Operação deixa oito mortos no conjunto de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio
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Crianças precisaram se esconder no corredor da Orquestra Maré do Amanhã por causa dos confrontos. Equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais contam com apoio de helicóptero na ação.
Oito pessoas morreram em uma operação da Polícia Civil no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (6). Em Imagens publicadas nas redes sociais, é possível ouvir o som de disparos enquanto o helicóptero da corporação sobrevoa a comunidade.
De acordo com o aplicativo Onde Tem Tiroteio, desde as 11h há intensos confrontos na localidade Vila do João. Segundo a polícia, duas pessoas foram presas, sete fuzis e uma granada apreendidos. Um dos objetivos da ação é prender o traficante Thomas Jayson Gomes Vieira, o 3N, que fugiu recentemente o Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
Crianças se protegem de tiros
Crianças da Orquestra Maré do Amanhã precisaram se esconder no corredor da unidade de educação e as aulas foram suspensas devido aos disparos.
De acordo com a polícia, equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) fazem uma operação no local para capturar foragidos.
De acordo com o último balanço trimestral da Segurança Pública do estado do Rio, a Polícia Militar matou 434 pessoas em confronto no primeiro trimestre deste ano. Os antigos "autos de resistência" - hoje chamados de mortes por intervenção policial - somaram 434 casos de janeiro a março, numa média de sete óbitos por dia.
As mais de 400 mortes representam o maior número registrado desde 1998. No ano passado, foram 368 mortes no mesmo período.
Entre os casos de mortes envolvendo a polícia que aconteceram no primeiro trimestre está o tiroteio que em fevereiro deixou 13 pessoas mortas nas comunidade do Fallet-Fogueteiro, em Santa Teresa, no Centro. Fonte: https://g1.globo.com
Serpente de três olhos é descoberta na Austrália
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Guardas florestais encontraram o réptil no fim de março em localidade no norte do país e o batizaram de 'Monty Python'
As autoridades da Austrália descobriram uma serpente de três olhos em uma estrada do norte do país, para a alegria dos internautas de um país acostumado a uma fauna selvagem muito diversa.
Os guardas florestais encontraram o réptil no fim de março na localidade de Humpty Doo e o batizaram de "Monty Python".
Os estudos revelaram que o animal enxerga pelos três olhos. A terceira órbita se desenvolveu provavelmente quando a serpente estava em estado embrionário, explicou a Comissão de Parques e Fauna do Território do Norte.
A malformação é algo frequente nos répteis, de acordo com a Comissão. A serpente, da espécie píton carpete, media 40 centímetros e tinha quase três meses de vida quando foi encontrada. Morreu após um mês de cativeiro.
"É notável que tenha conseguido sobreviver tanto tempo na natureza com esta malformação. Tinha problemas para alimentar-se antes de morrer na semana passada", declarou o guarda florestal Ray Chatto ao jornal Northern Territory News.
A serpente encontrou uma segunda vida na internet, quando a Comissão de Parques e Fauna Selvagem publicou suas fotos no Facebook.
Os internautas estabeleceram comparações com o corvo de três olhos da série Game of Thrones e iniciaram um jogo de palavras para comentar a descoberta. Fonte: https://www.em.com.br
Aterro do Flamengo: Correr.
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Filho mata o pai com tiro na cabeça após perder em jogo de truco
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Depois do crime, Geovani da Silva Magalhães fugiu para o interior de São Paulo, onde acabou se entregando
Um homem foi preso nesta sexta-feira (26/04/2019) acusado de matar o próprio pai com um tiro na cabeça após perder uma partida de truco, em Padre Bernardo (GO), na Região do Entorno do Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), Geovani da Silva Magalhães não teria gostado de uma brincadeira feita por Natal de Oliveira Magalhães, logo após perder no jogo de cartas.
O crime aconteceu na noite de quinta-feira (25/04/2019). O suspeito usou a arma da família para efetuar o disparo. Depois de matar o pai, Geovani fugiu para a cidade de Aramina, no interior de São Paulo.
No município paulista, o suspeito se apresentou em uma delegacia e foi preso. Um mandado de prisão temporária já havia sido expedido pela justiça goiana. Fonte: www.metropoles.com
Experiências com 'cura gay' revelam histórias de dor e sofrimento da comunidade LGBT+
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Decisão da ministra Carmen Lúcia, do STF, que derrubou o tratamento de reversão sexual por psicólogos, levanta o questionamento: como lidar com as consequências do preconceito dentro do núcleo familiar?
Victor Carvalho
O debate sobre o preconceito continua distante do núcleo familiar que ainda empurra os seus para encontros que prometem reverter a identidade dos LGBTs
RIO - "Eu tinha medo de ter câncer de útero ou câncer de mama, por ser uma consequência dessa vida de pecado, por ser lésbica", diz X.*, de 32 anos, sobre a época em que vivia o conflito entre sua fé e sua sexualidade. Ela preferiu não se identificar ao contar a experiência com a terapia de reversão sexual, mais conhecida como cura gay.
— Não quero expor meus pais, estamos em um momento delicado — justifica.
Esse é um dos dramas que LGBTs+ enfrentam quando se assumem para a família. Em muitos casos, a possibilidade de cura é considerada e procurada em consultórios e templos religiosos. A prática pela via psicológica foi liberada no ano passado, por decisão do juiz federal Waldemar Claudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal no Distrito Federal, mas foi cassada depois de uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal, publicada na quarta-feira, 24 de abril. A ministra Carmen Lúcia, responsável pelo caso, defendeu que é papel do STF julgar esse tipo de alteração.
A decisão foi recebida com festa por ativistas dos direitos dos LGBTs+ e pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), autor da ação que derrubou a liberação do tratamento no Brasil. Em nota, a instituição afirmou que "continuam válidas todas as disposições da Resolução CFP nº 01/99 (que determina que não cabe a profissionais da Psicologia o oferecimento de qualquer tipo de prática de reversão sexual), reafirmando que a Psicologia brasileira não será instrumento de promoção do sofrimento, do preconceito, da intolerância e da exclusão".
Por outro lado, o debate sobre o preconceito continua distante do núcleo familiar que ainda empurra os seus para encontros que prometem reverter a identidade dos LGBTs+. X. participou de uma tentativa de cura incentivada pelos pais, após eles descobrirem sua relação homoafetiva. Vivendo no Paraná, ela visitava sua cidade natal, no interior do Rio Grande do Sul, e precisou visitar toda semana a mulher do pastor da igreja que a família frequentava. Por três meses, ela perdeu o contato com amigos e com a namorada.
— A mulher do pastor me deu folhas em que estavam listadas coisas sobre o meu comportamento e os meus relacionamentos. Eu escrevia que estava me relacionando com uma mulher, dizia coisas íntimas e sexuais. Depois de preencher, eu lia em voz alta para renunciar a tudo, orava a Deus, pedindo para que tirasse aquilo de mim e repreendesse a ação do inimigo(demônios, segundo a crença da congregação) na minha vida — diz X., que não conseguia fugir das sessões. — Eu me sentia ridícula, suja, culpada e a pior pessoa do mundo. Se você não se emociona, parece que não está abrindo o coração para Deus. Era uma espécie de confissão, mas muito induzida. Eu saía de lá e me sentia miserável. Não estava com a pessoa que eu amava, não me reconhecia mais e não sabia o que fazer com a minha vida.
Depois de brigar com os pais, X. retomou a vida ao lado da namorada e ficou um ano sem visitá-los. Ao mesmo tempo em que convivia com o fato de ser lésbica, o conflito com a sua crença a impedia de viver uma vida saudável. Tinha insônias, crises de ansiedade e medos que a rondavam noite e dia.
