CARMELITA "TAMBÉM É GENTE"...
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QUEM DISSE QUE VIDA DE PADRE E CARMELITA É PARA FICAR REZANDO ÀS 24HS? PADRE E CARMELITA "TAMBÉM É GENTE"...
Retiro dos Frades Carmelitas-2017: 1ª Reflexão.
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Retiro dos Frades Carmelitas-2017: 1ª Reflexão.
Dom Genival Saraiva de França, bispo-emérito da Diocese de Palmares- PE.
PARA NOSSA REFLEXÃO E ORAÇÃO
1ª. Meditação: Retiro em contexto mariano
Palavra de Deus
Jo 2,1-11: Jesus e Maria nas bodas de Caná
Lc 6,12-14: Jesus escolhe os apóstolos
Texto relacionado com o conteúdo da Meditação.
Importância do retiro em nossa vida: “Os Retiros e os Exercícios espirituais caracterizam-se pelo ermo, pela solidão, pelo sair do ambiente do cotidiano da vida. Trata-se de deixar as agitações do dia-a-dia, os ruídos que entram através de todos os sentidos e acabam ocupando nossa mente e nosso coração. Procura-se fazer o jejum das palavras para dar lugar à Palavra, o Verbo de Deus, Jesus Cristo. Diria que o recolhimento e o silêncio são condições indispensáveis para um retiro frutuoso.
Neste ambiente de silêncio e de recolhimento podem-se realizar os exercícios próprios do Retiro ou dos Exercícios espirituais. Serão de grande utilidade as conferências, sobretudo, quando o Retiro é realizado em grupo. Tais conferências são, antes de tudo, meditações que querem levar à contemplação dos mistérios de Deus, de Jesus Cristo, da Igreja; contemplarão a vocação e a missão do ser humano neste mundo, sua origem e seu destino, o mistério do mal, o pecado. Ajudam a provocar o confronto com Deus, com o próximo, consigo mesmo e com todo o criado, donde brotará uma resposta de reconciliação, de ação de graças, de amor. Este confronto poderá ser provocado também pela leitura de trechos da Sagrada Escritura ou de outros livros apropriados.”
Presença de Maria
“O primeiro Pentecostes aconteceu quando Maria Santíssima estava presente no meio dos discípulos no Cenáculo de Jerusalém e rezava. Também hoje nós nos confiamos à sua materna intercessão, a fim de que o Espírito Santo desça abundantemente sobre a Igreja do nosso tempo, encha o coração de todos os fiéis e acenda neles – em nós – o fogo do seu amor.” (Bento XVI)
Liturgia da Profissão/Ordenação
“Movidos pela misericórdia de Deus, viemos experimentar a vossa forma de vida; ensinai-nos a seguir a Cristo crucificado, a viver na pobreza, na obediência e na castidade, entregues à oração e à prática da penitência, ao serviço da Igreja e de todos os homens; e a ser convosco um só coração e uma só alma. (...) Senhor, nosso Deus, autor da santa vocação, atendei as preces destes vossos servos N. N., que desejam entrar na nossa família para Vos servir mais perfeitamente, e concedei propício que a vida comum se converta em mútua caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. (...) Senhor nosso Deus, autor generoso de toda a vocação, olhai com bondade para os vossos servos que desejam experimentar a nossa forma de vida, e fazei que estes irmãos conheçam a vontade divina e nós sejamos confirmados no vosso serviço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.”
Questionamento/interpelação
Que frutos identifica em sua vida pessoal e em seu ministério presbiteral, graças à sua participação nos retiros promovidos por sua família religiosa?
Mensagem dos Santos
“A meditação é indispensável para todos os cristãos, não devendo pessoa alguma descurá-la, por mais culposa que seja, quando Deus lha inspira no pensamento.” (Santa Teresa de Jesus).
A Escola de São Simão Stock
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Beato Frei Tito Brandsma, Camelita, Jornalista e Mártir da 2ª Guerra Mundial.
