Em 7 anos, País terá 43 mil jovens assassinados
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Em sete anos, 43 mil adolescentes devem ser vítimas de homicídio no País. Por dia, a média será de 16 assassinados (com idades de 12 a 18 anos) entre 2015 e 2021 se mantidos os atuais índices de violência. Homens, mostram as estatísticas, têm 13,5 mais risco de serem vítimas do que as mulheres. O perigo para os jovens negros é 2,8 vezes maior na comparação com os brancos. A reportagem é de Juliana Diógenes e Carmen Pompeu, publicada por O Estado de S. Paulo, 11-10-2017.
Isso é o que revela um levantamento feito pelo Unicef, braço das Nações Unidas para a infância, Secretaria dos Direitos Humanos, o Observatório das Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A estimativa é baseada no Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que cruza dados oficiais e considera mortes de jovens por homicídio em 300 municípios com população acima de 100 mil habitantes.
Em 2014, o IHA mostrava que, a cada cem mil adolescentes que tinham 12 anos na época, 3,7 devem morrer vítimas de homicídio antes de completar 19 anos. De acordo com o relatório, o índice é elevado porque uma sociedade não violenta deveria apresentar valores próximos a zero.
O valor de 2014 é o maior da série desde o início do monitoramento, em 2005. O Nordeste apresentou os índices mais altos: há três anos, a região perdeu 6,5 adolescentes para cada grupo de cem mil pessoas, o dobro da tendência nacional.
Para Fabiana Gorenstein, especialista do Unicef em proteção à criança, o IHA é uma ferramenta que chama atenção para a necessidade de mudança do foco das políticas públicas. O relatório mostra que adolescentes têm mais risco de morte por violência letal do que quase todas as outras faixas etárias avaliadas.
"Estamos falando de uma situação bastante dramática na qual um adolescente tem mais risco de ser assassinado do que um adulto", diz Fabiana. "Uma dos principais objetivos do IHA é mostrar que o direito à vida dos adolescentes brasileiros está em risco. Quando falamos em 43 mil que podem morrer, estamos falando não somente de números, mas de pessoas que têm pai e mãe."
Em março, Gleicia Marques perdeu o filho caçula, de 18 anos, para a violência. Sem passagem pela polícia, Arthur foi assassinado com seis tiros de pistola, a 400 metros da casa da avó, em Fortaleza. “Olho para esta foto todos os dias, com sede de justiça”, diz Gleicia, mostrando a fotografia do rapaz morto, todo ensanguentado, sobre uma calçada.
Na época do homicídio, ele havia acabado de passar em uma entrevista de emprego. “Meu filho tinha planos de comprar uma moto e estava muito feliz. Era um jovem comum”, conta a mãe. Passados mais de seis meses, os motivos e o autor do crime são desconhecidos.
O titular da Secretaria de Segurança e Defesa Social do Ceará, delegado André Costa, reconhece o recrudescimento na violência no Estado. Segundo ele, 47% dos óbitos são por envolvimento de facções criminosas e 84% são de pessoas envolvidas com o consumo de drogas. Ele também cobra mais apoio do governo federal.
Procurado nesta terça-feira, 10, para comentar a pesquisa, o Ministério da Justiçanão se manifestou.
Das dez capitais mais violentas para adolescentes, o Nordeste concentra sete. Fortaleza lidera - com 10,94 adolescentes assassinados a cada cem mil, seguida de Maceió e João Pessoa. Os planos assistenciais do governo federal, como o Bolsa Família, e a melhoria de indicadores sociais e de renda na região nos últimos anos não foram suficientes para controlar os homicídios no Nordeste.
Para Ignácio Cano, um dos autores do estudo e professor da Uerj, uma das explicações é que o crescimento demográfico e econômico pode ter vindo associado ao aumento de atividades criminosas. “O índice é elevado justamente na região onde os programas de transferência de renda foram mais fortes, mas é preciso considerar que a melhoria de condições de vida têm impacto em médio e longo prazo, e não de forma imediata”, explica ele.
No País, a pequena cidade de Serra, no Espírito Santo, tem a maior taxa de adolescentes mortos: 12,74 por 100 mil. Grande parte das ocorrências é ligada ao tráfico. “Acreditamos que a evasão escolar é um dos principais fatores que levam esses adolescentes a ingressarem no mundo do crime. Estamos empenhados em colocar cada vez mais jovens nas escolas”, afirma o secretário de Direitos Humanos capixaba, Júlio Pompeu.
Perfil
“Cruzando os dados com outras pesquisas, as vítimas são os jovens do sexo masculino, negros, de baixa escolaridade e moradores da periferia”, afirma Cano. E homicídios por armas de fogo são 6,1 mais prováveis do que por todos os outros meios juntos.
