Garoto trans de oito anos comemora novo RG com nome social
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Queria ser Dudu Eduardo Lopes Freitas, garoto trans de 8 anos que mudou nome social no RG
Mesmo envergonhado, como quase toda criança estaria em uma entrevista, Eduardo Lopes Freitas não vacila ao responder o que foi fazer no Poupatempo de Pindamonhangaba (SP): "Fui botar o nome social no meu RG".
Quando completou oito anos, no último dia 18 de julho, Eduardo ainda se chamava Maria Eduarda. No mês seguinte, conseguiu alterar seu RG e agora é identificado por um nome masculino, como pedia há anos para os pais. Disse ter escolhido Eduardo para ficar mais parecido com o nome antigo. Fonte: https://www.uol.com.br
Jovem relata que foi torturado por 40 minutos em supermercado por ter roubado chocolate
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Adolescente disse, ainda, que seguranças o ameaçaram de morte
RIO — Um jovem de 17 anos flagrado por seguranças de um supermercado na Zona Sul de São Paulo furtando chocolate de uma gôndola disse ter sido torturado por cerca de 40 minutos. Em entrevista à TV Globo, ele contou também ter sido ameaçado de morte para que não relatasse o ocorrido à polícia. Um vídeo que mostra o adolescente nu e sendo chicoteado circula em redes sociais.
O jovem relatou à TV Globo que a agressão aconteceu no mês passado, numa filial da rede Ricoy localizada na Avenida Yervant Kissajikian, em Vila Joaniza, na Zona Sul. Mas somente nesta segunda-feira um inquérito foi instaurado pelo delegado Pedro Luiz de Sousa, do 80º DP (Vila Joaniza).
Segundo o jovem, essa foi a terceira vez que ele foi agredido por esses mesmos seguranças por furtar chocolate do mercado.
— Fui pegar o chocolate, aí ele me pegou, me levou no quartinho, me deu uma chicotada e me ameaçou de morte — disse o adolescente à Globo.
Segundo o boletim de ocorrência, após ser levada para o quartinho, "a vítima foi despida, amordaçada, amarrada e passou a ser torturada com um chicote de fios elétricos trançados. Ali, permaneceu por cerca de quarenta minutos, sendo agredido o tempo todo”.
Em entrevista à Rádio CBN, o conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe) Ariel de Castro Alves disse que acompanha as investigações e que, segundo o que viu nas imagens, "foi uma situação de tortura".
— Foi uma situação de tortura. E o crime de tortura é um crime hediondo. Pelo que verificamos nas imagens esse crime estaria se configurando. Temos um adolescente extremamente acuado, com medo. Crime de tortura pode gerar de dois a oito anos de prisão — disse Ariel.
Os seguranças suspeitos foram identificados como Santos e Neto e foram afastados do trabalho, informou a CBN. Em nota, a assessoria de imprensa do Ricoy repugnou o ocorrido:
“A empresa repugna esta atitude e foi com indignação que tomou conhecimento dos fatos por intermédio da reportagem. Que a empresa não coaduna com nenhum tipo de ilegalidade e colaborará com as autoridades competentes envolvidas na apuração do caso, a fim de tomar as providências cabíveis". Fonte: https://oglobo.globo.com
O segredo dos que vivem bem com menos de seis horas de sono
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Equipe norte-americana identificou duas variantes genéticas em indivíduos que dormem menos que a média
Os leões costumam dormir mais de 13 horas. Para os cavalos duas são suficientes. No meio do caminho estão os seres humanos com oito, mas se diz que para Napoleão bastavam quatro para virar a Europa de cabeça para baixo. Embora seja evidente que é uma função essencial para quase todos os animais, ainda não se sabe bem por que dormimos. E tampouco por que um punhado de privilegiados podem se levantar descansados depois da metade de horas de sono que seus congêneres precisam.
Ying-Hui Fu, pesquisadora da Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF), indagou durante toda sua carreira se é possível encontrar nos genes a explicação para o fato de que alguns seres humanos precisam dormir menos. Encontrou esses motivos em duas ocasiões.
A primeira foi em 2009. Fu havia encontrado uma família na qual, sem um treinamento específico, mãe e filha tinham o hábito de acordar entre as 4h e 4h30, depois de cinco ou seis horas de sono. A pesquisadora coletou amostras de sangue de toda a família em busca da particularidade que permitia às duas mulheres dormir menos que seus parentes. A resposta parecia ter sido encontrada em uma mutação do gene DEC2 que elas possuíam. Em média, aqueles que tinham a mutação dormiam 6,25 horas por dia, em comparação com as 8,06 dos que não a tinham.
Para tentar confirmar se era a mutação que permitia que as duas mulheres dormissem menos e não outros fatores que poderiam ter sido ignorados, Fu e sua equipe criaram camundongos modificados com essa mesma variante genética. Os roedores com o gene dormiam menos que os camundongos convencionais.
A mutação do gene DEC2 é muito rara e não serve para entender todos os que precisam dormir pouco. Nesta semana, Fu publica um novo estudo na revista Neuron, no qual identifica outro gene relacionado ao sono escasso, mas saudável. Como na ocasião anterior, encontrou uma família especial na qual identificou três gerações sucessivas de indivíduos que precisavam de pouco sono. Além disso, nenhum deles tinha a mutação do DEC2. Um rastreamento de seu genoma identificou uma mutação em outro gene, o ADRB1, associado a um sono breve e reparador.
Neste novo trabalho, os pesquisadores da UCSF também criaram camundongos modificados para entender como a mutação afeta a necessidade de sono. Assim, descobriram que o ADRB1 em evidência na ponte do tronco cerebral, uma região do cérebro fundamental na regulação do sono. Então, com técnicas optogenéticas, que usam a luz para ativar determinadas células, estimularam os neurônios nos quais viam o gene expresso. Esse estímulo fez com que os camundongos que dormiam despertassem, confirmando que a mutação ADRB1 promove o estado de alerta.
Embora ainda seja necessário conhecer muito melhor os mecanismos que regulam os ciclos do sono e da vigília, parece que os genes descobertos em pessoas que precisam de menos horas de sono proporcionam uma gestão mais eficiente do descanso. O DEC2 oscila com o dia e a noite. Ao anoitecer, se junta ao gene MyoD1, responsável pela produção de orexina, um hormônio que promove a vigília, bloqueando sua atividade, e antes do amanhecer se retira, permitindo que o MyoD1 volte a estimular a produção de orexina que nos desperta. A mutação no gene DEC2 faz com que esses freios na produção de orexina sejam mais fracos. E algo semelhante acontece com o ADRB1. Nos camundongos com a mutação desse gene, a porcentagem de neurônios que facilitam a vigília era maior do que aqueles que os faziam dormir, algo que sugere o favorecimento de uma configuração cerebral que precisa de menos horas de sono.
