividir o pão com o faminto, deixar entrar em casa os pobres, os sem-abrigo, vestir o que está nu sem transcurar os próprios parentes? Pensemos nestas palavras, pensemos em nosso coração, como nós jejuamos, rezamos, damos esmolas. Nos ajudará também a pensar: o que sente um homem depois de um jantar, que custou 200 euros, por exemplo, e volta para casa, vê um faminto, não olha para ele e continua caminhando? Nos fará bem pensar nisso.” Fonte: http://br.radiovaticana.va
O Frei ameaçado pela bauxita
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Há 15 dias, logo após celebrar a missa dominical pela manhã, Frei Gilberto Teixeira, franciscano da Fraternidade Santa Maria dos Anjos, pároco da igreja de Santo Antônio, em Belisário, distrito de Muriaé, uma das cidades no entorno da Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata de Minas Gerais, recebeu uma estranha visita. Não era nenhum paroquiano conhecido. Tampouco alguém que já tivesse visto pela cidade. O diálogo, à porta fechada, no salão paroquial, deu-se mediante a ameaça de uma arma. O recado foi simples, direto e contundente, como o próprio religioso relatou depois:
“Frei, o senhor está falando demais em mineração. Estou vindo aqui só para dar um aviso. Da próxima vez, se eu vier, não será agradável para o senhor. É para o senhor parar de falar de mineração nos seus espaços e aonde o senhor for”. A reportagem é de Marcelo Auler, publicada por seu blog, 05-03-2017.
A ameaça veio acompanhada de detalhes da vida do frei. O desconhecido deixou claro que o religioso vem sendo seguido, seja pessoalmente, seja – como suspeitam alguns na região -, pelo rastreamento do seu celular (*). Utensílio que depois da visita ele abandonou, como descreveu o biólogo Luiz Paulo Guimarães de Siqueira, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM.
Outro detalhe importante é que, no sábado anterior (18/02) ele presidiu uma reunião para discutir a Campanha da Fraternidade de 2017. O tema deste ano está relacionado aos biomas brasileiros. A Diocese de Leopoldina – município a 61 quilômetros de distância, à qual a Igreja de Santo Antônio pertence – escolheu o distrito de Belisário para representar a zona da Mata Mineira, em parceria com biólogos e ativistas ambientais. Na reunião falou-se sobre a mineração e o pistoleiro que visitou Frei Gilberto soube descrever com detalhes o que havia passado durante o encontro. Siqueira, recorda do relato feito pelo frei após a ameaça sofrida:
“O sujeito falou que sabia onde o frei esteve na semana anterior, mencionou que ele passou três dias em Contagem (cidade na região metropolitana de Belo Horizonte), que parou em Ouro Preto, almoçou em Rosário de Limeira. Demonstrou que de alguma forma ele estava rastreando o frei. Nós acreditamos que seja através do celular do Frei Gilberto.”
A ameaça foi devidamente registrada na Polícia de Muriaé e o religioso, de imediato, recebeu a solidariedade e o apoio do bispo Dom José Eudes Campos do Nascimento, da Diocese de Leopoldina. Na nota, porém, o bispo omite qualquer problema com a mineração e apenas menciona o trabalho do religioso em defesa dos pequenos produtores rurais. Fato que descontentou a muitos militantes da causa ecológica na região, pois a ameaça maior que estes produtores sofrem hoje vem da tentativa de exploração da bauxita (rocha de cor vermelha formada principalmente por óxido de alumínio, principal fonte natural de alumínio).
Na nota (veja abaixo), o bispo destaca o trabalho do religioso e lembra o assassinato da irmã Dorothy Stang, com seis tiros, aos 73 anos de idade, em fevereiro de 2005, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no Estado do Pará:
“Frei Gilberto, em sua função missionária, como deve ser, vem prestando assistência e apoio aos pequenos agricultores de sua comunidade, na luta contra a espoliação de suas terras e a degradação das áreas de lavouras familiares. Em nosso País, como temos assistido com muita dor, os ditos “grandes empreendimentos” não suportam argumentação que contrarie seus planos, sabedores de que sempre sairão vitoriosos. Pelo que, ignoram qualquer bem-estar ou direito dos fracos. Se entender necessário, desprezam até mesmo a vida humana dos contraditores. Irmã Dorothy é uma das nossas mais recentes e dolorosas memórias…” Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Igreja e pedofilia: 600 queixas por ano, desde 2004 foram expulsos 900 padres.
