Ator Fábio Assunção se filia ao PT
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Presidente do PT no RJ, Washington Quaquá comemorou iniciativa de Assunção. Ele acredita que mais pessoas vão se filiar ao partido.
O ator Fábio Assunção se filiou ao PT. A informação foi antecipada nesta segunda-feira (14) pela coluna "Expresso", da revista "Época", e confirmada nesta quarta-feira (16) em publicação no site do partido, no Rio de Janeiro. Além de Assunção, os atores Tássia Camargo e Nando Cunha, e a professora e escritora Elika Takimoto também passaram a integrar a legenda.
Segundo comunica a nota na página do partido no Rio, o presidente do PT no estado, Washington Quaquá, comemorou as novas filiações. Para ele, os artistas poderão "estimular o ingresso de mais pessoas no partido". De acordo com a nota, Quaquá também considerou fundamental a presença do ex-presidente Lula no Rio para que os famosos decidissem se filiar.
Lula esteve no Rio no último sábado (12) durante plenária da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, na Zona Norte da cidade. Fonte: http://g1.globo.com
Igreja Católica e o governo Temer
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"Palavras duras, claras, veementes e proféticas. Dedo em riste que aponta ao coração mesmo da política econômica do governo Temer. Governo que para pavimentar esse caminho de entreguismo usa de todas os mecanismos e artimanhas que tem ao seu alcance" escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais.
Eis o artigo.
“Eu vi… e ouvi os clamores do meu povo” (Ex, 3,7)
Com essas palavras extraídas do Livro do Êxodo, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da CNBB se pronuncia sobre a crise política em que está mergulhado o país. A mensagem, de 1º de agosto de 2017, é endereçada “aos bispos das Pastorais Sociais”. Estas últimas, por sua vez, representam verdadeiros “exércitos” de agentes pastorais que atuam na base, junto aos operários e desempregados; camponeses e trabalhadores sem terra; migrantes, itinerantes, refugiados e nômades; menores e crianças desnutridas; pescadores e marítimos; mulheres prostituídas e encarcerados... Entre outros representantes das Comunidades Eclesiais.
Vale a pena citar todo um parágrafo da nota que, remetendo-se simultaneamente ao texto bíblico citado, à Constituição Gaudium es Spes do Concícilo Vaticano II e aos documentos da Igreja na América Latina, diz literalmente: “Clamam aos céus, hoje, as muitas situações angustiantes do Brasil, entre as quais o desemprego colossal, o rompimento da ordem democrática e o desmonte da legislação trabalhista e social. O governo, em lugar de fortalecer o papel do Estado para atender as necessidades e os direitos dos mais fragilizados, favorece os interesses do grande capital, sobretudo financeiro especulativo, penalizando os mais pobres, por exemplo com a reforma da previdência, falsamente justificada”.
Palavras duras, claras, veementes e proféticas. Dedo em riste que aponta ao coração mesmo da política econômica do governo Temer. Governo que para pavimentar esse caminho de entreguismo usa de todas os mecanismos e artimanhas que tem ao seu alcance. Prova disso foi a vitória envergonhada na Câmara dos Deputados para engavetar as denúncias que há tempo pesam sobre a autoridade máxima da nação. Nunca se viu funcionar com tamanha eficácia a troca de titulares por suplentes e a pressão do executivo sobre o legislativo, bem como a prática do “balcão de negociatas” entre ambos os poderes. Ou, mais prosaicamente, a compra e venda de privilégios e benefícios. Resta perguntar se a mesma estratégia funcionará para as próximas denúncias já em andamento pelo Ministério Público.
Os bispos estão cheios de razão. De fato, a política atual, com uma onda de privatizações, com a liberação do mercado total e com reformas que penalizam os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, o governo caminha na contramão dos “clamores” que chegam das bases. Surdo e cego às vozes das ruas, segue seu programa que traz, ao mesmo tempo, concentração de riqueza e exclusão social. Resulta disso o “desemprego colossal”, a falta de apoio a pequenos e médios produtores, empreendedores ou comerciantes, a fuga de cérebros para o exterior, a precarização crescente dos serviços públicos. Estes últimos acabam reconvertidos em mercadorias a serem vendidas por empresas privadas, evidentemente a preço de mercado. Bens pagos duplamente: primeiro, com a carga de impostos e, agora, com a elevação dos preços.
Uma pergunta conclusiva: que impacto terá esse pronunciamento não somente sobre os participantes das pastorais sociais, mas também sobre os movimentos sociais, as organizações não governamentais e trabalho de base em geral – hoje aparentemente tão fragmentados? Como poderão ser sacudidos o descrédito, a apatia e o marasmo que parecem ter dominado não poucas forças vivas da nação? Ou melhor, como canalizá-las num projeto popular em vista do “Brasil que queremos”, como se dizia na segunda Semana Social Brasileira, em meados da década de 1990? Perguntas cuja resposta só poderá levantar-se do chão! Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Herdeira que doou R$ 500 mil a Lula diz que elegê-lo 'é mais importante que caridade'
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Roberta Luchsinger afirma que condição social pode atrair mais atenção à campanha do petista em 2018
SÃO PAULO — Herdeira da família fundadora do banco Credit Suisse, Roberta Luchsinger vai doar cerca de R$ 500 mil em dinheiro e objetos pessoais de valor ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após o bloqueio de bens decretado pelo juiz Sergio Moro. Ao GLOBO, ela relatou nesta sexta-feira que a doação, apelidada de "Bolsa Lula", tem "valor simbólico" e disse não existir nenhuma prova contra o petista, condenado a nove anos e meio de prisão no caso do tríplex do Guarujá.
Em apoio ao ex-presidente, que teve mais de R$ 9 milhões em planos de previdência e contas bancárias bloqueados, Roberta vai reunir artigos próprios, como cheques, objetos e joias, em uma mala de grife que será entregue pessoalmente a Lula. Ela sugere que o petista realize uma penhora dos bens. O encontro entre os dois é intermediado pelo ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho, amigo pessoal da herdeira. Ela alega que, por já colaborar regularmente com a caridade, não vê problemas em destinar a doação ao ex-presidente.
— Há muitos anos eu mantenho projetos sociais. A comunidade de Brasilândia me conhece bem, não preciso ficar alardeando. A minha doação ao Lula tem um poder simbólico: mostrar à sociedade o quanto um presidente como ele faz falta aos mais desfavorecidos. Eleger Lula presidente é muito mais importante do que qualquer tipo de caridade — disse ao GLOBO.
Neta do banqueiro suíço Peter Paul Arnold Luchsinger e herdeira do Credit Suisse, segundo maior banco da Suíça, Roberta dedica muitas postagens em redes sociais à política, sempre em defesa de Lula e contrária às reformas propostas pelo governo do presidente Michel Temer. Seu perfil mais ativo nas redes mescla o assunto com posts sobre viagens, refeições, trabalho e vida particular. A doação foi apelidada de "Bolsa Lula" em referência ao "Bolsa Família", como revelado pelo jornal "Folha de S. Paulo". Paula afirma que a condição social deve atrair mais atenção à campanha do petista em 2018.
— Quero mostrar que estou com Lula, independente da minha origem social. Sei que sou uma estranha no ninho, mas não me incomodo — conta.
A preocupação em colaborar com o ex-presidente envolve também críticas à Lava Jato. Além de acreditar na inocência de Lula, ela questiona as decisões de Sergio Moro, a quem acusa de ser parcial.
