Netflix vai fazer download automático de conteúdos que você gosta.
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Serviço de streaming irá permitir que o sistema baixe episódios e filmes recomendados pelo serviço
Por Evandro Almeida Jr., especial para o Estadão - O Estado de S. Paulo
A Netflix acaba de lançar uma nova opção em seu aplicativo para consumo offline de conteúdos. Com o "Downloads for You", o aplicativo baixará automaticamente conteúdos baseados no histórico do usuário na plataforma.
Ao ativar o recurso, o usuário poderá delimitar quanto de espaço quer deixar disponível para baixar conteúdo — 1GB, 3GB ou 5GB. O download é feito imediatamente assim que o smartphone tiver conectado ao Wi-Fi. Após assistir aos conteúdos, o usuários poderá deletar e abrir mais espaço para novos filmes e episódios de série.
O diretor de Inovação e Produto da Netflix, Patrick Flemming, disse que a intenção é facilitar a vida do usuário na busca por novos conteúdos. “Nós queremos te ajudar a descobrir qual vai ser sua nova série ou filme favorito de forma mais fácil. Estando conectado ou não.” O movimento é mais uma tentativa do serviço de ajudar o usuários a superar a indecisão que acomete muitos usuários do serviço. A empresa já testou programa linear, como um canal de TV tradicional, e uma ferramenta de escolha aleatória de programas.
De acordo com a Netflix, todos os conteúdos da plataforma estarão disponíveis para armazenamento, não só originais. Por enquanto, o serviço está disponível apenas para smartphones com o sistema Android. A versão para iOS será liberada ao longo do ano.
Segundo a empresa, o Downloads For You não é uma substituição do Smart Downloads, que já existe para baixar conteúdos e assisti-los offline no aplicativo - ele será uma ferramenta complementar. Fonte: https://link.estadao.com.br
Família, resposta ao crime
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Família, resposta ao crime
A pobreza material castiga o corpo, mas a falta de amor corrói a alma
Carlos Alberto Di Franco, O Estado de S.Paulo
Jovens de classe média e média alta têm frequentado o noticiário policial. Crimes, vandalismo, consumo e tráfico de drogas deixaram de ser marca registrada das favelas e da periferia das grandes cidades. O novo mapa do crime transita nos bares badalados, vive nos condomínios fechados, estuda nos colégios da moda e não se priva de regulares viagens ao exterior. O fenômeno, aparentemente surpreendente, é o reflexo de uma cascata de equívocos e de uma montanha de omissões. O novo perfil da delinquência é o resultado acabado da crise da família, da educação permissiva e do bombardeio de setores do mundo do entretenimento que se empenham em apagar qualquer vestígio de valores.
Os pais da geração transgressora têm grande parte da culpa. Choram os desvios que cresceram no terreno fertilizado pela omissão. O delito não é apenas reflexo da falência da autoridade familiar. É, frequentemente, um grito de revolta e carência. A pobreza material castiga o corpo, mas a falta de amor corrói a alma. Os adolescentes, disse alguém, necessitam de pais morais, e não de pais materiais. A grande doença dos nossos dias tem um nome menos técnico, mas mais cruel: desumanização das relações familiares.
Reféns da cultura da autorrealização, alguns pais não suportam ser incomodados pelas necessidades dos filhos. O vazio afetivo, imaginam na insanidade do seu egoísmo, pode ser preenchido com carros, boas mesadas e consumismo desenfreado. Acuados pela desenvoltura antissocial dos seus filhos, recorrem ao salva-vidas da psicoterapia. E é aí que a coisa pode complicar. Como dizia Otto Lara Rezende, com ironia e certa dose de injusta generalização, “a psicanálise é a maneira mais rápida e objetiva de ensinar a odiar o pai, a mãe e os melhores amigos”. Na verdade, a demissão do exercício da paternidade está na raiz do problema. A omissão da família está se traduzindo no assustador aumento da delinquência infantojuvenil e no comprometimento, talvez irreversível, de parcelas significativas da nova geração.
Se a crescente falange de adolescentes criminosos deixa algo claro, é o fato de que cada vez mais pais não conhecem os próprios filhos. Não é difícil imaginar em que ambiente afetivo se desenvolvem os integrantes das gangues bem-nascidas. As análises dos especialistas em políticas públicas esgrimem inúmeros argumentos politicamente corretos. Fala-se de tudo. Menos da crise da família. Mas o nó está aí. Se não tivermos a firmeza de desatá-lo, assistiremos, acovardados e paralisados, a uma espiral de crueldade sem precedentes. É uma questão de tempo. Infelizmente.
O inchaço do ego e o emagrecimento da solidariedade estão na origem de inúmeras patologias. A forja do caráter, compatível com o clima de verdadeira liberdade, começa a ganhar contornos de solução válida. Pena é termos de pagar um preço tão alto para redescobrir o óbvio. A sociedade precisa de um choque de bom senso. O erro deve ser condenado e punido. A solidariedade deve ser recuperada. É preciso ensinar à moçada que o ser está acima do ter. Gastamos muito tempo no combate à vergonha e à culpa, pretendendo que as pessoas se sentissem bem consigo mesmas. O resultado é uma geração desorientada, vazia e imatura.
O pragmatismo e a irresponsabilidade de alguns setores do mundo do entretenimento estão na outra ponta do problema. A era do mundo do espetáculo, rigorosamente medida pelas oscilações da audiência, tem na violência um de seus carros-chefes. A transgressão passou a ser a diversão mais rotineira de todas. A valorização do sucesso sem limites éticos, a apresentação de desvios comportamentais num clima de normalidade e a consagração da impunidade têm colaborado para o aparecimento de engomadinhos do crime. Apoiados numa manipulação do conceito de liberdade artística e de expressão, alguns programas de TV crescem à sombra da exploração das paixões humanas. Ao subestimar a influência perniciosa da violência ficcional, levam adolescentes ao delírio em shows de auditório que promovem uma grotesca sucessão de quadros desumanizadores e humilhantes. A guerra pela conquista de mercados passa por cima de quaisquer balizas éticas. Nos Estados Unidos, por exemplo, o marketing do entretenimento com conteúdo violento está apontando as baterias na direção do público infantil.
A onipresença de uma televisão pouco responsável e a transformação da internet em descontrolado espaço para manifestação de atividades criminosas (pedofilia, racismo e oferta de drogas, frequentemente presentes na clandestinidade de alguns sites, desconhecem fronteiras, ironizam legislações e ameaçam o Estado Democrático de Direito) estão na origem de inúmeros comportamentos patológicos.
