HOJE, DIA 3. São Brás, padroeiro das enfermidades da garganta e dos laringologistas
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São Brás, médico e Bispo do Sebaste, Armênia, era conhecido por obter curas milagrosas com sua intercessão. Certo dia, salvou um menino que estava sufocando por uma espinha de peixe agarrado na garganta. Foi daí que surgiu o costume de abençoar as gargantas no dia de sua festa, 3 de fevereiro.
São Brás nasceu no seio de uma família pomposa, de pais nobres. Recebeu educação cristã e se consagrou como Bispo quando era ainda muito jovem. Com a perseguição aos cristãos, por inspiração divina, retirou-se a uma cova nas montanhas, frequentada por feras selvagens, às quais o santo atendia e curava quando estavam doentes.
Quando alguns caçadores foram procurar animais para os jogos da areia no bosque do Argeus, encontraram muitos deles que estavam esperando fora da cova onde estava São Brás.
O santo justo se encontrava orando e foi tomado prisioneiro. Agrícola, governador da Capadócia, buscou fazer com que São Brás renegasse a fé, mas não conseguiu. O tempo na prisão serviu ao santo para interceder a Deus e obter curas para alguns detentos.
Ele sofreu muitas ameaças e flagelos para que renunciasse a fé, mas, por amor a Cristo e à Igreja, renunciou à própria vida e foi decapitado no ano de 316.
São Brás foi um Pastor muito querido pelos fiéis. Durante o seu cativeiro, na escuridão do calabouço, obteve de presente de algum de seus amigos um par de velas, com as quais recebia luz e calor. Por isso, na representação iconográfica, o santo aparece portando duas velas. Fonte: http://fgsaraiva.blogspot.com.br
CAPÍTULO 2017: Eleição.
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A esperança no Novo Testamento
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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco teve na manhã desta quarta-feira, dia 1 de Fevereiro, às 10 horas de Roma, a audiência geral na Aula Paulo VI repleta de fiéis e peregrinos provenientes de diversas partes da Itália e do mundo para assistir à audiência e a catequese do Papa. Tema da catequese de hoje é a esperança cristã.
“Caros irmãos e irmãs, disse Francisco, nas catequeses passadas inciamos o nosso percurso sobre o tema da esperaça à luz da perspectiva de algumas páginas do Antigo Testamento. Hoje queremos evidenciar o aspecto extraordinário que esta virtude assume no Novo Testamento, quando encontra a novidade representada por Jesus Cristo e pelo evento Pascal”.
É quanto emerge, sublinha o Pontífice, de maneira tão clara na primeira carta de S. Paulo aos Tessalonicenses(1Ts 5,4-10). Quando o Apóstolo Paulo escreveu esta carta, a comunidade de tessalônica, uma pequena comunidade, bastante jovem, tinha sido apenas fundada e não obstante enfrentar diversas dificuldades, conseguiu permenecer radicada na fé e a celebrar com entusiasmo e alegria, a ressurreição do Senhor jesus.
Poucos anos separavam esta pequena e jovem comunidade cristã do evento da Pásqua de Cristo e vendo os frutos da fé, o apóstolo Paulo procura forticar esta esperança de “filhos da luz e filhos do dia” que lhes advem em vertude da força da sua plena comunhão estabelecida com Cristo. Paulo observa o Santo Padre, procura fazer compreender todos os efeitos e as consequências que o evento da Pásqua de Cristo comporta para a história da humanidade e para a vida de cada um.
De facto, as dificuldades experimentadas por esta pequena comunidade, não eram tanto ligadas ao facto de reconhecer a ressurreição de Jesus, mas em acreditar na ressurreição dos mortos. Neste sentido, disse Francisco, esta carta do apóstolo Paulo aos Tessalonicenses, revela também uma particular atualidade nos nossos dias.