— Não existe nenhuma prova contra Lula. Não sou eu quem afirma isso e sim juristas importantes. Basta ver quais políticos estão presos e a quais partidos eles pertencem para constatar o quanto Sergio Moro tem sido parcial em seus julgamentos.
Filiada do PCdoB desde que foi casada com o ex-delegado e ex-deputado federal Protógenes Queiroz, Roberta pretende se candidatar a deputada estadual pelo partido em 2018. O perfil de herdeira, em sua visão, não gera discrepância com as propostas dos partidos de esquerda.
— Minha luta é pelo social. Quem investigar a história da minha família, saberá o quanto ela sempre valorizou o trabalhador. Esse governo que está aí não tem qualquer consideração pelas pessoas que construíram e constroem esse país, basta ver o que tem sido aprovado nas reformas previdenciárias e trabalhistas.
Procurado, o Instituto Lula disse que não vai comentar a doação. Fonte: https://oglobo.globo.com
PREFEITO OU PASTOR? A agenda nada ecumênica de Crivella: sete vezes em que as figuras de bispo e prefeito se misturaram
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Apesar de Crivella ter se apresentado na campanha eleitoral como bispo licenciado, não foram poucos os momentos em que a agenda religiosa de pastor da Igreja Universal se confundiu com a de prefeito do Rio. O EXTRA lista alguns exemplos:
1 - Em novembro, no primeiro dia da transição, Crivella deixou a Firjan, local das reuniões, no início da tarde. Foi à Catedral da Fé, templo da Igreja Universal do Reino de Deus, mostrar a maquete de Jerusalém Antiga para o presidente da Agência Judaica para Israel, o ucraniano Natan Sharansky.
2 - Em vez de se concentrar nos trabalhos de transição, Crivella viajou para Israel, onde rezou no Muro das Lamentações. Lá também se encontrou com o prefeito de Jerusalém, que dias antes havia recebido o tio dele, Bispo Edir Macedo.
3 - Crivella se recusou a entregar as chaves da cidade para o Rei Momo e nem sequer apareceu na Sapucaí na festa mais importante da cidade.
4 - Em uma viagem oficial à Rússia, encontrou-se com o representante local da Igreja Universal do Reino de Deus.
5 - Crivella acompanhou um evento da Universal no Méier com a presença do Bispo Macedo. Era em comemoração aos 40 anos da igreja. Por conta disso, atrasou em mais de uma hora a chegada a um compromisso oficial na Rocinha.
6 — Numa viagem particular à África do Sul, participou de um evento da Igreja Universal num estádio de futebol.
7 — O prefeito (ou bispo) foi ao Senado cantar “Perfume Universal” numa sessão comemorativa aos 40 anos de fundação da Igreja Universal.
Discurso religioso na Guarda
Nas reuniões de trabalho, orações. Agentes da corporação afirmaram, ontem, ao EXTRA que o comando tem adotado discurso religioso na Guarda Municipal. As reclamações surgem após o polêmico censo da fé aplicado aos funcionários. Em nota, a assessoria do prefeito Marcelo Crivella disse que o censo partiu do comando da Guarda, “sem que o prefeito fosse informado ou dela participasse”, e que a prefeitura não tem religião (confira a íntegra da nota abaixo). Não é o que contam servidores.
— A gente tem visto é um discurso cada vez mais religioso da nossa comandante (Tatiana Mendes, que é evangélica). Ela fala, por exemplo, que nossa maior arma é a palavra de Deus. Sou evangélico, mas não concordo em misturar religião com assuntos da Guarda — disse o agente de 33 anos, que preferiu não se identificar.
Outro guarda que está no posto há seis anos disse que na segunda-feira sua chefia passou o questionário para que todos respondessem antes de ir para seus postos:
— Coloquei só que era cristã, e um chefe perguntou: “Mas qual denominação você frequenta”. Eu disse que não responderia e perguntei de quem era essa ideia, e ele respondeu: “Veio de cima”.
O censo também foi criticado por ter oferecido só três opções de religião (católica, evangélica e espírita) e “outros”. A Guarda Municipal informou que não tinha como colocar todas as religiões no formulário e que o objetivo da pesquisa é construir uma capela ecumênica.
Na tarde da última quinta-feira, a juíza Ana Cecilia de Almeida, 6ª Vara de Fazenda Pública, deu cinco dias para a prefeitura se explicar sobre o censo. A decisão foi tomada em pedido de liminar para suspender a pesquisa feito pelo advogado Victor Travancas. O Ministério Público declarou que vai investigar o caso.
Segundo a Guarda, o censo foi feito porque o órgão pretende criar um serviço ecumênico de capelania. O órgão afirma vai manter o censo e retirar do formulário a obrigatoriedade de preencher o nome.
Nota do prefeito
“A Prefeitura esclarece que não procede a informação de que o censo que está sendo realizado pela Guarda Municipal tenha o objetivo de constranger seguidores de qualquer crença. A iniciativa em curso partiu do comando da própria Guarda, sem que o prefeito fosse informado ou dela participasse. Tem por objetivo obter informações que embasem o projeto de uma capelania destinada a prestar assistência religiosa a todos os integrantes da corporação. Além disso, o preenchimento do formulário é voluntário. Vale lembrar que a comandante da corporação tem entre seus principais assessores diretos praticantes do Catolicismo e da Umbanda. O prefeito não esconde sua fé, mas a Prefeitura não tem religião. Ilações como as feitas ontem pelo Extra em sua primeira página, na visão da Prefeitura, reforçam o preconceito religioso”, informou a prefeitura. Fonte: https://extra.globo.com
POLÍTICA: Mirando 2018, tucanos estimulam dobradinha de Doria com ACM Neto
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Em meio aos vários rachas no PSDB, aliados de João Doria querem que o prefeito de São Paulo estimule a ideia de uma chapa presidencial em 2018 com ele na cabeça e o prefeito de Salvador, ACM Neto, como candidato a vice.
Ao Blog, tucanos paulistas disseram que, com a fórmula, o PSDB daria papel de destaque ao DEM na eleição de 2018. E o nome de ACM Neto, de acordo com esses dirigentes, ajudaria o PSDB a conseguir inserção no Nordeste.
Não à toa, Doria foi a Salvador na segunda-feira (7) para um evento com ACM Neto. Neste cenário de dobradinha Doria e ACM Neto, tucanos da ala Doria defendem que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), seja candidato ao governo do Rio.
No entanto, dentro do DEM e também por tucanos do grupo do governador Geraldo Alckmin, Maia é visto como nome para vice em uma chapa com o PSDB em 2018. Mas, aqui, com Alckmin na cabeça de chapa.
Maia se tornou um dos principais nomes do DEM após se eleger presidente da Câmara. Também se fortaleceu junto à base aliada após a condução do processo da denúncia contra Michel Temer.
Esses partidos da base avaliam que Maia foi leal ao presidente mesmo diante da perspectiva de ocupar o gabinete presidencial se Temer caísse. Doria, quando consultado por aliados sobre essas movimentações, repete Geraldo Alckmin: diz que ainda é cedo para discutir o assunto. Mas sabe que, antes de qualquer costura para fora – como o apoio do DEM – precisa convencer o governador de São Paulo a apoiar sua candidatura.