— Eu não conseguia assumir para a minha família que estava com a minha namorada. Não conseguia admitir que a cura não funcionou — afirma ela, que retomou o contato com a família em uma festa de Natal.
Os laços familiares voltaram a se estreitar, mas sua sexualidade não era comentada. Certos de que a filha poderia se voltar para a religiosidade, os pais de X. a levaram a um ritual feito pela mesma igreja, mas agora na casa do pastor. Dez pessoas consideradas influentes e "mais próximas de Deus" se posicionavam em um círculo, com a pessoa considerada pecadora entre elas. Era o começo da segunda fase da terapia:
— Parecia um paredão, a gente ficava no meio sendo bombardeada. Você sentava naquela sala e era forçada a falar todos os seus pecados para limpar o coração. Era muito opressor. Você chora de vergonha, de raiva e de medo. Eles acessam um canal de dor. Lá você via mulheres e homens chorando. Adolescentes tinham que renunciar à masturbação, principalmente as meninas. Homens casados confessavam traições. A igreja toda ficava sabendo o que acontecia nesses encontros. Todo mundo queria saber quais eram os pecados que a pessoa cometeu — explica X.
Busca por uma 'salvação'
Encontros entre membros da igreja e a busca por uma "salvação" não é uma novidade para Sergio Viula, 49 anos, ex-pastor, professor e ativista, que não só frequentava os encontros como os articulava. Ele e outros pastores fundaram, no Rio, na década de 1990, o grupo Movimento pela Sexualidade Saudável, conhecido pela sigla Moses, que tinha como objetivo reunir LGBTs+, em sua maioria homens gays, que esperavam mudar de vida.
— Nós tínhamos estratégias muito interessantes para alcançar os homossexuais. Fazíamos panfletagem na Parada Gay, íamos para a porta da Le Boy (boate que fechou as portas em 2016), em Copacabana. Dávamos folhetos para as pessoas e conversávamos. Felizmente, muitos não davam bola, mas outros frequentaram o Moses — diz Sergio, que foi casado com uma mulher por 14 anos, com quem tem dois filhos. Ele deixou a vida de pastor e pediu o divórcio depois de uma série de situações vividas no Moses. Mais tarde, vieram as reflexões sobre sua sexualidade e a saúde mental das pessoas que participavam dos encontros.
— Preciso deixar isso bem claro: nesses meus 14 anos de casado, 18 anos na igreja, nunca vi um homossexual, uma lésbica ou um trans ser curado. Um dos homens do Moses, casado com uma mulher, morreu e havia três "viúvas" no enterro: a esposa dele e dois homens com quem ele ficou — relembra Sergio, que viu de perto e sentiu na pele o desgate emocional de quem reprime os seus desejos.
— Eu via muita gente deprimida e pensava: "De que maneira o Moses colaborou para diminuir esse sofrimento?" Em nada! Por mais que demonstrasse compaixão e amor, é sempre um amor condicional. Você é bem-vindo, mas tem que deixar de ser você mesmo. Isso não é amor, não vale a pena pagar por isso. Nenhum centavo.
Psicólogos alertam para os danos na psique humana causados por essas terapias. Pedro Paulo Bicalho, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e conselheiro do Conselho Federal de Psicologia (CFP), relembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças, em 1990. O CFP tem uma resolução inspirada nessa decisão, que afirma que "psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades."
Pais não lidam bem com sexualidade dos filhos
Apesar da atuação do CFP, as terapias de cura gay não são muito denunciadas porque a maioria dos casos acontecem fora dos consultórios. O papel da família na busca pela aceitação de um LGBT+ é considerado vital para a saúde mental dos integrantes dessa comunidade, mas o cenário ainda é outro: pais não conseguem lidar com a sexualidade dos filhos.
— Quando uma família acredita na possiblidade de reverter quem a pessoa é, talvez, o melhor caminho não seja explicar que essas terapias são perigosas, mas dar um passo atrás. Explicar que ser gay é normal, que ser trans é normal — afirma Ana Andrade, militante na ong All Out, que promove campanhas a favor da causa LGBT+ ao redor do mundo.
Outras organizações não governamentais também atuam para favorecer o processo de autoaceitação. Uma delas é a Mães pela Diversidade, que mira em pais e mães de LGBTs+.
— Cada um tem o seu tempo e suas crenças. E também há a questão do que os outros vão dizer. Não são apenas os pais e mães que precisam aceitar. Os tios, os avós, o que eles vão pensar? — diz Denise Kolblinger, psicóloga clínica e mãe de três filhos (uma hétero, um gay e uma lésbica), que organiza grupos de apoio para mães de filhos LGBT+.
A análise foi utilizada de forma saudável por X. Após se envolver na militância feminista e LGBT+, ela começou a reconsiderar a sua relação com a sua fé, sua sexualidade e seus relacionamentos.
— Comecei a análise porque precisava de alguém que não fosse da igreja nem parente para tratar meus traumas e culpas. Eu consegui entender que posso ter a minha crença, mas não do jeito que a colocaram para mim. Em paralelo, eu achei referências de pessoas que também passaram por isso e que me fizeram ver que não sou um caso isolado.
Já em relação aos seus pais, X., aos 32 anos, voltou a trazer o assunto a tona:
— A gente voltou a falar sobre isso esse ano. Eu cheguei para eles e assumi: "Não vou mais carregar esse peso, não vou mais viver em negação, porque vocês não conseguem lidar com uma coisa que não diz respeito a vocês.
Sérgio Viula só se assumiu para os pais quando já era adulto. Ficaram quatro anos afastados, mas, hoje, eles aceitam a sua sexualidade. Sérgio reforça que os LGBTs precisam fazer uma rede de contatos para evitar o desamparo:
— No meu tempo, eu não conhecia ninguém gay na minha vizinhança que fosse realmente assumido. Só existiam dois homens bem mais velhos, e eu era orientado a não chegar perto deles.
Sobre a cura gay e o debate dos últimos anos, Sergio retorna ao momento em que começou a olhar o seu trabalho pastoral, de influenciador de reversões sexuais, sob uma outra ótica:
— É a mesma coisa que você inventar um problema para vender uma solução. A pessoa que acredita que tem um problema continua sem a solução porque nenhum dos dois existe. Aqui está a questão: não há nada de errado com a homossexualidade, e qualquer tentativa de mudar isso faz mal às pessoas. Fonte: https://oglobo.globo.com
*Nome modificado para preservar a identidade da entrevistada
CÁRMEN LÚCIA CASSA LIMINAR QUE LIBERAVA 'CURA GAY'
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CÁRMEN LÚCIA CASSA LIMINAR QUE LIBERAVA 'CURA GAY'
Resolução do Conselho Federal de Psicologia voltar a valer integralmente
Cármen Lúcia cassou uma liminar de primeira instância que liberava a "cura gay" em todo o país.
Com a decisão, volta a valer a resolução do Conselho Federal de Psicologia, em sua íntegra, que é contra o bizarro tratamento de reversão sexual.
"A psicologia e a ciência não admitem que as usem a serviço da discriminação. Há décadas que a homossexualidade não é considerada nem doença nem desvio pela Organização Mundial da Saúde. Não precisa de orientação nem de cura", afirmou Rogério Giannini, presidente do Conselho Federal de Psicologia. A decisão suspensa por Cármen Lúcia era do juiz federal Waldemar Claudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal no Distrito Federal.
A comunidade LGBTQI, claro, está comemorando a notícia.