“Todas as vezes que nos encontramos diante da nossa morte, ou perante a morte de uma pessoa querida, sentimos que a nossa fé é posta à prova. Emergem todas as dúvidas, toda a nossa fragilidade e nos perguntamos: realmente haverá a vida depois da morte? Poderei ainda ver e re-abraçar as pessoas que amei? Também nós, no contexto atual, temos necessidade de regressar à raíz e aos fundamentos da nossa fé, por forma a tomar consciência de quanto Deus realizou para nós em Jesus Cristo e o que signfica a nossa morte. Todos nós, de facto, temos medo da morte por causa desta incerteza. E é precisamente aqui, que nos vem em ajuda, a apalvra do Apóstolo Paulo ”.
O Apostolo Paulo, observou o Papa, perante os temores e as perplexidades da comunidade de Tessalônica, convida a manter-se segura sobre a cabeça como um cimo, sobretudo nas provas e nos meomentos mais difíceis da nossa vida, a esperança da salvação. Eis, sublinha o Pontífice, o que é a esperança. Quanado se fala de esperança podemos ser levados a entendê-la segundo a interpretação comum do termo, isto é, algo de belo que desejamos, mas que pode realizar-se ou não realizar-se. Tudo é reduzido ao âmbito do desejo. Por exemplo, espero que amanhã haja bom tempo; mas também sabemos que poderá haver um mau tempo.
A esperança cristã não é assim. A esperança cristã é a espera de algo que já foi realizado e que certamente se realizará para cada um de nós. Também a nossa ressurreição e a dos nossos defuntos, portanto, não é uma coisa que poderá realizar-se ou não, mas é uma realidade certa, enquanto radicada no evento da ressurreição de Cristo.
Ter esperança para o cristão, significa portanto, para Francisco, aprender a viver na expectativa, com um coração pobre e humilde, de alguém que não deposita a sua confiança nos seus próprios bens e capacidades, mas em Deus que ressuscitou Jesus dos mortos e há de nos fazer partícipes dessa mesma Ressurreição.
E assim, concluiu dizendo o Santo Padre, estaremos sempre com o Senhor! Vocês acreditam nisso? Perguntou Francisco aos presentes na Aula Paulo VI. Pergunto-vos: vós acreditais nisso? Então convido-vos todos a repetir juntamente comigo, três vezes, a seguinte expressão: e assim para sempre estaremos com o Senhor! E assim para sempre estaremos com o Senhor! E assim para sempre estaremos com o Senhor! Sim, e lá com o Senhor nos encontraremos! Obrigado!
Como habitualmente, não faltou uma saudação do Santo Padre, aos fiéis e peregrinos de língua oficial portuguesa presentes na audiência, na Aula Paulo VI:
“Dirijo uma saudação especial a todos os peregrinos de língua portuguesa, nominalmente aos estudantes vindos de Portugal. Queridos amigos, que a fé na Ressurreição nos leve a olhar para o futuro, fortalecidos pela esperança na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Deus vos abençoe”! Fonte: http://pt.radiovaticana.va
“Muitos se tornam padres para ter um nível de vida melhor, dignidade ou categoria”, constata teólogo.
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Do jeito que as coisas aconteceram, no momento em que vivemos, o futuro da Igreja dá o que pensar. Porque dá a impressão de que a Igreja, assim como está organizada e como funciona, tem cada dia menos presença na sociedade, menos influxo na vida das pessoas e, portanto, um futuro bastante problemático e muito incerto.
Cada dia há menos sacerdotes, cada semana ficamos sabendo de conventos que fecharam para se transformarem em hotéis, residências ou monumentos meio arruinados. A progressiva diminuição nas práticas sacramentais é alarmante. Mais da metade das paróquias católicas de todo o mundo não tem pároco ou o tem apenas nominalmente, mas não de fato.
Há poucos dias, o Papa Francisco dizia em uma entrevista: “O clericalismo é o pior mal que a Igreja pode ter, quando o pastor se torna um funcionário”. E é verdade que há padres que entraram no seminário ou foram a um convento, porque não queriam passar a vida como uns “Zé Ninguém” que não têm nenhuma importância na vida. Isto acontece mais do que imaginamos.