Se não conseguir, Doria pode ter de mudar de partido. Pelo menos três legendas já disseram ao prefeito que, se ele quiser, as portas estão abertas. Fonte: http://g1.globo.com
Prefeitura do Rio faz censo religioso na Guarda Municipal
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Questionário pergunta sobre religião de agentes. Alguns servidores se disseram constrangidos com a ação.
A Prefeitura do Rio está fazendo um censo religioso na Guarda Municipal. O comando da corporação quer saber a religião de cada um dos servidores e, pra isso, distruibuiu um questionário. A iniciativa está causando polêmica.
O formulário, demanda do Comando da Guarda Municipal, tem três perguntas. A primeira, se a pessoa professa alguma religião. Se sim, há a opção de responder se é católico, evangélico, espírita ou outra. Há ainda um campo para informar se a pessoa é praticante ou não da religião. Por fim, o agente pode se identificar preenchendo o formulário com nome, matrícula e unidade.
Diante da situação, alguns servidores se disseram constrangidos e denunciaram a obrigatoriedade de preenchimento do formulário. A polêmica, revelada nesta quarta-feira (9) pelo jornal O Dia, levou o deputado Átila Nunes, do PMDB, a entrar com um pedido de suspensão do formulário ao Ministério Público, alegando que a ação fere um direito constitucional.
“Isso é um absurdo. Estão violando, antes de mais nada, a intimidade de cada um, você não pode perguntar, por exemplo, a orientação sexual. Isso é uma violência que nunca aconteceu no serviço público.”, se posicionou o deputado.
Em contrapartida, a comandante da Guarda Municipal, inspetora Tatiana Mendes, esclareceu que o objetivo é criar uma assistência religiosa aos servidores e que eles não são obrigados a se identificar. Ela disse que após o censo, o intuito seria processar os dados para se criar uma capelania.
Na visão da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio, o censo proposto pela Guarda Municpal limita e constrange os profissionais e erra em não incluir outras religiões como a Umbanda e o Candomblé, ambas consideradas patromônio imaterial da cidade do Rio. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, é bispo licenciado da Igreja Universal. Fonte: http://g1.globo.com
O SILÊNCIO DAS RUAS...
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BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE! Depois dos ovos na cara do Doria, o que dizer do "Silêncio das ruas? O povo não aguenta mais...
PREFEITO DE SÃO PAULO: João Doria é atingido por ovo durante manifestação
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Prefeito de São Paulo foi alvo de protestos ao chegar na Câmara Municipal de Salvador. Tucano estava na Bahia para receber título de cidadão soteropolitano
Salvador - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi atingido na cabeça por um ovo durante uma manifestação na noite desta segunda, em Salvador. Doria viajou no fim da tarde para a capital baiana, onde recebeu o título de cidadão soteropolitano. Quando chegava à Câmara Municipal da cidade, o tucano e o prefeito ACM Neto (DEM) foram alvo de manifestantes.
Nas imagens de vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver o momento no qual um dos ovos atirados na direção dos políticos acerta a cabeça do prefeito paulistano. O vídeo rapidamente viralizou nas redes.
Em vídeo publicado na sua página no Facebook, ainda sob gritos de protestos ao fundo, Doria afirmou que foi vítima de um ato de "poucos manifestantes de esquerda, agressivos, falando palavrões e jogando ovos, buscando a intolerância". "Esse é o caminho do Lula, do PT, das esquerdas, que querem isso. A intransigência, a agressividade, a tentativa de amedrontar e intimidar. A mim, não intimidam, estou aqui pra receber o título e vou receber ao lado do prefeito de Salvador", disse.
O prefeito termina o vídeo com uma provocação: "Vá para a Venezuela, os esquerdistas que querem o mal do Brasil". Pela manhã o tucano participou de cerimônia na Prefeitura de São Paulo com Temer. Ambos assinaram um acordo que prevê a concessão de parte do Campo de Marte ao Município.
A disputa judicial em torno da área se arrastava desde 1958. Doria recebeu elogios do presidente por sua "visão nacional". Fonte: http://odia.ig.com.br
O silêncio
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“Não há ninguém nas ruas porque a esquerda brasileira entrou em colapso. Presa entre a tentativa de ressuscitar o que morreu e a incapacidade de encontrar outra forma de incorporação genérica de sua multiplicidade de demandas em um ator político unificado, ela encontra-se paralisada e sem capacidade de dizer claramente o que quer, qual seu horizonte”, escreve Vladimir Safatle, professor de Filosofia, em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 04-08-2017.
Eis o artigo.
Há algo de instrutivo no ritual que o Congresso Nacional ofereceu ao país na última quarta-feira, quando um ocupante do cargo da Presidência, gravado em situação flagrante de prevaricação e corrupção passiva, formalmente denunciado pela Procuradoria Geral da União, foi poupado.
É difícil imaginar algum país no mundo que chegaria a um espetáculo tamanho de degradação comandado por uma casta de políticos dignos de filmes de gângsteres série B. Ao menos, depois dessa confissão de desprezo oligárquico pela opinião pública, quem sabe agora parem de falar que estamos em uma "democracia".
Enquanto o país assiste a universidades públicas suspenderem as aulas por se encontrarem em situação falimentar, serviços públicos entrarem em deterioração, agências de pesquisa decretarem estado de calamidade e 3,6 milhões de pessoas saírem da classe média baixa em direção à pobreza, o ocupante do trono da Presidência, único presidente da história brasileira a ser denunciado pela Justiça no cargo, gastava milhões de reais em suborno explícito de deputados, uso de cargos públicos para aliciamento de votos e liberação de emendas escusas a fim de garantir sua sobrevida.
Ou seja, bem-vindos a uma cleptocracia que agora não faz nem sequer questão de conservar as aparências. Há algo de terminal quando até mesmo as aparências já não são mais conservadas. Tudo isso com o beneplácito daqueles que dizem que o país precisa, afinal, de "estabilidade".
Com se vê, há algo de muito interessante no conceito de "estabilidade" que circula atualmente. Uma estabilidade da pauperização, da precarização do emprego, do desmonte dos serviços públicos e da redução final da república brasileira a uma farsa macabra.
Contra isso, há aqueles que falam que receberam uma "herança maldita" do governo anterior. Alguém deveria explicar essa repetição compulsiva que nos acomete. Vivemos em um país onde todo governo usa o expediente de culpar a herança maldita do anterior para mascarar sua própria impotência. O cômico é que eles sempre encontram alguém a continuar a vociferar a mesma estratégia surrada de sempre.
Mas o que pode realmente impressionar alguns é o silêncio com que este momento foi recebido por setores da sociedade brasileira ou, antes, os expedientes que vemos para justificar a passividade. Por que as ruas não queimam, perguntam?
Ao menos três fatores deveriam ser levados em conta aqui.
Primeiro, porque estamos falando de um governo que atira em manifestantes em toda impunidade, como vimos na última manifestação de greve na Esplanada dos Ministérios. Ele usa seu braço armado para cegar estudantes com bala de borracha, atemorizar a população nas ruas com sua polícia gestora da desordem, ameaçar com punições os que entram em greve e ridicularizar o fato de 35 milhões de pessoas pararem o país (como na última greve geral). Ou seja, boa parte das pessoas não sai às ruas porque elas têm medo da violência do Estado, já que elas tacitamente sabem que não têm mais garantias alguma de integridade.
