A experiência original dos carmelitas, até o século XV, tem como fontes de inspiração e de vida duas personalidades bíblicas: pela sua “presença” no monte Carmelo – Elias, pela sua presença de “senhora do lugar” na capela a ela dedicada – Maria. Juntam-se a Jesus (centro) e à fraternidade (evangelho).

A IMITAÇÃO DE ELIAS: O ser carmelitano, nascido no monte Carmelo, é marcado profunda e originalmente pelo exemplo de Elias, que se torna mestre e modelo da vida consagrada de forma especial à perfeição evangélica e à oração contemplativa. Os carmelitas destacam nele a vida de oração e a contínuo viver na presença de Deus (totalidade do amor divino); a pureza do coração e a castidade; a pobreza de habitante do deserto, a solidão e as práticas de penitência. <> Biblicamente, conhecemos Elias no significado do seu nome: “Meu Deus é o Senhor”, O profeta defendeu a religião judaica da época contra a influência da religião de Baal.

O impacto do ser e do agir de Elias marcou profundamente a vida e a mente do povo (cf. 1e 2 RS). As narrativas do  “ciclo eliano” fazem despontar cinco atitudes que caracterizam o profeta: defensor e restaurador do monoteísmo contra o politeísmo;  questionador do poder régio em coisas da religião e da sociedade; discrição humana que se mostra no mistério do aparecimento em público e na conclusão de sua vida; fé de quem fala face a face com Deus e é capaz de silenciar pela vida solitária; artífice da paz... Ver também ECLO 48, 1-11; ML 3,22-24; MC 9,9.  

A necessidade jurídica de ter um fundador - personificação do ideal de vida – fez nascer entre os carmelitas a consciência de serem “filhos de Elias”, considerando-se seus “sucessores”. Tal consciência evoluiu para o sentido de que Elias é realmente “modelo de união com Deus e vida contemplativa”, acrescentando-se o aspecto de sua exemplaridade como “profeta de singular atividade apostólica, a serviço do povo”, chegando a declará-lo “chefe e pai”.

*CONSOLIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO ESPIRITUAL CARMELITANO. PERÍODO: DO SÉCULO XIII (REGRA) AO SÉCULO XVI (REFORMA).

Livro VI, cap. 5: centralização sobre esses dois caracteres da Ordem. Moldura disso: a relação ”Elias ß> Maria”, nó teológico importantíssimo e fator que acompanha a caminhada carmelita: a imitação recíproca. Ribot garimpa ideias em textos bem anteriores ao seu. Fator de exemplaridade e internalização de ambos como patrimônio carmelita. “Conditio sine qua non” para a relação de fraternidade entre Maria e os frades.

A passagem do AT para o NT não é vista como ruptura, mas indicação de fraternidade com a Virgem, o que torna mais válida sua imitação, pois esta é antecipada e fundamentada na Encarnação (Hb 1, 1-3). De Elias ( presença em Mt 17, 3 e paralelos) se vai a Cristo, cuja encarnação engrendece Maria e a Igreja.

* ASPECTOS MARIANOS DO LIVRO “DE INSTITUTIONE”, AUTOR: FELIPE RIBOT († 1391). Autor do artigo: Lucas M. di Girolamo, OSM, Revista CARMELUS, 52, 1, 2005)

O semanário Charlie Hebdo lançará uma edição especial dupla na quarta-feira por ocasião do primeiro aniversário do atentado contra sua redação no qual morreram 11 pessoas. Fiel à defesa feroz da laicidade e ao seu anticlericalismo, a capa mostra um Deus barbudo em fuga, manchado de sangue, com um fuzil Kalashnikov pendurado no ombro e a manchete: “Um ano depois, o assassino continua solto”. A capa vem acompanhada por um incisivo editorial de seu atual diretor, o cartunista Riss, no qual faz a seguinte advertência: “Não são dois idiotas encapuzados que vão jogar por terra o trabalho de nossas vidas”. A reportagem foi publicada por El País, 04-01-2016.

“As convicções dos ateus e dos laicos podem mover muito mais montanhas do que a fé dos crentes”, escreve Riss, que ficou ferido no ataque de 7 de janeiro do ano passado e também autor da capa. Denuncia os “fanáticos embrutecidos pelo Corão” e os “oriundos de outras religiões” que desejaram a morte do sempre irreverente semanário por “ter se atrevido a rir da religião”. Desde a publicação das caricaturas de Maomé, em 2006, escreve ele, “muitos esperavam que um dia alguém nos colocasse no nosso lugar (...) que nos matassem”. E recorda os problemas financeiros do semanário. “Todos os anos nos surpreendíamos por continuarmos vivos”.