Para Luciana Brilhante, coordenadora do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente, tem havido inversão de prioridades, com ausência de investimento em políticas públicas para jovens. “E também houve recrudescimento penal, com mais encarceramento e policiamento, que não traz retornos efetivos”, critica. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
OLHAR DO DIA: A vida passa...
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Menino emociona funcionário que desligou energia de sua casa, no Paraná
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O funcionário da Companhia Paranaense de Energia (Copel) João Neto emocionou os internautas nessa última semana. O trabalhador de Santo Antônio da Platina, no Paraná, contou que na segunda-feira passada (9) foi desligar a energia de uma casa devido a falta de pagamento, e uma das crianças que ali morava o surpreendeu com uma atitude de honestidade.
Depois de ter realizado o serviço, João Neto alertou a moradora que se o pagamento da conta fosse feito ainda naquele dia antes das 18h ele poderia retornar para religar a energia. Ao sair da casa, uma das três crianças que também morava ali pediu ao funcionário R$ 1. João Neto contou em sua publicação que ele não tinha moedas no momento e por isso deu ao menino R$ 5 e ordenou que ele dividisse a quantia com as duas irmãs.
O pagamento da energia foi feito ainda no dia 9 antes das 18h, e como prometido ele voltou à casa para religar a eletricidade. Segundo o funcionário, o que lhe chamou a atenção foi que as crianças vibraram com o retorno dele não para terem a energia reestabelecida e sim para lhe devolver o troco de R$ 2 do dinheiro dado, pois as crianças haviam interpretado que, como eram apenas três, tinham o dever de devolver o que não havia sido pedido.
Surpreso com a ação de Eugênio e suas irmãs, o funcionário contou que não aceitou a devolução do dinheiro e que se emocionou com a iniciativa das crianças. “No momento em que nosso país vive uma monstruosa crise moral, onde as instituições governamentais estão todas contaminadas pela ladroagem e corrupção, me aparece um menino todo sujo e me faz crer que nosso país ainda tem jeito! Às vezes a gente chora de alegria! Hoje, definitivamente, vou dormir feliz!”, contou João Neto. Fonte: www.metrojornal.com.br
Pabllo Vittar é ameaçada de prisão por vereador do Paraná
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Pabllo Vittar está confirmada para se apresentar na München Fest, em Ponta Grossa (Paraná) em dezembro. A dois meses da apresentação da drag queen, o vereador Ezequiel Bueno (PRB-PR), que também é pastor, fez um discurso enfatizando que poderá prender a cantora caso ela saia da festa e visite instituições de ensino. A hipótese do político foi baseada num boato que correu a internet de que o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Pabllo Vittar fariam visitas a escolas brasileiras para ensinar crianças sobre diversidade sexual.
“Eu queria lamentar trazer essa pessoa numa cidade família. A qual brigamos no plano municipal de Educação para tirar a ideologia de gênero. Quem quiser assistir pode ir, mas só lá. Porque se inventar de ir para rua e para as escolas eu vou prender, mesmo que depois seja preso por abuso de autoridade”, disse Ezequiel Bueno, apesar de Wyllys ter desmentido o boato em setembro.
Além de Pabllo Vittar, a München Fest terá apresentações de Anitta, Felipe Araújo, Thaeme & Thiago, Henrique & Juliano e Capital Inicial entre os dias 5 e 10 de dezembro. No discurso na Câmara de sua cidade, ele continuou:
Uma cidade em que brigamos aqui no plano de educação para tirar a ideologia de gênero das escolas. Numa cidade onde somos conservadores, somos pais, mães e trabalhadores. Quem quiser assistir, se não for com o meu dinheiro, tudo bem. Porque se inventarem de sair pra rua e ir nas escolas, eu vou prender. Vou prender, nem que depois eu seja preso por abuso de autoridade. (…) Não vamos deixar isso acontecer, de maneira nenhuma vamos deixar uma pessoa dessa ir à escola e ensinar sobre diversidade sexual para as crianças. ‘Mas pastor, é só um show’. Eu não sei. Abriu a porta, entrou? Aí é complicado. (…) Pelo amor de Deus, gente, o que é isso na nossa cidade?”.
Procurada, a assessoria de Pabllo Vittar informou que o artista não se pronunciará sobre o assunto.