Fu comenta ao EL PAÍS que nem a presença dessas variantes genéticas nem o fato de dormir menos parecem ter contrapartidas para os mutantes. As pessoas analisadas que naturalmente não precisam de tantas horas de sono tendem a ser mais felizes e a ter mais energia. Essa observação vai na contramão de outras análises genéticas —como a publicada em março deste ano na Nature Genomicspor uma equipe liderada por Richa Saxena, do Hospital Geral de Massachusetts— que encontraram correlações entre os genes que favorecem a insônia e os que aumentam a propensão a sofrer de doenças psiquiátricas como depressão ou esquizofrenia e inclusive diabetes tipo 2. Em muitos casos, os genes eram os mesmos. Indícios como este sugerem que as mesmas mutações que permitem dormir menos podem ser sinal de um sistema nervoso mais forte e uma saúde melhor de maneira geral.
Apesar de ter encontrado esses dois genes relacionados à maior facilidade para a vigília, Fu acredita que antes de começar a pensar em tratamentos para dormir menos e melhor, “é necessário aprender mais sobre como a eficiência do sono é regulada”. “É possível que um dia sejamos capazes de criar ferramentas que ajudem as pessoas a dormirem melhor e a serem mais saudáveis. Porém, um sono mais eficiente pode significar dormir menos para alguns, mas não para outros”, observa. Além disso, embora existam variantes genéticas que expliquem as diferenças em como as pessoas dormem, há também fatores condicionantes ambientais, como os dispositivos eletrônicos, o estresse do trabalho ou da vida familiar, ou os estimulantes, que exercem uma grande influência sobre como e quanto dormimos. Para a maioria, controlar esses fatores continua sendo a melhor opção para ter um sono saudável. Fonte: https://brasil.elpais.com
Leonardo DiCaprio doa 5 milhões de dólares para salvar a Amazônia
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“A floresta está em chamas, com mais de 9.000 incêndios queimando paisagens delicadas e insubstituíveis no Brasil esta semana”, disse em nota a fundação do ator
A fundação ambiental de Leonardo DiCaprio prometeu doar 5 milhões de dólares (20,5 milhões de reais) para preservar a Amazônia, devorada pelos incêndios dos últimos dias. A Earth Alliance, criada pelo ator norte-americano e os filantropos Laurene Powell Jobs (viúva do fundador da Apple) e Brian Sheth, anunciou em seu site, neste domingo, o lançamento do Amazon Forest Fund. “A floresta amazônica está em chamas, com mais de 9.000 incêndios florestais queimando paisagens delicadas e insubstituíveis no Brasil esta semana”, diz o comunicado.
“Até agora em 2019, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) denunciou mais de 72.000 incêndios. É um aumento significativo em comparação com os 40.000 incêndios registrados no Brasil no mesmo período do ano passado”, prossegue a mensagem da fundação. “A destruição da floresta amazônica está liberando rapidamente dióxido de carbono na atmosfera, destruindo um ecossistema que absorve milhões de toneladas de emissões de carbono por ano e é uma das melhores defesas do planeta contra a crise climática”, destaca, entre os efeitos devastadores. A fundação também busca doações privadas para ajudar a reparar a floresta tropical brasileira.
Na mesma publicação, a Earth Alliance ressalta o valor cultural da Amazônia. “Além disso, as terras e os povos indígenas cobrem cerca de 110 milhões de hectares da Amazônia brasileira, fazendo com que a região seja crítica não só para a conservação da biodiversidade e a mitigação da mudança climática, mas também para a sobrevivência cultural, a autodeterminação e o bem-estar dos povos indígenas da Amazônia.” Fonte: https://brasil.elpais.com
3,2 milhões de crianças na Venezuela necessitam de ajuda humanitária
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3,2 milhões de crianças na Venezuela necessitam de ajuda humanitária
Mais de 1 milhão de crianças não vão à escola, 1,3 milhão de crianças e adolescentes precisam de serviços de proteção, 4,3 milhões de pessoas em toda a Venezuela não têm acesso a água potável. Segundo o UNICEF, seriam necessários 70 milhões de dólares para fornecer assistência humanitária a 900 mil delas.
Cidade do Vaticano
"Cerca de 3,2 milhões de crianças na Venezuela necessitam de ajuda humanitária, pois as condições em todo o país continuam a se deteriorar", disse a diretora-geral do UNICEF, Henrietta Fore.
Estima-se que 1,3 milhão de crianças e adolescentes tenham necessidade de serviços de proteção, enquanto mais de 1 milhão de crianças não frequentam a escola.
"Estamos intensificando nosso trabalho para ajudar crianças e famílias que lutam contra a escassez de alimentos e acesso limitado a serviços essenciais como saúde, água potável e educação", assegurou Fore.
O UNICEF lançou um apelo por mais de 70 milhões de dólares para fornecer assistência humanitária que para salvar a vida de mais de 900.000 crianças em toda a Venezuela até o final do ano.
Pelo menos 4,3 milhões de pessoas em toda a Venezuela não têm acesso a água potável. Doenças que podem ser prevenidas com vacinação ressurgiram, incluindo o sarampo e a difteria, enquanto aumentam os casos de febre amarela e malária. Fonte: https://www.vaticannews.va
Queimadas no Brasil aumentam 82% em relação a 2018
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Entre janeiro e agosto foram registrados 71.497 focos de queimadas, o maior número dos últimos sete anos, apontam dados do Inpe. Mato Grosso é o estado com mais ocorrências. A reportagem é publicada por Deutsche Welle, 20-08-2019.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta segunda-feira (19/08) apontam que as queimadas no Brasil aumentaram 82% quando comparadas as ocorrências registradas entre janeiro e 18 de agosto de 2019 às do mesmo período no ano passado.
Segundo o Programa Queimadas do Inpe, nos primeiros oito meses deste ano foram registrados 71.497 focos de queimadas contra 39.194 no ano anterior, marcando o maior número registrado desde 2013, primeiro ano de que o Inpe tem registro para o período. O recorde anterior ocorreu em 2016, quando foram registrados 66.622 focos.
Os estados onde foram registrados os maiores aumentos em relação ao ano passado foram: Mato Grosso do Sul (260%), Rondônia (198%), Pará (188%), Acre (176%) e Rio de Janeiro (173%). Os números do Mato Grosso, com 13.641 focos, correspondem a 19% do total das queimadas no Brasil neste ano e a um aumento de 88% em relação ao mesmo período de 2018.
O mês de agosto vem batendo o recorde dos últimos sete anos, com 32.932 focos de queimadas, o que significa um aumento de 264% em relação ao mesmo mês de 2018.