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Na última década, entes da Igreja dos EUA desembolsaram quase US $ 3 bilhões para resolver ações judiciais. A "linha dura" de Bento XVI e Francisco está longe de ter resolvido o problema. A informação é publicada por Leggo, 01-03-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.
O flagelo do abuso de menores por parte do clero alastrou-se como fogo em todo o mundo e chegou-se a 800 denúncias em um único ano no Vaticano. Era o ano de 2004, mas mesmo nos últimos anos os casos submetidos ao ex-Santo Ofício estão em torno de 600 por ano. Essas, contudo, são as denúncias do tipo "canônico", de acordo com dados fornecidos pelo Vaticano há alguns anos, mas ainda restam os inquéritos judiciais abertos pelos tribunais civis. Um enorme escândalo que levou o Papa Bento XVI, desde sua época como cardeal e Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (a instituição do Vaticano que lida com o assunto) a levantar os tapetes sob os quais estava escondida a “sujeira” e decidir por uma "tolerância zero".
Em dez anos, 900 sacerdotes voltaram ao estado laical. Essa diretriz foi confirmada e reforçada pelo Papa Francisco, que tomou uma série de decisões radicais. Inclusive a de processar, no Vaticano, um Núncio, alto expoente da diplomacia, como no caso de Jozef Wesolowski, que morreu, no entanto, antes da instauração do processo. Em dez anos, de 2004 a 2013, foram cerca de 900 sacerdotes que voltaram ao estado laical. Praticamente ‘expulsos’ das hierarquias e impossibilitados de continuar no seu ministério sacerdotal. Esses são os últimos números divulgados pelo Vaticano por ocasião da investigação aberta na ONU pelo Comitê contra a Tortura. Contudo não é enorme apenas o número de casos e países envolvidos no escândalo de pedofilia cometida por clérigos, gigantescos também foram os valores já desembolsados em algumas circunstâncias pelos crimes cometidos por clérigos.
Na Igreja dos EUA foram 3 bilhões em acordos e custos legais. Somente a Igreja dos Estados Unidos desembolsou ao longo da última década, quando as denúncias vieram à tona e foram envolvidos também os Tribunais de Justiça, quase US $ 3 bilhões, entre acordos, terapias e custos legais. Nesse contexto, o caso de Boston é emblemático. O cardeal atual dessa cidade, Sean Patrick O 'Malley, escolhido pelo Papa Francisco para presidir a Comissão vaticana sobre pedofilia, após ter ‘herdado’ a difícil situação criada pelo seu antecessor, Bernard Francis Law, decidiu vender o palácio oficial e escolheu para si uma residência comum, justamente para poder ressarcir as vítimas de pedofilia. Dados mais recentes vêm da Austrália, onde resulta que 7% dos padres católicos são acusados de cometer abuso sexual de menores desde 1950. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Em São Paulo, padre critica machismo, homofobia e Bolsonaro
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Um padre da cidade de São Paulo está chamando a atenção nas redes sociais. Em sermão pregado no último domingo, 5, Julio Lancelotti usou o gancho do Dia Internacional da Mulher, que será celebrado no dia 8, para criticar o machismo, a homofobia e Bolsonaro, alguém que "propõe a violência e o assassinato dos gays" e que "a mulher deve ser submissa".
O vídeo tem, até a manhã desta terça-feira, 7, quase 150 mil visualizações. Nas imagens, o padre afirma que, para celebrar o Dia Internacional da Mulher, não basta dar o parabéns.
"Você tem que ser alguém que mude a cabeça e a forma de pensar para que não haja mais a cultura do estupro, onde os meninos pensam que são mais fortes do que as meninas ou que eles podem fazer o que quiserem e as meninas, não".
O religioso também criticou o uso das redes sociais para divulgar conteúdos que prejudiquem as mulheres. "Tratar as mulheres de maneira moralista e de maneira a destruir a sua dignidade, isso é inaceitável e hoje é crime. Nossos jovens têm que tomar muito cuidado nas redes sociais", declarou.
Julio Lancelotti também destacou que o machismo é aprendido em casa. "Temos que dizer aos meninos, na educação, que eles têm que respeitar as meninas e que o corpo delas é tão sagrado quanto o corpo de todos - e que o corpo dela não pode ser tocado sem que ela aceite ou queira", afirmou.