Segundo, porque há um setor da sociedade brasileira que nunca teve problemas com corrupção, mesmo que tenham saído às ruas em 2015 falando o contrário. Eles sempre votaram em corruptos notórios e continuarão fazendo isto. O único problema deles era com o governo anterior. Derrubado o governo, todos eles voltaram para casa e continuarão lá para todo o sempre.
Por fim, não há ninguém nas ruas porque a esquerda brasileira entrou em colapso. Presa entre a tentativa de ressuscitar o que morreu e a incapacidade de encontrar outra forma de incorporação genérica de sua multiplicidade de demandas em um ator político unificado, ela encontra-se paralisada e sem capacidade de dizer claramente o que quer, qual seu horizonte.
Queremos simplesmente retornar ao passado recente, conservar o que está sendo desmontado, ou temos algo a mais a propor? Conseguiremos fazer a maioria da população brasileira sonhar e acreditar em sua própria força de transformação e luta ou empurraremos todos a um horizonte desinflacionado de mudanças, como se isso fosse a expressão de um realismo duro, porém pretensamente necessário? Sem clareza acerca desses pontos, ninguém avançará um passo. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
POLÍTICA: Por que Tiririca votou contra Temer
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Disse que foi “pelo povo”. Mas foi pelo partido e para obter o voto do povo
O deputado Tiririca (PR-SP) votou a favor da investigação do presidente Michel Temer no Supremo Tribunal Federal, destoando da maioria de seus correligionários. Tiririca disse que votou “pelo povo”. Mas não é bem assim. Tiririca votou pelo partido e para obter o voto do povo nas próximas eleições. Como é o maior puxador de votos do PR (teve 1 milhão em 2014 e levou com ele outros dois para a Câmara dos Deputados) e a maioria da população, segundo pesquisas, está contra Temer, Tiririca, na verdade, não teve opção.
O mesmo aconteceu durante a votação da reforma trabalhista, assunto altamente impopular. Ele desobedeceu, de mentirinha, à orientação da legenda e ficou contra a proposta. O que o partido de Valdemar Costa Neto fez com Tiririca por desobedecer? Nada. Absolutamente nada. Nem fará agora. É bom que Tiririca esteja bem com o povo. Fonte: http://epoca.globo.com
O silêncio das ruas revela que não há mais esperança nas instituições brasileiras
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O silêncio das ruas revela que não há mais esperança nas instituições brasileiras
Dom Luiz Demétrio Valentini, bispo-emérito de Jales (SP), esteve em Brasília-DF, dias 31 de julho e 1º de agosto, para o encontro dos bispos da área social e os que integram a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Natural de São Valentim (RS), o religioso, que presidiu a Cáritas Brasileira por dois mandatos, concedeu entrevista ao Portal da CNBB sobre a crise brasileira. Para ele, o silêncio das ruas não é uma concordância tácita com o que está acontecendo, como alguns querem fazer acreditar. Pelo contrário, “é um sintoma preocupante de que não temos mais esperanças e sinais concretos para recuperar o rumo da caminhada histórica do Brasil”.
De acordo com o bispo-emérito, o poder Judiciário e o Congresso Nacional estão instrumentalizados para salvar os seus próprios privilégios. “Não se pode permitir que ministros do Supremo Tribunal Federal façam do seu cargo uma opção política partidária a ser defendida publicamente. Isto diminui a legitimidade, a confiança e é perigoso para uma nação”, disse. Dom Demétrio disse que os grandes interesses convergiram e o presidente que temos agora serve de instrumento da execução destes interesses escusos que não são publicados.
Segundo o bispo, “o trecho do cântico de Jeremias (Cântico Jr 14,17-21): “Até o profeta e o sacerdote perambulam pela terra sem saber o que se passa”, é uma descrição simbólica do que estamos vivendo no país. O religioso afirma que torna-se necessário ajudar o povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos, sua feição cultural, sua tradição e fazer convergir todas estas realidades para que a cidadania brasileira reencontre os rumos do país. Leia abaixo a íntegra da entrevista que ele concedeu ao Portal da CNBB.
Portal CNBB – Como avalia a crise política brasileira?
Dom Demétrio – Certamente, estamos vivendo um momento difícil, todos reconhecem, no qual há uma perca da identidade do povo brasileiro. Se torna necessário ajudar o povo brasileiro a reencontrar sua identidade e destino históricos, sua feição cultural, sua tradição e fazer convergir todas estas realidades para recuperarmos um projeto de Nação. Estamos esquecendo nosso projeto de nação. Estamos sentindo novamente a necessidade de fazer, por exemplo, uma nova semana social brasileira para que a Igreja possa cumprir esta tarefa importante que tem de identificar e saber o que está acontecendo. Como diz o cântico de Jeremias: “Até o sacerdote e o profeta perambulam pela rua sem saber o que acontece”. É um pouco a descrição simbólica da realidade que estamos vivendo agora. A ausência de posicionamento revela de um lado um descrédito muito grande. Uma distância sempre crescente entre as estruturas sociais políticas e a vida do povo brasileiro. De tal modo que há um descrédito generalizado. Não é uma concordância tácita não, como alguns pretendem instrumentalizar este silêncio das ruas. É um sintoma preocupante de que não temos mais esperanças, sinais concretos de referências práticas para recuperar o rumo da nossa caminhada histórica do Brasil. Estamos vivendo um momento difícil que se caracteriza, sobretudo, pelo descrédito das instituições e por sua incapacidade em recuperar e superar a pecha sempre crescente da sua falta de legitimidade perante o povo brasileiro. Estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil e precisamos nos rearticular, enquanto Pastorais Sociais da CNBB como um todo, e retomar nossa missão profética de questionar os equívocos que estão acontecendo, os erros praticados e projetar para frente um novo projeto de Brasil que queremos.
Portal CNBB – Como avalia os passos do Michel Temer depois do impeachment da presidenta Dilma Rousseff?
Dom Demétrio – Se há dificuldades de convergências em torno de um projeto de país por outro se criou uma convergência que assusta. Interesses que estão se consolidando e convergindo para que se instrumentalizem o Congresso Nacional e o poder judiciário para salvar os próprios privilégios. Há uma espécie de trama que está sendo orquestrada para que isto se torne invisível e leve o Congresso a retrocessos políticos como, por exemplo, o que estamos assistindo com a nova lei trabalhista aprovada e a nova a lei da previdência social que estão propondo. Existe um interesse do liberalismo econômico que está voltando com força, como se a solução do Brasil fosse voltarmos aos tempos da revolução industrial em que se confrontavam os pequenos contra os poderosos, sempre com desvantagem evidente para os pequenos. Agora estamos assistindo esta realidade em que os grandes interesses convergiram e o presidente que temos serve de instrumento da execução destes interesses escusos que não são publicados, mas que aos poucos precisamos identificar para nos posicionar diante da crise política que estamos vivendo.
Portal CNBB – Como avalia o papel que o judiciário está desempenhando neste contexto de crise?
Dom Demétrio – Infelizmente ele também padece de credibilidade. Poucos têm segurança em pensar no Supremo Tribunal Federal e em outras instâncias da Justiça Brasileira. Existe uma insegurança e uma mescla de ações e atitudes que são claramente partidárias. Por exemplo, não se pode permitir que ministros do Supremo Tribunal Federal façam do seu cargo uma opção política partidária a ser defendida publicamente. Isto diminui a legitimidade, a confiança e é perigoso para uma nação. Quando se perde a confiança no judiciário estamos no limite da credibilidade fundamental que é preciso que exista, minimamente, para se levar em frente um projeto de país. Então o próprio Judiciário precisaria se questionar e deixar de ter posicionamento partidário e voltar a cumprir sua missão de ser a instância capaz de discernir e fazer as ponderações necessárias e avaliar bem para tomar decisões com legitimidade. A falta de credibilidade do judiciário é mais um sintoma da crise que estamos vivendo.
