Nomeado o novo Núncio Apostólico para o Brasil
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Trata-se de Sua Excelência Reverendíssima Dom Giambattista Diquattro, Arcebispo titular de Giromonte, até agora Núncio Apostólico na Índia e Nepal
Vatican news
O Santo Padre nomeou o novo Núncio Apostólico para o Brasil. Trata-se de Sua Excelência Reverendíssima Dom Giambattista Diquattro, Arcebispo titular de Giromonte, até agora Núncio Apostólico na Índia e Nepal.
Giambattista Diquattro nasceu em Bolonha, Emília-Romanha, Itália, em 18 de março de 1954 é arcebispo, diplomata, teólogo e canonista. Foi ordenado sacerdote em 1981. Recebeu seu mestrado em Direito Civil na Universidade de Catânia, e doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense em Roma e mestrado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma.
Entrou para o Serviço Diplomático da Santa Sé em 1º de maio de 1985, e serviu em missões diplomáticas nas representações pontifícias na República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Chade, nas Nações Unidas em Nova York, e mais tarde na Secretaria de Estado do Vaticano, e na Nunciatura Apostólica na Itália. O Papa João Paulo II o nomeou núncio apostólico no Panamá em 2 de abril de 2005. Bento XVI o nomeou núncio apostólico na Bolívia em 21 de novembro de 2008 e em 21 de janeiro de 2017, o Papa Francisco o nomeou Núncio Apostólico na Índia e no Nepal. Fonte: https://www.vaticannews.va
Dom Hélder Câmara e Dom Luciano Mendes de Almeida: a opção pelos pobres
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O dia 27 de agosto marca a data de falecimento de dois arcebispos que fizeram história no Brasil e na Igreja Católica por suas atuações a favor dos pobres e oprimidos: dom Hélder Câmara e dom Luciano Mendes de Almeida. Esses religiosos, que agiram na época em que o país passava por uma ditadura militar, são lembrados pelo trabalho da caridade, da fé e da transformação social. Em 2020, celebra-se o 21º aniversário da morte de dom Hélder e o 14º aniversário da morte de dom Luciano, dois profetas que deixaram um legado importante na luta por um mundo mais justo e solidário.
Dom Hélder Pessoa Câmara nasceu em Fortaleza, Ceará, no ano de 1909, e foi arcebispo de Olinda e Recife. Antes de exercer a função de arcebispo em Pernambuco, foi bispo auxiliar na Arquidiocese do Rio de Janeiro. Também foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, atuou como secretário-geral da CNBB, ajudou na criação do Conselho Episcopal Latino-Americano - Celam e recebeu quatro indicações ao Prêmio Nobel da Paz. Dom Hélder faleceu no dia 27 de agosto de 1999, em Recife, aos 90 anos.
Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, no ano de 1930, e foi arcebispo de Mariana. Antes de exercer a função de arcebispo em Minas Gerais, foi bispo auxiliar na Arquidiocese de São Paulo. Ingressou na Companhia de Jesus em 1947, sendo ordenado padre no ano de 1958. Também atuou como secretário-geral e presidente da CNBB. Dom Luciano faleceu no dia de 27 de agosto de 2006, em São Paulo, aos 75 anos.
Histórias de vida
Comprometidos com a justiça social e com a defesa dos direitos humanos, dom Hélder Câmara e dom Luciano Mendes de Almeida foram importantes lideranças políticas e religiosas da história do Brasil. Considerados pela Igreja como “servos de Deus”, ambos dedicaram suas vidas a serviço dos pobres, oprimidos e marginalizados.
Dom Hélder começou sua trajetória de ajuda aos mais necessitados como bispo auxiliar no Rio de Janeiro em 1952. Na época, fundou o Banco da Providência e a Cruzada São Sebastião, com a finalidade de dar moradias e integrar as periferias cariocas na estrutura socioeconômica da cidade. No ano de 2013, Ivanir Rampon concedeu uma entrevista à IHU On-Line para falar da história, da mística e da espiritualidade do profeta. “A ação de dom Hélder nas favelas o colocou em uma estrada que nunca mais abandonou: a via do empenho para conseguir a justiça social no seu país, na América Latina e no Terceiro Mundo”, disse Rampon.
“Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista”. Hélder Câmara
Em 1964, depois de 12 anos à frente da Arquidiocese do Rio de Janeiro, dom Hélder foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife, função que exerceu até 1985, exatamente no período em que o Brasil passava por uma ditadura militar. Também conhecido no cinema como o “Santo Rebelde”, dom Hélder atuou a favor dos mais pobres e também foi um notável defensor dos direitos humanos. Devido ao seu posicionamento, sofreu perseguição e censura, mas não deixou de enfrentar o governo autoritário brasileiro. Em 1970, proferiu o discurso “Quaisquer que sejam as consequências”, na frente de uma plateia de mais de 20 mil pessoas, em Paris, na França, denunciando as torturas e os crimes que ocorriam no Brasil.
Além da sua postura a favor dos direitos humanos na ditadura, dom Hélder também ajudou na construção da Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín, na Colômbia, em 1968, e participou da Terceira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, na cidade de Puebla, no México, em 1979. Em todas essas ocasiões, dom Hélder defendeu a sua principal bandeira: a “opção preferencial pelos pobres”, que posteriormente orientou boa parte do projeto da Igreja latino-americana.
Já a atuação do religioso jesuíta dom Luciano Mendes de Almeida se projetou em toda a América Latina e em muitos países na Europa, especialmente na Itália, onde trabalhou em uma prisão por cinco anos. Sua trajetória como bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, entre 1976 e 1988, foi marcada com a fundação da Pastoral do Menor, que visava ajudar crianças e adolescentes das periferias paulistas. Dom Luciano também foi presidente da CNBB de 1987 a 1995, no momento da transição democrática e da constituinte. Depois, de 1988 a 2006, trabalhou em ambientes rurais carentes de Mariana, em Minas Gerais.
Assim como dom Hélder, para defender a “opção preferencial pelos pobres”, dom Luciano foi secretário da Terceira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, na cidade de Puebla, no México, em 1979, quando se discutiam a continuidade e os entraves às diretrizes constituídas desde Medellín.
Uma alegria maior é a alegria de ver a recuperação de certas pessoas, seja da dependência química, da dependência de drogas, seja de um processo de conversão pessoal - Luciano Mendes de Almeida
Em uma entrevista concedida à IHU On-Line, no dia 8 de outubro de 2005, dom Luciano Mendes de Almeida disse que o contato com o sofrimento humano despertava nele uma grande vontade de trabalhar e ajudar. “Uma alegria maior, quase pontualizada, é a alegria de ver a recuperação de certas pessoas, seja da dependência química, da dependência de drogas, seja de um processo de conversão pessoal. Isso dá muita alegria para quem tem a missão de querer ajudar os outros a reencontrar a paz interior”, relatou dom Luciano, poucos meses antes da sua morte.
Processo de beatificação e canonização
Pelo reconhecimento de seus testemunhos, dom Hélder Câmara teve seu processo de beatificação aberto pelo Vaticano em 2015 e dom Luciano Mendes de Almeida em 2014. A fase diocesana do processo de ambos foi encerrada em 2018. Todos os documentos, como manuscritos, laudos, cartas e pareceres já foram remetidos à Congregação para a Causa dos Santos com o objetivo de comprovar as virtudes heroicas dos bispos.
Agora, é preciso aguardar o avanço do processo de beatificação na etapa romana. Se houver a comprovação de um milagre, dom Hélder e dom Luciano poderão ser proclamados beatos pela Igreja. Posteriormente, se houver a comprovação de outro milagre, serão canonizados, ou seja, se tornarão santos.
A luta pelos pobres continua
Neste mês de agosto, o Brasil ultrapassou a marca de 100 mil mortos pelo coronavírus, sendo o segundo país do mundo com maior número de vítimas. Esses números trágicos somam-se ao aprofundamento das desigualdades sociais, às violações dos direitos constitucionais para as populações do campo, indígenas, quilombolas e de proteção ao meio ambiente, além do desamparo do Estado para garantir políticas de proteção social aos mais vulneráveis. Todas essas questões demonstram ainda mais a importância de recordar o legado e a trajetória de dom Hélder Câmara e de dom Luciano Mendes de Almeida.
