O silêncio das ruas revela que não há mais esperança nas instituições brasileiras
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O silêncio das ruas revela que não há mais esperança nas instituições brasileiras
Dom Luiz Demétrio Valentini, bispo-emérito de Jales (SP), esteve em Brasília-DF, dias 31 de julho e 1º de agosto, para o encontro dos bispos da área social e os que integram a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Natural de São Valentim (RS), o religioso, que presidiu a Cáritas Brasileira por dois mandatos, concedeu entrevista ao Portal da CNBB sobre a crise brasileira. Para ele, o silêncio das ruas não é uma concordância tácita com o que está acontecendo, como alguns querem fazer acreditar. Pelo contrário, “é um sintoma preocupante de que não temos mais esperanças e sinais concretos para recuperar o rumo da caminhada histórica do Brasil”.
De acordo com o bispo-emérito, o poder Judiciário e o Congresso Nacional estão instrumentalizados para salvar os seus próprios privilégios. “Não se pode permitir que ministros do Supremo Tribunal Federal façam do seu cargo uma opção política partidária a ser defendida publicamente. Isto diminui a legitimidade, a confiança e é perigoso para uma nação”, disse. Dom Demétrio disse que os grandes interesses convergiram e o presidente que temos agora serve de instrumento da execução destes interesses escusos que não são publicados.
Segundo o bispo, “o trecho do cântico de Jeremias (Cântico Jr 14,17-21): “Até o profeta e o sacerdote perambulam pela terra sem saber o que se passa”, é uma descrição simbólica do que estamos vivendo no país. O religioso afirma que torna-se necessário ajudar o povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos, sua feição cultural, sua tradição e fazer convergir todas estas realidades para que a cidadania brasileira reencontre os rumos do país. Leia abaixo a íntegra da entrevista que ele concedeu ao Portal da CNBB.
Portal CNBB – Como avalia a crise política brasileira?
Dom Demétrio – Certamente, estamos vivendo um momento difícil, todos reconhecem, no qual há uma perca da identidade do povo brasileiro. Se torna necessário ajudar o povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos, sua feição cultural, sua tradição e fazer convergir todas estas realidades para recuperarmos um projeto de Nação. Estamos esquecendo nosso projeto de nação. Estamos sentindo novamente a necessidade de fazer, por exemplo, uma nova semana social brasileira para que a Igreja possa cumprir esta tarefa importante que tem de identificar e saber o que está acontecendo. Como diz o cântico de Jeremias: “Até o sacerdote e o profeta perambulam pela rua sem saber o que acontece”. É um pouco a descrição simbólica da realidade que estamos vivendo agora. A ausência de posicionamento revela de um lado um descrédito muito grande. Uma distância sempre crescente entre as estruturas sociais políticas e a vida do povo brasileiro. De tal modo que há um descrédito generalizado. Não é uma concordância tácita não, como alguns pretendem instrumentalizar este silêncio das ruas. É um sintoma preocupante de que não temos mais esperanças, sinais concretos de referências práticas para recuperar o rumo da nossa caminhada histórica do Brasil. Estamos vivendo um momento difícil que se caracteriza, sobretudo, pelo descrédito das instituições e por sua incapacidade em recuperar e superar a pecha sempre crescente da sua falta de legitimidade perante o povo brasileiro. Estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil e precisamos nos rearticular, enquanto Pastorais Sociais da CNBB como um todo, e retomar nossa missão profética de questionar os equívocos que estão acontecendo, os erros praticados e projetar para frente um novo projeto de Brasil que queremos.
Portal CNBB – Como avalia os passos do Michel Temer depois do impeachment da presidenta Dilma Rousseff?
Dom Demétrio – Se há dificuldades de convergências em torno de um projeto de país por outro se criou uma convergência que assusta. Interesses que estão se consolidando e convergindo para que se instrumentalizem o Congresso Nacional e o poder judiciário para salvar os próprios privilégios. Há uma espécie de trama que está sendo orquestrada para que isto se torne invisível e leve o Congresso a retrocessos políticos como, por exemplo, o que estamos assistindo com a nova lei trabalhista aprovada e a nova a lei da previdência social que estão propondo. Existe um interesse do liberalismo econômico que está voltando com força, como se a solução do Brasil fosse voltarmos aos tempos da revolução industrial em que se confrontavam os pequenos contra os poderosos, sempre com desvantagem evidente para os pequenos. Agora estamos assistindo esta realidade em que os grandes interesses convergiram e o presidente que temos serve de instrumento da execução destes interesses escusos que não são publicados, mas que aos poucos precisamos identificar para nos posicionar diante da crise política que estamos vivendo.
Portal CNBB – Como avalia o papel que o judiciário está desempenhando neste contexto de crise?
Dom Demétrio – Infelizmente ele também padece de credibilidade. Poucos têm segurança em pensar no Supremo Tribunal Federal e em outras instâncias da Justiça Brasileira. Existe uma insegurança e uma mescla de ações e atitudes que são claramente partidárias. Por exemplo, não se pode permitir que ministros do Supremo Tribunal Federal façam do seu cargo uma opção política partidária a ser defendida publicamente. Isto diminui a legitimidade, a confiança e é perigoso para uma nação. Quando se perde a confiança no judiciário estamos no limite da credibilidade fundamental que é preciso que exista, minimamente, para se levar em frente um projeto de país. Então o próprio Judiciário precisaria se questionar e deixar de ter posicionamento partidário e voltar a cumprir sua missão de ser a instância capaz de discernir e fazer as ponderações necessárias e avaliar bem para tomar decisões com legitimidade. A falta de credibilidade do judiciário é mais um sintoma da crise que estamos vivendo.
Portal CNBB – Neste contexto de crise das instituições e da própria democracia no Brasil, qual deve ser o papel da Igreja?
Dom Demétrio – Precisamos retomar a intuição de uma Constituinte para de novo repropor um projeto de país. Neste sentido, a Igreja se sente próxima ao povo, e deve se tornar mais próxima ainda, para poder recolher e ajudar a articular. Falta articulação no país agora, falta uma mediação e não existem instâncias que têm credibilidade para fazer esta mediação. Penso que a Igreja pode propor e se apresentar, não como aquela que tem a solução, mas com quem estimula a cidadania brasileira a reencontrar os rumos do país. Penso que a Igreja não pode fechar os olhos e não se omitir, precisa enfrentar o desafio de compreender a realidade e perceber quais são os interesses que estão em jogo e não se deixar instrumentalizar. Existe um desafio bem concreto para a Igreja de voltar a assumir a causa do país para que a cidadania possa retomar a sua vigência, sua ação concreta e sua articulação em benefício de toda a nação brasileira. Fonte: http://cnbb.net.br
Falta de mobilização reflete divisões sociais
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Sociólogos atribuem a apatia popular na crise a fatores que vão de uma frustração política à influência de setores
Medidas impopulares apresentadas pelo governo federal, denúncias criminais contra o presidente da República e outros políticos por corrupção, uma recessão econômica sem prenúncio de superação em curto prazo. Por isso e muito mais, o brasileiro reclama, mas não tem visto uma mobilização popular de massa que vá às ruas cobrar respostas dos representantes, como foi num passado não tão distante. Analistas políticos entrevistados pelo Diário do Nordeste apontam que a atual "apatia" da população tem causas que vão da decepção política à influência de setores dominantes, mas alguns sustentam que, a partir de manifestações como as de junho de 2013, uma nova geração (re)descobriu que é possível mobilizar.