De acordo com os dados, gerados por imagens de satélite, nas 48 horas que antecederam o dia 19 de agosto, foram registrados 5.253 focos no Brasil. No mesmo espaço de tempo houve 1.618 focos na Bolívia, 1.166 no Peru, e 465 no Paraguai. Grandes áreas da Amazônia foram atingidas.
Segundo Alberto Setzer, pesquisador do Programa Queimadas do Inpe, as queimadas “são todas de origem humana, umas propositais e outras acidentais, mas sempre pela ação humana”.
“Para você ter queimada natural você precisa da existência de raios. Só que toda essa região do Brasil central, sul da Amazônia, está uma seca muito prolongada, tem lugares com quase três meses sem uma gota d’água”, afirmou Setzer, citado pelo portal G1.
De acordo com o pesquisador, que o fenômeno atmosférico El Niño contribui para o aumento da estiagem, mas não pode ser apontado com a causa dos incêndios, contribuindo apenas para que o fogo se espalhe.
Nesta segunda-feira, uma névoa escureceu o dia em São Paulo, no Mato Grosso do Sule no norte do Paraná. À Folha de S. Paulo, Franco Nadal Villela, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirmou que a escuridão na capital paulista resultou da combinação de ventos que levaram material particulado das queimadas no Paraguai, na divisa com Mato Grosso do Sul, com a chegada de uma frente fria com nuvens bastante carregadas. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
VIOLÊNCIA NO RIO: Vereador e filho são encontrados mortos dentro de casa, em Maricá
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Crime aconteceu na madrugada desta quinta-feira
Ana Carolina Torres e Gustavo Goulart
RIO — O vereador Ismael Breve de Marins (DEM), de 59 anos, de Maricá, na Região dos Lagos, e o filho dele, o advogado Thiago André Marins de Marins, foram encontrados mortos em casa, na Rua Agrípio Luis da Costa, no bairro Zacarias, naquele município, na madrugada desta quinta-feira. Policiais militares do 12º BPM (Niterói) estão no local. A perícia da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNit/SG) foi acionada. De acordo com a Polícia Militar, Ismael e Thiago foram assassinados a tiros.
Segundo informações preliminares da polícia, por volta das 3h40, bandidos teriam invadido a residência e ido, primeiro, para o quarto de Thiago. Ismael teria tentado evitar a morte do advogado e acabou sendo baleado também.
Em nota, a Câmara Municipal de Maricá lamentou a morte e pediu a apuração do que aconteceu: "A Câmara Municipal de Maricá lamenta, profundamente, a morte do vereador Ismael Breve e de seu filho Thiago Marins. Ambos foram brutalmente assassinados na madrugada desta quinta-feira (22). A Câmara decreta luto oficial de três dias e por isso a Casa de Leis permanecerá fechada neste período. A Câmara pede a apuração dos fatos".
Também este ano, dois jornalistas que se empenhavam em noticiar acontecimentos políticos de Maricá foram assassinados. No dia 25 de maio, Robson Giorno, de 45 anos, dono do jornal "O Maricá", foi baleado perto de sua casa e morreu dois dias depois . Ele era filiado ao Avante e tinha a intenção de se candidatar a prefeito na próxima eleição. Fundador do site Lei Seca Maricá, o jornalista Romário Barros , de 31 anos, foi morto com três tiros, no bairro de Araçatiba, em Maricá, em 18 de junho. Fonte: https://oglobo.globo.com
'Nunca vi isso antes', diz comandante do Bope sobre armadilha feita por sequestrador em ônibus
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Willian Augusto da Silva, de 20 anos, pendurou frascos com combustível no teto do coletivo e amarrou braços dos reféns na Ponte Rio-Niterói, antes de ser baleado por snipers
Giselle Ouchana
RIO — A armadilha usada por Willian Augusto da Silva, que sequestrou o ônibus da empresa Galo Branco na manhã desta terça-feira, causou surpresa até no comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O homem de 20 anos, que acabou morto atingido por seis tiros disparados por snipers pendurou cinco frascos de gasolina no teto do veículo. Ele ainda tinha outras duas garrafas de dois litros cheias do mesmo combustível altamente inflamável.
— Pareciam lanternas amarradas com barbante. Eu nunca tinha visto isso aqui no Brasil, da maneira que ele fez. Se numa emergência ele quisesse machucar todo mundo, bastava ele derrubar um ou dois e ateava fogo no ônibus todo — disse, indignado, o tenente-coronel Maurílio Nunes.
Tiros partiram de mais de um sniper
No fim da noite desta terça, o porta-voz da Polícia Militar, Mauro Fliess, corrigiu a informação inicial de que apenas um sniper — posicionado acima de um caminhão do Corpo de Bombeiros — havia feito os seis disparos contra o sequestrador. No entanto, o comando da corporação diz que, por razões estratégicas, não divulga quantos atiradores estavam empenhados na ação, nem quantos fizeram os disparos.
O número preliminar de reféns feitos por Willian Augusto da Silva também foi corrigido pelo Governo do Rio. A princípio, 37 pessoas estariam dentro do ônibus sequestrado, mas o número foi corrigido para 39 em nova nota do estado. Fonte: https://oglobo.globo.com
Atirador de elite mata homem que sequestrou ônibus na Ponte Rio-Niterói; Polícia diz que reféns passam bem
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Criminoso levava também gasolina e arma de choque. Na foto ao lado, sequestrador (no detalhe) aparece caído ao lado do ônibus após ser baleado
RIO — Após mais de 3h de cerco, um sequestrador que manteve passageiros de um ônibus como reféns na Ponte Rio-Niterói foi morto por um atirador de elite do Bope na manhã nesta terça-feira. Agentes da Polícia Militar e da Rodoviária Federal (PRF) cercaram o veículo , na pista sentido Rio, por volta de 6h30. Em entrevista ao Bom Dia Rio, o porta-voz da Polícia Militar, coronel Fliess, informou que o bandido portava uma arma de brinquedo. Por volta de 9h, o sequestrador saiu do ônibus apontando uma arma para a cabeça de um refém, foram ouvidos tiros e policiais foram vistos comemorando. O sequestrador foi baleado e caiu na escada do ônibus.
- Essa é a polícia que queremos ver. Foi necessário o disparado do sniper para neutralizar o marginal e salvar as pessoas do ônibus. Ele está em óbito no local - afirmou Fliess.
O coletivo é da linha 2520 (Jardim Alcântara - Estácio). As pistas no sentido Rio e Niterói estão totalmente interditadas por conta do cerco policial. O Centro de Operações Rio (COR) orienta que as pessoas utilizem as barcas como alternativa.