É preciso ir às causas profundas da delinquência. Ou encaramos tudo isso com coragem, ou seremos tragados por uma onda de violência jamais vista. O resultado final da pedagogia da concessão, da desestruturação familiar e da crise da autoridade está apresentando consequências dramáticas. Chegou para todos a hora de falar claro. É preciso pôr o dedo na chaga e identificar a relação que existe entre o medo de punir e os seus dramáticos efeitos antissociais.
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Quatro pessoas morrem após explosão em casa no Rio Grande do Norte.
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Quatro pessoas morrem após uma explosão atingir uma casa no bairro de Mãe Luzia, na Zona Leste de Natal, no Rio Grande do Norte, na madrugada deste domingo (07).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a suspeita é que a explosão tenha ocorrido por causa de um botijão de gás; pelo menos cinco residências sofreram os impactos da explosão.
Duas pessoas foram resgatadas com vida dos escombros.
Segundo a nota divulgada pelas secretarias de Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte, os imóveis vizinhos ao local do desmoronamento foram isolados e serão avaliados pela perícia técnica.
Os nomes das vítimas ainda não foram divulgados pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia do estado. Fonte: https://bandnewsfm.band.uol.com.br
ANGRA-AO VIVO. Sábado, 6 de fevereiro-2021
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Com imagens do Cais de Santa Luzia, neste sábado de Graças e Bênçãos do nosso Bom Deus.
Espanha notifica primeiro caso da variante brasileira do coronavírus
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Originária do Amazonas, essa nova cepa brasileira é uma das três que atraíram atenção mundial recentemente
Na última terça-feira, o governo aprovou um aumento nas restrições à entrada no país por via aérea a partir do Brasil e da África do Sul para evitar novas cepas da Covid-19
Por Jovem Pan
As autoridades sanitárias da Espanha notificaram nesta sexta-feira, 5, o primeiro caso da variante brasileira da Covid-19 no país, detectado em Madri, em um homem de 44 anos procedente do Brasil que desembarcou no aeroporto de Barajas, no dia 29 de janeiro. Ele chegou à Espanha com um teste PCR negativo na origem, mas foi realizado um teste antigênico com resultado positivo no aeroporto de Madri. Posteriormente, o homem foi transferido para um hospital na capital espanhola, onde passou por um novo PCR que deu resultado positivo, informou hoje a Secretaria de Saúde de Madri, em um comunicado.
Na última terça-feira, o governo espanhol aprovou um aumento nas restrições à entrada na Espanha por via aérea a partir do Brasil e da África do Sul para evitar essas variantes detectadas do coronavírus. Até o momento, a mutação britânica é a mais difundida no país e vários casos da sul-africana estão sendo estudados.
Originária do Amazonas, essa nova cepa brasileira é uma das três que atraíram atenção mundial recentemente, junto com as que foram detectadas no Reino Unido e na África do Sul, por ser considerada altamente contagiosa. Além da Espanha e Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou no último dia 27 que a variante detectada em Manaus já estaria presente em outros sete países: Alemanha, Coreia do Sul, Estados Unidos, Irlanda, Itália, Japão e Reino Unido. Fonte: https://jovempan.com.br
Maldades ocultas da nova pandemia
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Vive-se a perigosa tolice de haver gente que negue a vacina e invente mentiras estapafúrdias
Flávio Tavares, O Estado de S.Paulo
Todas as urgências e emergências fazem perder de vista a origem profunda dos próprios problemas, ou até da vida em si. Se, por exemplo, alguém estiver se afogando por não saber nadar, seria absurdo mandar que, para se salvar, tenha aulas de natação, cuja ausência seria, de fato, a causa do eventual afogamento.
Mas as urgências mostram as carências ou erros acumulados, como agora com as vacinas da covid-19. Tal qual noutros setores, continuamos dependentes da ciência e da tecnologia estrangeira. Temos de apelar (ou mendigar) a dois países asiáticos, China e Índia, que – meio século atrás – tinham o mesmo nível de subdesenvolvimento do Brasil. Os chineses constituem, hoje, uma potência mundial e desbravam até o espaço.
O caso da Índia, porém, é, talvez, mais emblemático. Nossa independência ocorreu em 1822. A Índia tornou-se independente somente em 1947, 125 anos depois do grito às margens do riacho Ipiranga. As diferenças começam em que nós tivemos Pedro I, príncipe devotado à vida mundana, enquanto os indianos tiveram Mahatma Gandhi e sua pregação de analisar para resistir, mas com cordura e não violência.
Não tento estabelecer comparações, pois as duas sociedades são diferentes em termos históricos. Na Índia persiste o brutal e opressivo regime de castas. Paralelamente, porém (e em liberdade), desenvolveram a pesquisa científica e tecnológica, enquanto, aqui, a normalidade democrática era interrompida por duas décadas de ditadura e cada um de nós se extasiava em ser campeão mundial no futebol, pondo o desporto como parte essencial da vida. Além disso, vivemos montados num Estado burocrático, em que os papéis contam mais do que a realidade.
Conclusão: hoje, vimos nossos governantes pedindo ajuda aos governantes da Índia e da China para não nos deixarem sem os componentes farmacêuticos da vacina contra a covid-19... Sabemos copiar seguindo as normas vindas do estrangeiro, mas não nos interessamos em criar a partir da experimentação científica.
As vacinas que o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz fabricam aqui dependem totalmente de insumos farmacêuticos do exterior. Portanto, são “nossas vacinas” somente na mão de obra científica da etapa final. Ou, para usar uma caricatura verbal: no Brasil, descobrimos a água morna a partir do esfriamento da água fervente...
Nunca o mundo viveu algo tão brutal quanto a covid-19, amontoando mortos em todos os continentes. Em Portugal, com os hospitais lotados, os doentes são levados para a Áustria e já existe “crise funerária”. Escasseiam coveiros e cemitérios, tal qual meses atrás em Manaus. Aqui, no Brasil, os contagiados em Rondônia ou no Amazonas são levados, agora, para São Paulo e Rio Grande do Sul para serem medicados. Com isso, a nova variante amazônica do vírus corre o risco de se espalhar pelo Sudeste e o Sul, ampliando ainda mais o horror.
Muito antes, no início da pandemia, o desdém do governo federal abriu portas à expansão da peste. O presidente da República negou, sempre, o perigo, chegou a chamar a covid-19 de “gripezinha” sem importância e, hoje, insiste no absurdo de dizer que não se vai vacinar, como se proclamasse uma verdade a ser seguida pela população.
A postura de Jair Bolsonaro torna-se, assim, um acinte e uma agressão não só à ciência, mas até ao sentido comum. Como todo absurdo, tem o falso requinte de “ser diferente” e assim consegue adeptos e seguidores. No caso de Bolsonaro, há um perigoso e extravagante fanatismo que multiplica o horror entre a população desinformada que o apoia de boa-fé.
