Dona Euzébia: Um olhar sobre uma pequena cidade de Minas.
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A história da cidade de Dona Euzébia teve início com a chegada da fazendeira Euzébia de Souza Lima no território onde hoje é o município, mais precisamente, onde atualmente fica a Fazenda Dona Euzébia. Após ficar viúva, a fazendeira vendeu suas terras em Conselheiro Lafaiete para acompanhar seu filho Dr. Leopoldo de Souza Lima, engenheiro da Estrada de Ferro Leopoldina responsável pela construção da Ferrovia Leopoldina Cataguases. Até sua chegada o arraial possuía poucas residências e uma única pousada construída de pau-a-pique e sapê. A fazendeira doou então terras para que fosse construída a estação ferroviária que recebeu o nome de “Estação Ferroviária Dona Euzébia”, uma homenagem a benemérita. Além de doar as terras para a estação a fazendeira doou também terras para a construção da Igreja Matriz do município, que posteriormente foi consagrada a Nossa Senhora das Dores. Nesse período a principal atividade econômica da região era a agricultura, principalmente a lavoura de café. Após a chegada da estrada de ferro o povoado começou a se fortalecer apoiado pela facilidade no transporte do produto que no século XIX estava em seu apogeu em todo o país.
Com o crescimento surgiu a primeira casa comercial, de propriedade do Sr. Bertoldo Balbino e a primeira escola, uma pequena sala de uma antiga máquina de café que foi doada pelo Sr. Francisco Aníbal. Tempos depois foi construída uma nova escola em terreno doado pelo Sr. Antônio Esteves Ribeiro, atualmente a escola recebe o nome do proprietário do terreno.
Diante desse novo quadro sócio-econômico, o território de Dona Euzébia que pertencia ao Município de Cataguases acabou sendo elevado à condição de distrito no dia 07 de setembro de 1923, quando passou a denominar-se “Astolfo Dutra”. A nova denominação durou até 17 de dezembro de 1938 quando voltou a sua denominação original, Dona Euzébia, passando a pertencer ao então criado Município de Astolfo Dutra, que anteriormente chamava-se “Porto de Santo Antônio”. A autonomia municipal foi assegurada em 30 de dezembro de 1962, através da Lei 2.764. O primeiro governante da cidade foi o Sr. José Dias filho, ocupando o cargo de Intendente Municipal ficou apenas 6 meses a frente da administração entre 01 de março de 1963 e 31 de agosto do mesmo ano.
Após esse período foram realizadas as primeiras eleições para prefeito, sendo eleito o Sr. Alkindar Dalton. O nome do município é uma homenagem a fazendeira e benemérita Dona Euzébia de Souza Lima que contribuiu profundamente para a formação e desenvolvimento da cidade. Atualmente a principal atividade econômica do município é a produção de mudas cítricas, frutíferas, ornamentais e florestais. A atividade que teve início na década de 1970, forma hoje o principal cartão postal de Dona Euzébia.
São as águas de Marte fechando o verão. É promessa de vida?
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POR SALVADOR NOGUEIRA
Dados colhidos por uma espaçonave da Nasa confirmam que fluxos de água salobre escorrem pela superfície de Marte todos os verões. O achado aumenta dramaticamente a possibilidade de que exista, ainda hoje, alguma forma de vida no planeta vermelho.
O estudo, liderado por Lujendra Ojha, do Instituto de Tecnologia da Georgia, em Atlanta, acaba de ser publicado online pela revista científica “Nature Geoscience”. A Nasa também preparou uma entrevista coletiva para anunciar os resultados. Aliás, muita gente passou o fim de semana roendo as unhas depois que a agência espacial americana anunciou que um “grande mistério marciano” seria solucionado nesta segunda-feira.
O tal mistério é conhecido entre os especialistas pela sigla RSL (recurring slope lineae, ou linhas recorrentes de encosta). São faixas estreitas que aparecem na borda de algumas crateras e em algumas montanhas de forma sazonal — crescendo e se aprofundando no verão e depois suavizando e sumindo durante o inverno. (O ano marciano tem 687 dias terrestres, de forma que as estações duram lá praticamente o dobro das nossas aqui.)
