Os padres acusados de abusos que a Igreja enviou à América Latina e África
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EL PAÍS reconstrói a história de 18 religiosos enviados à América Latina e à África. Alguns foram descobertos na Espanha; outros, presos em seus novos destinos
A Igreja espanhola não só utilizou o sistema de mudar sacerdotes de paróquia e destino dentro de uma ordem, após serem acusados de abusos de menores. Outro padrão de conduta das últimas décadas foi enviá-los ao estrangeiro. Isso foi confirmado por fontes dos órgãos de Tutela de Menores do Vaticano, que reconhecem que pode ter sido uma tática relativamente comum na Espanha e outros países. O EL PAÍS documentou até 18 casos de padres denunciados e condenados por abusos que foram para outros países e acusados e presos no estrangeiro. No Chile, Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, Honduras, Estados Unidos, Benin e Quênia.
Alguns foram notícia em sua época, mas seus passos posteriores não foram acompanhados. Outros passaram desapercebidos na Espanha. Também existem casos inéditos, pelas acusações de vítimas localizadas pelo EL PAÍS, como dois salesianos do colégio de Deusto, em Bilbao. O jornal relatará os principais casos nos próximos dias.
Um dos exemplos mais flagrantes é o de Jordi Ignasi Senabre, denunciado por um coroinha de 13 anos de Barcelona em 1988 e que fugiu. O EL PAÍS o localizou no Equador, onde exerceu até hoje a função de sacerdote, e o bispado de Barcelona sabia o tempo todo de seu paradeiro, de acordo com a diocese equatoriana de Santo Domingo.
A situação de muitos dos casos mais importantes desse período foi conhecida em Roma depois do ocorrido. Algumas vezes não puderam ser investigados por falta de colaboração dos padres e porque as vítimas preferiam não testemunhar. Fontes de órgãos à Tutela de Menores do Vaticano dizem que o exílio de sacerdotes foi uma prática relativamente comum durante um período, mas que o papa Francisco, com sua prática de tolerância zero, pede uma mudança radical e muitos casos foram reabertos e revisados.
Nos 18 casos analisados se distinguem dois tipos de situações: religiosos que são descobertos na Espanha e são enviados ao estrangeiro, e aqueles que são presos em outro país por esses crimes. Surge então a dúvida de se tiveram acusações anteriores em seu local de origem, como algumas vezes acaba sendo demonstrado.
O último episódio conhecido é o agostiniano Iván Merino, preso na Venezuela há duas semanas, acusado de abusar de uma menor. Nesse caso, tanto sua ordem como a diocese de Granada, onde era professor em um colégio até 2015, afirmam que sua mudança de país não teve nada a ver com denúncias anteriores e que não consta nenhuma. Acontece a mesma coisa com o caso de Joan Alonso Bonals, de 53 anos, pároco de Alcanar e Les Cases de Alcanar entre 2011 e 2016 (Tarragona), que se mudou para Honduras. Foi preso nesse país em agosto de 2017 por uma ordem de prisão emitida pela Espanha e extraditado. É acusado de abuso e de prostituir um menor de 16 anos. A diocese de Tortosa diz que não existem denúncias anteriores contra ele. Está em liberdade provisória.
Por outro lado, a prisão no Chile em 2009 de José Ángel Arregui, da ordem San Viator, trouxe à tona crimes cometidos pelo sacerdote anteriormente na Espanha. Ocorreram denúncias em sete colégios pelos quais passou no País Basco, Aragão e Madri. Foi condenado em 2011, mas parte dos casos prescreveram. Atualmente, está em liberdade, confirma sua antiga congregação.
Muitos desses sacerdotes pertencem a ordens religiosas, que possuem estruturas no estrangeiro. O caso dos maristas no Chile se destaca: quatro religiosos espanhóis estão sendo investigados dentro de um grande processo aberto contra a ordem. As dioceses, por sua vez, podem enviar padres a outros países como missionários fidei donum, emprestados temporariamente a outros bispados, ainda que continuem pertencendo à sua atribuição de origem. É frequente que as dioceses espanholas tenham relações históricas com outros países.
O sacerdote de Toledo Santiago Martínez Valentín-Gamazo, de 42 anos, foi preso no ano passado no Peru, acusado de abusar de quatro menores em Moyobamba. Chegou ao país em 2007. De acordo com o bispado de Toledo, “foi voluntário, como outros sacerdotes da diocese”. Afirmam que ele não tem denúncias na Espanha.
Gil José Sáez, vigário judicial da diocese de Cartagena e especialista em abusos sexuais na Igreja, admite que ainda que essa prática não tenha sido a mais comum, “era outro dos modos utilizados pelos padres e superiores das ordens para esconder os casos de pedofilia”. Esse procedimento significa “uma mudança radical na vida do abusador”, de modo que é difícil “forçá-lo” a deixar seu país. A mudança também depende dos contatos do padre no estrangeiro. Por isso, diz o vigário, é mais comum nas ordens religiosas.
O maior caso das últimas décadas na Catalunha
Em Barcelona há um velho caso muito singular: acusados de pedofilia nos anos oitenta que montaram sua própria ordem e continuaram cometendo abusos na África e América Latina, de acordo com fontes eclesiásticas. É a Comunidade Missionária de São Paulo Apostolo e de Maria Mãe da Igreja (MCSPA na sigla em inglês), de Albert Salvans, Pere Cané e Francisco Andreo, o maior caso de abusos na Igreja catalã das últimas décadas.
As mudanças de região ocorreram outras vezes após uma condenação firme, mas sem maiores sanções disciplinares. Ocorreu com o agostiniano recoleto José Luis Untoria, condenado em 1997 por abusos a 10 menores em um colégio de Salamanca. Recebeu uma multa e foi proibido de ensinar por 10 anos. Poucos meses depois foi enviado ao Peru, até 2009. O mesmo aconteceu com o jesuíta Luis Tó González, professor do colégio San Ignacio de Barcelona, condenado em 1992 a dois anos de prisão por abusar de uma menor. Sua ordem o enviou nesse ano à Bolívia, onde viveu até sua morte em 2017. As duas ordens foram consultadas e não veem nenhum problema na decisão de retirá-los do país e afirma que depois não tiveram denúncias. Os jesuítas, entretanto, admitem erros: “Não foi aberto um processo canônico contra ele e entendemos claramente que isso foi muito errado (...), a ação diante de casos de abusos não esteve à altura, especialmente, pensando na atenção às vítimas e na falta de respostas mais contundentes, e por isso pedimos perdão”.
Para Gema Varona, especialista em abusos de menores e presidenta da Sociedade Basca de Vitimologia, foi uma conduta totalmente anômala e “vergonhosa”. Varona há anos pesquisa os abusos na Igreja católica e está elaborando o primeiro estudo na Espanha sobre o assunto. “É uma prática da Igreja católica documentada em muitos países, como a Alemanha e a Bélgica. O perverso é que é uma forma de que os abusadores contundem abusando, porque nessas pessoas sempre há uma continuidade, costumam continuar, e ainda mais se não existiu um tratamento e medidas adequadas. Está entre os erros mais graves pelos quais a Igreja algum dia deverá pedir perdão”.
Davi contra Golias
A especialista, que entrevistou dezenas de vítimas, diz que elas sofrem muito ao saber que seus agressores foram enviados a outra parte, “porque a única coisa que preocupa a quem foi abusado é que isso não volte a se repetir, mas são mandados a lugares com condições mais propícias aos seus crimes”. Frisa que, nos países de destino, a Igreja costuma ter um poder ainda maior, os pedófilos têm acesso a famílias com maior vulnerabilidade e a Justiça local é menos eficiente.
Para José Ramón Juárez, psicólogo e perito em alguns dos casos de abusos julgados no Chile, é preciso não só considerar a dificuldade da vítima para denunciar como também a inferioridade do abusado frente à Igreja. “Para a vítima não é somente Davi contra Golias, é quase Davi contra o representante de Deus”, diz. Juárez, especialista em abusos na América Latina e membro da associação catalã Mans Petites, frisa que as hierarquias eclesiásticas costumam ter mais influências nesses países, “pela diferença entre classes sociais e pela forte presença social que possuem por suas numerosas atividades de caridade, o que se traduz em uma maior impunidade”.
Em 2002, quando começou o escândalo dos abusos na Igreja, um dos primeiros livros publicados na Espanha sobre o fenômeno já dizia tudo. Pepe Rodríguez, coordenador da faculdade de Ciências de Comunicação da Universidade Autônoma de Barcelona, escreveu em Pederastia en la Iglesia Católica (Pedofilia na Igreja Católica): “Um padre que abusa sexualmente de menores costuma ser enviado a paróquias cada vez mais humildes - com a crença de que pessoas com escasso poder econômico e cultural suportam melhor os abusos e não têm recursos e credibilidade para enfrentar a Igreja -, ainda que, quando o escândalo começa a explodir, ou ameaça explodir, é muito comum enviar o clérigo a outro país. O destino mais comum do clero pedófilo espanhol é a América Latina”. Fonte: https://brasil.elpais.com
Homenagem do Papa à Imaculada Conceição
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Francisco deixa o Vaticano e vai até a Praça de Espanha. Em 1953, Pio XII foi o primeiro Pontífice a prestar a homenagem a Nossa Senhora, dando início a esta tradição.
