Reflexões na contramão
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“Lula, com seu prestígio crescente, sem dúvida a maior liderança no país, poderia ter um sinal de grandeza, não insistir como candidato inviável e isolado e ser o grande eleitor de uma candidatura plural, progressista, nacional e popular. É hora de amplas alianças”, escreve Luiz Alberto Gomez de Souza, sociólogo.
Eis o artigo.
“Para se chegar à fonte é preciso nadar contra a corrente”.
Stanislaw Jerzy Lec (1).
“Só uma coisa morta segue a correnteza. Tem de estar vivo para contrariá-la" (2).
- K. Chesterton
Tenho me unido aos que denunciam a criminosa campanha contra Lula. Mas talvez, neste grave momento, seja hora de fazer algumas reflexões na contracorrente petista. O PT insiste na candidatura Lula, que será declarada inviável às vésperas da eleição, caindo na ficha limpa. Fica isolado, olhando para seu umbigo e não para um momento delicado da situação nacional. Como se o Brasil apenas dependesse da candidatura de Lula. Os setores dominantes farão tudo para bloqueá-la, com firulas jurídicas. Ela é insuportável para os grandes setores do capital. Visto isso, Lula e o PT têm de olhar antes de tudo para o país, num momento delicado de transição.
Há uma inversão de prioridades. Para o PT o centro é Lula e sua candidatura. Nas redes sociais há uma acumulação de textos, declarações, palavras de ordem, centradas em Lula e não no Brasil. Quando o fundamental é preparar um governo que tenha força para sair deste neoliberalismo suicida. O importante é o país, num momento difícil, não uma candidatura particular.
Lembremos o que aconteceu depois da caída de Collor. Veio um governo de transição, que foi importante para o processo. Qual foi a atitude do PT? Oposição míope e expulsou Luiza Erundina que aceitara participar de um ministério de união nacional.
Um partido que nasceu das bases da sociedade foi capturado por um aparelhismo para o qual o importante não era o país, mas manter-se no poder a qualquer custo. Ainda é tempo de sair de seu caramujo e pôr-se à frente de uma frente ampla, nacional popular e democrática. Será pedir muito, ou veremos o PT fechado sobre si mesmo, à margem da história? Esperança ingênua?
Lula, com seu prestígio crescente, sem dúvida a maior liderança no país, poderia ter um sinal de grandeza, não insistir como candidato inviável e isolado e ser o grande eleitor de uma candidatura plural, progressista, nacional e popular. É hora de amplas alianças. Poderíamos, na contracorrente, esperar gestos que liberem?
Notas:
1.- Stanislaw Jerzy Lec, poeta polonês
2.- Gilbert K.Chesterton, pensador inglês, meu mestre desde a juventude.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Esclarecimento sobre a notícia da entrega de Terço do Papa ao ex-presidente Lula
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Vários meios de comunicação brasileiros deram a notícia sobre a entrega de um Terço do Papa ao ex-presidente Lula. Esclarecemos:
Cidade do Vaticano
Esclarecimento sobre a notícia da entrega de Terço do Papa ao ex-presidente Lula.
O advogado argentino Juan Gabrois, fundador do Movimento dos trabalhadores excluídos e ex-consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, deu uma entrevista em sua tentativa de visitar o ex-presidente Lula na prisão de Curitiba, onde está detido há mais de dois anos meses. Grabois disse que a visita era pessoal e não em nome do Santo Padre. Ele não teve a permissão para se encontrar com Lula.
Na entrevista, ele nunca declarou que foi o Papa a enviar o Terço, mas simplesmente que se tratava de um Terço que tinha sido "abençoado" pelo Papa. Terços como esse são levados, como o Santo Padre deseja, a tantos prisioneiros do mundo sem entrar no mérito de realidades particulares. Fonte: www.vaticannews.va
ENQUANTO ISSO NA "TERRA DO PSDB"...