Em agosto, Pabllo Vittar já havia sofrido ataques na internet. Na ocasião, hackers invadiram os perfis da artista em redes sociais e compartilharam fotos de Jair Bolsonaro, citando as ofensas a Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros. Após a polêmica, a artista se manifestou via redes sociais:
“LGBTfobia existe, sim!”, escreveu a cantora, que recebei o apoio dos fãs e das marcas de tecnologia para reabilitar seus perfis na internet: “Obrigada pelo apoio vittarlovers, vocês são demais! Dá para sentir o amor e a energia boa que vocês me mandam. Todos com Pabllo Vittar". Fonte: https://extra.globo.com
CHEGANDO NO RIO DE JANEIRO- 01
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Avião do Greenpeace cai no Amazonas e mata uma pessoa
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O avião, de modelo Cessna 208 anfíbio, pousava em uma das ilhas do arquipélago de Anavilhanas; cinco pessoas estavam a bordo
A ocorrência foi confirmada pela Força Aérea Brasileira (FAB) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). De acordo com o Greenpeace, havia cinco pessoas a bordo e uma delas morreu.
“Neste momento, estamos concentrando todos os nossos esforços em prestar assistência às vítimas e suas famílias e também em colaborar com os órgãos competentes que estão investigando o fato. O Greenpeace está em luto”, informou a ONG por meio de nota.
O avião, de modelo Cessna 208 anfíbio, pousava em uma das ilhas do arquipélago de Anavilhanas. Uma equipe da FAB foi destacada para acompanhar e investigar as circunstâncias da ocorrência.
Novo Airão está localizado na região metropolitana de Manaus e tem 18 mil habitantes. Dentro do município está o Parque Nacional de Anavilhanas, considerada área federal de proteção com arquipélagos fluviais.
“A ação inicial é o começo do processo de investigação. São feitos registros fotográficos, partes da aeronave são retiradas para análise, relatos de testemunhas e documentos são colhidos”, informou a FAB. “A investigação realizada pelo Cenipa tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.”
No registro da Anac, consta que o avião, fabricado pela Cessna, foi fabricado em 2009 e tem como proprietário o Greenpeace Brasil.
A classe é apontada como “Anfíbio 1 motor turbohélice” e decola com até 3,7 toneladas. A sua categoria é para serviços privados. A data de validade do certificado de aeronavegabilidade é 10 de agosto de 2021 e a inspeção anual de manutenção vale até o dia 3 de agosto de 2018.
A Anac informou que conforme dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) da aeronave estavam válidos, ou seja, a aeronave estava regular e, portanto, apta a voar. Fonte: https://exame.abril.com.br
OLHAR DO DIA: Domingo, 15.
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Dona Maria de São Pedro, antiga amiga dos Carmelitas de Salvador- BA.
4 coisas ainda desanimadoras da rotina do professor no Brasil - e 3 coisas que estão melhorando
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Ninguém questiona a importância da educação e do professor para o avanço do Brasil, mas como fazer para que isso seja efetivado costuma gerar bastante debate - e esforço.
Aproveitando a comemoração do Dia do Professor, neste domingo, a BBC Brasil perguntou a especialistas e professores quais os principais desafios atuais da profissão - e o que está avançando, mesmo que aos poucos e não uniformemente.
Veja abaixo alguns dos pontos mais citados.
Desafios:
1-Violência em sala de aula
Os socos que um aluno de 15 anos desferiu em uma professora em Indaial (SC), em agosto, abriram um debate nacional sobre a violência no ambiente escolar.
Em São Paulo, 51% dos professores entrevistados por uma pesquisa encomendada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado) disseram ter sido vítimas de algum tipo de violência na escola; e 61% dos docentes e 72% dos alunos consideram a escola um ambiente de violência.
Para Maria Izabel Azevedo Noronha, professora e presidente da Apeoesp, a violência é "consequência do abandono da escola pública", citando superlotação de salas de aula e enxugamento de funcionários. Tudo isso, diz, dificulta aos professores conhecer individualmente os problemas de cada aluno.
Também em São Paulo, o governo estadual prometeu dobrar o número de professores-mediadores de conflitos para um total de 6,8 mil - algo que Noronha considera uma "resposta correta, ainda que não seja a salvação".
O problema é complexo porque a escola é um microcosmo que espelha a violência da própria sociedade, explica Inês Kisil Miskalo, gerente-executiva de educação do Instituto Ayrton Senna. E reflete tanto o baixo reconhecimento social do professor quanto a vulnerabilidade dos próprios estudantes.
"Estamos muitas vezes lidando com alunos defasados, desmotivados, de famílias carentes. É algo que precisa ser enxergado não pela via policial, mas do relacionamento - acolhendo os alunos e suas famílias", opina Miskalo.
"Não é algo fácil, mas precisamos romper os ciclos de violência e também dar mais perspectivas de trabalho aos professores, mostrar que seu trabalho não é isolado, é coletivo."