Portal CNBB – Neste contexto de crise das instituições e da própria democracia no Brasil, qual deve ser o papel da Igreja?
Dom Demétrio – Precisamos retomar a intuição de uma Constituinte para de novo repropor um projeto de país. Neste sentido, a Igreja se sente próxima ao povo, e deve se tornar mais próxima ainda, para poder recolher e ajudar a articular. Falta articulação no país agora, falta uma mediação e não existem instâncias que têm credibilidade para fazer esta mediação. Penso que a Igreja pode propor e se apresentar, não como aquela que tem a solução, mas com quem estimula a cidadania brasileira a reencontrar os rumos do país. Penso que a Igreja não pode fechar os olhos e não se omitir, precisa enfrentar o desafio de compreender a realidade e perceber quais são os interesses que estão em jogo e não se deixar instrumentalizar. Existe um desafio bem concreto para a Igreja de voltar a assumir a causa do país para que a cidadania possa retomar a sua vigência, sua ação concreta e sua articulação em benefício de toda a nação brasileira. Fonte: http://cnbb.net.br
Falta de mobilização reflete divisões sociais
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Sociólogos atribuem a apatia popular na crise a fatores que vão de uma frustração política à influência de setores
Medidas impopulares apresentadas pelo governo federal, denúncias criminais contra o presidente da República e outros políticos por corrupção, uma recessão econômica sem prenúncio de superação em curto prazo. Por isso e muito mais, o brasileiro reclama, mas não tem visto uma mobilização popular de massa que vá às ruas cobrar respostas dos representantes, como foi num passado não tão distante. Analistas políticos entrevistados pelo Diário do Nordeste apontam que a atual "apatia" da população tem causas que vão da decepção política à influência de setores dominantes, mas alguns sustentam que, a partir de manifestações como as de junho de 2013, uma nova geração (re)descobriu que é possível mobilizar.
A última semana começou colocando em números a instabilidade do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Pesquisa CNI/Ibope divulgada na última quinta-feira (27) mostra que o peemedebista tem, hoje, 70% de rejeição no País - a pior taxa desde a redemocratização. Dois dias antes, levantamento Ipsos Public Affairs revelou que 94% dos entrevistados reprovam a atuação do presidente à frente do Executivo Federal - um recorde de rejeição que superou os 93% registrados em pesquisa realizada no mês anterior.
O levantamento, feito na primeira quinzena de julho - ou seja, antes mesmo do anúncio recente do aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis -, não parece fragilizar o governo, que já dá como certo, por exemplo, ter os votos necessários para barrar denúncia criminal da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer, por crime de corrupção passiva, a ser votada no plenário da Câmara dos Deputados no dia 2 de agosto.
Antes disso, greves gerais convocadas por partidos de esquerda, movimentos sociais e entidades sindicais contra as reformas Trabalhista - já aprovada - e Previdenciária - em tramitação no Congresso Nacional - foram marcadas por paralisações e atos em todos os estados do País, mas, na avaliação dos próprios organizadores, não tiveram a abrangência esperada. Grupos que se organizaram pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), cujas bandeiras eram o combate à corrupção, o apoio à Operação Lava-Jato, o fim do foro privilegiado e outras, hoje também já não cobrem as ruas de verde e amarelo.
Vácuo
Para o sociólogo Clésio Arruda, professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), o Brasil, após o processo de impedimento da ex-presidente, vive um "grande vácuo", no qual parte da população está desmobilizada e outra parte está frustrada, embora haja uma indignação popular com o governo substituto.
"Foi criada uma expectativa de que, com a queda da Dilma, aquelas reivindicações de 2013 seriam conquistadas, então se gerou muitas promessas diante desse movimento e arregimentou-se grande parte da população que foi às ruas, acreditou e se sentiu protagonista da história. O momento, agora, é de grandíssima frustração. A gente tem uma sociedade dividida: aqueles que não eram favoráveis ao impeachment da Dilma ficaram completamente desmobilizados, são os 'perdedores' da luta. Por outro lado, a gente tem aqueles que viabilizaram o impeachment e, agora, uma boa parte percebe que o que tinha como expectativa não se realizou".
Na análise do sociólogo, para compreender a "apatia" popular do momento é importante lembrar o que motivou manifestações anteriores, como as de junho de 2013, que demarcavam, segundo ele, "um amadurecimento da democracia brasileira". "A gente tem um marco na mudança do comportamento da população, em geral, naqueles grandes movimentos da Copa do Mundo, em 2013. Aqueles movimentos surgem naquele momento sem uma direção exata. Havia reivindicações das mais variadas, mas há uma questão que estava presente: uma insatisfação com as mudanças que vinham acontecendo no Brasil".
De acordo com Clésio Arruda, porém, políticos se apropriaram da "euforia" das ruas para, com a mobilização, "direcionar" os movimentos. "Naquele momento, se coloca uma grande parte da população brasileira atenta àquilo que começa sem objetivo muito claro e foi direcionado a um objetivo que culminou no impeachment", diz.
Professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), o sociólogo Paulo Niccoli Ramirez, por sua vez, afirma que a ausência de manifestações populares de massa diante da atual crise político-econômica no Brasil está enraizada em dois fatores: uma divisão de classes e a influência dos grandes meios de comunicação. "Existe um forte preconceito de classe no País contra o PT e contra indivíduos oriundos das classes oprimidas, os trabalhadores. Esse é o primeiro ponto", coloca.
O outro, de acordo com o sociólogo, é o tratamento diferenciado dado pela grande imprensa aos dois momentos políticos que, segundo ele, influencia o comportamento de parte da população. "No caso do Temer, o que acontece: cada notícia negativa é sucedida por uma positiva: uma melhora superficial da economia, migalhas de melhorias que o governo tem demonstrado. Isso acaba mascarando uma visão mais crítica daqueles que foram a favor do impeachment".
Em entrevista ao Diário do Nordeste, ao traçar perspectivas para o retorno das atividades da Câmara dos Deputados em agosto, após o recesso parlamentar, deputados federais cearenses de partidos de oposição admitiram que, hoje, o governo tem os votos necessários para barrar a denúncia criminal que será votada em plenário no início do mês.
André Figueiredo (PDT) afirma que só uma mobilização popular poderia pressionar deputados aliados do peemedebista para que mudassem de voto. Segundo ele, porém, é necessário que a população "acorde" e demonstre, nas ruas, que as manifestações que reuniram milhares de pessoas durante o processo de impeachment de Dilma eram, de fato, "contra a corrupção". "A população está mais morna do que estava antes, não tem ido às ruas ou, se vai, vai em menor número do que foi no ano passado", aponta.
Revés
Sem maioria da oposição na Câmara, Chico Lopes (PCdoB) é outro que prega reação mais enérgica do eleitorado por mudanças. "Os eleitores têm que reagir, porque quem paga a conta são os eleitores. Só acredito em movimento de massa", diz.