Ele também criticou Bolsonaro e seus apoiadores. "Em uma sociedade como a nossa, fico impressionado aparecer nas pesquisas que uma pessoa homofóbica e violenta como Bolsonaro seja seguida por tanta gente no Brasil. Isso é vergonhoso", declarou.
"Alguém que propõe a violência, o assassinato e o extermínio dos gays, ou que o homem é mais importante do que a mulher e que ela tem que ser submissa... Isso é inaceitável no tempo em que vivemos". Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br
Justiça determina demolição de igreja em MG e causa revolta entre fiéis
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Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Esmeraldas (MG), que recebeu ordem de reintegração de posse da Justiça para desocupar o terreno.
A Justiça de Minas Gerais concedeu a uma imobiliária reintegração de posse de um terreno onde atualmente está localizada a Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Esmeraldas (MG), região metropolitana de Belo Horizonte.
Com isso, a construção, que ocupa aproximadamente 3.500 m², pode ser demolida, o que vem causando revolta na comunidade. "Nós vamos ficar dentro da igreja e eles vão ter de derrubá-la na nossa cabeça", diz, exaltada, a moradora Ilza Helena Silva.
O processo agora foi para o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), já que a Arquidiocese de Belo Horizonte afirmou ter entrado com recurso no tribunal após sentença de primeira instância favorável à imobiliária, que está localizada na cidade de Contagem, também na região metropolitana da capital mineira.
Na sentença, a juíza Cirlaine Maria Guimarães, da comarca de Esmeraldas, declarou que, após estudo pericial feito na área, "ficou demonstrado que a área efetivamente ocupada pela Mitra Arquidiocesana está inserida no imóvel da autora [da ação, a imobiliária]".
O dono disse ter comprado a propriedade legalmente de um homem que havia se tornado o proprietário das terras por usucapião. O empresário Clóvis Nogueira Amaral, 88, afirmou ter procurado os moradores e a igreja por mais de uma vez. Ele disse ter comprado a área no início da década de 1980.
"Eu os procurei por muitas vezes. A área pertence a mim. Construíram sabendo que era meu, e a Igreja [Católica] também sabia que era meu", se defendeu Amaral, dizendo já ter feito loteamentos na região para serem comercializados.
A igreja, por meio da assessoria da Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte, informou que recebeu determinação judicial para a desocupação do terreno no início de fevereiro.
O padre Joaquim Fonseca, 68, disse que no processo judicial constam documentos que comprovariam a doação das terras para a Igreja Católica feita por um fazendeiro da região, que já teria morrido. "A igreja já está lá há mais de 20 anos. O terreno foi um doado por um antigo morador do bairro que era dono. Ele fez o ato de doação à igreja, com todo o registro exigido por lei, em 1994. O que nos deixa perplexo é o fato de a imobiliária, que se diz dona do terreno, ter deixado a comunidade construir a igreja tranquilamente."
Dízimo e comunidade ergueram centro de encontros
Conforme Ilza Helena Silva, a igreja foi erguida com a ajuda dos moradores e, desde então, passou a ser um centro de referência religioso e de união da comunidade. Residente no bairro há 26 anos, ela revela o temor dos moradores com a possibilidade de perder a igreja.
"A gente recolhia dízimo para ajudar na construção da igreja. Ficamos sem chão quando recebemos a notícia e estamos numa tristeza profunda. Lá é como se fosse a minha casa. Parece que morreu alguém da família", contou.
Ela disse ainda que o local presta serviços comunitários, como oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes, além de realizar festas populares.
A mulher afirmou que os moradores estão de vigília e prometem resistir. "Mas, se Deus quiser, isso não vai acontecer. Se precisar, nós vamos ficar dentro da igreja. Vão passar a máquina com a gente lá dentro."
De acordo com ela, os fiéis e moradores pretendem realizar várias ações para tentar preservar a igreja. Eles criaram uma página no Facebook intitulada "Diga Não à Demolição", que já recebeu mais de mil curtidas.
Neste sábado (4), acontece uma manifestação nas proximidades da edificação contra a derrubada da igreja. As pessoas vão vestir roupas brancas e haverá uma procissão, seguida por cavalgada e carreata. Fonte: https://noticias.uol.com.br
1º Domingo da Quaresma: Pequenas coisas que partem do coração- O Jejum.
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Dom José Gislon
Bispo de Erexim (RS)
Estimados Diocesanos! Neste tempo de Quaresma, a mãe Igreja propõe aos seus filhos e filhas a prática do jejum. A Bíblia Sagrada menciona o jejum de quarenta dias de Moisés, do profeta Elias e principalmente aquele de Jesus Cristo.