2-Desvalorização da carreira - financeira e socialmente
A baixa valorização e remuneração do professor gera um ciclo vicioso: a carreira não consegue atrair os melhores estudantes, as deficiências de formação se perpetuam e refletem na qualidade do ensino.
Essa desvalorização começa, segundo professores e especialistas, na ausência de planos de carreira em grande parte da rede, na defasagem salarial em relação às demais profissões e na formação deficiente. A cada 100 alunos de pedagogia ou licenciatura, só 51 concluem o curso, o que ilustra algumas das dificuldades de formação de novos professores, afirma Olavo Nogueira, diretor de políticas públicas do movimento Todos Pela Educação. "Não é à toa que já faltam professores em algumas disciplinas."
"Valorização passa por salário, formação continuada e por (solução de) problemas estruturais", afirma Noronha, da Apeoesp. "Há professores de física, química e artes, por exemplo, que chegam a acumular mil alunos em uma única escola. É muita coisa."
E há, também, a desvalorização social. Em 2013, o levantamento Índice Global de Status de Professores, que mede o respeito e o status dos docentes na sociedade, colocou o Brasil no penúltimo lugar entre 21 países avaliados.
"É preciso reconhecimento público para o professor, indo além da remuneração", diz Miskalo, do Ayrton Senna. "Isso envolve jogar luz nos bons professores, bater palma para eles, levá-los para a universidade para que contem (a futuros docentes) os segredos que usam na alfabetização, por exemplo."
3-Formação que não prepara para a aula
"Não é incomum ouvir de professores novos: 'não imaginava que seria tão difícil' ou 'não tenho a menor ideia de como agir em sala de aula'. Isso porque a formação não os prepara para a docência", afirma Olavo Nogueira.
Especialistas são unânimes em dizer que a formação atual dos professores não dialoga com a realidade que encontrarão dentro das escolas, nem com os desafios da educação para o século 21.
"O professor leva um choque de realidade: ele não aprendeu elementos para transformar a teoria em ação dentro da sala de aula", diz Miskalo.
No ensino médio, há uma dificuldade adicional: o deficit de professores formados nas disciplinas em que atuam, como química e física. Segundo o Censo Escolar de 2016, apenas 55% dos professores dessa etapa têm formação superior na área em que lecionam.
Essa é, na visão do Ministério da Educação, o maior desafio atual da docência. "São 2,2 milhões de professores e grande parte deles não é formada na área em que atua", diz nota do MEC à BBC Brasil, agregando estar finalizando uma política nacional de formação de professores articulada à nova Base Nacional Curricular, quando esta for homologada.
A formação atual tampouco acompanha as transformações na educação - cada vez mais multidisciplinar, centrada no aluno e incorporando habilidades socioemocionais, como trabalho em equipe e resolução de problemas.
"Bons educadores fazem isso quase instintivamente porque sabem que é importante, mas isso precisa ser explícito e planejado", afirma Miskalo.
O MEC afirma que isso será enfrentado com a nova Base Curricular.
"A base nacional está organizada por competências e norteará os currículos dos sistemas e redes de ensino. (...) No momento em que a Base for homologada, o MEC promoverá ações de formação a todas as redes e sistemas de ensino, para a preparação de currículo e professores. Dessa forma, o aprendizado terá sentido organizado nessas competências e não somente do ponto de vista de uma lista de aprendizados de conteúdos aleatórios", diz o ministério.
4-Defasagem e indisciplina dos alunos
Uma pesquisa realizada em 2015 pela Fundação Lemann perguntou a professores quais problemas requeriam solução mais urgente nas escolas, e dois dos mais citados foram a defasagem de aprendizado dos alunos e a indisciplina em sala de aula.
A cada cem alunos do ensino básico, cerca de 12 estão com um atraso escolar de dois anos ou mais, segundo dados de 2016 compilados pela plataforma QEdu.
"É diferente se preparar para dar aula para uma sala de crianças de dez anos e (ter na mesma sala) crianças de 14 anos, que têm outros interesses e percepções", explica Mônica Gardelli Franco, ex-professora e atual superintendente da organização Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária).
Sobre a indisciplina, ela conta que os professores não costumam receber, em sua formação, ferramentas para lidar com a dispersão dos alunos e a falta de foco.
E o tempo gasto com isso consome minutos preciosos de aula, que deixam de ser usados na transmissão de conteúdo.
"Perco cerca de 60% do meu tempo em aula resolvendo conflitos paradidáticos, por exemplo falando de valores (sociais) ou da importância de preservar o bem público", lamenta, em entrevista à BBC Brasil, Jorge Jacoh Ferreira, 35 anos, professor da rede municipal do Rio no subúrbio carente de Santa Cruz.
O Ministério da Educação diz que o tema preocupa. "O MEC vem discutindo propostas e possibilidades acerca da formação de professores para atender a esses desafios", diz o órgão em nota.