A última semana começou colocando em números a instabilidade do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Pesquisa CNI/Ibope divulgada na última quinta-feira (27) mostra que o peemedebista tem, hoje, 70% de rejeição no País - a pior taxa desde a redemocratização. Dois dias antes, levantamento Ipsos Public Affairs revelou que 94% dos entrevistados reprovam a atuação do presidente à frente do Executivo Federal - um recorde de rejeição que superou os 93% registrados em pesquisa realizada no mês anterior.
O levantamento, feito na primeira quinzena de julho - ou seja, antes mesmo do anúncio recente do aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis -, não parece fragilizar o governo, que já dá como certo, por exemplo, ter os votos necessários para barrar denúncia criminal da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer, por crime de corrupção passiva, a ser votada no plenário da Câmara dos Deputados no dia 2 de agosto.
Antes disso, greves gerais convocadas por partidos de esquerda, movimentos sociais e entidades sindicais contra as reformas Trabalhista - já aprovada - e Previdenciária - em tramitação no Congresso Nacional - foram marcadas por paralisações e atos em todos os estados do País, mas, na avaliação dos próprios organizadores, não tiveram a abrangência esperada. Grupos que se organizaram pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), cujas bandeiras eram o combate à corrupção, o apoio à Operação Lava-Jato, o fim do foro privilegiado e outras, hoje também já não cobrem as ruas de verde e amarelo.
Vácuo
Para o sociólogo Clésio Arruda, professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), o Brasil, após o processo de impedimento da ex-presidente, vive um "grande vácuo", no qual parte da população está desmobilizada e outra parte está frustrada, embora haja uma indignação popular com o governo substituto.
"Foi criada uma expectativa de que, com a queda da Dilma, aquelas reivindicações de 2013 seriam conquistadas, então se gerou muitas promessas diante desse movimento e arregimentou-se grande parte da população que foi às ruas, acreditou e se sentiu protagonista da história. O momento, agora, é de grandíssima frustração. A gente tem uma sociedade dividida: aqueles que não eram favoráveis ao impeachment da Dilma ficaram completamente desmobilizados, são os 'perdedores' da luta. Por outro lado, a gente tem aqueles que viabilizaram o impeachment e, agora, uma boa parte percebe que o que tinha como expectativa não se realizou".
Na análise do sociólogo, para compreender a "apatia" popular do momento é importante lembrar o que motivou manifestações anteriores, como as de junho de 2013, que demarcavam, segundo ele, "um amadurecimento da democracia brasileira". "A gente tem um marco na mudança do comportamento da população, em geral, naqueles grandes movimentos da Copa do Mundo, em 2013. Aqueles movimentos surgem naquele momento sem uma direção exata. Havia reivindicações das mais variadas, mas há uma questão que estava presente: uma insatisfação com as mudanças que vinham acontecendo no Brasil".
De acordo com Clésio Arruda, porém, políticos se apropriaram da "euforia" das ruas para, com a mobilização, "direcionar" os movimentos. "Naquele momento, se coloca uma grande parte da população brasileira atenta àquilo que começa sem objetivo muito claro e foi direcionado a um objetivo que culminou no impeachment", diz.
Professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), o sociólogo Paulo Niccoli Ramirez, por sua vez, afirma que a ausência de manifestações populares de massa diante da atual crise político-econômica no Brasil está enraizada em dois fatores: uma divisão de classes e a influência dos grandes meios de comunicação. "Existe um forte preconceito de classe no País contra o PT e contra indivíduos oriundos das classes oprimidas, os trabalhadores. Esse é o primeiro ponto", coloca.
O outro, de acordo com o sociólogo, é o tratamento diferenciado dado pela grande imprensa aos dois momentos políticos que, segundo ele, influencia o comportamento de parte da população. "No caso do Temer, o que acontece: cada notícia negativa é sucedida por uma positiva: uma melhora superficial da economia, migalhas de melhorias que o governo tem demonstrado. Isso acaba mascarando uma visão mais crítica daqueles que foram a favor do impeachment".
Em entrevista ao Diário do Nordeste, ao traçar perspectivas para o retorno das atividades da Câmara dos Deputados em agosto, após o recesso parlamentar, deputados federais cearenses de partidos de oposição admitiram que, hoje, o governo tem os votos necessários para barrar a denúncia criminal que será votada em plenário no início do mês.
André Figueiredo (PDT) afirma que só uma mobilização popular poderia pressionar deputados aliados do peemedebista para que mudassem de voto. Segundo ele, porém, é necessário que a população "acorde" e demonstre, nas ruas, que as manifestações que reuniram milhares de pessoas durante o processo de impeachment de Dilma eram, de fato, "contra a corrupção". "A população está mais morna do que estava antes, não tem ido às ruas ou, se vai, vai em menor número do que foi no ano passado", aponta.
Revés
Sem maioria da oposição na Câmara, Chico Lopes (PCdoB) é outro que prega reação mais enérgica do eleitorado por mudanças. "Os eleitores têm que reagir, porque quem paga a conta são os eleitores. Só acredito em movimento de massa", diz.
O sociólogo Paulo Niccoli Ramirez, por outro lado, não acredita que uma mobilização popular representaria um revés ao mandato de Michel Temer no atual cenário. "Essa revolta já deveria ter ocorrido no início, com o flagrante da gravação de Temer (feita por Joesley Batista, dono da JBS). Agora, a questão que fica é: qual situação pior a essa poderia ser responsável para que a população se revoltasse? A Dilma caiu por muito menos, por uma questão de tese jurídica por má administração. No caso do Temer, estamos falando da esfera criminal", compara.
Já Clésio Arruda, professor da Unifor, pontua que, embora o momento seja de apatia por parte da população, manifestações recentes geraram uma "experiência acumulada de participação política" que contribui para a formação de uma consciência política no tempo presente e nas gerações futuras. "Isso não se perde historicamente. Temos novas gerações com capacidade de mobilização política. O que está faltando é motivação", observa. Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br
DIRETO DE BELO HORIZONTE-MG: Prefeito da Grande BH é preso sob acusação de pedofilia
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José Antônio Trindade, eleito para comandar Baldim, teria trocado mensagens pornográficas com adolescente usando telefone celular da prefeitura.
