Papa: o Evangelho é boa notícia, não se comunica com a "cara fechada"
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Alegria, fruto do Espírito Santo, foi o tema da catequese do Santo Padre na Audiência Geral desta quarta-feira, 27 de novembro. “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”, afirmou Francisco.
Thulio Fonseca - Vatican News
Na Audiência Geral desta quarta-feira (27/11), o Papa Francisco, rodeado por adolescente que ele mesmo convidou para estarem ao seu lado na Praça São Pedro, dedicou sua catequese aos frutos do Espírito Santo, com especial ênfase na alegria. Inspirado pela Epístola aos Gálatas, onde São Paulo descreve os frutos do Espírito como “caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança” (Gl 5,22), o Pontífice destacou que esses frutos nascem de uma colaboração entre a graça divina e a liberdade humana e exprimem sempre "a criatividade da pessoa, na qual ‘a fé opera pela caridade’ (Gl 5,6), por vezes de forma surpreendente e alegre”.
"Nem todos na Igreja podem ser apóstolos, profetas, evangelistas; mas todos nós, sim, devemos ser caridosos, devemos ser pacientes, devemos ser humildes, construtores de paz e não de guerra."
A alegria evangélica, uma fonte inesgotável
Francisco relembrou as palavras iniciais de sua Exortação Apostólica Evangelii gaudium, sublinhando que “a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”. Essa alegria, explicou o Santo Padre, não se desgasta com o tempo e se multiplica quando compartilhada. Diferente de qualquer outra alegria humana, marcada pela transitoriedade, a alegria evangélica pode renovar-se diariamente e tornar-se contagiosa:
“Somente graças a este encontro – ou reencontro – com o amor de Deus, que se converte em amizade feliz, é que somos resgatados da nossa consciência isolada e da autorreferencialidade."
Com Jesus, há sempre alegria e paz
Ao recordar que, na vida, haverá momentos tristes, o Papa sublinhou que sempre haverá paz, pois com Jesus há alegria e paz:
"Tudo passa rápido. Pensemos juntos: a juventude, a mocidade – passa rápido –, a saúde, as forças, o bem-estar, as amizades, os amores... Duram cem anos, mas depois... não mais que isso. Passa rápido. Aliás, mesmo que essas coisas não passassem tão rápido, depois de um tempo já não bastam ou até se tornam tediosas, porque, como dizia Santo Agostinho dirigindo-se a Deus: 'Tu nos fizeste para Ti, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não repousa em Ti'. Existe essa inquietação do coração na busca pela beleza, pela paz, pelo amor, pela alegria."
O exemplo de São Filipe Neri
O Papa destacou que a palavra “Evangelho” significa boa nova e, por isso, não pode ser comunicada com “rostos sombrios e caras fechadas”. Ao recordar a exortação de São Paulo aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos!” (Fp 4,4), o Pontífice enfatizou a importância da alegria na evangelização e citou São Filipe Neri, conhecido como o “santo da alegria”:
"São Filipe Neri tinha tanto amor por Deus que, por vezes, parecia que o seu coração ia explodir no peito. A sua alegria era, no sentido mais pleno, um fruto do Espírito. O santo participou do Jubileu de 1575, que ele enriqueceu com a prática, mantida mais tarde, de visitar as Sete Igrejas. Foi, no seu tempo, um verdadeiro evangelizador pela alegria. E ele tinha isso justamente de Jesus, que sempre perdoava, perdoava tudo. Talvez alguém de nós possa pensar: 'Mas eu cometi este pecado, e este não terá perdão…'. Escutem bem isto: Deus perdoa tudo, Deus perdoa sempre. E essa é a alegria: ser perdoado por Deus. E aos padres e confessores eu sempre digo: 'Perdoem tudo, não perguntem demais; mas perdoem tudo, tudo e sempre'."
A força da evangelização
Ao concluir a catequese, o Papa incentivou os fiéis a refletirem sobre como compartilham a alegria do Evangelho em sua vida diária. “A alegria de quem encontrou o tesouro escondido e a pérola preciosa é a verdadeira força da evangelização”, afirmou o Pontífice, convidando todos a viver e comunicar o Evangelho com um coração transbordante de alegria.
"Caros irmãos e irmãs, sejam alegres com a alegria de Jesus em nosso coração." Fonte: https://www.vaticannews.va
Papa no Angelus: Jesus é o "Rei" do perdão, da paz e da justiça
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Jesus é o meu Rei ou tenho outros "reis"? Foi a pergunta que Francisco fez aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para o Angelus na Solenidade de Cristo Rei do Universo.
Vatican News
Já com a árvore de Natal na Praça São Pedro, o Papa rezou com os fiéis o Angelus dominical na Solenidade de Cristo Rei, que encerra o ano litúrgico. Em sua alocução, Francisco comentou o trecho do Evangelho narrado em João (18,33-37), que apresenta Jesus diante de Pôncio Pilatos. Entre os dois, tem início um breve diálogo e o Pontífice se deteve em duas palavras que, entre as perguntas e respostas, adquirem um novo significado: “rei” e “mundo”.
Num primeiro momento, Pilatos pergunta a Jesus: “És tu o rei dos judeus?”. Raciocinando como funcionário do império, quer perceber se o homem que tem diante de si constitui uma ameaça, e um rei para ele é a autoridade que governa todos os seus súbditos. Em resposta, Jesus afirma que é rei, sim, mas de uma forma muito diferente! Jesus é rei porque é testemunha: é Aquele que diz a verdade. O poder real de Jesus, Verbo encarnado, reside na sua palavra verdadeira e eficaz, que transforma o mundo.
Mundo: eis o segundo momento. O “mundo” de Pôncio Pilatos é aquele onde o forte triunfa sobre o fraco, o rico sobre o pobre, o violento sobre o manso. "Um mundo que, infelizmente, conhecemos bem", constatou Francisco. Jesus é Rei, mas o seu reino não é deste mundo. De fato, o mundo de Jesus é o mundo novo, o mundo eterno, que Deus prepara para todos, dando a sua vida para a nossa salvação. É o reino dos céus, que Cristo traz à terra, derramando graça e verdade.
“O mundo do qual Jesus é Rei redime a criação arruinada pelo mal com a força do amor divino, que liberta e perdoa, que doa paz e justiça.”
“Mas é verdade isto, padre?”. Sim, como é a sua alma? Há algo de pesado ali dentro? Alguma culpa antiga? Jesus perdoa sempre. Jesus não se cansa de perdoar. Este é o Reino de Jesus. Se há algo ruim dentro de você, peça perdão. E Ele perdoa sempre.
O diálogo entre eles, prosseguiu o Papa, não se transforma em entendimento, Pilatos não se abre à verdade, apesar de estar perante ela. Manda crucificar Jesus e ordena que se escreva na cruz: “O Rei dos Judeus”, mas sem compreender o significado dessas palavras. No entanto, Cristo veio ao mundo, a este nosso mundo: quem é da verdade, ouve a sua voz. É a voz do Rei do universo, que se fez servo de todos. Francisco então se dirigiu aos fiéis com as seguintes perguntas:
"Posso dizer que Jesus é o meu “rei”? Ou dentro do coração tenho outros 'reis'? Em que sentido? A sua Palavra é o meu guia, a minha certeza? Vejo Nele a face misericordiosa de Deus que sempre perdoa, que está nos esperando para nos dar o perdão? Rezemos juntos a Maria, serva do Senhor, enquanto esperamos com esperança o Reino de Deus." Fonte: https://www.vaticannews.va
Papa: percorrer a santidade pela prática das Bem-aventuranças no dia a dia
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O caminho da santidade, recordou o Papa no Angelus desta sexta-feira, 1º de novembro e Dia de Todos os Santos, começa pelo comprometimento em primeira pessoa em "praticar as Bem-aventuranças do Evangelho nos ambientes em que vivo". Tantos os santos venerados nos altares como aqueles da "porta ao lado" são "pessoas 'cheias de Deus', incapazes de permanecer indiferentes às necessidades do próximo; testemunhas de caminhos luminosos, possíveis também para nós".
Andressa Collet - Vatican News
Neste 1º de novembro a Igreja celebra o Dia de Todos os Santos, feriado na Itália, mas não no Brasil que o faz no domingo, dia 3 de novembro. Na Praça São Pedro, também ponto de partida para a tradicional Corrida dos Santos na sua décima sexta edição com 4 mil atletas, o Papa refletiu no Angelus sobre o Evangelho do dia (cf. Mt 5,1-12) e as Bem-aventuranças proclamadas por Jesus, que são "a carteira de identidade do cristão e o caminho da santidade", aquele feito por amor, "que Ele mesmo percorreu primeiro ao se tornar homem, e que para nós é tanto um dom de Deus quanto a nossa resposta".