E, assim, hoje se vive a perigosa tolice de haver gente que negue a vacina e até invente e espalhe mentiras estapafúrdias pelas chamadas “redes sociais”. A mais estrepitosa inventa que “a vacina pode mudar o DNA de quem a receba...
Nesse monturo de desperdícios, seria até desnecessário lembrar o “mal menor” da pandemia ou de como pisoteia nosso idioma e o substitui por desnecessárias expressões em inglês. Dizemos lockdown em vez de “bloqueio total” ou “fecha tudo”, tal qual nos vacinamos em drive-thru e não “ao dirigir o carro”.
A balbúrdia provocada pela desorganização do governo federal na distribuição da vacina fez com que deixássemos de lado a ameaça permanente e ainda mais perigosa da crise climática.
Tempos atrás, o papa Francisco alertou: “Não há duas crises separadas – uma ambiental e outra social –, mas uma única e complexa crise socioambiental”.
Vale relembrar as palavras do papa aos ministros de Economia de oito países europeus: “Se nos aproximamos da natureza sem admiração e encanto, se deixamos de falar a língua da fraternidade e da beleza da nossa relação com o mundo, então nossas atitudes serão as do dominador, de um mero explorador dos recursos naturais, incapaz de impor um limite aos seus interesses imediatos”.
Aqui, ignoramos as maldades e pisoteamos a beleza da natureza. Fonte: https://opiniao.estadao.com.br
Internautas em dúvida sobre a indústria de aconselhamento matrimonial
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Deng Lingling (à esquerda) e Deng Junwei se beijam enquanto exibem suas certidões de casamento em frente ao cartório de registro de casamento do Gabinete de Assuntos Civis do Distrito de Nanshan em Shenzhen, província de Guangdong do Sul da China, 14 de fevereiro de 2020. Foto: Xinhua
De Chen Xi
Uma hashtag para “o salário anual dos conselheiros matrimoniais em Xangai ultrapassa milhões de yuans” no site de mídia social chinês Sina Weibo estimulou o debate entre os internautas chineses, muitos dos quais suspeitam que a indústria seja fraudulenta.
De acordo com relatos, uma instituição de aconselhamento matrimonial em Xangai oferece cursos sobre como salvar casamentos, administrar casos extraconjugais e cura pós-divórcio. Seu curso de administração de casamento custa 10.000 yuans (1.578 dólares) por hora, uma série de cursos custa 19.800 yuans e os cursos de treinamento de gerente de casamento custam 49.800 yuans. Os conselheiros matrimoniais podem ganhar mais de 1 milhão de yuans por ano.
Um conselheiro matrimonial, Zhu Shenyong, acredita que o curso de administração matrimonial é diferente de outros cursos no mercado. Zhu diz que ensina seus alunos a administrar um casamento usando métodos semelhantes aos usados na administração de uma empresa.
A hashtag ganhou 190 milhões de visualizações no Weibo na quarta-feira. Muitos internautas chineses disseram nunca ter ouvido falar da ocupação antes e questionaram sua validade. Alguns expressaram simpatia por aqueles que precisam do serviço, mas expressaram dúvidas sobre se funcionaria.
"Isto é ridículo. É tão horrível usar o dinheiro que seu marido lhe deu para administrar seu casamento e cair no ciclo vicioso de negar o casamento. Um casamento infeliz não é causado em um dia. Como um problema tão complicado pode ser resolvido por meio de um curso ou treinamento? ” disse um internauta no Weibo.
“Sinto muito pelos alunos, porque eles sofreram uma lesão emocional em seu casamento e agora estão sofrendo um golpe econômico. Espero que essas assim chamadas indústrias emergentes possam ser profissionais. Seria melhor fazer algo benéfico para a sociedade sob uma estrutura legal adequada ”, disse outro internauta.
Shen Binti, advogado baseado em Pequim, disse ao Global Times na quarta-feira que é difícil resolver problemas de casamento por meio de cursos. Ela disse que os cursos geralmente são embalados pelos chamados especialistas e oferecem algumas falsas promessas.
“Eles são suspeitos de explorar brechas na lei. Se for sério, pode envolver fraude criminosa ”, disse Shen.
Xia Yinlan, professor da Universidade Chinesa de Ciência Política e Direito em Pequim, disse ao Global Times que, ao encontrar problemas no casamento, pedir ajuda às pessoas ao seu redor, como pais, primos e amigos, pode ajudar a aliviar os problemas.
“Ao procurar uma agência para consulta, você deve estar atento ao compliance da agência. Organizações regulares, como aconselhamento psicológico, advogados ou federações de mulheres, são mais seguras e confiáveis ”, sugeriu Xia. Fonte: https://www.globaltimes.cn
Com novas variantes do coronavírus, tsunami no Brasil se aproxima
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Com novas variantes do coronavírus, tsunami no Brasil se aproxima
A questão não é quando vão chegar novas cepas, mas qual será a intensidade e o preparo
Fernando Reinach*, O Estado de S.Paulo
30 de janeiro de 2021 | 05h00
Tudo indica que um tsunami vai atingir o Brasil. A Europa e Manaus já estão sofrendo com novas cepas do Sars-CoV-2 que se espalham rapidamente. Elas são difíceis de controlar, aumentam o número de mortes por 100 mil habitantes, e conseguem ludibriar parcialmente o sistema imune dos já infectados e vacinados. A solução na Europa tem sido trancar a população em casa e vacinar em questão de semanas todo o grupo de risco com as vacinas da Pfizer e Moderna. E na falta destas, com a vacina da AstraZeneca. A questão não é se esse tsunami vai se espalhar pelo Brasil, é quando isso vai acontecer, qual a intensidade, e se vamos estar preparados. Para sentir o perigo basta entender um dos trabalhos publicados esta semana sobre as novas cepas. Escolhi o estudo feito pelo grupo de David Ho. Ele é um cientista que você pode descrever em uma frase: Ho transformou a AIDS de uma sentença de morte em uma doença crônica controlável por um coquetel de antirretrovirais. Foi dele a ideia de evitar o aparecimento de novas cepas de HIV usando combinações de drogas. São os coquetéis que usamos até hoje.