Recentemente, no dia 19 de agosto deste ano, em sua série de catequeses dedicadas à pandemia, o papa Francisco disse a seguinte frase que dá esperança para aqueles que estão em busca de uma sociedade mais justa: “Por um lado, é essencial encontrar uma cura para um pequeno mas terrível vírus que põe o mundo inteiro de joelhos. Por outro, temos de curar um grande vírus, o da injustiça social, desigualdade de oportunidades, marginalização e falta de proteção para os mais vulneráveis. Nesta dupla resposta de cura há uma escolha que, segundo o Evangelho, não pode faltar: é a ‘opção preferencial pelos pobres’”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Sábado 29. Martírio de São João Batista. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, O. Carm
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1) Oração
Ó Deus, quisestes que São João Batista fosse o precursor do nascimento e da morte do vosso Filho; como ele tombou na luta pela justiça e a verdade, fazei-nos também lutar corajosamente para testemunhar a vossa palavra. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 6,17-29)
17Pois o próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado.18João tinha dito a Herodes: Não te é permitido ter a mulher de teu irmão.19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, não o conseguindo, porém.20Pois Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo; protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente o ouvia.21Chegou, porém, um dia favorável em que Herodes, por ocasião do seu natalício, deu um banquete aos grandes de sua corte, aos seus oficiais e aos principais da Galiléia.22A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e dos seus convivas. Disse o rei à moça: Pede-me o que quiseres, e eu to darei.23E jurou-lhe: Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja a metade do meu reino.24Ela saiu e perguntou à sua mãe: Que hei de pedir? E a mãe respondeu: A cabeça de João Batista.25Tornando logo a entrar apressadamente à presença do rei, exprimiu-lhe seu desejo: Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista.26O rei entristeceu-se; todavia, por causa da sua promessa e dos convivas, não quis recusar.27Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere,28trouxe a sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe.29Ouvindo isto, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro.
3) Reflexão
Hoje comemoramos o martírio de São João Batista. O evangelho traz a descrição de como João Batista foi morto sem processo, durante um banquete, vítima da corrupção e da prepotência de Herodes e sua corte.
Marcos 6,17-20. A causa da prisão e do assassinato de João.
Herodes era um empregado do império romano. Quem mandava mesmo na Palestina, desde 63 antes de Cristo, era César, o imperador de Roma. Herodes, para não ser deposto, procurava agradar a Roma em tudo. Insistia sobretudo numa administração eficiente que desse lucro ao Império e a ele mesmo. A preocupação de Herodes era a sua própria promoção e segurança. Por isso, reprimia qualquer tipo de subversão. Ele gostava de ser chamado de benfeitor do povo, mas na realidade era um tirano (cf. Lc 22,25). Flávio José, um escritor daquela época, informa que o motivo da prisão de João Batista era o medo que Herodes tinha de um levante popular. A denúncia de João Batista contra a moral depravada de Herodes (Mc 6,18), foi a gota que fez transbordar o copo, e João foi preso.
Marcos 6,21-29: A trama do assassinato.
Aniversário e banquete de festa, com danças e orgias! Era o ambiente em que os poderosos do reino se reuniam e no qual se costuravam as alianças. A festa contava com a presença “dos grandes da corte, dos oficiais e das pessoas importantes da Galileia”. É nesse ambiente que se trama o assassinato de João Batista. João, o profeta, era uma denúncia viva desse sistema corrupto. Por isso, ele foi eliminado sob pretexto de um problema de vingança pessoal. Tudo isto revela a fraqueza moral de Herodes. Tanto poder acumulado na mão de um homem sem controle de si! No entusiasmo da festa e do vinho, Herodes fez um juramento leviano a uma jovem dançarina. Supersticioso como era, pensava que devia manter esse juramento. Para Herodes, a vida dos súditos não valia nada. Dispunha deles como dispunha da posição das cadeiras na sala. Marcos conta o fato tal qual e deixa às comunidades e a nós a tarefa de tirarmos as conclusões.
Nas entrelinhas, o evangelho de hoje traz muitas informações sobre o tempo em que Jesus vivia e sobre a maneira como era exercido o poder pelos poderosos da época. Galileia, terra de Jesus, era governada por Herodes Antipas, filho do rei Herodes, o Grande, desde 4 antes de Cristo até 39 depois de Cristo. Ao todo, 43 anos! Durante todo o tempo que Jesus viveu, não houve mudança de governo na Galileia! Herodes era dono absoluto de tudo, não prestava conta a ninguém, fazia o que bem entendia. Prepotência, falta de ética, poder absoluto, sem controle por parte do povo!
Herodes construiu uma nova capital, chamada Tiberíades. Sefforis, a antiga capital, tinha sido destruída pelos romanos em represália contra um levante popular. Isto aconteceu quando Jesus tinha em torno de sete anos de idade. Tiberíades, a nova capital, foi inaugurada treze anos mais tarde, quando Jesus tinha seus 20 anos. Era chamada assim para agradar a Tibério, o imperador de Roma. Tiberíades era um quisto estranho na Galileia. Era lá que viviam o rei, “os magnatas, os generais e os grandes da Galileia” (Mc 6,21). Era lá que moravam os donos das terras, os soldados, a polícia, os juízes muitas vezes insensíveis (Lc 18,1-4). Para lá eram levados os impostos e o produto do povo. Era lá que Herodes fazia suas orgias de morte (Mc 6,21-29). Não consta nos evangelhos que Jesus tenha entrado nessa cidade.
Ao longo daqueles 43 anos do governo de Herodes, criou-se toda uma classe de funcionários fieis ao projeto do rei: escribas, comerciantes, donos de terras, fiscais do mercado, publicanos ou coletores de impostos, militares, policiais, juizes, promotores, chefes locais. A maior parte deste pessoal morava na capital, gozando dos privilégios que Herodes oferecia, por exemplo, isenção de impostos. Outra parte vivia nas aldeias. Em cada aldeia ou cidade havia um grupo de pessoas que apoiavam o governo. Vários escribas e fariseus estavam ligados ao sistema e à política do governo. Nos evangelhos, os fariseus aparecem junto com os herodianos (Mc 3,6; 8,15; 12,13), o que reflete a aliança que existia entre o poder religioso e poder civil. A vida do povo nas aldeias da Galileia era muito controlada, tanto pelo governo como pela religião. Era necessário ter muita coragem para começar algo novo, como fizeram João e Jesus! Era o mesmo que atrair sobre si a raiva dos privilegiados, tanto do poder religioso como do poder civil, tanto em nível local como estadual.
4) Para um confronto pessoal
1-Conhece casos de pessoas que morreram vítimas da corrupção e da dominação dos poderosos? E aqui entre nós, na nossa comunidade e na igreja, há vítimas de desmando e de autoritarismo? Dê um exemplo.
2-Superstição, covardia e corrupção marcavam o exercício do poder de Herodes. Compare com o exercício do poder religioso e civil hoje nos vários níveis tanto da sociedade como da Igreja.
5) Oração final
É em vós, Senhor, que procuro meu refúgio; que minha esperança não seja para sempre confundida. Por vossa justiça, livrai-me, libertai-me; inclinai para mim vossos ouvidos e salvai-me. (Sl 70, 1-2)
Em paróquia de SP, substância proibida é indicada para cura do coronavírus em até dois dias
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Anvisa diz que produto faz mal e não tem efeito; para padre, composto poderia acabar com a pandemia
Padre Ticão na Igreja São Francisco de Assis, em Ermelino Matarazzo, no extremo leste paulistano - Marlene Bergamo/Folhapress
SÃO PAULO
Uma mulher é chamada à frente do salão paroquial da igreja São Francisco de Assis, em Ermelino Matarazzo (zona leste de SP), para dar um testemunho sobre como se curou do coronavírus. Ela pergunta se pode tirar a máscara para falar e ouve que, sim, pois ali todos usam um produto conhecido como MMS.
“Fiquei com a Covid dia 16 de abril trabalhando em doações de cesta básica, minha família inteira estava com Covid. Um anjo soube que eu estava com o sintomas e o anjo foi e mandou o MMS para mim”, diz a mulher. “A minha família toda se livrou”.
MMS (da sigla em inglês para Miracle Mineral Supplement) é feito a base de um composto químico, dióxido de cloro, não é autorizado pela Anvisa para ser usado como remédio. Médicos afirmam que a substância, usada em alguns produtos de limpeza, é prejudicial à saúde.
No entanto, frequentadores da paróquia da zona leste dão curso sobre como usar a substância para se curar de várias doenças, incluindo coronavírus. Ali, fala-se que, em dois dias, infectados com a doença que já matou mais de 118 mil pessoas no Brasil são curados em dois dias.
As indicações acontecem durante aulas de naturopatia, uma prática de medicina alternativa, com apoio e presença do padre Antônio Luiz Marchioni, o Padre Ticão, que tem trabalho reconhecido na área social na zona leste. À frente de uma lousa cheia de instruções, muitas vezes sem máscaras, adeptos da prática detalham o uso do produto.