Manoel Tavares - Cidade do Vaticano
Por ocasião da Solenidade da Imaculada Conceição, o Santo Padre deixará a Casa Santa Marta, no Vaticano, na tarde deste sábado, e se dirigirá à Praça de Espanha, no centro de Roma, para fazer a tradicional homenagem floreal a Nossa Senhora, aos pés do monumento a ela dedicado.
Durante a sua ida à Praça da Espanha, o Papa se deterá em oração diante da imagem de Nossa Senhora chamada “Salvação do Povo romano”, na Basílica papal de Santa Maria Maior.
A seguir, se dirigirá à Praça de Espanha, para venerar a estátua de Nossa Senhora, obra do escultor Giuseppe Obici, que se encontra no alto de um obelisco, projetado pelo arquiteto Luigi Poletti, e inaugurado em 8 de dezembro de 1857. Em 1953, Pio XII foi o primeiro Pontífice a prestar a homenagem a Nossa Senhora, dando início a esta tradição.
Significado da Imaculada Conceição
A expressão Imaculada Conceição passou a ser um título de Nossa Senhora, que significa “concebida sem mancha”. Desde o momento da sua concepção, Maria foi preservada da mancha do pecado original.
A Imaculada Concepção da Virgem Maria é um Dogma de Fé proclamado, no dia 8 de dezembro de 1854, pelo Papa Pio IX. Na iconografia cristã, aos pés de Nossa Senhora encontra-se uma meia-lua, que tem um simbolismo particular: a lua não tem luz própria, mas reflete a luz do Sol. Para o cristão, o sol representa Jesus Cristo. Logo, a luz, que vem de Jesus Cristo, brilha na escuridão, que simboliza a humanidade pecadora, enquanto a lua representa a pureza e a luz.
Maria Imaculada, concebida sem pecado original, brilha como a lua, mas reflete a luz do Sol, que é seu Filho, verdadeira fonte de vida, luz e calor. A serpente, calcada pelos pés de Maria, representa que, com Maria, começou a vitória sobre o demônio, uma derrota concluída com a morte e ressurreição de Jesus.
Por fim, aos pés da imagem da Imaculada Conceição estão os anjos e uma nuvem, que revelam a glória da Virgem Maria no céu, junto com os anjos, dos quais é Rainha. Por isso, a sua imagem traz uma coroa, sobre a qual se encontra uma cruz. De fato, a Virgem Maria é Rainha por causa da morte e ressurreição de Cristo. Fonte: www.vaticannews.va
HOJE 8: Festa da Imaculada Conceição- Missa com Frei Petrônio no Rio de Janeiro.
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ESPERO VC NO CARMO DA LAPA, RIO DE JANEIRO (Centro do Rio) Hoje às 18h. Amanhã 9, às 8hs, 10hs e 18hs. Todas as Missas serão transmitidas- AO VIVO- pelo instagram www.instagram.com/freipetronio; Pelo Olhar www.olharjornalistico.com.br ou pelo Face www.facebook.com/freipetronio1
SEGUNDO DOMINGO DE ADVIENTO: DIOS VIENE A SALVAR EN LA HISTORIA Y CON LA COLABORACIÓN DE LOS HOMBRES
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São Romero de América, Pastor e Mártir nosso. (Dom Oscar Romero)
9 de Diciembre de 1979 (Baruc 1-9)
Filipenses 1, 4-6. 8-11. Lucas 3, 1-6
Queridos hermanos:
Introducción: Sentido del Adviento:
- Inicio del Año Litúrgico;
¡Qué consuelo da saber que Dios va con nosotros en la historia! Esto es, precisamente, el sentido de este tiempo de Adviento. Al mismo tiempo que se inicia el Año Litúrgico celebramos ese gran acontecimiento: "del Dios con nosotros" como lo anuncio el Profeta Isaías cuando dijo que: una virgen concebiría y daría a luz a un niño que se llamaría así "Emmanuel, Dios con nosotros".
- Historia de la salvación en la historia de los pueblos
Celebramos con este título el Adviento, el advenimiento de Dios a nuestra historia. Dios ha querido tejer la historia de la salvación de los hombres en nuestra propia historia humana. De modo que nuestra historia humana será salvación para los hombres si refleja los proyectos de la historia de la salvación de Dios, y los hombres en la historia del pueblo tienen que saber que la historia no termina con el tiempo, sino que está ya incrustada en la eternidad de Dios y que Dios es, por tanto, el dueño de la historia.
- La Iglesia mantiene el designio de Dios
El tremendo papel de la Iglesia es mantener en la historia de los hombres el proyecto de la historia de Dios. Reflejar esa historia de Dios en los acontecimientos concretos del pueblo para poder aprobar todo aquello que refleje ese proyecto de la salvación de Dios en la historia; y con la santa libertad de Dios, también, rechazar en la historia de los hombres todo aquello que no corresponde al proyecto, al designio de Dios que quiere salvar a la humanidad.
Por eso la Iglesia tiene que mantenerse sin identificación con los proyectos históricos de los hombres, aunque tiene que iluminarlos todos. Pero la liberación que la Iglesia predica tiene que ser desde la perspectiva de la liberación de Dios Nuestro Señor.
Por eso explicaba el Papa Pablo VI -y yo quisiera que todas las comunidades cristianas que nos encontramos esta mañana en la reflexión de este Adviento tuviéramos en cuenta esta orientación necesaria hoy más que nunca.- "Muchos cristianos generosos, sensibles a las cuestiones dramáticas que lleva consigo el problema de la liberación, al querer comprometer a la Iglesia en el esfuerzo de liberación, han sentido con frecuencia la tentación de reducir su misión a las dimensiones de un proyecto puramente temporal, de reducir sus objetivos a una perspectiva antropocéntrica -es decir, que tiene al hombre como centro de la historia- la salvación, de la cual la Iglesia es mensajera y sacramento, a un bienestar material. La actividad de la Iglesia, olvidando toda preocupación espiritual y religiosa, la quisieran reducir a iniciativa de orden político o social. Si ésto fuera así, la Iglesia perdería su significación más profunda, su mensaje de liberación no tendría ninguna originalidad y se prestaría a ser acaparado y manipulado por los diversos sistemas ideológicos y los partidos políticos. No tendría autoridad para anunciar de parte de Dios, la liberación. Por eso quisimos subrayar en la misma alocución del Sínodo la necesidad de reafirmar claramente la finalidad específicamente religiosa de la evangelización. La evangelización perdería su razón de ser si se desviara del eje religioso que la dirige ante todo: el Reino de Dios en su sentido plenamente teológico".
- Se explicita el proyecto de Dios
El adviento, entonces, viene a recordarnos -con la riqueza de sus lecturas que se van haciendo estos domingos- cuál es el proyecto de Dios, cuál es su historia de salvación a la cual tenemos que orientar las fuerzas reivindicadoras, las liberaciones, los esfuerzos humanos de las historias del tiempo de los hombres. Por eso, todos estos cuatro domingos nos van a explicitar el proyecto de Dios.
- Síntesis de la historia de salvación
El domingo pasado -que no tuve la dicha de compartir en esta catedral con Uds. Pero cuya representación llevada por el P. Fabián Amaya ha sido auténticamente la voz de la liturgia y de la Palabra de Dios- nos presentaba la síntesis de la historia de la salvación desde el principio hasta el fin. Al principio, una iniciativa de Dios y una promesa de arrancar de un vástago de David, un hijo en el cual se iba a encarnar el Hijo de Dios. Y el Hijo de
David aparecería como el redentor de los hombres.
Ese es el inicio de la historia de la salvación: la promesa y la iniciativa de Dios que en la historia se vale de un hijo de un rey para hacerlo redentor de los hombres. El fin de esta historia nos los presentaba el evangelio el domingo pasado cuando Cristo; frente al templo de Jerusalén, cuenta el fin de ese tiempo y el fin de la historia. Entonces dice: "Verán al Hijo del Hombre que viene con gran poder y majestad". Y la segunda lectura nos presentaba como a ese Hijo de Dios, que viene ya en su fase definitiva de la redención de los hombres, saldrá al encuentro una humanidad santa redimida. Somos nosotros, y tenemos la dicha de haber vivido y desarrollado en nosotros la historia de la salvación.
