Povo faz padre deixar o ministério sacerdotal
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Pe. Crispim Guimarães
Pároco da Catedral de Dourados/ MS
Foi o único título que encontrei para definir o que venho observando nos últimos tempos na Igreja. Reclama-se dos padres, diáconos e religiosos/as que supostamente não atendem bem o povo, que não se sente acolhido. Não se pode negar que algumas acusações devem ter suas razões, contudo, existem outras questões mais profundas.
Desejo tecer algumas reflexões, fruto da convivência diária com o povo que nos procura na igreja, com os mais variados problemas. Muita gente vem desabafar seus problemas psicológicos, e o padre tem que ser um pouco profissional nesta área, outros relatam as dificuldades de relações familiares e o padre precisa compreender o momento existencial da família para acolher e aconselhar, outros ainda têm necessidades de transporte, remédios, comida, moradia, e o sacerdote, no mínimo deve acompanhar com carinho suas queixas e depois, se não pode solucioná-las, encaminhar para os que são qualificados para este fim, mas poucos são os que voltam de mãos vazias dos nossos ambientes e a prova é: se somos tão procurados é porque a notícia que corre é que a igreja sempre ajuda.
Todavia, ouço frequentemente as pessoas falando dos seus esforços para perder peso, malhar e conquistar um belo corpo, saúde, falam dos colégios caros e exigentes que podem qualificar profissionalmente, sobretudo, seus filhos, gastam pequenas fortunas para enviar a prole a países desenvolvidos para dominar línguas, mesmo que fique em casa de desconhecidos. Admiro esses esforços, realmente são louváveis tais atitudes.
Repito, ouço muitas reclamações de pessoas que foram atendidas por sacerdotes e pessoas da Igreja e que não se sentiram acolhidas e muitas deles dizem: “por isso as igrejas protestantes estão cheias”, já ouvi reclamações a meu próprio respeito, ouço isso com frequência quando tento explicar o que é a Igreja Católica e sua doutrina.
Estes dias comecei a pensar: muitos padres deixaram o ministério, não porque se apaixonaram e quiseram casar simplesmente, muitos, na realidade tiveram a mesma sensação de impotência diante de certas pessoas que chegam às secretarias e desejam ter todos os direitos e nenhum dever, e por isso, são grossas com as secretárias, com os padres, com qualquer pessoa que represente a Igreja.
Experiência própria: é raro um dia em que não me sinto apreensivo com as propostas que algumas pessoas, que se dizem católicas, me fazem. Exemplos: chegam para batizar e não querem fazer o curso, “por não terem tempo”, querem padrinhos de outras religiões, querem casar-se, porém sem a preparação necessária e denominam as exigências de burocracia, querem usar as dependências da Igreja como se fosse um salão de festas. Para resumir, tudo que a gente fala – como forma de manifestar o amor da Igreja, que pretende preparar bem, fazer conhecer aquilo que será celebrado, é visto como falta de acolhida ou empecilho.
Mas, por que será que para a Igreja nunca se tem tempo, mas para a academia, para o inglês, para as festas, para manter os filhos nos melhores colégios, não se cria tantas dificuldades? De fato, se por um lado alguns deixam e outros têm vontade de deixar a Igreja, muitos padres também têm a tentação de deixá-la por causa de certos católicos que em tudo acham dificuldades, querem todos os direitos e não vêem que as preparações são necessárias para o bom exercício da catolicidade, não é barreiras, mas expressão de amor. Não ama o pai que prepara bem o filho para a vida?
Por mais pecados que cada padre possa ter, assim como os leigos, nenhum padre vai negar os “serviços” da igreja, sobretudo, os sacramentos, mas seria pecado de sua parte não fazer com que a pessoa seja preparada para recebê-lo. Quero ver quem leva seu filho ao médico que fez o curso de medicina em um ano, em um dentista que estudou no seu próprio quintal, quem colocaria livremente seu filho no pior colégio? Muitas pessoas chegam à igreja querendo obrigar o sacerdote a fazer o que lhe convém e não o que está certo. Pergunto-me em que nos diferenciamos dos corruptos?
O processo de conversão da Igreja passa por todos, Papa, bispos, padres, religiosos (as) e leigos, precisamos sair do marasmo e do maldito “jeitinho”, que no fundo é uma tentação para tornar a Igreja de Cristo uma Instituição falida. Por isso, o padre é ministro por Cristo, o fiel deve ser católico por amor a Cristo, quem é padre por “causa do povo”, não persiste quem é católico por causa de pessoas abandonará sua fé, católica ou qualquer outra. Fonte: http://www.radiocoracao.org
‘Larguei tudo para morar com o padre e ele sumiu’, reclama curitibano em Maringá
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Sem casa para morar e só com uma mochila nas costas e a sensação de que foi “abandonado”. Desse jeito, um homem procurou a reportagem para relatar que largou tudo para morar com um padre de uma paróquia pertencente à arquidiocese de Maringá. Mas, segundo ele, depois de meses residindo juntos na casa paroquial, o padre teria desaparecido “sem dar satisfação nenhuma”.
O padre que reza missa em uma paróquia de uma cidade da região faz mestrado em Curitiba e, de acordo com relato do rapaz, foi em uma dessas idas do padre à capital, em maio, que eles se conheceram. “A gente começou um relacionamento e no começo de agosto ele propôs que eu morasse com ele na casa paroquial. Larguei, tudo, meu apartamento, um bico que fazia lá, e vim”, diz.
De acordo com o rapaz, ele residiu na casa paroquial até recentemente, mas, na semana passada, o padre teria desaparecido sem dar explicações. Fonte: www.cantuemfoco.com.br
O Advento nas palavras de Jesus.
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Artigo de Matteo Ferrari
“Contemplar o mistério da vinda do Filho do homem, ampliando o olhar para todo o Evangelho e não nos detendo unicamente nos relatos da infância, que ouviremos proclamados na liturgia do Advento e do Natal, pode dar à expectativa um rosto mais ligado à nossa existência concreta e às exigências do seguimento do Senhor.”
A opinião é do monge beneditino e teólogo italiano Matteo Ferrari, da Comunidade de Camaldoli, professor do Instituto de Liturgia Pastoral Santa Justina, de Pádua, e da Faculdade Teológica da Itália Central, de Florença. O artigo foi publicado por Settimana News, 01-12-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Todos os anos, a liturgia da Igreja nos propõe um tempo em que a palavra-chave é “vinda”: o Advento. Nesse tempo do ano litúrgico, ouvimos ressoar muitas vezes a invocação “Vem, Senhor!”, falamos de uma vinda passada, presente e futura do Senhor, celebramos depois, no tempo de Natal, a sua vinda na carne e na história da humanidade.
Mas que significado tem a vinda do Senhor? Poderia haver muitas perspectivas para responder a essa pergunta. No entanto, há uma na qual talvez pensemos mais raramente. A de deixar que o próprio Jesus nos diga o sentido da sua vinda.
Na Carta a Tito, no trecho que lemos na noite de Natal (Tt 2, 11-13), o autor afirma que “a graça de Deus” se manifestou para nos ensinar “a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e piedade”, resumindo, de modo muito eficaz, o sentido da vinda na história e na carne humana do Filho de Deus.
Jesus veio para nos ensinar a viver uma vida humana plena, para fazer resplandecer aos nossos olhos o sonho de Deus sobre a nossa existência e sobre a da humanidade inteira.
No entanto, nos Evangelhos, muitas vezes, é o próprio Jesus que nos diz por que ele veio, qual é o sentido da sua missão de “narrador” do rosto de Deus (cf. Jo 1, 18).