O criminoso chegou a sair algumas vezes de dentro do veículo. Ele usava calça preta, blusa branca, um boné e um lenço também preto que escondia parte do rosto. Segundo a porta-voz da PRF, além de uma arma de brinquedo, ele também portava uma faca, uma arma de choque e um galão com gasolina. A investigação do caso ficará a cargo da Delegacia de Homicídios de Niterói.
De acordo com a porta-voz da PRF, Sheila Sena, o homem, que se identificou como PM, ameaçou jogar gasolina no ônibus. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram ao local e iniciaram negociação com o sequestrador . Quatro mulheres e dois homens foram liberados antes do fim do sequestro. Uma das reféns passou mal ao ser liberada por volta de 8h15.
Segundo o porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess, havia 31 reféns no veículo às 9h. Por volta das 6h, o ônibus da Viação Galo Branco ficou atravessado na Ponte Rio-Niterói. De acordo com o Bom Dia Rio, o sequestrador deu ordem para que o ônibus fosse atravessado na subida do vão central. Em seguida, mandou o motorista estacionar no acostamento, onde há um cerco policial.
O governador Wilson Witzel publicou uma mensagem no Twitter às 8h42 sobre o caso. "Estou acompanhando desde cedo, com atenção, o sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói. Estou em contato direto com o comando da Polícia Militar, que trabalha para encerrar o caso da melhor maneira possível. A prioridade absoluta é a proteção dos reféns", escreveu ele.
A Viação Galo Branco faz o trajeto do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e vai até o Estácio, na região Central do Rio. Ela é a única linha que cobre os bairros do Rocha, Columbandê, Lindo Parque e Galo Branco em direção ao Rio.
Passageiros à pé na Ponte
Após a interdição das quatro faixas da Ponte, alguns passageiros seguiram a pé de volta para Niterói.
— Não tenho como ficar aqui parado. Vou tentar ver se consigo recuperar o tempo perdido — disse o engenheiro Rafael Oliveira, de 40 anos.
Assis Viana, de 61 anos, é gerente de um restaurante em Copacabana e seguia de táxi vindo de Alcântara, em São Gonçalo, onde mora. Próximo ao pedágio, pagou a corrida e resolveu voltar a pé para pegar a barca.
- Nunca vi nada disso. A situação lá em cima está horrível. Tudo completamente parado. Fiquei uma hora dentro do carro. Decidi descer porque preciso abrir o restaurante.
As barcas operam em sistema normal, mas há pelo menos o dobro de passageiros usando o transporte. Segundo a concessionária CCR Barcas, na estação Araribóia as embarcações saem no intervalo de 10 minutos ou após lotação. Já em Charitas, o intervalo é de 20 minutos, também com saída antecipada após lotação.
A Viação Galo Branco informou que soube do sequestro por outro motorista, que seguia atrás do ônibus onde estão os reféns. Ele ligou para a empresa avisando que viu quando o homem armado rendeu seu colega de profissão. Fonte: https://oglobo.globo.com
Homem armado faz 17 reféns em ônibus na Ponte Rio-Niterói; via está interditada
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Homem armado faz 17 reféns em ônibus na Ponte Rio-Niterói; via está interditada
Cinco passageiros já foram liberados. Sequestrador leva também gasolina e arma de choque; Bope assumiu a negociação.
RIO — Agentes da Polícia Militar e da Rodoviária Federal (PRF) cercam um ônibus na Ponte Rio-Niterói, no sentido Rio, na manhã desta terça-feira. Um homem armado faz passageiros reféns. O coletivo é da linha 2520 (Jardim Alcântara - Estácio). As pistas no sentido Rio e Niterói estão totalmente interditadas por conta do cerco policial. O Centro de Operações Rio (COR) orienta que as pessoas utilizem as barcas como alternativa.
De acordo com a porta-voz da PRF, Sheila Sena, o homem, que se identificou como PM, ameaça jogar gasolina no ônibus. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) já estão no local na tentativa de negociação com o sequestrador . Até o momento, quatro mulheres e dois homens já foram liberados.
Segundo a Polícia Militar, há 16 reféns no veículo neste momento. Por volta das 6h, o ônibus da Viação Galo Branco ficou atravessado na Ponte Rio-Niterói. De acordo com o Bom Dia Rio, o sequestrador deu ordem para que o ônibus fosse atravessado na subida do vão central. Em seguida, mandou o motorista estacionar no acostamento, onde há um cerco policial.
O criminoso já saiu algumas vezes de dentro do veículo. Ele usa calça preta, blusa branca, um boné e um lenço também preto que esconde parte do rosto. Segundo a porta-voz da PRF, além de uma arma de fogo, ele também porta uma faca, uma arma de choque e um galão com gasolina.
A Viação Galo Branco faz o trajeto do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e vai até o Estácio, na região Central do Rio. Ela é a única linha que cobre os bairros do Rocha, Columbandê, Lindo Parque e Galo Branco em direção ao Rio.
Após a interdição das quatro faixas da Ponte, alguns passageiros seguiram a pé de volta para Niterói.
— Não tenho como ficar aqui parado. Vou tentar ver se consigo recuperar o tempo perdido — disse o engenheiro Rafael Oliveira, de 40 anos.
As barcas operam em sistema normal, mas há pelo menos o dobro de passageiros usando o transporte. Segundo a concessionária CCR Barcas, na estação Araribóia as embarcações saem no intervalo de 10 minutos ou após lotação. Já em Charitas, o intervalo é de 20 minutos, também com saída antecipada após lotação.
A Viação Galo Branco informou que soube do sequestro por outro motorista, que seguia atrás do ônibus onde estão os reféns. Ele ligou para a empresa avisando que viu quando o homem armado rendeu seu colega de profissão.
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Golpistas usam perfis do Instagram para fazer vendas falsas
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Depois que o comprador fez o depósito, ele é bloqueado pelo suposto vendedor e não consegue mais rastrear o golpista. Veja como evitar que isso aconteça com você.
Um dos aplicativos mais populares no Brasil - o Instagram - tem sido usado como ferramenta para golpistas. Eles usam perfis, que anunciam de tudo, de perfumes a celulares, para fazer vendas falsas. Depois que o comprador deposita o valor pedido, ele é bloqueado pelo suposto vendedor e não consegue mais rastreá-lo.
O Fantástico acessou um desses perfis falsos e mostrou interesse em um celular de R$ 1 mil. Depositamos o dinheiro na conta indicada pelo falsário e o celular nunca chegou.