*Leia na íntegra. Clique aqui:
Papa: Jesus sempre rodeado de gente, mas não busca popularidade
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Se com perseverança mantivermos o olhar fixo em Jesus, descobriremos com surpresa que é Ele que olha com amor para cada um de nós: disse o Papa durante a Missa na manhã desta terça-feira (31/01), na Casa Santa Marta.
Dirigindo-se aos participantes, o Pontífice iniciou a sua homilia recordando que a Carta aos Hebreus nos exorta a correr na fé com “perseverança, mantendo o olhar fixo em Jesus”. Já no 5º capítulo do Evangelho de Marcos, “é Jesus que nos olha e percebe que estamos ali. Ele nos está próximo, está sempre no meio da multidão”, explicou o Papa.
“Não está com os guardas que fazem escolta, para que ninguém o toque. Não, não! Ele fica ali, comprimido entre as pessoas. E sempre que Jesus saía, tinha mais gente. Especialistas de estatísticas poderiam até ter noticiado: “Cai a popularidade do Rabí Jesus”... Mas ele procurava outra coisa: procurava as pessoas. E as pessoas o procuravam. O povo tinha os olhos presos Nele e Ele tinha os olhos presos nas pessoas. “Sim, sim, no povo, na multidão”, “Não, não, em cada um!” É esta a peculiaridade do olhar de Jesus. Jesus não massifica as pessoas; Ele olha para cada um”.
Pequenas alegrias
O Evangelho de Marcos narra dois milagres: Jesus cura uma mulher que tem hemorragias há 12 anos e que, no meio da multidão, consegue tocar sua roupa. Ele percebe que foi tocado e depois, ressuscita a filha de 12 anos de Jairo, um dos chefes da Sinagoga. Ele observa que a menina está faminta e diz aos pais que lhe dêem de comer:
“O olhar de Jesus passa do grande ao pequeno. Assim olha Jesus: olha para nós, todos, mas vê cada um de nós. Olha os nossos grandes problemas, percebe as nossas grandes alegrias e vê também as nossas pequenas coisas... porque está perto. Jesus não se assusta com as grandes coisas e leva em conta também as pequenas. Assim olha Jesus”.
Se corrermos “com perseverança, mantendo fixo o olhar em Jesus” – afirma o Papa Francisco – acontecerá conosco o que aconteceu com as pessoas depois da ressurreição da filha de Jairo, que ficaram todas admiradas:
“Vou, vejo Jesus, caminho avante, fixo o olhar em Jesus e o que vejo? Que Ele tem o olhar sobre mim! E isto me faz sentir um grande estupor: é a surpresa do encontro com Jesus. Mas não tenhamos medo! Não tenhamos medo, assim como não o teve aquela senhora que foi tocar o manto de Jesus. Não tenhamos medo! Corramos neste caminho, com o olhar sempre fixo em Jesus. E teremos esta bela surpresa, que nos encherá de estupor. O próprio Jesus com os olhos fixos em mim”. (BS/CM).
Fonte: http://pt.radiovaticana.va
Presbíteros da América Latina e Caribe participam de encontro formativo em Roma
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A proposta é motivar a formação permanente dos presbíteros da América Latina e Caribe
Começou ontem, 30, em Roma, o Curso para Responsáveis pela Formação Permanente do Clero da América Latina. Cerca de 50 presbíteros de todos os países da América Latina e Caribe participam da iniciativa. Do Brasil, participam o assessor da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Deusmar Jesus da Silva e os membros da Comissão Nacional dos Presbíteros (CNP): padre José Adelson da Silva Rodrigues, padre Helcimar Sardinha, padre Iuri Ribeiro e padre Cleocir Bonetti.
Até o dia 24 de fevereiro, os presbíteros pensarão programas e iniciativas que contribuam para a formação permanente do clero nos vários países da América Latina. De acordo com o padre Deusmar Jesus da Silva, a expectativa é a de que o curso “ofereça pistas para motivar a formação permanente dos presbíteros, a curto, médio e longo prazo”.