Tentemos, então, repassar o Evangelho de Mateus para deixar que Jesus mesmo diga o porquê do seu Advento e da sua encarnação. Todos os Evangelhos apresentam afirmações em que Jesus fala da sua vinda. No entanto, o primeiro Evangelho nos permite elencar três traços principais da vinda de Jesus, que podem ser particularmente significativos.
No Evangelho de Mateus, de fato, podemos identificar três âmbitos em relação aos quais Jesus afirma o significado da sua vinda: a relação com a palavra de Deus; a relação com os pecadores e com a humanidade inteira; a relação com as lógicas do mundo e com a contraposição que o anúncio da proximidade do reino de Deus pode despertar.
Eu vim para confirmar
Acima de tudo – e é uma característica fundamental do primeiro Evangelho – Jesus afirma que não veio para abolir/destruir a Torá/Lei e os Profetas, mas para levá-los a cumprimento e para confirmá-los (Mt 5, 17).
Por Torá/Lei e Profetas, podemos entender a palavra de Deus, através da qual ele comunica a sua vontade. Trata-se, sem dúvida, da Escritura nas duas primeiras partes do cânone judaico, a Lei e os Profetas. Acima de tudo, Jesus veio, então, em relação a Deus e à sua vontade, que se comunica aos homens e às mulheres através das Escrituras.
Existe um vínculo profundo entre essa afirmação e o conceito de justiça presente no Evangelho de Mateus. A justiça, de fato, não é principalmente de caráter jurídico ou social, mas consiste em fazer a vontade de Deus. Jesus mesmo interpreta o seu ministério como “cumprimento da justiça”, no seu diálogo com João Batista no momento do batismo no Jordão (Mt 3, 15). Não por acaso, encontramos aqui o mesmo verbo pleroo (cumprir) que se encontra em Mt 5, 17 sobre a Torá e os Profetas.
Trata-se de um primeiro dado fundamental. Jesus veio dentro de uma história de salvação, na história de um povo, na qual Deus busca comunicar a si mesmo a Israel e à humanidade inteira. O Deus da Bíblia, das Escrituras judaicas, é aquele que é “o Deus conosco”, desde o início, e que em Jesus leva às últimas consequências essa sua vontade de comunicação e de doação.
Jesus, portanto, acima de tudo, veio para manifestar, para revelar esse rosto de Deus. O Evangelho de Mateus se abre e se fecha precisamente com a expressão “conosco/com vocês” (Mt 1, 23; 28, 20). Todo o primeiro Evangelho quer anunciar que, em Jesus, se manifesta, em continuidade e conformidade com as Escrituras, o rosto de Deus “como Deus conosco”. Ele é o Emanuel (Mt 1, 23).
Essa afirmação central, que ressoa várias vezes na liturgia do Advento e do Natal, não é um dado que diz respeito unicamente aos relatos da infância, como às vezes se poderia pensar. Em vez disso, é um traço que caracteriza todo o ministério de Jesus, do qual ele se torna como que uma chave interpretativa irrenunciável. É outro modo de afirmar aquilo que João anuncia no prólogo do seu Evangelho através da expressão “o Verbo se fez carne” (Jo 1, 14).
Eu vim para dar a vida
Uma segunda motivação que Jesus dá à sua vinda e à sua missão diz respeito aos pecadores e, em geral, à humanidade inteira. Acima de tudo, em referência aos pecadores, ele afirma: “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9, 13). Estamos no contexto do chamado de Mateus, o publicano, e da comunhão da mesa com os pecadores, que os fariseus contestam como comportamento inadequado para um fiel observante da Torá.
O tema, portanto, não parece se afastar da observância/cumprimento da Lei, de que falamos acima. Poderíamos quase dizer que, aqui, nos deparamos com uma consequência da afirmação geral que vimos a respeito da observância da Torá e dos profetas, e não da sua anulação.
É um exemplo concreto para explicar o que significa que Jesus não veio para abolir a Leie os Profetas. De fato, Jesus introduz as suas palavras de resposta às críticas dos fariseus – os homens religiosos da época, mas se dirigindo aos fiéis de todos os tempos – com uma citação do profeta Oseias (Os 6, 6): “Vão aprender o que significa: quero misericórdia e não sacrifícios”.
Se, por justiça, entendemos – como afirmamos anteriormente – adesão à vontade de Deus e à sua Palavra, Jesus veio para aqueles que não aderem a Deus, isto é, os pecadores, os distantes. Através dele, os pecadores, todos os distantes podem encontrar uma estrada para retornar a Deus e à comunhão com ele.
Em Jesus, revela-se o rosto de um Deus de misericórdia que quer estar não apenas “com os justos”, mas também “com os pecadores”; que não pode suportar nenhuma distância dele. O Deus de Jesus não é apenas “o Deus conosco”, mas ele é o Deus que “quer estar com todos”.
Na mesma perspectiva, encontramos em Mt 20, 28 (com o paralelo de Mc 10, 45) uma afirmação mais ampla que diz respeito, em geral, à relação de Jesus para com a humanidade inteira, à qual ele é enviado: “O Filho do Homem não veio para ser servido. Ele veio para servir, e para dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.
O contexto dessas palavras é um ensinamento de Jesus aos seus discípulos sobre o seguimento. Jesus veio para servir e para resgatar, através da sua vida, a vida de todo homem e de toda mulher. Ele veio para “resgatar a vida” de toda desumanização; para fazer resplandecer a vida humana na sua integridade, assim como Deus a sonhou.
Jesus realiza esse “resgate” da vida através do dom de si. É na vida vivida como dom que a vida humana é resgatada. Jesus já afirmou isso em outra passagem do Evangelho de Mateus, que, de algum modo, constitui o centro do seu anúncio: “Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la” (Mt 16, 25). A vida humana é “resgatada” pelo dom, mas é destruída quando é vivida para si mesmos.
O contexto desse ditado acrescenta mais uma nuance. Essa não é apenas a missão de Jesus, mas também a de seus discípulos e das suas discípulas. Jesus afirma que existe um vínculo indissolúvel entre a sua missão e a vida daqueles que se puseram a segui-lo. A missão da comunidade dos discípulos de Jesus é o prolongamento da do seu mestre.
O advento/vinda de Jesus toca a vida daqueles que acolheram a sua palavra, de modo que, nele e no seu rosto, eles deveriam reconhecer a verdade deles mesmos e da sua missão no mundo. Eles também são chamados a “resgatar” a vida, vivendo como o seu mestre, na lógica do dom e do serviço.
Eu vim trazer a espada
Por fim, no Evangelho de Mateus, encontramos outra afirmação de Jesus a respeito da sua vinda. Talvez seja a que nos deixa mais desalentados e na qual estamos menos acostumados a pensar.
Jesus afirma que não veio para trazer a paz, mas sim a espada: “Não pensem que eu vim trazer paz à terra; eu não vim trazer a paz, e sim a espada. De fato, eu vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra. E os inimigos do homem serão os seus próprios familiares” (Mt 10, 34-36).
No Natal, cantamos Jesus como príncipe da paz. No entanto, aqui, ele afirma que traz espada e divisão, até mesmo no âmbito que nós mais sonhamos como marcado pela harmonia e pela concórdia, como o das relações familiares. Talvez aqui Mateus tenha debaixo dos olhos a situação concreta da sua comunidade, na qual a adesão ao Evangelho por parte de alguns havia provocado profundas dilacerações até mesmo dentro das próprias famílias.
Se podemos pensar em uma situação concreta da comunidade do tempo de Mateus, no entanto, esse é um dado que diz respeito à missão de Jesus em geral: ele veio para provocar um discernimento, uma divisão entre aqueles que acolhem a sua mensagem e aqueles que a rejeitam.