“Aqui na igreja São Francisco há mais de quatro anos que trabalhamos com o MMS, dióxido de cloro, e no momento atual eu posso lhe apresentar 100 pessoas que tomaram e as 100 pessoas venceram o coronavírus. Se você for no hospital Tide Setúbal, de cada 100 pessoas que entraram na UTI 90 foram pro cemitério da Saudade”, disse.
“O dióxido de cloro cura coronavírus. Se o mundo usasse dióxido de cloro, já teria resolvido o problema do coronavírus no mundo”.
Ticão atribui a proibição da substância à indústria farmacêutica, que “odeia o dióxido de cloro”. Ele também criticou a Anvisa: “A dona Anvisa, como o povo fala, ela obedece à FDA americana (Food and Drug Administration, autoridade sanitária dos EUA)”.
O padre cita também o caso da Bolívia, onde a Câmara aprovou o uso da substância contra coronavírus.
O padre também é um entusiasta do uso medicinal da cannabis, substância que, diferentemente do MMS, tem benefícios reconhecidos pela ciência para diversos problemas de saúde.
As aulas acontecem no salão paroquial da igreja e também são transmitidas pela internet. Em uma delas, uma das pessoas que conduz o evento apresenta os protocolos para o uso do dióxido de cloro.
“O protocolo C, 20 ml de CDS concentrado, em um litro de água mineral ou filtrada, tomando cinco vezes pela manhã e cinco vezes pela tarde. Quem pode usar esse protocolo C? Todas as pessoas, para prevenção, para não pegar o vírus, profissionais da saúde que trabalham com doentes e pacientes positivos do Covid assintomáticos. Então, a pessoa toma, já resolve o caso dela e quem pegou já se cura”, diz a mulher. “Em dois dias, quem pegou o vírus se curou.”
Também há instruções para fazer gargarejo e usar o produto nas narinas. “Você vai injetar, o que vai acontecer? Vai lavar a fossa nasal”, afirmou. “Acabou, gente, não tem vírus que aguenta, oxidação”, conclui.
Protocolos para pessoas em estado grave preveem doses maiores de dióxido de cloro.
Sem base científica, o mesmo produto também é usado como uma falsa cura para o autismo, conforme a Folha noticiou. A subtância foi proibido pela Anvisa em 2018.
A agência enviou alerta a vigilâncias sanitárias estaduais sobre a proibição da substância e iniciou uma força-tarefa para tentar retirar o produto do mercado, derrubando anúncios de venda na internet. A agência fez um vídeo alertando para os perigos do uso da substância, presente em alguns alvejantes.
Questionada sobre o uso dela para combater o coronavírus, a Anvisa afirmou que "trata-se de substância que, normalmente, tem uso saneante em desinfecção de superfícies". "Dióxido de cloro tem ação antimicrobiana. Não está, de forma alguma, aprovado pela Anvisa para combater o Covid-19", conclui a agência.
Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), diz que o produto faz mal à saúde.
"Não existe nenhuma comprovação científica de que o MMS possa ter um papel na prevenção de qualquer doença. Ao contrário, o dióxido de cloro, todos os trabalhos indicam que pode fazer mal à saúde. É um ácido, um irritante potente, utilizado na desinfecção e na limpeza dos ambientes. E ele pode dessa forma agredir também o organismo", afirma Stucchi.
"O que nós temos que ter cuidado é na avaliação das pessoas que falam que tomaram a medicação e sararam do vírus. Temos que lembrar que a Covid é uma doença em que 80% das pessoas, se tomarem, água, chá de hortelã ou até o dióxido de cloro vão ter uma evolução muito boa, vão se curar. Com uma vantagem de quem tomar água e chá de hortelã não vai ter nenhum efeito colateral. Já quem toma o dióxido de cloro pode ter efeitos colaterais claros", declara.
"Não há nenhum milagre. As pessoas que passam a informação de algum benefício do dióxido de cloro estão enganando os outros que querem acreditar que haja algum tratamento milagroso." Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
ANGRA-AO VIVO: Quinta-feira da Adoração, Confissão e Caridade
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# Tempodecuidar
Cáritas Brasileira/ CNBB- Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Angra dos Reis/RJ-Diocese de Itaguaí.
No mês vocacional continuamos com a nossa campanha #tempodecuidar. Todos os dias, entre 20 e 30 famílias batem à porta do Convento do Carmo com a esperança de ganhar um pouco de alimento. Infelizmente nem sempre podemos ajudar diante da grande demanda neste tempo de pandemia.
Até o momento já doamos mais de 2.300 cestas básicas graças ao apoio da comunidade paroquial e amigos e amigas até mesmo de outros estados e países.
Nós Frades Carmelitas; Petrônio e Marcelo, agradecemos a caridade de todos e todas.
#Tempo de cuidar: Ajude os pobres de Angra dos Reis em tempos de pandemia (Contatos para doação: Convento do Carmo; 3367-3412 (Frei Petrônio). Meu Whatsapp- (21) 982917139. Whatsapp da Conceição Fonseca: 97404-1826)
EVANGELHO DO DIA-21º DOMINGO DO TEMPO COMUM. Quinta-feira, 27 de agosto-2020. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 24, 42-51)
42Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor.43Sabei que se o pai de família soubesse em que hora da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria arrombar a sua casa.44Por isso, estai também vós preparados porque o Filho do Homem virá numa hora em que menos pensardes.45Quem é, pois, o servo fiel e prudente que o Senhor constituiu sobre os de sua família, para dar-lhes o alimento no momento oportuno?46Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, na sua volta, encontrar procedendo assim!47Em verdade vos digo: ele o estabelecerá sobre todos os seus bens.48Mas, se é um mau servo que imagina consigo:49- Meu senhor tarda a vir, e se põe a bater em seus companheiros e a comer e a beber com os ébrios,50o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e na hora em que ele não sabe,51e o despedirá e o mandará ao destino dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.
3) Reflexão Mateus 24, 42-51
O evangelho de hoje, festa de Santo Agostinho, fala da vinda do Senhor no fim dos tempos e nos exorta à vigilância. Na época dos primeiros cristãos, muita gente achava que o fim deste mundo estava perto e que Jesus voltaria logo. Hoje, muita gente acha que o fim do mundo está perto. Por isso, é bom refletir sobre o significado da vigilância.
Mateus 24,42: Vigilância
“Portanto, fiquem vigiando! Porque vocês não sabem em que dia virá o Senhor de vocês”. A respeito do dia e da hora do fim do mundo, Jesus tinha dito: "Quanto a esse dia e essa hora, ninguém sabe nada, nem os anjos, nem o Filho, mas somente o Pai!" (Mc 13,32). Hoje, muita gente vive preocupado com o fim do mundo. Nas ruas das cidades, você vê escrito nas paredes: Jesus voltará! E como será esta vinda? Depois do ano 1000, apoiados no Apocalipse de João (Apc 20,7), começaram a dizer: “De 1000 passou, mas de 2000 não passará!” Por isso, na medida em que o ano 2000 chegava mais perto, muitos ficavam preocupados. Teve até gente que, angustiada com a proximidade do fim do mundo, chegou a cometer suicídio. Outros, lendo o Apocalipse de João, chegaram a predizer a hora exata do fim. Mas o ano 2000 passou e nada aconteceu. O fim não chegou! Muitas vezes, a afirmação “Jesus voltará” é usada para meter medo nas pessoas e obrigá-las a frequentar uma determinada igreja! Outros ainda, de tanto esperar e especular em torno da vinda de Jesus, já nem percebem mais a presença dele no meio de nós, nas coisas mais comuns da vida, nos fatos do dia-a-dia.
A mesma problemática havia nas comunidades cristãs dos primeiros séculos. Muita gente das comunidades dizia que o fim deste mundo estava perto e que Jesus voltaria logo. Alguns da comunidade de Tessalônica na Grécia, apoiando-se na pregação de Paulo, diziam: “Jesus vai voltar logo!” (1 Tes 4,13-18; 2 Tes 2,2). Por isso, havia até pessoas que já não trabalhavam, porque achavam que a vinda fosse coisa de poucos dias ou semanas. “Trabalhar para que, se Jesus vai voltar logo?” (cf 2Ts 3,11). Paulo responde que não era tão simples como eles imaginavam. E aos que já não trabalhavam avisava: “Quem não quiser trabalhar não tem direito de comer!” Outros ficavam só olhando o céu, aguardando o retorno de Jesus sobre as nuvens (cf At 1,11). Outros reclamavam da demora (2Pd 3,4-9). Em geral, os cristãos viviam na expectativa da vinda iminente de Jesus. Jesus viria realizar o Juízo Final para encerrar a história injusta deste mundo cá de baixo e inaugurar a nova fase da história, a fase definitiva do Novo Céu e da Nova Terra. Achavam que isto aconteceria dentro de uma ou duas gerações. Muita gente ainda estaria viva quando Jesus fosse aparecer glorioso no céu (1Ts 4,16-17; Mc 9,1). Outros, cansados de esperar, diziam: “Ele não vai voltar nunca! (2 Pd 3,4).