Juan Bautista signo de los hombres que Dios necesita
El segundo y el tercer domingo de Adviento -o sea, este de hoy y el que viene nos van a presentar, en el símbolo de Juan El Precursor, como Dios se vale de los hombres para que colaboren en la historia de la salvación. Este domingo y el otro domingo serán las condiciones que Dios pide a los hombres para incorporarlos en la historia de la salvación.
- Preparativos inmediatos para el nacimiento de Dios en la Historia.
Y el cuarto domingo, ya en las vísperas de la Navidad, nos presentara los preparativos inmediatos en que María tiene un papel tan preponderante para que ese Rey de la gloria, Señor de la eternidad, se venga a hacer, también, Señor de la historia; nazca en Belén para nuestra historia. Toda la Navidad será celebrar la venida de Dios a hacerse caminante con los hombres en la historia de todos los pueblos. De ahí la importancia de esta temporada, sobre todo, para quienes sentimos el anhelo profundo de la liberación de nuestro pueblo, pero no confundiendo con proyectos de la tierra el gran proyecto de Dios, sino iluminar con ese proyecto de Dios los proyectos redentores de los hombres.
Yo quisiera, queridos hermanos -los que están aquí en la catedral y los que a través de la radio vamos a reflexionar en esta presencia de Dios que quiere valerse de los hombres para salvar al mundo-, que si de veras queremos ser la comunidad cristiana que Cristo quiere organizar en torno de él con su fe, con su amor, con su esperanza, para ser luz del mundo y salvación de los pueblos, nos fijemos bien en las reflexiones que la Palabra de Dios nos sugiere, para que hagamos verdaderamente de nuestras comunidades parroquiales, de nuestras comunidades eclesiales de base, de nuestras reflexiones bíblicas en familia, de nuestro vivir cristiano, verdaderamente la comunidad de Cristo de la cual nos va a hablar hoy San Pablo en la epístola.
DIOS VIENE A SALVAR EN LA HISTORIA Y CON LA COLABORACION DE LOS HOMBRES.
1º Dios viene a salvar en la historia de los hombres.
2º El Precursor, símbolo de la colaboración humana en la historia de la salvación
3º Nuestra Iglesia y nuestra historia.
1- DIOS VIENE A SALVAR EN LA HISTORIA
Yo encuentro en las lecturas de hoy dos descripciones sumamente expresiva.
a) El marco histórico-político en que se introduce el ministerio de Juan.
Acaban de escuchar en el evangelio de hoy un marco histórico político: "En el año quince del reinado del emperador Tiberio, siendo Poncio Pilato Gobernador de Judea… Y después describe la situación política de Palestina sometida al Imperio Romano y gobernada por cuatro Tetrarcas -Tetrarquía quiere decir la distribución entre cuatro-. Cuatro reyes gobernaban bajo el Imperio de Roma la tierra en que vivió Jesús.
Y en ese marco histórico político, también una historia eclesiástica: "… bajo el sumo sacerdocio de Anás y Caifás…" Aquí está el marco, la historia en que precisamente comienza San Lucas a describirnos la Palabra de Dios. En ese marco:"… vino la Palabra de Dios sobre Juan, hijo de Zacarías, en el desierto". No podía ponerse un prólogo más solemne y más encarnado en la historia del momento precioso en que Dios viene a hacerse un caminante de nuestra historia. Así es siempre: Dios irá trabajando su salvación contando con los emperadores, con los reyes, con los gobernantes, con los sacerdotes del tiempo; son los hombres que van enmarcando en historia de la tierra, el momento de Dios.
- La historia que tejen las intrigas sirve a Dios para tejer su salvación.
En estos cuatro reyes de la Palestina, entre esas intrigas de los palacios, entre aquellas superficialidades de una religión que se ha hecho tan legalista que ya tiene que preguntar cuál es el primer mandamiento para honrar a los hombres víctimas de esas intrigas, de esas subordinaciones, de unos imperios sobre otros pueblos.
Los momentos cambiarán pero el proyecto de Dios será siempre el mismo: salvar a los hombres en la historia. Por eso, la Iglesia encargada de llevar ese proyecto de Dios, no puede identificarse con ningún proyecto histórico. La Iglesia no pudo hacerse aliada del Imperio Romano, ni de Herodes, ni de ningún rey de la tierra, ni de ningún sistema político, ni de ninguna estrategia política humana; los iluminará todos, pero ella se conservará siempre auténticamente la que va anunciando la historia de la salvación: el proyecto de Dios.
b) Una ciudad de la geografa humana, se hace signo de la capital del Reino de Dios.
Es otro rasgo precioso que confirma mi pensamiento: Dios salva en la historia, es la primera lectura de hoy. Baruc, un profeta que recoge los sentimientos religiosos que han dejado como herencia los profetas, recoge aquel momento en que después del cautiverio de Babilonia cuando otro imperio, el de Persia, se ha llevado prisioneros a los hijos de Israel que lloran su cautiverio; los profetas anunciaban el retorno del destierro a Jerusalén.
- Las vicisitudes de un pueblo que vuelve de su destierro, signo de la redención de Dios.
Aquí aparece otra vez la historia de un pueblo humillado en el destierro, pero animado por la historia de la salvación. Precisamente ese destierro va a ser el signo de la necesidad de los hombres para ser salvos; por su fuerza no pueden, vendrá Dios. Este era el anuncio de los profetas. En este tiempo de Adviento cuando se anuncia la salvación en Cristo, se recuerdan estos episodios para ver como Dios va salvando a los hombres en la historia.
- Jerusalén desde que David la hizo sede de su reino, tiene una proyección mesiánica.
Y la bella comparación de la capital de Israel: saqueada, destruida, deshecha, hace soñar con una nueva Jerusalén. Los profetas hablan de la nueva Jerusalén, la que van a encontrar los desterrados cuando vengan. Y en el camino del retorno por el desierto se irá anunciando con una voz -aquella voz de los heraldos que anunciaban el paso del rey-: "Preparad los caminos porque Dios viene conduciendo al pueblo. Enderezad las sendas tortuosas -y como una obra de arquitectura, de ingeniería, haciendo una hermosa carretera, una avenida, describe preciosamente ese retorno en la historia-, Dios ha mandado a bajarse a todos los montes elevados, a todas las colinas encumbradas, ha mandado que se llenen los barrancos hasta allanar el suelo, para que Israel camine con seguridad, guiado por la gloria de Dios…
Jerusalén, ciudad de esta tierra, la ocupa la Sagrada Revelación de Dios para describirnos las maravillas de su reino y de su redención.
Su nombre será: "Paz en la justicia, Gloria en la piedad".
Hace una invitación a la Capital del reino de Dios simbolizado en Jerusalén: "Ponte en pie, Jerusalén, sube a la altura, mira hacia oriente y contempla a tus hijos, reunidos de oriente a occidente, a la voz del Espíritu, gozosos, porque Dios se acuerda de tí. A pie se marcharon, conducidos por el enemigo, pero Dios te los traerá con gloria, como llevados en carroza real".
¿Ven cómo los acontecimientos de los pueblos los aprovecha la historia de la salvación para sembrar en los hombres la esperanza, el arrepentimiento, el retorno a Dios, la alegría de sentirse acompañados por Dios en la historia? Esta es la enseñanza de este primer pensamiento, queridos hermanos, en este tiempo de adviento. Una gran esperanza de que Dios va con nuestra historia. Dios no nos ha abandonado, Dios va sacando partido hasta de las injusticias de los hombres esperando el retorno para que también la salvación, aquí en El Salvador, puede llamarse con el dulcísimo nombre que la llama la Palabra de Dios hoy: "Paz en la justicia, Gloria en la piedad". Hagamos lo posible, pues, para que nuestra historia salvadoreña sea de verdad una historia de salvación.
2- EL PRECURSOR, SIMBOLO DE LA COLABORACION HUMANA EN LA HISTORIA DE LA SALVACION
a) La persona
En este tiempo de Adviento y, principalmente, en este domingo y en el que viene, cuando la Iglesia nos quiere presentar la figura providencial, maravillosa, de Juan Bautista.
- Anunciado por los profetas
Había sido anunciado por los profetas un heraldo, un ángel que iría anunciando delante de la venida de Cristo, que ya se acercaban los tiempos. Algunos lo confundieron con Elías que había sido arrebatado a los cielos y se creía que iba a venir a anunciar la venida de Dios al mundo.
Pero Cristo interpreta esa tradición y dice: "Elías ya vino" y se refiere a Juan Bautista.
Las lecturas de hoy interpretan ese personaje misterioso de la tradición judía encarnado en Juan el Bautista. Juan es la figura central del Adviento porque él es el ángel, el Precursor, el que va anunciando que Jesús ha venido ya.
b) La misión
El evangelio de hoy de San Lucas -que será el evangelio de todo el año identifica aquella voz que anunció Isaías: "Recorrió toda la comarca del Jordán, predicando un bautismo de conversión para perdón de los pecados, como está escrito en el libro de los oráculos del profeta Isaías: "Una voz grita en el desierto: preparad el camino del Señor, allanad su senderos; elévense los valles, desciendan los montes y colinas; que lo torció se enderece, lo escabroso se iguale. Y todos verán la salvación de Dios".