Veja como o golpe acontece e aprenda como evitar que isso aconteça com você. Fonte: https://g1.globo.com
NESTE FINAL DE SEMANA NO RIO: Aterro terá Festa Medieval no fim de semana dos Pais
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Muito mais do que longos vestidos e lutas de espadas, o período medieval enriqueceu a cultura. E é para homenagear a importância deste período que a 8ª edição da Feira Medieval Carioca acontece na Arena Socioambiental, no Aterro do Flamengo, nos dias 10 e 11 de agosto (sábado e domingo). O evento gratuito convida a banda Lyria, que se apresenta em formato acústico, relembrando os antigos concertos bardos. Além disso, a feira contará com fornecedores de hidromel, cervejas artesanais, e profissionais da esgrima medieval, arco e flecha, luta de espadas, workshops, danças, stands diversos, e muito mais.
Considerada a maior do país, a Feira Medieval Carioca já reuniu mais de 20 mil pessoas, levando cultura e diversas atividades voltadas para os amantes do período medieval. O evento também contará com stands de produtos medievais, tais como acessórios, artigos místicos, livros, entre outros.
SERVIÇO: VIII Feira Medieval Carioca
Data: 10/08/2019 e 11/08/2019 (sábado e domingo)
Horário: 12h às 20h (show do Lyria às 18h no sábado e às 16h30 no domingo)
Local: Arena Socioambiental (próximo à Praça do Skate)
Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, nº 12 – Glória – Rio de Janeiro/RJ
Entrada gratuita
Classificação etária: Livre
Fonte: https://diariodorio.com
BRASÍLIA: Caminhada contra feminicídio marca os 13 anos da Lei Maria da Penha
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Os nomes das 15 vítimas de feminicídio no DF este ano foram lidos um a um, enquanto, em coro, as mulheres respondiam "presente"
No dia em que a Lei Maria da Penha completa 13 anos, mulheres se unem em passeata contra o feminicídio. Com faixas de protesto, elas se se encontraram na Avenida Comercial de Taguatinga, na manhã desta quarta-feira (7/8), para alertar sobre a necessidade de se combater à violência contra mulher. O evento é promovido pelo projeto
Mulheres Feminicídio Não.
Em um dos atos, os nomes das 15 vítimas de feminicídio no DF este ano eram lidos um a um, enquanto, em coro, as mulheres respondiam "presente". Os nomes foram pronunciados no trio elétrico, enquanto as mulheres, e alguns homens, caminhavam e faziam barulho com apitos. O objetivo é combater o feminicidio e conscientizar a população a denunciar ainda nos primeiros sinais de violência.
Lúcia Erineta, moradora de Taguatinga e idealizadora do projeto Mulheres Feminicidio Não, foi vítima de violência e, hoje, luta para que outras mulheres não passem pela mesma agressão. "Eu sofri tentativa de feminicidio nos meus dois casamentos. Tenho deficiência na audição, devido à violência doméstica. Então, estamos aqui, no dia da Lei Maria da Penha, para lutar contra isso. E queremos repetir essa ação todo ano”, destaca.
A técnica de enfermagem Rosana dos Santos, 50 anos, veio do Gama para mostrar a importância da denúncia. Ela foi vítima de violência pelo companheiro, com quem foi casada durante 27 anos. "Eu casei muito nova e meu marido não deixava eu trabalhar e nem estudar. Quando eu consegui meu primeiro emprego, ele quebrou tudo dentro de casa. Sofri muito, até que consegui minha independência e dei um basta nisso”, comenta. Rosana frisa que muitas mulheres sofrem violência, mas não tem consciência disso.
O evento segue até às 13h, com uma ação social na CNB 3. Entre os serviços oferecidos, haverá o atendimento do ônibus da Secretaria da Mulher, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), de clinicas e faculdades, além de atração musical.
Elas no alvo
A violência contra a mulher é o tema da série Elas no alvo, divulgada pelo Correio entre domingo (4/8) e hoje (7/8). Depoimentos de vítimas, entrevistas com especialistas, números que escancaram a gravidade do problema que precisa ser encarado de frente por todos. Fonte: www.correiobraziliense.com.br
Quem são e onde estão os pobres do mundo
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ONU adverte que a desigualdade, assim como a discriminação sofrida por mulheres, minorias étnicas, o coletivo LGTBI e a população rural impedirá que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável sejam alcançados em 2030
Alguns poucos têm muito e muitos têm pouco. Acontece entre os países, também dentro deles e até em comunidades e lares. Existem aqueles que têm menos oportunidades do que outros para ter acesso à educação de qualidade ou aos serviços de saúde. Alguns sofrem discriminação e até perseguição por causa de quem amam, pela cor da pele, etnia, religião ou de onde residem. Todos eles são exemplos da desigualdade instalada, em maior ou menor grau, em todo o mundo. E ameaça impedir os progressos necessários para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em 2030. É a advertência lançada pela ONU durante a realização do Fórum Político de Alto Nível em Nova York, um evento anual em que são avaliados os avanços nessa agenda internacional.
“A desigualdade faz com que os pobres e marginalizados tenham menos oportunidades de sair da pobreza”, disse Máximo Torero Cullen, vice-diretor-geral do departamento de desenvolvimento econômico e social da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), durante o debate de avaliação. Em sua opinião, a fome e a pobreza não podem ser erradicadas se não forem tomadas medidas para abordar o ODS 10 –reduzir a desigualdade nos países e entre eles–, cuja primeira meta é “alcançar progressivamente e manter o crescimento da renda dos 40% mais pobres da população a uma taxa superior à média nacional”.
Os dados disponíveis a esse respeito são “limitados”, diz o relatório de acompanhamento dos ODS, pois só existem dados comparáveis para o período 2011-2016 de 92 países, dos quais apenas 13 são da África subsaariana. Com as informações disponíveis, a ONU estima que em 69 países os 40% mais pobres tiveram um aumento em sua renda, mas com grandes variações entre os territórios. Em 50 desses 69 países a renda desse segmento da população cresceu mais rápido que a média nacional. “No entanto, deve-se destacar que os 40% mais pobres receberam ainda menos de 25% da renda total”, escrevem os autores.
Desigualdades que não têm a ver (apenas) com dinheiro
Em busca de estatísticas mais detalhadas e úteis para o propósito de reduzir a pobreza “sem deixar ninguém para trás”, conforme proclama a agenda de desenvolvimento sustentável, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Iniciativa sobre Pobreza e Desenvolvimento Humano de Oxford (OPHI na sigla em inglês) elaboram anualmente o Índice Global de Pobreza Multidimensional. A edição de 2019, publicada recentemente, lembra que existe 1,3 bilhão de pessoas multidimensionalmente pobres nos 101 países de renda baixa e média que o estudo analisa, ou seja, que sofrem várias carências de uma lista de 10 relacionadas à saúde, educação e qualidade de vida. São quase o dobro dos 736 milhões daqueles considerados extremamente pobres, que vivem com menos de 1,90 dólar (cerca de 7,07 reais) por dia.