A abertura oficial do curso contou com as presenças do Prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Beniamino Stella e do Secretário da Congregação para o Clero, dom Jorge Carlos Patrón Wong. Na ocasião, dom Patrón deu as boas-vindas a todos os participantes, e após apresentação de cada um, passou a palavra para o primeiro assessor do curso, padre Juan Manuel Beltrán Urrea, que, durante toda a manhã do primeiro dia, desenvolveu o tema “Conceito de Formação Permanente”.
Já no período da tarde, o cardeal Beniamino Stella falou sobre o trabalho da Congregação para o Clero, de sua preocupação com a formação permanente dos presbíteros e da importância da comunhão de todos os presbíteros com o papa Francisco. Em seguida, padre Emílio Lavaniegos desenvolveu o tema “Princípios e metodologia para programar a Formação Permanente do Clero na Igreja Particular”. O primeiro dia do encontro foi encerrado com uma celebração eucarística. Fonte: http://www.cnbb.org.br
MANSO DE CORAÇÃO-02: Frei Petrônio.
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Sete orientações para o futuro dos padres e a reforma do sacerdócio. Carta aberta de padres alemães ordenados em 1967
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Com uma carta aberta sobre o estado da Igreja e sobre a função sacerdotal na Alemanha, 11 padres ordenados em 1967 dirigiram-se ao clero e à opinião pública expressando propostas de reforma. A carta foi publicada no sítio Domradio.de, 10-01-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
No período rico de esperanças do Concílio Vaticano II, a partir de 1961 começamos os estudos de teologia. Desde que saímos do seminário em 1967, encontramo-nos normalmente uma vez por mês, fizemos Exercícios juntos, cursos de formação e viagens. No dia 27 de janeiro de 2017, exatamente 50 anos depois que a maioria de nós foi ordenado presbítero pelo cardeal Josef Frings na catedral de Colônia, queremos celebrar a nossa missa de ação de graças na Maxkirche de Düsseldorf, onde fomos ordenados diáconos.
- Quando decidimos estudar teologia, o Papa João XXIII, surpreendendo a todos, havia escancarado as janelas da Igreja. O mundo estava surpreso, e nós nos sentíamos parte de uma vanguarda de uma cristandade em renovação. Infelizmente, mais tarde, pouco a pouco, aumentaram os medos nos homens da Igreja, tanto em Roma quanto também na diocese de Colônia. Uma espécie de “mentalidade de bunker” deveria salvaguardar a fé. E quem, então, gritou: não tenham medo?
- Apesar disso, a nossa Igreja teve uma evolução. Através de uma “obediência preventiva” nas paróquias, hoje, tornou-se óbvio ou tolerado ou até mesmo reconhecido pela Igreja oficial aquilo que nós, na época, defendemos e promovemos com todas as nossas forças. Com o tempo, porém, ficou evidente que as reformas litúrgicas não prosseguiam no mesmo ritmo que uma análise nova e aprofundada da Bíblia. Tivemos que aprender a fazer o nosso caminho, mesmo com algumas decepções. Em tais situações, muitas vezes, foram as comunidades que nos deram a força para não perder a coragem.
- Deprime-nos o fato de que a questão-Deus não tem mais nenhuma importância para muitas pessoas no nosso país. Além disso, constatamos que os resultados dos estudos mais recentes sobre a Bíblia e sobre a historicidade da nossa Igreja não se tornaram um bem comum na fé dos cristãos. O novo entusiasmo pelo Evangelho que o Papa Francisco quer despertar novamente com a palavra-chave “misericórdia” parece ser atraente apenas para poucos até agora. Isso pode nos tornar resignados e cansados.
- O que particularmente nos deixa mal é que, fora do “período da primeira comunhão”, não há mais crianças ou famílias jovens participando da missa. E muitos adolescentes e adultos, se alguma vez participaram da vida das nossas comunidades, fazem-no apenas em momentos específicos, depois que nós, durante décadas, nos comprometemos justamente pelas famílias jovens.