O trabalho possui uma quantidade enorme da dados coletados usando uma versão da metodologia que descrevi semana passada. Utilizando técnicas de engenharia genética o grupo de Ho é capaz de construir e testar as propriedades das mais diferentes cepas do SARS-CoV-2. Cada cepa contém uma ou mais das mutações da Inglaterra (B.1.1.7) e da África do Sul (B.1.351). Para a cepa inglesa, além da original que já circula, os cientistas construíram cepas contendo cada uma das 8 mutações mais importantes. Para a cepa da África do Sul, além da própria, foram construídas cepas com cada uma das 9 mutações. De posse dessa coleção, os cientistas mediram sua capacidade de invadir células humanas. Essa medida foi feita na presença e na ausência de anticorpos gerados contra o SARS-CoV-2 original. Esse experimento permite determinar a capacidade de cada anticorpo de bloquear a entrada de cada cepa em células humanas. Anticorpos que evitam a entrada (chamados de neutralizantes) devem proteger a pessoa. Os que não evitam a entrada não devem proteger.
Num primeiro estudo foi averiguada a capacidade de 18 anticorpos monoclonais (como os utilizados para tratar Donald Trump) de neutralizar cada uma das cepas. São 324 experimentos distintos. Em seguida os cientistas repetiram o experimento usando os anticorpos presentes no soro de 20 pacientes que se recuperaram de casos graves e leves de covid-19 causado pelo SARS-CoV-2 original. Isso gerou outra tabela com 360 resultados. Finalmente repetiram os experimentos usando os anticorpos presentes no soro de 22 pessoas que haviam sido imunizadas com a vacina da Pfizer (10 pessoas) e da Moderna (12 pessoas) para verificar se essas cepas conseguiam escapar dos anticorpos gerados por essas duas vacinas. São mais 396 resultados.
Os cientistas conseguiram determinar quais anticorpos neutralizam qual cepa. A primeira conclusão é que a inglesa, B.1.1.7, não é neutralizada por nenhum dos anticorpos dirigidos para a região N-terminal da proteína Spike do SARS-CoV-2 original. Entretanto ela é parcialmente bloqueada pelos anticorpos que se ligam na região que o vírus usa para entrar na célula. Mais importante, a cepa B.1.1.7 é três vezes mais resistente aos anticorpos presentes nas pessoas que tiveram covid-19 causada pelo SARS-CoV-2 original e duas vezes mais resistente aos anticorpos presentes nas pessoas vacinadas. Ou seja, não somente ela se espalha rapidamente, mas parece possuir características que a ajudam a despistar a resposta do sistema imune.
Já a cepa da África do Sul, B.1.351, é muito mais preocupante. Ela não é bloqueada pelos anticorpos monoclonais, é de 11 a 33 vezes mais resistente aos anticorpos presentes no soro de pessoas previamente infectadas e de 6,5 a 8,6 vezes mais resistente que o vírus original aos anticorpos gerados pelas vacinas da Pfizer e Moderna.
A conclusão é de que essas duas cepas, que estão se espalhando pelo mundo, podem tornar inúteis os anticorpos monoclonais que estão sendo desenvolvidos como tratamento e devem ameaçar de forma significativa a eficácia das vacinas. É por esse motivo que a Pfizer e a Moderna já anunciaram que estão desenvolvendo novas versões de suas vacinas.
Esse estudo não analisou a nova cepa de Manaus (semelhante à cepa sul-africana), e não analisou a capacidade das três cepas (Inglaterra, África do Sul e Manaus) de burlar as defesas criadas pelas vacinas Cononavac e AstraZeneca. Ou seja, não sabemos ainda as propriedades da cepa de Manaus nem como as vacinas que dispomos vão se comportar diante dessas novas cepas.
É uma questão de tempo a disseminação dessas cepas pelo Brasil, mas muito provavelmente elas vão chegar antes de vacinarmos uma fração significativa da população. Nos EUA se acredita que elas serão dominantes nas próximas semanas.
Desculpem o pessimismo, mas é melhor apertar os cintos e nos prepararmos para o pior. E lembrem: no início de 2020, quando o coronavírus demorou um pouco mais para chegar ao Brasil, muitos acreditavam que ele não chegaria por aqui. Fonte: https://saude.estadao.com.br
Whindersson Nunes, o humorista que não quer só fazer o brasileiro rir
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Comediante que acaba de anunciar que será pai foi um dos responsáveis pela campanha de doação de oxigênio para Manaus
Maria Fernanda Rodrigues, O Estado de S. Paulo
Aos 26 anos, Whindersson Nunes anuncia que vai ser pai pela primeira vez Foto: Reprodução/Instagram de Whindersson Nunes
Whindersson Nunes é notícia e isso não é de hoje. Quem namora, de quem se separa, se está deprimido ou envolvido em algum comentário polêmico. Tudo o que ele faz alimenta o noticiário de celebridades. Nos últimos dias, porém, o comediante de 26 anos e dono do segundo maior canal brasileiro no YouTube, com mais de 41 milhões de seguidores (KondZilla tem 63 milhões), virou notícia por outra coisa: ele liderou uma grande campanha de doação de oxigênio e respiradores para Manaus, que via seu sistema de saúde entrar novamente em colapso levando à morte de pacientes com coronavírus por falta de oxigênio nos hospitais. Nesta quinta, 28, ele voltou aos holofotes ao anunciar a gravidez de Maria, sua namorada.
Nascido em 1995 em Bom Jesus, cidade com 30 mil habitantes, e criado em Santa Luz, com cerca de 2 mil, o piauiense Whindersson Nunes é filho de representantes comerciais e tinha escolhido a profissão de analista de sistema porque, segundo lhe disseram, ele poderia ganhar R$ 10 mil por mês. Era um bom salário para o garoto sonhador que já tinha feito bicos de garçom. Ele até estudou para ser técnico em informática, mas começou a fazer alguns vídeos em seu quarto, para postar no YouTube, e foi pegando gosto.
Não que tenha dado certo logo de cara. Não tinha graça, ninguém via. Fez a autocrítica, se preparou melhor. O sucesso veio com a paródia Alô vó, to reprovado. Hoje, oito anos depois, o vídeo soma 8 milhões de pageviews. É muito - mas não é nada comparado com o do show Proparoxítona, compartilhado no canal em dezembro de 2017 e que soma mais de 99 milhões de visualizações.
Seus números são todos superlativos. O segundo vídeo mais visto, o show Marminino, tem 87 milhões de visualizações. O terceiro é Qual é a senha do wi-fi, paródia de Adele, com 76 milhões de views. E por aí vai.
Whindersson Nunes alterna, em seu canal, essas paródias com outros tipos de vídeos. Também bastante populares são aqueles em que ele fala sobre as diferenças de classe, como a parádia de Ed Sheeran Eu cansei de ser pobre (65 milhões), Criança de rico e criança de pobre (62 milhões) e Escola de rico e de pobre (44 milhões). Ele imita artistas, dubla cenas e comenta filmes, dança, canta, faz caras e bocas.