Descobertas em 2011 pelas imagens do poderoso satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), essas linhas recorrentes sempre pareceram evocar a presença de água. Que outro mecanismo poderia produzi-las? Tanto o fato de serem sazonais, como sua aparência e a coincidência com os períodos mais quentes (em alguns momentos atingindo temperaturas acima de 0 graus Celsius, o que para Marte é um calorão) pareciam apontar para água.
EM BUSCA DE PROVAS
Mas sabe como são os cientistas, né? Eles não aceitam algo que “pareça ser”. Eles querem evidências que confirmem a hipótese. E é bom que sejam assim. É assim que distinguimos afirmações absurdas (do tipo “colher é vista em fotos de jipe marciano”) daquelas que realmente param em pé.
Pois bem. Para as linhas recorrentes, as evidências apareceram graças a um esforço de correlacionar as imagens em alta resolução da superfície de Marte feitas pela câmera HiRISE, do MRO, com um outro instrumento do satélite, o CRISM (sigla para Espectrômetro de Imageamento de Reconhecimento Compacto para Marte). Em essência, o que ele faz é observar a superfície e, de cada pixel detectado, fazer uma medição completa da luz detectada, dividida em suas cores componentes (o chamado espectro). Ao analisar linhas escuras nesse espectro, os cientistas são capazes de dizer que substâncias estão emitindo a luz detectada.
Uma pegadinha que sempre dificultou o trabalho é que as linhas são muito estreitas (têm menos de 5 metros de largura), e o CRISM tem resolução menor do que a câmera HiRISE. Ou seja, era complicado extrair a informação relativa às ranhuras. Mas o grupo liderado por Ojha conseguiu isso, ao desenvolver uma técnica para extrair informação espectral de cada um dos pixels individuais dos dados do CRISM (originalmente o instrumento foi pensado de forma a tirar uma média de vários pixels circundantes para evitar falsos positivos nas identificações).
E o que eles encontraram? No local das ranhuras, houve detecção de sais hidratados — mais especificamente clorato de magnésio, perclorato de magnésio e perclorato de sódio. Nos terrenos adjacentes, nada deles.
Os pesquisadores analisaram quatro sítios diferentes em que as ranhuras costumam aparecer — as crateras Palikir, Horowitz e Hale e a parede do cânion Coprates. Nos quatro, o mesmo padrão de detecção. Com a detecção dos sais hidratados, não há outra explicação; água passou por ali. “Nossas descobertas apoiam fortemente a hipótese de as linhas recorrentes de encosta se formam como resultado de atividade de água contemporânea em Marte”, concluem os pesquisadores em seu artigo na “Nature Geoscience”.
DE ONDE VEM A ÁGUA?
Esse é o fim de um mistério, mas também é o começo de outro. Se agora já sabemos — tão certamente quanto se pode determinar da órbita marciana — que a água flui todo verão nessas ranhuras, ainda não temos a mais vaga ideia de onde o líquido está indo.
Algumas hipóteses estão na mesa. Pode ser gelo, sob o solo, que derrete no verão. Note-se que a presença de sais na água reduz significativamente o ponto de congelamento, tornando mais fácil sua transição para o estado líquido. Ainda assim, os cientistas acham improvável que o gelo possa estar tão perto da superfície em regiões equatoriais.
Alternativamente, eles evocam a possibilidade de algum aquífero subterrâneo, mas também é uma ideia meio estranha. Por fim, há a perspectiva de que a água se forme a partir da atmosfera — vapor d’água que se condensa em torno dos sais e produz as ranhuras. “É concebível que as RSL estejam se formando em partes diferentes de Marte por mecanismos de formação diferentes”, apontam os cientistas. Em essência, um jeito chique de dizer que eles não sabem ainda como a coisa funciona.