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Visita ao ex-presidente Lula
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*Frei Betto
Encontrei-o vestido de moletão azul, muito animado, mais magro e bem penteado
Fiquei segunda-feira das 16h às 17h15m com o ex-presidente Lula na cela que ele ocupa na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O recinto de 15 metros quadrados abriga a cama junto à janela, uma mesa no centro, esteira para exercícios físicos a um canto e o armário colado à divisória entre a cela e o banheiro. Na parede, uma única foto — ele com filhos, netos e bisneta.
Encontrei-o vestido com um conjunto de moletão azul, muito animado, mais magro e bem penteado. Sobretudo, bem informado. Dispõe de TV aberta, pela qual acompanha o noticiário e se entretém com filmes. Prefere a TV Aparecida, devido à programação de música sertaneja e pela qual assiste diariamente à missa das 18h.
Recebe todas as manhãs um clipping de notícias de jornais, blogs e agências internacionais, o que o ocupa na hora do café. Tem direito a duas horas diárias de banho de sol.
Riu muito quando comentei que figurou como fake news — teria sofrido síndrome de abstenção alcoólica nos primeiros dias de prisão. Já na época das caravanas ele se privou de álcool para não prejudicar a voz.
Há uma relação respeitosa entre ele e os agentes penitenciários, sem, contudo, qualquer aproximação amigável. Dois deles permanecem de plantão do lado de fora da cela, e tivemos que bater na porta para que viessem abri-la para eu sair.
Lula reafirmou que não pensa em retirar sua candidatura a presidente nem apoiar nenhum dos concorrentes, embora confesse sua admiração por Guilherme Boulos, do PSOL. “Como me retirar de uma disputa eleitoral se as pesquisas comprovam que, sozinho, tenho mais votos que a soma de todos os concorrentes?”
Admite não entender por que está preso em Curitiba se a peça da acusação — o tríplex do Guarujá — fica em São Paulo...
Considera que a elite brasileira, que tanto o bajulou durante os 13 anos de governo do PT, hoje se posiciona contra por estar interessada na venda do Estado brasileiro e indignada com a ascensão social da maioria pobre graças às políticas de inclusão adotadas no período em que ele e Dilma governaram.
Segundo ele, um novo golpe estaria sendo armado com a adoção do parlamentarismo via STF, sem consulta plebiscitária como prevê a Constituição.
Disse não estar preocupado com a questão jurídica, e aguarda sereno o julgamento do mérito dos processos nos quais figura como réu. Tem plena consciência de que o caráter político das acusações que o levaram à prisão pesa muito mais.
Hoje, a mídia o mostrará de terno e gravata ao depor por videoconferência em processo que envolve Sérgio Cabral e as Olimpíadas do Rio.
Antes de me despedir, rezamos juntos a Oração do Espírito Santo.
*Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do poder” (Rocco), entre outros livros. Fonte: https://oglobo.globo.com/
Decifra-me ou te devoro
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Fernando Henrique Cardoso
Entre o desemprego e a violência assustadora, a perda de confiança nas instituições é um incentivo ao autoritarismo
A semana que acaba hoje foi plena de tensão demonstrando a quem não percebera antes a profundidade das dissenções que vêm de há muito tempo. As incongruências da política econômica dos governos de Lula e Dilma, em sua fase final, já haviam levado a economia à paralisação e o sistema político a deixar de processar decisões. Daí o impeachment do último governo, ainda que baseado em arranhões de normas constitucionais.
Todo impeachment é traumático. Fui ministro de um governo que resultou de um impeachment, o do presidente Itamar Franco. Este, com sabedoria, percebeu logo que precisaria de um Ministério representativo do conjunto das forças políticas. Como o PT, que apoiara o impeachment do presidente Collor, se recusava a assumir responsabilidades de governo (com olho eleitoral), Itamar conseguiu a aceitação de uma pasta por Luiza Erundina, então no PT. Mesmo eu, eleito presidente por maioria absoluta no primeiro turno sem precisar buscar o apoio do PT, tive como um de meus ministros um ex-secretário-geral do PT.