“Para combater a pobreza precisamos saber onde vivem as pessoas pobres. Elas não estão distribuídas uniformemente em cada país, nem mesmo dentro das casas. Dois irmãos podem viver sob o mesmo teto, um desnutrido e outro não”, explicou Achim Steiner, administrador do PNUD durante o lançamento do estudo. “O Índice Global de Pobreza Multidimensional de 2019 oferece as informações detalhadas que os responsáveis políticos necessitam para tomar medidas mais bem direcionadas e eficazes”, acrescentou. Os países que o fizeram “conseguiram progressos notáveis”, observou. O país que mais avançou foi a Índia: em uma década (2006-2016), 271 milhões de pessoas saíram da pobreza.
“Existem países que não crescem economicamente, mas reduzem a pobreza multidimensional porque usam melhor seus orçamentos, pois sabem melhor onde estão os pobres, em qual grau o são e onde estão”, detalhou Sabina Alkire, diretora da OPHI. Isto poderia ser feito por Uganda, onde agora se sabe que a pobreza afeta especialmente as áreas rurais. No país, 55% dos cidadãos sofrem de carências graves. No entanto, na capital, Kampala, esse percentual é de 6%, enquanto na região de Karamoja a proporção da população afetada dispara a 96%, o que faz dela uma das mais pobres da África subsaariana.
No mundo existe 1,3 bilhão de pessoas multidimensionalmente pobres
Entre os grupos de pessoas, além da população rural, as mulheres e as crianças são as mais vulneráveis à pobreza, segundo o Índice de Pobreza para Multidimensional. Metade das pessoas que sofrem de carências, como falta de acesso à água potável, educação, desnutrição ou moradia digna, é menor de 18 anos. Principalmente na África subsaariana, onde 63,5% das crianças são pobres. Em países como Burkina Faso, Chade, Etiópia, Níger e Sudão do Sul a situação é ainda pior: 90% das crianças menores de 10 anos são pobres.
Apesar da pior situação dos países menos desenvolvidos, a maioria na África, os países de renda média não estão isentos desse problema. De fato, dois terços dos pobres (886 milhões) vivem neles, de acordo com esse índice.
“Quase toda a discussão se concentra no crescimento econômico. Mas o crescimento econômico não resolverá o problema da desigualdade”, disse Justice Edwin Cameron, membro do Tribunal Constitucional da África do Sul, em seu discurso na assembleia da ONU em Nova York. “Há muitas discriminações e uma delas é a criminalização. Como homem gay orgulhoso em uma África do Sul homofóbica pré-democrática, vi e experimentei o medo de poder ser detido, preso e condenado que pode sentir uma pessoa gay”, afirmou. “Entre os países representados aqui na ONU, 69 ainda criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo, a maioria no meu continente: a África”, enfatizou, arrancando o aplauso dos presentes.
O juiz ressaltou que a perseguição à homossexualidade, à prostituição e ao consumo de drogas significa maior vulnerabilidade na prática. “Pensemos no HIV. A criminalização só faz com que essas pessoas não tenham acesso ao tratamento”.
Outro desses grupos estigmatizados é formado pelos trabalhadores informais, segundo Martha Chen, professora de políticas públicas da Harvard Kennedy School e assessora principal da rede global Mulheres no Emprego Informal: Globalizando e Organizando (WIEGO na sigla em inglês). Eles representam 61% dos trabalhadores no mundo. “Um total de 2 bilhões. E mais de 90% vivem em países pobres”, disse a especialista. De fato, de acordo com estatísticas publicadas pela Organização Internacional do Trabalho, “a maioria é pobre e a maioria é de minorias étnicas. E há mais mulheres do que homens”.
“Existem muitas discriminações e uma delas é a criminalização”
“Isso tem relação com a desigualdade. Os trabalhadores informais sofrem de carências em termos de trabalho digno, direitos, proteção e canais para se expressarem e, portanto, em relação à sua qualidade de vida decente, acesso à moradia, serviços sociais...”, continuou Chen. “Os trabalhadores informais são estigmatizados, penalizados e até criminalizados por tentar ganhar a vida honestamente e os economistas os culpam pela falta de produtividade. Se têm de trazer seu trabalho para casa todos os dias, é claro que produzirão menos”.
É o caso, disse, dos vendedores ambulantes e dos recicladores de lixo nas cidades. “São assediados pelos Estados, sofrem confiscos, prisões...”. Pelo contrário, a especialista pediu que os primeiros fossem apoiados com facilidades para trabalhar em “espaços públicos centrais e seguros” e com “espaços de armazenamento” para os segundos. “Temos de acolhê-los em vez de estigmatizá-los e penalizá-los. O entorno político e jurídico deve priorizar os empregados que estão na base da pirâmide. Fala-se muito em criar empregos, mas às vezes se tomam decisões em cidades que, literalmente, destroem dezenas de milhares deles, de vendedores ambulantes e coletores de resíduos”, concluiu.
Nas três horas de debate houve tempo para falar, além disso, de outros grupos que sofrem especialmente a discriminação. Entre eles, os idosos. “É preciso mudar a narrativa: não somos um fardo ou um problema. Contribuímos para o tecido social e econômico das nações”, argumentou Jane Barratt, secretária-geral da Federação Internacional do Envelhecimento. “Todas as pessoas, independentemente da idade, têm o direito de que seus temores, talentos ou conhecimentos não sejam excluídos”, acrescentou.
“Se as causas da desigualdade não forem enfrentadas, os ODS não poderão ser alcançados e as pessoas começarão a protestar. Nós o faremos com uma greve no Dia da Mulher”
Mas existe uma metade da humanidade que, independentemente de pertencer ou não aos grupos anteriores, sabe bem o que é a discriminação: as mulheres. Os relatórios dizem isso e Nalini Singh, diretora-executiva do Movimento dos Direitos Humanos das Mulheres de Fiji, o recordou. “Como mulher do sul global, sei o que é desigualdade. As mulheres ganham menos que os homens, serão necessários 202 anos para acabar com essa defasagem e 107 anos para alcançar a paridade no âmbito político. Se as verdadeiras causas da desigualdade não forem enfrentadas, os ODS não poderão ser alcançados e as pessoas começarão a protestar. Nós o faremos com uma greve no Dia da Mulher”. Os aplausos e os vivas foram sonoros.