O prefeito de Baldim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, José Antônio Trindade (PT), foi preso na manhã desta segunda-feira, em casa. O político de 58 anos é acusado de uso indevido de bem público e pedofilia.
Em representação protocolada na semana passada, o Ministério Público acusa o prefeito de ter trocado mensagens de cunho pornográfico com um adolescente de 16 anos, utilizando, inclusive, aparelho celular de propriedade da prefeitura.
A Polícia Civil não passou outros detalhes sobre o caso sob a justificativa de não atrapalhar as investigações. De acordo com a corporação, foram realizadas buscas na casa e no gabinete do prefeito e apreendidos documentos, computadores e telefones celulares.
A prisão do prefeito foi pedida pelo MP, por meio da Procuradoria de Justiça de Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, a partir de investigações preliminares e depoimento do adolescente assediado. A prisão preventiva foi autorizada pelo Tribunal de Justiça.
O vice-prefeito, Alex Martins (PT), assumiu o cargo nesta segunda-feira. O Departamento Jurídico da Prefeitura informou que, pelo menos por enquanto, ninguém não vai se pronunciar sobre o assunto. Fonte: http://www.em.com.br
Aécio é o principal articulador por trás do duro ataque da Record à Globo
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Ontem à noite (Domingo, 16 de julho 2017), no programa Domingo Espetacular, da TV Record, o jornalista e blogueiro Luis Carlos Azenha, que já trabalhou na Globo, fez uma grande reportagem cujo alvo foi a toda poderosa das comunicações, as organizações Globo.
Azenha saiu da Globo rompido por conta de não aceitar se submeter às ordens de fazer antijornalismo de Ali Kamel e já há muito tempo denuncia os esquemas operados a partir do Jardim Botânico.
Em seu blogue, o Viomundo, já havia tratado de algumas das denuncias desta reportagem de 15 minutos que foi ao ar ontem.
Ou seja, não há novidade em Azenha fazer uma excelente matéria sobre a Globo comprovando por A + B os esquemas de corrupção e sonegação que envolvem a criação de uma teia de empresas fantasmas em paraísos fiscais. Empresas como a Empire, criada para que a Globo não pagasse impostos na compra dos direitos da Copa do Mundo.
Mas não foi só isso que a reportagem mostrou. Ela chamou a atenção para delação de Palocci, que estaria sendo ignorada porque o ex-ministro teria provas contra a Globo e ainda apresentou ao Brasil Paula Marinho, uma das herdeiras da emissora e que está no esquema Mossack Fonseca, onde mantinha três empresas de fachada em paraísos fiscais. E que pelo que se sabe é a verdadeira dona da Paraty House.
Quem conhece o esquema de guerra entre famílias do baronato ou da máfia, sabe que pode tudo, menos mexer com a família, principalmente os filhos dos patriarcas.
E a Record permitiu que a reportagem de Azenha fosse no gogó dos Marinhos. Por que isso aconteceu? O que está por trás desta declaração de guerra?
O blogueiro conversou com várias pessoas nos últimos dias para buscar entender o que havia levado a Globo a se distanciar de Temer e jurá-lo de morte política. Ao mesmo tempo também tentou entender os motivos que levaram a emissora a não proteger Aécio Neves quando ele foi pego nos áudios de Joesley.
Há algumas pistas para o que se passa, mas algo parece mais alvo do que a neve. Há uma guerra declarada nas facções do golpismo. De um lado estão Globo, ampla maioria do PIB, do sistema financeiro e do judiciário. Do outro, uma boa parte da classe política , incluindo o governo Temer e Aécio Neves, Gilmar Mendes e alguns ministros do Supremo e várias empresas de comunicação, entre elas, a Record. Mas não só ela.
E a veiculação da reportagem de ontem, que foi retransmitida até no Fala que eu te Escuto e em outros telejornais da emissora, foi a resposta desse grupo à forma como a Globo vem tentando derrubar Temer para passar a ter o controle total do espólio golpista.
Temer, evidentemente, está por trás da estratégia de ir pra cima da Globo. Mas quem estaria mais mordido com a emissora e jogando pesado para que outros veículos de comunicação entrassem numa guerra total contra a família Marinho é ele, o irmão de Andréa Neves e primo de Frederico Pacheco de Medeiros. Aécio Neves é o principal articulador da classe política para que todos os canhões sejam apontem para a emissora.
E três notas publicadas hoje na coluna política do jornal carioca O Dia ajudam a entender a dimensão desta guerra. A coluna revela que Temer teria ordenado a execução de eventuais dívidas da emissora com a União, de impostos e de financiamentos no BNDES.
Essa guerra tem potencial altamente explosivo. Inclusive porque a Globo já teria seduzido Rodrigo Maia a participar dos próximos capítulos que projetou para sua novela. Ele se tornaria presidente da República com o apoio da emissora. E tem se reunido com interlocutores da emissora com frequência. E já estaria discutindo com alguns amigos o pós Temer. Entre eles, Aldo Rebelo, que ainda está no PCdoB, mas que já está partindo para o PSB e toparia ser vice de Maia numa eleição indireta.
A guerra que está em andamento não é da Globo com a Record. Envolve muitos outros interesses e grupos poderosos. É uma guerra de facções que participaram do golpe. E pode ou levá-lo a um outro patamar, fazendo com que um setor fique na estrada. Ou implodir o próprio golpe, se os setores progressistas tiverem capacidade para entender o que está ocorrendo e conseguirem agir com celeridade e inteligência.
Como a Globo vai reagir a isso é que é o busílis da questão do que virá adiante. Este blogueiro acredita que ela continuará concentrando seus ataques no alvo central, Temer. E que como sabe que Aécio está por trás disso, também vai mirar mais fortemente nele. E, por ahora, deve deixar os bispos de lado.
Mas pode ser que ela resolva dar um exemplo para impedir que outras emissoras e veículos de comunicação se animem a ajudar a remar na canoa do bispo. Não, amigos, não foi uma matéria isolada. E vale a pena ficar atento para o que virá. Fonte: http://www.revistaforum.com.br
Popularidade levou Lula a se achar invulnerável, diz biógrafo britânico de petista
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"Com uma personalidade dominante, sempre há o perigo de se cercar apenas de pessoas que digam sim. Acho que, no início do PT, havia vozes diferentes e pessoas que desafiavam Lula. Acho que, quando ele se tornou presidente, isso se tornou um problema. Talvez não tenha havido pessoas suficientes dizendo: 'Lula, você está cometendo um erro, precisa ir numa direção completamente diferente'."