O caminho da santidade
É dom de Deus, explicou Francisco, porque, é para Ele "que pedimos que nos faça santos, que torne o nosso coração semelhante ao seu", de modo que em nós, como dizia o Beato Carlo Acutis, "tenha sempre 'menos de mim para dar lugar a Deus'". O que nos leva ao segundo ponto, continuou o Pontífce, a nossa resposta:
O Pai do céu, de fato, nos oferece a sua santidade, mas não a impõe a nós. Ele a semeia em nós, nos faz sentir o gosto e ver a beleza, mas depois espera e respeita o nosso “sim”. Deixa a nós a liberdade de seguir as suas boas inspirações, de nos deixarmos envolver por seus projetos, de fazer nossos os seus sentimentos (cf. Dilexit nos, 179), colocando-nos, como Ele nos ensinou, a serviço dos outros, com uma caridade cada vez mais universal, aberta e dirigida a todos, ao mundo inteiro.
Tudo isso vemos na vida dos santos, apronfundou o Papa, ao citar o caminho da santidade feito por "São Maximiliano Kolbe, que em Auschwitz pediu para tomar o lugar de um pai de família condenado à morte; ou em Santa Teresa de Calcutá, que passou sua existência a serviço dos mais pobres entre os pobres; ou no bispo São Óscar Romero, assassinado no altar por ter defendido os direitos dos últimos contra os abusos dos prepotentes". Santos "moldados pelas Bem-aventuranças" que são venerados nos altares, sem esquecer "aqueles que estão 'na porta ao lado', com quem convivemos todos os dias" e são "pessoas 'cheias de Deus', incapazes de permanecer indiferentes às necessidades do próximo; testemunhas de caminhos luminosos, possíveis também para nós".
“Perguntemo-nos então: eu peço a Deus, em oração, o dom de uma vida santa? Deixo-me guiar pelos bons impulsos que o seu Espírito desperta em mim? E me comprometo em primeira pessoa a praticar as Bem-aventuranças do Evangelho nos ambientes em que vivo?” Fonte: www.vaticannews.va
Jubileu: Papa abre Porta Santa em penitenciária de Roma em 26 de dezembro.
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O próprio Pontífice havia anunciado o gesto na Bula de Proclamação “Spes non confundit” do Jubileu Ordinário de 2025. O arcebispo Fisichella confirmou a data e o local nesta segunda-feira (28/10), durante a coletiva de imprensa sobre os eventos do Ano Santo, informando sobre um acordo com o ministro da Justiça da Itália para tornar efetivas as formas de reinserção para vários detentos através de atividades sociais.
Salvatore Cernuzio - Vatican News
Esta será a sua décima quinta visita a uma prisão, desta vez para um dos momentos mais significativos de todo o pontificado e da história dos próprios Jubileus: em 26 de dezembro, festa de Santo Estêvão, o Papa Francisco vai abrir a Porta Santa na Penitenciária de Rebibbia, em Roma. Nesse local, já visitado há nove anos para uma Quinta-feira Santa, o Papa quer ir como um “peregrino de esperança” e, idealmente, colocar-se ao lado dos detentos de todas as prisões do mundo.
O anúncio na Bula “Spes non confundit”
O gesto, um sinal tangível de esperança que o Jubileu traz consigo, foi anunciado pelo próprio Francisco na Bula de Proclamação do Ano Santo “Spes non confundit”. No ponto 10, o Papa, pedindo condições dignas para todos aqueles que são “privados de liberdade” e que “experimentam todos os dias, além da dureza da reclusão, o vazio afetivo, as restrições impostas e, em não poucos casos, a falta de respeito”, escreveu:
“Para oferecer aos presos um sinal concreto de proximidade, eu mesmo desejo abrir uma Porta Santa numa prisão, para que seja para eles um símbolo que os convida a olhar o futuro com esperança e renovado compromisso de vida.”
A data e o local foram anunciados na manhã desta segunda-feira (28/10) por dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, durante a conferência na Sala de Imprensa do Vaticano sobre os eventos do Jubileu.
A Porta Santa em Bangui e as visitas à Rebibbia
Essa visita à Penitenciária de Rebibbia também é uma novidade em comparação com a tradição secular dos Jubileus, que sempre viu o Papa abrir apenas a Porta Santa da Basílica de São Pedro e as quatro basílicas papais. O anterior havia sido em 2015, quando Francisco decidiu lançar o Jubileu Extraordinário da Misericórdia abrindo a Porta Santa da Catedral de Bangui, como parte de sua viagem à República Centro-Africana, à qual ele queria chegar a todo custo, apesar dos avisos e preocupações sobre a violência que ocorria nas ruas da capital.
Agora Rebibbia, uma prisão que Jorge Mario Bergoglio já havia visitado em 2015, indo ao “Novo Complexo” para lavar os pés de 12 detentos de diferentes nacionalidades. Em seguida, ele retornou em 28 de março deste ano, indo celebrar a missa em Coena Domini na prisão feminina de Rebibbia, lavando os pés de 12 mulheres. No total, o Papa visitou 15 penitenciárias nos anos do seu pontificado: a maioria na Itália, algumas também durante viagens ao exterior, como em Palmasola, na Bolívia, há 9 anos.
Acordo com o Ministério da Justiça da Itália
O arcebispo Fisichella enfatizou que o Papa Francisco se preocupa particularmente com a situação daqueles que estão enfrentando a dureza da prisão e pediu sinais tangíveis de esperança. Nesse sentido, disse ele, ‘haverá iniciativas concretas a serem implementadas em cooperação com o governo italiano, formas de anistia e caminhos de reintegração no trabalho para ajudar os prisioneiros a recuperar sua autoconfiança’. De fato, em 11 de setembro, foi assinado um acordo com o ministro da Justiça, Carlo Nordio, e o comissário do governo, Roberto Gualtieri, para tornar efetivas, durante o Ano do Jubileu, formas de reintegração para vários prisioneiros por meio de emprego em atividades de trabalho social. Fonte: www.vaticannews.va
Papa: não uma Igreja acomodada e desistente, mas que "suja as mãos" para servir
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Francisco concluiu a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos no Vaticano com uma missa na Basílica de São Pedro. O Pontífice convocou a Igreja a se levantar, escutar e caminhar ao lado dos mais vulneráveis, inspirada pelo Evangelho e movida pelo serviço e pela missão: "Deixemos de lado o manto da resignação, confiemos ao Senhor a nossa cegueira, coloquemo-nos de pé e levemos a alegria do Evangelho pelos caminhos do mundo."
Thulio Fonseca - Vatican News
Neste domingo, 27 de outubro, a Basílica de São Pedro acolheu cerca de 5 mil fiéis para a missa conclusiva da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, presidida pelo Papa Francisco. O Pontífice dirigiu-se a cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos, convocando-os a refletir sobre a postura da Igreja diante dos desafios atuais, através do exemplo de Bartimeu, o cego que, mesmo marginalizado, encontrou forças para gritar a Jesus e seguir pelo caminho.
A partir da passagem do Evangelho deste trigésimo domingo do tempo comum (Mc 10, 46-52), que narra a cura de Bartimeu, o Papa ressaltou a importância de uma Igreja em movimento, atenta às necessidades e clamores da humanidade: "Uma Igreja sentada é uma Igreja estagnada, incapaz de enxergar o Senhor em seu meio e de responder aos apelos do mundo". Francisco usou a imagem do cego "à margem da estrada" para ilustrar a necessidade de uma comunidade que não se limite a observar de longe, mas que, impulsionada pelo chamado de Cristo, se levante e siga adiante.
Escutar e responder ao grito do mundo
O Papa, ao proferir a homilia, destacou que, ao longo da Assembleia Sinodal, a Igreja foi chamada a abrir-se ao grito dos marginalizados, daqueles que buscam acolhimento, e daqueles que, silenciosamente, sofrem. A exemplo de Bartimeu, Francisco enfatizou que a Igreja não pode ignorar o sofrimento e as necessidades de tantos irmãos e irmãs. Recordemos isto, enfatizou o Santo Padre, "o Senhor passa, o Senhor passa sempre e cuida da nossa cegueira. E é bonito que o Sínodo nos impulsione a ser Igreja como Bartimeu: a comunidade dos discípulos que, ouvindo passar o Senhor, sente a emoção da salvação, deixa-se despertar pela força do Evangelho e começa a gritar-Lhe. E fá-lo acolhendo o grito de todos os homens e mulheres da terra: o grito dos que querem descobrir a alegria do Evangelho e dos que, pelo contrário, se afastaram; o grito silencioso dos indiferentes; o grito dos que sofrem, dos pobres e dos marginalizados; a voz quebrada dos que já nem sequer têm força para gritar a Deus, porque não têm voz ou porque se resignaram".
“Não precisamos de uma Igreja sentada e desistente, mas de uma Igreja que acolhe o grito do mundo e suja as mãos para servir o Senhor.”
Uma Igreja missionária e sinodal
Ao lembrar a interação entre Bartimeu e Jesus, Francisco explicou que, assim como o cego clamou por ajuda e foi atendido, também a Igreja deve escutar ativamente os clamores de hoje, fazendo-se próxima dos que necessitam de amparo espiritual, material e humano. A postura sinodal da Igreja, recordou o Papa, também pode ser simbolizada pelo seguimento de Bartimeu no caminho de Jesus: "uma comunidade em constante movimento, iluminada pelo Espírito Santo e impulsionada pela missão de levar a luz do Evangelho ao mundo". Não caminhemos sozinhos ou segundo os critérios do mundo, mas juntos, como discípulos do Senhor, reforçou o Santo Padre:
"Irmãos e irmãs: não uma Igreja sentada, mas uma Igreja em pé. Não uma Igreja muda, mas uma Igreja que acolhe o grito da humanidade. Não uma Igreja cega, mas uma Igreja iluminada por Cristo, que leva aos outros a luz do Evangelho. Não uma Igreja estática, mas uma Igreja missionária, que caminha com o Senhor pelas estradas do mundo."