- Na nossa sociedade, na cultura, na política e na economia, notamos muito pouco – e, como cristãos e como Igreja, deixamos transparecer muito pouco – a força que poderia vir de Jesus Cristo. Muitos cristãos se calam em vez de se pronunciar de modo forte e claro pela sua fé.
- Diante do crescente número de muçulmanos na Alemanha, devemos mostrar o nosso rosto cristão e nos fortalecer para o diálogo. Acima de tudo, é necessário o diálogo espiritual, para que o espírito da Bíblia encontre o espírito do Alcorão e encontre palavras e réplicas por esclarecimento e aproximação. Mas a atual crise na vida de fé também esconde também oportunidades! Sem nos deixar separar da esperança que o Evangelho nos dá (cf. Cl 1, 23), pensamos concretamente em sete orientações para o futuro.
1. Precisamos de uma linguagem que, hoje, no anúncio da mensagem bíblica, seja novamente compreensível. A linguagem da Bíblia deve ser relacionada de forma mais clara com as nossas experiências e as nossas imagens linguísticas. Trata-se de entrar em diálogo com ela e com as suas imagens de maneira nova e atual.
- Consideramos importante encorajar as hierarquias da Igreja a valorizar os dons do espírito dos homens e das mulheres, e não selá-los com leis canônicas. Os homens e as mulheres devem ser encorajados a frutificar os seus talentos.
- Precisamos urgentemente de tentativas corajosas na questão da admissão à ordenação. Em nossa opinião, não tem nenhum sentido continuar rezando ao Espírito Santo para que envie vocações presbiterais e, ao mesmo tempo, excluir todas as mulheres desses cargos.
- Precisamos de coragem e de confiança no fato de que o Senhor está muito acima das nossas controvérsias confessionais. A participação na Eucaristia e na Ceia do Senhor só pode ser confiada à responsabilidade dos cristãos batizados.
- Precisamos de uma mudança de orientação no planejamento pastoral. As hierarquias da Igreja deixaram o sistema existente entrar em colapso diante dos nossos olhos. As paróquias muito extensas, de todos os pontos de vista, são algo intolerável: os fenômenos de crescente anonimato e isolamento presentes na sociedade, desse modo, são ainda mais aumentados na Igreja, em vez de serem combatidos. É necessário que a Igreja esteja presente e fale localmente. A direção da paróquia não deve estar em uma central distante, mas “lá onde está o campanário, e onde os sinos tocam”. É útil que existam redes de relações que vão além da comunidade individual, como a Cáritas, comunidades jovens ou grupos de música sacra.
- São necessários lugares grandes e pequenos para as comunidades que fazem experiência de fé, isto é, a Igreja com o centro da paróquia. A morte da paróquia não está absolutamente pré-programada se os fiéis in loco existem e vivem ali. Podemos aprender com as reflexões e os projetos implementados, por exemplo, na Áustria e na França.
7. Por fim, queremos falar da experiência da solidão. Envelhecendo como solteiros, a solidão, então imposta por motivos de “trabalho”, agora, depois de 50 anos de missão, é sentida por nós às vezes muito claramente. O celibato, em uma vida comunitária de convento, pode liberar grandes forças; em vez disso, o “modelo do homem sozinho” leva esse homem repetidamente a um isolamento estéril e/ou a um inútil excesso de trabalho. Raramente, libera uma fonte espiritual na pastoral. Não é por acaso que muitos de nós assumiram, mas não escolheram, essa forma de vida clerical apenas para poderem ser padres. Até mesmo na Bíblia não há palavras de apoio a uma lei da Igreja a esse respeito. O motivo de reflexão pode ser uma citação da Escritura, estímulo para uma revisão em favor da vida e da comunidade: “É preciso, porém, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma única mulher...” (1Tm 3, 2). Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
"Se o Santo Ofício ficar sabendo...": velhas e novas histórias de papas e prefeitos.