O sociólogo Paulo Niccoli Ramirez, por outro lado, não acredita que uma mobilização popular representaria um revés ao mandato de Michel Temer no atual cenário. "Essa revolta já deveria ter ocorrido no início, com o flagrante da gravação de Temer (feita por Joesley Batista, dono da JBS). Agora, a questão que fica é: qual situação pior a essa poderia ser responsável para que a população se revoltasse? A Dilma caiu por muito menos, por uma questão de tese jurídica por má administração. No caso do Temer, estamos falando da esfera criminal", compara.
Já Clésio Arruda, professor da Unifor, pontua que, embora o momento seja de apatia por parte da população, manifestações recentes geraram uma "experiência acumulada de participação política" que contribui para a formação de uma consciência política no tempo presente e nas gerações futuras. "Isso não se perde historicamente. Temos novas gerações com capacidade de mobilização política. O que está faltando é motivação", observa. Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br
DIRETO DE BELO HORIZONTE-MG: Prefeito da Grande BH é preso sob acusação de pedofilia
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José Antônio Trindade, eleito para comandar Baldim, teria trocado mensagens pornográficas com adolescente usando telefone celular da prefeitura.
O prefeito de Baldim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, José Antônio Trindade (PT), foi preso na manhã desta segunda-feira, em casa. O político de 58 anos é acusado de uso indevido de bem público e pedofilia.
Em representação protocolada na semana passada, o Ministério Público acusa o prefeito de ter trocado mensagens de cunho pornográfico com um adolescente de 16 anos, utilizando, inclusive, aparelho celular de propriedade da prefeitura.
A Polícia Civil não passou outros detalhes sobre o caso sob a justificativa de não atrapalhar as investigações. De acordo com a corporação, foram realizadas buscas na casa e no gabinete do prefeito e apreendidos documentos, computadores e telefones celulares.
A prisão do prefeito foi pedida pelo MP, por meio da Procuradoria de Justiça de Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, a partir de investigações preliminares e depoimento do adolescente assediado. A prisão preventiva foi autorizada pelo Tribunal de Justiça.
O vice-prefeito, Alex Martins (PT), assumiu o cargo nesta segunda-feira. O Departamento Jurídico da Prefeitura informou que, pelo menos por enquanto, ninguém não vai se pronunciar sobre o assunto. Fonte: http://www.em.com.br
Aécio é o principal articulador por trás do duro ataque da Record à Globo
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Ontem à noite (Domingo, 16 de julho 2017), no programa Domingo Espetacular, da TV Record, o jornalista e blogueiro Luis Carlos Azenha, que já trabalhou na Globo, fez uma grande reportagem cujo alvo foi a toda poderosa das comunicações, as organizações Globo.
Azenha saiu da Globo rompido por conta de não aceitar se submeter às ordens de fazer antijornalismo de Ali Kamel e já há muito tempo denuncia os esquemas operados a partir do Jardim Botânico.
Em seu blogue, o Viomundo, já havia tratado de algumas das denuncias desta reportagem de 15 minutos que foi ao ar ontem.
Ou seja, não há novidade em Azenha fazer uma excelente matéria sobre a Globo comprovando por A + B os esquemas de corrupção e sonegação que envolvem a criação de uma teia de empresas fantasmas em paraísos fiscais. Empresas como a Empire, criada para que a Globo não pagasse impostos na compra dos direitos da Copa do Mundo.
Mas não foi só isso que a reportagem mostrou. Ela chamou a atenção para delação de Palocci, que estaria sendo ignorada porque o ex-ministro teria provas contra a Globo e ainda apresentou ao Brasil Paula Marinho, uma das herdeiras da emissora e que está no esquema Mossack Fonseca, onde mantinha três empresas de fachada em paraísos fiscais. E que pelo que se sabe é a verdadeira dona da Paraty House.
Quem conhece o esquema de guerra entre famílias do baronato ou da máfia, sabe que pode tudo, menos mexer com a família, principalmente os filhos dos patriarcas.
E a Record permitiu que a reportagem de Azenha fosse no gogó dos Marinhos. Por que isso aconteceu? O que está por trás desta declaração de guerra?
O blogueiro conversou com várias pessoas nos últimos dias para buscar entender o que havia levado a Globo a se distanciar de Temer e jurá-lo de morte política. Ao mesmo tempo também tentou entender os motivos que levaram a emissora a não proteger Aécio Neves quando ele foi pego nos áudios de Joesley.
Há algumas pistas para o que se passa, mas algo parece mais alvo do que a neve. Há uma guerra declarada nas facções do golpismo. De um lado estão Globo, ampla maioria do PIB, do sistema financeiro e do judiciário. Do outro, uma boa parte da classe política , incluindo o governo Temer e Aécio Neves, Gilmar Mendes e alguns ministros do Supremo e várias empresas de comunicação, entre elas, a Record. Mas não só ela.
E a veiculação da reportagem de ontem, que foi retransmitida até no Fala que eu te Escuto e em outros telejornais da emissora, foi a resposta desse grupo à forma como a Globo vem tentando derrubar Temer para passar a ter o controle total do espólio golpista.
Temer, evidentemente, está por trás da estratégia de ir pra cima da Globo. Mas quem estaria mais mordido com a emissora e jogando pesado para que outros veículos de comunicação entrassem numa guerra total contra a família Marinho é ele, o irmão de Andréa Neves e primo de Frederico Pacheco de Medeiros. Aécio Neves é o principal articulador da classe política para que todos os canhões sejam apontem para a emissora.
E três notas publicadas hoje na coluna política do jornal carioca O Dia ajudam a entender a dimensão desta guerra. A coluna revela que Temer teria ordenado a execução de eventuais dívidas da emissora com a União, de impostos e de financiamentos no BNDES.
Essa guerra tem potencial altamente explosivo. Inclusive porque a Globo já teria seduzido Rodrigo Maia a participar dos próximos capítulos que projetou para sua novela. Ele se tornaria presidente da República com o apoio da emissora. E tem se reunido com interlocutores da emissora com frequência. E já estaria discutindo com alguns amigos o pós Temer. Entre eles, Aldo Rebelo, que ainda está no PCdoB, mas que já está partindo para o PSB e toparia ser vice de Maia numa eleição indireta.
A guerra que está em andamento não é da Globo com a Record. Envolve muitos outros interesses e grupos poderosos. É uma guerra de facções que participaram do golpe. E pode ou levá-lo a um outro patamar, fazendo com que um setor fique na estrada. Ou implodir o próprio golpe, se os setores progressistas tiverem capacidade para entender o que está ocorrendo e conseguirem agir com celeridade e inteligência.
Como a Globo vai reagir a isso é que é o busílis da questão do que virá adiante. Este blogueiro acredita que ela continuará concentrando seus ataques no alvo central, Temer. E que como sabe que Aécio está por trás disso, também vai mirar mais fortemente nele. E, por ahora, deve deixar os bispos de lado.
Mas pode ser que ela resolva dar um exemplo para impedir que outras emissoras e veículos de comunicação se animem a ajudar a remar na canoa do bispo. Não, amigos, não foi uma matéria isolada. E vale a pena ficar atento para o que virá. Fonte: http://www.revistaforum.com.br
Popularidade levou Lula a se achar invulnerável, diz biógrafo britânico de petista
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"Com uma personalidade dominante, sempre há o perigo de se cercar apenas de pessoas que digam sim. Acho que, no início do PT, havia vozes diferentes e pessoas que desafiavam Lula. Acho que, quando ele se tornou presidente, isso se tornou um problema. Talvez não tenha havido pessoas suficientes dizendo: 'Lula, você está cometendo um erro, precisa ir numa direção completamente diferente'."