De lá para cá os tempos mudaram. A possibilidade de algum tipo de convivência democrática, facilitada pela estabilização econômica graças ao Plano Real, que tornou a população menos antigoverno quando viu em marcha uma política econômica que beneficiaria a todos, foi substituída por um estilo de política baseado no “nós”, os supostamente bons, e “eles”, os maus. Isso somado ao descalabro das contas públicas herdado pelo governo atual, mais o desemprego facilitado pela desordem financeira governamental, levou a uma exacerbação das demandas e à desmoralização dos partidos. A Lava-Jato, ao desnudar as bases apodrecidas do financiamento partidário pelo uso da máquina estatal em conivência com empresas para extrair dinheiro público em obras sobrefaturadas (além do enriquecimento pessoal), desconectou a sociedade das instituições políticas e desnudou a degenerescência em que o país vivia.
A dita “greve” dos caminhoneiros veio servir uma vez mais para ignição de algo que estava já com gasolina derramada: produziu um contágio com a sociedade, que, sem saber bem das causas e da razoabilidade ou não do protesto, aderiu, caladamente, à paralisação ocorrida. Só quando seus efeitos no abastecimento de combustíveis e de bens essenciais ao consumo e mesmo à vida, no caso dos hospitais, tornaram-se patentes, houve a aceitação, também tácita, da necessidade de uma ação mais enérgica para retomar a normalidade.
Mas que ninguém se engane: é uma normalidade aparente. As causas da insatisfação continuam, tanto as econômicas como as políticas, que levam na melhor das hipóteses à abstenção eleitoral e ao repúdio de “tudo que aí está”. Portanto, o governo e as elites políticas, de esquerda, do centro ou da direita, que se cuidem, a crise é profunda. Assim como o governo Itamar buscou sinais de coesão política e deu resposta aos desafios econômicos do período, urge agora algo semelhante.
Dificilmente o governo atual, dado sua origem e o encrespamento político havido, conseguirá pouco mais do que colocar esparadrapos nas feridas. Nada de significativo será alcançado sem que uma liderança embasada no voto e crente na democracia seja capaz de dar resposta aos atuais desafios econômicos e morais. Não há milagres, o sistema democrático-representativo não se baseia na “união política”, senão que na divergência dirimida pelas urnas. Só sairemos da enrascada se a nova liderança for capaz de apelar para o que possa unir a nação: finanças públicas saudáveis e políticas adequadas, taxas razoáveis de crescimento que gerem emprego, confiança e decência na vida pública.
É por isso que há algum tempo venho pregando a união entre os setores progressistas (que entendam o mundo e a sociedade contemporâneos), que tenham uma inclinação popular (que saibam que além do emprego é preciso reduzir as desigualdades), que se deem conta que o mundo não mais funciona top/down, mas que “os de baixo” são parte do conjunto que forma a nação e que, em vez de se proporem a “salvar a pátria”, devem conduzi-la no rumo que atenda, democraticamente, com liberdade, os interesses do povo e do país.
Não se trata de formar uma aliança eleitoral apenas, e muito menos de fortalecer o dito “centrão”, um conjunto de siglas que mais querem o poder para se assenhorarem de vantagens, do que se unir por um programa para o país. Nas democracias é natural que os partidos divirjam quando as eleições majoritárias se dão em dois turnos, quando os “blocos sociais e políticos” podem ter mais de uma expressão partidária. Mas é preciso criar um clima que permita convergência. E, uma vez no caminho e no exercício do poder, quem represente este “bloco” precisará ter a sensibilidade necessária para unir os que dele se aproximam e afastar o risco maior: o do populismo, principalmente quando já vem abertamente revestido de um formato autoritário.
Na quadra atual, entre o desemprego e a violência cada vez mais assustadora do crime organizado, a perda de confiança nas instituições é um incentivo ao autoritarismo. O bloco proposto deve se opor abertamente a isso. Não basta defender a democracia e as instituições, é preciso torná-las facilitadoras da obtenção das demandas do povo, saber governar, não ser leniente com a corrupção e entender que, sem as novas tecnologias, não há como atender às demandas populares crescentes. E, principalmente, criar um clima de confiança que permita investimento e difundir a noção de que, num mundo globalizado, de pouco vale dar as costas a ele.