Olhar para cima e outras receitas contra a desigualdade
A desigualdade não é apenas um problema dos pobres, mas também dos ricos. A concentração de renda e de patrimônio contribui para ampliar o fosso entre eles. Isso foi destacado por um grupo de organizações da sociedade civil em um debate paralelo ao oficial sobre a desigualdade durante o Fórum Político de Alto Nível para o acompanhamento dos ODS. “Eles esquecem que também devemos tomar medidas para a redistribuição da riqueza, que as rendas mais altas devem contribuir mais, que se deve lutar contra a evasão de impostos e os paraísos fiscais”, argumentou Marco Gordillo, representante da Futuro em Comum, uma plataforma espanhola de entidades aliadas para promover a agenda de desenvolvimento sustentável na Espanha.
Não só contra a desigualdade, mas nos esforços para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, “toda a atenção está em acelerar o que estamos fazendo, mas não há nada sobre o que precisa deixar de ser feito”, lamentou Barbara Adams, diretora-executiva do Global Policy Forum. Ela se referia às questões em que as nações ricas têm maior responsabilidade, como a mudança climática e a exportação de armas. O pensador uruguaio Roberto Bissio, secretário internacional do Social Watch, concordou com ela. “Nos exames nacionais de acompanhamento dos ODS, os países não falam oficialmente da desigualdade, nem dos impactos extraterritoriais de suas ações, não apenas o que tem a ver com o clima, mas também com os paraísos fiscais, a exportação de armas... Eu não acredito que alguém fale de suas exportações de armas em seus relatórios”, concluiu. Fonte: https://brasil.elpais.com
NESTA SEGUNDA 29: Rebelião em presídio do Pará deixa ao menos 50 mortos
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Governo informou que briga entre facções rivais deu origem ao massacre, e que boa parte das vítimas foi decapitada
Ao menos 52 presos morreram nesta segunda-feira durante rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira, a cerca de 800 quilômetros de distância de Belém. De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), ao menos 16 deles foram decapitados durante o conflito entre facções rivais. Os detentos chegaram a fazer agentes penitenciários como reféns, mas eles já foram liberados após negociações com as autoridades. Parte das vítimas podem ter sido asfixiadas depois que os presos atearam fogo a colchões dentro das celas, de acordo com as autoridades. A Susipe informou que a confusão começou por volta das 7h, durante o café da manhã. O Centro tem capacidade para 208 internos, mas contava com 372.
O secretário do Sistema Penitenciário, Jarbas Vasconcelos Carmo, afirmou após o ocorrido que a unidade abriga duas facções, o Comando Vermelho, originário no Rio, e o Comando Classe A, um grupo local. Segundo ele o ataque foi inesperado: "Nós não tínhamos relatório da nossa inteligência aportando um possível ataque, desta magnitude". "Encontramos corpos decapitados e os outros mortos por asfixia. Não tiramos todos porque o local ainda está quente. É uma unidade antiga, em formato de contêiner", informou. Relatos iniciais dão conta de que a maioria das vítimas seria integrante da facção fluminense.
Nos últimos anos a região Norte se tornou uma das principais linhas de frente de embate entre facções rivais, como o Primeiro Comando da Capital, criado em São Paulo, o Comando Vermelho, originário do Rio, e a Família do Norte, manauara. Como consequência estes confrontos pelo domínio de rotas de tráfico e pelo recrutamento de novos filiados dentro dos presídios acabam levando a confrontos atrás das grades, que acabam envolvendo grupos menores com presença local, como o Comando Classe A. Há pouco mais de dois meses outro massacre prisional deixou 55 mortos no Amazonas em quatro unidades diferentes no Estado.
Por outro lado, a acomodação entre estes grupos criminosos na maioria dos Estados levou à redução dos índices globais de homicídio no país, algo que já era verificado em São Paulo, onde o PCC tomou para si o papel de regular os assassinatos nas periferias do Estado. De acordo com dados do Monitor da Violência. a letalidade violenta caiu 10% já em 2018, ano em que foram registrados 57.117 homicídios. Fonte: https://brasil.elpais.com
Após dona ser internada, cães estão há uma semana em frente a hospital de SC
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Animais ganharam simpatia da comunidade e funcionários do local. Voluntários de ONG levam comida e água aos cachorros.
Por NSC TV
Após a dona deles ser internada no hospital, dois cães estão há uma semana em frente ao Hospital São Paulo em Xanxerê, no Oeste catarinense. Eles já ganharam a simpatia da comunidade e dos funcionários do local. Voluntários de uma Organização Não Governamental (ONG) levam água e comida diariamente para os cachorros.
Independente do horário, os cães estão em frente ao hospital. "Chamou a atenção porque eles estavam querendo adentrar na porta de emergência. É como nós humanos, né? A gente espera que nossos familiares saiam, voltem ao contexto familiar", disse a assistente social do hospital, Maquieli Casaril.
Internação
A dona deles, Roseli, está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde 20 de julho. Ela vive em situação de rua e há algum tempo encontrou nos cães a companhia que precisava. Não se sabe o nome dos animais, mas a história deles se espalhou pela cidade.
Enquanto os cães estão em frente ao hospital, recebem os cuidados da comunidade. "A gente reza muito que ela se recupere, até porque é uma saúde, é uma vida e esses cães aqui até ultimamente não têm comido. A gente vê vários pontos de ração aqui em volta do hospital, mas eles não comem, eles querem a dona deles", disse o voluntário Vagner Ribeiro.
Foi o próprio hospital que entrou em contato com a ONG da qual Ribeiro faz parte. A unidade de saúde pediu ajuda para cuidar dos cães.
"Viemos aqui para dar uma manutenção neles, trocar a coleirinha, botar antipulgas, dar vermífugo para eles, manter a saúde deles boa", disse o voluntário. Fonte: https://g1.globo.com
Saiba qual operadora oferece melhor serviço 4G do Brasil.
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Retatório da OpenSignal mostra que as redes de quarta geração já estão presentes em até 90% nas capitais mais populosas do país. Isso tem tornado a experiência do cliente móvel muito melhor
Depois que a faixa de frequência de 700MHz foi liberada no Brasil, em 2014, para o uso de 4G, a disponibilidade do sinal de quarta geração vem melhorando progressivamente. O resultado é evidente: o levantamento mais recente da OpenSignal mostra que a TIM é a primeira operadora brasileira a passar os 80% de oferta da tecnologia a seus clientes, enquanto a Claro e a Vivo já atingiram os 70%.
TIM e Vivo vão compartilhar infraestrutura de rede 4GSmartphones 5G devem ultrapassar 4G em 2023Pesquisa mostra qual operadora tem o melhor 4G do Brasil; confira
A Oi, que não atua nesse espectro, não obteve resultados satisfatórios na pesquisa. A operadora pode ter, em breve, outra chance de adquirir espaço na banda de 700MHz: o governo pretende fazer um novo leilão desse espectro e as concorrentes não podem participar. Dessa vez, no entanto, a faixa de frequência deve ser usada para 5G. Veja, a seguir, os destaques do estudo.