Até hoje, a vinda de Jesus ainda não aconteceu! Como entender esta demora? É que já não percebemos que Jesus já voltou, já está no nosso meio: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo." (Mt 28,20). Ele já está do nosso lado na luta pela justiça, pela paz, pela vida. A plenitude ainda não chegou, mas uma amostra ou garantia do Reino já está no meio de nós. Por isso, aguardamos com firme esperança a libertação plena da humanidade e da natureza (Rm 8,22-25). E enquanto esperamos e lutamos, dizemos acertadamente: “Ele já está no meio de nós!” (Mt 25,40).
Mateus 24,43-51: O exemplo do dono da casa e seus dois empregados
“Compreendam bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente ficaria vigiando, e não deixaria que a sua casa fosse arrombada”. Jesus deixa bem claro. Ninguém sabe nada a respeito da hora: "Quanto a esse dia e essa hora, ninguém sabe nada, nem os anjos, nem o Filho, mas somente o Pai!" O que importa mesmo não saber a hora do fim deste mundo, mas sim ter um olhar capaz de perceber a vinda de Jesus já presente no meio de nós na pessoa do pobre (cf Mt 25,40) e em tantos outros modos e acontecimentos da vida de cada dia. O que importa é abrir os olhos e ter presente o exemplo do bom empregado de que Jesus fala na parábola.
4) Para um confronto pessoal
1-Perguntas para a reflexão:
2-Em que sinais o povo se apóia para dizer que o fim do mundo está perto? Você acha que o fim do mundo está perto?
3-O que responder aos que dizem que o fim do mundo está próximo? Qual a força que anima você a resistir e ter esperança?
5) Oração final
Dia a dia vos bendirei, e louvarei o vosso nome eternamente. Grande é o Senhor e sumamente louvável, insondável é a sua grandeza. (Sl 144, 2-3)
Associação religiosa de padre Robson fez saques de mais de R$ 100 milhões, diz promotor
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Associação religiosa de padre Robson fez saques de mais de R$ 100 milhões, diz promotor
Religioso com status de celebridade, pároco da Basílica do Divino Pai Eterno, em Goiás, é apontado pelo MP como líder de uma organização criminosa
Gustavo Schmitt
Acostumado a rodar o Brasil e levar multidões para suas missas, o padre Robson de Oliveira Pereira, de 46 anos, é apontado pelo Ministério Público como chefe de uma organização criminosa que desviou R$ 60 milhões doados pelos fiéis. Foto: Reprodução
SÃO PAULO — "Estamos falando de um império, de onde foram sacados por pessoas de confiança do padre mais de R$ 100 milhões em espécie de contas de associações religiosas e há indícios de crimes". A afirmação é do promotor do Ministério Público (MP) de Goiás, Sandro Halfeld, um dos responsáveis pelo inquérito que investiga desvios milionários de doações de fiéis pelo padre Robson de Oliveira Pereira das Associações dos Filhos do Pai Eterno (Afipes), em Trindade, na região metropolitana de Goiás.
As investigações recaem sobre a trajetória de um padre com status de celebridade entre os católicos e números superlativos: nas redes sociais são 4 milhões de seguidores. Todos os anos, o padre Robson comanda uma das maiores celebrações religiosas do país, a festa do Divino Pai Eterno, cuja romaria chega a reunir cerca de 3 milhões de pessoas em Trindade, onde nasceu e foi criado. Fonte: https://oglobo.globo.com
ANGRA: Dia da Adoração, Confissão e Caridade
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O Frei Petrônio de Miranda, O. Carm, Padre Carmelita e Jornalista- Direto do Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ- convida a comunidade para mais um Dia da Confissão, Adoração e Caridade na Igreja Conventual do Carmo. No Vídeo, ele entrevista o Zélio Nascimento, da Fraternidade Santa Dulce dos Pobres.
# Tempodecuidar
Cáritas Brasileira/ CNBB- Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Angra dos Reis/RJ-Diocese de Itaguaí.
No mês vocacional continuamos com a nossa campanha #tempodecuidar. Todos os dias, entre 20 e 30 famílias batem à porta do Convento do Carmo com a esperança de ganhar um pouco de alimento. Infelizmente nem sempre podemos ajudar diante da grande demanda neste tempo de pandemia. Até o momento já doamos mais de 2.300 cestas básicas graças ao apoio da comunidade paroquial e amigos e amigas até mesmo de outros estados e países.
Nós Frades Carmelitas; Petrônio e Marcelo, agradecemos a caridade de todos e todas.
#Tempo de cuidar: Ajude os pobres de Angra dos Reis em tempos de pandemia
(Contatos para doação: Convento do Carmo; 3367-3412 (Frei Petrônio). Meu Whatsapp- (21) 982917139. Whatsapp da Conceição Fonseca: 97404-1826) Convento do Carmo de Angra. 26 de agosto-2020. www.olharjornalistico.com.br
Hacker diz que fez parte da chantagem contra padre Robson na delegacia após ser preso e teve que dar R$ 165 mil a delegado
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Padre Robson reassume reitoria do Santuário Basílica de Trindade pelos próximos quatro anos em Goiás — Foto: Afipe/Divulgação
Condenado por extorsão, ele afirmou em depoimento que produziu montagens enviadas ao pároco quando estava detido com permissão do delegado Kleiton Dias, que não quis se manifestar. Processo originou ação do MP sobre desvios na Afipe.
Por Sílvio Túlio e Gabriel Garcia, G1 GO e TV Anhanguera
O hacker Welton Ferreira Nunes Júnior, uma das cinco pessoas condenadas pela Justiça por extorquir dinheiro do padre Robson de Oliveira, disse em depoimento à Justiça que e-mails e imagens usados na chantagem foram criados de "dentro da delegacia", quando estava preso. Ele contou ainda que o delegado Kleyton Manoel Dias, responsável pela investigação do caso, consentiu o procedimento e, após a montagem do material, cobrou dele R$ 165 mil.
À TV Anhanguera, o delegado disse que não ia comentar o assunto. A Polícia Civil informou que a Corregedoria apura o caso. Já a defesa do padre Robson afirmou que o fato "somente reafirma que todo o conteúdo das mensagens mencionadas é falso" (leia na íntegra o posicionamento ao final do texto).
O processo de extorsão ao padre originou a Operação Vendilhões, deflagrada pelo MP para apurar desvios de doações feitas por fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), responsável pelo Santuário Basílica de Trindade, cidade na Região Metropolitana de Goiânia. Fundador e presidente da entidade, padre Robson se afastou das funções temporariamente. Ele nega qualquer irregularidade.
O depoimento de Welton consta no processo de extorsão. Nele, o hacker conta que foi contratado e receberia R$ 1,5 milhão para "pegar informações do padre" por uma suspeita de que ele tinha um caso amoroso. No entanto, ele optou por chantagear o próprio religioso, pedindo um valor maior - R$ 2 milhões - para não divulgar as supostas provas contra ele.
No processo, consta que Welton também teria um caso amoroso com o padre Robson. O hacker, apontado como o mentor da extorsão, disse que em todo momento conversou com o religioso por um aplicativo de mensagens.
Welton afirma que somente após a prisão é que começou produzir o material contra o padre e criar o e-mail que foi enviado com ele. Tudo isso, segundo ele, na delegacia e com a permissão do delegado.
"Eu fiquei uma semana lá na Deic [Delegacia Estadual de Investigações Criminais] criando isso aí (...). Fiquei uma semana dentro da sala do delegado fazendo isso aí", disse Welton no depoimento.
Uma dessas criações é um e-mail enviado ao padre em 24 de março de 2017. Usando a alcunha "Detetive Miami" - também criada na delegacia, segundo ele - o hacker escreve que está com "cópia de todos os seus emails" e "dois anos de conversa no WhatsApp".
No texto, ele cita ainda um suposto "caso" do religioso com uma mulher e cobra R$ 2 milhões para não divulgar o material.
No tempo em que ficou detido, ele disse que ficou preso "na sala do delegado", que dormia e tomava banho lá. Welton afirmou ainda que, quando terminou de criar o material, o delegado e alguns agentes começaram a cobrar dinheiro dele e até a agredi-lo. Ele diz que pagou, mas que o dinheiro era próprio e não da extorsão ao padre.