Tudo isso requer liderança e “fulanização”. Quem, sem ser caudilho, será capaz de iluminar um caminho comum para os brasileiros? “Decifra-me ou te devoro”, como nos mitos antigos. Fonte: https://oglobo.globo.com
Temer diz ter conversado com Deus
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O presidente Michel Temer afirmou que foi “iluminado por Deus” no contexto do encerramento da paralisação dos caminhoneiros, durante cerimônia na Assembleia de Deus, em Brasília, nesta quinta, 31.
“Fui iluminado por Deus, que disse: ‘Vai lá no templo da assembleia comemorar a pacificação do país’. Quero pedir que todos vocês creiam como creio na força do diálogo e da palavra”, disse o presidente, segundo informa o G1. Fonte: http://br18.com.br
Igreja apaga tapete de Corpus Christi que dizia 'fora Temer' em Aratiba, Norte do RS
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Criado por grupo de jovens ligado à paróquia, o tapete teve as inscrições de "fora Temer" e o símbolo feminista apagado por iniciativa dos próprios membros da igreja, sob alegação de que as normas não previam símbolos não-religiosos.
Em meio à tradicional confecção de tapetes para Corpus Christi nas ruas de Aratiba, a cerca de 400 km de Porto Alegre, uma mensagem chamou atenção dos moradores na manhã desta quinta-feira (31): no tapete criado pela Pastoral da Juventude da Paróquia Santiago de Aratiba, estava escrito "fora Temer" no espaço designado a eles pela organização. Por decisão da própria paróquia, os integrantes do grupo receberam ordens de modificar a mensagem. Escreveram, então, "amar sem temer".
Insatisfeitos, membros da igreja apagaram todas as inscrições, inclusive um símbolo feminista incluído pelo grupo de jovens. "Não é lugar para se manifestar politicamente", define o membro do Conselho Econômico da Igreja, Walter Meurer.
A decisão provocou discussões na cidade de quase 7 mil habitantes do Norte do Rio Grande do Sul, de acordo com Walter. Segundo ele, todas as 17 entidades que receberam um espaço para criar o tapete ganharam as instruções, antes do feriado, sobre como deveriam ser os desenhos. Entre elas, está "não desenhar símbolos das entidades ou outros símbolos que não sejam religiosos".
Foi por esse motivo, conforme Walter, que a igreja resolveu apagar a mensagem, decisão que foi apoiada pelo padre Dirceu Balestrin. "Eles sabiam o que podiam colocar [no tapete], por que fizeram diferente?", resume Walter, que não acredita que o ato possa ser configurado como censura. "Aquele não era lugar de se manifestar. Foi o melhor a ser feito", conclui o religioso. O G1 tentou contato com o padre Dirceu, mas não teve as mensagens respondidas.
"Quem fala que religião e política não combinam não conhece a história"
Uma das integrantes da Pastoral da Juventude, que pediu para não ser identificada, classifica as mensagens como um "desabafo" do grupo sobre suas insatisfações com o país e com o governo de Michel Temer. "O Fora Temer significa que não aceitamos o congelamento dos investimentos na área da saúde e da educação, a retirada direito dos estudantes através do FIES,do Ciências sem Fronteiras, das bolsas de estudo nas universidades federais", cita ela, entre outras medidas do governo.
Na visão dos jovens, diz a jovem, não é possível separar política de religião. "A justificativa que usaram ao apagar é que religião e política não andam juntas, mas entende-se que Jesus Cristo foi o maior político da humanidade, pregava sempre defendendo os pobres e excluídos, enfrentava o imperialismo para defender os excluídos. Quem fala que religião e política não combinam não conhece a história", opina. Fonte: https://g1.globo.com
AO VIVO- INTERVENÇÃO MILITAR.