Amor, unidade e misericórdia
O Pontífice, ao voltar seu olhar para a relíquia da "Cátedra de São Pedro", restaurada e exposta para a veneração dos fiéis, recordou o verdadeiro significado do poder e da liderança na Igreja. Para Francisco, esta imagem da Cátedra expressa a essência do serviço e da unidade, valores essenciais para a Igreja sinodal:
"Enquanto damos graças ao Senhor pelo caminho percorrido em conjunto, poderemos ver e venerar a relíquia da antiga Cátedra de São Pedro, cuidadosamente restaurada. Recordemos que esta é a Cátedra do amor, da unidade e da misericórdia, segundo o preceito que Jesus deu ao Apóstolo Pedro de não exercer domínio sobre os outros, mas de os servir na caridade. E admirando o majestoso baldaquino de Bernini, mais resplandecente do que nunca, redescobrimos que ele enquadra o verdadeiro ponto focal de toda a Basílica, isto é, a glória do Espírito Santo. Esta é a Igreja sinodal: uma comunidade cujo primado está no dom do Espírito, que nos torna irmãos em Cristo e nos eleva até Ele."
"Coragem, levanta-te, Ele te chama"
Ao encerrar a homilia, o Papa exortou os presentes a deixarem para trás qualquer manto de resignação ou paralisia que possa ter invadido a Igreja, e incentivou a comunidade a confiar a própria “cegueira” a Deus e, como Bartimeu, levantar-se e seguir o Senhor. "Coragem, levanta-te, Ele te chama. Coloquemo-nos de pé e levemos a alegria do Evangelho pelos caminhos do mundo" concluiu Francisco. Fonte: https://www.vaticannews.va
Papa aos confessores da Basílica de São Pedro: perdoar sempre sem ser psiquiatras
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Os frades menores conventuais há 250 anos ouvindo confissões na Basílica Vaticana - entre eles, o brasileiro Frei Fernando Maria - foram recebidos por Francisco em audiência nesta quinta-feira (24/10). O Papa aprofundou os aspectos da "humildade, escuta e misericórdia" para ser um bom confessor e exortou: "por favor, não ser psiquiatra, quanto menos falar, melhor: console e perdoe. Você está ali para perdoar".
O brasileiro Frei Fernando Maria (no canto à direita) na foto em grupo com o Papa e os confessores da Basílica de São Pedro
Andressa Collet - Vatican News
O Papa Francisco recebeu os penitencieiros do Vaticano na manhã desta quinta-feira (24/10) exortando, antes de tudo, para que não procurem ser "psiquiatras", mas confessores misericordiosos que "ouvem, consolam e perdoam": "perdoar sempre, tudo e sem questionar muitas coisas", insistiu ele. Em discurso, o Pontífice também agradeceu pelo "serviço, assiduidade, paciência e fidelidade" realizado na Basílica de São Pedro que todos os dias recebe um fluxo de 40 mil pessoas, "a maioria por turismo" atraídas pela beleza e história do lugar, mas também em busca de Deus e para confiar as suas intenções ao Senhor, que chegam de longe, enfrentam viagens, despesas e longas filas. A presença dos confessores nesse contexto "é importante", acrescentou Francisco.
Os 250 anos de presença no Vaticano
Uma presença que é centenária. Ao saudar o reitor do Colégio dos Penitencieiros Menores Vaticanos Ordinários, Pe. Vincenzo Cosatti, o Papa também cumprimentou todos os confessores, entre eles, o brasileiro Frei Fernando Maria, por ocasião do aniversário de 250 anos da presença dos Frades Menores Conventuais a serviço do Sacramento da Reconciliação na Basílica Vaticana (1774-2024). Uma missão, junto a milhares de fiéis e peregrinos, que permite "encontrar o Senhor da misericórdia"; um ministério para ser exercido através da "humildade, escuta e misericórdia", aprofundou o Pontífice em discurso.
Ao abordar o primeiro aspecto, o da humildade, Francisco recordou que "o tesouro da graça" pertence a Deus e, por isso, para ser um bom confessor, "sejamos 'os primeiros penitentes em busca de perdão'". Ao aprofundar a escuta, o Papa falou da importância de não apenas ouvir o que as pessoas falam, mas acolher as suas palavras "como dom de Deus para a própria conversão":
“Ouvir, não questionar muito. Não ser psiquiatra, por favor: ouvir, ouvir sempre, com mansidão. E quando você vê que há um penitente que começa a ter um pouco de dificuldade, porque tem vergonha: “entendi”, não entendi nada, mas entendi; Deus entendeu e isso é importante. Um grande cardeal penitencieiro me ensinou isso: eu entendi, o Senhor entendeu. Mas, por favor, não ser psiquiatra, quanto menos falar, melhor: ouça, console e perdoe. Você está ali para perdoar!”
Perdoar sempre e tudo!
E, finalmente, o terceiro aspecto, o da misericórida, disse o Papa, ao acrescentar que o confessor, além de ser misericordioso, deve estar próximo e ter compaixão - sem ser um psiquiatra - insistiu o Pontífice, ao sair do texto escrito e contar sobre sua experiência com um confessor em Buenos Aires. Ele tem 96 anos e continua exercendo o ministério: "eu ia até ele. Ele perdoa tudo! [risos]. Certa vez, ele veio me dizer que tinha medo de perdoar demais. 'E o que o senhor faz?', eu disse a ele. 'Eu vou diante do Senhor: Senhor, me perdoa? Desculpe, perdoei demais! Mas tenha cuidado, foi o Senhor quem me deu um mau exemplo!'.
“Perdoar sempre, tudo e sem questionar muitas coisas. E se eu não entender? Deus entende, você segue em frente! Que eles sintam misericórdia.”
Ao finalizar o discurso, o Papa contou aos penitencieiros do Vaticano que o seu confessor faleceu há alguns meses, por isso: "eu vou me confessar com vocês, em São Pedro. Façam bem!", brincou o Pontífice. Após novamente agradecer pelo serviço "no coração da Igreja", exortou todos a continuarem o ministério assim: "com humildade, eu sou pior que você; com a escuta, e não tanto com perguntas; e com misericórdia. E por favor, não esqueçam de rezar por mim e toda vez que for até vocês me perdoem, claro....". Fonte: https://www.vaticannews.va
Um grito ao Céu para implorar a paz
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Um ano após o massacre de 7 de outubro que desencadeou a escalada da guerra no Oriente Médio.
Andrea Tornielli
Há um ano, o ataque terrorista desumano de Hamas contra cidadãos israelenses majoritariamente civis - crianças, adolescentes, idosos, famílias inteiras - conduziu a mais um passo em direção ao abismo da Terceira Guerra Mundial. O mundo, já marcado pela agressão da Rússia contra a Ucrânia e por muitas outras guerras esquecidas, viu o conflito israelense-palestino reabrir-se de forma dramática. O balanço daquele dia de massacres que custou a vida a mais de mil pessoas é trágico, acompanhado pela história comovente e ainda não concluída dos reféns, muitos dos quais foram mortos nos últimos meses. O balanço da resposta israelense é trágico, o que levou ao arrasamento de Gaza, causando quase 42 mil vítimas, incluindo milhares de crianças. Milhares de pessoas perderam suas casas e vivem como deslocadas em condições precárias, à espera de uma trégua, temendo a próxima bomba ou o drone assassino com os seus "efeitos colaterais", ou seja, mortes de civis inocentes.
As execuções seletivas envolvendo bombardeios, os mísseis disparados contra Israel pelas milícias libanesas de Hezbollah e depois pelo Irã, a invasão do Líbano pelo Exército israelense... Uma escalada que neste momento parece não ter fim.
Os governos são incapazes de pôr fim à carnificina no Oriente Médio, bem como à guerra sangrenta que destrói a Ucrânia. Enquanto se gastam enormes somas na corrida aos armamentos, a diplomacia é a grande ausente da cena internacional. A política é silenciosa, “negociação” e “acordos” tornaram-se palavras impronunciáveis. Ninguém parece capaz de deter esta espiral de violência sem precedentes.
