O encontro do cardeal Raymundo Damasceno Assis com Bento XVI
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Na ocasião, o Papa emérito foi presenteado com uma antologia completa em português de suas Pregações, Homilias, Discursos, Catequeses e Mensagens do Papa Bento XVI para o Ano Litúrgico Anos A, B e C e Solenidades.
Cidade do Vaticano
No final da tarde de segunda-feira, 2 de julho, o cardeal Raymundo Damasceno Assis visitou o Papa emérito Bento XVI nos Jardins Vaticanos.
“Nos acolheu nos Jardins do Vaticano, perto da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. Assentou-se num banco e eu e outros que me acompanhavam ficamos sentados ao seu lado. Escutou a todos com muita paciência e afeto paternal. O encontro durou cerca de meia hora”, contou Dom Damasceno ao Vatican News.
Dom Damasceno estava acompanhado pelos professores Rudy Albino de Assunção (e familiares) e Gilcemar Hohemberger - autores dos livros sobre o Papa emérito -, além de membros da Editora Molokai. Bento XVI foi presenteado com a coleção de livros com suas homilias traduzidas para o português.
A Molokai é a primeira editora no Brasil a lançar o Homiliário completo de Bento XVI: Um Caminho de Fé Antigo e Sempre Novo reúne os quatro tomos que representam um verdadeiro legado do pontificado de Bento XVI, compondo, em certo sentido, a mais importante obra do Papa Alemão.
O "Homiliário" é a antologia completa das Pregações, Homilias, Discursos, Catequeses e Mensagens do Papa Bento XVI para o Ano Litúrgico Anos A, B e C e Solenidades.
Fonte: https://www.vaticannews.va
*VATICANO II: OBSERVAÇÕES ÚTEIS PARA ENTENDER O CONCÍLIO
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O Concílio Vaticano II (1962-1965) foi solenemente inaugurado pelo Papa João XXIII (1958-1963) no dia 11 de outubro de 1962, na presença de 2.540 Padres conciliares, dos 2.908 que teriam o direito de participação2. Anunciado em janeiro de 1959, convocado oficialmente em dezembro de 1961, o Concílio, 21° Ecumênico na contagem da Igreja Católica Romana, foi longamente preparado, em duas fases sucessivas. Na intenção do idoso pontífice, deveria servir tanto para o aggiornamento (renovação) da Igreja quanto para o estabelecimento de um diálogo, por parte dela, com as demais tradições cristãs. Na primeira fase, chamada ante-preparatória (1959-1960), foram consultados todos os bispos católicos espalhados pelo mundo, os superiores religiosos das ordens e congregações clericais isentas e as faculdades e institutos de teologia. Durante a fase preparatória (19601962), comissões trabalhando em estrito segredo e nem sempre levando em conta as sugestões recolhidas, prepararam 73 documentos, que a Cúria Romana acreditava seriam aceitos e votados pelo episcopado mundial em apenas um período de trabalho, aquele aberto em 1962.
Com o Concílio aberto verificou-se que os bispos não estavam dispostos a votar o que a Cúria preparara. Em função disso os trabalhos extenderam-se por 4 anos, alternando períodos em que todos os bispos eram convocados para discutir e votar, em Roma, os documentos que eles mesmos, com o auxílio dos peritos, começaram a redigir e períodos, chamados de intersessões, em que somente as comissões trabalhavam. Para uma visão geral sobre o Vaticano II e os demais Concílio, recomendo ALBERIGO, G. (org.). História dos concílios ecumênicos. São Paulo: Paulus, 1995. Para a leitura das constituições e decretos do Concílio, ver Documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II. São Paulo: Paulus, 1997. Foram já publicados no Brasil, pela Ed. Vozes, os 2 primeiros volumes da História do Vaticano II, resultantes do projeto internacional de pesquisa dirigido por G. Alberigo. 2São de direito Padres conciliares, com voz e voto, o papa, os cardeais, mesmo os não-bispos, todos os arcebispos e bispos (residenciais, titulares, eméritos), os prelados não-bispos, quando exercendo alguma jurisdição (isto é, governando alguma parcela do povo cristão) e os superiores maiores das ordens e congregações clericais isentas.