O diagnóstico acima é do acadêmico britânico Richard Bourne, autor do livro Lula of Brazil: The story so far ("Lula do Brasil: a história até agora", em tradução livre), que, em entrevista à BBC Brasil, expressou preocupação diante da primeira condenação do líder petista no âmbito da operação Lava Jato.
O juiz Sergio Moro condenou o ex-presidente a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso em que era acusado de receber um apartamento no Guarujá (SP) em troca da promoção de interesses da empreiteira OAS junto à Petrobras. Ele nega os crimes e poderá recorrer da sentença em liberdade.
O biógrafo, que conviveu com Lula no final de seu primeiro mandato, não está convencido de que o petista tenha sido o chefe do esquema de corrupção na Petrobras, mas acredita que ele "não fez perguntas suficientes" sobre como o partido arrecadava os recursos de campanha e geria a estatal. Bourne tampouco embarca na tese alimentada pelo PT de ele é vítima de uma perseguição política por parte do Judiciário.
Ele diz que o ex-presidente continua sendo alguém que "consegue iluminar um palanque", mas cuja popularidade pode ter contribuído para um sentimento de invulnerabilidade. Isso teria provocado em Lula tanto uma certa "tolerância à corrupção" quanto à ideia de que deve retornar ao poder em 2018.
A candidatura do petista, no entanto, pode se tornar inviável caso a condenação seja confirmada em segunda instância.
"Lula certamente é alguém vaidoso e isso piorou com o passar do tempo. Uma das piores coisas da morte de Marisa é que não há mais uma pessoa para desinflar um pouco essa vaidade e mostrar a ele o que ele deveria estar fazendo", reflete Bourne, que completa: "Ele deveria ter pensado melhor em outras maneiras de usar seu capital político em favor do país (após deixar o poder)."
Chefe 'improvável'
Há um ano, Bourne disse à BBC Brasil que, em sua opinião, Lula foi "conivente com a corrupção" durante seu governo. Mesmo assim, a condenação de Moro no processo do tríplex do Guarujá lhe causou surpresa. "Eu não imaginava Lula como esse chefe de um grande esquema de corrupção, como foi sugerido. Isso não quer dizer que eu não ache que ele possa ter se beneficiado de alguma forma, mas essa ideia de que ele era esse grande manipulador, como dizem os procuradores, não parecia provável", diz. "Eu ainda acho que Lula foi conivente com o sistema corrupto, e minha percepção de sua história sugere que ele foi muito relaxado em relação à corrupção. Acho que ele estava tolerando a corrupção a seu redor e não fez perguntas suficientes."
Em setembro de 2016, procuradores do Ministério Público Federal denunciaram formalmente o ex-presidente pela primeira vez no âmbito da Lava Jato, afirmando que ele era o "comandante máximo do esquema de corrupção" na Petrobras e "o verdadeiro maestro dessa orquestra criminosa".
Em sua sentença, no entanto, Moro não menciona a acusação de que Lula seria o articulador do esquema. Mais além, diz que é "forçoso reconhecer o mérito" do governo petista "no fortalecimento dos mecanismos de controle", citando medidas como o fortalecimento da Controladoria-Geral da União (CGU), investimentos na Polícia Federal e a independência do Ministério Público Federal.
Após o elogio, o juiz diz que o petista "subestimou a possibilidade" de que esse reforço nos meios de controle pudesse "levar à descoberta de seus próprios crimes".
Apesar das críticas de perseguição feitas a Moro e aos procuradores pela defesa de Lula, Richard Bourne acha que o sistema Judiciário brasileiro "está operando muito bem, e melhor do que o sistema político". Mesmo assim, ele vê na atuação do Ministério Público Federal uma tentativa de impedir a consolidação de Lula como favorito à Presidência nas próximas eleições. "Um dos objetivos dos procuradores ao ir atrás de Lula é retirá-lo da corrida presidencial. E isso já teve um sério impacto dentro do Brasil e internacionalmente. Muito da imagem que ele tinha já está danificado. É triste." Bourne demonstra preocupação também com o que diz ser "uma abordagem menos rígida da corrupção no governo Temer do que houve com Lula".
"Acho que há perguntas muito sérias (sobre o envolvimento de Temer com esquemas de propina) e fico triste de ver que a Comissão de Constituição e Justiça do Congresso votou para proteger Temer. Espero que, quando a situação for para o plenário, ele seja suspenso do cargo", diz Bourne.
Concessões
Na época em que o britânico escreveu sua biografia, Lula era famoso mundialmente como o cara", nas palavras do então presidente americano Barack Obama. Durante uma reunião do G20, em abril de 2009, Obama afirmou que o brasileiro era o "político mais popular da Terra". Era o auge da popularidade de Lula, mesmo após o escândalo do Mensalão - no qual seriam condenados dois de seus principais "homens fortes" no PT, o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do partido José Genoíno.
Para Bourne, esse é um dos momentos decisivos para o ex-presidente - no qual, avalia, a
Posição pode ter lhe subido à cabeça.
"Acho que em determinado momento ele pode ter se sentido invulnerável porque, não só no partido como no mundo, ele era tão forte. Ele tinha viajado o mundo e o Brasil, tinha sobrevivido a diversas derrotas eleitorais", avalia.
"Acho que ele sentiu que conseguiria manipular a situação e lidar com o sistema político brasileiro. É uma pena. Ele poderia ter feito muito mais para melhorar a natureza pouco representativa do Congresso."
Naquela altura, segundo o biógrafo, Lula já havia "desistido de algumas batalhas" para chegar à Presidência. "A 'Carta ao Povo Brasileiro', por exemplo, é um abandono do seu tipo inicial de socialismo. Quando ele foi eleito finalmente, ele já não queria problemas, estava pronto para fazer concessões."
As concessões, principalmente as alianças com antigos inimigos políticos, foram consideradas por muitos uma traição aos ideais do partido, e também deram início ao sentimento de que o PT havia se tornado "mais um" no jogo que prometeu mudar.
Até o momento de sua primeira eleição, em 2002, Lula criticava duramente o ex-senador do PMDB e ex-presidente José Sarney e chamava sua família de "mentirosa". Oito anos depois, no final de seu segundo mandato, Sarney o acompanhava pessoalmente no voo que o levaria até sua casa, em São Bernardo do Campo (SP), para a festa de despedida organizada pelo PT.
Em 2013, ao receber, juntamente com Sarney, a medalha Ulysses Guimarães, Lula parabenizou o ex-presidente por seu "comportamento digno" no comando do país.
"Eu acho que, para chegar a presidente da República, as pessoas têm de estar preparadas para saber que não são donas do país, são apenas donas de um mandato que tem tempo de validade, hora de chegada e hora de saída. E foi assim que o senhor se comportou", disse na ocasião.