Neste primeiro aniversário do massacre que teve início em 7 de outubro de 2023, dia em que a Igreja celebra Nossa Senhora do Rosário, o Papa Francisco nos convida a um dia especial de oração e jejum pela paz. O Bispo de Roma, nos últimos meses, continuou gritando, sem ser ouvido, pedindo um cessar-fogo e caminhos de paz. Hoje, este grito torna-se ainda mais coral e dirige-se ao Céu, na esperança de que o Senhor da história abra os corações dos líderes das nações e sejam alcançadas “negociações honestas” e “compromissos honrosos” para pôr fim à loucura da guerra. Porque mesmo a paz mais imperfeita e precária é preferível ao horror da guerra, mesmo aquela considerada mais “justa”. Fonte: https://www.vaticannews.va
Honduras, o pesar do Papa pelo assassinato de um agente pastoral
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Francisco, após o Angelus, recordou com tristeza o assassinato de Juan Antonio López, “delegado da Palavra de Deus, coordenador da pastoral social na Diocese de Trujillo e membro fundador da pastoral da ecologia integral”. O crime ocorreu em 14 de setembro, quando o pai de duas filhas, de 46 anos, estava saindo da Missa. O Papa está próximo de “todos aqueles que veem seus direitos elementares serem pisoteados” e daqueles que trabalham “pelo bem comum em resposta ao clamor dos pobres e da terra"
Alessandro Di Bussolo – Vatican News
Com pesar, tomei conhecimento de que Juan Antonio López, delegado da Palavra de Deus, coordenador da pastoral social na Diocese de Trujillo e membro fundador da pastoral da ecologia integral em Honduras, foi assassinado. Junto-me ao luto dessa Igreja e à condenação de todas as formas de violência. Estou próximo àqueles que veem seus direitos elementares serem pisoteados e àqueles que trabalham pelo bem comum em resposta ao clamor dos pobres e da terra.
Após a oração do Angelus, o Papa Francisco, da janela de seu escritório no Palácio Apostólico, expressou assim seu pesar pela morte de Juan Antonio López, agente pastoral e defensor dos direitos humanos e do meio ambiente, que foi morto a tiros em seu carro por um assassino em uma moto no sábado, 14 de setembro, em Tocoa, Honduras, logo após participar da Missa. Ele tinha 46 anos e deixa sua esposa e duas filhas. Nos últimos tempos, López vinha lutando contra a extração a céu aberto de óxido de ferro em uma mina no Parque Nacional “Montaña Botaderos Carlos Escaleras”, que estava causando a poluição de dois rios da região, com sérios riscos para o abastecimento de água da população.
Suas batalhas em defesa do meio ambiente e do bem comum
Como membro do Comitê Municipal para a Defesa de Bens Públicos e Comuns em Tocoa, ele frequentemente entrava em conflito com interesses empresariais e políticos locais e nacionais, sedentos por buscar o “desenvolvimento” no departamento de Colón. López, que havia estudado com os jesuítas, também era membro da Rede Eclesial Ecológica Mesoamericana (Remam) e do Conselho Apostólico Nacional da Companhia de Jesus em Honduras.
O bispo de Trujillo: seu compromisso vinha da fé em Cristo
O bispo de Trujillo, dom Jenry Orlando Ruiz, de quem López era um colaborador próximo, escreveu em uma mensagem: “Você me disse que não era um ambientalista, porque para você o compromisso social, ecológico e político não era uma questão ideológica, mas uma questão de ser de Cristo e da Igreja”. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) recomendou que fossem implementados mecanismos de proteção adequados para ele, o que não aconteceu.
Prelados de Honduras: autoridades garantam justiça a todos
A Conferência Episcopal de Honduras (CEH), em uma mensagem ao povo hondurenho sobre a morte de López, descreve-o como “um delegado da Palavra de Deus, coordenador da Pastoral Social da Diocese de Trujillo, membro fundador da Pastoral da Ecologia Integral em nível nacional, defensor da Casa Comum, um homem comprometido com a verdade, honesto e corajoso”. E afirma que esse assassinato “é um duro golpe para sua família, para a Igreja diocesana de Trujillo, em particular, e para nossa Igreja em Honduras, em geral”. Os bispos condenam veementemente “esse assassinato covarde” e pedem “às autoridades que não apenas falem de justiça, mas que também trabalhem com diligência e sinceridade para garanti-la a todos os cidadãos”.
Remam: “sistema de morte” da atual economia tecnocrática
Também interveio, em uma declaração, a Rede Eclesial Ecológica Mesoamericana (Remam), que chama o assassinato de López de “um mecanismo para silenciar as vozes dos líderes comunitários que, como ele, lutam pelo bem comum diante de interesses econômicos e políticos que usam o assassinato como instrumento”. Esse não é um episódio isolado, de acordo com Remam, já que “o atual modelo econômico tecnocrático” está se tornando cada vez mais, essencialmente, um “sistema de morte”, como confirmado pelas mortes de Juan Antonio López, Berta Cáceres (ambientalista e líder dos direitos dos povos indígenas assassinada em 2016) e outros. “Juan não morre, se multiplica“, a promessa da rede eclesial, segundo a qual ‘há séculos de demonstrações da fidelidade do Deus da Vida, que sempre cumpre sua promessa: ’o sangue dos mártires é semente de cristãos'”. E expressa, ao finalizar, “infinita gratidão pelos ensinamentos que Juan nos deixou”. Fonte: https://www.vaticannews.va
O Papa no Angelus: no cuidado com os mais fracos está o verdadeiro poder
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Quer ser grande? Faça-se pequeno, coloque-se a serviço de todos. Com uma palavra tão simples quanto decisiva, Jesus renova nosso modo de vida. Ele nos ensina que o verdadeiro poder não está no domínio dos mais fortes, mas no cuidado com os mais fracos: disse Francisco no Angelus ao comentar o Evangelho deste XXV Domingo do Tempo Comum
Raimundo de Lima – Vatican News
Quantas pessoas sofrem e morrem por causa das lutas pelo poder! Essas são vidas que o mundo rejeita, assim como rejeitou Jesus. Quando Ele foi entregue nas mãos dos homens, não encontrou um abraço, mas uma cruz. No entanto, o Evangelho continua sendo palavra viva e cheia de esperança: Aquele que foi rejeitado, ressuscitou, é o Senhor! Foi o que disse o Papa na alocução que precedeu o Angelus ao meio-dia deste domingo (22/09), XXV Domingo do tempo Comum.
Hoje, disse Francisco, o Evangelho da liturgia (Mc 9,30-37) nos fala de Jesus anunciando o que acontecerá no ápice de sua vida: “O Filho do Homem é entregue às mãos dos homens e eles o matarão, mas depois de três dias ele ressuscitará”. Os discípulos, no entanto - observou o Pontífice -, enquanto seguem o Mestre, têm outra coisa em suas mentes e lábios. Quando Jesus lhes pergunta sobre o que estavam falando, eles não respondem.
Quer ser grande? Faça-se pequeno
“Prestemos atenção a esse silêncio: os discípulos silenciam porque estavam discutindo sobre quem era o maior. Que contraste com as palavras do Senhor! Enquanto Jesus lhes confiava o sentido da própria vida, eles falavam de poder. E agora a vergonha fecha suas bocas, como antes o orgulho havia fechado seus corações. No entanto, Jesus responde abertamente às palavras sussurradas ao longo do caminho: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último”. Quer ser grande? Faça-se pequeno, coloque-se a serviço de todos.”
Com uma palavra tão simples quanto decisiva, prosseguiu o Santo Padre, Jesus renova nosso modo de vida. Ele nos ensina que o verdadeiro poder não está no domínio dos mais fortes, mas no cuidado com os mais fracos.
Quem acolhe o menor, a mim acolhe
Francisco retomou a passagem desta página do Evangelho em que Jesus chama uma criança, coloca-a no meio dos discípulos e a abraça, dizendo: “Aquele que receber uma destas crianças por causa do meu nome, a mim recebe”. A criança não tem poder: ela tem necessidade. Quando cuidamos do homem, reconhecemos que o homem está sempre necessitado de vida.
“Nós, todos nós, estamos vivos porque fomos acolhidos, mas o poder nos faz esquecer essa verdade. Então nos tornamos dominadores, não servidores, e os primeiros a sofrer são os últimos: os pequenos, os fracos, os pobres.”
Fiéis e peregrinos rezam o Angelus com o Papa Francisco (Vatican Media)
Sejamos como Maria, sem vanglória e prontos para servir
Como faz habitualmente, Francisco concluiu propondo-nos – à luz da Palavra do Evangelho - algumas interpelações para nossa reflexão pessoal.
“Sei reconhecer o rosto de Jesus nos pequeninos? Eu cuido do meu próximo, servindo com generosidade? Agradeço àqueles que cuidam de mim? Oremos juntos a Maria, para sermos como ela, livres da vanglória e prontos para servir.”. Fonte: https://www.vaticannews.va
Papa no Angelus: não é fácil seguir Jesus, precisamos estar próximos na oração e humildade
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"Não é fácil seguir o Senhor, compreender o seu modo de agir", concordou Francisco na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus deste domingo (25/08). O caminho se dá, orientou o Pontífice, estando mais próximos dele, do Evangelho, recebendo a graça nos Sacramentos, rezando e imitando Jesus na humildade e na caridade: assim "experimentamos a beleza de tê-lo como Amigo, e percebemos que só Ele tem 'palavras de vida eterna'".
Andressa Collet - Vatican News
Neste domingo (25/08), de tradicional oração mariana do Angelus com o Papa na Praça São Pedro, Francisco refletiu sobre o evangelho do dia (Jo 6,60-69) que se refere à famosa resposta de São Pedro, que diz a Jesus: «a quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68). "É uma linda resposta e expressão" que testemunha a amizade e a confiança que ligam os discípulos a Cristo, comentou o Pontífice na alocucação que precedeu o Angelus.
