DIÁRIO DE VIAGEM: 1ª Parada
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DIÁRIO DE VIAGEM: Saindo do Rio.
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COMUNIDADE CAPIM: Convite
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PARA O PÓ VOLTAREMOS.
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Frei Petrônio de Miranda, Frade Carmelita.
Por que a rivalidade e a disputa por bens na família
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que mentimos e ferimos o nosso próximo
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que não perdoamos a quem nos ofendeu
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que somos insensíveis diante da miséria
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que não somos caridosos e misericordiosos
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que não vivemos plenamente cada segundo
Se amanhã para o pó voltaremos?
Se Deus vai nos chamar amanhã e voltamos a ser pó
Por que não sermos promotores da alegria e da vida?
Se a irmã morte vai bater em nossa porta
Por que não seguimos o exemplo da família de Nazaré?
Se para Jesus Cristo levamos apenas o amor
Por que gostamos de acumular bens e tranqueiras?
Se o que vale diante de Deus é o bem que fizemos
Nós somos seres criados para amar e ser feliz
Por que insistimos em ser tanques de guerra?
Nós necessitamos de carinho e atenção
Por que as vezes parecemos um pit bull?
Por que não somos justos com os nossos funcionários
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que levantamos falso testemunho
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que nos digladiamos na arena do poder
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que não usamos da política para o bem comum
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que alimentamos o ódio e a inveja onde trabalhamos
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que somos racistas e desumanos em nossas relações
Se amanhã para o pó voltaremos?
Nós temos apenas uma vida para ser vivida
Por que não a vivemos plenamente?
Nós temos apenas um amor para ser amado
Por que o nosso próximo não é amado?
Nós temos apenas dois olhos para contemplar o criador
Por que transmitimos o ódio e a tristeza?
Nós temos apenas duas mãos para levantar os caídos
Por que ferimos o nosso próximo usando a violência?
Nós temos apenas um segundo para mudar de vida
Por que somos arrogantes e continuamos no erro?
Nós temos apenas uma vida para bendizer ao Criador
Por que não aceitamos a ação de Deus em nosso viver?
Por que abandonamos amigos em nome do poder
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que somos infiéis com a nossa família
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que destruímos a mãe natureza polindo os rios,
Por que somos promotores da guerra onde passamos
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que usamos da mentira para subir na escala social
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que não buscamos o sagrado
Se amanhã para o pó voltaremos?
Por que meu Deus, por quê!?
Eu não quero este Jesus Cristo.
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Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ.
Eu não quero este Jesus Cristo que fala alto nos palanques e na TV, corre, condena, grita e transforma a sua mensagem em poluição audiovisual. Não, o meu Jesus não é o Jesus do marketing, dos grandes shows, da corrida pelo ibope. Ele não é fashion, não tem cor. Ele ultrapassa as religiões, os ritos, os dogmas, ama a todos sem pré-conceitos, fala pouco, perdoa, contempla e ora. Passa na brisa suave e mora nas favelas, nas florestas, nos morros, nas montanhas e no silêncio da madrugada triste das penitenciárias, dos abrigos e das casas de recuperação dos drogados.
Eu não quero este Jesus dos templos televisivos. Não, o meu Jesus Caminha com o mendigo no silêncio da noite, sorri com o ancião abandonado em um asilo, dorme com os menores nos viadutos das grandes metrópoles. Silencia na dor dos índios, na saudade dos migrantes, nas alegrias e tristezas do agricultor. Ele ressuscita na luta de cada comunidade, no grito dos homossexuais espancados, das prostitutas, travestis, das lésbicas e drogados. Sim, o meu Jesus é trindade e se faz presente em cada grupo social na marcha contra os políticos corruptos e desumanos.
Eu não quero este Jesus Cristo competitivo no mercado financeiro da marca Bombril, com mil e uma utilidades. Eu fujo do sagrado comercial e sexualmente sedutor, consumido e comido nas fartas mesas do sistema econômico. Não, o meu Jesus não tem preço ou marca, Ele não se queima, não se corrompe e não se vende. Ele é frágil, humilde, carinhoso, misericordioso, manso, pequenino e só os puros de coração poderão ver e contemplá-lo.