Acolher a lógica do Evangelho significa ir ao encontro de rejeição e contraposição. Nesse sentido, Jesus veio para trazer divisão. Diante dele, não se pode permanecer no compromisso entre lógicas de vida e lógicas de morte; entre viver para si mesmos e viver para os outros.
A divisão de que se fala não tem tanto a ver com uma adesão institucional e formal a um grupo humano, mas sim com a necessidade de tomar posição diante do mal e da injustiça, de todas aquelas lógicas que pertencem à dureza do coração humano e que se contrapõem a Deus e à sua vontade de vida.
“És tu aquele que há de vir?”
No fim deste breve percurso, que nos levou a deixar que o próprio Jesus nos diga o sentido da sua missão e da sua vinda, nós também poderíamos assumir a pergunta de João Batista: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” (Mt 11, 2-16).
Os traços do sentido da sua vinda, que Jesus delineia com as suas palavras no Evangelho de Mateus, podem nos levar, no tempo de Advento e de Natal que está à nossa frente, a dar uma resposta a essa pergunta para nossa vida de pessoas de fé.
Contemplar o mistério da vinda do Filho do homem, ampliando o olhar para todo o Evangelho e não nos detendo unicamente nos relatos da infância, que ouviremos proclamados na liturgia do Advento e do Natal, pode dar à expectativa um rosto mais ligado à nossa existência concreta e às exigências do seguimento do Senhor.
Ou, melhor, reler os próprios relatos da infância à luz das declarações de Jesus sobre o sentido da sua vinda pode lançar uma nova luz sobre esses textos tão ricos e profundos, já iluminados pelo mistério pascal da paixão, morte e ressurreição. http://www.ihu.unisinos.br
O Natal de Jesus é revolucionário
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"Nos encontros com as pessoas, a presença de Jesus não deixou ninguém indiferente. Todos e todas sentiram-se obrigados e obrigadas a tomar uma posição: a favor ou contra. Jesus sempre anunciou a Boa Notícia do Reino de Deus em sua radicalidade. Nunca se preocupou em torna-la 'agradável' aos interesses dos poderosos, como fazem muitos cristãos e cristãs hoje, inclusive padres e bispos", escreve Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP) e professor aposentado de Filosofia da UFG.
Eis o artigo.
Nós cristãos e cristãs chamamos “Boa Notícia do Reino de Deus” a Utopia de Jesus acerca do ser humano e do mundo.
Fazer a memória, tornar presente o Natal de Jesus, significa fazer a experiência hoje de sua vinda como “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14, 6). É nessa experiência que Jesus nos chama a seguir seus passos em nossa caminhada neste mundo.
Antes de nascer - ainda no seio de sua mãe Maria - Jesus foi “morador de rua”. “José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até à cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém (perambulando nas ruas à procura de um abrigo), completaram-se os dias para o parto” (Lc 2, 4-6).
Jesus nasceu como “sem-teto”, na manjedoura de um estábulo (não no palácio do Imperador ou em outros palácios). “Maria deu à luz o seu filho primogênito, o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro de casa”. Anunciou - pela voz do anjo - a Boa Notícia do seu nascimento aos pastores, os “sem-terra” da época. “Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor” (Lc 2, 6). Os pastores “foram então, às pressas, e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura”. “Voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que haviam visto e ouvido” (Lc 2, 16.20).
Jesus foi carpinteiro junto com seu pai José. A respeito dele, as pessoas diziam: “De onde vêm essa sabedoria e esses milagres? Esse homem não é o filho do carpinteiro?” (Mt 13, 54-55). “Esse homem não é o carpinteiro?” (Mc 6, 3).
Em sua vida pública, Jesus foi sempre próximo e entranhadamente solidário com os “sem voz e sem vez”. Entre os muitos exemplos que poderíamos lembrar, cito o do homem com a mão direita seca. “Jesus disse ao homem: ‘Levante-se e fique no meio’. ‘Estenda a mão’. O homem assim o fez e sua mão ficou boa” (Lc 6, 8.10).
Jesus denunciou - cheio de indignação - a hipocrisia dos fariseus e doutores da Lei. “Ai de vocês, doutores da Lei e fariseus hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e podridão! Assim também vocês: por fora parecem justos diante dos outros, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e injustiça” (Mt 23, 27-28).
Jesus dialogou com o jovem rico, que - pelo seu apego aos bens - não teve a coragem de segui-lo e foi embora triste. “Jesus disse: ‘Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, dê o dinheiro aos pobres e você terá um tesouro no céu. Depois venha e siga-me’. Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico” (Mt 19, 21-22).
Encontrou com Zaqueu - também homem rico - em sua casa, que se converteu e mudou totalmente de vida, praticando a partilha dos bens. “Zaqueu ficou de pé e disse ao Senhor: ‘A metade dos meus bens, Senhor, eu dou aos pobres e, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais’” (Lc 19, 8).
Jesus foi acusado de “subverter” o povo. “Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo” (Lc 23, 2).
Depois de celebrar a última Ceia com os discípulos e lavar seus pés, Jesus foi preso e morto na cruz como criminoso. “Jesus (na cruz) deu um forte grito: ‘Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito’. Dizendo isso, espirou” (Lc 23, 46).
Jesus - o Libertador, o Salvador, o Filho de Deus - ressuscitou dos mortos. “Os dois homens (mensageiros de Deus) disseram: ‘Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui! Ressuscitou!’” (Lc 24, 5-6).
Jesus Ressuscitado enviou o Espírito Santo aos discípulos. “Ele disse: ‘A paz esteja com vocês. Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês’. Tendo falado isso, soprou sobre eles, dizendo: ‘Recebam o Espírito Santo’” (Jo 20, 21-22).
Jesus Ressuscitado continua vivo na Comunidade dos seus seguidores e seguidoras. Ele caminha conosco até o fim dos tempos. “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí no meio deles” (Mt 18, 20). “Eu estarei com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 20). A Comunidade é no mundo testemunha de Jesus Ressuscitado.
Nos encontros com as pessoas, a presença de Jesus não deixou ninguém indiferente. Todos e todas sentiram-se obrigados e obrigadas a tomar uma posição: a favor ou contra. Jesus sempre anunciou a Boa Notícia do Reino de Deus em sua radicalidade. Nunca se preocupou em torna-la “agradável” aos interesses dos poderosos, como fazem muitos cristãos e cristãs hoje, inclusive padres e bispos.
Enfim, o Natal de Jesus é a prova existencial concreta que Ele “nasceu pobre, para os pobres, com os pobres e dos pobres”; e que a Igreja - Comunidade dos seguidores e seguidoras de Jesus - para ser fiel à sua missão, deve também ser “pobre, para os pobres, com os pobres e dos pobres”.
O Natal de Jesus é revolucionário, porque subverte todas as relações do ser humano no mundo e com o mundo, inaugurando uma maneira radicalmente nova de as pessoas se relacionarem. Jesus quer - é a sua Utopia - que todos e todas sejamos e vivamos como irmãos e irmãs, amando-nos mutuamente. “Amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês” (Jo 15, 12).
Ora - respeitando e valorizando a enorme diversidade dos dons (carismas) e dos serviços (ministérios) dos cristãos e cristãs e de todas as pessoas, podemos afirmar que - sem igualdade, sem justiça e sem partilha - a irmandade (fraternidade e sororidade) é hipocrisia, é mentira. Quanta hipocrisia e quanta mentira existem hoje na sociedade e na própria Igreja!