- Conversión bautismo
Era la voz de la esperanza pero poniendo condiciones para ese encuentro con Dios, de las cuales vamos hablar más explícitamente el próximo domingo pero ya hoy se insinúan en la predicación y en el bautismo de Juan: "Conviértanse, bautícense". El bautismo era un rito de penitencia. Todo hombre que reconocía sus pecados iba a purificarse, a manifestar de alguna manera su deseo de limpieza espiritual: no más manchas, no más inmundicias morales en el corazón; y así se convertían. Y sólo los que se convierten, verán; el Señor retorna a su pueblo.
c) La comunidad cristiana, contiene la obra del Precursor
De allí que ahora nos interesa que la misión de Juan Bautista se haga presente aquí en El Salvador. Y se hace presente, porque lo hermoso de la liturgia de esta mañana es que nosotros, la comunidad cristiana, somos esa misión profética de Dios anunciando la salvación del Pueblo.
Pueblo y Pueblo de Dios
Yo quiero insistir, queridos hermanos, en una distinción que debe de estar en nuestro tiempo muy bien clarificada: No es lo mismo decir el pueblo, que decir el Pueblo de Dios. ¿Qué diferencia hay? El pueblo es todo lo que habita la Patria. Todo ese es el pueblo salvadoreño, incluyendo los que no creen, los indiferentes. Todos aquellos, crean o no crean, son el pueblo. Pero cuando decimos el Pueblo de Dios, queremos decir la comunidad cristiana; entre los salvadoreños, aquellos que han recibido el mensaje de Cristo, que se han convertido, y para manifestar esa conversión se han bautizado y están preparando -como decía Juan Bautista- "un pueblo perfecto para la venida del Señor". De allí que el pueblo de Dios es una selección.
No lo decimos con orgullo, ni soberbia porque, talvez, nosotros no somos el Pueblo de Dios cuando no estamos convertidos de verdad. Pueblo de Dios también es, aún fuera de las fronteras de la Iglesia, todos aquellos que no han conocido a Cristo pero han puesto en Dios su esperanza y su confianza. Por eso podemos decir: "no están todos los que son, ni son todos los que están".
Colaboradores en la obra del Evangelio
De allí la necesidad de que nosotros, en esta mañana, si de veras sentimos que Dios quiere hacer la historia de la salvación con los hombres y mujeres que crean en él y que formen con él la comunidad de amor -como la llama San Pablo hoy-; tenemos que buscar en nosotros la identificación del Precursor, de Juan Bautista, y que San Pablo, en su epístola de esta mañana a los Filipenses, les dice: "Uds. han sido colaboradores míos en la obra del evangelio, desde el primer día hasta hoy. "Estos son la comunidad que salva al pueblo: los que han colaborado en la evangelización.
Que vuestra comunidad de amor crezca
"Testigo me es Dios… Y esta es mi oración -dice San Pablo-: que vuestra comunidad de amor siga creciendo más y más en penetración y en sensibilidad para apreciar los valores. "Me alegro mucho de poder decir esta distinción para poder reclamar a todos aquellos que quieren sentir el inmenso honor de llamarse Iglesia, comunidad cristiana, que no basta el título ni la apariencia de reunirse en torno de la Biblia. Que lo que Dios nos pide es algo más profundo: es sentimientos de precursor, conversión de Juan Bautista, identidad de un hombre que en medio de imperios y de reinos, y de sistemas políticos, se mantiene auténticamente el misionero de Cristo.
¡Y vaya si en los tiempos de Juan Bautista no había una gran maraña política! Había grupos políticos como los hay hoy. Había quienes estaban a favor del imperio, quienes estaban contra el imperio; y en la facción de la oposición del imperio había diversos partidos, lo que llamaríamos hoy también, organizaciones políticas populares. Había también brazos armados de esas organizaciones. La historia del tiempo de Jesús es maravillosamente igual a nuestro tiempo. Y Juan Bautista no se hace facción, sino que se hace heraldo del Rey.
A todos -como lo vamos a ver el próximo domingo dirá una palabra de salvación. No hay exclusivismos en su corazón, a todos los llama el Señor para formar su pueblo. Pero, sí, también, es valiente para rechazar aunque se llame rey a aquel que está cometiendo pecado. Y, precisamente, por llamarle la atención a Herodes paga con su cabeza la valentía de reclamar el pecado al mismo rey, pero Juan no se identificó con ninguna facción.
- Como Juan Bautista en su marco histórico-político la comunidad cristiana ilumina con su amor a los pueblos y comunica la salvación, la conversión, el bautismo… sin identificarse sino salvando… trascendiendo desde adentro…
La comunidad cristiana tiene que ser la que crezca en el amor, en la fe, en la palabra de Dios. El Pueblo de Dios tiene que ser en sus comunidades la expresión de este amor que salva. La comunidad está salvando hoy a la Patria en la medida en que es verdadera comunidad cristiana.
Queridos hermanos, queridos sacerdotes, queridos agentes de pastoral, queridas religiosas que trabajan en la pastoral, queridos catequistas, celebradores de la Palabra, ¡cuánta gente trabajando en la Pastoral! ¡Bendito sea Dios! Pero tengamos en cuenta de hacer de verdad la Iglesia; que sea Precursor del Señor, sea de verdad. Que nuestro trabajo de Iglesia se identifica tan íntimamente con Cristo que su amor es el amor de la comunidad, que su iluminación es la iluminación de la comunidad, que pensamos como Cristo piensa y buscamos la liberación de nuestro pueblo desde esa perspectiva: de la historia de la salvación que debe de iluminar todas las salvaciones en la historia.
No hay más que una historia de la salvación y desde ella iluminaremos las salvaciones, las liberaciones, las reivindicaciones de todos los hombres; que serán auténticas en la medida en que se identifiquen o que aspiren, que se orienten a la salvación en Cristo. Y serán espúreas, serán falsas, en la medida que se alejan de los sentimientos de Cristo. Y se alejan de Cristo por el odio, por la venganza, por las parcializaciones, por los radicalismos. No pueden ser salvaciones de Cristo más que aquellas que buscan en la fuerza del Señor la salvación, el bien común del pueblo, y no el bien de una facción popular nada más.
Como Juan Bautista, en el marco político histórico la Iglesia tiene que ser el clamor del Señor, la voz que clama siempre en el desierto: "Preparad los caminos del Señor!" Un llamamiento a todos los corazones para que de veras busquen el encuentro que nos hará felices ya en esta tierra.
Porque quiero también subrayar esto, queridos hermanos: en la medida en que nosotros buscamos esta historia de salvación, estamos siendo también encarnados en la historia de nuestro pueblo.
Se quiere pensar muchas veces que ya ese sentido religioso de la comunidad cristiana nos aleja, nos aliena -como se dice hoy- de las realidades de la tierra. Pero estamos, cabalmente, enseñando esta mañana que Dios quiere salvar en la historia y que cuanto más historia de El Salvador sea la nuestra, más estará Cristo en nuestras propias entrañas. No necesitamos, pues, importar a El Salvador, imperialismos de ninguna clase. Aquí está en nuestro pueblo la salvación de Dios, aquí esta Cristo, es salvadoreño, es historia de nuestro pueblo. Y los que comprendan mejor esta historia comprenderán mejor como quiere Dios liberar y salvar a este pueblo de El Salvador. No tenemos que aprender de otras partes lo que ya tenemos aquí por nuestra fe en nuestro propio pueblo.
NUESTRA IGLESIA Y NUESTRA HISTORIA
Uds. mismos, analizando esta Palabra de Dios tan providencial que se nos ha dado hoy, vean que cosas hay en nuestra Iglesia y en nuestra historia que van reflejando en El Salvador la historia de la salvación de Dios. Y, al revés, que cosas pueden haber en nuestra historia salvadoreña y aún dentro de nuestra Iglesia salvadoreña, que no reflejen ese Reino de Dios y que, por tanto, tenemos que arrancarlo como pecado. Porque pecado es todo aquello que se opone al designio salvador de Dios en la historia. Fonte: http://www.servicioskoinonia.org
Solenidade da Imaculada Conceição - 08 de dezembro
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Frei Carlos Mesters, O. Carm
1) Oração
Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para o vosso Filho pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós, purificados também de toda culpa. por sua materna intercessão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Lucas 1,26-38)
Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,27a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria.28Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.29Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.30O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.31Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.32Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,33e o seu reino não terá fim.34Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem?35Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.36Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,37porque a Deus nenhuma coisa é impossível.38Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela.