Disponibilidade de 4G
Segundo a pesquisa, foi a primeira vez que os entrevistados conseguiram obter sinal 4G em mais de 80% das vezes que se conectaram: foram 82,4% na rede da TIM, o que representa 4% a mais em relação ao levantamento anterior, feito há seis meses. Vivo e Claro têm resultados muito próximos, com 72,1% e 71,9%, respectivamente — as companhias estão em um empate técnico e sua oferta também cresceu cerca de 4%. Já a Oi, que não atua nos 700MHz, pôde oferecer a tecnologia a seus clientes apenas em 61,4% dos casos.
O espectro de 700MHz se destaca por ter mais capacidade e, assim, apresentar menos congestionamento. Com isso, a experiência do cliente melhora significativamente. Nessa faixa, o sinal se propaga melhor e mais amplamente — o que a torna interessante para áreas rurais e até para superar barreiras, como paredes, em localidades urbanas.
Experiência de consumo de vídeos
Outro ponto que merece destaque é a melhor experiência no consumo de vídeos proporcionada pelo 4G. Tanto no levantamento anterior quanto no atual, a Claro aparece na liderança, seguida de TIM e Vivo e, bem atrás, da Oi. A Claro ainda é a única a ter uma pontuação considerada como boa pelos pesquisadores (de 55 a 65 pontos) e isso se deve a tempos menores de carregamento e interrupções menos frequentes.
Além disso, a qualidade dos vídeos está melhor: quem mais ganhou com isso foram os clientes da Vivo, já que a operadora subiu 4 pontos nesse quesito em seis meses. Claro e TIM, por sua vez, tiveram aumento de mais de 1 ponto cada. Tudo isso por que, com maior disponibilidade do 4G, a experiência como um todo é aperfeiçoada.
Velocidades de download e upload
Isso afeta, ainda, as velocidades de download e upload. Todas as operadoras nacionais mostram ganho nesse aspecto. A líder é a Claro, com downloads de 19,8 Mbps em média: isso são mais de 5 Mbps acima da Vivo, a segunda colocada, e o dobro do que oferece a Oi.
Em termos de upload, a Claro também está na frente — em média, são 6,4 Mbps. Em segundo lugar vem a Vivo, com 4,6Mbps. A TIM está em terceiro, com 4,4Mbps, e a Oi em último, com 2,9Mbps. Essa métrica ganha cada vez mais importância no mundo móvel, com a popularização da criação e do compartilhamento de conteúdo. Então, estar na frente é uma vantagem importante.
Latência
Na latência, a resposta da rede, quem está na frente é a TIM — depois de tirar o lugar da Claro. As conexões da TIM levam 60,9 milissegundos, mas a Claro se mantém por perto, com seus 62,7 milissegundos. Já a Vivo (69,6 milissegundos) e a Oi (72,5 milissegundos) estão mais distantes. Quanto menor a latência, mais rápido as páginas são carregadas.
Análise regional
Em termos regionais, os resultados são um pouco diferentes em dois aspectos. Primeiramente, na experiência de consumo de vídeos: nas 24 maiores cidades analisadas, a Claro é seguida mais de perto pela Vivo nessa métrica (em vez da TIM). Em segundo lugar, a latência da Oi é menor do que a da campeã nacional, a TIM, em várias localidades.
Os resultados relacionados a latência foram bem distribuídos entre as operadoras nas grandes cidades. Todas elas foram premiadas em pelo menos uma localidade — até a Nextel foi reconhecida em São Paulo. A Oi, mesmo estando em último no resultado nacional, venceu em oito cidades nessa métrica e ficou próxima da liderança em outras duas.
A análise dos grandes centros deixa claro que, em algumas capitais, as latências são muito menores que em outras localidades. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre, por exemplo, é comum que ela seja inferior a 60 milissegundos, enquanto Fortaleza, Manaus e Recife, entre outras, podem experimentar 90 ou 100 milissegundos. Um dos motivos é o fato de que a infraestrutura de fibra óptica no país está concentrada nas zonas mais populosas e mais poderosas economicamente.
Nas categorias de disponibilidade 4G e velocidades de download e upload, TIM e Claro, respectivamente, mantiveram a liderança mesmo em nível local. Ainda assim, as concorrentes apresentaram bons resultados.
Há até pouco tempo, o Brasil era um dos retardatários na América Latina — um dos países menos cobertos por 4G —, mas o estudo mostra que o ritmo de expansão aumentou. Segundo a OpenSignal, se seguir nessa velocidade, em breve o país será um dos líderes da região no oferecimento da tecnologia. Considerando que o 5G ainda deve demorar para estar efetivamente disponível por aqui, ter uma boa cobertura 4G é essencial. Fonte: https://olhardigital.com.br
Estudante universitário é agredido por seguranças da rodoviária de Salvador
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O estudante universitário Vinícius Vieira foi agredido por seguranças na rodoviária de Salvador na madrugada desta quarta-feira, 17. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra os momentos em que o estudante recebe tapas, murros e é puxado à força pelos funcionários.
Ao Portal A TARDE, Adevaldo Santos, gerente de operações da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), responsável pela segurança na rodoviária, informou que a empresa tomou conhecimento dos fatos na manhã desta quinta. "O RH já foi sinalizado e afastamos os colaboradores envolvidos na agressão. Estamos apurando mais detalhes, mas o vídeo por si só já mostra o ato. Nós repudiamos qualquer tipo de agressão e lamentamos o ocorrido", ressaltou.
Adevaldo também sinalizou que a empresa está tomando todas as providências cabíveis para resolver a situação.
Aluno da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Vinícius foi agredido quando aguardava o ônibus para São Francisco do Conde, onde ele estuda. Nas imagens, o jovem mostra que é agredido por um segurança conhecido como Santos.
"Ele tentou pegar meu celular e está chamando outros seguranças, não sei o que eles querem fazer. Mas se me agredirem, irei fazer o procedimento normal, que é dar queixa", comenta o estudante. Logo em seguida, o segurança o empurra e tenta puxá-lo pelo braço. No primeiro momento, o jovem está em uma praça de alimentação, onde há outras pessoas presenciando o ocorrido.
O segurança bate nas costas de Vinícius e outro funcionário puxa os materiais que estão com ele. "O senhor está me agredindo, estou esperando o horário do meu ônibus", diz o estudante. Santos, então, o empurra e diz que não está agredindo ele.
Ao chegar próximo aos caixas eletrônicos do terminal, um terceiro homem aparece dizendo que "já tinha mandado ele sair". Esse homem dá murros no rosto de Vinícius. Fonte: http://atarde.uol.com.br
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