Pedro, explicou o Papa, pronunciou essa expressão num "momento crítico" e de discurso de Jesus, que muitos não compreenderam e o abandonaram. "Os Doze, porém, não: permaneceram", ponderou Francisco, porque encontraram em Jesus "palavras de vida eterna".
"Não é fácil segui-Lo. No entanto, entre os muitos mestres daquele tempo, Pedro e os outros apóstolos só encontraram nele a resposta à sede de vida, à sede de alegria, à sede de amor que os anima; só graças a Ele experimentaram a plenitude de vida que procuram, além dos limites do pecado e até da morte. Portanto, eles não vão embora: na verdade, todos, exceto um, apesar de muitas quedas e arrependimentos, permanecerão com Ele até o fim (ver João 17:12)."
Como seguir o Senhor?
O Papa, então, insiste na explicação da dificuldade de compreender "o que o Mestre diz e faz". As escolhas de Jesus, continua Francisco, "muitas vezes ultrapassam a mentalidade comum":
“Também para nós, de fato, não é fácil seguir o Senhor, compreender o seu modo de agir, fazer nossos os seus critérios e os seus exemplos: para nós não é fácil. Porém, quanto mais estamos próximos dEle - quanto mais aderimos ao seu Evangelho, recebemos a sua graça nos Sacramentos, permanecemos na sua companhia na oração, o imitamos na humildade e na caridade -, mais experimentamos a beleza de tê-lo como Amigo, e percebemos que só Ele tem “palavras de vida eterna”.”
Ao finalizar, o Papa pediu a intercessão de Maria, "que acolheu Jesus, Palavra de Deus, na sua carne", para nos ajudar a ouvir Jesus, começando por questionar como anda a nossa proximidade com Ele:
"Então nos perguntamos: como Jesus está presente na minha vida? Quanto me deixo tocar e provocar com suas palavras? Posso dizer que também são para mim -'palavras de vida eterna? A você, irmão, irmã, eu pergunto: as palavras de Jesus são para você - também para mim - palavras de vida eterna?" Fonte: https://www.vaticannews.va
Papa confia a Maria as dores das populações dos países em guerra
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"A guerra é uma derrota": Ucrânia, Oriente Médio, Sudão, Mianmar, a grave situação humanitária em Gaza, a libertação dos reféns, as vítimas dos incêndios na Grécia foram os apelos do Papa após rezar o Angelus na Solenidade da Assunção de Maria ao Céu em corpo e alma.
Vatican News
Após rezar o Angelus na Solenidade da Assunção, o Papa voltou a falar de paz e a rezar pelas populações extenuadas pelas guerras:
A Maria Rainha da Paz, que hoje contemplamos na glória do Paraíso, gostaria de confiar mais uma vez as ansiedades e as dores das populações que em muitas partes do mundo sofrem devido às tensões sociais e às guerras. Penso em particular na martirizada Ucrânia, no Oriente Médio, na Palestina, Israel, Sudão e Mianmar. Que a nossa Mãe celeste obtenha para todos consolação e um futuro de serenidade e harmonia!
A guerra é uma derrota
Nesta quinta-feira foram retomadas no Catar as negociações por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, o que também poderá impedir o Irã de atacar Israel. Ao demonstrar preocupação pela grave situação em Gaza, o Santo Padre também voltou a pediu a libertação dos reféns nas mãos do Hamas:
Continuo acompanhando com preocupação a gravíssima situação humanitária em Gaza e peço mais uma vez que cessem os combates em todas as frentes, que os reféns sejam libertados e que a população extenuada seja socorrida. Encorajo todos a fazerem todos os esforços para que o conflito não se expanda e a percorrerem o caminho da negociação para que esta tragédia termine rapidamente! Não esqueçamos: a guerra é uma derrota.
Incêndios na Grécia
O Papa também dirigiu seu pensamento às vítimas dos incêndios que atingem a Grécia:
Meu pensamento dirige-se agora para a Grécia, que nestes últimos dias está combatendo gravíssimo incêndio, que se alastrou no nordeste de Atenas. Dezenas de milhares de pessoas já foram evacuadas, muitas famílias ficaram sem casa, milhares de pessoas têm de enfrentar dificuldades terríveis e, além dos imensos danos materiais, está se criando uma catástrofe ambiental. Rezo pelas vítimas e pelos feridos, asseguro a minha proximidade a quantos são atingidos por este grave acontecimento, confiando que poderão ser apoiados pela solidariedade comum.
Ao final, ao desejar a todos uma boa festa de Nossa Senhora da Assunção, o Papa pediu para não esquecerem de rezar por ele, "bom almoço e até logo". Fonte: https://www.vaticannews.va
Papa Francisco pede 'busca da verdade' após eleições na Venezuela
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Vários países exigem divulgação de atas de votação; protestos após anúncio do resultado oficial deixaram pelo menos 11 mortos, segundo organizações de defesa dos direitos humanos
Por AFP — Vaticano
O papa Francisco pediu neste domingo a "verdade" após a reeleição do presidente Nicolás Maduro na Venezuela — contestada pela oposição — e pediu às partes que evitem a violência. Após as eleições de 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela atribuiu um terceiro mandato a Maduro, um resultado rejeitado pela oposição e seu candidato Edmundo González Urrutia, que denuncia fraude e exige a divulgação das atas de votação.
"Faço um apelo sincero a todas as partes para que busquem a verdade, atuem com moderação, evitem qualquer tipo de violência, resolvam as controvérsias por meio do diálogo e tenham no coração o verdadeiro bem da população e não os interesses partidários", disse o pontífice, de 87 anos, para a multidão reunida na Praça de São Pedro, no Vaticano, após a oração dominical do Angelus. Fonte: https://oglobo.globo.com
Francisco encontra os jovens sacerdotes de Roma: não se pode sair de uma crise sozinho
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O Papa prossegue com o ciclo de encontros com o clero de sua diocese: após dialogar com os sacerdotes com mais de 40 anos de ministério, nesta quarta-feira (29/02), na periferia de Roma, o Pontífice se reuniu com sacerdotes com até 10 anos de ordenação. A conversa reservada com os padres abordou temas como proximidade com o povo, serviço aos doentes e idosos, e as belezas e fraquezas da Diocese de Roma “a serem respondidas não com fofocas, mas diálogo”.
Salvatore Cernuzio - Roma
Na tarde desta quarta-feira, 29 de maio, o Papa Francisco se dirigiu até a periférica região portuense da capital italiana para encontrar 90 sacerdotes da Diocese de Roma com até dez anos de ordenação. Um segundo encontro, após o do dia 14 de maio, com os padres com mais de 40 anos de sacerdócio. O próximo compromisso do Pontífice, já anunciado pelo Vicariato de Roma, será no dia 11 de junho com a faixa "média" do clero romano.
Recepção da comunidade de religiosas
Francisco foi recebido pelas Irmãs Discípulas do Divino Mestre, e ao saudá-las, começou imediatamente a dialogar com as cinco religiosas, italianas e estrangeiras, que o acolheram junto com o vice-gerente da Diocese de Roma, dom Baldo Reina. Em seguida, todas as irmãs, as mais idosas na primeira fila, e as colaboradoras da estrutura, cumprimentaram o Papa e o presentearam com uma casula costurada por elas: “Dou a vocês minha bênção. Não se cansem de fazer o bem!”, disse o Santo Padre ao se despedir das religiosas.
O diálogo com os sacerdotes
Na Igreja dedicada a Jesus Divino Mestre, o Pontífice foi recebido pelos jovens padres com um forte aplauso, alguns – explicou o bispo Michele Di Tolve, delegado para o cuidado do diaconato, do clero e da vida religiosa – recém-ordenados em 2024. Francisco abriu o encontro com uma oração e a leitura do Evangelho do dia, depois “visto que nos convocou no dia da memória de São Paulo VI”, disse Di Tolve, o Papa rezou junto aos sacerdotes uma oração dedicada ao santo do dia.
Proximidade, crise, serviço, pastoral
Posteriormente, houve perguntas e respostas a portas fechadas - como em ocasiões anteriores - sobre temas principalmente pastorais. Entre eles, informa a Sala de Imprensa do Vaticano, “a experiência dos primeiros anos de sacerdócio, a feliz descoberta da fé do povo, mas também o desafio do contato e do serviço aos doentes, aos quais se deve responder com proximidade, compaixão, ternura e, por fim, as crises que se encontram na vida sacerdotal”.
Menos fofoca, mais diálogo
“De uma crise, não se sai sozinho”, disse o Papa. Com os sacerdotes, referiu-se também à Diocese de Roma, “ao seu desenvolvimento, à sua beleza, a algumas fraquezas, às quais devemos responder não com a fofoca, mas com o diálogo", e deteve-se ainda sobre o caminho sinodal em andamento, sobre o risco de reduzi-lo a um slogan em vez de vivê-lo como um modo de ser Igreja. Nesse sentido, o Papa citou novamente Paulo VI e a exortação apostólica Evangelii nuntiandi, que ainda é relevante hoje: “Uma joia que sustenta nosso trabalho pastoral".