"Quando nós terminamos, aí o delegado falou 'eu quero dinheiro, eu quero dinheiro', e batia em mim (...). O dinheiro ficou com eles, né. Em torno de R$ 165 mil", disse.
Entenda o caso
No dia 21 de agosto, o MP deflagrou a Operação Vendilhões, que apura desvios de verba e lavagem de dinheiro na Afipe
A ação apura o uso de dinheiro da Afipe - em sua grande maioria doada por fiéis - na compra de fazendas, casas de praia e outros imóveis de luxo. O MP afirma que eram usados "laranjas" e empresas de fachada para a prática dos crimes
Um processo de extorsão sofrido pelo padre Robson originou a ação do MP. A Justiça afirma que um hacker extorquiu o pároco tinha um romance com ele e ameaçava expor casos
A investigação aponta que a Afipe movimentou cerca de R$ 2 bilhões na última década. Ao menos R$ 120 milhões teriam sido desviados
Fundador e presidente da Afipe, padre Robson se afastou do cargo por conta da operação. Ele era o responsável por gerir um orçamento de R$ 20 milhões mensais
Nota da Polícia Civil:
Em relação ao questionamento formulado, a Polícia Civil de Goiás informa que a atual gestão instaurou procedimento na Corregedoria da instituição para apurar eventual transgressão disciplinar de policiais civis. O procedimento é sigiloso enquanto estiver em andamento, razão pela qual não serão prestadas maiores informações.
Nota do padre Robson:
Isto somente reafirma que todo o conteúdo das mensagens mencionadas é falso. Os responsáveis já foram condenados pelo Judiciário com severas penas. Este processo, no qual o padre Robson figura como vítima destes criminosos, está sob sigilo, conforme decisão do Tribunal de Justiça de Goiás.
PADRE ROBSON E AFIPE
Fonte: https://g1.globo.com
É de outra Igreja que precisamos
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O caso envolvendo irregularidades com o padre Robson do Santuário do Pai Eterno em Goiânia, está em investigação, tomara que não passe de um engano, mas a validade do artigo do Pe. Manoel Joaquim não depende da culpa ou inocência do Pe, Robson. Este artigo poderia já ter sido escrito há muito tempo e não mudaria o sentido de sua preocupação (Olimpio de Souza, no facebook).
Veja a seguir artigo de Pe. Manuel Joaquim R. dos Santos, de Londrina PR
O caso envolvendo irregularidades com o padre Robson do Santuário do Pai Eterno em Goiânia, nos leva a necessárias e sérias reflexões. Há anos atrás eu escrevi um artigo mordaz, discorrendo sobre o que chamava genericamente de “padres cantores”. Outros preferem o termo influencer, mas dá no mesmo.
Nos anos noventa, uma estratégia clara da Igreja católica, foi o enfrentamento das Igrejas pentecostais visando concretamente a evasão dos católicos com esse destino. Foi o momento da explosão das mídias católicas – Canção Nova, Século XXI, Rede Vida etc. Todas obedecendo à mesma linha influente da RCC, em tese, a que melhor proporcionaria uma comunicação perfeita a esse objetivo primeiro. Numa linguagem do chamado catolicismo explícito, ou comunicação explicitamente religiosa, esses Meios entravam na casa dos brasileiros, cumprindo um papel, que segundo se dizia, não era mais atingido pelas paróquias e antigas estruturas. Com isso, os lares católicos brasileiros passaram a ter um canal “católico” em suas casas, dando catequese, ditando a moral, formando opinião e em alguns casos, em rota de colisão com a Igreja ou com vários párocos. Mas o pior! Geralmente esses programas criaram locais específicos de grandes peregrinações, que se transformaram numa espécie de super paróquia. Católicos geralmente quase nada envolvidos em atividades eclesiais e descompromissados com a Comunidade de origem, faziam peregrinações sistemáticas e mobilizavam outros, até esses points da fé! Por sua vez, padres midiáticos cada vez mais aperfeiçoados no metier, recorrendo a modelos nada convencionais (cowboy – country, show man etc.), abusando de batinas e clergyman, iam se impondo no imaginário popular como super heróis do catolicismo moderno a atual. Paradoxalmente, mal sabiam os idosos e espectadores, que de moderno e atual essa gente não tem quase nada. O conteúdo desses shows da fé, abusando de devocionismos e sacramentários (no pior sentido do termo), arrasavam com a caminhada histórica da Igreja brasileira e resgatavam modos populares, em nada condizentes com uma boa e necessária evangelização. Que a devoção seja positiva e uma boa plataforma para voos mais altos em termos de compromisso com o Reino de Deus, é pacífico e defendido em inúmeros documentos do Magistério. Porém, o devocionismo provocado e alimentado por esses Meios de Comunicação Católicos empoderando padres recém ordenados, não é adequado ao objetivo que a Igreja Católica tem se proposto em seus Planos de Evangelização dos últimos anos.
Concomitantemente, este modelo envolve altos recursos financeiros. Uma família católica média pode receber em sua casa de dois a três boletos mensais, com solicitação de ajuda. Como aparentemente o objetivo é sacro, a generosidade do povo nunca falha. Além do dízimo, se é que em muitos casos não é substituído! São milhões. Bilhões, na verdade. Construção de Santuários faraônicos, redes de Tvs, Rádios etc. etc. Dinheiro exige administração e transparência. Um caso de escândalo envolvendo essas doações derrubam imediatamente todo o plano. O caso do padre Robson está sob investigação. Mas ao que parece, houve alto desvio para bens particulares. Em Goiânia um caso destes, já não é inédito!
Será o começo do fim de um modelo que até hoje não podemos avaliar em termos de vantagens para a evangelização? Sabemos que a tipicidade destes evangelizadores da Mídia, associados a Santuários, é tipicamente do continente americano. A peregrinação enquanto tal é inerente ao ser humano. Ele caminha como o grande paradigma da sua própria existência. Caminha por caminhar. É caminhando que se faz o caminho. Na idade média se caminhava também por penitência. No entanto, os Santuários de hoje envolvem mais do que isso. Para pior. São “centros de bênçãos” e locais de gastança de dinheiro. São erigidos a santos, anjos e arcanjos. Desenvolveu-se uma teologia medíocre e barata desses personagens do mundo da fé. Alguns são apenas programas de turismo religioso barato. Afinal, os pobres também têm o direito de ir em algum lugar, já que não o podem fazer a Roma ou Jerusalém! Isso é descer vários degraus no que a Igreja pós conciliar e o mundo atual preconizam e precisam. Multidões em algum lugar, escutando sermões, teológica e eclesialmente suspeitos, é tudo de que nós não precisamos no momento.
Eu estava na maternidade onde nasceu a Rede Vida. Em Brasília, com os cardeais da época, discutindo a possibilidade de a CNBB assumir para si “uma Tv Católica”. Pela história, sabemos da recusa dos bispos a esta possibilidade. Mas Monteiro a ofereceu. Posto isso, ela se transformou numa “TV Católica” sem a CNBB! Creio que foi uma atitude sensata dos bispos e cardeais. Ter uma televisão porta voz da Igreja fica muito caro e é perigoso. Outros países já discutiram esta opção e não a endossaram.
Está passando da hora de nos alinharmos com as ideias refrigeradas de Francisco ensopadas no Vaticano II e nas Conferências Latino Americanas. Não vejo sinceramente nenhuma contribuição deste “modelo de evangelização” usando padres-show e santuários, para uma Igreja que precisa se reinventar nos tempos de mudança de época em que nos encontramos. Muita tinta ainda correrá sobre este “fenômeno” dos anos 90 que chega até aos dias de hoje. A crise que enfrentamos hoje e que provoca na Igreja um ressurgimento da dimensão profética e de proximidade total com os sofredores, empobrecidos, descartados, discriminados e ateus, não encontra no padre Robson e tantos outros similares nenhuma empatia. Água e azeite não se misturam. Fonte: http://iserassessoria.org.br
EVANGELHO DO DIA-21º DOMINGO DO TEMPO COMUM. Quarta-feira, 26 de agosto-2020. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 23, 27-32)
27Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda podridão! 28Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. 29Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, 30e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. 31Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32Vós, pois, completai a medida de vossos pais!
3) Reflexão
Estes dois últimos Ais, que Jesus pronunciou contra os doutores da lei e os fariseus do seu tempo, retomam e reforçam o mesmo tema dos dois Ais do evangelho de ontem. Jesus critica a falta de coerência entre a palavra e a prática, entre o interior e o exterior.