Moisés por dois períodos de quarenta dias esteve sobre a montanha de Deus fazendo jejum. Num primeiro momento, para receber as tábuas da lei; em um segundo, para aplacar a ira de Deus e implorar a sua misericórdia sobre o povo que tinha se afastado do Deus que o havia libertado da escravidão do Egito.
O jejum do profeta Elias é o jejum de quem caminha no deserto, de quem vai para um encontro com o Senhor. É o jejum que o prepara para encontrar-se com Deus, para escutar a sua voz e estar na sua presença.
O jejum dos quarenta dias de Jesus o prepara para combater contra o mal e assim obter a vitória sobre as tentações do inimigo, mantendo-se fiel à Palavra de Deus. Neste contexto, durante a Quaresma, os quarenta dias de jejum de cada cristão tem por finalidade a penitência para obter o perdão dos pecados, a preparação ascética para o encontro com Deus e para combater as tentações e o maligno, guiados pelo exemplo e pela ajuda de Jesus Cristo.
Em sua mensagem para a Quaresma de 2009, o Papa Bento XVI lembrou que os Padres da Igreja sempre valorizaram o jejum como forma de abrir no coração do fiel a estrada para Deus. Na mesma mensagem, mencionou São Pedro Crisólogo, que em um de seus sermões escreveu: “O jejum é a alma da oração; e a misericórdia, a vida do jejum, por isso, quem reza, jejue. Quem jejua, tenha misericórdia. Quem, ao pedir deseja ser ouvido, ouça a quem lhe dirige um pedido. Quem quer encontrar aberto o coração de Deus para si não feche o seu a quem o suplica”.
Podemos cair na tentação de fazermos grandes propósitos neste tempo de Quaresma, correndo o risco de não realizá-los. Na verdade, é mais prudente partir das pequenas coisas e dos pequenos propósitos, que estejam ao alcance do nosso coração e podem ter um grande significado espiritual para a nossa vida particular, familiar e comunitária.
Tende todos um bom domingo. Fonte: http://www.cnbb.org.br
01º Domingo da Quaresma: Um olhar.
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Tema do 1º Domingo da Quaresma
No início da nossa caminhada quaresmal, a Palavra de Deus convida-nos à “conversão” – isto é, a recolocar Deus no centro da nossa existência, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade – os seus projetos.
O Evangelho apresenta, de forma mais clara, o exemplo de Jesus. Ele recusou – de forma absoluta – uma vida vivida à margem de Deus e dos seus projetos. A Palavra de Deus garante que, na perspectiva cristã, uma vida que ignora os projetos do Pai e aposta em esquemas de realização pessoal é uma vida perdida e sem sentido; e que toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas é uma tentação diabólica e que o cristão deve, firmemente, rejeitar.
ATUALIZAÇÃO ( EVANGELHO – Mt 4,1-11)
A questão essencial que a Palavra de Deus hoje nos propõe é, portanto, esta: Jesus recusou, de forma absoluta, conduzir a sua vida à margem de Deus e das suas propostas. Para Ele, só uma coisa é verdadeiramente decisiva e fundamental: a comunhão com o Pai e o cumprimento obediente do seu projeto… E nós, seguidores de Jesus? É essa também a nossa perspectiva? O que é que é decisivo na minha vida: as propostas de Deus, ou os meus projetos pessoais?
- Quando o homem esquece Deus e as suas propostas, e se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, facilmente cai na escravidão de outros deuses que, no entanto, estão longe de assegurar vida plena e felicidade duradoura. Quais são os deuses que, hoje, dominam o horizonte desse homem moderno que prescindiu de Deus? Quais são os deuses que estão no centro da minha própria vida e que condicionam as minhas decisões e opções?
- Deixar-se conduzir pela tentação dos bens materiais, do acumular mais e mais, do subordinar toda a vida à lógica do “ter mais”, é seguir o caminho de Jesus? Olhar apenas para o seu próprio conforto e comodidade, fechar-se à partilha e às necessidades dos outros, pagar salários de miséria e malbaratar fortunas em noitadas de jogo ou em coisas supérfluas… é seguir o exemplo de Jesus?
- Usar Deus ou os seus dons para saciar a nossa vaidade, para promover o nosso êxito pessoal, para brilhar, para dar espetáculo, para levar os outros a admirar-nos e a bater-nos palmas… é seguir o exemplo de Jesus?