O mais incrível, no entanto, é a comparação que eles fazem com que acontece no deserto do Atacama, no Chile. Lá é tão seco que o pouco vapor d’água do ar se condensa em torno de grãos de sal no solo e “oferece o único refúgio conhecido para comunidades microbianas ativas”.
Ojha e seus colegas asseveram que, se esse é o processo de formação dos fluxos de água salobre de Marte, ele talvez seja fraco demais para suportar formas de vida terrestres conhecidas. Contudo, é impossível não imaginar que talvez, apenas talvez, essas ranhuras sejam um possível habitat para bactérias marcianas.
Isso abre incríveis perspectivas para do ponto de vista da astrobiologia. Na Terra, podemos simular esses ambientes marcianos e verificar se nossos extremófilos (criaturas que adoram viver em ambientes extremos) encarariam a parada. Em Marte, temos de ambicionar futuras missões robóticas (e quiçá tripuladas) que possam estudar de perto esses fluxos de água e possivelmente enviar amostras de volta para cá.
Só de pensar que, para 2018, a Agência Espacial Europeia estará despachando para Marte o seu jipe robótico ExoMars — o primeiro veículo projetado para detectar possíveis sinais de vida no planeta vermelho desde as sondas americanas Viking, em 1976 –, o Mensageiro Sideral já fica arrepiado. Alguém mais aí está ansioso para saber o que ele irá descobrir? Fonte: Folha de São Paulo.
MINAS: Mineradoras, Poluição e Morte.
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, ao se aproximar de Minas Gerais, fala sobre a poluição provocada pelas Mineradores na extração do Minério. Veja um artigo sobre o tema. Clique aqui: http://www.reporternews.com.br/artigo/1304/Entre_minerios_e_silverios VEJA UM VÍDEO: Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=mwDLUa-kHT0
REPORTAGEM E CÂMERA: Frei Petrônio de Miranda. Convento do Carmo, Carmo Sion, Belo Horizonte- MG. 17 setembro-2015. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com
Naufrágio em frente a ilha grega deixa 34 refugiados mortos
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Refugiado segura bebê após naufrágio da embarcação que os levava para a ilha de Lesbos. Refugiado segura bebê após naufrágio da embarcação que os levava para a ilha de Lesbos. Os cadáveres de 34 imigrantes foram recuperados neste domingo (13) diante da costa da Grécia, indicou a guarda-costeira grega. O barco que transportava dezenas de migrantes naufragou em frente à ilha de Farmakonisi, no sul do mar Egeu. A guarda-costeira resgatou 68 pessoas, enquanto outras 29 conseguiram chegar à praia a nado.
Por outro lado, os trabalhos de busca para encontrar quatro crianças e um adulto desaparecidos após o naufrágio de um barco de migrantes no sábado em frente à ilha de Samos não deram até o momento nenhum resultado. A Organização Internacional para as Migrações indicou que mais de 430.000 migrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo com destino à Europa durante o ano, e contabilizou em 2.748 os que morreram ou desapareceram nesta tentativa.
Deste total, cerca de 310.000 chegaram à Grécia, que ficou sobrecarregada. "A Grécia aplica rigidamente os tratados europeus e internacionais sem ignorar o humanismo e a solidariedade", declarou neste domingo a primeira-ministra interina, Vassiliki Thanou, de visita a Mitilene, na ilha de Lesbos, na linha de frente na chegada de migrantes.
Também considerou inaceitáveis as críticas contra Atenas pela forma como administra a crise. A chanceler alemã, Angela Merkel, convocou no sábado a Grécia a proteger melhor as fronteiras externas da UE e convocou um diálogo com a Turquia, por onde transitam muitos migrantes provenientes, sobretudo, da Síria. "A Grécia também deve assumir suas responsabilidades" na proteção das fronteiras externas da UE, já que ela "não está atualmente garantida", disse Merkel.