A discussão sobre a possibilidade de gays serem curados ou não é hoje um dos principais pontos de atrito entre conservadores e progressistas no país. Muitos evangélicos conservadores defendem esta medida. Fonte: https://epoca.globo.com
Em Ouro Preto-MG, policial pisoteia tapete em homenagem a Marielle
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As montagens com pó de serra colorido são uma tradição da Páscoa na histórica cidade mineira
Um vídeo no qual um policial da Guarda Civil de Ouro Preto aparece pisoteando um tapete de serragem em homenagem à vereadora Marielle Franco, vítima de um atentado no ano passado no Rio de Janeiro, causou indignação nas redes sociais neste domingo (21/04/19) de Páscoa.
Os tapetes são tradicionais na cidade histórica mineira nas comemorações da Páscoa. Neste ano, um deles homenageava a vereadora e o seu motorista, Anderson Gomes, também morto no atentado.
Todo ano, os tapetes são confeccionados de madrugada e colorem as ruas no encerramento da Semana Santa. Enquanto os policiais aparecem destruindo as imagens, pessoas questionam a atitude e gritam “Marielle Vive”.
Episódio parecido ocorreu no dia 3 de abril de 2018, quando um agente da Guarda Municipal também foi filmado desmanchando os tapetes com os pés. Na época, a Guarda Civil alegou que cumpria uma orientação da prefeitura e da paróquia para evitar manifestações políticas.
Homenagem
Enquanto isso, em Paris, a comissão de denominação de ruas da prefeitura de Paris determinou que um jardim da cidade receba o nome da vereadora, O local escolhido é uma praça suspensa no terraço de um hotel em construção junto à Gare de l’Est, uma das principais estações de trem da cidade.
Anne Hidalgo, prefeita da capital francesa, expressou à ONG RED Br – Rede Europeia pela Democracia no Brasil, entidade à frente da iniciativa – seu desejo de nomear um local da cidade em homenagem a Marielle em fevereiro deste ano.
Em 1º de abril, o Conselho de Paris votou a favor da proposta. Falta agora a ratificação pelo conselho do 10° distrito, bairro onde fica o futuro jardim, e depois pelo Conselho de Paris. A decisão final será tomada no dia 11 de junho.
A inauguração do Jardim Marielle Franco deve ocorrer em outubro, de acordo com a historiadora Juliette Dumont, que faz parte da RED.Br.
Marielle Franco, vereadora do PSOL, e o motorista do carro em que ela estava, Anderson Gomes, foram executados em 14 de março de 2018, no bairro da Lapa, centro do Rio de Janeiro. Desde então, a prefeita de Paris publica posts nas redes sociais em homenagem a Marielle e cobra a resolução do caso.
(Com informações da Agência Estado)
Fonte: www.metropoles.com
Violência na Linha Vermelha leva passageiros a pernoitarem em hotéis do Galeão
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Há ainda quem procure serviços de traslado com carros blindados para o trajeto que, partindo da Zona Sul ou da Barra, pode custar R$ 600
Flávia Junqueira
RIO — A violência criou uma “escala extra” para alguns cariocas que viajam e precisam chegar ao Aeroporto Internacional Tom Jobim/ Galeão, na Ilha, durante a noite ou madrugada, ou sair de lá nesse mesmo horário. Moradores da Região Metropolitana já são 15% dos hóspedes que pernoitam no hotel do Terminal 1. São pessoas que, buscando evitar a violência que aterroriza quem trafega pela Linha Vermelha , estão preferindo fazer esse deslocamento na tarde anterior ao voo a se arriscar pela cidade com dólares, passaportes e, principalmente, crianças, depois que o sol se põe. Há ainda quem procura serviços de traslado com carros blindados para o trajeto que, partindo da Zona Sul ou da Barra, leva de 30 a 40 minutos e custa a partir de R$ 600.
Números do aplicativo Fogo Cruzado apontam que não se trata de um medo infundado. Este ano, até o último dia 16, a Linha Vermelha registrou cinco tiroteios e chegou a ser fechada duas vezes em função de operações policiais. No mesmo período do ano passado, houve uma troca de tiros.
No último dia 11, após ver imagens de um tiroteio que bloqueou a via por cerca de 20 minutos na altura do Caju, a nutricionista Tatiana de Jesus, de 44 anos, moradora da Tijuca, não teve mais dúvidas. Reservou um quarto num hotel dentro do Terminal 1, onde passou com a família a noite anterior ao voo para Orlando, que saiu do Rio às 7h da última quarta-feira. Pagou R$ 565 pelo quarto quádruplo, onde dormiu com a irmã e o sobrinho Arthur, de 2 anos.
— Minha irmã, mãe do Arthur, tinha feito a sugestão porque teríamos que chegar ao aeroporto às 4h, três horas antes do embarque. Quando vimos as cenas do tiroteio na Linha Vermelha, todos concordamos com ela. Tivemos um custo a mais, mas achamos que valia a pena para evitar o risco de passar pela via deserta com uma criança — disse Tatiana.
A mesma iniciativa tiveram o empresário Hélio Gonçalves, de 65 anos, e sua mulher, Maria Conceição Silva, de 54, moradores da Barra, que também fariam check in às 4h.
— Em função da violência nas linhas Vermelha e Amarela, as pessoas que vão embarcar bem cedo estão sendo obrigadas a se deslocar para o aeroporto antes do anoitecer para evitar assaltos — disse Hélio.
As duas famílias não estão sozinhas nessa busca por meios de driblar a insegurança.
— Do meio do ano passado para cá, aumentou bastante o número de moradores do Rio, principalmente da Barra, do Recreio e de Niterói, que estão pernoitando no nosso hotel para evitar a Linha Vermelha e outras vias perigosas, como a Amarela, de madrugada. Infelizmente, chegamos a esse ponto — diz Tamara Harb, executiva de vendas de um hotel dentro do Terminal 1, onde o pernoite para casal custa R$ 377, com café da manhã e transporte para o Terminal 2.
Outra opção a 500 metros do aeroporto é um hotel que recebeu, no primeiro trimestre deste ano, 6,2% de cariocas. O pernoite para casal custa a partir de R$ 339, com café da manhã e serviço de van gratuito 24 horas para levar os passageiros até o aeroporto.
A demanda vem crescendo ao ponto de uma sala VIP, com suítes e banheiros, no edifício-garagem do Terminal 2 ter estendido seu horário de funcionamento, desde junho do ano passado, para 24 horas. Aumentou seu público em 118% entre fevereiro de 2018 e o mesmo mês deste ano. O valor por pessoa para usar o serviço é de R$ 130 e inclui o uso de chuveiro e bufê de sanduíches, petiscos e bebidas.
— Nosso horário de pico é o final da tarde, com passageiros aguardando a abertura do check in de madrugada, e pela manhã, com pessoas que chegam em voos muito cedo e aguardam clarear para sair. Temos recebido muitas famílias com crianças — diz Marcia Peixoto, gerente de vendas e marketing da empresa que oferece o serviço.
Mercado se adapta
E é de olho nesse público que o mercado já está se adequando. No lounge do edifício-garagem, único fora da área de embarque, uma das salas de reuniões será transformada em Espaço Kids.
Para atender melhor as famílias, Elson Freire, sócio de uma empresa de transporte executivo, acaba de somar à frota blindada de cinco sedans uma van para grupos.
— Desde outubro, aumenta o número de moradores do Rio usando traslado blindado, pessoas que conhecem a cidade e se dispõem a pagar a partir de R$ 600. São em média quatro serviços por mês, principalmente de famílias da Barra — diz Elson.