- Procurar o poder a todo o custo (às vezes, entregando ao diabo os nossos valores mais importantes e as nossas convicções mais sagradas) e exercê-lo com prepotência, com intolerância, com autoritarismo (quantas vezes humilhando e magoando os pobres, os débeis, os humildes)… é seguir o exemplo de Jesus?
*Leia na íntegra no olhar- Seção: EVANGELHO DO DIA. Clique e terá a reflexão completa.
OLHAR DE CONVERSÃO: Frei Petrônio.
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O verdadeiro significado do jejum desejado por Deus nesse tempo de Quaresma: Papa Francisco.
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O verdadeiro jejum é socorrer o próximo;, o falso mistura religiosidade com os negócios sujos e tangentes da vaidade. Essas foram palavras do Papa Francisco na Missa desta sexta-feira, 3, na Casa Santa Marta.
As leituras do dia falam do jejum, isso é, explica o Papa, da penitência que os católicos são chamados a fazer neste tempo de Quaresma para se aproximar de Deus. Conforme diz o Salmo, Deus aprecia o coração penitente, o coração que se sente pecador e sabe ser pecador.
Na Primeira Leitura, tirada do Livro do profeta Isaías, Deus repreende a religiosidade dos hipócritas que fazem jejum enquanto cuidam dos próprios negócios, oprimem os trabalhadores e brigam batendo com punhos desleais. Por um lado, explicou o Papa, fazem penitência e por outro cometem injustiças, fazendo negócios sujos. Deus, em vez disso, pede um jejum verdadeiro, atento ao próximo.
“O outro é o jejum hipócrita, é a palavra que Jesus tanto usa, é um jejum para se fazer ver ou para sentir-se justo, mas nesse meio de tempo fiz injustiças, não sou justo, exploro as pessoas. ‘Mas eu sou generoso, farei uma bela oferta à Igreja’ – ‘Mas, diga-me, você paga o salário justo às tuas domésticas? Aos teus funcionários deixa de pagar o que é justo? Ou como quer a lei para que possam dar de comer aos seus filhos?”.
O Santo Padre contou como exemplo uma história que aconteceu logo após a Segunda Guerra Mundial com o padre jesuíta Pedro Arrupe, quando era missionário no Japão. Um rico homem de negócios fez-lhe uma doação para a sua atividade evangelizadora, mas com ele havia um fotógrafo e um jornalista. O envelope continha apenas 10 dólares.
“Isso é o mesmo que nós fazemos quando não pagamos o justo ao nosso povo. Nós tomamos das nossas penitências, dos nossos gestos de oração, de jejum, de esmola, tomamos uma tangente: a tangente da vaidade, do fazer-se ver. E aquilo não é autenticidade, aquilo é hipocrisia. Por isso, quando Jesus diz: ‘Quando rezar faça-o escondido, quando você der esmola não toque a trombeta, quando jejuar não se faça melancólico’, é o mesmo que dissesse: ‘Por favor, quando fizer uma boa obra não tome a tangente desta obra boa, é somente para o Pai”.
Francisco citou, nesse ponto, o profeta Isaías, onde o Senhor diz aos hipócritas qual é o verdadeiro jejum. Palavras que parecem ditas aos dias de hoje.
“’Não é esse o jejum que quero: soltar as correntes injustas, desatar as correias do jugo, colocar em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não consiste em dividir o pão com o faminto, introduzir em casa os miseráveis, sem teto, em vestir um nu sem negligenciar seus parentes?’ Pensemos nestas palavras, pensemos no nosso coração, como nós jejuamos, rezamos, damos esmolas. E também nos ajudará pensar o que um homem sente depois que paga 200 euros em um jantar, por exemplo, e volta pra casa e vê um faminto e não olha pra ele e continua a caminhar. Fará a bem a nós pensar nisso”. Fonte: http://br.radiovaticana.va
“As aparições de Medjugorje não são autênticas”, afirma bispo de Mostar
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O artigo publicado há dois dias pelo bispo de Mostar (Bósnia e Herzegovina), sob cuja jurisdição Medjugorje atualmente se encontra, é muito significativo, começando pelo título. “As aparições dos primeiros sete dias em Medjugorje” é uma acusação com a qual dom Ratko Peric, desde sempre contra qualquer credibilidade ao fenômeno, procura desmantelar as “aparições” precisamente em sua primeira fase, utilizando material já conhecido e publicado há muitos anos. Essa fase sobre a qual a comissão criada por Bento XVI e conduzida pelo cardeal Camilo Ruini reconheceu, ao contrário, elementos sobrenaturais.