Jornalista interrompe reportagem para ajudar refugiados em bote na Grécia
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O jornalista Krishnan Guru-Murthy, do canal de TV britânico Channel 4, interrompeu uma reportagem que fazia na ilha de Lesbos, na Grécia, para ajudar um grupo de refugiados que acabava de chegar em um bote de borracha. Vinham no bote adultos com crianças e idosos, que tiveram dificuldade para desembarcar.
Filmada e publicada no YouTube, a ação do jornalista foi elogiada nas redes sociais. "Às vezes os jornalistas realmente se envolvem com a notícia", afirmou uma usuária do Twitter. Os refugiados no bote vinham majoritariamente da Síria. "Foi uma longa viagem", disse um rapaz. "Me sinto ótimo. Mas muito cansado." Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
A foto do menino Aylan e o poder das imagens
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Registro da criança síria morta numa praia turca provocou reações intensas e influenciou o debate político. Mas por que algumas fotografias nos tocam mais que outras e acabam entrando para história?
O tabloide Bild, jornal de maior circulação na Alemanha, dispensou o uso de imagens em uma edição pela primeira vez em sua história. "Dessa forma, queremos mostrar como as fotos são importantes no jornalismo", afirmou a redação do diário. A reportagem foi publicada por Deutsche Welle, 10-09-2015.
As imagens de Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos de idade que morreu afogado no Mediterrâneo e foi encontrado na costa turca, provocaram reações e emoções intensas nas mídias sociais. O debate político em torno da política de refugiados da Europa mudou após a publicação da fotografia.
O historiador da arte e curador Felix Hoffmann acredita na força das imagens. Para ele, fotos podem influenciar e mudar o pensamento e a ação. Mas somente se elas perdurarem por determinado tempo e se fixarem nas mentes das pessoas. Na galeria de arte c/o Berlim, ele pesquisou as fotos apocalípticas do 11 de Setembro e se ocupou da questão de por que algumas dessas imagens permanecem em nossa memória...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
Alan Kurdi: Uma foto que mudou o mundo.
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A imagem da criança migrante síria sem vida na praia de Bodrum na Turquia rodou o mundo nesta semana. Ganhou as manchetes dos principais jornais e provocou indignação nas redes sociais. A cena retrata o lado mais obsuro do egoísmo e da indiferença que dividem povos e nações. É a falta de solidariedade materializa no corpo inerte de uma criança inocente.
Ele tinha um nome: Alan Kurdi. Sua idade: 3 anos. Seu irmão, Aylan, de 5 anos e sua mãe, também morreram no naufrágio, dia 2 de setembro. Alan veio ao mundo com a missão de gritar socorro pela salvação de toda a humanidade. Mas, quantas mortes serão necessárias para mudar esse sistema perverso?
Muitas tragédias já aconteceram, mas esta parece ter sensibilizado a opinião pública europeia que dá sinais de mudanças. Os governos europeus começam a rever suas políticas migratórias. Será pra valer? Fonte: Pontifícias Obras Missionárias/ Face.
Uma criança é o mundo inteiro
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A morte de uma criança é uma afronta, um grito da vida contra a morte. Uma criança morta na praia, no lugar em que acontece esse idílio do mar com a terra e que aí não espalha felicidade, mas o terrível som de uma notícia de que chove como o pranto no coração. Uma criança morta na praia, em busca de refúgio no mundo, fugindo da guerra, fugindo do som cruel das armas e também da fome. O comentário é de Juan Cruz, publicado por El País, 02-09-2015.
Essa imagem da criança síria morta em uma praia turca, a desolação que apresenta o gesto do guarda que foi salvá-lo, a luz, a praia, essa costa que parece um símbolo da própria passagem descalça da criança por um mundo que já não vai recebê-lo nunca, nem ele nem muitos. É um poema comovente, um réquiem como aquele que entoava José Hierro: é uma criança como milhões de crianças, um ser humano que já ri, pergunta e persegue sombras como se fossem brinquedos.