Para Bourne, as alianças de Lula são parte importante do que o fez chegar ao poder, mas também podem ajudar a explicar sua implicação em escândalos de corrupção.
"Parte de seu talento como chefe de sindicato é que ele negociava com todos e não havia inimigo que ele não pudesse transformar em amigo. Isso é um talento, mas também, talvez, algo que o tenha levado a fazer concessões que não deveria ter feito."
"Mas não acho que ele traiu completamente os ideais do partido", pondera o biógrafo. "Ele, afinal, teve iniciativas como o Bolsa Família e outras que certamente ajudaram os mais pobres."
Nostalgia
Bourne diz que a candidatura de Lula em 2018 seria "um erro para ele e para o país", mas acredita que, se concorrer, ainda pode ser eleito, mesmo após o abalo que as acusações da Lava Jato causou em sua imagem.
As chaves para sua volta ao Palácio do Planalto, diz o britânico, seriam seu carisma e a imagem que seu governo ainda evoca do "Brasil que daria certo". "Lula ainda é bastante popular entre certos setores da população brasileira, é claro, mas em certo sentido muitas pessoas estão quase nostálgicas de um momento em que o Brasil parecia um lugar mais feliz e mais importante no mundo. E elas acham que ele conseguiria isso de novo", afirma.
"Mas acho que, se Lula conseguir ficar fora da prisão, faria mais sentido que usasse seu carisma para apoiar um candidato que valesse a pena, talvez alguém mais talentoso do que Dilma."
Uma pesquisa qualitativa encomendada pelo jornal Valor Econômico e divulgada fevereiro de 2017 indica que a "saudade" do otimismo econômico da era Lula pode, de fato, atrair votos para o ex-presidente - mesmo dos eleitores que se afastaram do PT após os escândalos de corrupção.
No final do último mês de junho, uma pesquisa do Datafolha mostrava que, apesar de ter o maior índice de rejeição entre os possíveis candidatos num primeiro turno, Lula ainda venceria na maioria dos cenários projetados.
"Falava-se que, quando Bill Clinton entrava em uma sala, todos instantaneamente se conectavam a ele. Lula é esse tipo de pessoa, alguém que consegue iluminar um palanque. Ele é um homem do povo, de fato. Isso não era atuação para ele, é como ele é. Esse sempre será o seu apelo", avalia o biógrafo.
"Mas ele é uma pessoa pouco disciplinada, que não usava seu tempo de maneira muito eficiente quando presidente. Gostava de encontrar as pessoas, mas provavelmente não era muito bom na parte mais chata e administrativa."
História
O bordão "nunca antes na história desse país" foi uma das marcas da retórica de Lula desde 2002, alvo de paródias feitas por admiradores e detratores.
Em outubro de 2016, num artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, intitulado "Por que querem me condenar", Lula diz confiar "que cedo ou tarde a Justiça e a verdade prevalecerão, nem que seja nos livros de história."
A obsessão do ex-presidente com o reconhecimento futuro chegou a ser medida pelo jornalista Ali Kamel, da TV Globo, no livro Dicionário Lula - Um Presidente Exposto Por Suas Palavras. Ao analisar 1.554 discursos do petista, o autor encontrou bordões como "nunca antes na história", "desde Cabral" e "desde a Proclamação da República" em 880 deles.
Para Richard Bourne, Lula deverá ser lembrado como um presidente que fez transformações e abriu caminhos para o Brasil - mas que poderia ter sido melhor. "Ele pode se orgulhar do que fez, especialmente no primeiro ano. Mas não é um homem atento aos detalhes, e não fez o suficiente pela educação brasileira, que tem problemas sérios. Ele podia ter feito mais, mas estava contra forças muito poderosas."
"Acho que, seja o que for que acontecer agora, em 50 anos os historiadores dirão: 'sim, Lula teve uma contribuição significativa no fim da ditadura militar, na maior participação do Brasil no cenário internacional, em ajudar os brasileiros mais pobres e em abrir a possibilidade de uma sociedade mais igualitária", conclui. http://www.bbc.com
LULA É CONDENADO: Lula é condenado na Lava Jato a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do triplex
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É a primeira vez, desde a Constituição de 1988, que um ex-presidente é condenado criminalmente. A decisão de Sérgio Moro permite que Lula recorra em liberdade.
O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo que envolve o caso da compra e reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. Ele foi condenado a nove anos e seis meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
É a primeira vez, desde a Constituição de 1988, que um ex-presidente é condenado criminalmente. A sentença foi publicada nesta quarta-feira (12) e não determina a prisão imediata de Lula. Na decisão, Moro permite que petista recorra em liberdade.
"[...] Considerando que a prisão cautelar de um ex-Presidente da República não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação. Assim, poderá o ex-Presidente apresentar a sua apelação em liberdade", diz a decisão.
Por "falta de prova suficiente da materialidade", o juiz absolveu Lula das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial numa transportadora, que teria sido pago pela empresa OAS.
O G1 fez contato com a defesa de Lula e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
"Por fim, registre-se que a presente condenação não traz a este julgador qualquer satisfação pessoal, pelo contrário. É de todo lamentável que um ex-Presidente da República seja condenado criminalmente, mas a causa disso são os crimes por ele praticados e a culpa não é da regular aplicação da lei. Prevalece, enfim, o ditado "não importa o quão alto você esteja, a lei ainda está acima de você (uma adaptação livre de 'be you never so high the law is above you')", escreveu Moro na sentença. Fonte: http://g1.globo.com
Senadoras ocupam cadeira do presidente do Senado e Eunício suspende sessão
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Após suspensão, luzes foram apagadas. Cinco senadoras sentaram nas cadeiras destinadas aos integrantes da Mesa Diretora, e quando presidente da Casa quis sentar, elas não deixaram.
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), suspendeu nesta terça-feira (11) a sessão aberta para analisar a reforma trabalhista após senadoras da oposição ocuparem a mesa do plenário, onde fica a cadeira do senador, e se recusarem a deixar o local.
Cerca de cinco minutos após Eunício ter determinado a suspensão, as luzes no plenário foram parcialmente apagadas. Nessa hora, o painel eletrônico marcava a presença de 49 dos 81 senadores no plenário.
Questionado sobre a situação, a assessoria de Eunício não disse de quem partiu a ordem para desligar as luzes. A oposição diz que a ordem partiu do presidente da Casa.
As senadoras oposicionistas que ocuparam os lugares na mesa são: Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Sousa (PT-PI).
Elas sentaram à mesa do plenário assim que a sessão foi aberta, por volta de 11h, quando Eunício ainda não estava no local. Pelas regras do Senado, qualquer senador pode abrir uma sessão, desde que haja quórum. Foi isso que as oposicionistas fizeram.