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ-AO VIVO- no Youtube Live, Facebook Live e Olhar Jornalista, apresenta o programa, A Palavra do Frei Petrônio. Em debate, A Intervenção Militar. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 29 de maio-2018.
Pronunciamento de Temer é acompanhado de panelaços por todo o país
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(No vídeo, a Palavra do Frei Petrônio- AO VIVO- Direto da Lapa, Rio de Janeiro)
O Distrito Federal foi um dos lugares em que ocorreram protestos
O pronunciamento em rede nacional do presidente Michel Temer foi marcado por panelaço e sons de “Fora Temer” em diferentes partes do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Brasília.
Em Águas Claras, imagens registradas por moradores mostram que, das janelas dos prédios, parte da população batia em panelas em protesto contra o presidente, que anunciou na noite deste domingo (27), medidas para atender as reivindicações dos caminhoneiros.
Entre as principais medidas está a redução de R$ 0,46 sobre o litro do diesel por 60 dias, a isenção de cobrança de pedágios para veículos vazios e o tabelamento de preço mínimo para frete de combustível. Fonte: www.correiobraziliense.com.br
QUEM PRECISA DAS FORÇAS ARMADAS? Leia o decreto do Presidente contra os caminhoneiros.
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QUEM PRECISA DAS FORÇAS ARMADAS? Leia o decreto do Presidente contra os caminhoneiros.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,caput, incisos IV e XIII, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 15 da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999,
D E C R E T A :
Art. 1º Fica autorizado o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem em ações de desobstrução de vias públicas federais no período da data de entrada em vigor deste Decreto até 4 de junho de 2018.
Parágrafo único. As ações de desobstrução de vias públicas federais serão realizadas sob a coordenação do Ministério da Defesa em conjunto com o Ministério Extraordinário da Segurança Pública.
Art. 2º O emprego das Forças Armadas, na forma e no período previstos nocaputdo art. 1º, para a desobstrução de vias públicas estaduais, distritais ou municipais fica autorizado mediante requerimento do Chefe do Poder Executivo estadual ou distrital, acompanhado de elementos que demonstrem a insuficiência de meios da Polícia Militar do ente federativo.
- 1º Na hipótese prevista nocaput, a desobstrução será feita sob a coordenação das Forças Armadas e com o apoio dos meios da Polícia Militar do ente federativo requisitados.
- 2º Fica dispensado o requerimento do Chefe do Poder Executivo estadual ou distrital a que se refere ocaputcaso a desobstrução de vias públicas estaduais, distritais ou municipais ocorram em cumprimento a decisão judicial, especialmente a medida cautelar deferida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 519.
Art. 3º As ações previstas neste Decreto poderão incluir, em coordenação com os órgãos de segurança pública, após avaliação e priorização definida pelos Ministérios envolvidos:
I - a remoção ou a condução de veículos que estiverem obstruindo a via pública;
II - a escolta de veículos que prestem serviços essenciais ou transportem produtos considerados essenciais;
III - a garantia de acesso a locais de produção ou distribuição de produtos considerados essenciais; e
IV - as medidas de proteção para infraestrutura considerada crítica.
Parágrafo único. As ações previstas nocaput, quando decorrentes do disposto no art. 2º, serão realizadas a juízo do Ministro de Estado da Defesa.
Art. 4º O Ministro de Estado da Defesa definirá a alocação dos meios disponíveis e o Comando que será responsável pela operação.
Parágrafo único. O Comando de que trata ocaputassumirá o controle operacional dos efetivos e dos meios pertencentes aos órgãos de segurança pública federais, distritais e estaduais disponibilizados para a operação.
Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 25 de maio de 2018, 197º da Independência e 130º da República.
MICHEL TEMER
Joaquim Silva e Luna
Raul Jungmann
Sergio Westphalen Etchegoyen
Fonte: https://g1.globo.com
TUCANO PRESO ? ! Justiça determina a imediata prisão de ex-governador
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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou hoje (22) o recurso apresentado pela defesa do ex-governador e ex-senador por Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), e determinou sua prisão imediata.