Apesar de seus carros terem blindagem 3A, a mais resistente permitida para civis, Elson adverte que nunca há 100% de segurança:
— O blindado dá uma sensação de segurança. E é isso que falta hoje ao carioca. Fonte: https://oglobo.globo.com
Dez mortos: corpo de mulher é achado em escombros de prédios de Muzema
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Corpo de Bombeiros trabalha com o número de pelo menos 14 desaparecidos após construções desabarem na comunidade do Rio
No fim da noite de domingo (14/04/19), os bombeiros encontraram o corpo de uma mulher sob os escombros dos dois prédios que desabaram na Muzema, no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro na última sexta-feira (12). A vítima ainda não foi identificada.
Os trabalhos de busca entraram no quarto dia na manhã desta segunda-feira (15) e é feito com a ajuda de cães farejadores e informações dadas pelos moradores da área. Dez pessoas morreram, e os bombeiros trabalham com o número de pelo menos 14 desaparecidos.
Segundo a prefeitura da capital fluminense, os prédios que desabaram “eram construções não autorizadas pelos órgãos municipais”. Em nota, o governo informou que os edifícios estavam interditados desde novembro de 2018.
A região das construções, que inclui outros edifícios, é uma Área de Proteção Ambiental (APA) que só permite que casas sejam erguidas. “Na Muzema, as construções não obedecem os parâmetros de edificações estabelecidos, como afastamento frontal, gabarito, ocupação, número de unidades e de vagas”, destaca a nota.
O Rio de Janeiro se encontra em estado de calamidade e tem enfrentado chuvas fortes nos últimos dias. Na segunda-feira (18), um temporal deixou 10 pessoas mortas e bairros submersos. Em 24 horas, a chuva chegou a 323 milímetros, de acordo com dados do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Fonte: www.metropoles.com
Pastor é a primeira vítima do desabamento de prédios na Muzema a ser enterrado
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Claudio José de Oliveira Rodrigues foi sepultado na tarde deste domingo
Evelin Azevedo
RIO - Eram quase 17h quando o corpo do pastor Claudio José de Oliveira Rodrigues, de 40 anos, foi sepultado no Cemitério do Pechincha, na Zona Oeste do Rio. O homem é uma das nove vítimas do desabamento dos dois prédios na Muzema. A esposa, Adilma Rodrigues, está internada no hospital Lourenço Jorge, na Barra, em estado grave, e não sabe da morte do marido. A filha do casal, a pequena Clara de 10 anos, teve ferimentos leves e esteve no enterro, consolando seus parentes.
O cortejo e o sepultamento foi conduzido por músicas evangélicas. O sobrinho de Cláudio, Bruno Rodrigues, passou a noite de segunda-feira na casa do tio. Na terça, ao ver a destruição causada pela chuva que assolou o bairro, decidiu ir para casa.
— Ele morava no apartamento há uma semana. Deu o carro de entrada e pagaria o resto parcelado. Não sei quanto ficou no total.
O velório tinha mais de cem pessoas, todos muito comovidos com a morte do líder religioso. Fieis da igreja Assembleia de Deus Ministério Missões fizeram uma camisa em homenagem a Cláudio, com um versículo bíblico nas costas.
Sobre o caixão de Cláudio havia uma camisa do Muzema Futebol Clube, time que o pastor jogava nos fins de semana. De acordo com Bruno, a vítima é ex-jogador de futebol, tendo passado por times da Europa. Enquanto jogava bola, fazia também um trabalho missionário.
— Ele era pastor há 15 anos. Fazia parte dos “Atletas de Cristo”. Ele voltou para o Brasil quando a esposa ficou grávida — relembra.
O irmão de Cláudio, o comerciante José Carlos Rodrigues, de 49 anos, mora em São Paulo e veio ao Rio para o sepultamento do irmão mais novo.
— A última vez que falei com ele foi na quinta-feira às noite, ele estava organizando a limpeza da região onde morava, que ficou muito destruída após a chuva. Ele foi dormir às 4h da manhã — diz José Carlos.
Enquanto conversavam por aplicativo de mensagens, os irmãos faziam planos para o futuro.
— Disse para ele que tinha vontade de abrir um restaurante no nordeste. O Cláudio queria que fosse aqui no Rio, falou que os amigos jogadores de futebol poderiam ajudar na divulgação. Mas ele disse que se eu fosse abrir no nordeste, ele iria comigo. Só que aconteceu essa tragédia — contou José Carlos. Fonte: https://oglobo.globo.com
MÍDIAS SOCIAIS: Whindersson Nunes pede ajuda: “não sinto tanta vontade de viver”
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O youtuber tem mais de 35 milhões de seguidores
Através do Twitter o youtuber Whindersson Nunes pediu ajuda ao revelar que tem se sentido muito triste e angustiado e que até mesmo teria perdido a vontade de viver.
Dono do maior canal do Youtube no Brasil, com 35 milhões de seguidores, o humorista declarou que só tem conseguido ser feliz no palco e que entende que precisa de ajuda médica.
Mesmo com fama e muito dinheiro, ele entende essas coisas não são suficientes e não o fazem ter vontade de continuar vivo.
“Sinto uma angústia todos os dias, todos os dias, algumas risadas, algumas brincadeiras, e depois lá estou eu de novo com esse sentimento ruim. Me sinto mal por não poder me ajudar, mesmo eu às vezes ajudando alguém, procuro ajuda nos amigos, na família. Mas eu me sinto tão triste, tão triste”, escreveu.
Na sequência de tuítes ele revela: “Por favor, me perdoe por falar isso, por favor, eu amo vocês demais, demais mesmo, f**** o dinheiro, os números, mas eu não sinto tanta vontade de viver, me desculpe, eu precisava falar para alguém a não ser a minha esposa que é incrível”.
Whindersson deixa claro que nunca tentou tirar a própria vida, mas está muito incomodado com as pessoas em sua volta que só pensam em tirar proveito do seu sucesso. Fonte: www.gospelprime.com.br
O silêncio de Jesus no centro da história
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O momento mais significativo do silêncio de Jesus é a Paixão. Aqui o silêncio é muito mais denso do que as palavras. Na Paixão, Jesus fala poucas vezes, nunca para se defender, mas apenas para explicar a sua identidade. O silêncio é uma palavra importante para explicar quem ele é.
A reflexão é do biblista e sacerdote italiano Bruno Maggioni , professor da Universidade Católica de Milão. O artigo foi publicado no jornal italiano Avvenire, 10-03-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Quando se menciona o silêncio de Jesus, imediatamente o pensamento se volta para o silêncio da Paixão. E, na verdade, é ali que o silêncio atingiu o ponto mais alto de seu poder expressivo. Às vezes, o silêncio diz mais do que as palavras.
Mas os Evangelhos não falam apenas do silêncio da Paixão. Há também o silêncio do homem que permanece em silêncio diante de Jesus, ou porque a sua palavra o enche de admiração, ou porque a sua verdade o incomoda. E há o silêncio de Jesus diante de questões espúrias, ou inúteis, aqueles que fingem interrogá-lo. E há o silêncio que Jesus impõe a quem gostaria de falar com ele antes de ter um vislumbre da novidade, que é a Cruz.
Para a pergunta feita por Jesus na sinagoga de Cafarnaum (Mc 3, 1-6), se era melhor, no sábado, salvar a vida ou destruí-la, os fariseus, que estavam a observá-lo, não responderam: "Mas eles se calavam". Não é o silêncio de quem não sabe e está prestando atenção, mas é o silêncio de quem observa para acusar. É o silêncio do homem que, não tendo nenhuma razão para se opor a uma verdade que o incomoda, recorre à violência para silenciar o profeta que a pronuncia.