3) Reflexão
* Hoje é a Solenidade da Imaculada Conceição. O texto que meditamos no evangelho descreve a visita do anjo a Maria (Lc 1,26-38). A Palavra de Deus chega a Maria não através de um texto bíblico, mas através de uma experiência profunda de Deus, manifestada na visita do anjo. No AT, muitas vezes, o Anjo de Deus é o próprio Deus. Foi graças à ruminação da Palavra escrita de Deus na Bíblia, que Maria foi capaz de perceber a Palavra viva de Deus na visita do Anjo. Assim também acontece com a visita de Deus em nossas vidas. As visitas de Deus são frequentes. Mas por falta de ruminação da Palavra escrita de Deus na Bíblia, não percebemos a visita de Deus em nossas vidas. A visita de Deus é tão presente e tão contínua que, muitas vezes, já nem a percebemos e, por isso, perdemos uma grande oportunidade de viver na paz e na alegria.
* Lucas 1,26-27: A Palavra faz a sua entrada na vida.
Lucas apresenta as pessoas e os lugares: uma virgem chamada Maria, prometida em casamento a um homem, chamado José, da casa de Davi. Nazaré, uma cidadezinha na Galiléia. Galiléia era periferia. O centro era Judéia e Jerusalém. O anjo Gabriel é o enviado de Deus para esta moça virgem que morava na periferia. O nome Gabriel significa Deus é forte. O nome Maria significa amada de Javé ou Javé é o meu Senhor. A história da visita de Deus a Maria começa com a expressão “No sexto mês”. Trata-se do "sexto mês" da gravidez de Isabel, parenta de Maria, uma senhora já de idade, precisando de ajuda. A necessidade concreta de Isabel é o pano de fundo de todo este episódio. Encontra-se no começo (Lc 1,26) e no fim (Lc 1,36.39).
* Lucas 1,28-29: A reação de Maria.
Foi no Templo que o anjo apareceu a Zacarias. A Maria ele aparece na casa dela. A Palavra de Deus atinge Maria no ambiente da vida de cada dia. O anjo diz: “Alegra-te! Cheia de graça! O Senhor está contigo!” Palavras semelhantes já tinham sido ditas a Moisés (Ex 3,12), a Jeremias (Jr 1,8), a Gedeão (Jz 6,12), a Rute (Rt 2,4) e a muitos outros. Elas abrem o horizonte para a missão que estas pessoas do Antigo Testamento deviam realizar a serviço do povo de Deus. Intrigada com a saudação, Maria procura saber o significado. Ela é realista, usa a cabeça. Quer entender. Não aceita qualquer aparição ou inspiração.
* Lucas 1,30-33: A explicação do anjo.
“Não tenha medo, Maria!” Esta é sempre a primeira saudação de Deus ao ser humano: não ter medo! Em seguida, o anjo recorda as grandes promessas do passado que vão ser realizadas através do filho que vai nascer de Maria. Este filho deve receber o nome de Jesus. Ele será chamado Filho do Altíssimo e nele se realizará, finalmente, o Reino de Deus prometido a Davi, que todos estavam esperando ansiosamente. Esta é a explicação que o anjo dá a Maria para ela não ficar assustada.
* Lucas 1,34: Nova pergunta de Maria
Maria tem consciência da missão importante que está recebendo, mas ela permanece realista. Não se deixa embalar pela grandeza da oferta e olha a sua condição: “Como é que vai ser isto, se eu não conheço homem algum?” Ela analisa a oferta a partir dos critérios que nós, seres humanos, temos à nossa disposição. Pois, humanamente falando, não era possível que aquela oferta da Palavra de Deus se realizasse naquele momento.
* Lucas 1,35-37: Nova explicação do anjo
"O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus”. O Espírito Santo, presente na Palavra de Deus desde o dia da Criação (Gênesis 1,2), consegue realizar coisas que parecem impossíveis. Por isso, o Santo que vai nascer de Maria será chamado Filho de Deus. Quando hoje a Palavra de Deus é acolhida pelos pobres sem estudo, algo novo acontece pela força do Espírito Santo! Algo tão novo e tão surpreendente como um filho nascer de uma virgem ou como um filho nascer de Isabel, uma senhora já de idade, da qual todo mundo dizia que ela não podia ter nenêm! E o anjo acrescenta: “E olhe, Maria! Isabel, tua prima, já está no sexto mês!”
* Lucas 1,38: A entrega de Maria.
A resposta do anjo clareou tudo para Maria. Ela se entrega ao que Deus estava pedindo: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Maria usa para si o título de Serva, empregada do Senhor. O título vem de Isaías, que apresenta a missão do povo não como um privilégio, mas sim como um serviço aos outros povos (Is 42,1-9; 49,3-6). Mais tarde, Jesus, o filho que estava sendo gerado naquele momento, definirá sua missão: “Não vim para ser servido, mas para servir!” (Mt 20,28). Aprendeu da Mãe!
* Lucas 1,39: A forma que Maria encontra para servir
A Palavra de Deus chegou e fez com que Maria saísse de si para servir aos outros. Ela deixa o lugar onde estava e vai para a Judeia, a mais de quatro dias de viagem, para ajudar sua prima Isabel. Maria começa a servir e cumprir sua missão a favor do povo de Deus.
4) Para um confronto pessoal
- Como você percebe a visita de Deus em sua vida? Você já foi visitada ou visitado? Você já foi uma visita de Deus na vida dos outros, sobretudo dos pobres? Como este texto nos ajuda a descobrir as visitas de Deus em nossa vida?
- A Palavra de Deus se encarnou em Maria. Como a Palavra de Deus está tomando carne na minha vida pessoal e na vida da comunidade?
5) Oração final
Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele operou maravilhas. Sua mão e seu santo braço lhe deram a vitória. (Sl 97)
Padre ‘sertanejo’ é contratado pela RedeTV!
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Alessandro Campos, famoso pelo estilo "cowboy", vai comandar um programa musical na emissora a partir de fevereiro de 2019
O padre Alessandro Campos, conhecido pelo apelido de “padre sertanejo” por usar um estilo “cowboy”, é a nova aposta da RedeTV!. Ele irá comandar um programa musical a partir de fevereiro de 2019, que levará o seu nome.
A ideia da emissora, segundo o Uol, é que a atração seja diária. O contrato foi fechado diretamente pelo vice-presidente da emissora, Marcelo Carvalho, que não revelou o valor do salário do padre, nem a duração do contrato.
Alessandro, que trabalhou na TV Aparecida e na TV Gazeta, ficou famoso por apresentar um programa musical religioso na Rede Vida, o que lhe rende diversos shows pelo Brasil. Apesar do novo contrato, ele não pretende deixar a emissora.
Natural de Guaratinguetá, São Paulo, Alessandro Campos, 36, se tornou padre aos 23 anos, após estudar filosofia e teologia. Ele também ingressou na Academia Militar de Agulhas Negras. Fonte: http://bahia.ba/entretenimento
SÁBADO 8: Imaculada Conceição: Maria é celebrada como modelo de virtude nesta festa de devoção nacional
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Neste sábado, 8 de dezembro, a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Esta data, de significativa importância para a Igreja, por fazer memória do dogma que afirma a preservação de Maria do pecado original, tem particular ligação com a Igreja no Brasil, onde cerca de 30 dioceses a tomam por padroeira ou titular.
A Solenidade foi instituída por São Paulo VI, no dia 2 de fevereiro de 1974, por meio da exortação apostólica “Marialis Cultus”, na qual ressalta a celebração e atenção especial dada a Maria no tempo do Advento.
“No tempo do Advento a Liturgia, não apenas na altura da solenidade de 8 de dezembro, celebração, a um tempo, da Imaculada Conceição de Maria, da preparação radical (Cf. Is 11,1.10) para a vinda do Salvador e para o feliz exórdio da Igreja sem mancha e sem ruga, recorda com frequência a bem-aventurada Virgem Maria, sobretudo de 17 a 24 de dezembro; e, mais particularmente, no domingo que precede o Natal, quando faz ecoar antigas palavras proféticas acerca da Virgem Mãe e acerca do Messias e lê episódios evangélicos relativos ao iminente nascimento de Cristo e do seu Precursor”, escreveu o papa Paulo VI.
Nesta solenidade, uma marca muito presente nas reflexões sobre o mistério da Imaculada Conceição é o exemplo de Maria como aquela que é “ícone da Vitória de Cristo sobre o poder das trevas e do pecado”, como ensina dom Edney Gouvêa Mattoso, bispo de Nova Friburgo (RJ), uma das dioceses que celebram a padroeira neste sábado.
“A Igreja venera a Santa Mãe de Deus e nela encontra o grande modelo de virtude. No difícil itinerário desta vida terrena, Maria ‘avançou pelo caminho da fé, mantendo fielmente a união com seu Filho até à cruz (…) padecendo com seu Filho único, e associando-se com coração de mãe ao Seu sacrifício’”, afirma o bispo recordando a constituição dogmática Lumem Gentium.