Com o primeiro grande pagamento que recebeu, deu entrada em um carro. Com o segundo, contou em entrevista, “arrumou os dentes”. Tem mansão em Fortaleza, que custou R$ 1 milhão, um jatinho para seis pessoas e outros investimentos que não revela.
Teresina foi a primeira cidade grande em que viveu. Chegou sem nada. Hoje mora em São Paulo, cidade que escolheu para facilitar sua locomoção - antes da pandemia, ele fazia um show atrás do outro em cidades espalhadas pelo Brasil todo e também em outros países.
Ex-evangélico praticante, não por influência da família, mas por vontade própria, Whindersson Nunes já contou que não faz piada sobre política. Também não fala sobre religião. Mesmo evitando esse tipo de tema mais polêmico, às vezes desagrada - como quando, no programa Caldeirão do Huck, em 2018, resolveu fingir que era um intérprete de libras. Ele pediu desculpas.
Seu trabalho é fazer com que a maioria goste dele, ele disse em uma entrevista. Sua meta para 2021, revelou nas redes sociais, é ficar rico. Mais rico. O primeiro casamento, com a cantora Luísa Sonza, acabou. Seu novo relacionamento está exposto também nas redes sociais, onde acaba de anunciar que vai ser pai pela primeira vez - em apenas 11 horas, até a publicação deste texto, o post somava 8,9 milhões de likes e 335 mil comentários. Whindersson é uma pessoa pública. Muito pública. São 49 milhões de seguidores no Instagram; 20 milhões no Twitter e 5,8 milhões no Facebook. E a pressão vem.
Whindersson é muito jovem, trabalha demais e tem muita responsabilidade. Em julho de 2019, ele revelou que sofria de depressão e estava se tratando com remédio e adotando um estilo de vida menos acelerado. Tirou um período sabático para se cuidar. Com a pandemia - e shows cancelados - Whindersson desacelerou ainda mais.
Há um especial dele e sobre ele na Netflix: Whindersson Nunes - Adulto. Sua cinebiografia está sendo produzida. E ele já atuou em Os Parças e Os Parças 2, ao lado de Bruno De Luca, Tom Cavalcante e Tirulipa, e em Os Roni. Isso tudo sem descuidar de seu próprio canal.
A recente doação para Manaus para ajudar no tratamento de pacientes com coronavírus não foi a primeira manifestação de preocupação e de solidariedade de Whindersson Nunes, que já disse em entrevistas que gostaria de “fazer alguma coisa” pelo outro, e não dar apenas o que lhe resta. Naquela época, em 2019, ele disse que pensava em criar algum projeto ou instituto que ajudasse as crianças a se tornar adultos melhores e também considerava financiar pesquisas científicas. Fonte: https://cultura.estadao.com.br
A fila da vacina
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Quando o Programa Nacional estiver funcionando normalmente, aí vai aparecer o imunizante no sistema privado
Vamos falar francamente: ainda neste ano, mais para o segundo semestre, hospitais e clínicas particulares estarão oferecendo vacina contra a Covid-19, em caráter suplementar ao Programa Nacional de Imunizações — e tudo de acordo com a Constituição.
Um pouco de história: a Constituinte de 1988 tinha um viés claramente estatizante. Por isso, temos o Sistema Único de Saúde — e o “único” aí não era apenas um modo de falar. A ideia era essa mesma: um sistema estatal, universal e gratuito. E obrigatório, vetando a medicina privada.
Só não ficou assim por dois motivos. Primeiro, porque seria preciso estatizar hospitais, clínicas e mesmo consultórios privados. E não havia dinheiro para isso — já que não se poderia simplesmente confiscar tudo, como se fosse uma ditadura.
O segundo motivo vai na mesma linha: teria o Estado os recursos necessários para esse sistema gratuito? Está lá no artigo 196: que a “saúde é direito de todos e dever do Estado” e que será garantido “acesso universal e igualitário”.
Reconhecendo isso, os constituintes incluíram o artigo 199, dizendo que a assistência à saúde é “livre à iniciativa privada”. Como isso estava em contradição com o contexto, colocaram-se várias ressalvas: essa atuação seria “complementar” e controlada pelo SUS, seria vedada a empresas estrangeiras e se daria preferência às instituições filantrópicas em relação àquelas com fins lucrativos.
O entendimento dos estatizantes era simples: com o tempo, dada a qualidade e gratuidade do SUS, o sistema privado desapareceria ou ficaria apenas para os poucos milionários.
O mundo andou, e como estamos hoje? Mais de 40 milhões de contratos particulares com planos e operadoras de saúde, muitas de capital estrangeiro. E um sistema privado de qualidade internacional.
Isso já funciona no caso da Covid-19. Os hospitais e clínicas particulares atendem os doentes e aplicam os testes. Aliás, os altos dirigentes da República se tratam nesses hospitais.
Por que, portanto, não podem vacinar?
Por questões econômicas, éticas e políticas. Na economia: ainda há escassez de vacinas em relação à demanda mundial. As farmacêuticas que já têm o imunizante estão vendendo apenas para governos e instituições multilaterais, como a OMS. A entrada do setor privado no negócio, no mundo, aumentaria ainda mais a demanda e elevaria os preços. Assim, se cairia onde os líderes mundiais de respeito tentam evitar: que os ricos passem na frente.
Mas, para falar francamente, de novo, ricos, no cenário mundial, estão tentando passar à frente. A União Europeia encomendou 400 milhões de doses à AstraZeneca, para entrega neste primeiro trimestre. A farmacêutica avisou, nestes dias, que não conseguirá entregar nem metade disso. Qual a reação de parte dos líderes da União Europeia. Proibir a AstraZeneca, que tem sede na Europa, de exportar sua vacina antes de atender a toda a demanda da comunidade. Ainda bem que líderes como a alemã Angela Merkel se opõem ao que consideram falta de solidariedade global.
Mas veremos.
A questão ética vem na sequência. Não se podem vacinar os ricos, aqui e lá fora, antes dos grupos prioritários, pobres ou não.
A questão política decorre das anteriores. Claro que os hospitais e clínicas privadas, assim como as grandes empresas, poderiam estar no mercado comprando vacinas, se é que já não o fizeram. Mas não estão querendo vacinar neste momento justamente por temor da reação da sociedade, dos clientes e dos parceiros comerciais.
Tudo considerado, no momento, no Brasil e no mundo, cabe aos governos comprar e aplicar as vacinas, seguindo a fila dos mais para os menos vulneráveis.
Não há problema onde os governos estão cumprindo isso. Não é o caso do Brasil. Como o governo Bolsonaro desdenhou a doença, está muito atrasado na busca dos imunizantes. Se não fosse o governo paulista, tudo o que teríamos seriam dois milhões de doses vindas da India.