E, de fato, o episódio termina dizendo que "os fariseus saíram da sinagoga e, junto com os herodianos, faziam um plano para matar Jesus" (3, 6). Esse é um silêncio obstinado, imóvel, consciente, resultado de um coração endurecido, que não vai se deixar, por motivo algum, perturbar pela pergunta que o coloca em questão. Um silêncio irritante, um dos poucos casos em que os evangelistas escrevem a indignação de Jesus: "Jesus então olhou ao seu redor com indignação, entristecido com a dureza dos seus corações". Indignado e triste: a raiva e a compaixão. Por trás da obstinação que desperta indignação, Jesus descobre o vazio dessas pessoas e sente pena delas. Um homem que se fecha para a escuta se fecha para a vida.
Diante de perguntas insinceras, Jesus opõe o silêncio. Assim foi diante dos fariseus que lhe pediram um "sinal do alto": "E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem" (Mc 8, 13).
Após a purificação do templo (Mc 11, 27-33), fazem a Jesus uma pergunta importante ("Com que autoridade fazes tais coisas?"), mas insincera; e ele não responde. É inútil responder se não houver sinceridade na busca. Jesus não está disposto a ter um diálogo fingido.
Comovente e majestoso, em seguida, é o silêncio de Jesus diante de Herodes (Lc 23, 8-11), que lhe interroga "com muitas perguntas". Mas essas são perguntas curiosas, superficiais, porque não surgem do desejo da verdade, mas da esperança de ver algum prodígio. E Jesus não responde.
Mais do que os outros evangelhos, o de Marcos recorda várias vezes que Jesusimpunha o silêncio àqueles que queriam divulgar a sua messianidade. Não permitia que os demônios falassem dele "porque o conheciam" (Mc 1, 25.34). Ordena ao leproso a não contar a ninguém (1, 44). Recomenda vivamente que ninguém fique sabendo da ressurreição da filha de Jairo (5, 43). Também dá aos discípulos ordens estritas para não contar a ninguém sobre a sua messianidade (8, 30).
Mas, depois, diante do sumo sacerdote e do Sinédrio, será Ele mesmo que vai proclamá-la abertamente (14, 61). O fato é que as circunstâncias mudaram: antes, a sua messianidade corria o risco de ser mal interpretada; durante a Paixão, não mais. O Messias já não corre o risco de ser separado da Cruz. Pelo contrário, é claro para todos que a sua messianidade deve ser lida precisamente a partir da Cruz, seja para reconhecê-la (15, 39), seja para rejeitá-la (15, 29-32). Não basta a coragem do anúncio para fazer um verdadeiro discípulo. Também deve haver o espaço de silêncio necessário para compreender a novidade de Jesus. Caso contrário, fala-se d'Ele sem comunicar a novidade que surpreende, diante da qual a indiferença não tem lugar (como sempre, ao invés, diante do que é dado como certo), mas apenas o sim e o não.
É surpreendente o silêncio de Jesus diante da morte de Lázaro (Jo 11). Jesus deixa cair no silêncio a demanda das irmãs: "Senhor, o teu amigo está doente" (11, 2). Jesus se cala diante de uma pergunta que nasce da angústia, de uma pergunta feita por uma pessoa amada. Esse comportamento pode parecer desconcertante. Na realidade, é o espelho do silêncio de Deus, um silêncio que o próprio Jesus encontra na sua oração no Getsêmanie na sua pergunta sobre a Cruz.
O relato do Getsêmani (Mc 14, 32-42) é, aparentemente, um diálogo. Jesus fala cinco vezes, sempre dirigindo-se para alguém: aos discípulos ou ao Pai. Mas ninguém lhe responde, quase como se fosse um monólogo. As cinco palavras de Jesus caem no vazio, até mesmo a sua oração ao Pai.
Mas queremos comentar esse texto com um poema do padre Davide Turoldo. Os seus últimos poemas foram reunidos em um livro intitulado Canti ultimi (Ed. Garzanti, Milão, 1991). Últimos porque são os últimos cantos da sua vida, mas últimos também porque falam da experiência última do homem, a mais profunda, a mais reveladora: o homem diante da morte, o homem na sua verdade nua. O Pe. Davide viveu a sua longa experiência de dor com o olhar fixo na Cruz de Jesus.
Na sua poesia, a experiência de Jesus e a sua própria se sobrepõem, iluminando-se reciprocamente. Entre os seus poemas mais belos está, talvez, esta releitura do Getsêmani: "Te invocava com nome muito terno:/ o rosto no chão / e pedras no chão banhadas / com gotas de sangue:/ as mãos seguravam punhados / de relva e de lama: / repetia a oração do mundo:/ "Pai, Abba, se possível"... / só um raminho de oliveira / balançava acima da sua cabeça / um silencioso vento...".
O motivo do silêncio de Deus é recorrente na poesia de Turoldo: ele o entrevê na paixão de Jesus e o encontra em si mesmo: "Mas nem um espinho Tu / tiraste da tua coroa... e nem uma mão / despregaste do lenho...". A experiência do silêncio de Deus não fala da fraqueza da fé, mas sim da profundidade e da humanidade da fé, e leva para o centro do homem e da história, lá onde Deus e o homem parecem se contradizer, onde Deus parece ausente ou distraído, onde a morte parece ter a última palavra sobre a vida e a mentira, sobre a verdade. Mas, se compreendido no mistério de Cristo, então o silêncio de Deus aparece na sua realidade, ou seja, como uma forma diferente de falar.
De fato, no Getsêmani, o Pai falou: não com o milagre que liberta da morte, mas com a coragem de enfrentar a morte, atravessando-a. Se, no início, Jesus está angustiado e petrificado, no fim, após de ter rezado, Ele voltou a ficar sereno e pronto: "Levantem-se! Vamos! Aquele que vai me trair já está perto" (Mc 14, 42).
O momento mais significativo do silêncio de Jesus é a paixão. Aqui o silêncio é realmente mais denso do que as palavras. Na paixão, Jesus fala poucas vezes, nunca para se defender, mas apenas para explicar a sua identidade. O silêncio é uma palavra importante para explicar quem Ele é.
Solicitado pelo sumo sacerdote para responder às muitas acusações, Jesus se cala (Mc 14, 60). É o silêncio de quem, também na humilhação, ainda conserva intacta a sua dignidade. É o silêncio de quem está lucidamente consciente da insinceridade dos juízes, que fingem um interrogatório, já tendo decidido,na realidade, a condenação: é inútil se defender. A verdade se cala diante da violência, não porque não tenha nada a dizer, mas porque já disse tudo e é inútil dizer de novo. Acima de tudo, é o silêncio do justo, que, diante das acusações, não se defende, porque colocou a sua confiança inteiramente no Senhor, que não abandona.
Esse silêncio de Jesus sugere diversas alusões ao Antigo Testamento. A mais conhecida é a de Isaías 53, 7: "Maltratado, aceitou a humilhação e não abriu a boca". Diante dos homens que o condenam por causa da sua justiça, o silêncio do servo do Senhor expressa dignidade; e diante de Deus expressa aceitação e confiança: "Estou em silêncio, não abro a boca, porque és Tu quem ages" (Sl 39, 10). Esse silêncio de Jesus foi retomado depois e interpretado em um hino da primeira comunidade cristã: "Ultrajado, não respondia com ultrajes; sofrendo, não ameaçava vingança, mas confiava naquele que julga com justiça" (1Pd 2, 23).