A “opção pelos pobres” - oprimidos e oprimidas, excluídos e excluídas, descartados e descartadas - não é uma alternativa entre duas ou mais alternativas, mas é um caminho de vida, que revoluciona todos os critérios da convivência humana no mundo. É o caminho “desde a manjedoura” de Jesus, que não exclui ninguém, mas está aberto a todos e a todas - inclusive aos ricos - que se convertem, praticam a partilha e o seguem.
Na “opção pelos pobres”, a palavra “preferencial” é supérflua. Ela foi colocada para aqueles e aquelas que não entenderam ou não entendem o que é a “opção pelos pobres”.
Os cristãos e cristãs vivamos o tempo litúrgico do Advento como um tempo de espera alegre da vinda de Jesus - tempo forte de graça de Deus - dispostos e dispostas a mudar de vida e a retomar - com muita fé, esperança e amor - a nossa caminhada no seguimento de Jesus. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
3º domingo do advento - Ano C - Alegrai-vos sempre no Senhor! (Domingo, 16 de dezembro-2018)
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"João Batista propõe, então, atitudes concretas, adequadas para cada um dos grupos: ao povo em geral, ele recomenda a compaixão com os necessitados através da partilha dos bens; aos publicanos, pede que não explorem, que não se corrompam, que não cobrem dos mais pobres valores indevidos; aos soldados, pede que não usem de violência, que não abusem do seu poder contra fracos e indefesos… "Todas as recomendações de João Batista são para reparar danos aos irmãos, porque tudo aquilo que prejudica um irmão é contrário a Vontade de Deus."
A reflexão é de Terezinha Cota, religiosa da Congregação Nossa Senhora do Cenáculo. Ela possui graduação e mestrado em Teologia pelo Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus - CES.
EVANGELHO – Lc 3,10-18: Um Olhar
O Evangelho de hoje (Lucas 3, 10-18) tem duas partes: os vers. 10-14 e os vers. 15-18.
Na primeira parte do Evangelho, João Batista apresenta para grupos específicos as pistas concretas para preparar os caminhos do Senhor, para colocar em prática a conversão; na segunda parte compara o batismo na água ao batismo no Espírito.
Encontramos primeiro uma seção própria do evangelista Lucas, marcada pela questão: “... o que devemos fazer?” Ele coloca esta mesma questão em At 2,37; 16,30; 22,10. “O que devemos fazer?” já expressa abertura à salvação que vem de Deus.
João Batista propõe, então, atitudes concretas, adequadas para cada um dos grupos: ao povo em geral, ele recomenda a compaixão com os necessitados através da partilha dos bens; aos publicanos, pede que não explorem, que não se corrompam, que não cobrem dos mais pobres valores indevidos; aos soldados, pede que não usem de violência, que não abusem do seu poder contra fracos e indefesos…
Todas as recomendações de João Batista são para reparar danos aos irmãos, porque tudo aquilo que prejudica um irmão é contrário a Vontade de Deus. Na segunda parte do Evangelho, (vers. 15-18), João Batista anuncia o batismo no Espírito Santo. Seu batismo “na água” é uma proposta de conversão; mas o batismo de Jesus consiste em receber a vida de Deus que atua no coração humano e transforma-o por dentro. Para o evangelista Lucas tudo isso se concretizará plenamente no dia de Pentecostes (Atos 2, 1-12).
Diante de uma sociedade onde a desigualdade é escandalosa, os clamores dos excluídos colocam em nossos corações o imperativo da partilha?
A corrupção, a exploração dos trabalhadores, a apropriação ilícita do que pertence aos marginalizados e outras atitudes imorais, não são impedimentos existenciais para acolher o Senhor que vem?
Os atos de violência, que tantas vezes derramam sangue dos inocentes, o descaso e a rejeição aos imigrantes, as traições ao Evangelho por parte de igrejas que se denominam cristãs, não suscitam em nós o desejo ardente de suplicar a conversão?
Ser cristão é ser batizado no Espírito, é ser portador dessa vida de Deus que nos permite testemunhar Jesus e o seu Evangelho. Que em nossa caminhada, opções, decisões e compromissos pessoais, comunitários e solidários, sejam decididos sob a inspiração do Espírito. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
PERDÃO: Histórias caídas do céu
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Conta-se que um jovem advogado de uma pequena cidade dos Estados unidos, foi indicado pelo tribunal para trabalhar com outros dois famosos advogados da cidade grande.
Arrogantes, eles receberam muito mal o tímido colega do interior, que preparava anotações sobre o processo sem que nenhum dos dois se desse ao trabalho de olhar. Como se não bastassem o desprezo e o ar de superioridade, eles se negavam a se sentar à mesma mesa que o forasteiro do interior.
Alguns anos depois , o advogado magro, de rosto triste e tímido foi eleito presidente dos EUA. Quando chegou o momento de formar sua equipe, lembrou-se de um homem como a melhor opção para ocupar o cargo de ministro da Guerra: um dos dois advogados que o desprezaram.
PARA REFLETIR.
Uma das grandes qualidades de Abraham Lincoln era não ser revanchista.
Tiros na catedral: um recluso decidido a destroçar vidas em Campinas
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Com uma pistola e muita munição, atirador esperou pacientemente até começar a matança. "Por que na igreja?", se perguntam na cidade. A polícia ainda não tem respostas
"O que faz uma pessoa começar a atirar dentro de uma igreja, um lugar para se estar em paz?", se perguntava Caroline Mott, de 28 anos, diante de uma das portas, ainda com vestígios de sangue, da Catedral Metropolitana de Campinas, palco do ataque de um atirador que deixou quatro mortos e quatro feridos na tarde desta terça-feira –um deles em estado grave. O rastro de morte e pavor havia sido deixado horas antes por Euler Grandolpho. O homem de 49 anos, um recluso morador do município vizinho de Valinhos, deixou sua casa por volta do meio dia. Percorreu os 11 km que separam a cidade de Campinas de ônibus, carregando uma mochila com duas armas e quatro cartuchos de munição. Estava decidido a destroçar a vida de vários fiéis e o fez. O que a polícia ainda não sabe é o porquê.
A missa das 12h15 já tinha terminado. Grandolpho estava pacientemente sentado em um dos largos bancos da catedral do século XIX. Então levantou-se e começou os disparos. Cerca de 20 pessoas ainda faziam suas orações no momento que o ataque começou. "Percebi que no meio da igreja um rapaz se posicionou de frente a um casal e começou a atirar à queima-roupa. A minha reação, assim como a de vários que estavam lá dentro foi sair correndo. Tudo foi muito rápido", diz o aposentado Pedro Rodrigues, de 66 anos.
Durante a ação, o atirador recarregou uma vez a pistola, cujo pente tinha capacidade para 11 balas. Em seguida, disparou mais dez vezes e se suicidou, com a última bala, numa tragédia em parte capturada pela câmera do circuito interno da catedral, instalada num ângulo alto da nave central, a contraluz. Grandolpho só parou de atirar quando policiais, PMs e da Guarda Municipal que estavam nas redondezas, escutaram os disparos e entraram na catedral para confrontá-lo. O atirador acabou sendo ferido na lateral do corpo, na altura do abdômen, e depois resolveu atirar contra a própria cabeça, caindo próximo ao altar. “Sem a intervenção da polícia, a matança seria maior”, disse o delegado.