O 1° Período ocorreu de 11 de outubro a 8 de dezembro de 1962. O 2°, de 29 de setembro a 4 de dezembro de 1963. O 3°, de 16 de setembro a 21 de novembro de 1964 e o 4° e último, de 14 de setembro a 8 de dezembro de 1965. Na fase preparatória Dom Helder foi nomeado consultor da Comissão dos “Bispos e Governo das Dioceses”. Durante o Concílio foi eleito em 1963 para a Comissão do “Apostolado dos Leigos”, encarregada de redigir um esquema sobre as relações entre a Igreja e o mundo contemporâneo (Esquema XVII, depois XIII) transformado finalmente na Constituição pastoral Gaudium et spes. Cada período do Concílio foi aberto e, excetuando-se o 1° Período, também fechado com uma solene cerimônia chamada Sessio publica (Sessão pública). Outras cerimônias do gênero foram convocadas em ocasião da promulgação, pelo Papa e os Padres conciliares, dos documentos mais importantes.
O Vaticano II produziu 16 textos, assim distribuídos: 4 constituições, 9 decretos e 3 declarações, além da “Mensagem dos padres conciliares à humanidade”, de 20 de outubro de 1962 e sete textos lidos, mas não votados, apresentados na sessão do dia 8 de dezembro de 1965, entre eles um dirigidos às mulheres e outro aos jovens. As sessões de trabalho eram chamadas Congregationes generales (Congregações gerais), e eram realizadas com a presença apenas dos Padres conciliares (bispos e demais prelados a eles equiparados), sendo admitidos sem direito de intervenção os peritos, os observadores não católicos e os chamados “auditores” leigos. O mais rigorosos segredo deveria ser mantido por todos os presentes. Interrompido pela morte do Papa João, em junho de 1963, o prosseguimento do Concílio foi imediatamente confirmado por Paulo VI, logo após sua eleição. O novo pontífice procurou dar ao Concílio uma condução mais ágil, nomeando quatro Legados, chamados Moderadores, mas não mexeu em profundidade na organização deixada por João XXIII. Daí os choques constantes entre três dos Moderadores, a presidência de honra, exercida por 10 cardeais e a secretaria geral, em mãos do arcebispo Pericle Felice. LVI Dom Helder Câmara
Circulares Conciliares LVII
Com o tempo formou-se uma clara maioria de bispos que apoiavam a atualização da Igreja, e uma pequena minoria, que opunha-se a tudo. Entre os brasileiros, que durante o Concílio chegaram a somar 240 com direito a comparecer, apenas 222 efetivamente estiveram presentes em um ou mais dos momentos em Roma (220 bispos e prelados, 1 abade nullius e 1 superior geral, o dos Franciscanos)
*Dom Helder Câmara. Obras Completas Volume I/Tomo1. Vaticano II: Correspondência Conciliar Circulares à Família do São Joaquim 1962 – 1964.
Conselho de cardeais propõe consulta a leigos e religiosos para a nomeação de bispos
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Com um espírito de "saudável descentralização", o Conselho de Cardeais, o chamado C9, terminou no último dia 14 a sua vigésima reunião iniciada na segunda-feira 12 de junho, para estudar a possibilidade de transferir alguns poderes dos dicastérios romanos para bispos locais ou conferências episcopais. A reportagem é de Salvatore Cernuzio, publicada por La Stampa-Vatican Insider, 14-06-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.
"Há casos especiais em vários Dicastérios da Cúria que estão aguardando em Roma e não precisariam necessariamente esperar" podendo ser resolvidos rapidamente nas Igrejas locais, disse o porta-voz vaticano Greg Burke, em uma coletiva na Sala de Imprensa do Vaticano sobre o andamento do encontro.
O Papa participou de todas as reuniões (exceto pela audiência geral da manhã do último dia), enquanto esteve ausente o cardeal de Boston, Sean O'Malley, em convalescência devido a uma pequena cirurgia ortopédica. "Ele estará presente no Consistório de 29 de Junho", garantiu Burke, ressaltando que: "As sessões de trabalho foram dedicados a aprofundar as formas com que a Cúria Romana poderia melhor servir as Igrejas locais. Este é um dos principais objetivos da C9". Em especial, as reflexões dos nove cardeais conselheiros focaram-se no tema de uma consulta mais ampla, abrangendo membros da vida consagrada e das ordens religiosas e laicas, para os candidatos propostos para nomeação a bispo. "É algo que já está acontecendo, mas queremos ampliar ainda mais", evidenciou o porta-voz.