Nos relatos da paixão, ao lado dos personagens expressamente nomeados, está sempre presente - aparentemente na sombra, mas na realidade muito luminosa - a figura do Justo sofredor, que Jesus revive e engrandece. É uma figura sem tempo, presente em todos os momentos da história e em todos os lugares. Jesus é a sua gigantografia. É a figura do homem que anuncia a verdade e, justamente por isso, é atingido. Como já observado, uma característica importante dessa figura é o silêncio. Não expressa indiferença, mas dignidade. E é um silêncio que fala mais do que muitas palavras.
A cena dos ultrajes (Mc 14, 65) é de surpreendente densidade. Não há uma palavra a mais, nem um adjetivo, nem uma redundância, nem alguma aparência de retórica. Mas, justamente por isso, a figura de Jesus insultado e espancado é esculpida ao vivo, como em uma pedra. Em uma espécie de jogo de "cabra-cega", com o rosto coberto, golpeado, Jesus tem que adivinhar quem bate nele. Ele afirmou ser o Messias e profeta, que o demonstre!
Mas Jesus está em silêncio e não adivinha. E assim, de um lado, a pretensão de ser o Messias, que está sentado à direita de Deus e que vem sobre as nuvens do céu; por outro, o silêncio de um pobre homem que nem sequer (parece) sabe quem o fere. A evidência contra a pretensão, aqui está o contraste que tanto faz rir. Mas aqui também está a razão que faz crer. O silêncio de Jesus, de fato, pode ser lido de duas maneiras: como a prova da total improcedência da sua pretensão messiânica, ou como a revelação da surpreendente e fascinante novidade do seu ser Messias. Um Messias que está no jogo e adivinha quem o golpeia é uma absoluta obviedade. Ao invés, um Messias que está no jogo do seu jeito e não adivinha quem o fere, mas permanece em silêncio revela toda a sua diferença, uma diferença teológica, a diferença que existe entre o modo com que o homem imagina Deus e o modo como Deus realmente é.
No relato joanino do processo romano, também se menciona o silêncio de Jesus (19, 9). Ele respondeu à pergunta sobre a sua realeza, até mesmo demorando para deixar clara a diversidade. A novidade de Jesus não pode abrir mão da palavra que a explica. Mas também precisa do silêncio. Jesus permanece em silêncio nos dois momentos culminantes: quando a sua realeza é ridicularizada (19, 1-3) e quando ela é mostrada em público (19, 5). Justamente quando a sua realeza, ridicularizada e rejeitada, tinha maior necessidade de uma palavra ou de um sinal, Jesus não diz uma palavra nem faz um gesto.
Mas a anotação explícita do silêncio de Jesus, João reserva para a pergunta mais importante (19, 9): "De onde tu és?". Aqui não está mais em discussão simplesmente a sua realeza, mas sim o mistério mais profundo da sua origem. E sobre isso Jesus se cala. Não colabora, deixando Pilatos sozinho diante da pergunta que o perturba: ou porque é inútil dizer, uma vez que tudo já foi dito; ou porque a resposta deve ser buscada nos fatos que Pilatos vê e não nas palavras que ele poderia ouvir; ou porque é uma pergunta que só pode ser respondida por quem a faz. Diante do mistério que o interpela e o inquita, cada homem deve encontrar pessoalmente a resposta. É uma decisão pessoal que não pode ser delegada a ninguém, uma resposta que nem Deus pode dar no seu lugar.
Nos relatos de Marcos (15, 24-39) e Mateus (27, 32-50) em torno do Crucificado há muitos que falam: os transeuntes, os sacerdotes, os guardas, os dois ladrões. Todos falam de Jesus e contra Jesus, mas Ele se cala. Dirige uma pergunta para o seu Deus ("Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?") que cai no silêncio. Morreu com um grito sem palavras: "Mas Jesus deu um forte grito e expirou". E, no fundo, mais nítida do que nunca, a grande figura do Justo sofredor, evocada pelo Salmo 22.
O Pai falará, mas depois, com a ressurreição. A Cruz é o momento em que cabe ao Filho manifestar toda a sua confiança no Pai. Cabe ao crucificado manifestar até que ponto um Filho de Deus compartilha a experiência do silêncio que o homem encontra diante do seu Deus. Cabe ao Crucificado revelar até que ponto chega o amor de Deus. Toda essa surpreendente revelação está contida no silêncio de Jesus na Cruz. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Buscas por desaparecidos na Muzema entram no segundo dia, com 7 mortos e 10 feridos
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Ao menos 13 pessoas ainda eram consideradas desaparecidas; prédios vizinhos aos que desabaram foram interditados e evacuados.
As buscas por desaparecidos na tragédia da Muzema, comunidade na Zona Oeste do Rio, entram no segundo dia neste sábado (13). Ao menos 12 pessoas são consideradas desaparecidas no local onde dois prédios desmoronaram no início do dia anterior.
Pela manhã, uma equipe de mais 30 bombeiros chegou ao local para reforçar os trabalhos. Cães farejadores auxiliam nas buscas.
Com a localização e retirada de mais dois corpos - de um homem e de uma mulher - nesta madrugada, chegou a seis o número de pessoas mortas na tragédia. Dez pessoas ficaram feridas e uma delas, um garoto de 12 anos resgatado após cerca de 15 horas soterrado, morreu nesta manhã no hospital para onde foi socorrido.
No final da noite de sexta-feira (12), os bombeiros resgataram com vida o menino de 12 anos que estava sob os escombros. Segundo a corporação, o resgate de Hilton Guilherme Sodré de Souza foi por volta das 23 horas.
Com fratura em uma das pernas e ferimentos no rosto, mas consciente, o garoto deixou o local de ambulância e foi levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. Os pais dele, Hilton Berto Rodrigues Souza e Maria de Nazaré Sá Sodré, estão entre os desaparecidos.
Com a confirmação da morte do garoto, chegou a sete o número de mortos e nove feridos. Fonte: https://g1.globo.com
Ao menos duas pessoas morrem e duas ficam feridas em desabamento de prédios na Muzema, Zona Oeste do Rio
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Ao menos duas pessoas morrem e duas ficam feridas em desabamento de prédios na Muzema, Zona Oeste do Rio
Há 17 desaparecidos, e corpo de Bombeiros trabalham no resgate de mais vítimas em condomínio na comunidade, no Itanhangá
RIO - Ao menos duas pessoas morreram e duas ficaram feridas no desabamento de dois prédios de seis andares na manhã desta sexta-feira no Condomínio Figueira do Itanhangá, na favela da Muzema, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio. Equipes do quartel do Corpo do Bombeiros de Jacarepaguá estão no local, na Estrada de Jacarepaguá, 370, em busca de mais vítimas. Segundo a corporação, há 17 desaparecidos e a área de isolamento foi ampliada porque outros dois prédios correm risco de cair.
Moradores estão improvisando macas para ajudar a socorrer pessoas. De acordo com um morador, um homem, uma mulher e uma criança foram resgatados com vida. Segundo a prefeitura, as duas construções eram irregulares. A região é conhecida por ser comandada pela milícia.
Em entrevista ao Bom Dia Rio, uma moradora, identificada como Érica, afirmou que a mãe, Maria Silva de Abreu, estava em casa e pode estar embaixo dos escombros de um dos prédios.
- Aqui, constroem sem parar, é uma poeirada sem fim. Só pensam em construir e vender, não importa as condições - lamenta a moradora.
Um morador, de prenome Edvaldo, que morava no primeiro andar de um dos prédios há mais de um ano, disse que, quando ouviu o barulho do teto caindo, correu para a sala e conseguiu escapar.