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“Não se trata de um perigo para a fé.” Essa é a opinião do cardeal Gerhard Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, expressada há alguns dias em uma entrevista concedida ao programa Stanze Vaticana, do canal italiano Mediaset, apresentado por Fabio Marchese Ragona. Um distanciamento das críticas feitas pelas páginas dos jornais e ainda mais de uma possível correção pública do papa, para um Santo Ofício que, ao longo dos séculos, fez do sigilo uma garantia e um ponto de força. Nenhuma reprimenda pública para Francisco, portanto. “Os cardeais têm o direito de escrever uma carta ao papa. Fiquei estupefato porque essa carta, porém, se tornou pública, quase obrigando o papa a dizer sim ou não. Eu não gosto disso. É um dano para a Igreja discutir essas coisas publicamente.” A nota é de Simone M. Varisco, publicado no blog Caffè Storia, 19-01-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A opinião do cardeal Müller já mudou os equilíbrios entre os críticos do atual pontífice, alguns dos quais estariam prontos para remover o prefeito, preferindo o cavalheiresco Burke ou o refinado Caffara. Mas a entrevista também será capaz de marcar um novo rumo nas relações entre Francisco e o cardeal Müller, que alguns sugeriram como nada idílica?
Uma certa distância parece já ter se consumado durante o Sínodo extraordinário sobre a família, de outubro de 2014, tanto que Dom Bruno Forte, secretário especial do Sínodo, havia acenado a isso, durante uma coletiva de imprensa: apesar da sua imponência física, Müller não devia ser temido. Um assunto sobre o qual, em junho de 2016, o próprio Francisco se pronunciaria, com uma piada feita durante um bate-papo por ocasião abertura do Congresso Eclesial da diocese de Roma, em São João de Latrão, expurgada da transcrição oficial. Contando sobre um companheiro de estudos que havia contestado uma pergunta muito teórica em um exame sobre o sacramento da confissão, o papa concluíra: “Mas, por causa dessas coisas, por favor, não vão me acusar com o cardeal Müller”.
Um “medo” dos pontífices em relação ao chefe do ex-Santo Ofício, que não seria próprio só de Bergoglio. O que dizer, de fato, dos rumores que afirmavam que João Paulo II temia o julgamento de Ratzinger? “Não, mas ele levava muito a sério a minha posição.” Quem contou isso – e riu “de coração” – foi o próprio Bento XVI nas suas Ultime conversazioni [Últimas conversas] (Garzanti Libri, 2016).
O tema da relação entre o Papa Wojtyla e o cardeal Ratzinger, então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, já havia surgido por ocasião do primeiro livro-entrevista escrito com Peter Seewald, “O Sal da Terra” (Ed. Imago). “Eminência – tinha perguntado então o jornalista alemão –, diz-se que o papa [João Paulo II] às vezes tem medo do senhor e que já tinha acontecido de ele se perguntar: ‘Por favor, o que o cardeal Ratzinger vai dizer?’.” Também naquele momento, “divertido”, o futuro Bento XVI especificou que “pode ter sido uma piada. Mas, certamente, ele não tem medo de mim!”.
Nas “Últimas conversas”, além disso, é o próprio Bento XVI que relata uma anedota sobre a relação entre o Santo Ofício e um antecessor, Pio XII. “Uma vez, um núncio perguntou a Pio XII se, em relação a um certo problema, ele podia fazer do seu jeito, mesmo que, desse modo, não agiria em plena conformidade com as regras. O papa pensou a respeito e depois lhe disse: ‘Você pode fazer. Mas, se o Santo Ofício ficar sabendo, eu não posso protegê-lo’ (risos).”
Durante os anos do pontificado de Pio XII, sucederam-se à frente da Congregação para a Doutrina da Fé os cardeais Donato Raffaele Sbarretti Tazza (04 de julho de 1930 - 1º de abril de 1939), Francesco Marchetti Selvaggiani (30 de abril de 1939 - 13 de janeiro de 1951) e Giuseppe Pizzardo (16 de fevereiro de 1951 - 12 de outubro de 1959).