Saída de momento? O setor privado financiar o público e, sobretudo, apoiar na organização. Quando o Programa Nacional estiver funcionando normalmente, aí vai aparecer a vacina no sistema privado. E se o governo nem assim conseguir vacinar? Aí os mais ricos vão se vacinar à sua maneira. Fonte: https://oglobo.globo.com
Família encontra bebê abandonado em calçada no Norte de MG: 'Estava quietinha e com os olhinhos abertos'
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Criança foi levada para o hospital pela PM e aparenta ter 10 dias de vida. Caso aconteceu em Salinas e a polícia tenta identificar quem abandonou a menina. 'Estamos chamando de Vitória porque foi uma vitória achá-la viva e bem', disse o morador.
Por Marina Pereira, G1 Grande Minas
Uma família encontrou um bebê abandonado em Salinas, no Norte de Minas, no início da manhã desta quarta-feira (27). A menina estava enrolada em uma manta e foi deixada na calçada de um comércio no Bairro Panorama
Em entrevista ao G1, o técnico em manutenção Darcy Pereira da Silva contou que passava de carro com a família quando a filha, de 12 anos, percebeu que tinha uma criança na calçada.
“Ela estava no banco de trás e começou a gritar que viu um bebê abandonado. Eu dei ré e percebi que realmente tinha uma criança na calçada. A menina estava bem agasalhada e quietinha. Os olhinhos estavam abertos como se estivesse observando o movimento da rua e aparentava estar com fome”.
A família acionou a Polícia Militar, que levou a criança para o hospital, onde ela foi avaliada por uma pediatra. O Conselho Tutelar também foi acionado e acompanha o caso.
“É uma sensação que nunca vivi na vida. Na mesma hora que é boa, é ruim. Bom por achar uma criança tão linda e preciosa, mas vem a tristeza de saber que um ser humano abandonou no relento da madrugada. Não consigo descrever a sensação e minha filha está chorando muito”.
A família de Darcy se apaixonou pela menina e resolveu chamá-la de Vitória. Eles acompanharam o atendimento no hospital e pretendem manter um vínculo com a criança.
“Estamos chamando de Vitória porque foi uma vitória achá-la viva e bem, ela poderia ter sido atacada por animais peçonhentos ou até por cachorros. Queremos acompanhá-la pelo resto da vida e ajudar no que ela precisar. É um vínculo que vamos levar pra sempre”.
Até a publicação dessa reportagem, a polícia fazia rastreamento para identificar a pessoa responsável por abandonar o bebê. Segundo a PM, a menina aparenta ter 10 dias de vida e passa bem.
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Acidente com ônibus na BR-376 em Guaratuba deixa 19 mortos e 33 feridos, diz PM
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Ônibus, que viajava do Pará a Santa Catarina, saiu da pista e tombou na margem da rodovia na altura do km 668, no trecho conhecido como Curva da Santa, no Paraná, segundo a PRF.
Por Pedro Brodbeck e Adriana Justi, G1 PR
Acidente grave em Guaratuba, no Paraná, deixa 19 mortos e 33 feridos
Um acidente com um ônibus na BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná, deixou 19 mortos na manhã desta segunda-feira (25), de acordo com o Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA).
Segundo a polícia, 33 pessoas foram socorridas feridas, sendo sete delas em estado grave e seis com ferimentos moderados.
De acordo com a concessionária responsável, as vítimas que foram a óbito são 13 adultos, cinco adolescentes e uma criança.
A princípio, a informação repassada pelo Corpo de Bombeiros e pela concessionária era de que 21 pessoas tinham morrido no acidente. O número foi corrigido por volta das 14h.
O acidente aconteceu na altura do km 668, no trecho conhecido como Curva da Santa, por volta das 8h30, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com a concessionária Arteris Litoral Sul, que administra o trecho, ficou totalmente bloqueada para atendimento do caso até as 12h45. Às 13h, o congestionamento era de 22 quilômetros.
A PRF informou que ônibus, com placa de Belém, no Pará, descia a Serra do Mar em direção ao litoral catarinense quando bateu na mureta de contenção, saiu da pista e tombou às margens da rodovia.
De acordo com a PRF, o ônibus saiu de Ananindeua (PA) e tinha como destino Balneário Camboriú (SC).
De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros Ícaro Grenert, que participou dos resgates, as informações preliminares dão conta que o ônibus saiu sozinho da pista, sem se chocar em outro veículo.
"A gente não tem como falar se foi uma falha mecânica ou o que aconteceu. Ele caiu na ribanceira. Felizmente ele não caiu rio abaixo, que dá pelo menos 50 metros, então esse número de óbitos seria bem mais significativos", disse o socorrista.
De acordo com a PRF, um dos motoristas do ônibus ficou ileso. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Guaratuba para prestar esclarecimentos e, na sequência, foi liberado. Até a última atualização desta reportagem, o segundo motorista ainda não foi identificado.
Resgate
Ambulâncias e helicópteros dos bombeiros do Paraná e de Santa Catarina socorreram os feridos moderados e graves e encaminharam as vítimas para Curitiba e Joinville.
As pessoas com ferimentos leves foram levadas para Garuva.
De acordo com o BPMOA, há crianças entre as vítimas.
Segundo a PM, 54 passageiros e dois motoristas estavam no ônibus no momento do acidente.
O que diz a empresa
A empresa de turismo dona do ônibus afirmou que o veículo foi fretado por uma terceira pessoa.
A TC Turismo disse que está a caminho do local do acidente para prestar auxílio às vítimas e que está providenciando um meio de comunicação para prestar informações aos familiares.
"A TC Pires da Cruz informa que prestará todo apoio necessário às vítimas e familiares e não medirá esforços para amenizar a dor de cada um dos paraenses envolvidos no acidente, assim como a dos seus entes queridos, neste momento tão difícil para todos", disse a empresa em nota.
Trajeto
Conforme a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o ônibus de turismo saiu de Ananindeua (PA), às 19h, de sexta-feira (22), e tinha como destino final São José (SC).
O transporte parou em Goiânia (GO), na tarde de domingo (24), e teria como próxima parada a cidade de Balneário Camboriú (SC), segundo a agência.
A previsão era que os passageiros chegassem ao litoral catarinense na terça-feira (26) e em São José, que era o destino final, na madrugada de quarta-feira (27). Fonte: https://g1.globo.com
CORONAVÍRUS: Salve-se quem puder!.