As vidas destes santos carmelitas provam à saciedade que a vida contemplativa e a vida ativa podem ser perfeitamente harmonizadas e que a combinação da atividade e da contemplação pode levar muito bem à santidade. Mostram-nos que os religiosos daquela época não descuidaram os altos ideais e o caráter essencial da vida do Carmelo. Foi em virtude destes ideais que muitos pediram à Ordem a sua admissão. Mais uma vez queremos salientar a predominância do duplo espírito neste período de transição. Fundou uma escola e o seu espírito continuou a viver nos seus discípulos. Desejo agora manifestar a minha convicção de que Santa Teresa não é propriamente a fundadora da escola do Carmelo como tantas vezes se afirma como fato provado. O estudo atento da sua vida mostra claramente que ela construiu sobre fundamentos anteriores. Contemporânea de S. Simão existe já uma doutrina que está em plena concordância com a que mais tarde Santa Teresa ensinaria. É verdade que esta doutrina, devido ao eminente gênio religioso da Santa Madre, assume uma configuração mais completa, mas o ensino teresiano não é essencialmente novo.
Uma das grandes figuras em que S. Simão se apoiou para a edificação do Carmelo no Ocidente foi o inglês Henrique de Hanna ou Henry Hane. Foi um homem famoso não só na Inglaterra, mas também no resto da Europa. Cooperador incondicional de S. Simão, a sua influência foi fortíssima. Num antigo manuscrito de Oxford conservam-se três sermões que, na minha opinião, só podem ser atribuídos a Henry Hane. Encontrar-se numa coleção de Eckhart e da escola deste mestre. Nos séculos XIII e XIV o misticismo de Eckhart preponderava nos países germânicos. Influenciou grandemente o misticismo do Carmelo nestas mesmas regiões. Henry Hane, porém, evita nas suas obras a excessiva sutileza, própria de Eckhart. Adota sempre uma posição média entre a escola intelectual dos Dominicanos e o método afetivo dos Franciscanos, que atribuem maior importância à vontade. Assim como no misticismo de S. João da Cruz se nota claramente a influência do Pseudo-Dionísio, o Areopagita, também no sistema de Hane encontramos, extraídos da mesma fonte, os seis degraus da ascensão da alma para Deus.
Os Seis Degraus
O primeiro degrau consiste na abertura da alma para Deus: "Abre-me, minha amada", diz o Esposo no Cântico de Salomão.
O segundo degrau é alcançado quando Deus - e aqui entende-se a Santíssima Trindade - eleva a alma para junto d'Ele e nela vem habitar. Deus nasce na alma. Citando Santo Agostinho, Hane diz que há um renascimento quando o amor e o desejo se unem. O fruto do Espírito Santo é luz, amor, alegria e paz. Já aqui se nota um afastamento do intelectualismo de Eckhart pela insistência sobre o "amor", pelo qual Deus nasce em nós.
O terceiro degrau é a transformação da alma em Deus, por meio da presença da luz. Nesta luz, a alma já não peca e a beleza de Deus é percebida de tal maneira que a noite do pecado desaparece. A alma esquece-se de tudo o que não seja Deus. Anda na luz como filho da luz. Gustate et videte: Provai e vede, em primeiro lugar, a experiência mística de Deus, e, em seguida, a iluminação ou a visão de Deus. Primeiro, a luz invade a alma e, depois, nesta luz, a alma vê a fonte da luz. Mas antes de ver seqüência Hane usa uma comparação que mais tarde também Santa Teresa empregará. "A alma não tente voar antes de ter as asas com penas". Deve levar o jugo de Cristo e perceber quanto é suave antes de entender quem lhe põe o jugo.
No quarto degrau Deus despende imensas energias na alma, cujas faculdades naturais são elevadas, sobrenaturalizadas e divinizadas. Aos fulgores desta nova luz a alma percebe nitidamente a sua fraqueza inata, mas Deus a impele para além de si mesma, e na percepção das suas fraquezas e imperfeições ela entende muito melhor a onipotência de Deus e o Seu amor condescendente. Desta maneira, para usar as palavras de São Paulo, a alma passa de luz em luz.
No quinto degrau há a união da alma com Deus. Deus toma a forma da alma e esta toma a forma de Deus, tranformando-se n'Ele. A luz celeste penetra-a inteiramente e nesta luz vê-se a si mesma.