O próprio Riss admite que haviam subestimado o risco de um ataque físico. “Um mês antes do 7 de janeiro perguntei a Charb [diretor da publicação assassinado] se a sua proteção continuava a ter sentido. A história das caricaturas era algo do passado (...) Mas um crente, especialmente um fanático, jamais esquece a afronta à sua fé porque tem a eternidade atrás e diante de si (...). A eternidade caiu em cima de nós como um raio naquela quarta-feira, 7 de janeiro”.

Riss lembra o “imenso silêncio” que invadiu a redação naquela manhã depois do “barulho ensurdecedor de cerca de 60 tiros em três minutos”. Foi esse silêncio que confirmou a morte de seus companheiros, entre eles Charb e os veteranos cartunistas Cabu e Wolinski. “Quando finalmente um bombeiro me ajudou a levantar, depois de ter tido de passar por cima do corpo de Charb caído ao meu lado, evitei dirigir o olhar para a redação para não ver os mortos do Charlie. Para não ver a morte do Charlie”.

“Como fazer um jornal depois de tudo isso? O que vivemos há 23 anos é o que nos dá a coragem” para continuar, diz. “Não são dois idiotas encapuzados que vão jogar por terra o trabalho de nossas vidas. Não são eles que verão o Charlie morrer. É o Charlie que vai vê-los morrer”, conclui.

A edição especial terá uma tiragem de um milhão de exemplares, dos quais dezenas de milhares serão distribuídos no exterior, com 32 páginas em vez das habituais 18. A edição inclui um caderno de desenhos dos assassinados Cabu, Wolinski, Charb, Tignous e Honoré, e artigos da ministra da Cultura, Fleur Pellerin, das atrizes Juliette Binoche, Isabelle Adjani e Charlotte Gainsbourg, de intelectuais como a feminista Elisabeth Badinter, da bengali Taslima Nasreen, do norte-americano O Russel Banks e do músico Ibrahim Maalouf. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

1º- Mudou o trono dourado por uma cadeira de madeira...

2º- Não aceitou a estola vermelha bordada a ouro ou a capa vermelha...

3º- Usa os mesmos sapatos pretos, não pediu o vermelho clássico...

4º - Usa a mesma cruz de metal, nenhuma de rubis e diamantes...

5º- O seu anel papal é de prata, não de ouro...

6º - Usa sob a batina as mesmas calças pretas para lembrar-se de que é apenas um sacerdote...

Já descobristes a sétima diferença ? - ( Retirou o tapete vermelho )...

“Quem deram que os cardeais, bispos, padres, freiras religiosos e leigos seguissem o seu exemplo”!  www.olharjornalistico.com.br

SOMOS PROFETAS: Vídeo Clipe da música do CD de Elias.

Imagens da gravação do CD- Levanta Elias. No vídeo, João Pedro Coutinho, do Grupo de Canto, Carmelo Jovem, do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro, canta:  “Somos Profetas”. Convento do Carmo, Lapa, Rio de Janeiro. 29 de dezembro-2015. DIVULGAÇÃO: www.olharjornalistisco.com.br

LETRA:

Somos Profetas.

Letra e Música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.

Quem disse que não somos profetas, quem disse que vamos calar. / Se temos o Profeta Elias, nós vamos evangelizar. (bis)

1- Às vezes ficamos calados, com medo de denunciar. /Até falamos em profetas, mas não vamos profetizar (bis). Entramos em muitas igrejas, nos livros vamos meditar/ Mas quando chega à verdade, gostamos de silenciar. (bis)

2-Elias é a inspiração, foi ele que nos alertou. /Quem vive no mundo do medo, jamais segue o Senhor. Uma vida de muita reza, de encontro e reflexão/ Que os santos carmelitas, nos ajudem em nossa Missão. (bis)

3-No Monte com Santo Eliseu, nós vamos profetizar./ Falar do amor de Cristo, no Carmelo denunciar (bis). Palavras e mais palavras, precisamos silenciar/ Gritar com o Profeta Elias, no mundo evangelizar. (bis) 

O Seu Tião- 83 Anos de vida- da Comunidade do Alto do Rio das Pedras, em Lídice- distrito de Rio Claro, Rio de Janeiro, fala “O Milagre de Nossa Senhora do Carmo” no Eremitério Fonte de Elias.  Convento do Carmo, Lapa, Rio de Janeiro. 28 de dezembro-2015. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com

O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, direto da Praça de São Pedro, no Vaticano, fala sobre o “Rosto de Jesus Cristo”, a partir das diversas nações presentes na Praça. Convento do Carmo, Lapa, Rio de Janeiro. 27 de dezembro-2015. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com