O tucano foi condenado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro pela primeira vez em dezembro de 2015, quando foi sentenciado a 20 anos e 10 meses de prisão por participação no chamado Mensalão Tucano.
Em agosto do ano passado, a condenação foi confirmada em segunda instância e a pena aplicada ao político foi reduzida em 9 meses, para 20 anos e um mês. O recurso negado hoje (22) pela 5ª Câmara do TJMG era o último possível na segunda instância, permitindo a prisão de Azeredo a qualquer momento.
O relator do processo, Júlio Cesar Lorens, e o revisor, desembargador Alexandre Victor de Carvalho, votaram favoravelmente à rejeição dos recursos e pela decretação da prisão imediata do ex-governador, sendo seguidos por outros três desembargadores.
Atendendo a um pedido da defesa, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho sugeriu que a expedição do mandado de prisão aguardasse a publicação do acórdão dos embargos julgados hoje, em razão da possibilidade de interposição de novo recurso.
O relator, no entanto, defendeu a manutenção da imediata expedição do mandado de prisão, sendo seguido pelos demais desembargadores. Azeredo foi denunciado pelo suposto envolvimento em um esquema de corrupção montado para beneficiar sua campanha de reeleição ao governo mineiro, em 1998.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), mais de R$ 3 milhões foram desviados de empresas estatais mineiras. Para o MPF, a prática dos crimes só foi possível por meio de “esquema criminoso” montado pelo publicitário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Em 2014, Eduardo Azeredo renunciou ao cargo de deputado federal, perdendo o foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal – o que fez com que seu processo fosse remitido à Justiça de primeira instância, em Minas Gerais, retardando o julgamento. A Agência Brasil tenta contato com a defesa de Eduardo Azeredo, mas não obteve retorno até a publicação da notícia.
Fonte: https://paraibaonline.com.br
José Dirceu tem até 17h de hoje para se entregar à Polícia Federal
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José Dirceu tem até 17h de hoje para se entregar à Polícia Federal
Com o último recurso negado, juíza determina o prazo para que o ex-ministro comece a cumprir a pena de 30 anos e 9 meses de prisão
Morando em Brasília desde maio de 2017, o ex-ministro José Dirceu deve se entregar até as 17h desta sexta-feira (18) na sede da Polícia Federal (PF) na capital. A ordem é da juíza substituta da 13ª Vara Federal Gabriela Hardt, que substitui Sérgio Moro, titular, que está fora do país. A juíza determinou a execução provisória da condenação de Dirceu a 30 anos e nove meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, no âmbito da Operação Lava-Jato.
José Dirceu mora no bairro do Sudoeste, de classe média alta em Brasília, e no ano passado foi alvo de vários protestos de moradores por sua presença no local. Na ocasião, o juiz Sérgio Moro determinou que o ex-ministro permanecesse em liberdade, com tornozeleira eletrônica, e que não poderia deixar o país. A determinação para Dirceu ficar em Brasília incluía ainda a proibição de deixar a cidade, não se comunicar, por qualquer meio ou por interpostas pessoas, com os coacusados ou testemunhas de três ações penais da Lava Jato e entregar em juízo de passaportes brasileiros e estrangeiros.
Decisão
A prisão do ex-ministro foi decidida após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) rejeitar, no início da tarde dessa quinta-feira (17), o último recurso de Dirceu contra a condenação na segunda instância da Justiça. Ainda cabe recurso às instâncias superiores.
Além de negar o recurso, a Quarta Seção do TRF4 determinou a imediata comunicação à 13ª Vara Federal para que fosse determinada a prisão, com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que autoriza a execução da pena após o fim dos recursos na segunda instância.
Condenação
Dirceu foi condenado por Moro a 20 anos e 10 meses de prisão em maio de 2016. Em setembro do ano passado, o TRF4 aumentou a pena para 30 anos e nove meses. A pena foi agravada devido ao fato de o ex-ministro já ter sido condenado por corrupção na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Dirceu teve participação em um esquema montado pela Engevix, uma das empreiteiras que formaram cartel para fraudar licitações da Petrobras a partir de 2005.