A solidão na grande cidade, a proximidade, a paternidade, as relações difíceis, mais uma vez, foram os temas do diálogo com Francisco que, novamente, reiterou “a importância de estar perto dos idosos, como um ‘teste de proximidade’, perguntando a si mesmo: Quando estou com eles, eu os escuto?". Ao saudar os jovens sacerdotes, o Papa os convidou para a próxima celebração de Corpus Christi, programada para o domingo, 2 de junho, e agradeceu-lhes pela oração e pela franqueza do diálogo.
Di Tolve: “No centro, as crises da guerra, o pós-pandemia e as problemáticas da juventude"
“Foi um encontro muito desejado pelo Santo Padre”, explicou dom Di Tolve à margem da reunião. Os sacerdotes “perguntaram ao Papa o que significa atravessar a crise das pessoas e a crise em que eles se encontram, porque há situações difíceis” em uma época difícil, marcada pela “guerra”, pelas consequências da pandemia, pelos “jovens que estão presos a mentalidades que os desorientam”, ou até mesmo pela situação em que se encontram algumas casas em Roma onde, diz Di Tolve, “há idosos que estão no 5º, 6º ou 7º andar sem elevador e que não têm condições de se locomover”.
As quatro “proximidades"
Para o prelado, a tarde de hoje foi um bom incentivo para os padres que começaram recentemente seu ministério. De acordo com Di Tolve: “Não são apenas suficientes os anos de formação no seminário para serem treinados, se torna padre exercendo de fato o ministério”. E assim, "as perguntas de nossos sacerdotes eram precisamente a referência ao fato de se tornarem pastores no meio do povo de Deus, com as várias atribuições, com a disposição pessoal, do tempo para viver a relação com Deus, com os outros, com as necessidades do povo”. Em meio a conselhos, perguntas e sugestões, o Papa recomendou, em particular, as “quatro proximidades” a serem vividas sempre: “proximidade com Deus, proximidade com o bispo, proximidade uns com os outros em fraternidade e proximidade com o povo de Deus”.
Orações por Mianmar
Ao final, todos os padres cumprimentaram o Papa. Cada um compartilhou algumas palavras, um presente, uma piada com o Pontífice. A um sacerdote de Mianmar, país também mencionado na audiência geral, o Papa garantiu sua proximidade: “Eu sempre rezo por Mianmar e lhes envio uma bênção especial”. Por fim, Francisco também gravou uma mensagem de vídeo via smartphone para uma paróquia: “Sejam alegres... e rezem por mim!”.
Os encontros com o clero de Roma
Este foi o segundo encontro do Papa com o clero de sua diocese, dividido por tempo de ordenação. De setembro de 2023 até o início de maio, Francisco visitou diversos bairros de Roma para encontrar párocos e ouvir deles os desafios, dificuldades, mas também riquezas, gratificações e boas obras em uma Diocese que, como o Pontífice disse tantas vezes, também se tornou “território de missão” - algo que o próprio Papa repetiu em várias ocasiões - “sempre faz muito bem” a um bispo. Fonte: https://www.vaticannews.va
O Papa nunca teve a intenção de ofender: 'na Igreja há espaço para todos'
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O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informa que Francisco “está a par” dos artigos sobre a conversa, a portas fechadas, com os bispos da CEI e afirma: “nunca pretendeu ofender ou expressar-se em termos homofóbicos, e se desculpa com quem se sentiu ofendido”.
Vatican News
“O Papa nunca pretendeu ofender ou expressar-se em termos homofóbicos, e se desculpa com quem se sentiu ofendido pelo uso de um termo, referido por outros”.
É o que afirma em uma comunicação aos jornalistas o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, após os artigos publicados nas últimas horas que atribuem ao Pontífice o uso de uma palavra sobre a questão da entrada no seminário de pessoas homossexuais. Trata-se de uma passagem do diálogo a portas fechadas que o Pontífice manteve no dia 20 de maio com os bispos da Conferência Episcopal Italiana na Sala Paulo VI, noticiado pela mídia italiana.
Papa Francisco estar a par dos artigos publicados recentemente acerca de uma conversação, a portas fechadas, com os bispos da Conferência Episcopal Italiana, lê-se na nota de Bruni – além do esclarecimento e do pedido de desculpas – são recordadas as palavras tantas vezes afirmadas pelo Papa: “na Igreja há lugar para todos, para todos! Ninguém é inútil, ninguém é supérfluo, há espaço para todos. Assim como somos, todos”. Fonte: https://www.vaticannews.va
Vaticano pede desculpas após Papa Francisco falar que seminários estão 'cheios de viadagem'
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Em reunião a portas fechadas em 20 de maio, Pontífice solicitou a bispos italianos que não aceitassem seminaristas gays, que podem 'levar uma vida dupla'
Por O Globo e agências internacionais — Cidade do Vaticano
Em reunião a portas fechadas com bispos da Conferência Episcopal Italiana, Papa Francisco teria dito que seminaristas gays não deveriam ser aceitos porque meios religiosos estavam 'cheios de bichas' — Foto: Alberto Pizzoli
O Vaticano pediu desculpas nesta terça-feira após o Papa Francisco ter usado um termo ofensivo para se referir a homens gays na semana passada. Segundo a agência italiana Ansa, em reunião a portas fechadas em 20 de maio, o Pontífice solicitou a bispos italianos que não aceitassem seminaristas gays, afirmando que os meios religiosos estavam "cheios de viadagem".
"O Papa Francisco está ciente dos artigos recentemente publicados sobre uma conversa, a portas fechadas, com os bispos da Conferência Episcopal Italiana (CEI). Como ele afirmou em várias ocasiões: 'Na Igreja há lugar para todos, ninguém é inútil, ninguém é supérfluo — do jeito que somos todos nós.' O Papa nunca teve a intenção de ofender ou expressar-se em termos homofóbicos e pede desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de um termo relatado", diz o comunicado.
O encontro com os bispos italianos durou 1h30, e a fala do Papa foi confirmada por diferentes fontes que estavam presentes. Segundo o jornal La Repubblica, questionado na reunião da semana passada pelos bispos sobre o tema, o Pontífice teria dito que era necessário colocar limites para evitar "que haja o risco de alguém que é gay escolher o sacerdócio e acabar por levar uma vida dupla". A declaração sobre o "excesso de viadagem" teria sido feita, então, em seguida.
"De acordo com os bispos contatados" pelo Corriere della Sera, "é claro que o Pontífice não tinha consciência de quão insultuosas eram as suas palavras em italiano (o Papa teria dito a palavra "frociaggine", termo altamente ofensivo no idioma)", escreveu o principal jornal italiano no seu site. "Mais do que com vergonha, as suas declarações foram recebidas com alguns risos incrédulos, porque o erro" do papa, cuja língua materna não é o italiano, "era evidente", continuou o jornal.
Segundo a agência Ansa, uma instrução do Dicastério para o Clero do Vaticano em 2005, feita sob Bento XVI, estabeleceu que "a Igreja, embora respeite as pessoas em questão, não pode admitir no Seminário e nas Ordens Sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, têm tendências homossexuais enraizadas ou apoiam a chamada cultura gay". Em 2016, a instrução foi reafirmada por Francisco.
Bênçãos a casais do mesmo sexo
Em dezembro passado, o Vaticano autorizou a bênção para casais do mesmo sexo e casais "em situações irregulares" para a Igreja, afirmando que "as pessoas que procuram o amor e a misericórdia de Deus" não devem ser sujeitas a "uma análise moral exaustiva". A medida mudou o entendimento da bênção ao afirmar que os casais homoafetivos poderão adquiri-la, mas não modificou a doutrina do casamento ao afirmar que ela só poderá ser dada fora dos cultos religiosos.
Existe "a possibilidade de bênçãos de casais em situações irregulares e de casais do mesmo sexo, cujo formato não deverá encontrar qualquer fixação ritual por parte das autoridades eclesiásticas para não causar confusão com a bênção do sacramento do matrimônio", afirmou o documento do Dicastério para a Doutrina da Fé, aprovado pelo Papa.
Ao apresentar o texto, o cardeal Víctor Manuel Fernández disse que, mantendo a "visão pastoral do Papa" de "ampliar" o apelo da Igreja Católica, as novas recomendações permitiriam abençoar relações ainda consideradas pecaminosas. Na Igreja Católica, uma bênção é uma oração ou um apelo, solicitando a Deus que olhe favoravelmente para uma pessoa ou pessoas sendo abençoadas.
O QUE VOCÊ PRECISA SABER
Em outubro, o Papa Francisco enviou uma carta a dois cardeais conservadores em que sugeriu que tais bênçãos poderiam ser oferecidas em algumas circunstâncias, desde que não fossem confundidas com o ritual do matrimônio, visto como um sacramento vitalício entre um homem e uma mulher. (Com AFP) Fonte: https://oglobo.globo.com
Papa: a humildade é tudo, a virtude que nos salva do mal
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Na conclusão do ciclo de catequeses sobre os vícios e as virtudes, Francisco dedicou sua reflexão à humildade. Aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro para a Audiência Geral desta quarta-feira (22/05), o Pontífice enfatizou: “onde não há humildade, há guerras, discórdias e divisões”.