Um Brasil em choque tomou ciência de um inusual tipo de barbárie irracional até mesmo para um país que possui um catálogo longo de barbáries. Enquanto o ataque ganhava o noticiário e corria ainda mais rápido com fotos e primeiras impressões no WhatsApp, tomava forma também a inevitável discussão sobre a natureza do tiroteio e o papel das armas nele, o que deve seguir nos próximos dias. A tragédia ocorre em meio ao debate sobre a ampliação do porte da posse de armas no território brasileiro, uma forte bandeira do presidente eleito Jair Bolsonaro. Na igreja, a polícia encontrou duas armas – uma pistola 9 mm e um revólver 38 –, ambas como a numeração raspada, um indício de que podem ter sido adquiridas ilegalmente. Com mais armas na mão se aumenta a possibilidade de um rompante louco como esse?
Não escaparam da fúria armada de Grandolpho Sidnei Vitor Monteiro, de 39 anos, José Eudes Gonzaga, de 68 anos, Cristofer Gonçalves dos Santos,38, e Elpídio Alves Coutinho. Morreram ainda na igreja. Outras quatro pessoas foram baleadas e encaminhadas ao hospital Mário Gatti e ao Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. Duas delas receberam alta nesta terça.
O prefeito de Campinas, Jona Donizette, decretou luto oficial de três dias na cidade, que viu outra chacina, de uma família inteira, acontecer há dois anos. Dessa vez, a matança foi no coração de Campinas. A agitada Praça José Bonifácio, em frente à catedral, foi tomada pelo medo e o corre-corre. O som de uma série de tiros ecoou e fez quem passava por ali correr automaticamente para um lugar mais seguro, uma loja, um banco ou padaria. "Aqui estava muito cheio, era na hora do almoço. E, de repente, todo mundo saiu correndo, escutei uns 20 tiros. Vi um homem saindo totalmente ensanguentado da porta da igreja. Nunca tinha visto algo assim antes, o pânico tomou conta desse lugar", conta Daiane, funcionária de uma banca de revistas da praça.
Durante toda a tarde, o local se encheu de curiosos que se concentravam perto da escadaria da igreja, que precisou ser isolada pela perícia. A corretora de imóveis Vanda Cordeiro buscava mais notícias sobre o episódio. Frequentadora da igreja há mais de 30 anos, ela tinha planejado ir à missa das 12h15 para depois se confessar, mas não chegou a tempo. "A verdade é que tenho agora que agradecer a Deus por esse livramento e, também, por ter livrado a minha filha da morte. Ela estava na missa, mas conseguiu fugir sem ser ferida. Ela me ligou apavorada contando que um homem armado estava atirando, um horror", explicava Cordeiro, que fazia questão de mostrar os áudios de celular que recebeu de pessoas que estavam dentro da igreja. Um deles era o de Daniele Coutinho, que escutou do atirador uma ameaça macabra: ou se afastava, ou morreria ali mesmo, com um tiro na cabeça.
No fim da tarde, quando os primeiros corpos começaram a ser removidos da catedral, dezenas de passantes começaram a se aglomerar novamente. Conversavam e tentavam se aproximar da cena do crime e também reviviam a ação, uma e outra vez, nas telas dos celulares. Muitas faziam especulações sobre o motivo de crime e mostravam as fotos de vítimas feridas e do atirador morto caído próximo ao altar. "A gente recebe toda hora essas fotos por Whatsapp. Parece que ele entrou na igreja para matar a mulher e o amante. Esse foi o primeiro casal que ele matou", especulava uma comerciante.
A polícia, no entanto, ainda não tem pistas sobre a motivação do crime. O delegado José Henrique Ventura afirmou apenas que já foi apurado pela Polícia Civil que o atirador chegou a fazer tratamento de depressão. Em um primeiro momento, a polícia afirmou que Grandolpho era analista de sistema. Depois emergiu a informação de que ele teria se formado em publicidade. Consta que ele foi aprovado no concurso de auxiliar de promotoria do Ministério Público de São Paulo e estava lotado na Comarca de Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, até pedir exoneração, em 2014. Morava com o pai, Eder, um senhor afeito a postagens católicas no Facebook. O atirador não trabalhava desde 2015, ficava quase todo o tempo recluso no quarto e tinha, segundo o delegado, um "comportamento estranho". Não tinha passagens pela polícia. Nos dois únicos boletins de ocorrência registrados com seu nome ele aparece como vítima, informou Ventura passada às 17h diante da catedral.
Às 18h, o último último corpo foi retirado da igreja em um caixão azul, o que fez a multidão começar a se dispersar. Alguns transeuntes afirmaram nunca ter visto a igreja com portas fechadas naquela hora, em uma terça-feira. Outros depositavam rosas vermelhas em homenagem às vítimas. A Catedral de Campinas em luto deve permanecer assim até a manhã desta quarta, mas informa que, às 12h15, estará aberta mais uma vez, para celebrar uma missa em sufrágio dos falecidos. Fonte: https://brasil.elpais.com
CNBB manifesta solidariedade com a arquidiocese de Campinas e familiares das vítimas
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CNBB manifesta solidariedade com a arquidiocese de Campinas e familiares das vítimas
A Presidência da CNBB enviou, na quarta-feira, 11 de dezembro, uma mensagem de solidariedade ao Mons. José Eduardo Meschiatt, administrador da arquidiocese de Campinas (SP). O atentado deixou pelo menos cinco pessoas mortas, inclusive o atirador, e outras quatro feridas.
Regionais
Dom Pedro Luiz Stringhini, presidente do regional Sul 1 da CNBB, emitiu nota de solidariedade: “Em nome dos senhores arcebispos e bispos do Regional Sul 1 da CNBB, apresentamos ao sr. Administrador Diocesano de Campinas, Revdo. Mons. José Eduardo Meschiatti, ao Revdo. Pároco da Catedral, ao Clero e fiéis da Arquidiocese de Campinas, sentimentos de solidariedade e orações, por ocasião do ataque, ocorrido na Catedral, e que vitimou diversas pessoas. Nesse tempo santo do Advento, preparando o Natal de Jesus Cristo, Príncipe da Paz, é necessário que os cristãos intensifiquem a oração pela Paz, com gestos concretos de Fraternidade, reconciliação e amor ao próximo, depondo as armas da violência seja das mãos, seja dos corações. Como discípulos de Cristo e membros do Seu Corpo, a Igreja, sofremos com os que sofrem, sempre movidos pela esperança que não decepciona (Rm 5,5). Rezemos pelas vítimas e pelo consolo de suas famílias. Rezemos pelo agressor, pela Arquidiocese de Campinas e pela Paz“.
Dom Jaime Spengler, presidente do regional Sul 3, acompanhado por dom José Gislon e dom Zeno Hastenteufel, vice-presidente e secretário, respectivamente, assinam a nota de solidariedade à arquidiocese de Campinas: “O Regional Sul 3 da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se solidariza com a Arquidiocese de Campinas/SP, diante do ataque sofrido na tarde desta terça-feira, dia 11 de dezembro, no interior de sua Catedral Metropolitana, deixando vítimas. Rezamos pelos familiares das vítimas e pelos feridos. Rezamos também pela Arquidiocese de Campinas, pedindo ao Príncipe da Paz, em favor da superação da violência, que marca a vida do nosso povo, que juntos possamos cooperar para construir dias melhores para as futuras gerações“.
Cardeal João Orani Tempesta, presidente do regional Leste 1, também assina nota: “O regional Leste 1 da CNBB e Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro se solidarizam diante do ocorrido aos fiéis na catedral metropolitana da arquidiocese de Campinas (SP), na tarde desta terça-feira, 11 de dezembro de 2018. Em unidade e comunhão com toda a Igreja, nos unimos com a dor e em oração dos familiares das vítimas, e pedimos pela recuperação dos feridos. Rezamos também pela arquidiocese de Campinas, suplicando a Deus, que apesar deste tempo de violência que marca nossa história, não deixemos de ser instrumentos de paz. Que as vítimas descansem em paz e que seus familiares encontrem em Deus a paz tão necessária para este momento!”.