De acordo com a acusação, a empresa pagou propina a agentes públicos para garantir contratos com a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas e as refinarias Presidente Bernardes, Presidente Getúlio Vargas e Landulpho Alves.
O TRF4 negou os últimos embargos e autorizou a prisão também de Gerson Almada, ex-vice-presidente da Engevix, e do lobista Fernando Moura, antigo aliado de Dirceu. Fonte: www.em.com.br
ELEIÇÃO 2018: Joaquim Barbosa anuncia que não vai ser candidato à presidência: 'estritamente pessoal'
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Ex-presidente do STF fez anúncio pelo Twitter
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa anunciou que não vai ser candidato à presidência da República. Ele é filiado ao PSB e era cotado como um dos favoritos à candidatura pelo partido. Fonte: www.correio24horas.com.br
Temer afirma que solução do caso Marielle deverá ser apresentada em 'brevíssimo tempo'
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Em entrevista à CBN, presidente voltou a destacar o avanço das investigações
RIO - O presidente Michel Temer garantiu, nesta segunda-feira, que as investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes estão 'adiantadíssimas'. Em entrevista à Rádio CBN, Temer também afirmou que, 'em brevíssimo tempo', o caso deverá ser solucionado. Em abril, durante uma homenagem à vereadora, em Brasília, o presidente já havia comentado sobre o avanço das investigações. A vereadora do PSOL foi assassinada há 54 dias, no bairro do Estácio, na Zona Norte, após sair de um evento.
"Tratando-se de uma investigação, você não pode, evidentemente, trazê-la a público. As investigações, notícias que eu tenho recebido permanente, avançadíssimas. Há naturalmente suspeitos, mas não uma definição."
A expectativa é de que, nos próximos dias, a Divisão de Homicídios realize uma reconstituição do assassinato. Segundo o secretário de Segurança, general Richard Nunes, a reprodução vai ajudar na compreensão completa da dinâmica do crime e também para compatibilizar as diferentes versões de todas as testemunhas que já foram ouvidas pela polícia.
Ainda durante a entrevista, Temer voltou a comentar sobre a intervenção federal no Rio e a possibilidade de interrompê-la antes do prazo final.
"A intervenção está prevista até 31 de dezembro, mas nós estamos conversando sobre a hipótese de eventualmente ainda conseguir realizar a reforma da previdência. Então ela (intervenção federal) é até 31 de dezembro, mas pode ser interrompida se realmente ela der todos os resultados", pontuou.
Assim como já havia pontuado o ministro Raul Jungmann, em abril, quando considerou que o aumento da violência no Rio é 'reação' ao 'processo de mudança', Temer disse que o aumento dos tiroteios na Vila Kennedy, na Zona Oeste, por exemplo, é algo "natural".
"Toda vez que se faz um combate duro à criminalidade, existe uma reação, que é esperada. Não é um simples decreto de intervenção que traz paz e segurança a todos, é preciso dar tempo ao tempo. Se houver um plano de que, até setembro ou outubro, as coisas entrem no rumo... Mas é preciso viver esses momentos até lá. Quanto antes cessar a intervenção, melhor, não tenho dúvidas disso", disse Temer durante a entrevista. Fonte: https://oglobo.globo.com
Michel Temer faz breve visita ao local do incêndio em São Paulo
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Clima na região ficou tenso com a chegada do presidente na região, na manhã desta terça-feira
São Paulo - O presidente Michel Temer, que está em São Paulo para passar o feriado do Dia do Trabalho, fez uma breve visita ao local em que ocorreu um incêndio seguido de desabamento, no Centro de São Paulo, nesta terça-feira.
A chegada do presidente deixou o clima tenso na região. Michel Temer foi recebido com gritos de revolta por parte de populares que estavam no entorno acompanhando o trabalho do Corpo de Bombeiros.