Thulio Fonseca – Vatican News
O ciclo de catequeses "Os vícios e as virtudes"
A reflexão do Papa Francisco nesta quarta-feira, 22 de maio, foi dedicada à humildade. Esta foi a vigésima e última catequese do ciclo sobre os vícios e as virtudes, iniciado na Audiência Geral de 27 de dezembro de 2023. O Santo Padre disse que "a humildade não faz parte das sete virtudes cardeais e teologais, mas está na base da vida cristã”, e enfatizou:
“Esta virtude é a grande antagonista do mais mortal dos vícios, a soberba. Enquanto o orgulho e a soberba incham o coração humano, fazendo-nos parecer mais do que somos, a humildade traz tudo de volta à dimensão certa: somos criaturas maravilhosas, mas limitadas, com pontos fortes e fracos.”
Bem-aventurados os humildes
Ao recordar das palavras de Jesus, presentes no sermão das bem-aventuranças, o Papa sublinhou: “bem-aventuradas as pessoas que guardam no coração esta percepção da própria pequenez, elas são preservadas de um vício muito feio, a arrogância”.
“Bem-aventurados os que têm um coração pobre, porque deles é o Reino dos céus! Esta é a primeira bem-aventurança apresentada por Jesus, porque é a base das seguintes: de fato, a mansidão, a misericórdia e a pureza de coração surgem daquele sentimento interno de pequenez. A humildade é a porta de entrada para todas as virtudes.”
Maria: exemplo de humildade
Francisco também faz menção às primeiras páginas dos Evangelhos, onde “a humildade e a pobreza de espírito são a fonte de tudo”. E ao recordar o anúncio do Anjo a Maria, o Santo Padre enfatiza que é precisamente de uma jovem pobre e desconhecida que o mundo renasce:
“Deus é atraído pela pequenez de Maria, a qual é antes de tudo uma pequenez interior, e Ele também é atraído pela nossa pequenez, quando a aceitamos.”
De agora em diante, Maria tomará cuidado para não subir ao palco, continua o Papa. “Sua primeira decisão depois do anúncio evangélico é ajudar sua prima. As pessoas humildes não querem sair jamais do seu escondimento.”
Uma virtude sólida
Segundo o Santo Padre, podemos imaginar que também Maria tenha vivido momentos difíceis, dias em que a sua fé avançava na escuridão, "mas isso não fez vacilar a sua humildade, que era uma virtude granítica", e destacou:
"Quero sublinhar isso, a humildade é uma virtude resistente. A pequenez nos leva à humildade, e também pensamos em Maria, em sua força invencível: é ela quem permanece aos pés da cruz, enquanto se desfaz a ilusão de um Messias triunfante."
Fonte de paz no mundo e na Igreja
Na conclusão da catequese, o Papa reforçou: a humildade é tudo. É o que nos salva do Maligno e do perigo de nos tornarmos seus cúmplices. E a humildade é a fonte da paz no mundo e na Igreja.
"Onde não há humildade, há guerra, há discórdia, há divisão. Deus nos deu um exemplo disso em Jesus e Maria, porque eles são a nossa salvação e felicidade. E a humildade é exatamente a via, o caminho para a salvação." Fonte: https://www.vaticannews.va
Audiência Geral: ao entardecer da vida seremos julgados pela caridade
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Na Audiência Geral desta quarta-feira (15/05), Francisco refletiu sobre a virtude da caridade. “Há um amor maior, que vem de Deus e a Ele se dirige, que nos torna capazes de amá-Lo, de sermos Seus amigos, e que nos permite amar o próximo como Deus o ama”, sublinhou o Papa.
Thulio Fonseca – Vatican News
O Papa Francisco dedicou a reflexão da catequese desta quarta-feira (15/05), sobre a terceira virtude teologal, a caridade. Aos milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice recordou que esta virtude “é o culminar de todo o caminho que empreendemos com a catequese das virtudes”.
"Pensar na caridade expande imediatamente o coração, e a mente corre para as palavras inspiradas de São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios. Concluindo aquele estupendo hino, o Apóstolo cita a tríade das virtudes teologais e exclama: “Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade” (1Cor 13,13)."
O amor está na boca de muitos
Francisco recorda que o apóstolo Paulo dirige estas palavras a uma comunidade que estava longe de ser perfeita no amor fraterno: os cristãos de Corinto eram bastante briguentos, havia divisões internas, há aqueles que afirmam ter sempre razão e não ouvem os outros, considerando-os inferiores. Paulo lembra a essas pessoas que a ciência incha, enquanto a caridade constrói.
“Provavelmente todos estavam convencidos de que eram boas pessoas e, se questionados sobre o amor, teriam respondido que o amor era certamente um valor importante para eles, assim como a amizade e a família. Ainda hoje, o amor está na boca de muitos “influenciadores” e nos refrões de muitas músicas, mas de fato, o que é o verdadeiro amor?”
A caridade tem sua origem em Deus
Segundo o Papa, como em Corinto, também entre nós hoje, há confusão sobre o amor e por vezes não vemos nenhum vestígio da virtude teologal, aquela que vem até nós somente de Deus: “com palavras todos garantem que são boas pessoas, que amam a família e os amigos, mas na realidade sabem muito pouco do amor de Deus”, e completou:
“A caridade é o amor que desce, não aquele que sobe; é o amor que doa, não o que toma; é o amor que se esconde, e não o que busca aparecer. A caridade é, enfim, a maior forma de amor, que tem sua origem em Deus e a Ele se dirige, que nos torna capazes de amá-Lo, de sermos Seus amigos, e que nos permite amar o próximo como Deus o ama.”
Amar o que não é amável
Por fim, o Pontífice sublinhou que “este amor, ou seja, a caridade por causa de Cristo, leva-nos para onde humanamente não iríamos: ao amor pelo pobre, por aquilo que não é amável, por quem não nos quer bem e até mesmo pelo inimigo. Isso é "teologal", ou seja, vem de Deus, é obra do Espírito Santo em nós.
“É um amor tão ousado que parece quase impossível, e mesmo assim é a única coisa que restará de nós. É a 'porta estreita' pela qual passar para entrar no Reino de Deus.”
“Ao entardecer de nossa vida não seremos julgados sobre o amor de forma genérica, mas sobre a caridade que praticamos, ou seja, o amor que realizamos de modo concreto”, concluiu o Papa Francisco. Fonte: https://www.vaticannews.va
O Papa às Carmelitas: fazer escolhas ousadas com base no Evangelho, não em cálculos humanos
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Francisco recebeu as religiosas contemplativas que nestes dias estão trabalhando na revisão de suas constituições: escolher a vida monástica não significa refugiar-se "em uma consolação espiritual íntima ou em uma oração desvinculada da realidade", mas "é deixar-se afetar pelo amor de Cristo até unir-se a ele".
Mariangela Jaguraba - Vatican News
O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira (18/04), na Sala do Consistório, no Vaticano, as superioras e delegadas das Carmelitas Descalças que estão reunidas para refletir e trabalhar juntas na revisão de suas Constituições.
Em seu discurso, Francisco manifestou satisfação em encontrá-las e disse esta é para elas um "tempo do Espírito" em que são "chamadas a viver como uma ocasião de oração e discernimento", abertas "ao que o Espírito Santo deseja lhes sugerir" a fim "encontrar novas linguagens, novos caminhos e novos instrumentos que deem maior entusiasmo à vida contemplativa que o Senhor as chamou a abraçar, para que o carisma seja preservado e possa ser compreendido e atrair muitos corações para a glória de Deus e o bem da Igreja".
Permanecer abertas às sugestões do Espírito Santo
“Revisar as Constituições significa exatamente isso: recorrer à memória do passado, não negá-la, para olhar para o futuro.”
De fato, vocês me ensinam que a vocação contemplativa não leva a guardar as cinzas, mas a alimentar um fogo que arde de maneira sempre nova e pode aquecer a Igreja e o mundo. Por isso, a memória da história de vocês e de tudo o que as Constituições recolheram ao longo dos anos é uma riqueza que deve permanecer aberta às sugestões do Espírito Santo, à perene novidade do Evangelho, aos sinais que o Senhor nos dá através da vida e dos desafios humanos. Assim, se preserva um carisma. Ele não muda, escuta e se abre ao que o Senhor quer em cada momento.
Segundo o Papa, "isso se aplica em geral para todos os institutos de vida consagrada, mas vocês, religiosas de clausura", sublinhou ele, "experimentam isso de modo particular, porque vivem plenamente a tensão entre a separação do mundo e a imersão nele. Certamente não se refugiam em uma consolação espiritual íntima ou em uma oração desvinculada da realidade; ao contrário, o caminho de vocês é um caminho no qual é necessário deixar-se afetar pelo amor de Cristo até unir-se a ele, para que esse amor permeie toda a existência e se expresse em cada gesto e em cada ação cotidiana. O dinamismo da contemplação é sempre um dinamismo de amor, é sempre uma escada que nos leva a Deus, não para nos separar da terra, mas para nos fazer vivê-la em profundidade, como testemunhas do amor que recebemos".