Confira a Nota da Presidência.
Mensagem da CNBB ao Administrador da Arquidiocese de Campinas
Ao Revmo. Sr.
Mons. José Eduardo Meschiatt
Administrador Diocesano
Caro irmão,
A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB oferece a sua solidariedade e oração à Arquidiocese de Campinas, especialmente às famílias atingidas pelo trágico acontecimento da morte violenta de seus entes queridos, durante a celebração da Eucaristia na Catedral Metropolitana. Solidariedade e preces extensivas aos irmãos que foram internadas devido aos ferimentos.
A violência não faz parte da vida de quem segue Jesus Cristo. Vemos, mais uma vez, como as armas podem ser usadas para tirar a vida de outras pessoas e de quem as usa. A Campanha da Fraternidade deste ano foi uma longa e profunda meditação a partir da necessidade de superar a violência. Temos diante de nós mais uma demonstração de que há necessidade de buscarmos incessantemente a superação da violência para vivermos na fraternidade, com direito e a justiça.
O senhor, por favor, transmita a proximidade da Presidência da CNBB a todas as pessoas que estão sofrendo, inclusive aos familiares do irmão que provocou essa dor. Deus, na sua misericórdia, o perdoe e conceda aos falecidos o descanso eterno. Continuamos unidos pela oração e pelo desejo de servir.
Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
Fonte: http://www.cnbb.org.br
13 de dezembro: Santa Luzia, o olhar da esperança que salva
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Dom Roberto Francisco Ferreria Paz, Bispo Diocesano de Campos (RJ)
Celebramos junto a memória de Santa Luzia, Virgem e mártir, o dia de nossos irmãos cegos e dos que padecem doenças ou deficiências visuais. A eles nossa oração e solidariedade, unindo-nos a suas lutas pelo reconhecimento dos seus direitos.
Lembramos a vida de José Alvares de Azevedo, jovem cego que introduziu o sistema braille no Brasil em 1850, sendo sinal de um testemunho generoso e altruísta em favor de aqueles que como ele precisavam de ser integrados no aprendizado e na participação da cultura, superando as deficiências visuais. Mas Santa Luzia nos ajuda a viver e preparar o Natal, purificando nosso olhar, desembaçando-o de tantas luzes falsas ou traves que nos impedem ver a realidade com amor e esperança.
Ficamos como que aturdidos por uma propaganda mercantil que apela para o consumismo natalino. As pressões sociais de eventos de encerramento do ano, distraem nossa visão do verdadeiro foco. Com um coração puro e virginal é importante concentrar nosso olhar fixo em Cristo que vem para nos salvar.
Ele que é o verdadeiro e único presente como dom do Pai que é capaz de dar-nos a felicidade. Renunciemos como Santa Luzia as idolatrias que nos consomem e escravizam, para com Jesus tornar a nossa vida e história num presépio acolhedor, onde brilhe a luz da fé que transforma e liberta.
Que tenhamos a coragem de Santa Luzia de libertar-nos daquelas programações ou roteiros que outros querem impor para nossas vidas, aceitando com alegria o custo da opção radical por Cristo. Inspirados com o olhar límpido dos pastores ou a visão dos santos reis que desejavam encontrar o Messias e a sabedoria, possamos ver Jesus para adorá-lo e glorificá-lo, construindo com os pobres e os oprimidos um Novo Reino de justiça, paz e fraternidade, pois, como afirma Santo Irineu a Gloria de Deus é a vida plena da pessoa humana. Deus seja louvado! Fonte: http://www.cnbb.org.br
AO VIVO- MISSA DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE COM FREI PETRÔNIO, CARMELITA. (Quarta-feira, dia 12)
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CONCERTO DE NATAL: Carmo Sion.
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Imagens do Concerto de Natal na Igreja do Carmo em Belo Horizonte- MG no dia 11 de dezembro-2018.
Tragédia na Catedral de Campinas: Notas da CNBB e da Arquidiocese
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Tragédia na Catedral de Campinas: Notas da CNBB e da Arquidiocese
O Regional Sul I da CNBB divulgou uma Nota de Solidariedade a todos os fiéis e à Cúria fazendo um apelo para depor “as armas da violência seja das mãos, seja dos corações” . A Arquidiocese de Campinas apresentou uma Nota oficial sobre a agressão ocorrida ontem (11/12) dentro da Catedral.
Cidade do Vaticano
“Por volta das 13h15 de hoje, 11 de dezembro de 2018, após a missa das 12h15, um homem, em porte de duas armas de fogo, entrou na Catedral de Campinas e efetuou disparos contra os fiéis que faziam suas orações. A ação foi rápida e resultou no óbito de quatro pessoas. Após os disparos, o homem atirou contra si mesmo. Ainda não sabemos as motivações destes disparos”. Assim inicia a Nota Oficial da Arquidiocese de Campinas, que informa sobre o trágico ataque ocorrido nesta terça-feira na Catedral da cidade.
“A Catedral de Campinas forneceu às autoridades todas as informações possíveis, bem como as gravações do circuito interno de segurança. O Poder Público está investigando o caso", prossegue o texto. Lamentamos profundamente o ocorrido. Sofremos com as pessoas que neste momento choram a morte de seus amigos, irmãos e parentes. Pedimos a oração de todos para que estas famílias encontrem em Deus o conforto e a paz”.
Solidariedade da CNBB
Ao mesmo tempo o Regional Sul I da CNBB enviou uma nota de Solidariedade a todo o Clero e fiéis da Arquidiocese de Campinas, com “sentimentos de solidariedade e orações, por ocasião do ataque, ocorrido na Catedral, e que vitimou diversas pessoas”. A Nota evidencia também que neste santo Tempo do Advento “é necessário que os cristãos intensifiquem a oração pela Paz, com gestos concretos de Fraternidade, reconciliação e amor ao próximo, depondo as armas da violência seja das mãos, seja dos corações”.
A CNBB conclui com o apelo “rezemos pelas vítimas e pelo consolo das famílias. Rezemos pelo agressor, pela Arquidiocese de Campinas e pela Paz.
A Catedral será reaberta hoje
Segundo a Nota da Arquidiocese, a Catedral de Campinas permanecerá fechada até às 12h deste dia 12 de dezembro. Às 12h15 de hoje celebra-se uma missa em sufrágio pelas almas dos fiéis falecidos. Segundo informações da própria Arquidiocese, o agressor chamava-se Euler Fernando Gandolfo, de 49 anos, sem antecedentes criminais. Dentro da igreja havia cerca de 20 pessoas e tinha terminado a missa quando começou a atirar. Quando a polícia chegou o homem já tinha se suicidado. Embora logo tenham chegado as ambulâncias, as pessoas já estavam mortas enquanto os feridos foram levados ao hospital. Fonte: https://www.vaticannews.va
12 de dezembro: Significado e Simbolismo de Nossa Senhora Guadalupe
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Imagem milagrosa
A imagem de Nossa Senhora de Guadalupe apareceu de maneira milagrosa no poncho de um índio, em 1531, no México. Até hoje não se sabe como esta imagem "está" no poncho, pois não é pintura, nem bordado, nem qualquer tipo de impressão conhecido. Além disso, o poncho onde está a imagem é feito das fibras de um cacto que, em condições ideais, dura, no máximo, 20 anos. Mas este poncho já tem quase 500 anos e continua intacto, tendo ficado mais de 200 anos exposto no tempo, sem qualquer tipo de proteção. Além disso, os símbolos contidos na imagem são extraordinários e dialogam com toda a humanidade, partindo da cultura Asteca. Vejamos estes símbolos.