"A gente já se encontrou com o assistente da Defesa Civil e colocou o Governo Federal inteiro à disposição. Agora serão tomadas providências para dar assistência para aqueles que perderam sua habitação. A situação era dramática. Tanto que aconteceu o que aconteceu. Não poderia deixar de vir aqui, afinal eu estava em São Paulo, ficaria muito mal eu não dar apoio aqueles que perderam suas casas", disse o presidente em sua breve conversa com a imprensa.
Algumas pessoas jogaram objetos contra o presidente e o carro em que ele estava. Com isso, Temer deixou o local apressado. Fonte: https://odia.ig.com.br
Ataque a tiros contra acampamento pró-Lula em Curitiba fere dois
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Um homem foi baleado no pescoço e encaminhado ao hospital. É o segundo ataque a tiros contra simpatizantes de Lula
Um ataque a tiros foi realizado na madrugada deste sábado contra o acampamento Marisa Letícia, em Curitiba, onde se concentram os apoiadores do ex-presidente Lula, preso na carceragem da Polícia Federal próximo ao local. Jeferson Lima de Menezes, de 39 anos, foi ferido no pescoço e levado em estado grave para a Unidade de Pronto Atendimento da cidade. Militantes petistas disseram que foram ouvidos ao menos 20 tiros. Segundo a Polícia, o autor do ataque seria um homem que se aproximou de carro e realizou os disparos: a perícia encontrou cápsulas de munição 9 milímetros no local, munição de uso exclusivo das forças armadas. Além do homem baleado, uma mulher fiou ferida por estilhaços sem gravidade. É o segundo ataque com armas de fogo contra simpatizantes do ex-presidente em um mês: em março, com Lula ainda em liberdade, um ônibus com integrantes de sua caravana foi alvejado também no Paraná.
Em nota, a presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann(PR), afirmou que "quem incita o ódio contra a esquerda, contra os movimentos sociais, contra Lula e contra o PT, é responsável por esses tiros!". O acampamento em apoio ao ex-presidente começou a ser montado no entorno da carceragem da PF logo após a prisão do petista, em 7 de abril. Posteriormente, a Justiça determinou a desocupação do local. Desde então os militantes acampam em um terreno alugado a aproximadamente 800 metros da área anterior. A Polícia informou que irá abrir inquérito para investigar o ataque.
O grupo acampado divulgou nota, dizendo que o ataque "é uma crônica anunciada". Desde o dia quando houve a mudança de local de acampamento, cumprindo demanda judicial, integrantes do movimento social haviam sido atacados na região. Desde aquele momento, a coordenação da vigília já exigia policiamento e apoio de viaturas, como foi inclusive sinalizado nos acordos para mudança no local do acampamento". Após o ataque os acampados realizaram um protesto de cerca de uma hora durante a manhã, pedindo o fim da violência e a apuração dos culpados.
O presidente estadual do PT no Paraná, Dr. Rosinha, criticou a falta de policiamento e segurança no local. “Nós desmanchamos o acampamento cumprindo ordem oficial. Fizemos a opção de ir para um terreno e seria garantida a segurança. Agora o que cobramos da Secretaria de Segurança Pública é investigação, que identifique o atirador”.
Em sua conta do twitter, a pré-candidata do PC do B à presidência, Manuela d'Ávila, lamentou o episódio e aproveitou para criticar o pré-candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que apareceu em um evento simulando disparos contra um boneco com o rosto de Lula. "No Brasil que eu quero viver tiros são não são disparados contra quem faz política. Esses tiros são uma ameaça a democracia!!! Lembram do episódio de Bolsonaro simulando tiros ao boneco de Lula? O que ele pensa sobre isso? Calará como no episódio de Marielle?", afirmou d'Ávila. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, responsável por coordenar o plano de Governo de Lula, classificou o ato como "outro ataque fascista".
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso envolvendo um tríplex no Guarujá investigado pela Operação Lava Jato. Fonte: https://brasil.elpais.com
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