Em um 2017 de aniversários reformadas, ainda causarão escândalo cinco dubia afixados na porta do refeitório de Santa Marta? Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
VOCÊ SABIA? A Espanha fecha um mosteiro por mês.
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A falta de vocações e a ausência de entradas precipitam os fechamentos; algumas comunidades religiosas pedem ajuda a bancos de alimentos. A reportagem é de Jesus Bastante, publicada por Vida Nueva, 26-01-2017. A tradução é de André Langer.
“A situação de muitos conventos femininos é muito alarmante e preocupante. Há falta de vocações e muitas comunidades estão fechando. Pelo menos mais de uma por mês na Espanha”, alerta o padre claretiano Eleutério López, diretor do Claune, instituto pontifício que se dedica a suprir as carências materiais e de formação dos conventos espanhóis.
Por ocasião do Dia da Vida Consagrada, que a Igreja celebra no próximo dia 02 de fevereiro, a revista Vida Nueva elaborou um relatório que revela que dois terços dos 800 mosteiros existentes no país – dos 3 mil que há em todo o mundo – estariam em situação de serem fechados sem demora.
O motivo? As doações diminuíram e os trabalhos que as irmãs tradicionalmente faziam – como a confeitaria – já não são suficientes para cobrir os custos, reabilitar os históricos mosteiros e cobrir as cotas da Seguridade Social. De fato, há conventos que não chegam nem aos 100 euros brutos ao mês de ingressos e se viram obrigados a recorrer aos bancos de alimentos para poder comer.
“Não se trata de um caso excepcional. Conheço muitas congregações”, explica o padre Eleutério, cuja organização destinou, em 2016, meio milhão de euros para auxiliar 50 comunidades em dificuldades.
Um exemplo deste inverno vocacional é o mosteiro das irmãs capuchinhas da localidade de San Fernando, de Cádiz. Ontem, as quatro últimas religiosas deixaram o convento – todas elas octogenárias – após 128 anos de presença na Ilha, para transferir-se para a sede que sua congregação mantém em El Puerto de Santa Maria.
Os planos da diocese de Cádiz passam por realojar em San Fernando um novo instituto religioso. Através da recente constituição apostólica Vultum Dei Quarere, o Papa Francisco buscou oferecer novas ferramentas aos conventos de clausura para tentar revitalizá-los ou, sendo isto inviável, colocar todos os meios ao seu dispor para dignificar o fechamento.
Concomitantemente, a Espanha também assiste a um florescimento de novas comunidades contemporâneas que viram encher os seus claustros dos conventos de seiva jovem. É o caso das mais de 200 religiosas que pertencem ao Instituto Iesu Communio – com conventos em Lerma e Alguilera (Burgos) – ou as Carmelitas Samaritanas do Sagrado Coração – presentes em Valladolid e Valdediós (Astúrias).
“As novas expressões de vida contemplativa são um presente para a Igreja, mas devemos esperar para que se aquilatem na humilde e discreta fidelidade que sempre granjeia a passagem do tempo”, aprecia Jesús Sanz, arcebispo de Oviedo e responsável pela vida contemplativa na Comissão Episcopal para a Vida Consagrada. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/
NOVOS PÁROCOS CARMELITAS
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Quais são meus valores?
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Dom Rodolfo Luís Weber
Arcebispo de Passo Fundo
Os valores podem ser definidos como horizontes de referência. O horizonte é como uma linha imaginária que nunca se toca e que se afasta na medida em que nos aproximamos dela. Tem momentos que a linha do horizonte é nítida e próxima; em outros momentos parece embaçada, fora de foco. O mesmo ocorre com os valores que em determinados momentos intuímos com clareza e em outros momentos não ficam tão nítidos. Não são uma ilusão por influenciarem diretamente no cotidiano.