Mateus 23,27-28: O sétimo Ai contra os que se parecem sepulcros caiados
“Vocês: por fora, parecem justos diante dos outros, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e injustiça”. A imagem de “sepulcros caiados” fala por si e não precisa de comentário. Jesus condena os que mantêm uma aparência fictícia de pessoa correta, mas cujo interior é a negação total daquilo que querem fazer aparecer para fora.
Mateus 23,29-32: O oitavo Ai contra os que enfeitam os sepulcros dos profetas, mas não os imitam
Os doutores e fariseus diziam: “Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices na morte dos profetas”. E Jesus conclui: pessoas que falam assim “confessam que são filhos daqueles que mataram os profetas”, pois eles dizem “nossos pais”. E Jesus termina dizendo: “Pois bem: acabem de encher a medida dos pais de vocês!” De fato, naquela altura dos acontecimentos, eles já tinham decidido matar Jesus. Assim acabavam de encher a medida dos pais.
4) Para um confronto pessoal
1) São mais dois Ais, mais dois motivos para receber uma crítica severa da parte de Jesus. Qual das dois cabe em mim?
2) Qual a imagem de mim mesmo que eu procuro apresentar aos outros? Ela corresponde ao que sou de fato diante de Deus?
5) Oração final
Felizes os que temem o Senhor, os que andam em seus caminhos. Poderás viver, então, do trabalho de tuas mãos, serás feliz e terás bem-estar. (Sl 127, 1-2)
Padre pede desculpas após desejar morte de fiéis em isolamento: 'Sou fraco'.
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O padre Antônio Firmino, da paróquia de São João Batista, em Visconde de Rio Branco (MG), pediu desculpas publicamente após o vídeo de uma missa realizada por ele viralizar. O religioso disse na cerimônia de domingo (23) que aqueles que não estavam frequentando a igreja durante a pandemia de coronavírus deveriam morrer. Ele classificou o comentário como "infeliz". "Tenho que pedir desculpas para aquelas pessoas que se sentiram ofendidas com as minhas palavras", disse ele no vídeo gravado para se retratar
"Quem me conhece sabe que sou aquela pessoa que luta pela vida plena. Desde a concepção até seu fim natural. Neste tempo de pandemia, eu tenho me empenhado para preservar a vida em todos os sentidos", completou. O padre pediu para que os fiéis o perdoassem pelo erro e que rezassem por ele, já que "sou fraco também". "Sou pecador e tenho as minhas misérias e preciso ter misericórdia de todos vocês", encerrou o religioso.
Morte para quem não rezar a missa.
No último domingo, o padre realizava uma missa transmitida pelo Facebook quando fez a afirmação que viralizou. "Aí a gente vai vendo quem realmente ama a eucaristia... Porque tem alguns católicos, engraçado, que têm saúde, têm tudo e dizem: 'Eu só vou na Igreja quando tiver a vacina'. Tomara que não apareça vacina para essas pessoas. Ou que morram antes de a vacina chegar, não é?", declarou ele. Ele ainda classificou os seguidores católicos que permanecem em casa como pessoas que "não têm fé nenhuma" Fonte: https://noticias.uol.com.br
EVANGELHO DO DIA-21º DOMINGO DO TEMPO COMUM. Terça-feira, 25 de agosto-2020. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 23,23-26)
23Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante. 24Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo. 25Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança. 26Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo.
3) Reflexão
O evangelho de hoje traz outros dois Ais ou pragas que Jesus falou contra os líderes religiosos da sua época. Os dois Ais de hoje denunciam a falta de coerência entre palavra e atitude, entre o exterior e o interior. Repetimos hoje o que afirmamos ontem. Ao meditar estas palavras tão duras de Jesus, devo pensar não só nos doutores e fariseus da época de Jesus, mas também e sobretudo no hipócrita que existe em mim, em nós, na nossa família, na comunidade, na nossa igreja, na sociedade de hoje. Vamos olhar no espelho do texto para descobrir o que está errado em nós mesmos.
Mateus 23,23-24: O quinto Ai contra os que insistem na observância e esquecem a misericórdia
Vocês pagam o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixam de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade”. Este quinto Ai de Jesus contra os líderes religiosos daquela época pode ser repetido contra muitos líderes religiosos dos séculos seguintes, até hoje. Muitas vezes, em nome de Deus, insistimos em detalhes e esquecemos a misericórdia. Por exemplo, o jansenismo tornou árida a vivência da fé, insistindo em observâncias e penitências que desviaram o povo do caminho do amor. A irmã carmelita Teresa de Lisieux foi criada nesse ambiente jansenista que marcava a França no fim do século XIX. Foi a partir de uma dolorosa experiência pessoal, que ela soube recuperar a gratuidade do amor de Deus como a força que deve animar por dentro a observância das normas. Pois, sem a experiência do amor, as observâncias fazem de Deus um ídolo.
Mateus 23,25-26: O sexto Ai contra os que limpam as coisas por fora e sujam por dentro
“Vocês limpam o copo e o prato por fora, mas por dentro vocês estão cheios de desejos de roubo e cobiça”. No Sermão da Montanha, Jesus critica os que observam a letra da lei e transgridem o espírito da lei. Ele diz: "Vocês ouviram o que foi dito aos antigos: 'Não mate! Quem matar será condenado pelo tribunal'. Eu, porém, lhes digo: todo aquele que fica com raiva do seu irmão, se torna réu perante o tribunal. Quem diz ao seu irmão: 'imbecil', se torna réu perante o Sinédrio; quem chama o irmão de 'idiota', merece o fogo do inferno. Vocês ouviram o que foi dito: 'Não cometa adultério'. Eu, porém, lhes digo: todo aquele que olha para uma mulher e deseja possuí-la, já cometeu adultério com ela no coração” (Mt 5,21-22.27-28). Não basta observar a letra da lei. Não basta não matar, não roubar, não cometer adultério, não jurar, para ser fiel ao que Deus pede de nós. Só observa plenamente a lei de Deus aquele que, para além da letra, vai até raiz e arranca de dentro de si “os desejos de roubo e de cobiça” que possam levar ao assassinato, ao roubo, ao adultério. É na prática do amor que se realiza a plenitude da lei.
4) Para um confronto pessoal
1-São mais dois Ais ou duas pragas, mais dois motivos para receber uma crítica severa da parte de Jesus. Qual das dois cabe em mim?
2-Observância e gratuidade: qual das duas prevalece em mim?
5) Oração final
Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome, anunciai cada dia a salvação que ele nos trouxe. Proclamai às nações a sua glória, a todos os povos as suas maravilhas. (Sl 95, 2-3)
Padre investigado por lavagem de dinheiro fala ao Fantástico: 'Não existe atividade criminosa'.
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O padre Robson de Oliveira Pereira, de 46 anos, é investigado por suspeita de usar dinheiro de doações de fiéis para comprar uma casa na praia, fazendas e outros itens de luxo.
A construção da nova Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, Goiás, começou em 2012 e é uma das peças da investigação do Ministério Público goiano, que apura irregularidades em associações presididas por um dos padres mais populares do Brasil.
Contribuições de fiéis financiam a obra, mas a suspeita é de que as doações também estejam sendo usadas para comprar avião, fazendas, terrenos e imóveis de luxo, com a colaboração de laranjas, em um suposto esquema bilionário de lavagem de dinheiro.
Todos os anos, desde o século 19, Trindade recebe romeiros de todo o Brasil, na celebração da festa do Divino Pai Eterno - no ano passado, a festa recebeu 3 milhões de fiéis. Atualmente, o organizador desse grande evento é o padre Robson de Oliveira.
"Afipe" é a Associação dos Filhos do Pai Eterno, entidade civil que ele criou em 2004 e que vive de doações feitas pelo site, pelo telefone e, principalmente, pelo pagamento de boletos enviados pelo correio para todo o país.
Depois de criar esta primeira associação, o padre ainda criou mais duas. Entre 2008 e 2018, as três movimentaram 2 bilhões de reais. O Gaeco, Grupo de Combate à Corrupção do Ministério Público de Goiás, levantou todas as transações financeiras das associações nos últimos 10 anos: negociações difíceis de entender até para os investigadores.
Foram quase três anos de investigação para rastrear e entender mais de 1.200 transações de compra e venda de imóveis, além de transferências, depósitos e saques milionários.
Nesta sexta-feira (21), o MP foi para as ruas de Trindade, Goiânia e São Paulo em uma grande operação. Promotores foram até a casa do padre Robson e mais 15 endereços de pessoas físicas e empresas para cumprir mandados de busca e apreensão.
Segundo os investigadores, os valores movimentados, não só pela Afipe, mas por todos os envolvidos na investigação, podem ser maiores do que R$ 2 bilhões.