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CORONAVÍRUS: Salve-se quem puder! Angra dos Reis/RJ. Um Olhar do Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista. Domingo, 24 de janeiro-2021. Olhar Jornalístico
Sete morrem por falta de oxigênio em Coari, diz prefeitura
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O Amazonas vive um caos no sistema de saúde com hospitais lotados e sem oxigênio suficiente para todos os pacientes — o que fez o governo adotar medidas emergenciais para receber o insumo.
Por G1 AM
A prefeitura de Coari, distante 450 km de Manaus pela via fluvial, divulgou uma nota em que afirma que sete pacientes internados no Hospital Regional da cidade morreram por falta de oxigênio, nesta terça-feira (19). Segundo o texto, Coari deveria ter recebido 40 cilindros na segunda-feira (18), mas a aeronave que levaria os cilindros acabou viajando para Tefé (AM) e ficou impossibilitada de retornar, pois o aeroporto não aceita voos noturnos.
O texto culpa falhas de planejamento da Secretaria de Saúde do Amazonas pela falta do insumo, o que prejudicaria as medidas de combate à doença no município. Segundo a nota, 200 cilindros do Hospital Regional de Coari estão retidos pela Secretaria da Saúde, parte deles estaria aguardando o abastecimento. A prefeitura acusa a o governo de distribuir a outra parte a UBSs de Manaus.
O G1 questionou a Secretaria da Saúde do Amazonas sobre as acusações e aguarda posicionamento.
Crise do oxigênio
Com mais de 232 mil casos e 6,3 mil mortes decorrentes da Covid-19, o Amazonas vive um caos no sistema de saúde com hospitais lotados. As unidades de saúde não têm oxigênio suficiente para todos os pacientes, o que fez o governo adotar medidas emergenciais para receber o insumo. O governo da Venezuela é um dos que enviou ajuda ao Amazonas.
A situação é tão dramática que, desde a semana passada, o estado está enviando pacientes para receber atendimento em outros estados. No total, 115 pacientes foram transferidos. O transporte dos passageiros é feito em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), que foram adaptadas para essa finalidade. Fonte: https://g1.globo.com
A pior gestão da crise sanitária
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A pior gestão da crise sanitária
Por Míriam Leitão
O comportamento do presidente Bolsonaro durante esta pandemia não foi apenas execrável, foi criminoso. Ele deveria estar hoje respondendo a um processo de impeachment. Brasileiros morreram por causa da sua atitude e de suas decisões. Ele é o chefe do governo e dá o comando. Uma sucessão de erros tem origem em ordem direta do presidente. O Ministério da Saúde demorou a negociar a compra de vacinas e perdeu várias oportunidades de negócio, o Itamaraty deixou de fazer acordos e criou crises bizarras com países como a China.
O ministro Pazuello em mais uma de suas desastrosas entrevistas, mostrou ontem que não sabe qual é o inimigo. “Essa é a nossa guerra”, disse, e não se referia ao vírus, mas sim à imprensa. “A guerra contra as pessoas que estão manipulando o nosso país há muitos anos”. Depois, declarou guerra aos fatos. Negou ter feito o que fez, e falado o que falou, numa tempestade de mentiras desconcertante. Disse que nunca indicou cloroquina, nunca falou em tratamento precoce. Há documentos divulgados por sua gestão, há declarações públicas que desmentem o ministro. Com o governador ao lado, garantiu que atendeu sim ao Amazonas, mas as mortes por asfixia de amazonenses falam por si. Por que mente o ministro Pazuello? Porque o presidente mente.
Ontem Bolsonaro disse “apesar da vacina…” Era “apesar” mesmo que ele queria dizer. Ele torceu contra. Ele comemorou quando um voluntário dos testes clínicos morreu, em novembro. “Morte, invalidez, anomalia. É a vacina que o Dória queria obrigar os paulistanos. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”. A morte foi por suicídio. O presidente usava a tragédia para mentir mais uma vez sobre a vacina que ele sempre viu como uma queda de braço com João Dória.
Se o governador de São Paulo não tivesse dado a ordem firme ao Butantan de que importasse a vacina mesmo antes da aprovação da Anvisa e mesmo diante de todos os ataques do presidente, o Brasil não teria vivido o dia de ontem. Nem teria vivido o domingo, o dia de Mônica Calazans, a enfermeira paulista. O governo federal perdeu várias chances de se abastecer de vacina. Em negociações internacionais, o Brasil pediu menos que precisava ou se atrasou nas conversas. Com erros assim, estamos atrás até de países vizinhos.
A Fiocruz acertou por não se deixar contaminar pelas mensagens truncadas do governo. Terá a capacidade de produzir aqui a vacina, mas neste momento aguarda o lote de dois milhões de doses prontas que está retido na índia. Depois, dependerá do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que virá da China e que, neste momento, está pendente da burocracia do Escritório de Vacinas da China, um órgão chinês que coordena todas as ações para exportação de imunizantes.
Os canais diplomáticos poderiam fazer tudo isso andar mais rápido, mas eles estão obstruídos. O presidente, o filho do presidente e o Itamaraty fizeram, em várias ocasiões, críticas gratuitas à China. Bolsonaro chegou a dizer que não compraria a vacina da China “porque ela não transmite segurança para a população pela sua origem”. Em novembro, depois de mais um ataque de Eduardo Bolsonaro à China, o ministro Ernesto Araújo, em vez de apaziguar, criticou o embaixador por ele ter reagido à agressão. Agora é da China que necessitamos para receber o IFA da vacina da AstraZeneca.
Ao longo desta pandemia, houve por parte de Bolsonaro palavras sórdidas e omissões. Essas omissões mataram. O ministro da Saúde errou e os erros custam vidas. Quantas? O Brasil tem 10% das mortes por Covid-19 e 2,7% da população global. Estamos desperdiçando vidas aos milhares.
Ontem, Bolsonaro mais uma vez ameaçou o país com ditadura —“se as Forças Armadas quiserem”. Quer provocar uma nova polêmica e desviar a atenção do ponto central: ele deveria estar respondendo a um processo de impeachment. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que “no futuro” esse tema deve entrar em pauta, mas agora a questão é a pandemia. “Com tantas vidas perdidas, como o caso dramático de Manaus, acho que esse tem que ser o nosso foco”. O erro de Maia é não fazer a correta relação de causa e efeito. O colapso de Manaus não é uma fatalidade. Poderia não ter acontecido se o governo fosse outro. Deixar o presidente no comando está provocando mais mortes. Esse é o foco. Com Alvaro Gribel (de São Paulo). Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com
Apesar de tudo, a vacina
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Apesar de tudo, a vacina
O Brasil deve ser o único país onde o início da vacinação representou uma derrota política para o presidente.