Avanços:
1-Tecnologia a serviço da sala de aula
A tecnologia já ajuda gestores e professores a preparar aulas e acompanhar seus resultados.
O Google, por exemplo, disponibiliza ferramentas gratuitas para escolas públicas que permitem criar salas de aula na nuvem, distribuir tarefas, organizar avaliações e medir o desenvolvimento da turma.
Softwares de Inteligência Artificial já são parte da rotina de algumas escolas públicas e privadas brasileiras e, à medida que são usados pelos alunos, incorporam informações sobre eles para melhorar processos de aprendizagem.
"É um conjunto de ferramentas estatísticas que cria mais conhecimento quanto mais os alunos (a utilizarem)", disse à BBC Brasil em agosto Leonardo Carvalho, cofundador da empresa Geekie, que fornece o software. "Em uma sala com 50 alunos, o professor não consegue ver (a dúvida exata) de cada um. O programa faz isso de modo escalonado."
Por si só, a tecnologia não necessariamente impacta a educação de modo positivo. O importante, dizem especialistas, é que ela apoie (e não substitua) o docente.
"A tecnologia pode ocupar um espaço (de facilitar tarefas) e deixar o professor mais livre para a construção do pensamento crítico e analítico e das relações em sala de aula", diz Gardelli Franco, do Cenpec.
No Rio, Jorge Jacoh Ferreira diz que seus colegas já usam bancos de dados online para lançar notas, por exemplo. "A dificuldade é a infraestrutura: tem dias que a internet funciona; tem dias que não. Gostaria de usar o Google Earth nas minhas aulas, mas não consigo porque o 4G não funciona."
A infraestrutura é, de fato, um dos principais entraves ao uso da tecnologia. Segundo dados do Censo Educacional 2016 tabulados pelo QEdu, 68% das 183,3 mil escolas básicas do Brasil têm internet. A banda larga está disponível em apenas 56% delas.
2-Mais compartilhamento de boas práticas
Seja via grupos formados em suas próprias redes de ensino, seja por articulação própria nas redes sociais, os professores têm encontrado cada vez mais caminhos para compartilhar boas ideias para ajudar os colegas em sala de aula.
"O professor, quando ganha conectividade, está sempre em busca de novas referências e modelos", diz Gardelli Franco. "Os espaços virtuais favorecem muito isso. Os próprios professores constroem redes dentro de seus grupos, obtendo mais referências (para usar em sala de aula)."
"Já usei a ideia de um colega de São Gonçalo (RJ) que conheci vias redes sociais e que está dando bons resultados em sala de aula: um jogo de cartas que ajuda em interpretação de texto e pensamento estratégico", conta o professor Jorge Ferreira.
"Mas acho que isso ainda é algo feito totalmente por iniciativa dos próprios professores, que têm brigado muito para se articular por conta própria."
3-Mais possibilidades de formação
Especialistas e professores veem mais opções de cursos de pós-graduação e mestrados, bem como plataformas online gratuitas como Khan Academy e Coursera, que ampliam o leque de possibilidades de formação à distância.
No âmbito do Ministério da Educação há a Universidade Aberta do Brasil, sistema de universidades públicas que dá prioridade a professores na oferta de cursos de nível superior à distância.
Para o professor Jorge Ferreira, porém, é preciso que as redes de ensino valorizem a formação.
"Na minha rede, eu ganharia bônus de 7% com mestrado. Vou investir dois anos de estudo por um bônus medíocre?", questiona.
Segundo Olavo Nogueira, do Todos Pela Educação, "vemos que o mais eficiente são os programas de formação continuada, articulados, em que professores consigam observar uns aos outros em atuação. Há muitos cursos que, apesar do investimento alto, trazem pouca melhoria na prática."
Para concluir, Nogueira diz que o professor não vai resolver sozinho os problemas da educação - mas agrega que, sem eles, é bem possível que nenhum problema seja resolvido.
"Não tem atalho. Avançaremos pouco com a mudança da base curricular ou com a reforma do ensino médio, por exemplo, se não lidarmos com as questões (enfrentadas) pelos professores." Fonte: https://www.msn.com/pt-br
Horário de verão começa em 10 estados e no DF; adiante seu relógio em 1 hora
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Horário de verão vai até 18 de fevereiro de 2018.
O horário de verão de 2017 começou à 0h deste domingo. Moradores de 10 estados e do Distrito Federal devem adiantar o relógio em uma hora.
O ajuste vale para as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal) e vigora até 18 de fevereiro do ano que vem.
Com isso, o horário no leste do Amazonas e nos estados de Roraima e Rondônia fica duas horas atrasado em relação à Brasília, enquanto oeste do Amazonas e Acre ficam três horas atrás.