No sexto degrau a luz não se limita a brilhar na alma, mas esta é envolvida na própria luz. No meio das suas fulgurações a alma, qual pedra preciosa, totalmente invadida e atravessada pelos esplendores da luz, nela se reflete a si mesma e esta luz irradiasse da alma por todas as facetas. Agora ela é toda luz, tornando-se translúcida, um espelho da divindade, como Dionísio afirma a respeito dos Anjos.
*DO LIVRO: A BELEZA DO CARMELO- O SANTO PROFETA ELIAS.
O Carmelita é um Outro "Maria.
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Beato Frei Tito Brandsma, Camelita, Jornalista e Mártir da 2ª Guerra Mundial.
Por bela que seja a devoção a Maria, descrita nas obras do Padre Miguel de Santo Agostinho, a tradição do Carmelo conhece ainda outra modalidade daquela devoção que a citada obra indica de passagem, mas não desenvolve. No entanto, para sondar as imas profundezas da escola do Carmelo, necessário se torna estudar-lhe os traços distintivos.
Devemos aspirar à semelhança com Maria, especialmente por reconhecer que n'Ela a natureza humana, impelida pela graça de Deus, atingiu a mais alta perfeição. Se nos miramos em Maria e a Ela nos unimos, também em nós pode ser desenvolvida semelhante perfeição até um grau bastante elevado. A meta final da nossa devoção a Maria consiste em tornar-nos nós também em certo sentido Mãe de Deus, isto é, que Deus em nós seja concebido e gerado. O mistério da Encarnação revela quanto Deus ama os homens e com que intimidade deseja unir-se-lhes. Este mistério chama a atenção da alma para o eterno nascimento do Filho no seio do Pai como sendo a mais profunda razão deste mistério de Amor.
As três Santas Missas do Natal celebram em primeiro lugar o nascimento eterno do Pai, depois o nascimento temporal da Virgem e por fim o nascimento místico de Deus em nós. Isto não deixa de ter um profundo significado. O tríplice nascimento deve ser entendido como a revelação dum único Amor eterno. Para nós há-de ser sempre Natal.
Sempre devemos considerar este tríplice nascimento como fases dum único e grande processo de amor. Maria é Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho e Esposa do Espírito Santo. Nela realizou-se este tríplice nascimento. Dela havemos de aprender como realizá-lo em nós. Também nós fomos escolhidos pela Santíssima Trindade para servir-lhe de habitação, para ter parte nos privilégios que admiramos em Maria. Deus também a nós no-los deseja conceder. Visto nesta luz, podemos dizer que o "Mistério da Encarnação é outro sumário do misticismo do Carmelo e da vida espiritual Carmelita".
*DO LIVRO: A BELEZA DO CARMELO- O SANTO PROFETA ELIAS.
15 Anos de Padre! Freis; Petrônio e Alan, Carmelitas.
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15 ANOS DE PADRE! 27 de julho-2002/ 27 de julho-2017. Freis; Petrônio de Miranda e Alan Fábio, Carmelitas.
RETIRO DOS CARMELITAS-2017: Convite.
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*O amor à Vida Mística, sinal distintivo do Carmelo
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Beato Frei Tito Brandsma, Camelita, Jornalista e Mártir da 2ª Guerra Mundial.
É de notar que, já no primeiro século da sua existência no Ocidente, a Ordem possui uma vida mística claramente delineada e própria, como tivemos ocasião de explicar. Deste modo o Carmo assume uma posição peculiar na Igreja. Talvez esta graça especial, que a Ordem recebeu para a sua vida mística, seja uma afirmação da sua vocação. Pertence ao Carmelo o privilégio de honrar como modelo e exemplo o grande Profeta do Antigo Testamento e de considerar a vida de Elias como o paradigma da vida que se pratica na escola do Carmelo. Por este modelo a Ordem plasmou a sua escola que descobre na contemplação o ideal mais sublime. "Todos nós que trazemos o sagrado hábito do Carmo somos chamados à oração e contemplação e descendemos da casta daqueles nossos santos Padres do Monte Carmelo que em tão grande soledade e com tanto desprezo do mundo buscaram este tesouro, esta pérola preciosa de que falamos. Todavia, assim digo eu, poucos de entre nós nos dispomos para que o Senhor no-la faça encontrar" (Castelo Interior, Quinta Morada, c. 1).