Para o arcebispo de Belém (PA), “olhar para a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, significa tomá-la como modelo e referência para nossa vida cristã. E revela-se muito atual considerar o fato de sua concepção imaculada, preservada que foi, em previsão dos méritos de Cristo”.
Dom Edney ainda reforça este exemplo mariano com o ensinamento testemunhal que vem da Mãe do Filho de Deus que, “mesmo em meio às provações desta vida unidas às contradições externas e internas, a Graça é maior que o pecado e que a misericórdia de Deus é mais poderosa que o mal”.
“No mundo em que, cada vez mais, as pessoas se entregam desordenadamente às paixões fazendo imperar a lei do pecado, somos chamados a contemplar a beleza da vida pura em Maria, e, olhando para dentro de nós, reconhecermo-nos necessitados da graça de Deus”, afirma o bispo de Nova Friburgo.
Dom Alberto Taveira também aponta o caminho para seguir nestes tempos “em que a sujeira moral, chamemos de ‘mácula’, se transformou em verdadeiro espetáculo, de forma que o comportamento moral baseado na retidão e na verdade, acaba ridicularizado”. Para o arcebispo de Belém, cabe aos cristãos “tomar posição em favor do bem e da verdade, da superação da maldade e do pecado, para propor o caminho da Imaculada a todos”.
Devoção nacional
A força da devoção à Imaculada Conceição é uma expressão nacional, a exemplo de outras devoções marianas. Nossa Senhora Aparecida, por exemplo, também é da Conceição, mas Aparecida, e teve sua festa celebrada em 8 de dezembro, por um tempo. Para se ter uma ideia, são 32 Igrejas Particulares que a tomam como padroeira, titular arqui/diocesana ou da catedral, ou ainda como padroeira municipal.
De Norte a Sul do país, é uma presença forte tanto no contexto eclesial, como na vida das pessoas, para além da devoção. “Conceição” está entre os 160 nomes mais populares do país. São 102.585 mulheres e 1.537 homens com esse registro no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Abaixo, a lista de dioceses que tem como padroeira ou titular Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Em cada lugar, celebrações festivas que reúnem centenas ou milhares de fiéis, como em Campinas (SP), onde acontece procissão da Basílica Nossa Senhora do Carmo até a Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição com a participação do povo das paróquias, do clero, dos seminaristas e dos religiosos e religiosas.
Títulos e patrocínios de 8 de dezembro
Aracaju (SE): Nossa Senhora da Conceição, padroeira arquidiocesana e Titular da catedral.
Campinas (SP): Nossa Senhora da Conceição, Padroeira arquidiocesana e Titular da catedral.
Manaus (AM): Imaculada Conceição, padroeira municipal.
Santa Maria (RS): Imaculada Conceição, Titular da catedral.
Abaetetuba (PA): Nossa Senhora da Conceição, Padroeira diocesana e Titular da catedral.
Bacabal (MA): Co-Titular da catedral e Padroeira municipal.
Bragança Paulista (SP): Nossa Senhora da Conceição, Padroeira diocesana e Titular da catedral.
Brejo (MA): Imaculada Conceição, Titular da catedral.
Cachoeira do Sul (RS): Imaculada Conceição, Titular da catedral e padroeira da Cidade.
Campina Grande (PB): Nossa Senhora da Conceição, Padroeira diocesana, Titular da catedral e padroeira municipal.
Diamantina (MG): Imaculada Conceição, Titular da catedral.
Divinópolis (MG): Nossa Senhora da Conceição, Padroeira diocesana.
Dourados (MS): Nossa Senhora da Conceição, Padroeira da cidade e Titular da catedral.
Formosa (GO): Imaculada Conceição, Padroeira diocesana e Titular da catedral.
Franca (SP): Imaculada Conceição, Padroeira diocesana e Titular da catedral.
Guajará-Mirim (RO): Nossa Senhora do Seringueiro, padroeira da diocese e municipal.
Guarulhos (SP): Imaculada Conceição, Padroeira diocesana e Titular da catedral.
Humaitá (AM): Nossa Senhora da Conceição, Padroeira diocesana e municipal.
Jacarezinho (PR): Imaculada Conceição, Titular da catedral.
Limoeiro do Norte (CE): Imaculada Conceição, Titular da catedral.
Marabá (PA): Imaculada Conceição, Titular.
Nazaré (PE): Nossa Senhora da Conceição, Padroeira diocesana e Titular da catedral.
Nova Friburgo (RJ): Imaculada Conceição, Padroeira diocesana.
Palmares (PE): Imaculada Conceição, Titular da catedral.
Ponta de Pedras (PA): Imaculada Conceição, Titular da catedral.
Santíssima Conceição do Araguaia (PA): Nossa Senhora da Conceição, Padroeira diocesana e Titular da catedral.
Santarém (PA): Imaculada Conceição, Padroeira diocesana, Titular da catedral e Padroeira municipal.
Sete Lagoas (MG): Imaculada Conceição, Padroeira diocesana.
Sobral (CE): Nossa Senhora da Conceição, Padroeira diocesana.
Teófilo Otoni (MG): Imaculada Conceição, Padroeira diocesana e Titular da catedral.
Vacaria (RS): Nossa Senhora da Oliveira, Padroeira diocesana e municipal.
Viana (MA): Nossa Senhora da Conceição, Titular da catedral.
Fonte: http://www.cnbb.org.br
Pregação de Advento do Padre Raniero Cantalamessa
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“Tema da pregação do Frei Cantalamessa “Deus existe”! O capuchinho fez sua primeira pregação de Advento, na manhã desta sexta-feira (07/12), na Capela Redemptoris Mater, no Vaticano, na presença do Santo Padre e da Cúria Romana.
Cidade do Vaticano
Em sua primeira meditação, neste tempo litúrgico de Advento, em preparação ao Santo Natal, o Pregador da Casa Pontifícia refletiu sobre o tema “Deus existe”!
Devido às nossas inúmeras tarefas e compromissos, problemas a serem resolvidos e desafios a serem superados, disse o Capuchinho, corremos o risco de perder de vista a nossa relação pessoal com Deus e com Cristo.
Experiência com Deus
No entanto, sabemos, por experiência, que um relacionamento pessoal genuíno com Deus é a primeira condição para enfrentarmos as situações e problemáticas do nosso dia a dia, sem perder a paz e a paciência.
Por isso, o tema das homilias de Advento do Pregador é extraído do Salmo: "Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo"!
Os homens do nosso tempo buscam, sem cessar, sinais da existência de seres vivos e inteligentes em outros planetas. É uma busca legítima e compreensível. Entretanto, poucos buscam os sinais daquele Ser que criou o Universo, que entrou na história e vive nela.
Quantas vezes somos obrigados a dizer a Deus, como Santo Agostinho: "Estavas comigo, mas eu não estava contigo". Deus nos busca e vai ao nosso encontro desde a criação do mundo e continua a perguntar: "Adão, onde você está?"
Hoje, devemos apoiar-nos na palavra de Jesus "Buscai e achareis. Batei e vos será aberto". Ele promete dar a si mesmo, para além das coisas fúteis que lhe pedimos, e mantém a sua promessa.
Retornar às coisas!
A Bíblia apresenta inúmeras passagens que falam de Deus vivo e nós, por nossa parte, sentimos a necessidade de um retorno à nossa "realidade" de fé em Deus.
Talvez, até agora, não entendemos o profundo significado da verdadeira existência de Deus em nossa vida, como aconteceu com tantos pensadores e filósofos. A expressão que melhor explica este significado é "dar-nos conta" ou abrir os olhos sobre a existência de Deus na nossa história.
A presença de Deus
Deus revelou seu nome: "Eu sou aquele que sou"! "Eu sou o Deus vivo"! Mas, então, qual o significado real de Deus vivo?
O Pregador da Casa Pontifícia tentou responder a esta pergunta traçando um perfil do Deus vivo, a partir da Bíblia, mas percebeu que isso seria uma loucura: descrever Deus vivo, delinear seu perfil, até mesmo através da Bíblia, seria muito redutivo.
O que podemos fazer, em relação ao Deus vivo, explicou Frei Cantalamessa, é ir além dos sinais que os homens traçaram sobre Ele. E citando Santo Agostinho, disse que devemos acreditar em um Deus que vai além daquele que acreditamos!
Deus é a minha rocha, a nossa rocha, a "rocha da nossa salvação".
Os primeiros Setenta tradutores da Bíblia, diante de uma imagem tão material de Deus, que parecia rebaixá-lo, substituíram o termo "rocha" como força, refúgio, salvação. Rocha não se refere apenas a Deus, mas também ao que devemos ser. Se Deus é rocha, o homem é um "alpinista".