Economia de energia
O horário de verão foi instituído com o objetivo economizar energia no país em função do maior aproveitamento do período de luz solar.
A medida foi utilizada pela primeira vez em 1931 e depois em outros anos, sem regularidade. Em 2008, ganhou caráter permanente e passou a vigorar do terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.
Fim do horário?
O governo federal chegou a avaliar o fim do horário de verão neste ano, depois que um estudo do Ministério de Minas e Energia indicou que o programa vem perdendo efetividade.
A análise mostrou que a intensidade de consumo de energia elétrica estava mais ligada à temperatura do que ao horário, com picos nas horas mais quentes do dia.
Porém, o Brasil enfrenta um período de estiagem, com hidrelétricas com níveis de água reduzidos, o que vem obrigando o governo a ligar as termelétricas (de operação mais cara) e até mesmo a importar energia de outros países.
Nesse cenário, qualquer economia de eletricidade é bem-vinda. Por isso, o governo decidiu manter o horário de verão em 2017. Para 2018, o assunto ainda será analisado. Fonte: https://g1.globo.com
VIOLÊNCIA NO RIO: Ativista é morto a tiros em bar em Seropédica
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Segundo testemunhas, dois homens em uma motocicleta passaram pelo estabelecimento e um deles teria efetuado os disparos
Rio - David Camilo de Oliveira, de 56 anos, foi morto a tiros, na madrugada desta sexta-feira, em Seropédica, na Baixada Fluminense. Segundo testemunhas, ele estava no bar Tic Tita, na Rua Isidro Borges, quando bandidos em uma moto chegaram e o homem que estava na garupa atirou três vezes contra a vítima.
David não resistiu e morreu no local. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o caso e procura por imagens de câmeras de segurança próximas ao local para auxiliar nas investigações e tentar identificar os autores do crime.
Camilo é conhecido por ser ativista político e denunciou práticas de nepotismo na prefeitura de Seropédica. O caso foi divulgado em uma série de reportagens pelo SBT Rio neste ano.
Segundos amigos e familiares, ele era constantemente ameaçado de morte por conta das denúncias que fez. Procurada pelo DIA, a prefeitura de Seropédica ainda não se pronunciou sobre os supostos casos de nepotismo na administração municipal.
David foi enterrado às 16h desta sexta-feira, no Cemitério Santa Sofia, em Seropédica. Fonte: http://odia.ig.com.br
NOVENA 300 ANOS: Almoço
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NOVENA 300 ANOS: Lanche Comunitário.
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Sete em cada 10 moradores deixariam o Rio por causa da violência, diz Datafolha
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De acordo com o levantamento, a vontade de sair do Rio é majoritária em todas as regiões e faixas socioeconômicas
Rio - Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado pelo jornal Folha de S. Paulo mostra que 72% dos moradores do Rio iriam embora da cidade por causa da violência. Ao todo, foram ouvidas 812 pessoas e a margem de erro é de quatro pontos percentuais. De acordo com o levantamento, a vontade de sair do Rio é majoritária em todas as regiões e faixas socioeconômicas. A pesquisa foi feita na terça (3) e quarta (4).
Para 74%, o desempenho do governo Luiz Fernando Pezão na área de segurança tem sido ruim ou péssimo; 21% consideram regular e 5%, ótimo ou bom. Já 62% acreditam que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) melhoraram a segurança da cidade.
A mesma pesquisa mostrou que apenas 3% dos moradores do Rio avaliam o governo Pezão como ótimo/bom. Já 16% acham regular, enquanto 81% acreditam que o governo seja ruim/péssimo. Fonte: www.odia.ig.com.br
9 MORTES ATÉ O MOMENTO EM JANAÚBA: Morrem mais duas crianças vítimas de incêndio em creche de Janaúba, em Minas
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Duas crianças vítimas da tragédia em creche de Janaúba, em Minas Gerais, morreram na tarde desta sexta-feira (6). As vítimas fatais chegam a nove pessoas. As duas crianças estavam em estado grave e haviam sido transferidas para Montes Claros. Cecília Davina Gonçalves Dias e Yasmim Medeiros Sabino tinham 4 anos.
Outras 41 pessoas ficaram feridas. Os 13 pacientes mais graves foram todos encaminhados para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, referência em queimaduras no estado.
Tanto Cecília quanto Yasmin estavam internadas na Santa Casa Montes Claros. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, outras 11 vítimas seguem internadas no local, sendo nove crianças, todas em estado grave.