A esperança do Evangelho
Portanto, "a vida contemplativa não corre o risco de ser reduzida a uma forma de inércia espiritual, que distrai das responsabilidades da vida cotidiana", sublinhou Francisco, ressaltando que "a vida contemplativa continua fornecendo a luz interior para o discernimento". Esta luz, segundo Francisco é "a esperança do Evangelho", arraigada nos pais fundadores.
“A esperança do Evangelho é diferente das ilusões fundadas em cálculos humanos.”
Significa abandonar-se em Deus, aprender a ler os sinais que Ele nos dá para discernir o futuro, saber tomar alguma decisão ousada e arriscada, mesmo quando a meta para a qual ela nos conduzirá permanece oculta naquele momento. É, sobretudo, não confiar apenas nas estratégias humanas, nas estratégias defensivas quando se trata de refletir sobre um mosteiro que deve ser salvo ou abandonado, sobre formas de vida comunitária, ou sobre vocações.
Olhar para o futuro
Francisco disse ainda que "as estratégias defensivas são o resultado de um regresso nostálgico ao passado. Isso não funciona, a nostalgia não funciona, a esperança evangélica vai no sentido contrário, nos dá a alegria da história vivida até hoje e nos torna capazes de olhar para o futuro, com aquelas raízes que recebemos. E isso se chama preservar o carisma, a ilusão de seguir em frente, e isso funciona".
O Papa concluiu o seu discurso, convidando as Carmelitas Descalças a olhar "para o futuro. Esse é o meu desejo para vocês. Olhem para o futuro com esperança evangélica e com os pés descalços, ou seja, com a liberdade do abandono em Deus. Olhem para o futuro com as raízes no passado". Fonte: https://www.vaticannews.va
Papa no Regina Caeli: compartilhemos a mais bela notícia, o encontro com Jesus
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Durante a oração mariana deste III Domingo de Páscoa, Francisco refletiu sobre a importância de compartilhar a fé. O Pontífice enfatizou que "se fizermos isso, Jesus, assim como fez com os discípulos, nos surpreenderá e tornará ainda mais bonitos os nossos encontros e os nossos ambientes".
Thulio Fonseca – Vatican News
O Papa rezou, neste domingo, 14 de abril, com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, a oração mariana do Regina Caeli. Em sua alocução, o Santo Padre sublinhou que neste III Domingo de Páscoa, o Evangelho narra o episódio em que os apóstolos estão reunidos no cenáculo, quando os dois discípulos voltam de Emaús e contam seu encontro com Jesus.
Francisco, ao refletir sobre a importância de compartilhar a fé, recordou que no episódio bíblico, enquanto os discípulos expressam a alegria de sua experiência, o Ressuscitado aparece para toda a comunidade: "Jesus chega exatamente quando eles estão compartilhando a história de seu encontro com Ele".
Compartilhar boas notícias
"Todos os dias somos bombardeados por milhares de mensagens", enfatizou o Pontífice, "muitas são superficiais e inúteis ou, pior ainda, nascem de fofocas e malícia, são notícias que fazem mal". No entanto, também existem notícias boas, positivas e construtivas, completou o Papa, e todos nós sabemos o quanto é reconfortante ouvi-las. Entretanto, há algo sobre o qual enfrentamos dificuldade em falar: "do fato mais bonito que temos para contar: nosso encontro com Jesus":
"Cada um de nós poderia dizer muito a respeito: não para ensinar aos outros, mas para compartilhar os momentos únicos em que percebemos o Senhor vivo e próximo, que acendeu em nossos corações a alegria ou enxugou as lágrimas, que transmitiu confiança e consolo, força e entusiasmo, ou perdão, ternura. Estes encontros que cada um de nós teve com Jesus, devemos compartilhá-los e transmiti-los."
Jesus presente em nossos encontros e ambientes
Francisco ressaltou a importância de dividir com a família, na comunidade e com os amigos os momentos de encontro com o Senhor:
"É bom falar das boas inspirações que nos orientaram na vida, dos pensamentos e sentimentos bons que nos ajudam muito a seguir em frente, também dos esforços e dificuldades que enfrentamos para entender e progredir na vivência da fé, talvez até para nos arrependermos e voltarmos atrás. Se fizermos isso, Jesus, assim como fez com os discípulos de Emaús na noite de Páscoa, nos surpreenderá e tornará ainda mais bonitos os nossos encontros e os nossos ambientes."
Dividir experiências de fé
Por fim, o Santo Padre convidou os fiéis a relembrarem um momento marcante em sua vida de fé, um encontro decisivo com Jesus, e completou a reflexão com algumas perguntas: "Quando foi que eu encontrei o Senhor? Quando foi que o Senhor se aproximou de mim? E esse encontro, eu o compartilhei para dar glória ao Senhor? E também, eu escuto os outros quando falam sobre seu encontro com Jesus?"
"Que Nossa Senhora nos ajude a compartilhar a fé para tornar nossas comunidades cada vez mais lugares de encontro com o Senhor", concluiu o Papa. Fonte: https://www.vaticannews.va
Papa: A virtude da fortaleza faz-nos reagir ao mal e à indiferença
- Detalhes
A virtude cardeal da fortaleza foi o tema central da catequese de Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (10/04). "A fortaleza é a mais combatente das virtudes. Praticá-la, antes de mais nada, é uma vitória contra nós mesmos", enfatizou o Pontífice.
Thulio Fonseca – Vatican News
O Papa Francisco, durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 10 de abril, refletiu sobre a terceira virtude cardeal: a fortaleza. Dirigindo-se aos milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice, ao dar continuidade ao ciclo de catequeses sobre os vícios e as virtudes, recordou a definição presente no Catecismo da Igreja Católica: “A fortaleza é a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza e a constância na prossecução do bem. Torna firme a decisão de resistir às tentações e de superar os obstáculos na vida moral. A virtude da fortaleza dá capacidade para vencer o medo, mesmo da morte, e enfrentar a provação e as perseguições”.
Jesus conhece as emoções humanas
A fortaleza é “a mais combatente das virtudes”, introduziu o Papa, “os antigos a chamavam de apetite irascível”. Segundo Francisco, o pensamento antigo não imaginava um homem sem paixões, e isso não quer dizer que elas sejam necessariamente o resíduo do pecado, porém devem ser educadas e direcionadas para o bem:
“Um cristão sem coragem, que não dedica as suas forças ao bem, que não incomoda ninguém, é um cristão inútil. Jesus não é um Deus diáfano e apático, que não conhece as emoções humanas. Ao contrário. Diante da morte do seu amigo Lázaro, começa a chorar; e a sua alma apaixonada transparece algumas das suas expressões.”
Vitória contra nós mesmos
Ao descrever a virtude da fortaleza do ponto de vista existencial, o Santo Padre sublinhou que tanto os filósofos gregos como os teólogos cristãos reconheciam uma dupla tendência nesta virtude. A primeira é passiva, ou seja, direcionada para dentro de nós mesmos, por existirem inimigos internos que temos de derrotar, que atendem pelo nome de ansiedade, angústia, medo, culpa, e sendo forças que se agitam em nós, em algumas situações nos paralisam”:
“A fortaleza é uma vitória antes de mais nada contra nós mesmos. A maioria dos medos que surgem em nós não são realistas e nem se concretizam. Melhor então invocar o Espírito Santo e enfrentar tudo com paciente fortaleza: um problema de cada vez, como somos capazes, mas não sozinhos!”
Resiliência diante das provações da vida
Já a segunda tendência da virtude da fortaleza tem uma natureza mais ativa, pois, continuou Francisco, “além das provações internas, existem os inimigos externos, ou seja, as provações da vida, as perseguições, as dificuldades que não esperávamos e que nos surpreendem”:
“Podemos tentar prever o que nos vai acontecer, mas a realidade é em grande parte constituída por acontecimentos imponderáveis, e neste mar o nosso barco é por vezes sacudido pelas ondas. A fortaleza nos torna marinheiros resistentes, que não se assustam nem desanimam.”
Não ao mal e à indiferença
Por fim, Francisco enfatizou que a fortaleza é uma virtude fundamental porque leva a sério o desafio do mal no mundo: “alguns fingem que isso não existe, que está tudo bem”, observou o Papa, porém “basta folhear um livro de história, ou infelizmente até os jornais, para descobrir as atrocidades das quais somos em parte vítimas e em parte protagonistas: guerras, violência, escravidão, opressão dos pobres, feridas nunca curadas que ainda sangram”:
“A virtude da fortaleza faz-nos reagir e gritar um firme ‘não’ a tudo isto (...) às vezes sentimos uma saudável nostalgia dos profetas. Mas as pessoas desconfortáveis e visionárias são muito raras. Precisamos de alguém que nos tire do lugar acomodado em que nos instalamos e nos faça repetir resolutamente : 'não' ao mal e 'não' à indiferença; 'sim' ao caminho que nos faz progredir e pelo qual queremos lutar."
"Redescubramos então a fortaleza de Jesus no Evangelho e aprendamo-la com o testemunho dos santos e das santas", concluiu o Papa. Fonte: https://www.vaticannews.va
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