Imagens exclusives mostram os promotores fazendo busca na chamada Casa dos Padres em Trindade. O padre Robson acompanhou o trabalho dos investigadores. Os promotores também estiveram em uma casa que o padre usa muito, que tem banheira de hidromassagem, piscina aquecida na área interna e banheiro de mármore. A casa é da Afipe.
Em nota, a Arquidiocese de Goiânia e a Província dos Missionários Redentoristas de Goiás -- a congregação do padre -- dizem que recebem com surpresa e aceita com humildade os atos praticados pela autoridade judiciária do estado de Goiás. A nota diz que as duas instituições estão abertas para apurar, com transparência, quaisquer denúncias em desfavor de seus membros. Diz também que elas confiam no trabalho evangelizador de cada um de seus sacerdotes e que querem o esclarecimento de todos os fatos.
O secretário de Segurança Pública de Goiás afirma que investigadores se reuniram com emissários do Vaticano. Fonte: https://g1.globo.com
Afipe se transformou em ‘grande empresa’ e negociava com companhias que tinham mesmos sócios e endereço, diz MP
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Afipe se transformou em ‘grande empresa’ e negociava com companhias que tinham mesmos sócios e endereço, diz MP
Promotores investigam se entidade usou dinheiro de doações para comprar imóveis e fazendas milionárias. Advogados do Padre Robson, presidente da entidade, negam crimes.
Por Vitor Santana, G1 GO
A Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), que administra o Santuário Basílica de Trindade, se tornou “uma grande empresa”, segundo o Ministério Público, que realizou uma operação para apurar os gastos da entidade. Os promotores investigam se a associação desviou R$ 120 milhões de doações para comprar casa de praia e fazendas. O padre Robson de Oliveira, que comandava o órgão religioso, pediu afastamento das funções e disse que vai colaborar com o MP para provar que não houve crime.
As investigações apontaram que algumas empresas com as quais a Afipe negociava tinham os mesmos sócios e funcionavam no mesmo endereço. O MP aponta que, em dez anos, a Afipe movimentou R$ 2 bilhões. O dinheiro seria usado, entre outras finalidades, para a construção da nova Basílica, orçada, inicialmente, em R$ 100 milhões. A construção, que tinha previsão de entrega para 2022 e foi adiada para 2026, ainda está na fase de fundação.
Porém, segundo os promotores, o dinheiro não foi usado apenas em ações ligadas à igreja.
“As contas bancárias da Afipe foram usadas para comprar fazendas, residências em condomínio fechado, apartamentos em São Paulo, em Goiânia, fazendas em todo Brasil, mineração. A Afipe, hoje, é uma grande empresa. Ela tem o argumento religioso, mas elas se converteu em uma grande empresa do estado de Goiás, que explora inúmeras atividades, agropecuária, mineração. Ela compra inúmeros imóveis e vende inúmeros imóveis”, disse o promotor Sebastião Marcos Martins.
Entre os bens que foram comprados pela Afipe, apontados pelos MP, estão uma fazenda no valor de R$ 6 milhões, em Abadiânia, e uma casa de praia na Bahia, no valor de R$ 2 milhões.
Os advogados do padre Robson negam irregularidades no uso do dinheiro das doações, que chegava a R$ 20 milhões por mês. Segundo eles, os investimentos em outras áreas eram uma forma de tentar aumentar os lucros da igreja e, assim, poder expandir as obras sociais.
“Para que nós possamos chegar a essa evangelização do maior e do melhor modo possível, nós precisávamos de investimentos. Esses investimentos nunca foram exclusivamente em conta corrente. Muitos deles são em atividades, negócios que existem e todo seu rendimento é aplicado nas atividades fins da Afipe”, disse Klaus Marques, um dos advogados do padre Robson e da Afipe.
O defensor explicou ainda que não teve acesso a todos os documentos da investigação, mas que todos os imóveis estão declarados.
Empresas
Ainda de acordo com as investigações, a Afipe negociava com empresas que tinham os mesmos sócios e funcionavam no mesmo endereço. Entre elas, estavam a WKS Empreendimentos Imbiliários, Via Maia Administradora de Bens, KD Administradora de Bens e Terra Nobre Administradora de Bens. Todas elas tinham em seus quadros de sócios Ademar Euclides Monteiro e Marcos Antônio Alberti.
Todas essas empresas funcionavam no mesmo endereço, em um prédio na Avenida Jamel Cecílio, em Goiânia. Além disso, com exceção da WKS, todas elas tinham o mesmo contador, que é “o mesmo das pessoas jurídicas ligadas à Afipe: José Pereira César, a empresa Auditec”.
O G1 não conseguiu localizar os representantes das empresas até a última atualização dessa reportagem.
“Forte nesses elementos, os Promotores de Justiça sustentaram a existência de indícios da prática de crimes de apropriação indébita, organização criminosa e lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores pelos investigados”, diz o documento judicial.
Na decisão que autorizou as buscas e apreensões e também o sequestro de bens dentro da operação, consta que a KD Administradoras de Bens recebeu como pagamento dezenas de imóveis de propriedades da Afipe, “e que em todas as transações foram evidentes os prejuízos suportados pelas associações”.
Ainda de acordo com as investigações, em uma das movimentações, a Afipe deu como forma de pagamento à KD, um imóvel pelo valor de R$ 1,35 milhão. No entanto, o mesmo imóvel foi avaliado em R$ 2 milhões para fins fiscais e, menos de dois meses depois, hipotecado pelo valor de R$ 7,35 milhões.
Em outra negociação, a entidade religiosa comprou uma fazenda no valor de R$ 6,8 milhões em março de 2016 e, três anos depois, vendeu pelo mesmo valor para a empresa Terra Nobre.
Entre as outras empresas que são investigadas por manter movimentação suspeita com a Afipe estão o Auto Posto Kurujão, Kurujão Administradora de Bens e a Sul Brasil Rádio e Televisão.
Caso de extorsão originou ação
De acordo com o MP, a operação se originou por conta de outra investigação vinculada ao padre Robson. Conforme o apurado, na ocasião, o religioso, após ser vítima de extorsão, "utilizou indevidamente recursos provenientes de contas das associações que preside".
Um hacker chegou a ser condenado em março do ano passado por extorquir R$ 2 milhões do padre, ameaçando revelar um suposto caso amoroso. Porém, a polícia apontou que as mensagens usadas na tentativa de extorsão eram falsas.
A investigação apontou que o padre foi extorquido durante dois meses, entre março e abril de 2017, e que teria repassado parte do valor solicitado usando dinheiro da Afipe. No entanto, na ocasião, a entidade disse que “não teve nenhum prejuízo financeiro e todo o valor já voltou para a instituição”.
De acordo com as investigações, o dinheiro foi repassado por meio de transferências bancárias e entregas em espécie. Os pagamentos eram feitos em quantias de R$ 50 mil a R$ 700 mil. Em alguns casos, o valor era deixado dentro de um carro na porta de um condomínio ou no estacionamento de um shopping da capital. Uma das entregas foi supervisionada pela Polícia Civil a fim de identificar e localizar todos os criminosos.
Padre Robson
Natural de Trindade, padre Robson, de 46 anos, é uma figura presente na cena católica. Ele também tem um programa em que promove momentos de reflexão com base em trechos da Bíblia e experiências pessoais, além de conselhos àqueles que pedem orientação religiosa.
O caminho dele para o sacerdócio começou aos 14 anos, quando entrou para o seminário e, uma década depois, se formou padre. Estudou por alguns anos na Irlanda e em Roma, na Itália, onde se formou mestre em Teologia Moral pela Universidade do Vaticano.
O religioso voltou para Trindade em 2003, como reitor do Santuário do Divino Pai Eterno, cargo que ocupou por 11 anos. Em 2004, ele fundou a Afipe.
Entre 2015 e 2019, foi Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás. No entanto, depois disso, voltou à reitoria da Basílica, cargo que ocupava até então. Fonte: https://g1.globo.com
Semana da Vocação do Leigo
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No 4° Domingo do Mês Vocacional-agosto, voltamos o nosso olhar para a vocação dos fiéis leigos. Segundo o Documento de Puebla, “São homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja” (DP, 786). No vídeo, testemunhos dos leigos e leigas em sua Ação Evangelizadora nas diversas Comunidades, Movimentos e Pastorais da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição- Diocese de Itaguaí/RJ. Edição: Olhar Jornalístico. Convento do Carmo de Angra. 23 de agosto-2020.