Eu não quero este Jesus Cristo pop estar estampado nas camisetas, disputando espaço com a Madonna, o Pelé, o Justin Bieber, o Neymar, a Lady Gaga e todos os artistas e personalidades mundiais. Não, o meu Jesus não gosta de ser reconhecido. Ele não é o super-homem, ao contrário, foi condenado e crucificado em uma cruz. O meu herói caminha com os presos políticos, com os mutilados, desesperados e sedentos de paz e igualdade social.
Eu não quero este Jesus Cristo do cinema 3D, HD e digital que enriquece empresários do sagrado e transforma os seguidores em fanáticos. Não, o meu Jesus não tem tablet, aiphone ou iPad. Ele vive escondido em um pequeno casebre castigado pelas enchentes, sofre com a seca, as chacinas, a prostituição infantil e as epidemias, chora com os aidéticos e vive a procura de um pedaço de terra e de um teto para morar. Ele é o mesmo de ontem, de hoje e de sempre, porém, muitos não o aceitam, não o procuram e fecham os olhos para não o ver.
Dizem que o Padre é um Pai...
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Dizem que o Padre é um Pai...
Por Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.
Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 13 de agosto-2017, dia dos pais.
Pode até ser um pai espiritual.
Mas pai é aquele que acorda com o choro da criança
Fica preocupado com a mensalidade escolar
Fica desesperado quando perde o ganha pão
Se alegra e chora com as conquistas e derrotas diárias.
Pode até ser um pai espiritual.
Mas pai é aquele que sacrifica a vida para salvar os filhos
Traça uma verdadeira batalha contra as drogas e a violência
Protege, acaricia e defende o lar como um verdadeiro tesouro
Não apenas educa, mas procura ser exemplo de seguimento.
Pode até ser um pai espiritual.
Mas pai é aquele que constrói a casa pensando nos filhos
Encontra caminhos alternativos na crise econômica
Pai é aquele que joga futebol e sorrir com os filhos
Está sempre presente, mesmo nas distancias geográficas
Pode até ser um pai espiritual.
Mas pai é sempre um herói, mesmo sem poderes
Acorda de madruga e dorme altas horas para pôr o pão na mesa
Perdoa e acolhe aqueles que optarem por outros caminhos
Nãos os vê como pecadores, mas como presença amorosa de Deus.
Pode até ser um pai espiritual.
Mas pai é aquele que deixa a sua pátria em busca de novo lar
Se joga no mercado da competitividade pensando no amanhã
Enfrenta o caos da cidade grande, mas não desiste da vida
Usa de amor, misericórdia e compaixão quando os filhos erram.
OLHAR VOCACIONAL-14.
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OLHAR VOCACIONAL-12.
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Através de uma linguagem simples e direta, o Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, direto do Rio de Janeiro- Praia do Botafogo- fala sobre o verdadeiro sentido da vocação religiosa e sacerdotal. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 13 de agosto-2017.
OLHAR VOCACIONAL-09
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OLHAR VOCACIONAL-08.
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OLHAR VOCACIONAL: Frei Petrônio.
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OLHAR VOCACIONAL-04.
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Através de uma linguagem simples e direta, o Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, direto do Rio de Janeiro- Pedra do Arpoador- fala sobre o verdadeiro sentido da vocação religiosa e sacerdotal. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 5 de agosto-2017.
O Padre é um santo...
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Por Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.
Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 4 de agosto-2017.
Dia de São João Maria Vianney, Padroeiro dos Padres.
O Padre é um santo...
Desde que não questione a miséria
Desde que não denuncie os corruptos
Desde que fique aprisionado na paróquia
Desde que seja light e alienado político
Esse sim, é santo e merece o nosso respeito!
E quando ele denunciar a violência na cidade?
E quando ele lutar pelos direitos sociais?
E quando ele estiver ao lado dos desempregados?
E quando ele abraçar os esquecidos da vida?