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
19 de janeiro de 2021 | 03h00
O Brasil deve ser o único país do mundo onde o início da vacinação da população contra a covid-19 representou uma derrota política para o presidente da República. Foi assim porque Jair Bolsonaro em nenhum momento trabalhou com seriedade para conseguir um imunizante para os brasileiros. Ao contrário. Do alto do cargo que ocupa, fez o que podia e o que não podia para sabotar os esforços dos que lutaram incansavelmente para viabilizar a única solução para uma tragédia que já matou mais de 210 mil pessoas no País e levou milhões ao desemprego e à extrema pobreza.
Apesar das forças contrárias, da negação da realidade e de uma sórdida campanha de desinformação, prevaleceram a ciência, a boa governança e o espírito público dos agentes de Estado. E a Nação assistiu, enfim, ao início da tão ansiada campanha de vacinação.
Dois fatores foram decisivos para que na tarde de domingo passado a enfermeira Mônica Calazans, que trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista, se tornasse a primeira brasileira a ser vacinada contra o novo coronavírus, evento que permitiu a seus concidadãos dar um suspiro de alívio e a esperança de que, embora ainda haja um longo caminho a ser percorrido, ao menos agora se vislumbra o fim deste pesadelo.
O primeiro fator foi o empenho do governo do Estado de São Paulo em firmar parceria com o Instituto Butantan e uma empresa farmacêutica internacional, a Sinovac Life Science, da China. Em meados de junho do ano passado, o governador João Doria anunciou o acordo com o laboratório chinês. A partir de então, organizou-se um minucioso processo para que a Coronavac fosse testada no Brasil e, uma vez aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pudesse ser produzida aqui pelo Butantan. Ato contínuo, teve início a campanha de Bolsonaro contra o que chamou de “vacina chinesa do Doria”. Em outubro de 2020, convém lembrar, o presidente chegou a afirmar que o Ministério da Saúde “não compraria a vacina”.
Igualmente determinante para o início da vacinação sem mais delongas foi a postura técnica e republicana dos servidores da Anvisa, que não se dobraram a pressões de natureza política, como se temia, e pautaram sua decisão por critérios rigorosamente científicos. Foi o que se viu durante a minuciosa apresentação da análise da Coronavac e da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca, que será produzida pela Fiocruz.
A Anvisa foi além e negou veementemente a existência de um “tratamento precoce” contra a covid-19, ao contrário do que o presidente e o Ministério da Saúde preconizam aos quatro ventos. Só as vacinas hão de pôr fim às aflições dos brasileiros, afirmou a agência.
Se pressão houve, foi a do tempo. Em apenas nove dias, os técnicos da Anvisa se debruçaram sobre centenas de documentos sobre ambos os imunizantes, concluindo que, em que pesem algumas pendências de dados a serem sanadas pelos laboratórios nas próximas semanas, os benefícios da aplicação imediata das vacinas superam muito os riscos. A transparência da reunião deu ao País a segurança de que nada parece ter escapado ao olhar rigoroso dos técnicos da Anvisa. Melhor assim.
Um importantíssimo passo foi dado com o início da vacinação dos grupos prioritários em São Paulo, primeiramente, e em outros Estados. Mas não se pode perder de vista que o País ainda não tem a quantidade de doses suficiente para vacinar toda a população-alvo, qual seja, os maiores de 18 anos. Cabe ao Ministério da Saúde fazer o que lhe compete e organizar um plano nacional de vacinação digno do nome. Urge garantir os estoques de vacinas e insumos acessórios para que todos os brasileiros que devem ser imunizados o sejam o quanto antes. Apenas com a Coronavac não se atingirá a cobertura vacinal apta a garantir a imunidade necessária para frear o espalhamento do vírus. Fonte: https://opiniao.estadao.com.br
Acidente entre lanchas deixa quatro mortos em Angra dos Reis, incluindo uma criança
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Embarcação colidiu com outra perto das ilhas de Paquetá e Calaca e houve quatro mortes Foto: Reprodução
Após colisão, Marinha e Bombeiros foram acionados e houve resgate de tripulantes
Lucas Altino e Ludmilla de Lima
RIO - Um grave acidente entre lanchas em Angra dos Reis, no início da tarde deste sábado, resultou em quatro mortos, incluindo uma criança de 11 anos. Os Bombeiros afirmaram que, às 12h41, foram acionados por causa da colisão, e a Capitania dos Portos, da Marinha, resgatou 12 pessoas e está colhendo os depoimentos.
Todas as vítimas eram mulheres. Além da criança, faleceram sua mãe e sua avó, e mais uma amiga da família. Os Bombeiros ainda confirmaram quatro feridos, sendo que três com escoriações leves, liberados na hora, e um senhor de 67 anos encaminhado para o Hospital do Frade, em Angra. Já a Marinha respondeu que resgatou 10 pessoas que passam bem e duas que precisaram de atendimento médico, mas sem gravidade.
O Capitão Ricardo Jaques Ferreira, chefe da Capitania dos Portos, afirmou ao GLOBO que foram feitos os contatos às famílias das vítimas.
- Infelizmente foram quatro vítimas fatais. Muito importante entenderem que a segurança no mar é responsabilidade de todos, se todos respeitarem as regras e conhecerem as peculiaridades do mar, haverá sempre espaço para uma diversão segura. Ir para o mar exige conhecer a área que vai se navegar, a previsão do tempo e respeitar o meio ambiente.
O acidente ocorreu nas proximidades da Ilha de Paquetá, na Baía da Ribeira, em Angra dos Reis, após a colisão entre duas lanchas. Em vídeos publicados nas redes sociais, pessoas filmaram as embarcações e citaram que houve uma explosão e muito vazamento de óleo. Uma equipe de resgate da Marinha já teria iniciado os resgates.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as vítimas se chamavam Maria Cândida Ayres Gondim Pinheiro, Tatiana Ayres Gondim Pinheiro, Vania Maria Edde, e a identidade da criança não foi revelada. Já José Carlos G. Pinheiro foi encaminhado ao Hospital do Frade e três pessoas foram atendidas na hora, mas liberadas: Carlos A. Meireles, Tomas P. Machado e Luiz A. Lobão.
Procurada, a Marinha do Brasil informou que foram acionadas quatro equipes de Busca e Salvamento e que 10 pessoas foram resgatadas e passam bem, além de duas que precisaram de atendimento médico, mas sem gravidade. Um "inquérito administrativo foi instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente. Após a conclusão, será encaminhado ao Tribunal Marítimo.
Na estrada de acesso à Angra, na Costa Verde fluminense, há intensa circulação de viaturas da Polícia Civil e veículos dos Bombeiros, relatam testemunhas. Fonte: https://oglobo.globo.com
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