A túnica de Nossa Senhora de Guadalupe
A imagem milagrosa de Nossa Senhora de Guadalupe revela que a Virgem Maria vestiu-se com uma túnica semelhante às usadas pelas mulheres astecas. Significa que Maria é Mãe também dos astecas e de todos os indígenas. Com este gesto, ela se aproxima e se faz como um deles. Mas a túnica de Nossa Senhora de Guadalupe tem outros símbolos maravilhosos. Vejamos:
As flores na túnica de Nossa Senhora de Guadalupe
A túnica de Nossa Senhora de Guadalupe tem vários outros tipos de flores. Cada flor nasce numa determinada região. Isto significa que Maria é mãe de todos os povos, de todas as regiões e que a mensagem de oração e fé que ela deixou no México é para o mundo inteiro.
O laço de Nossa Senhora de Guadalupe
O laço que Nossa Senhora de Guadalupe tem acima da cintura e abaixo de suas mãos postas era o sinal que as mulheres indígenas usavam para mostrarem que estavam grávidas. Portanto, usando este laço, a Virgem Maria mostra que está grávida.
A flor de quatro pétalas
Logo abaixo do laço e sobre o ventre da Virgem de Guadalupe há uma flor de quatro pétalas. Existem vários tipos de flores representados na túnica. Porém, flor de quatro pétalas é somente esta. Este era um símbolo muito conhecido dos astecas e significa: "O lugar onde Deus habita". Portanto, a Virgem de Guadalupe está grávida e seu ventre é o lugar onde Deus habita. Ela está grávida de um ser divino.
O sol atrás de Nossa Senhora de Guadalupe
Em volta de toda a imagem da Virgem de Guadalupe aparecem raios do sol, dando a entender que o sol, embora não apareça, está atrás dela. O sol, para os astecas, era o símbolo maior da divindade. Portanto, estando grávida de um ser divino, tendo o sol nascente atrás de si, Nossa Senhora diz que seu filho que vai nascer é Deus e que ele é quem, na verdade, iluminará os povos americanos. E Nossa Senhora mostrou este sol divino no dia do solstício de inverno, ou seja, no dia mais curto do ano. A partir deste dia, os dias começam a ser mais longos. Com isso, Nossa Senhora nos diz que a luz do sol, que é seu filho, irá crescer cada vez mais para aquecer e iluminar todos os povos.
A cruz no colarinho de Nossa Senhora de Guadalupe
Com este símbolo, Nossa Senhora define para os americanos que o ser divino que está em seu ventre, que vai nascer e que iluminará os povos, é Jesus Cristo, morto numa cruz e ressuscitado para a salvação de todos.
Os cabelos da Virgem de Guadalupe
Os cabelos soltos sob o véu de Nossa Senhora de Guadalupe tem um simbolismo claríssimo para os astecas: quer dizer que ela é virgem. Este era o adorno característico que todas as virgens astecas usavam. Portanto, Nossa Senhora de Guadalupe é "mãe e virgem", em consonância com toda a Doutrina Católica.
- A lua negra debaixo dos pés de Nossa Senhora de Guadalupe
Esta lua negra simbolizava para os astecas todas as forças do mal. Com esta imagem, Nossa Senhora mostra que pisa sobre o mal, graças ao poder que recebe de seu Filho Divino, Jesus Cristo. Os astecas passaram a ser muito mais confiantes depois de verem esta imagem e se converteram aos milhões.
- O anjo debaixo da Virgem de Guadalupe
Este anjo é um sinal para os europeus que iniciavam suas conquistas no México. Mostra para eles que se trata da mesma Virgem Maria, Mãe de Deus, que está no céu e que eles veneravam na Europa.
O manto de Nossa Senhora de Guadalupe
O manto de Nossa Senhora de Guadalupe é um capítulo à parte nesta maravilhosa imagem. A cor azul do manto representa o céu e as estrelas nele representadas correspondem exatamente, precisamente, à posição das estrelas e constelações visíveis no céu daquela região no dia da aparição e marcam também o solstício de inverno. Os astecas eram bons conhecedores das estrelas e marcavam suas datas festivas e colheitas pela posição das estrelas. Por isso, quando viram as estrelas no manto da Virgem de Guadalupe, compreenderam imediatamente que aquela mulher vinha do céu, do divino, de Deus.
Os olhos da Virgem de Guadalupe
Ampliações gigantescas dos olhos de Nossa Senhora de Guadalupe feitas no microscópio eletrônico revelaram o momento em que São Juan Diego, o índio que a vira, abre seu manto diante do bispo local. Os olhos da Virgem mostram imagens como se fossem de olhos humanos que estão vendo a cena naquele momento. Assim, é possível ver que quando Juan Diego abriu seu manto, doze pessoas estavam presentes, inclusive o bispo.
As mãos de Nossa Senhora de Guadalupe
As mãos de Nossa Senhora de Guadalupe trazem uma mensagem clara para as Américas. A mão direita é mais escura e representa os indígenas, nativos das Américas. A mão direita é mais clara e representa os brancos vindos da Europa. As duas mãos juntas em sinal de oração simbolizam que brancos e índios devem se unir e rezar, para a paz e o crescimento de todos.Esta é a maravilhosa imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Uma imagem que "fala". Sua mensagem é uma mensagem divina, de vida, de amor, de Deus. Que Deus nos dê a graça de guardarmos esta mensagem em nossas vidas.
Oração a Nossa Senhora de Guadalupe
"Perfeita, sempre Virgem Santa Maria, Mãe do verdadeiro Deus, por quem se vive. Mãe das Américas! Tu que na verdade és nossa mãe compassiva, te buscamos e te clamamos. Escuta com piedade nosso pranto, nossas tristezas. Cura nossas penas, nossas misérias e dores. Tu que és nossa doce e amorosa Mãe, acolhe-nos no aconchego de teu manto, no carinho de teus braços. Que nada nos aflige nem perturbe nosso coração. Mostra-nos e manifesta-nos a teu amado filho, para que Nele e com Ele encontremos nossa salvação e a salvação do mundo. Santíssima Virgem Maria de Guadalupe, faz-nos mensageiros teus, mensageiros da vontade e da palavra de Deus. Amem."
ADVENTO: Erica Oliveira
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Guadalupe: Carriquiry, evangelização dos povos latino-americanos
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“Ela não é a Virgem dos conquistadores, não é uma deusa indígena. Essa linda senhora mestiça apresentou-se com todos os símbolos da cosmogonia indígena, mulher grávida que doou seu filho, o Redentor, aos povos”, disse Carriquiry.
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco celebrará a missa, nesta quarta-feira (12/12), na Basílica de São Pedro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe. A Rádio Vaticano/Vatican News transmitirá a cerimônia ao vivo, com comentários em português, a partir das 14h55h no horário de Brasília. Antes da missa, haverá a oração do Terço que terminará com o canto do hino da Jornada Mundial da Juventude que se realizará no Panamá, em janeiro próximo.
Olhando nos olhos da imagem da Virgem Morena em sua viagem apostólica ao México, em 2016, o Papa Francisco não escondeu a intensidade de sua devoção: “Primeiramente, ela nos ensina que a única força capaz de conquistar o coração dos homens é a ternura de Deus.”
Aparições
Nossa Senhora de Guadalupe apareceu ao índio Juan Diego Cuauhtlatoazin, um dos primeiros astecas a se converter ao cristianismo, entre 9 e 12 de dezembro de 1531, na colina de Tepeyac, a noroeste de Cidade do México. No manto que o índio usou para recolher as flores, que a Virgem fez surgir fora de época, apareceu milagrosamente a imagem de Maria.