- Tudo desabou em cima de mim. Os vizinhos tiraram uma parede da frente, consegui sair pela sala. No desespero, você não quer mais chegar perto do prédio, quero ficar bem longe disso aí - disse Edvaldo. Fonte: https://oglobo.globo.com
Você nunca vai agradar a todos. Aprenda a não ligar para isso
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A verdadeira liberdade pode residir em conseguir ser feliz sem precisar da aprovação alheia
UM DOS LIVROS mais populares dos últimos anos no Japão reúne as conversas entre um jovem insatisfeito e um filósofo que lhe ensina, entre outras questões, a arte de não agradar aos outros. É um tema sensível numa cultura tão complacente como a nipônica, mas este compêndio de conversações entrou também nas listas de mais vendidos dos Estados Unidos, e no Brasil foi publicado como A Coragem de Não Agradar (Sextante).
O mestre é Ichiro Kishimi, especialista em filosofia ocidental e tradutor de Alfred Adler, um dos três gigantes da psicologia junto com Freud e Jung. E é justamente o pensamento de Adler que articula o diálogo com o jovem Fumitake Koga sobre como se emancipar da opinião alheia sem se sentir marginalizado por causa disso.
O debate socrático que eles mantêm ao longo das mais de 260 páginas do livro parte dessa ideia central: todos os problemas têm a ver com as relações interpessoais. Nas palavras do próprio Adler, “se as pessoas querem se livrar dos seus problemas, a única coisa que pode fazer é viver sozinhas no universo”. Como isso é impossível, sofremos por alguma destas razões ao nos relacionarmos com os outros:
- Sentimos um complexo de inferioridade em relação a quem “conseguido mais” do que nós.
- Sentimo-nos injustamente tratados por pessoas que amamos ou ajudamos e que não nos correspondem como esperamos.
- Tentamos desesperadamente agradar os outros para obtermos sua aprovação.
Este último ponto se transformou em um vício generalizado. Podemos vê-lo claramente nas redes sociais, onde publicamos posts procurando a aprovação dos outros na forma de curtidas e comentários. Quando uma foto ou uma reflexão importante para nós obtém poucas reações, podemos chegar a nos sentir ignorados. Também nas relações analógicas, muitos problemas interpessoais têm a mesma origem: não recebemos do outro o que acreditamos merecer. O fato de não nos agradecerem suficientemente por alguma delicadeza que fizemos, por exemplo, pode desatar o ressentimento e esfriar uma amizade.
Sob este desejo de concessões há uma ânsia de reconhecimento. Se o outro me agradecer, se apreciar o meu trabalho, se corresponder ao meu favor com um ato amável, então me sentirei reconhecido. Se isso não acontecer, interpreto como se eu não tivesse feito nada, como se não existisse para o outro. Essa visão é um poderoso gerador de problemas, já que as relações nunca são totalmente simétricas. Há pessoas que desfrutam dando, e outras que transmitem a impressão, mesmo que incorreta, de que não querem receber nada. Isso provoca muitos mal-entendidos, somado ao fato de que cada indivíduo tem uma forma diferente de expressar seu amor e gratidão. Há pessoas que verbalizam de maneira imediata e direta o que sentem por nós, e outras que nos apreciam igualmente, mas têm menos facilidade para expressar amor, ou o fazem de forma diferida, quando encontram o momento e lugar adequados.
Todas as opções são corretas, sempre que nos liberemos da ânsia por encontra uma compensação imediata e equitativa, como em um comércio no qual será preciso receber imediatamente pela mercadoria entregue.
Conforme afirma o professor Ichiro Kishimi, “quando uma relação interpessoal se alicerça na recompensa, há uma sensação interna que diz: ‘Eu lhe dei isto, então você tem que me devolver aquilo’”, o que é uma fonte inesgotável de conflitos.
Porque, além das diferentes maneiras de expressar afeto, encontraremos pessoas que simplesmente não nos entendem ou inclusive não gostam de nós. Fazer um drama por causa disso transformará nosso dia a dia em um terreno fértil para os desgostos. A verdadeira liberdade inclui não nos importarmos com o fato de algumas pessoas não irem com a nossa cara, porque estatisticamente é impossível agradar a todos. Deixar de nos preocupar com o que os outros acham de nós, especialmente os que não nos entendem, é o caminho para a serenidade.
“Quando desejamos tão intensamente que nos reconheçam, vivemos para satisfazer as expectativas dos outros”, afirma Ichiro Kishimi, e com isso já deixamos de ser livres. Não exigir contrapartidas e se permitir viver à sua maneira, dando-se inclusive o direito de não agradar, é algo que traz liberdade, paz mental e, afinal, melhores relações com demais.
Não leve para o pessoal
- Em Los Cuatro Acuerdos, célebre ensaio publicado em 1998 por Miguel Ruiz, a segunda lei diz: “Não leve nada para o lado pessoal”. O médico mexicano argumenta que para manter o equilíbrio emocional e mental não se pode dar importância ao que ocorre ao nosso redor, já que “quando você encara as coisas de forma pessoal, sente-se ofendido e reage defendendo suas crenças e criando conflitos. Faz uma montanha a partir de um grão de areia”.
- Deixar de lado a necessidade de ter razão. Parar de gastar energia em tentar convencer os outros, que têm suas próprias crenças, é profundamente libertador. Quem anda pelo mundo levando tudo para o lado pessoal vê inimigos por toda parte e nunca consegue ficar verdadeiramente tranquilo, já que sempre tem contas pendentes que circulam por sua mente, causando sofrimento.
- Segundo Miguel Ruiz, nada do que as outras pessoas fizerem ou disserem deveria nos fazer mal se assumimos o seguinte axioma: “Você nunca é responsável pelos atos de outros; só é responsável por si mesmo”.
Francesc Miralles é escritor e jornalista experiente em psicologia.
Fonte: https://brasil.elpais.com
CHUVA NO RIO: Avenida Brasil
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Chegando- OU TENTANDO CHEGAR- no Rio de Janeiro nesta terça-feria, 9 de abril-2019.
CHUVA NO RIO: Sobe para 10 vítimas
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O número acaba de subir para 10. Depois de um corpo ser resgatado no morro da Babilônia, na Zona Sul, a GloboNews confirmou com o Corpo de Bombeiros que um outro morador morreu afogado em Santa Cruz, na Zona Oeste.
Dois prédios sofreram com deslizamentos na rua Barão da Torre, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.
"Os piscinões são um sucesso. Foram dimensionados corretamente, acho que pro Jardim Botânico deveriam ter 40 milhões de litros. Precisamos fazer em outras áreas da cidade", finalizou o prefeito Marcelo Crivella em entrevista à TV Globo.
"A partir do momento que a chuva nos surpreendeu, fomos chegando para cá. Estamos trabalhando há mais de 12 horas. Nós deveríamos ter equipes onde tivéssemos a maior possibilidade de chance de problemas. Já tinha pensado no problema que tivemos na vez passada (na chuva em fevereiro) e infelizmente não implantamos. Na próxima vez, assim que for decretado o estado de atenção, vamos nos reunir e vamos decidir juntos", disse Crivella.
Quatro comportas na cidade do Rio, segundo o prefeito do Rio, foram abertas para escoar a água das chuvas. "O presidente da Rio Águas me garantiu que todas elas estavam abertas. Mas tivemos grande quantidade de chuva e um aumento de nível da Lagoa Rodrigo de Freitas".
Crivella afirmou ainda que 15 carros de sucção estão sendo utilizados para diminuir os impactos da chuva, e agradeceu à Cedae e à empresa responsável na Zona Oeste. "Uma parte deste lixo atrapalhou a drenagem", lembrou também sobre o lixo nas ruas.