Na manhã de quinta-feira (5), o vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, entrou na escola na qual trabalhava e ateou fogo em crianças e em si mesmo. O vigia foi uma das vítimas fatais, além dele, a professora Helley Abreu Batista, de 43 anos, que tentou impedi-lo fisicamente e ajudou no resgate de crianças.
A tragédia ocorreu na creche Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente. Trata-se de uma escola pública, que recebe crianças até seis anos e fica no bairro Rio Novo.
Em nota, divulgada nesta sexta (6), a Prefeitura Municipal de Janaúba pede o apoio da população com doações para as crianças e as famílias. Roupas e água estão na lista dos pedidos.
As doações podem ser entregues na própria prefeitura. O órgão também recebe doações por transferência bancária. De acordo com a prefeitura os R$ 177 mil já arrecadados serão usados não apenas imediatamente, mas nos próximos anos durante o tratamento e acompanhamento das crianças e famílias. Fonte: www.metrojornal.com.br
OLHAR DO DIA: Quinta-feira, 5.
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OLHAR DO DIA: Tivemos a alegria de receber nesta quinta-feira, 5- com um gostoso almoço na família Miranda- os padres; Edvaldo Braz, Pároco de Lagoa da Canoa-AL e Padre Cícero, Pároco de Campo Grande- AL (No centro, minha mãe, Jacira Farias de Miranda).
ALMOÇO NA FAMÍLIA MIRANDA
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Vigia que colocou fogo em crianças em creche de Janaúba foi entregar atestado médico
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Damião Soares dos Santos (Foto), de 50 anos, também ateou fogo no próprio corpo e morreu no hospital.
Até o momento, quatro crianças e uma professora morreram
Homem estava de férias e chegou na creche com uma bolsa. Ao conseguir entrar na creche, ateou fogo no próprio corpo e abraçou crianças que lá estavam
O vigia que provocou a tragédia em Janaúba, na Região Norte de Minas Gerais, trabalha na prefeitura da cidade desde 2008 e não tinha nenhum registro de ocorrência em seu currículo. A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira pelo prefeito da cidade, Carlos Isaildon Mendes (PSDB). Segundo o administrador municipal, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, estava de férias e foi ao local para entregar um atestado médico. Porém, por causas ainda desconhecidas, cometeu o crime que terminou na morte de cinco pessoas, sendo quatro crianças e uma professora, e provocou ferimento em outras 21 pessoas.
De acordo com Mendes, o vigia era um funcionário efetivo. “É uma situação muito complicada. Era um funcionário efetivo que estava de férias. Tinha acabado de retornar e foi até a Cemei Gente Inocente. Ele bateu no portão dizendo que iria entregar o atestado médico, pois alegava que não estava passando bem. Era um funcionário desde 2008 e nunca teve registro de ocorrência que a gente pudesse imaginar algo desta natureza”, lamentou o prefeito.
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Janaúba, Damião chegou à creche com uma mochila rosa nas costas. Ao tocar a campainha, funcionários teriam achado estranho a presença do vigia fora do horário de trabalho, mas ele teria dito que iria entregar um atestado médico à direção da unidade.
Ainda segundo a assessoria, Damião levava na bolsa um líquido inflamável, possivelmente álcool ou gasolina, que usou para atear fogo no próprio corpo. Funcionários informaram ainda que ele abraçou crianças que também começaram a ter os corpos incendiados. A sala onde os alunos estavam tem grades na janela e teto de PVC, uma espécie de material plástico, também inflamável.
Em virtude da gravidade do caso, foi montado um Sistema de Comando em Operações (SCO) no local, estrutura adotada para controlar os trabalhos de resposta a situações críticas. O coronel que comanda a 11ª Região de Polícia Militar acionou o comando-geral da PM pedindo apoio de aeronaves. Vítimas graves serão transferidas para hospitais da região e também para Belo Horizonte.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso. Agentes realizam os exames de necropsia nos corpos das crianças mortas. Equipes das investigações já estão na casa do suspeito para levantar informações e elucidar as causas do crime. O helicóptero da corporação também está à disposição do transporte de feridos. Fonte: https://www.em.com.br
Segurança ateia fogo em creche de Janaúba e mata 4 crianças
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Damião Soares dos Santos (Foto), de 50 anos, também ateou fogo no próprio corpo e morreu no hospital. Cerca de 40 pessoas foram socorridas – 25 delas seguem internadas.
Quatro crianças morreram queimadas em uma creche em Janaúba, no Norte de Minas Gerais, na manhã desta quinta-feira (5). Segundo informações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o guarda do Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, no Bairro Rio Novo, jogou álcool em crianças e nele mesmo e, em seguida, ateou fogo. O agressor chegou a ser internado, mas morreu horas depois.