Por acaso, ele estará fugindo da sua missão?
O Padre é um santo...
Desde que celebre no rito antigo da idade média
Desde que seja conservador no falar e no agir
Desde que ignore a igreja em saída de Francisco
Desde que não fale na Doutrina social da Igreja
Esse sim, é santo e merece nosso respeito!
E quando ele abrir os olhos das suas ovelhas?
E quando ele abrir a casa paroquial para os pobres?
E quando ele abrir a paróquia os Movimentos Sociais?
E quando ele abrir os horizontes para o ecumenismo?
Por acaso, ele estará fugindo da sua missão?
O Padre é um santo...
Desde que não tenha crise sacerdotal
Desde que seja dos antigos-com batina e tudo mais!
Desde que não seja moderninho
Desde que não fale em política ou libertação
Esse sim, é santo e merece nosso respeito!
E quando você o encontrar na academia?
E quando ele falar na alegria do Evangelii Gaudium?
E quando você o encontrar fazendo cooper?
E quando ele for ao encontro das ovelhas perdidas?
E quando você o encontrar na Pizzaria?
Por acaso ele estará fugindo da sua missão?
Ah! Não esqueça... Padre “também” é gente.
EVANGELHO DO DIA: 3 de agosto.
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OLHAR VOCACIONAL-01: Frei Petrônio.
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Quando ela chegar...
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Quando ela chegar
Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.
Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 2 de agosto-2017.
Quando ela chegar não adianta mentir
Ela conhece a nossa história e as nossas desculpas.
Quando ela chegar não vamos fingir de sonso
Ela conhece o nosso olhar e o nosso pensamento.
Sim, nos caminhos da vida poderíamos ter feito o bem
Agora ela não vai mais dar uma segunda chance.
Sim, fomos egocêntricos e intransigentes
Agora não adiante chorar o leite derramado.
Quando ela chegar não adianta apelar para Deus
Tivemos toda uma vida para amar a vida e o próximo.
Quando ela chegar não adianta prometer mudanças
A nossa vida foi uma eterna caminhada quebrando promessas.
Sim, a cada dia sempre tínhamos algo para reclamar
Agora só resta parar e lamentar as noites escuras.
Sim, poderíamos ter cantando a beleza da vida
Mas gostávamos mesmo era de amaldiçoar cada dia.
Quando ela chegar não adianta meias verdades
Se fomos nós criadores e cultivadores da mentira.
Quando ela chegar não vamos fingir de super-humanos
Se na verdade fomos verdadeiros animais nas relações.
Sim... Seja Bem-vinda IRMÃ MORTE!
17º Domingo do Tempo Comum (Mt 13, 44-52): O Tesouro escondido... A Pérola.
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Comentário do Frei Petrônio de Petrônio, Padre Carmelita e Jornalista/RJ.
Como compreender o Evangelho do 17º Domingo do Tempo Comum (Mt 13, 44-52) na era digital e da lucratividade da religião? Hoje, o nome JESUS, DEVOÇÃO, NOSSA SENHORA... É rentável, gera lucro... Escolher o reino, digo, a vocação sacerdotal ou religiosa é muitas vezes- quase sempre- ter o futuro garantido em uma ordem religiosa, comunidade de vida, diocese, arquidiocese ou congregação.
E como não falar dos Padres e Pastores midiáticos PopStar que, em nome de Jesus- e da religião- tem a sua lucratividade diária? Aliás, alguns (as) são patrocinados pela grande mídia ou pela “TV Católica” que constroem verdadeiros impérios da comunicação em nome de Jesus Cristo. E mais! O que dizer de algumas instituições que em nome dos pobres e de Jesus Cristo aumentaram a sua conta bancária? Será de fato o Jesus do Evangelho desse domingo?
Para não radicalizar, acho que a palavra VALOR é o caminho para o olhar desse domingo. Mesmo sabendo que o JESUS DE HOJE GERA LUCRO, usamos dos bens adquiridos EM NOME DE JESUS para construir pontes onde os marginalizados e esquecidos da sociedade possam passar ou construímos muros?
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