Peric ressaltou o ‘estranho tremor’ que um dos videntes, Ivan Dragicevic, “na conversa com o capelão, frei Zrinko Cuvalo (1936-1991), disse ter percebido, no primeiro dia, um ‘tremor’ das mãos da aparecida. Qual ‘tremor’? Tal percepção pode suscitar não só uma forte suspeita, como também uma profunda convicção de que não se trata de uma autêntica aparição da Beata Virgem Maria”.
Outras críticas do bispo estão relacionadas com a data e o aniversário das ‘supostas aparições’, que se iniciaram no dia 24 de junho de 1981, ainda que se tenha decidido que a festa anual se celebre no dia 25 de junho, dia em que supostamente todos os videntes teriam presenciado as aparições...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
O JEJUM DA MENTIRA: Frei Petrônio.
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Mensagem do Papa Francisco por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade 2017.
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Queridos irmãos e irmãs do Brasil!
Desejo me unir a vocês na Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2017, tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, lhes animando a ampliar a consciência de que o desafio global, pelo qual toda a humanidade passa, exige o envolvimento de cada pessoa juntamente com a atuação de cada comunidade local, como aliás enfatizei em diversos pontos na Encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado de nossa casa comum.
O criador foi pródigo com o Brasil. Concedeu-lhe uma diversidade de biomas que lhe confere extraordinária beleza. Mas, infelizmente, os sinais da agressão à criação e da degradação da natureza também estão presentes. Entre vocês, a Igreja tem sido uma voz profética no respeito e no cuidado com o meio ambiente e com os pobres. Não apenas tem chamado a atenção para os desafios e problemas ecológicos, como tem apontado suas causas e, principalmente, tem apontado caminhos para a sua superação. Entre tantas iniciativas e ações, me apraz recordar que já em 1979, a Campanha da Fraternidade que teve por tema “Por um mundo mais humano” assumiu o lema: “Preserve o que é de todos”. Assim, já naquele ano a CNBB apresentava à sociedade brasileira sua preocupação com as questões ambientais e com o comportamento humano com relação aos dons da criação.
O objetivo da Campanha da Fraternidade deste ano, inspirado na passagem do Livro do Gênesis (cf. Gn 2,15), é cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho. Como “não podemos deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas” (LS, 43), esta Campanha convida a contemplar, admirar, agradecer e respeitar a diversidade natural que se manifesta nos diversos biomas do Brasil – um verdadeiro dom de Deus - através da promoção de relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles vivem. Este é, precisamente, um dos maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais.
Os povos originários de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem nos oferecem um exemplo claro de como a convivência com a criação pode ser respeitosa, portadora de plenitude e misericordiosa. Por isso, é necessário conhecer e aprender com esses povos e suas relações com a natureza. Assim, será possível encontrar um modelo de sustentabilidade que possa ser uma alternativa ao afã desenfreado pelo lucro que exaure os recursos naturais e agride a dignidade dos pobres.
Todos os anos, a Campanha da Fraternidade acontece no tempo forte da Quaresma. Trata-se de um convite a viver com mais consciência e determinação a espiritualidade pascal. A comunhão na Páscoa de Jesus Cristo é capaz de suscitar a conversão permanente e integral, que é, ao mesmo tempo, pessoal, comunitária, social e ecológica. Reafirmo, assim, o que recordei por ocasião do Ano santo Extraordinário: a misericórdia exige “restituir dignidade àqueles que dela se viram privados” (Misericordia vultus, 16). Uma pessoa de fé que celebra na Páscoa a vitória da vida sobre a morte, ao tomar consciência da situação de agressão à criação de Deus em cada um dos biomas brasileiros, não poderá ficar indiferente.
Desejo a todos uma fecunda caminhada quaresmal e peço a Deus que a Campanha da Fraternidade 2017 atinja seus objetivos. Invocando a companhia e a proteção de Nossa Senhora Aparecida sobre todo o povo brasileiro, particularmente neste Ano mariano, concedo uma especial Bênção Apostólica e peço que não deixem de rezar por mim.
Vaticano, 15 de fevereiro de 2017.
Fonte: http://br.radiovaticana.va
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