A Mãe dos Espirituais e o Doutor Místico, Santa Teresa e São João da Cruz, são, nesta escola, os grandes mestres da vida espiritual, exemplos luminosos e os mais conhecidos do misticismo carmelitano. Afora estas grandes e eminentes figuras, porém, a Ordem produziu tão numerosos escritores místicos, tanto homens como mulheres, que ocupa um dos primeiros lugares entre os autores e mestres da vida espiritual. Pela história do antigo Carmelo sabemos que desde o início se manifestou esta vocação especial para a vida mística e já era o seu ideal constate muito antes da reforma de Santa Teresa e de São João da Cruz, que conferiram tão grande relevo à contemplação.
*DO LIVRO: A BELEZA DO CARMELO- O SANTO PROFETA ELIAS.
Crescimento da Vida Contemplativa no Deserto pelo Alimento da Eucaristia
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Beato Frei Tito Brandsma, Camelita, Jornalista e Mártir da 2ª Guerra Mundial.
A espiritualidade Carmelitana concebe a vida espiritual como algo orgânico que cresce. Neste ponto a vida do profeta dá-nos outra lição notável. A vida espiritual, do mesmo modo que a vida natural, pede alimento. A Sagrada Escritura narra que Elias, robustecido pelo alimento que o Anjo lhe ministrou, andou quarenta dias e quarenta noites até ao monte Horeb, onde lhe foi dado contemplar a Deus. A vida espiritual e a vida mística anseiam pelo santo Alimento que Deus nos dá no Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
Na escola do Carmelo a vida contemplativa e mística é fruto da vida eucarística. A vida de Elias apresenta um dos mais típicos símbolos, prefigurativos do Santíssimo Sacramento do altar, fonte da nossa vida de oração. O pão milagroso que o Anjo lhe deu é uma imagem perfeita do alimento eucarístico por cuja força percorremos a jornada da vida terrena.
O culto especial da Eucaristia não é exclusivo da Ordem do Carmo. Contudo, é lícito afirmar que tem sido sempre uma parte importante da tradição carmelita. Os nossos conventos foram em muitas ocasiões verdadeiros centros de culto eucarístico. Santa Maria Madalena de Pazzi sentiu-se atraída para o Carmelo de Florença porque as religiosas deste mosteiro recebiam diariamente a Sagrada Comunhão, costume pouco comum naquele tempo. Para Santa Teresa não havia maior alegria do que a abertura de uma nova igreja ou capela, novas moradas para o Senhor. A Regra prescreve que todos os membros da Comunidade Carmelita assistiam diariamente a Santa Missa e que a capela esteja no centro do claustro, facilmente acessível a qualquer hora do dia, e que as Horas Canônicas sejam rezadas na presença do Santíssimo Sacramento.
Por ser uma Ordem mendicante, a arquitetura das igrejas e conventos costuma ser simples, mas a pobreza não se estende a ornamentação das igrejas e dos altares. Nisto nota-se uma divergência acentuada dos costumes de outras Ordens mendicantes por exemplo, a dos Capuchinhos, em que a pobreza atinge o próprio santuário.
Eis em breves traços a tradição eucarística do Carmelo. Com Elias caminhamos pela força do pão divino. Já que na oração nos achegamos a vida divina, lembremos continuamente o mandamento do Salvador: "Se não comerdes a Carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu Sangue, não tereis a vida em vós". Da mesma maneira que a comunhão de Elias no pão milagroso do deserto o conduziu na sua caminhada até a contemplação de Deus no Horeb, assim também a Eucaristia deve conduzir-nos a contemplação da Sua Santa Face. Nas cavernas de Horeb Deus falou ao Profeta no murmúrio da brisa ligeira. O Senhor não estava na tempestade nem no terremoto, mas na leve aragem. É desta maneira que na Comunhão havemos de contemplá-lo sob as espécies eucarísticas e nas profundezas do nosso espírito, pois Deus passa aí.
*DO LIVRO: A BELEZA DO CARMELO- O SANTO PROFETA ELIAS.
RETIRO DOS CARMELITAS-2017: Oração do dia 25.
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No vídeo, o Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ, mostra imagens da oração da manhã do dia 25, terça-feira. O Retiro, de 24-28 de julho, acontece na Casa de Retiros São José, dos Padres Redentoristas. Belo Horizonte- MG. 25 de julho-2017.
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