Contrárias à reforma trabalhista, as senadoras aproveitaram a primeira hora da sessão para passar a palavra para outros parlamentares que discursavam contra a proposta enviada pelo governo. Fonte: http://g1.globo.com
POLÍTICA: Temer opta por avião maior para voltar da Alemanha mais rápido
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Diante da agenda apertada e da necessidade de voltar logo para Brasília a fim de comandar pessoalmente as negociações com o objetivo de barrar a denúncia contra ele na Câmara, o presidente Michel Temer viajou para a Alemanha em um avião 767 da Força Aérea Brasileira (FAB).
Essa aeronave tem maior autonomia de voo e não precisa fazer escalas para chegar ou voltar de Hamburgo, na Alemanha, onde o presidente participará do encontro dos líderes do G20.
Se usasse o avião presidencial, Temer teria de pousar nas Ilhas Canárias, tanto na ida quanto na volta. O avião maior consome o dobro do combustível, mas permite seguir diretamente ao destino. O objetivo de Temer é estar de volta a Brasília no sábado (8). Fonte: http://g1.globo.com
NESTA SEGUNDA, 3. Ex-ministro Geddel Vieira Lima é preso por suspeita de atrapalhar investigações
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Segundo o Ministério Público, ex-ministro do governo Michel Temer teria agido para impedir eventuais delações do ex-deputado Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro, ambos presos.
O ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima foi preso preventivamente nesta segunda-feira (3) na Bahia, por decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília. Ele deve ser levado ainda nesta segunda por agentes da Polícia Federal para Brasília.
O G1 procurou por telefone as advogadas de Geddel, a assessoria de imprensa do ex-ministro e o diretório do PMDB, mas não tinha conseguido contato até a última atualização desta reportagem.
Ex-deputado e ex-ministro dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer, Geddel era um principais nomes do PMDB no governo até pedir demissão, em novembro do ano passado, depois de supostamente ter pedido a intervenção do então ministro Marcelo Calero (Cultura) para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador. À época, ele negou que tivesse feito pressão sobre Calero. No governo Temer, Geddel era um dos principais responsáveis pela articulação política com deputados e senadores.
Geddel Vieira Lima foi preso acusado de agir para atrapalhar investigações da Operação Cui Bono, que apura fraudes na liberação de crédito da Caixa Econômica Federal – o ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013, no governo Dilma Rousseff. A investigação, que se concentra no período em que Geddel ocupou o cargo, teve origem na análise de conversas registradas em um aparelho de telefone celular apreendido na casa do então deputado Eduardo Cunha.
O Ministério Público Federal (MPF) argumenta que Geddel atuou para evitar possíveis delações premiadas do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro, ambos presos pela Operação Lava Jato e também investigados na Cui Bono.
Segundo o MPF, Geddel tentou garantir que Cunha e Funaro recebessem vantagens indevidas para não fazer delação, além de “monitorar” o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo. Fonte: http://g1.globo.com
Advogado que estava no mesmo voo de Míriam Leitão diz que ela mente em vários pontos de seu texto
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O coordenador da setorial de Direitos Humanos do PT, Rodrigo Mondego, afirma que ninguém dirigiu a palavra diretamente à jornalista, que cantos na decolagem e aterrissagem foram apenas contra a Rede Globo
Por Redação
Em entrevista exclusiva à Fórum, Rodrigo Mondego, coordenador da Setorial de Direitos Humanos do PT, refuta como mentirosas afirmações feitas pela jornalista Míriam Leitão, que publicou coluna no jornal O Globo em que diz ter sofrido agressões verbais durante voo no sábado, 3 de junho, por parte de militantes do PT.
Rodrigo, apesar de não ser delegado da convenção do partido, voltou no mesmo voo com destino ao Rio de Janeiro. Segundo ele, Míriam Leitão foi reconhecida na fila de embarque, e parte dos militantes ficou “ouriçada” por ela ser uma das principais críticas ao partido, “que participou desse massacre midiático de mais de uma década contra o PT, com verdade e inverdades”, afirma.
Nessa hora, por ser advogado, conversou com as pessoas e falou para não dirigirem a palavra diretamente a ela. “Fazer manifestação contra a Globo é legítimo, é um direito constitucional, mas em nenhum momento dirija a palavra diretamente para a Míriam, porque ela vai querer, com certeza, criminalizar como uma injúria ou algo do tipo”, aconselhou.
Diz que assim que embarcaram, mesmo antes de os militantes cantarem, a Polícia Federal entrou o avião. Um policial de terno foi até a parte de trás da aeronave e questionou quem era o líder? Quem estava fazendo aquilo? A resposta foi que não havia líder, ali todo mundo era dirigente do partido. “E a gente não está fazendo nada. Quando a Polícia Federal saiu e o piloto decidiu decolar, o pessoal começou a gritar “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”, a “verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”, e cânticos do tipo.”
Ele relata que o voo não foi tranquilo, com algumas pessoas sentindo mal-estar pelas manobras do piloto. Assim que o avião estava descendo no Santos Dumont, novamente voltaram a gritar: “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo.” “Golpistas não passarão, fascistas não passarão.” Mas, segundo ele, um grito aberto, nunca olhando ou focando em Míriam Leitão.
Sobre a afirmação da jornalista em o Globo, que diz ter sido xingada por 2 horas, Mondego diz que é mentira. “As pessoas gritaram quando o avião estava subindo e quando estava descendo contra a Globo. Fora isso, ficaram fazendo brincadeiras entre si, num grupo de amigos. Sem contar que metade dos delegados eram mulheres, que discutiram sobre violência à mulher no congresso do partido, e nunca permitiriam um ataque machista, de conotação sexista”, diz.
Outra afirmação que o advogado afirma ser mentira de Míriam é que as pessoas ficavam empurrando a cadeira dela no voo. “Mentira, até porque ela estava perto do pessoal que era mais velho do partido, no meio do avião. Ela mente. Se isso não foi algo armado para ela se vitimizar, e mais uma vez atacar os militantes do PT, é muito estranho. Inclusive tem fotos dos comissários filmando tudo e não tem nenhuma filmagem até agora que comprove esses ataques absurdos que ela diz ter sofrido”, conclui.
O ódio a bordo
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POR MÍRIAM LEITÃO
Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo.
Sábado, 3 de junho, o voo 6237 da Avianca, das19h05, de Brasília para o Santos Dumont, estava no horário. O Congresso do PT em Brasília havia acabado naquela tarde e por isso eles estavam ainda vestidos com camisetas do encontro. Eu tinha ido a Brasília gravar o programa da Globonews.