SUSPEITO DE ROUBAR R$ 60 MILHÕES DOADOS POR FIÉIS, PADRE CELEBRIDADE COMPROU CASA DE LUXO NA BAHIA
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Robson de Oliveira Pereira, pároco da Basílica do Divino Pai Eterno, em Goiás, é apontado pelo MP como líder de uma organização criminosa
Alfredo Mergulhão
Acostumado a rodar o Brasil e levar multidões para suas missas, o padre Robson de Oliveira Pereira, de 46 anos, é apontado como líder de uma organização criminosa que desviou R$ 60 milhões doados pelos fiéis. Os recursos provenientes de doações foram utilizados inclusive para a compra de uma casa na Praia de Guarajuba, na Bahia, conforme aponta o Ministério Público de Goiás (MP).
O imóvel foi adquirido em 2014 por R$ 2 milhões e o valor foi pago à vista. A aquisição foi feita pela Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), criada e presidida pelo padre Robson. A compra foi efetuada de uma empresa chamada Sistema Alpha de Comunicação, que também é investigada.
"As contas bancárias da Afipe foram usadas para comprar fazendas, residências em condomínio fechado, apartamentos em São Paulo e Goiânia, fazendas em todo o Brasil, mineração. Quer dizer, a Afipe é hoje uma grande empresa. Ela tem o argumento religioso mas se converteu em uma grande empresa no Estado de Goiás que explora inúmeras atividades, agropecuaria e mineração, compra inúmeros imoveis e vende inúmeros imóveis", disse o promotor Sebastião Marcos Martins, coordenador da investigação.
Além da casa de praia, uma chácara com casa de paredes de vidro com vistas para o jardim, uma piscina aquecida e um ofurô também teria sido comprada com dinheiro doado por fiéis para a Afipe. A propriedade foi alvo de busca e apreensão realizada na manhã desta sexta-feira (21). O MP chegou a pedir a prisão preventiva do padre, mas o pedido foi negado pela juíza Placidina Pires, da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais.
Nos últimos três anos, a Afipe movimentou R$ 120 milhões. Desse montante, o Judiciário sustenta que até o momento pode-se afirmar que R$ 60 milhões foram desviados dos cofres da Afipe. A entidade foi criada para manter as atividades da Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, município localizado a 23 km de Goiânia. As informações constam na decisão que autorizou a realização de busca e apreensão em endereços ligados ao padre nesta sexta-feira (21).
As investigações começaram depois que o padre Robson foi vítima de extorção, em 2017, quando ele teve computador e celular hackeados e passou sofrer chantagem “para que não divulgassem imagens e mensagens eletrônicas com informações pessoais, amorosas e profissionais que levassem a prejudicar sua imagem”, segundo o MP.
Na ocasião, o padre transferiu mais de R$ 2 milhões das contas bancárias da Afipe para os criminosos. A quadrilha foi condenada em 2019, mas o uso do dinheiro da fundação para fins pessoais ligou o sinal de alerta das autoridades. O MP afirma que Robson apropriou-se de valores arrecadados dos fiéis e utilizou para finalidades diversas daquelas desenvolvidas pela entidade.
“Os elementos informativos coletados indicam que as doações feitas por fiéis de todo o país para o custeio das atividades da Afipe e para o pagamento das obras e projetos de cunho social da mencionada associação, na verdade, estariam sendo utilizadas para finalidades espúrias”, escreve a juíza Placidina Pires na decisão.
Entre essas finalidades, prossegue o texto, estão o pagamento de despesas pessoais dos investigados e a aquisição de imóveis, incluindo várias fazendas e casa de praia, que, a princípio, não se destinam ao atendimento dos seus propósitos religiosos.
Batizada de “Vendilhões”, a operação investiga crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa. Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em locais como chácaras, casas e a sede da Afipe. A juíza Placidina Pires também determinou o bloqueio de valores da Afipe até o limite de R$ 60 milhões, por meio do sequestro de bens imóveis ou o bloqueio de valores em conta.
DOAÇÕES DE FIÉIS
Nascido e criado em Trindade, padre Robson morou na Irlanda e fez mestrado em Teologia Moral na Universidade do Vaticano, em Roma. Ele retornou ao Brasil no ano de 2003, quando assumiu a reitoria do Santuário do Divino Pai Eterno. Uma de suas primeiras ações como reitor foi pedir ao Vaticano o título de Basílica.
O reconhecimento veio em 2006, pelo Papa Bento XVI, que concedeu o título de Basílica Menor, tornando-a a única no mundo dedicada ao Divino Pai Eterno. A atual Basílica conta com cerca de 2,5 mil lugares. Mas uma outra está em construção e terá capacidade para 6 mil pessoas. A obra é desenvolvida com dinheiro de doações feitas pelos fiéis.
Com missas realizadas no local transmitidas ao vivo pela Rede Vida, o trabalho do padre Robson passou a repercutir no Brasil e no exterior. O pároco chegou a celebrar missa em eventos como a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos e realizou a Novena dos Filhos do Pai Eterno em países como Israel, Portugal, Espanha, Itália, México e França.
A Afipe também é responsável pela TV Pai Eterno. Lançado no dia 15 de maio de 2019, o canal tem programação 24 horas por dia em sinal aberto e também pode ser sintonizada no Brasil e no exterior via antena parabólica.
Em 2010, o pároco lançou um cd chamado “Nos Braços do Pai: Padre Robson de Oliveira”. Na época, ele distribuía autógrafos e tirava fotos com os fãs onde passava para celebrar missas e cantar suas músicas. Fonte: https://epoca.globo.com
Ministério Público pede prisão de Padre Robson de Oliveira, mas juíza nega
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Por Redação Em: 21/08/2020 14:58:22
Agentes apreenderam documentos, computadores, anotações e dinheiro que foi encontrado em uma gaveta da sala do Padre Robson, na sede da Afipe / Foto: divulgação
Mesmo sob a acusação da prática de crimes como apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa, magistrada alegou que o suspeito é líder religioso, primário e apresenta bons antecedentes criminais
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou à Justiça a prisão do Padre Robson de Oliveira, fundador da Associação Filhos do Pai Eterno, de Trindade, porém a juíza Placidina Pires, da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, que julgou o pedido, negou. A magistrada afirmou em despacho que o padre é líder religioso, primário e apresenta bons antecedentes criminais.
Além da prisão, os promotores que atuam no caso pediram também o afastamento do religioso da presidência da Afipe. A alegação é que, à frente da associação, Robson de Oliveira pode dar fim a provas importantes no curso das investigações. Porém, assim como no caso do pedido de prisão, a juíza também não autorizou.
O pedido de prisão ocorreu em meio a Operação Vendilhões que, com o apoio das polícias Civil e Militar, visa apurar crimes, em tese, praticados pelos diretores da Afipe. O religioso é acusado de ter praticado crimes como apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa.
Além da diretoria da Afipe, o MP-GO investiga a participação de laranjas e empresas de fachada no esquema. Durante as investigações foi constatado que grande parte das doações não tinha vínculo direto com questões religiosas. Somente nos últimos três anos recursos que chegam em torno de R$ 120 milhões foram gastos na compra de imóveis, fazendas, gado e emissoras de rádio.
Vítima de extorsão
A investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) teve início há cerca de três anos. Surgiu do encaminhamento, pelo Poder Judiciário, de cópia de inquérito policial, em que Padre Robson, após ser vítima de extorsão, teria utilizado indevidamente recursos provenientes de contas das associações que preside.
Entre os meses de março e abril do ano de 2017 um hacker fez ameaças ao padre, dizendo que revelaria um suposto caso amoroso do religioso, inclusive sob a alegação de que exporia fotos íntimas dele. Durante o inquérito, que resultou na condenação do criminoso, a polícia apontou, porém, que as mensagens usadas no crime de extorsão eram falsas.
No início da manhã desta sexta-feira (21/08) foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão na sede das Associações (Afipe), empresas presididas pelo religioso e residências em Goiânia e Trindade. Participam da operação 20 promotores de Justiça, 52 servidores do MP-GO, quatro delegados, oito agentes da Polícia Civil e 61 policiais militares.
Prejuízos
Durante as investigações foi constatado que na última década a Afipe, associação que administra o Santuário Basílica de Trindade, teria movimentado valores da ordem de R$ 2 bilhões. Como a maioria dos recursos é proveniente de doações de fiéis de todo o Brasil, há a suspeita de que os atrasos na construção da nova basílica podem ter ocorrido por causa dos supostos desvios.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão os agentes levaram grande quantidade de documentos, agendas, computadores, anotações e uma quantia em dinheiro que foi encontrada em uma gaveta de um móvel que fica na sala do Padre Robson, na sede da Afipe. O valor encontrado ainda não foi divulgado. Fonte: http://noticiasgoias.com.br
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