Em entrevista à TV Globo, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella afirmou que a prefeitura não tem funcionários próprios para os setores responsáveis em caso de chuvas fortes como as de segunda-feira.
"Houve atraso em alguns pontos principais da cidade. Desde ontem, temos feito um trabalho hercúleo. Amanhã de manhã, tenho certeza que apenas a avenida Niemeyer estará fechada", afirmou Crivella. Fonte: https://g1.globo.com
Em MG, pai espanca filho de 3 anos que brincou com batom: “Na minha família não tem viado”
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O homem, que é separado da mãe, ficou revoltado ao ver o filho brincando com um batom e com o rosto sujo de maquiagem; vitima foi atendida no Hospital da Criança de Uberaba (MG) e o agressor, detido
Uma criança de apenas três anos foi espancada pelo próprio pai, na noite desta segunda-feira (8), na cidade de Uberaba (MG). A agressão teria motivação homofóbica.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, registrado pela mãe, o menino estava na casa do pai com a irmã de 13 anos e levou chineladas do homem nas costas. O motivo foi o fato da criança ter brincado com um batom e sujado o rosto de maquiagem. “Na minha família não tem viado”, teria afirmado o agressor.
A irmã da criança, então, contatou a mãe, que é separada do homem, e ela teria saído do trabalho para buscar os filhos e prestar queixa na polícia. Antes, ainda teria sido ameaçada pelo ex-companheiro.
Por conta das lesões, o menino teve que ser atendido no Hospital da Criança de Uberaba. Ele foi liberado e passa bem.
Já o pai da criança foi localizado em sua casa pela Polícia Militar e detido. Ele confessou o crime e disse que havia ingerido bebida alcoólica. Segundo a Polícia Civil, foi liberado após assinar um Termo Circunstânciado de Ocorrência (TCO) por maus-tratos e passará por uma audiência no juizado especial da cidade. Fonte: www.revistaforum.com.br
6 recursos que estão a caminho do WhatsApp
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Renato Santino
Conheça as funções que logo estarão disponíveis no seu celular
O WhatsApp está constantemente mudando. Se você utiliza apenas a versão convencional do aplicativo, as novidades podem chegar de forma mais espaçada, mas o público que se aventura com a versão beta sempre recebe uma atualização experimental para conferir antes do resto dos usuários.
Neste momento, o aplicativo está testando uma série de novos recursos que devem chegar a qualquer momento. Alguns deles já estão disponíveis para os usuários do beta; outros foram confirmados, mas ainda não estão acessíveis, enquanto outros são esperados há algum tempo.
Veja as novidades que estão a caminho:
Reprodução automática de áudio no Android
Usuários do iOS já têm desde o ano passado este recurso, e ele finalmente começou a chegar para usuários do Android. A função é extremamente útil para quem já se deparou com aquele “paredão” de áudio ao abrir o WhatsApp, com várias mensagens enviadas na sequência.
O WhatsApp agora vai entender quando muitas mensagens de áudio forem enviadas em um espaço de tempo curto e engatará a reprodução da próxima assim que a execução da primeira terminar.
A função já está disponível para usuários da versão beta do WhatsApp para Android e não deve demorar muito para chegar a todos os usuários.
Modo escuro
Um pedido antigo do público, que pode ser útil em vários aspectos. O modo escuro tem a vantagem mais óbvia de tornar o uso do aplicativo mais confortável quando você está em ambientes escuros, sem precisar levar um jato de luz na cara.
Além disso, para quem usa celulares com tela AMOLED, existe uma segunda vantagem. Como cada pixel é individualmente aceso para formar a imagem na tela, o modo escuro permite que os pontos pretos se mantenham totalmente apagados, o que ajuda a economizar energia. Se você usa muito o WhatsApp, o ganho de autonomia do celular pode ser considerável.
O recurso ainda está em desenvolvimento interno e não está acessível nem mesmo na versão beta, mas ele deve começar a chegar aos primeiros usuários em breve.
Dedo-duro de spam
Assim como sua empresa-mãe, o Facebook, o WhatsApp tem lidado com seus próprios problemas com boatos, com impacto bastante negativos na sociedade. Na Índia, onde a presença do aplicativo é muito forte, houve ondas de linchamentos resultantes de correntes falsas compartilhadas sem cuidado; no Brasil, também não precisamos ir muito longe para lembrar de como o app virou uma arma para difusão de mentiras durante as eleições.
Há algum tempo, o aplicativo começou a mostrar quando uma mensagem é encaminhada em vez de redigida pelo próprio remetente. Agora, o próximo passo é mostrar quando aquela mensagem foi encaminhada muitas vezes, o que poderá ser feito olhando os dados de uma publicação. Lá haverá a informação de quantas vezes aquela mensagem foi encaminhada, o que reforça seu caráter viral e, muito provavelmente, falso.
A função ainda não foi implementada, mas deve chegar primeiro à Índia, onde a questão dos boatos é fortíssima e onde haverá eleições dentro de pouco tempo.
Bloqueio por impressões digitais
A autenticação em duas etapas do WhatsApp é útil para impedir que alguém use sua conta sem permissão, mas ela não é o método mais eficaz de bloqueio do app para impedir que alguém acesse seu perfil se tiver o celular em mãos. Em breve, será possível bloquear o
WhatsApp com biometria.
No iOS, essa função foi implementada com suporte ao FaceID e TouchID, e agora está em desenvolvimento para o Android. Com ela, você poderá utilizar usar a impressão digital cadastrada no seu celular para impedir que outras pessoas leiam suas conversas.
Trata-se de mais uma função que está em desenvolvimento interno e ainda não tem previsão de lançamento, mas está a caminho.
Pagamentos
O WhatsApp já havia anunciado há algum tempo uma função de pagamentos, que permite a transferência de dinheiro entre usuários, visando inicialmente a Índia. O Brasil deve estar entre a próxima leva de países a receber a funcionalidade.
Espera-se que em algum momento seja implementado um sistema que utilize criptomoedas, mas por enquanto, no entanto, o WhatsApp Payments funciona sem depender delas. Na Índia, ele opera integrado ao UPI, o sistema unificado de pagamentos do país, que integra bancos e instituições financeiras locais, o que significa que você pode associar seu WhatsApp a uma conta bancária e transferir seu dinheiro a partir da sua conta corrente.
Na Índia, para usar o recurso é necessário fazer a verificação do número telefônico mais uma vez para fazer a associação do app a uma conta bancária. Então, basta abrir uma conversa com outro usuário habilitado a receber pagamentos, selecionar o ícone de pagamentos e definir a quantia a ser transferida.
Ainda não se sabe quando essa função pode chegar ao Brasil.
Busca avançada de mídia
O WhatsApp vai ganhar mais um recurso para facilitar a vida de quem costuma buscar por mensagens ou imagens antigas no aplicativo. O recurso, chamado de Pesquisa Avançada, está em desenvolvimento e deve dar as caras dentro de algum tempo para usuários do Android e do iOS.
A vantagem da busca avançada é que é possível filtrar as categorias de busca. Em vez de pesquisar apenas por mensagens, é possível observar também as imagens, GIFs, vídeos, documentos, links e áudio que são trocados por meio do WhatsApp. Atualmente, não há um modo simples de recuperar arquivos de mídia que são enviados ou recebidos por meio do app.
O recurso foi descoberto primeiro no iOS, ainda em desenvolvimento interno, e está inacessível, mas chegará primeiro aos celulares da Apple e, posteriormente, aos aparelhos Android. Fonte: https://olhardigital.com.br
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