Antes de chegar ao portão, fui comprar água e ouvi gritos do outro lado. Olhei instintivamente e vi que um grupo me dirigia ofensas. O barulho parou em seguida, e achei que embarcariam em outro voo.
Fui uma das primeiras a entrar no avião e me sentei na 15C. Logo depois eles entraram e começaram as hostilidades antes mesmo de sentarem. Por coincidência, estavam todos, talvez uns 20, em cadeiras próximas de mim. Alguns à minha frente, outros do lado, outros atrás. Alguns mais silenciosos me dirigiram olhares de ódio ou risos debochados, outros lançavam ofensas.
— Terrorista, terrorista — gritaram alguns.
Pensei na ironia. Foi “terrorista” a palavra com que fui recebida em um quartel do Exército, aos 19 anos, durante minha prisão na ditadura. Tantas décadas depois, em plena democracia, a mesma palavra era lançada contra mim.
Uma comissária, a única mulher na tripulação, veio, abaixou-se e falou:
— O comandante te convida a sentar na frente.
— Diga ao comandante que eu comprei a 15C e é aqui que eu vou ficar — respondi.
O avião já estava atrasado àquela altura. Os gritos, slogans, cantorias continuavam, diante de uma tripulação inerte, que nada fazia para restabelecer a ordem a bordo em respeito aos passageiros. Os petistas pareciam estar numa manifestação. Minutos depois, a aeromoça voltou:
— A Polícia Federal está mandando você ir para frente. Disse que se a senhora não for o avião não sai.
— Diga à Polícia Federal que enfrentei a ditadura. Não tenho medo. De nada.
Não vi ninguém da Polícia Federal. Se esteve lá, ficou na porta do avião e não andou pelo corredor, não chegou até a minha cadeira.
Durante todo o voo, os delegados do PT me ofenderam, mostrando uma visão totalmente distorcida do meu trabalho. Certamente não o acompanham. Não sou inimiga do partido, não torci pela crise, alertei que ela ocorreria pelos erros que estavam sendo cometidos. Quando os governos do PT acertaram, fiz avaliações positivas e há vários registros disso.
Durante o voo foram muitas as ofensas, e, nos momentos de maior tensão, alguns levantavam o celular esperando a reação que eu não tive. Houve um gesto de tão baixo nível que prefiro nem relatar aqui. Calculavam que eu perderia o autocontrole. Não filmei porque isso seria visto como provocação. Permaneci em silêncio. Alguns, ao andarem no corredor, empurravam minha cadeira, entre outras grosserias. Ameaçaram atacar fisicamente a emissora, mostrando desconhecimento histórico mínimo: “quando eles mataram Getúlio o povo foi lá e quebrou a Globo”, berrou um deles. Ela foi fundada onze anos depois do suicídio de Vargas.
O piloto nada disse ou fez para restabelecer a paz a bordo. Nem mesmo um pedido de silêncio pelo serviço de som. Ele é a autoridade dentro do avião, mas não a exerceu. A viagem transcorreu em clima de comício, e, em meio a refrões, pousamos no Santos Dumont. A Avianca não me deu — nem aos demais passageiros — qualquer explicação sobre sua inusitada leniência e flagrante desrespeito às regras de segurança em voo. Alguns dos delegados do PT estavam bem exaltados. Quando me levantei, um deles, no corredor, me apontou o dedo xingando em altos brados. Passei entre eles no saguão do aeroporto debaixo do coro ofensivo.
Não acho que o PT é isso, mas repito que os protagonistas desse ataque de ódio eram profissionais do partido. Lula citou, mais de uma vez, meu nome em comícios ou reuniões partidárias. Como fez nesse último fim de semana. É um erro. Não devo ser alvo do partido, nem do seu líder. Sou apenas uma jornalista e continuarei fazendo meu trabalho. Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com
Nota Oficial sobre a coluna da jornalista Miriam Leitão
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Presidenta do PT Gleisi Hoffmann orienta militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir pessoas por suas posições políticas, ideológicas ou por outro motivo
O Partido dos Trabalhadores lamenta o constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro no último dia 3 de junho, conforme relatado por ela em sua coluna de hoje. Orientamos nossa militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo, como confundi-las com as empresas para as quais trabalhem.
Entendemos que esse comportamento não agrega nada ao debate democrático. Destacamos ainda que muitos integrantes do Partido dos Trabalhadores, inclusive esta senadora, já foram vítimas de semelhante agressão dentro de aviões, aeroportos e em outros locais públicos.
Não podemos, entretanto, deixar de ressaltar que a Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil, e em nada tem contribuído para amenizar esse clima do qual é partícipe. O PT não fará com a Globo o que a Globo faz com o PT. Fonte: http://www.pt.org.br
POLÍTICA: Planalto teme que votos de Fux e Rosa no TSE influenciem STF
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Apesar da decisão do Tribunal Superior Eleitoral de rejeitar a cassação da chapa Dilma-Temer por 4 a 3, o Palácio do Planalto teme que os votos de Luiz Fux e Rosa Weber, a favor da cassação, influenciem o ambiente no Supremo se a Procuradoria Geral da República oferecer denúncia contra Temer.
Por isso, a estratégia do governo é "liquidar a fatura" no ambiente político, habitat natural de Temer, e não deixar que uma eventual denúncia de Rodrigo Janot seja submetida ao plenário do STF.
O STF só analisará uma eventual denúncia se a Câmara autorizar. O processo é o seguinte: se a PGR denunciar o presidente, uma comissão especial da Câmara e, depois, o plenário, terão de analisar a denúncia, que só irá para o Supremo se menos de 172 deputados votarem contra o andamento do processo. Durante esta semana, o presidente vai seguir na ofensiva para garantir votos na Câmara com o objetivo de barrar a eventual denúncia e, assim, evitar uma nova batalha jurídica - desta vez com ministros do STF.
A avaliação no Planalto é que, diferentemente da Corte eleitoral, não é possível traçar estratégias para garantir vitória e prever resultados no Supremo. Nas contas do governo, hoje, os ministros simpatizantes ao Planalto são Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, ex-ministro da Justiça de Temer.
Como Luiz Fux e Rosa Weber são vistos como ministros com votos contrários a Temer no caso de uma eventual denúncia, os demais integrantes do Supremo são vistos como incógnitas por auxiliares do presidente.
Isso porque, nas palavras de um interlocutor de Temer, existe no STF uma "maioria silenciosa". Fonte: http://g1.globo.com
JULGAMENTO DA CHAPA DILMA-TEMER: Nunes Maia compara Gilmar Mendes a Pilatos: 'respeito intelectual'
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Durante a leitura de seu voto, o ministro Napoleão Nunes Maia comparou o presidente do TSE, Gilmar Mendes, a Pôncio Pilatos, governador romano que decidiu pela crucificação de Jesus Cristo. Ele criticava que Pilatos ouviu a voz do povo ao decidir sobre o destino de Jesus.