A machadada cruel dos nossos tempos faz dela o retrato com o qual a consciência do mundo há de conviver como expressão dessa afronta. O guarda fez o gesto desesperado; mas antes do guarda foi o mundo que não soube salvá-la; o guarda foi o herói dos olhos tristes, fez tudo o que podia. O mundo não soube salvá-la. Seu único destino, o de seus pais, o de seus passos, era sobreviver; seu horizonte não era sequer viver, ter profissão, amores e despedidas: seu destino, esse que agora jaz sem vida no mundo, era o de desenhar na areia a casa, o barco, e já não há nem casa nem barco nem nada. Não há nada.
O mundo levou-lhe tudo: nem este nem aquele, nem este país nem este outro: o responsável por esta terrível expressão dos nossos tempos é o mundo inteiro, porque a criança é também o mundo inteiro.
Suas mãos são os desenhos que deixa, seu corpo de três ou quatro anos é o que resta da árvore que ela teria imaginado que era a vida, e antes da hora soube que o mundo não sabe salvar as crianças, porque também desconhece como se salvar. Aí jaz, nessa praia, o mundo inteiro. Fonte: http://brasil.elpais.com
PROTESTO EM FRENTE DA PETROBRÁS- 01
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CRISE HÍDRICA: O exemplo de Itu
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MARÍA MARTÍN
Os moradores de Itu elevaram o município a símbolo de revolta contra a falta de água em São Paulo. No mês do outubro, as vielas dos bairros mais altos acordavam com barricadas feitas de lixo e pneus em protesto pelo descaso depois de semanas sem água pelo colapso das represas que o abastecem. Os bombeiros não apareciam e ninguém tinha como apagar o fogo, pois não havia nem para tomar banho com canecas. “Foi uma dificuldade grande tínhamos que ir longe a buscar água durante um mês inteiro, não tínhamos nem para beber”, lembra a cabeleireira Jeane Sobrinho da Silva, 36, moradora do bairro Cidade Nova.
Durante mais de 20 dias o ambiente escaldava à noite e as barricadas bloqueavam vários trechos de uma rodovia na frente da estação de ônibus da cidade. Dos gritos participavam donas de casa e pais de família – “queremos água, mas ninguém faz nada!”– e o mais jovens cuidavam das pedras e os coquetéis molotov. A maioria dos vizinhos concordava com a mensagem chamando a atenção para a crise hídrica, mas não com meios, pois eram eles mesmos os que tinham que arcar com a limpeza enquanto a torneira se mantinha seca. “Eram atos de vandalismo, colocavam fogo na rua, nas lixeiras, não era assim que se resolvia a coisa. Continuou faltando água do mesmo jeito, só chovendo que resolveu”, lamenta Sobrinho, hoje com água em casa e no negócio.
Sem água durante mais de duas semanas, os moradores chegaram a abordar desesperados os poucos caminhões-pipa que circulavam pela região. Nesses bairros a Guarda Civil Municipal começou a escoltar os veículos construindo assim um imaginário apocalíptico da crise, aquele que todo prefeito gostaria de evitar.
“Houve um dia que um grupo de manifestantes quebrou a fachada da Câmara municipal inteirinha e o pessoal que estava dentro e fora ficou acuado. Esse já foi um atentado contra os políticos. Exigiram uma resposta após tanta omissão”, lembra o fotógrafo José Fernando de Souza, que cobriu todos os quebra-quebras daquele mês na sua cidade. “Em alguns momentos, na Cidade Nova, cheguei a sentir medo pela minha integridade, pois aí eram pedras e paus contra a polícia, mas em geral foi tranquilo, nada comparado com o que se vê em São Paulo”.
A água voltou a correr nas torneiras de Itu durante esta temporada de chuvas, mas suas imagens e manchetes ecoam nesses dias em São Paulo, que vive sob a ameaça de um rodízio severo nos próximos meses. Se alguns bairros de um município de 155.000 habitantes entraram em um desespero como aquele após 15 dias sem água, o que aconteceria em uma cidade de 12 milhões de habitantes sem água cinco dias por semana? Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil
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