Também foi analisada a proposta de transferir da Congregação para o Clero na Conferência episcopal, o exame e a autorização para ordenar padre um diácono permanente não casado; a passagem para um novo casamento de um diácono permanente viúvo; a demanda de acesso à ordenação sacerdotal de um diácono permanente viúvo.
Sob a lente do Conselho que auxilia o Papa na reforma e no governo da Igreja, também passaram vários Dicastérios da Cúria, começando com a Congregação para a Evangelização dos Povos (Propaganda Fide). Depois foram estudados e relidos os textos a serem submetidos ao Papa sobre os Conselhos Pontifícios para o Diálogo Interreligioso e para os Textos Legislativos, a Congregação para as Igrejas Orientais, e os três tribunais: a Penitenciaria Apostólica, o Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica e o Tribunal da Rota Romana.
Como é de praxe em todas as reuniões, o cardeal australiano George Pell apresentou uma atualização sobre o trabalho da Secretaria de Economia da qual é prefeito. "Uma atenção especial - relatou Burke - foi dada aos passos dados no processo de planejamento dos recursos econômicos e no monitoramento dos planos financeiros para o primeiro trimestre de 2017, que substancialmente confirmaram, com poucas exceções, os números do orçamento. Em suma, "vamos começar o processo de orçamento para o ano de 2018 e o monitoramento para o segundo trimestre de 2017".
Nada foi falado sobre os recentes inquéritos na Austrália sobre os supostos abusos atribuídos ao cardeal Pell, que foram iniciados após a publicação, em meados de maio, de diversos artigos e de um livro. "Evidentemente não foi um assunto abordado nas reuniões, não faz parte da agenda", atalhou o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano.
Na agenda, ao contrário, estava prevista a intervenção do Prefeito da Secretaria de Comunicações, monsenhor Dario Edoardo Viganò, que apresentou um relatório sobre a situação da reforma do sistema de comunicação da Santa Sé, ilustrou o desempenho econômico e operacional do Dicastério, mostrando os resultados. "Resultados positivos" esclareceu o porta-voz vaticano. Viganò, em seguida, explicou os projetos em fase de conclusão do novo sistema de comunicação, em consonância com o que foi especificado pelo Papa em seu discurso na primeira plenária do Dicastério, em 4 de maio passado.
Greg Burke, por sua vez, respondeu a uma pergunta sobre a carta que circulou no dia anterior no Vaticano, na qual o decano do Colégio dos Cardeais, Angelo Sodano, solicitava a todos os cardeais residentes em Roma que indicassem a data e o lugar onde estarão durante as férias de verão, ainda mais no caso de uma ausência prolongada de Roma. Esse tipo de "disponibilidade" cardinalícia já estava em vigor no Vaticano, mas não vinha sendo usada há mais de 30 anos. Para Greg Burke é, no entanto, "uma boa tradição que deve ser mantida".
A próxima reunião do Conselho de Cardeais, a vigésima primeira, será realizada nos dias 11, 12 e 13 de setembro de 2017. O Papa Francisco "chegará um pouco 'atrasado", pois estará retornando justamente no dia 11 de uma viagem para a Colômbia, brincou Burke: "Ele estará com jet lag, mas ainda assim quer participar". Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
MISSA COM FREI PETRÔNIO: Convite.
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Por que a Igreja celebra São Pedro e São Paulo no mesmo dia?
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fatos que vão te ajudar a entender isso
No dia 29 de junho, a Igreja celebra a Solenidade de São Pedro e São Paulo. Entretanto há algumas dúvidas sobre as razões da festa de ambos os apóstolos ser celebrada no mesmo dia.
Abaixo, apresentamos 7 fatos que vão te ajudar a entender isso?
Santo Agostinho de Hipona expressou que eram São Pedro e São Paulo eram “um só”
Em um sermão do ano 395, o Doutor da Igreja, Santo Agostinho de Hipona, expressou que São Pedro e São Paulo, “na realidade, eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos”.