O diagnóstico acima é do acadêmico britânico Richard Bourne, autor do livro Lula of Brazil: The story so far ("Lula do Brasil: a história até agora", em tradução livre), que, em entrevista à BBC Brasil, expressou preocupação diante da primeira condenação do líder petista no âmbito da operação Lava Jato.
O juiz Sergio Moro condenou o ex-presidente a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso em que era acusado de receber um apartamento no Guarujá (SP) em troca da promoção de interesses da empreiteira OAS junto à Petrobras. Ele nega os crimes e poderá recorrer da sentença em liberdade.
O biógrafo, que conviveu com Lula no final de seu primeiro mandato, não está convencido de que o petista tenha sido o chefe do esquema de corrupção na Petrobras, mas acredita que ele "não fez perguntas suficientes" sobre como o partido arrecadava os recursos de campanha e geria a estatal. Bourne tampouco embarca na tese alimentada pelo PT de ele é vítima de uma perseguição política por parte do Judiciário.
Ele diz que o ex-presidente continua sendo alguém que "consegue iluminar um palanque", mas cuja popularidade pode ter contribuído para um sentimento de invulnerabilidade. Isso teria provocado em Lula tanto uma certa "tolerância à corrupção" quanto à ideia de que deve retornar ao poder em 2018.
A candidatura do petista, no entanto, pode se tornar inviável caso a condenação seja confirmada em segunda instância.
"Lula certamente é alguém vaidoso e isso piorou com o passar do tempo. Uma das piores coisas da morte de Marisa é que não há mais uma pessoa para desinflar um pouco essa vaidade e mostrar a ele o que ele deveria estar fazendo", reflete Bourne, que completa: "Ele deveria ter pensado melhor em outras maneiras de usar seu capital político em favor do país (após deixar o poder)."
Chefe 'improvável'
Há um ano, Bourne disse à BBC Brasil que, em sua opinião, Lula foi "conivente com a corrupção" durante seu governo. Mesmo assim, a condenação de Moro no processo do tríplex do Guarujá lhe causou surpresa. "Eu não imaginava Lula como esse chefe de um grande esquema de corrupção, como foi sugerido. Isso não quer dizer que eu não ache que ele possa ter se beneficiado de alguma forma, mas essa ideia de que ele era esse grande manipulador, como dizem os procuradores, não parecia provável", diz. "Eu ainda acho que Lula foi conivente com o sistema corrupto, e minha percepção de sua história sugere que ele foi muito relaxado em relação à corrupção. Acho que ele estava tolerando a corrupção a seu redor e não fez perguntas suficientes."
Em setembro de 2016, procuradores do Ministério Público Federal denunciaram formalmente o ex-presidente pela primeira vez no âmbito da Lava Jato, afirmando que ele era o "comandante máximo do esquema de corrupção" na Petrobras e "o verdadeiro maestro dessa orquestra criminosa".
Em sua sentença, no entanto, Moro não menciona a acusação de que Lula seria o articulador do esquema. Mais além, diz que é "forçoso reconhecer o mérito" do governo petista "no fortalecimento dos mecanismos de controle", citando medidas como o fortalecimento da Controladoria-Geral da União (CGU), investimentos na Polícia Federal e a independência do Ministério Público Federal.
Após o elogio, o juiz diz que o petista "subestimou a possibilidade" de que esse reforço nos meios de controle pudesse "levar à descoberta de seus próprios crimes".
Apesar das críticas de perseguição feitas a Moro e aos procuradores pela defesa de Lula, Richard Bourne acha que o sistema Judiciário brasileiro "está operando muito bem, e melhor do que o sistema político". Mesmo assim, ele vê na atuação do Ministério Público Federal uma tentativa de impedir a consolidação de Lula como favorito à Presidência nas próximas eleições. "Um dos objetivos dos procuradores ao ir atrás de Lula é retirá-lo da corrida presidencial. E isso já teve um sério impacto dentro do Brasil e internacionalmente. Muito da imagem que ele tinha já está danificado. É triste." Bourne demonstra preocupação também com o que diz ser "uma abordagem menos rígida da corrupção no governo Temer do que houve com Lula".
"Acho que há perguntas muito sérias (sobre o envolvimento de Temer com esquemas de propina) e fico triste de ver que a Comissão de Constituição e Justiça do Congresso votou para proteger Temer. Espero que, quando a situação for para o plenário, ele seja suspenso do cargo", diz Bourne.
Concessões
Na época em que o britânico escreveu sua biografia, Lula era famoso mundialmente como o cara", nas palavras do então presidente americano Barack Obama. Durante uma reunião do G20, em abril de 2009, Obama afirmou que o brasileiro era o "político mais popular da Terra". Era o auge da popularidade de Lula, mesmo após o escândalo do Mensalão - no qual seriam condenados dois de seus principais "homens fortes" no PT, o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do partido José Genoíno.
Para Bourne, esse é um dos momentos decisivos para o ex-presidente - no qual, avalia, a
Posição pode ter lhe subido à cabeça.
"Acho que em determinado momento ele pode ter se sentido invulnerável porque, não só no partido como no mundo, ele era tão forte. Ele tinha viajado o mundo e o Brasil, tinha sobrevivido a diversas derrotas eleitorais", avalia.
"Acho que ele sentiu que conseguiria manipular a situação e lidar com o sistema político brasileiro. É uma pena. Ele poderia ter feito muito mais para melhorar a natureza pouco representativa do Congresso."
Naquela altura, segundo o biógrafo, Lula já havia "desistido de algumas batalhas" para chegar à Presidência. "A 'Carta ao Povo Brasileiro', por exemplo, é um abandono do seu tipo inicial de socialismo. Quando ele foi eleito finalmente, ele já não queria problemas, estava pronto para fazer concessões."
As concessões, principalmente as alianças com antigos inimigos políticos, foram consideradas por muitos uma traição aos ideais do partido, e também deram início ao sentimento de que o PT havia se tornado "mais um" no jogo que prometeu mudar.
Até o momento de sua primeira eleição, em 2002, Lula criticava duramente o ex-senador do PMDB e ex-presidente José Sarney e chamava sua família de "mentirosa". Oito anos depois, no final de seu segundo mandato, Sarney o acompanhava pessoalmente no voo que o levaria até sua casa, em São Bernardo do Campo (SP), para a festa de despedida organizada pelo PT.
Em 2013, ao receber, juntamente com Sarney, a medalha Ulysses Guimarães, Lula parabenizou o ex-presidente por seu "comportamento digno" no comando do país.
"Eu acho que, para chegar a presidente da República, as pessoas têm de estar preparadas para saber que não são donas do país, são apenas donas de um mandato que tem tempo de validade, hora de chegada e hora de saída. E foi assim que o senhor se comportou", disse na ocasião.
Para Bourne, as alianças de Lula são parte importante do que o fez chegar ao poder, mas também podem ajudar a explicar sua implicação em escândalos de corrupção.
"Parte de seu talento como chefe de sindicato é que ele negociava com todos e não havia inimigo que ele não pudesse transformar em amigo. Isso é um talento, mas também, talvez, algo que o tenha levado a fazer concessões que não deveria ter feito."