As vítimas não tiveram as identidades divulgadas. Inicialmente, a Prefeitura de Janaúba havia informado que uma das professoras da creche morreu. A informação havia sido confirmada com a família dela. No entanto, o hospital disse que ela está viva e é uma das pessoas feridas internadas.
De acordo com a assessoria do Hospital Regional de Janaúba, cerca de 40 pessoas foram atendidas pela unidade – 25 delas foram internadas com queimaduras e 15, que estavam em estado de choque, já foram liberadas.
Entre os pacientes internados, 14 são crianças com idades entre 4 e 5 anos. Também há funcionários da creche entre os feridos. Todos eles tiveram mais de 20% do corpo queimado. Quinze pessoas respiram com a ajuda de aparelhos.
A Polícia Militar informou que uma aeronave da PM está no local para socorrer as vítimas. Ainda segundo a PM, um avião do governo do Estado foi de Belo Horizonte para Janaúba para transportar os feridos até o Hospital João XXIII, na capital mineira, que é referência em tratamento de queimaduras em Minas.
Vigia que ateou fogo em crianças em creche de MG estava afastado por licença médica
Autor do ataque
O agressor foi identificado como Damião Soares dos Santos, 50 anos. De acordo com a Prefeitura, Santos é funcionário efetivo desde 2008. Ele ficou de férias de julho a agosto e, ao retornar ao trabalho, no mês de setembro, alegou problema de saúde e foi afastado.
Ainda segundo a prefeitura, ele foi à creche na manhã desta quinta entregar o atestado médico e cometeu o crime. A prefeitura não informou qual era o problema de saúde alegado pelo funcionário. Ele foi levado para o hospital, com queimaduras no corpo inteiro, e morreu cerca de três horas depois. O motivo do ataque não foi esclarecido.
O que dizem as autoridades
A prefeitura de Janaúba decretou sete dias de luto oficial em solidariedade às famílias afetadas pela tragédia.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), vai a Janaúba acompanhar o socorro às vítimas e as investigações sobre a tragédia. O chefe do Executivo determinou a criação de um posto de comando emergencial na cidade.
O presidente Michel Temer também se manifestou a respeito da tragédia, por meio de suas redes sociais. "Eu que sou pai imagino que esta deve ser uma perda muitíssimo dolorosa. Esperamos que essas coisas não se repitam no Brasil", disse Temer em seu Twitter.
Falta de materiais hospitalares
O hospital de Janaúba, para onde os feridos foram levados, precisa de doações de materiais que são usados no tratamento de queimaduras.
De acordo com a diretoria do hospital, não há mais materiais disponíveis na cidade, e a equipe do local agora trabalha na triagem dos estoques que restaram e das doações que estão chegando no estabelecimento.
A cidade de Janaúba tem quase 67 mil habitantes, segundo o último Censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010. Fonte: https://g1.globo.com
Documentário Exodus traz às telas tragédia dos refugiados
- Detalhes
É um tema que, por si só, dá conta do estado do mundo. A Convenção dos Refugiados de 1951 não determina teto nem número máximo para pessoas que se qualificam como refugiados.
Os países que a firmaram deveriam estar obrigados a fornecer ajuda, mas, com esse novo nacionalismo que se fortalece no mundo inteiro, o migrante, de maneira geral, e o refugiado, em particular, estão sendo vistos como inimigos. O cinema tem dado conta do assunto. No ano passado, tivemos o excepcional Fogo no Mar, de Granfranco Rosi.
Esta semana temos outro documentário. Exodus – De Onde Eu Vim Não Existe Mais, de Hank Levine. O diretor, nascido na Alemanha e radicado no Brasil, onde tem parceria com a O2, de Fernando Meirelles, segue a trajetória de seis pessoas que foram forçadas a deixar suas casas em diferentes países, e por diferentes motivos.
Na Mostra do ano passado, em sucessivos encontros com o público, Levine contou a gênese. Há quase dez anos, estava no Senegal fazendo um documentário sobre pessoas que usavam barcos clandestinos para tentar chegar à Espanha. Ouviu histórias terríveis. Descobriu as rotas para a Europa, a América do Sul.
Entre seus personagens estão uma garota síria que aprende a atirar no Brasil e tenta chegar ao Canadá. Um refugiado que também sai do Brasil e, via Cuba, tenta chegar à Alemanha. São histórias de dor, de desespero, mas também de resistência. Wagner Moura empresta sua voz como narrador. Num mundo competitivo, e cada vez menos solidário, Levine destaca o que está em jogo nessas histórias. São as grandes conquistas como democracia e liberdade, incluindo a liberdade de se mover livremente. Uma fala dele na Mostra – "O mundo tornou-se restritivo. Temos de reaprender a incluir". Fonte: www.metrojornal.com.br
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