O Pregador da Casa Pontifícia concluiu sua primeira meditação afirmando: “Deus existe e basta!” Aprendamos, também nós, a repetir estas simples palavras em nossa vida!
Tradução Thácio Siqueira
Fonte: www.vaticannews.va
AO VIVO- SANTA MISSA COM FREI PETRÔNIO DE MIRANDA, CARMELITA. (Quinta-feira, 6)
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AO VIVO- SANTA MISSA COM FREI PETRÔNIO DE MIRANDA, CARMELITA. Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro, Rio de Janeiro. (Quinta-feira, 6 de dezembro-2018).
AO VIVO-TESTEMUNHO: Dona Ana.
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AO VIVO-TESTEMUNHO: Dona Ana. Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro, Rio de Janeiro. (Quinta-feira, 6 de dezembro-2018).
AO VIVO-TESTEMUNHO: Dona Maria Aparecida, da cidade de Lagoa dos Gatos/PE.
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AO VIVO-TESTEMUNHO: Dona Maria Aparecida, da cidade de Lagoa dos Gatos/PE. Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro, Rio de Janeiro. (Quarta-feira, 5 de dezembro-2018).
AO VIVO- SANTA MISSA COM FREI PETRÔNIO DE MIRANDA (Quarta-feira, 5).
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AO VIVO- SANTA MISSA COM FREI PETRÔNIO DE MIRANDA, CARMELITA. Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro, Rio de Janeiro. (Quarta-feira, 5 de dezembro-2018).
Neste Advento, lembre-se da segunda vinda
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Feliz Advento! Esta época sagrada de preparação e expectativa começou ontem e terminará com a missa da vigília de Natal.
Há muitos anos tenho falado sobre o esmaecimento desta época Santa. As pessoas riem quando eu digo que sou "religioso, mas não espiritual", mesmo que seja verdade no meu caso. Mesmo assim, escrevi uma coluna muito forte, espiritualmente falando, datada de 2013, e que intitulei "The War on Advent” [A guerra do Advento, em tradução livre. Pode ser lido no original em inglês aqui]. Dois anos atrás, no rescaldo dos desastrosos resultados das eleições, voltei ao tema com uma coluna chamada "Trump and the 'War on Christmas’” [Trump e a 'guerra do Natal’, em tradução livre. Pode ser lido no original em inglês aqui]. Acabei de reler essas colunas, e elas continuam atuais. Por isso, recomendo-as a você que nunca as tenha lido.
Gostaria de destacar um dos temas de muitos hinos do Advento: temor. O comentário é de Michael Sean Winters, publicado por National Catholic Reporter, 03-12-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.
No hino, “Hark! A Thrilling Voice is Sounding” [Hark! O soar de uma voz emocionante, em tradução livre], o primeiro verso convoca todos a “livrar-se das obras da escuridão", o segundo verso fala da "advertência solene", o terceiro descreve "lágrimas de pesar", e o quarto explica que Cristo envolverá "o mundo inteiro com o medo".
[…cast off works of darkness /solemn warning /tears of sorrow / all the world in fear…] Não há nada de alegre nisso!
Meu hino de Advento favorito é “Lo, He Comes with Clouds Descending” [Lo, ele vem descendo com as nuvens". (Eu tenho sugerido a vários bispos usar este como hino de entrada em suas igrejas, mas, estranhamente, nenhum deles aceitou.) No segundo verso deste hino, fala-se de "lamentações profundas, lamentações profundas", enquanto o terceiro repete: "venha o julgamento, venha o julgamento". Novamente, o tom não é apenas sério, mas sombrio. É a segunda vinda que está sendo evocada. Pense sobre "dies irae” [dia da ira] no réquiem.
[...deeply wailing, deeply wailing /Come to judgment, come to judgment…]
Para onde a ênfase na segunda vinda foi? Está nas leituras, mas quando foi a última vez que você ouviu uma homilia muito boa sobre a segunda vinda, seja nesta, ou em qualquer época do ano?
Na semana passada, o bispo Daniel Flores postou no seu Twitter uma reprodução do mural de Giotto "The Last Judgement" [O Juízo Final, em português] com uma provocante citação de Romano Guardini:
"Quando se fala [do Juízo Final], é geralmente como algo terrível. Na realidade, o julgamento é um testemunho de honra para o homem, pois o coloca numa posição de responsabilidade. Só um ser livre e responsável pode ser julgado."
Eu fico um pouco preocupado em dizer uma coisa dessas no contexto de nossa pelagiana Igreja americana. Obviamente, o bom bispo é mais santo do que eu, sendo assim, a ideia de ser julgado não é tão terrível para ele como é para mim. Suspeito que mais pessoas são como eu do que como o bispo Danny.
O pecado é a consequência mais óbvia de nossa liberdade e responsabilidade, e com o pecado vem a morte. Se você não tem tempo para fazer uma coroa do Advento, se você não se comove por canções do Advento, se você tem muito tempo para preparar arranjos de Natal e não consegue tempo para se preparar espiritualmente, faça uma coisa: vá se confessar. Faça um exame de consciência. Concentre-se nos seus pecados. Reconheça o quanto você precisa de um Salvador.
O tweet do bispo também chamou atenção para uma coisa bonita que o Santo Padre disse em audiência geral da semana passada, quando um jovem menino autista se esgueirou para o palco no salão de audiências Paulo VI, e ficou vagueando ao redor como se nada de importante estivesse acontecendo. Ao invés de repreendê-lo, o Papacontinuou a audiência sem embaraço. Mas mais tarde, quando ele estava apresentando suas reflexões, disse sobre o episódio: "Isso me fez pensar, eu também sou livre assim diante de Deus?". O Papa lembrou que Jesus disse que temos que ser como crianças. Pense em como a cultura dominante, comercial nos faz escravos nesta época, e ensina as crianças a se tornarem escravos também.
A ambiguidade com que ouvimos as palavras de Guardini, no entanto, aponta para a ambiguidade no âmago desta época. Estamos à espera de um Salvador, mas sabemos como termina a história: o Salvador já veio. Aguardar a segunda vinda, então, cria um sentido de expectativa que supomos que o povo de Deus em Israel teve uns 2 mil anos atrás.
Aqui está o ponto-chave. É o que eu acho que o Papa Francisco está tentando nos dizer, o tema central do seu pontificado na verdade. Também, de uma forma diferente, o foco do pontificado do Papa Bento XVI. Na fé, cremos que Jesus veio para resgatar o mundo, de uma vez por todas, há cerca de 2 mil anos. Na fé, cremos que Jesus virá no fim dos tempos para julgar os vivos e os mortos. Nós afirmamos essas crenças no Creiotodos os domingos.
Mas Jesus também vem hoje, agora mesmo, sempre que nos confrontamos com a necessidade humana, sempre que contemplamos a Eucaristia, sempre que tomamos os sacramentos, sempre que reconhecemos nossos próprios pecados, sempre que aproveitamos a oportunidade para agir gentilmente ou para perdoar. Neste Advento, contemplando a primeira e a segunda vindas, talvez nosso objetivo seja focar em todos os milhões e bilhões de vindas entre essas duas, para ver Jesus vivo, aqui e agora, ainda e sempre um Salvador, nosso Salvador, o Salvador do mundo. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
O significado e a simbologia da Coroa do Advento: “o primeiro anúncio do Natal”
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“Esperando alguém, que já vem, que já vem!, esta frase pertencente à música Pedro pedreiro, mostra ou apresenta a mística essencial do Advento, a espera e a ânsia do encontro de Alguém que vem para dar um sentido pleno à nossa vida”, destaca o bispo de Campos (RJ), dom Roberto Francisco Ferreria Paz, em artigo publicado no portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
E é neste clima de expectativa da “chegada” que se vivencia um dos mais significativos momentos litúrgicos da Igreja, a celebração do Natal que festeja o nascimento do menino Jesus em Belém. Mas antes disso, durante os quatro domingos que antecedem a comemoração da vinda do Filho de Deus entre os homens, a liturgia convida os fiéis a se prepararem. O tempo litúrgico do Advento é cheio de simbolismo e cada um dos seus elementos tem um significado.
Um desses elementos é a Coroa do Advento que tem sua forma circular – simbolizando a eternidade de Deus, que não possui início nem fim; feita de ramos verdes – que significa a continuidade da vida, a esperança; com 4 velas: geralmente, três velas são roxas e uma é rosa e fitas vermelhas, a coroa do Advento é considerada, tradicionalmente, como “o primeiro anúncio do Natal”.
De acordo com o portal Aleteia, embora possam ser usadas velas brancas, o tradicional é usar três velas roxas e uma rosa. A cor roxa é a própria do Advento e recorda a vigilância na espera do Cristo que vem. Já a vela rosa deve ser acesa no terceiro domingo do Advento, chamado de “Domingo Gaudete”. A palavra “gaudete”, em latim, significa “alegrai-vos“.