"Mas não acho que ele traiu completamente os ideais do partido", pondera o biógrafo. "Ele, afinal, teve iniciativas como o Bolsa Família e outras que certamente ajudaram os mais pobres."
Nostalgia
Bourne diz que a candidatura de Lula em 2018 seria "um erro para ele e para o país", mas acredita que, se concorrer, ainda pode ser eleito, mesmo após o abalo que as acusações da Lava Jato causou em sua imagem.
As chaves para sua volta ao Palácio do Planalto, diz o britânico, seriam seu carisma e a imagem que seu governo ainda evoca do "Brasil que daria certo". "Lula ainda é bastante popular entre certos setores da população brasileira, é claro, mas em certo sentido muitas pessoas estão quase nostálgicas de um momento em que o Brasil parecia um lugar mais feliz e mais importante no mundo. E elas acham que ele conseguiria isso de novo", afirma.
"Mas acho que, se Lula conseguir ficar fora da prisão, faria mais sentido que usasse seu carisma para apoiar um candidato que valesse a pena, talvez alguém mais talentoso do que Dilma."
Uma pesquisa qualitativa encomendada pelo jornal Valor Econômico e divulgada fevereiro de 2017 indica que a "saudade" do otimismo econômico da era Lula pode, de fato, atrair votos para o ex-presidente - mesmo dos eleitores que se afastaram do PT após os escândalos de corrupção.
No final do último mês de junho, uma pesquisa do Datafolha mostrava que, apesar de ter o maior índice de rejeição entre os possíveis candidatos num primeiro turno, Lula ainda venceria na maioria dos cenários projetados.
"Falava-se que, quando Bill Clinton entrava em uma sala, todos instantaneamente se conectavam a ele. Lula é esse tipo de pessoa, alguém que consegue iluminar um palanque. Ele é um homem do povo, de fato. Isso não era atuação para ele, é como ele é. Esse sempre será o seu apelo", avalia o biógrafo.
"Mas ele é uma pessoa pouco disciplinada, que não usava seu tempo de maneira muito eficiente quando presidente. Gostava de encontrar as pessoas, mas provavelmente não era muito bom na parte mais chata e administrativa."
História
O bordão "nunca antes na história desse país" foi uma das marcas da retórica de Lula desde 2002, alvo de paródias feitas por admiradores e detratores.
Em outubro de 2016, num artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, intitulado "Por que querem me condenar", Lula diz confiar "que cedo ou tarde a Justiça e a verdade prevalecerão, nem que seja nos livros de história."
A obsessão do ex-presidente com o reconhecimento futuro chegou a ser medida pelo jornalista Ali Kamel, da TV Globo, no livro Dicionário Lula - Um Presidente Exposto Por Suas Palavras. Ao analisar 1.554 discursos do petista, o autor encontrou bordões como "nunca antes na história", "desde Cabral" e "desde a Proclamação da República" em 880 deles.
Para Richard Bourne, Lula deverá ser lembrado como um presidente que fez transformações e abriu caminhos para o Brasil - mas que poderia ter sido melhor. "Ele pode se orgulhar do que fez, especialmente no primeiro ano. Mas não é um homem atento aos detalhes, e não fez o suficiente pela educação brasileira, que tem problemas sérios. Ele podia ter feito mais, mas estava contra forças muito poderosas."
"Acho que, seja o que for que acontecer agora, em 50 anos os historiadores dirão: 'sim, Lula teve uma contribuição significativa no fim da ditadura militar, na maior participação do Brasil no cenário internacional, em ajudar os brasileiros mais pobres e em abrir a possibilidade de uma sociedade mais igualitária", conclui. http://www.bbc.com
LULA É CONDENADO: Lula é condenado na Lava Jato a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do triplex
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É a primeira vez, desde a Constituição de 1988, que um ex-presidente é condenado criminalmente. A decisão de Sérgio Moro permite que Lula recorra em liberdade.
O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo que envolve o caso da compra e reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. Ele foi condenado a nove anos e seis meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
É a primeira vez, desde a Constituição de 1988, que um ex-presidente é condenado criminalmente. A sentença foi publicada nesta quarta-feira (12) e não determina a prisão imediata de Lula. Na decisão, Moro permite que petista recorra em liberdade.
"[...] Considerando que a prisão cautelar de um ex-Presidente da República não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação. Assim, poderá o ex-Presidente apresentar a sua apelação em liberdade", diz a decisão.
Por "falta de prova suficiente da materialidade", o juiz absolveu Lula das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial numa transportadora, que teria sido pago pela empresa OAS.
O G1 fez contato com a defesa de Lula e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
"Por fim, registre-se que a presente condenação não traz a este julgador qualquer satisfação pessoal, pelo contrário. É de todo lamentável que um ex-Presidente da República seja condenado criminalmente, mas a causa disso são os crimes por ele praticados e a culpa não é da regular aplicação da lei. Prevalece, enfim, o ditado "não importa o quão alto você esteja, a lei ainda está acima de você (uma adaptação livre de 'be you never so high the law is above you')", escreveu Moro na sentença. Fonte: http://g1.globo.com
Senadoras ocupam cadeira do presidente do Senado e Eunício suspende sessão
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Após suspensão, luzes foram apagadas. Cinco senadoras sentaram nas cadeiras destinadas aos integrantes da Mesa Diretora, e quando presidente da Casa quis sentar, elas não deixaram.
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), suspendeu nesta terça-feira (11) a sessão aberta para analisar a reforma trabalhista após senadoras da oposição ocuparem a mesa do plenário, onde fica a cadeira do senador, e se recusarem a deixar o local.
Cerca de cinco minutos após Eunício ter determinado a suspensão, as luzes no plenário foram parcialmente apagadas. Nessa hora, o painel eletrônico marcava a presença de 49 dos 81 senadores no plenário.
Questionado sobre a situação, a assessoria de Eunício não disse de quem partiu a ordem para desligar as luzes. A oposição diz que a ordem partiu do presidente da Casa.
As senadoras oposicionistas que ocuparam os lugares na mesa são: Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Sousa (PT-PI).
Elas sentaram à mesa do plenário assim que a sessão foi aberta, por volta de 11h, quando Eunício ainda não estava no local. Pelas regras do Senado, qualquer senador pode abrir uma sessão, desde que haja quórum. Foi isso que as oposicionistas fizeram.
Contrárias à reforma trabalhista, as senadoras aproveitaram a primeira hora da sessão para passar a palavra para outros parlamentares que discursavam contra a proposta enviada pelo governo. Fonte: http://g1.globo.com
POLÍTICA: Temer opta por avião maior para voltar da Alemanha mais rápido
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Diante da agenda apertada e da necessidade de voltar logo para Brasília a fim de comandar pessoalmente as negociações com o objetivo de barrar a denúncia contra ele na Câmara, o presidente Michel Temer viajou para a Alemanha em um avião 767 da Força Aérea Brasileira (FAB).
Essa aeronave tem maior autonomia de voo e não precisa fazer escalas para chegar ou voltar de Hamburgo, na Alemanha, onde o presidente participará do encontro dos líderes do G20.
Se usasse o avião presidencial, Temer teria de pousar nas Ilhas Canárias, tanto na ida quanto na volta. O avião maior consome o dobro do combustível, mas permite seguir diretamente ao destino. O objetivo de Temer é estar de volta a Brasília no sábado (8). Fonte: http://g1.globo.com
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