Um exercício interessante a ser feito é tentar hierarquizar nossos valores. Tentar fazer a nossa pirâmide de valores dando a eles um ordenamento, do menos significativo ao mais importante. Talvez este exercício possa trazer surpresas. O ordenamento feito, através do exercício de discernimento, talvez revele uma realidade diferente daquela que achamos que era. Porém, torna-se um momento de tomada de consciência.
Os valores pessoais, muitas vezes, não correspondem e nem vão ao encontro dos valores sociais em se vive. O medo de sermos marginalizados ou excluídos faz com que frequentemente nossas prioridades não estejam tão claras. Outras vezes, não se vive de acordo com as convicções, gerando tensão e incoerência na vida pessoal.
Os valores não são objetos a serem possuídos, mas fazem parte da natureza mais íntima da pessoa, fazem parte da essência. O nosso estilo de vida é uma manifestação externa das convicções interiores. É sinal de autodeterminação agir segundo os próprios valores e tê-los presente ao tomarmos decisões, principalmente num ambiente externo desfavorável.
O indivíduo e seus valores formam uma unidade tão compacta que quando se vê obrigado a negá-los ou até mesmo a traí-los sente-se profundamente agredido, se sente mal, como se negasse a si mesmo. Os valores gritam, são como vozes que nos impelem a viver de determinada maneira, a sermos coerentes com uma filosofia de vida.
As necessidades vitais, como a fome, a sede, o agasalho, são motores de ação humana para a sobrevivência. Os valores, quando arraigados se transformam em necessidades, não de ordem física, mas de ordem espiritual e transcendente. Vão fazer parte da essência. São como que tatuados na alma. Não serão acessórios usados de acordo com a conveniência ou a necessidade. Vão impulsionar o agir humano, como a fome ou a sede.
O valor da solidariedade nos permite ir além de uma necessidade física para dar resposta às necessidade primárias do outro. Quando um valor nos impele intensamente, as necessidades primárias ficam em segundo plano. Nesses momentos percebemos que o ser humano é capaz de superar sua natureza instintiva e transcendê-la.
O encontro com o outro é a ocasião para os valores tornarem-se visíveis. É a circunstância propícia que permite o pleno desvelamento dos valores e contrastá-los com os dos outros. É a oportunidade de apropriarmos de nossos valores. A riqueza imaterial de uma pessoa, de uma instituição ou de um país é o conjunto de seus valores, suas crenças e ideais. É o chamado capital espiritual. São eles que dão credibilidade, estabelecem laços e relações afetuosas e fraternas. Fonte: http://www.cnbb.org.br
*Padre Paulo: papados conservadores “destruíram Igreja inserida na vida dos pobres” no Brasil e AL
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Padre Paulo Sérgio Bezerra não cede um milímetro sequer no seguimento dos ensinamentos da Igreja à luz do Evangelho e da renovação do Concílio Vaticano II, como um dos protagonistas da Teologia da Libertação na periferia de São Paulo. Padre desde 1980, há 34 anos está na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, na Diocese de São Miguel Paulista, em Itaquera, bairro pobre da zona leste da cidade.
O sacerdote, de 63 anos, foi formado pela escola do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, falecido em dezembro de 2016 e dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo da região Leste II da cidade de São Paulo e hoje emérito da diocese de Blumenau (SC), aos 84 anos...
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CAPÍTULO PROVINCIAL DOS CARMELITAS: A Casa.
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Casa Emaús (Convento Maria Imaculada)
A Casa Emaús é parte do Convento Maria Imaculada, situado entre os municípios de Itapecerica da Serra e Embu das Artes, localizado a apenas 30 minutos da capital, São Paulo.
A Partir de hoje, até a próxima sexta- feira, você vai poder acompanhar aqui no olhar, facebook, twitter, youtube e na Rede Mundial de Computadores, os principais momentos desse nosso encontro.
Contamos com as suas orações. Caso queira enviar uma mensagem para os Carmelitas, oração, prece, favor mandar via e-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou no face. Obrigado.
Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.
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