Ainda segundo o portal, essa vela procura evocar a alegria da chegada à metade do Advento, o que recorda que o Natal já está bem próximo. Além disso, cada uma delas tem um significado:
1° Encarnação, Jesus Histórico;
2° Jesus nos pobres e necessitados;
3° Jesus nos Sacramentos;
4° Parusia: Segunda vinda de Jesus.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), explica que a Coroa do Advento é um sinal rico de significado durante o Tempo Litúrgico do Advento. Segundo a Comissão, embora não seja símbolo da liturgia oficial da Igreja Católica, como se vê a partir de alguns relatos que apresentam sua origem na tradição pagã europeia, particularmente germânica, que durante o inverno acendia velas para representar o fogo do deus sol, a fim de que voltasse logo com seu fogo e calor, seu uso foi cristianizado pela devoção popular cristã e vem, cada vez mais, sendo acolhido em nossas comunidades, capelas e igrejas paroquiais. Tornou-se, além disto, um lindo sinal que muitas famílias vêm incorporando na ornamentação de suas casas, em preparação para a Solenidade do Natal de Jesus.
Para dom Roberto Ferreria Paz, “o mistério cristão, que celebramos no Natal o Deus Emanuel, o Deus Conosco, que vem armar a sua tenda no meio de nós, desperta em nossos corações o desejo de amar e de acolher o novo que está nascendo, as surpresas de um Deus que não se repete, e que abre inusitados caminhos de aliança e de paz”.
A oração de bênção da coroa do Advento:
Senhor,
a terra se alegra nestes dias,
e tua Igreja transborda de gozo
diante do teu Filho, nosso Senhor,
que chega como luz esplendorosa,
para iluminar os que jazem nas trevas
da ignorância, da dor e do pecado.
Repleto de esperança em tua vinda,
teu povo preparou esta coroa
e a enfeitou com carinho.
Neste tempo de Advento,
de preparação para a vinda de Jesus,
nós te pedimos, Senhor, que,
enquanto cresce a cada dia
o esplendor desta coroa,
com novas luzes,
que Tu nos ilumines
com o esplendor daquele que,
por ser a Luz do mundo,
iluminará toda escuridão.
Ele que vive e reina
pelos séculos sem fim.
Amém.
Fonte: http://www.cnbb.org.br
800 horas rezando sem parar na igreja para evitar uma deportação
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Paroquianos de um templo da Holanda tentam evitar a expulsão de um casal armênio e seus três filhos. A polícia não pode entrar no local para prendê-los durante o serviço religioso.
A reza como um protesto e esperança. Na igreja holandesa de Bethel, localizada em Haia, seus fiéis (protestantes) estão há um mês e dois dias rezando sem parar para evitar a deportação de uma família armênia acolhida dentro: quase 800 horas. A polícia não pode entrar em um templo durante os serviços religiosos e, por isso, 300 reverendos de todo o país se revezam para impedir a prisão de Sasun e Anousche Tamrazyan e seus três filhos. Sasun diz que fugiu de seu país quando foi ameaçado de morte por razões políticas. Eles estão na Holanda há nove anos e, embora o Governo tenha ordenado sua partida porque a Armênia é considerada um país seguro, dizem que não confiam nisso. Tentaram ficar apelando à anistia para menores refugiados decretada em situações excepcionais pelas autoridades. Se isso for alcançado, os pais também se beneficiariam e seus problemas estarão resolvidos.
"O futuro da família Tamrazyan não está na Holanda. Concluiu-se que eles não têm o direito de ser protegidos ", disse Mark Harbers, secretário de Estado do Asilo e Imigração. O caso é especialmente difícil para o político, liberal de direita. Em setembro, ele disse o mesmo sobre Lili e Howick, também irmãos armênios de 12 e 13 anos, com uma década de residência na Holanda. Ordenou sua expulsão porque não havia dúvidas sobre a segurança da Armênia, mas logo depois os anistiou, em meio a uma grande comoção social. Os garotos se esconderam. Temendo que algo lhes acontecesse, Harbers mudou de ideia.
Os Tamrazyan querem tratamento igual para seus filhos, Hayarpi (21 anos), Warduhi (19) e Seryan (15). Especialmente por que os tribunais lhes deu sua razão por duas vezes, mas o Estado apelou e eles perderam o recurso final. "Não entendo por que o nosso caso chegou ao Conselho de Estado, quando poderíamos ficar. Até chegaram a me dizer que se me encontrarem no trem ou na rua, vão me deportar e a vida que levo acabará", disse Hayarpi à TV holandesa. O Governo afirma que existem cerca de 400 menores na mesma situação e não pretende decretar uma anistia geral. Se considera que os requerentes de asilo estarão seguros em sua terra natal, quer que voltem para lá.
As leis em vigor respeitam os templos, mas rejeitam os abusos dessa norma. Uma realidade que Theo Hettema, presidente do Conselho Geral Holandês dos Reverendos Protestantes, não ignora. "Nenhuma igreja teria que escolher entre respeitar a dignidade humana ou a autoridade governamental", disse ele. No final, decidiu abrir as portas para os Tamrazyan "pela fidelidade à hospitalidade eclesiástica". O tempo que Hettema quer ganhar para que o secretário de Estado volte atrás é endossado por outros fatores. Os serviços de imigração resolvem com atraso os pedidos dos requerentes de asilo, por falta de pessoal e cortes orçamentários.
Em teoria, uma solicitação tem que ser resolvida em seis meses, mas costuma levar pelo menos um ano. Embora os maiores atrasos ocorram quando os afetados decidem esgotar todos os recursos legais ao seu alcance para ficar, a lentidão do serviço foi reconhecida pelo próprio Governo. Uma das razões é o fluxo de refugiados sírios registrado em 2015. Quando logo depois pediram a reunificação familiar, as repartições entraram em colapso. "Cada caso deve ser avaliado com cuidado", apontam as fontes do serviço de imigração. No entanto, os atrasos são multados e, no início de outubro, as autoridades holandesas tiveram que pagar um milhão de euros (cerca de 4,4 milhões de reais) aos requerentes de asilo (mil casos) que não receberam uma resposta a tempo. Fonte: https://brasil.elpais.com
Terça-feira, 4. 1ª Semana do Advento: Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes
Frei Carlos Mesters, O.Carm
1) Oração
Sede propício, ó Deus, às nossas súplicas, e auxiliai-nos em nossa tribulação. Consolados pela vinda do vosso Filho, sejamos purificados da antiga culpa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
2) Leitura do Evangelho (Lucas 10, 21-24)
Naquele tempo, 21Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado. 22Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 23E voltou-se para os seus discípulos, e disse: Ditosos os olhos que vêem o que vós vedes, 24pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram. - Palavra da salvação.
3) Reflexão
O texto de hoje revela o fundo do coração de Jesus, o motivo da sua alegria. Os discípulos tinham ido em missão e, na volta, partilham com Jesus a alegria da sua experiência missionária (Lc 10,17-21).
* O motivo da alegria de Jesus é a alegria dos amigos. Ao ouvir a experiência deles e ao perceber a sua alegria, Jesus também sente uma profunda alegria. A causa da alegria de Jesus é o bem-estar dos outros.
* Não é uma alegria superficial. Ela vem do Espírito Santo. O motivo da alegria é que os discípulos e as discípulas experimentaram algo de Deus durante a sua experiência missionária.
* Jesus os chama “pequenos”. Quem são os “pequenos”? São os setenta e dois discípulos (Lc 10,1) que voltaram da missão: pais e mães de família, rapazes e moças, casados e solteiros, velhos e jovens. Eles não são doutores. São pessoas simples, sem muito estudo, mas que entendem as coisas de Deus melhor do que os doutores .
* “Sim, Pai, assim é do teu agrado!” Frase muito séria. É do agrado do Pai que os doutores e os sábios não entendam as coisas do Reino e que os pequenos as entendam. Portanto, se os grandes quiserem entender as coisas do Reino, devem fazer-se discípulos dos pequenos!
* Jesus olha para eles e diz: “Felizes vocês!” E por que são felizes? Porque estão vendo coisas que os profetas quiseram ver, mas não conseguiram. O que ele viram? Eles perceberam a ação do Reino nas coisas comuns da vida: curar doentes, alegrar os aflitos, expulsar os males da vida.
4) Para um confronto pessoal
- Coloco-me na posição do povo: eu me considero dos pequenos ou dos doutores? Por que?
- Coloco-me na posição de Jesus: qual a raiz da minha alegria? Superficial ou profunda?
5) Oração final
“Eu vos louvo, ó Pai, porque escondestes os mistérios do reino aos sábios e os revelou aos pequeninos”. (cf. Lc 10, 21)
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