Papa celebrará missa no Vaticano na festa de Guadalupe
Não se erra ao dizer que as aparições desempenharam um papel “pedagógico”. “Pois bem. Foram a primeira evangelização dos povos latino-americanos. Podemos dizer mais: a Virgem de Guadalupe é a pedagoga de uma evangelização que se enxertou perfeitamente na cultura local”, disse o vice-presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL), Guzmán Carriquiry Lecour. Na década sucessiva às aparições mais de 8 milhões de índios pediram para serem batizados. Um milagre no milagre.
Virgem dos povos indígenas
A natureza extraordinária do evento também reside no fato de que a Virgem Morena quis caracterizar-se como a virgem dos povos indígenas. “Ela não é a Virgem dos conquistadores, não é uma deusa indígena. Essa linda senhora mestiça apresentou-se com todos os símbolos da cosmogonia indígena, mulher grávida que doou seu filho, o Redentor, aos povos”, disse ainda Guzmán Carriquiry. “Abraçou os nossos povos, escolhendo como mensageiro um pobre índio”.
Difusão mundial da devoção
A devoção à Virgem de Guadalupe iniciou em Cidade do México, espalhou-se rapidamente por toda a América Latina e depois de quase 500 anos incendiou o mundo. Em todos os cantos da terra as pessoas se dirigem com confiança à Virgem Morena. João Paulo II proclamou Juan Diego santo em 2002.
“No mundo, as dioceses, paróquias, igrejas e capelas dedicadas à Virgem de Guadalupe não podem ser contadas, pois são numerosas. Ela é certamente a padroeira da América Latina e imperatriz de todo o continente americano, mas estende seu manto sobre o mundo inteiro”, concluiu Guzmán Carriquiry. Fonte: www.vaticannews.va
12 de dezembro: São Juan Diego: o índio que testemunhou a aparição de Nossa Senhora de Guadalupe
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Ele não é dos santos mais populares, mas quem nunca ouviu falar de Juan Diego, o indiozinho ao qual Nossa Senhora apareceu em Guadalupe, no México e pediu a ele que, em seu nome, solicitasse ao Bispo, o franciscano Juan de Zumárraga, a construção de uma igreja no local.
De família muito humilde e recém convertido ao catolicismo obedeceu a Nossa Senhora e insistiu com o bispo que pediu provas concretas da aparição. Foi então que no dia 12 de dezembro de 1531, em um lugar chamado Tepeyac, o milagre aconteceu. A Virgem pediu que Juan Diego subisse ao topo da colina de Tepeyac para colher flores e leva-las para ela. Os registros oficiais narram que a primeira aparição da Virgem Maria ocorreu em 9 de dezembro de 1531.
Segundo a agência católica ACI Digital, era temporada de inverno e mesmo assim, Juan Diego encontrou e colheu muitas flores bonitas, colocou na sua “tilma”, um tipo de manta típico da região e foi até o local de aparição da Virgem que ordenou-lhe que apresentasse as flores ao Bispo.
Os relatos históricos apontam que Juan Diego diante do Bispo abriu sua “tilma” e deixou cair as flores. No tecido, apareceu a imagem da Virgem de Guadalupe, que desde então se tornou o coração espiritual da Igreja no México e uma das maiores devoções marianas que permanece com força até hoje.
O pároco da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Brasília (DF), Marcelo Cecato, explica que entre o povo mexicano, Juan Diego não tem uma forte devoção à sua pessoa. “Como ele serviu devotamente a Nossa Senhora durante a sua vida, a sua veneração é humilde e simples, dando muito mais destaque à Maria Santíssima. Portanto, um fiel retrato da sua personalidade humilde, que mesmo sendo santo, apresenta e destaca ainda mais o amor e devoção mariana”, destaca.
Juan Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural. Em 2002, durante sua canonização, o papa João Paulo II designou o dia 9 de dezembro, dia da primeira aparição, como a festa litúrgica de São Juan Diego. Na ocasião, o papa louvou a São Juan Diego, pela sua simples fé nutrida pelo catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.
São Juan Diego está entre os santos Patronos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) junto os escolhidos São João Bosco e a Bem-aventurada María Romero Meneses, Filha de Maria Auxiliadora (FMA). Além de são João Paulo II, são Martinho de Porres, Santa Rosa de Lima, São Romero, mártir Arcebispo Oscar Arnulfo Romero e são José Sánchez del Río. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Homem invade missa, mata cinco e comete suicídio na Catedral de Campinas
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Suspeito atirou contra fiéis dentro de igreja na região central, na tarde desta terça-feira (11), segundo Samu e Corpo de Bombeiros. Três ficaram feridos após crime.
Por G1 Campinas e Região
Um homem matou cinco pessoas e deixou três feridas após invadir uma missa na Catedral Metropolitana, no Centro de Campinas (SP), na tarde desta terça-feira (11), segundo o Samu, Bombeiros e Polícia Militar. O suspeito pelos disparos na igreja, de acordo com as corporações, cometeu suicídio em seguida.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o suspeito teria entrado na Catedral com uma pistola e um revólver calibre 38, e se matado em frente ao altar após os crimes. Os feridos foram levados ao Mário Gatti e Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp - o estado de saúde de cada um deles não foi divulgado; "A maioria idosos, pessoas inocentes, e ele [suspeito] acabou disparando contra todas essas pessoas. A cena é desesperadora, uma tragédia muito grande", diz o guarda Alexande Moraes.
Guarda diz que a maior parte das vítimas em Catedral eram idosos que estavam rezando
Os mortos não foram identificados e a polícia investiga a motivação do crime. A princípio, a informação recebida pela EPTV é de que houve um assalto antes, mas autoridades negaram.
"As vítimas não foram identificadas ainda. Socorremos quem poderia ser socorrido e investimos em quem nós achamos que poderia retornar do quadro grave [...] Não temos informação sobre motivação e sobre quem são as vítimas", explica o bombeiro Alexandre Monteiro.
Equipes do Samu e dos Bombeiros foram enviadas ao local, por volta das 13h20. A informação inicial é de que uma mulher de 65 anos, com ferimentos na região da cervical, foi levada ao Hospital Mário Gatti; enquanto que outra, de 40 anos, foi levada ao Hospital de Clínicas da Unicamp.
A terceira vítima também estaria em estado estável, segundo o Samu, mas não há informações sobre para qual unidade ela deve ser encaminhada. O entorno da Catedral está isolado e câmeras de monitoramento da CinCamp registraram a movimentação na área. Veja vídeo acima.
Arquidiocese se manifesta
Em rede social, a Arquidiocese de Campinas lamentou a tragédia nesta terça-feira.
“Um tiroteio deixou pelo menos cinco pessoas mortas e outras quatro feridas no começo da tarde desta terça-feira (11), dentro da Catedral Metropolitana de Campinas, no Centro da cidade, segundo informações do Corpo de Bombeiros.Ainda não se sabe a motivação.
A Catedral segue fechada para atendimento das vítimas e a investigação da Polícia. Assim que dispusermos de mais informações, as disponibilizaremos. Contamos com as orações de todos neste momento de profunda dor”.
Fonte: https://g1.globo.com
TERÇA-FEIRA 11: Santa Missa ao vivo com Frei Petrônio.
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AO VIVO- Santa Missa nesta terça-feira 11, com Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita da Ordem do Carmo, direto da Igreja de Nossa Senhora do Carmo do Desterro da Lapa/ RJ.
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