— O que Pôncio Pilatos fez foi democratizar sua decisão. Ouvir a vox populi. Deu no que deu. Passou à História como um homem covarde, um juiz sem estrutura mental para enfrentar a turba — disse.
Na sequência, Nunes Maia descreveu Pilatos:
— Pilatos era um homem muito rico, bonito, general, casado com a sobrinha do imperador Tibério. Era poliglota e diplomata. Conversou com Jesus na língua nativa do mestre. Homem ilustrado para aquela época. Se você me permitir, professor Gilmar, vou dizer que Pôncio Pilatos tinha em seu tempo o respeito intelectual, a cultura, a profeciência e a admiração que tem Vossa Excelência hoje no Brasil — afirmou. Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com
Rede diz que há 'hipótese robusta' de Joaquim Barbosa se candidatar ao lado de Marina em 2018
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Segundo membros do partido ouvidos pela BBC Brasil, a principal hipótese é que ele concorra como vice da ex-senadora Marina Silva. Mas o cenário com Barbosa para presidente também é avaliado.
BBC BRASIL.com
Há uma "hipótese robusta" de que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa companha uma chapa com Marina Silva em 2018, de acordo com políticos e assessores da Rede.
Segundo membros do partido ouvidos pela BBC Brasil, a principal hipótese é que ele concorra como vice da ex-senadora Marina Silva. Mas o cenário com Barbosa para presidente também é avaliado.
A aproximação entre Marina e Barbosa ficou explícita dentro da Rede após uma longa conversa que os dois tiveram ao telefone na última terça-feira.
Políticos e pessoas ligadas à cúpula do partido afirmaram à reportagem que, desde então, Marina teceu diversos elogios a Barbosa. "Ele é muito gentil, um excelente político", teria afirmado. Depois da ligação, Marina e Barbosa teriam se falado outras vezes.
O senador Randolfe Rodrigues, também da Rede, estaria mantendo conversas indiretas com Barbosa e também o veria como um bom nome para a chapa ao lado de Marina, de acordo com pessoas próximas ao senador.
Em grupos de Whatsapp da Rede, o nome de Barbosa já é colocado como se fosse certo na chapa para a presidência de 2018. A maior dúvida entre os membros do partido é se ele encabeçará a campanha ou se será o vice de Marina.
Aproximação
O partido não confirma oficialmente a candidatura de Barbosa nem sua filiação. Mas o ex-ministro já deu deu diversos sinais de aproximação e intimidade com a Rede. Internamente, seu nome é visto como "excelente".
"Ele (Barbosa) já foi convidado mais de uma vez para se filiar ao partido, demonstrou simpatia, mas não sinalizou. Ele mostra simpatia pela ideia, mas ainda não houve acerto", disse um membro da Rede à BBC Brasil.
Nesta manhã, o ex-ministro acompanhou o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do processo que pode cassar o presidente Michel Temer. Sua presença causou certa surpresa. Justamente nesta quinta o processo entra na sua fase mais importante.
Barbosa sentou-se na primeira fileira. Entre as pessoas que o acompanhavam estava Zé Gustavo - porta-voz nacional Rede. O deputado federal Alessandon Molon (Rede-RJ), que acompanha o julgamento desde seu início, há dois dias, também estava no TSE.
Em entrevista à BBC Brasil, Gustavo não confirmou que há conversas entre o partido e Barbosa, mas que Marina tem hábito de conversar com ele para entender o cenário político. "Ele daria uma grande contribuição ao país", disse.
Na quarta-feira, Joaquim Barbosa defendeu eleições diretas no caso de uma eventual cassação de Michel Temer e não descartou sua possível candidatura. "Eu sou cidadão brasileiro, cidadão pleno, há três anos livre das amarras de cargos públicos. Portanto, a decisão de me candidatar ou não está na minha esfera de deliberação", afirmou. Fonte: www.terra.com.br
POLÍTICA: Temer dá como certa vitória no TSE e se prepara para barrar impeachment
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Convencido de que o presidente será absolvido pela corte, ministros dele já estudam dar demonstração de força no Congresso para enterrar de vez qualquer possibilidade de investigação contra o peemedebista.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bérgamo, o governo de Michel Temer já se prepara para o dia seguinte à votação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Convencido de que o presidente será absolvido pela corte, ministros dele já estudam dar demonstração de força no Congresso para enterrar de vez qualquer possibilidade de investigação contra o peemedebista.
“A primeira providência seria derrotar Rodrigo Janot no parlamento. O procurador-geral da República deve oferecer denúncia contra Temer. Mas, para que ela siga adiante, é preciso autorização do Congresso. O governo acredita que derruba a iniciativa com cerca de 250 votos.
Depois dessa segunda eventual vitória, o governo partiria para a terceira, e que considera a última: a votação de recurso de algum deputado de oposição pedindo que as propostas de impeachment contra Temer tramitem na casa. A bancada governista derrotaria a ideia no voto, evitando que novos pedidos voltassem a tramitar, ao menos no médio prazo.
Superada essa terceira, digamos, batalha, Temer falaria à nação. E pediria trégua para se dedicar exclusivamente a governar”. Como diria o saudoso craque Garrincha, cujos restos mortais sumiram do cemitério, falta combinar com os russos.
*Com informações da coluna de Mônica Bérgamo
NESTA QUINTA, 8: Base de Temer tentou apressar tramitação e teve de recuar.
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Rolo compressor continua para tentar entregar a reforma até o final de junho
O relator da reforma trabalhista, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), tentou ler hoje na Comissão de Assuntos Sociais, CAS, do Senado o texto da reforma que retira direitos dos trabalhadores. A estratégia é passar o rolo compressor e aprovar diversas medidas neste mês de junho, antes que o governo Temer caia. O relatório foi aprovado na última terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos e precisa passar ainda pela CAS e pela Comissão de Constituição e Justiça, CCJ, antes de ir a plenário.
A oposição alegou que a atividade de hoje não poderia acontecer porque não fora colocada na pauta da comissão dois dias antes, como manda o regimento interno Foi feito acordo como líder do governo, Romero Jucá, para que ficasse para a próxima semana. A intenção de Jucá e dos governistas é votar nas comissões até o dia 28 para que chegue a plenário antes do recesso parlamentar de julho.
Sem emendas – A pressa para aprovar a reforma de qualquer jeito levou relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e a base do governo a recusar mais de mais de 400 destaques e emendas já apresentados na primeira votação. Querem aprovar o texto original da Câmara dos Deputados para que não tenha de voltar a ser analisado na outra casa legislativa. Fonte: http://www.revistaforum.com.br
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