Ambos foram martirizados em Roma
Foram detidos na prisão Mamertina, também chamada Tullianum, localizada no foro romano da Roma Antiga. Além disso, foram martirizados nessa mesma cidade, possivelmente por ordem do imperador Nero.
São Pedro passou seus últimos anos em Roma liderando a Igreja. Seu martírio aconteceu no ano 64. Foi crucificado de cabeça para baixo, a pedido próprio, por não se considerar digno de morrer como seu Senhor. Foi enterrado na colina do Vaticano e a Basílica de São Pedro está construída sobre seu túmulo. São Paulo foi preso e levado a Roma, onde foi decapitado no ano 67. Está enterrado em Roma, na Basílica de São Paulo Extramuros.
São fundadores da Igreja de Roma
Na homilia da Solenidade de São Pedro e São Paulo em 2012, o Papa Bento XVI assegurou que “a sua ligação como irmãos na fé adquiriu um significado particular em Roma. De fato, a comunidade cristã desta Cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, os irmãos a quem se atribui a fundação de Roma”.
São padroeiros de Roma e representantes do Evangelho
Na mesma homilia, o Santo Padre chamou esses dois apóstolos de padroeiros principais da Igreja de Roma. “Desde sempre a tradição cristã tem considerado São Pedro e São Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo”, detalhou Bento XVI.
São a versão contrária de Caim e Abel
O Santo Padre também apresentou um paralelismo oposto com a irmandade apresentada no Antigo Testamento entre Caim e Abel.
“Enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de serem humanamente bastante diferentes, e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de serem irmãos, tornando possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava”, relatou o Santo Padre Bento XVI.
Porque Pedro é a “rocha”
São Pedro foi escolhido por Cristo, que disse? “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Ele, humildemente, aceitou a missão de ser “a rocha” da Igreja e apascentar o rebanho de Deus, apesar de suas fragilidades humanas.
Os Atos dos Apóstolos ilustram seu papel como líder da Igreja depois da Ressurreição e Ascenção de Cristo. Pedro dirigiu os apóstolos como o primeiro Papa e assegurou que os discípulos mantivessem a verdadeira fé.
São Paulo também é coluna do edifício espiritual da Igreja
São Paulo foi o apóstolo dos gentios. Antes de sua conversão, era chamado Saulo, mas depois de seu encontro com Cristo e conversão, continuou seguindo para Damasco, onde foi batizado e recuperou a visão. Adotou o nome de Paulo e passou o resto de sua vida pregando o Evangelho sem descanso às nações do mundo mediterrâneo.
“A iconografia tradicional apresenta São Paulo com a espada, e sabemos que esta representa o instrumento do seu martírio. Mas, repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: ‘Combati o bom combate’ (2Tm 4,7); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso mesmo, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja”, expressou Bento XVI em sua homilia. Fonte: https://pt.aleteia.org
OS DOIS PAPAS... Os novos cardeais.
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Exposição sobre Dom Paulo sofre ameaça: 'Não vão nos impedir'
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Defensores de "intervenção militar" foram até a Assembleia Legislativa paulista, onde era realizado ato solene para divulgar o evento. A informação foi publicada por Rede Brasil Atual – RBA, 27-06-2018.
Os responsáveis pela exposição sobre Dom Paulo Evaristo Arns, que será inaugurada em 14 de julho, em São Paulo, registraram nesta quarta-feira (27) boletim de ocorrência diante de ameaça ocorrida ontem durante ato na Assembleia Legislativa. Segundo eles, um grupo de pessoas, defensoras de uma "intervenção militar", chegou a afirmar que a exposição "não vai durar três dias".
A "Ocupação Dom Paulo Evaristo Arns" será realizada no Centro Cultural dos Correios, região central da capital paulista, de 14 de julho a 16 de setembro. Ontem, para divulgar o evento, foi realizado ato solene na Assembleia, organizado pelo deputado Carlos Giannazi (Psol) e com a presença dos vereadores Toninho Vespoli (Psol) e Eduardo Suplicy (PT), entre outros. Nenhum manifestante foi identificado.
"Diante de algumas manifestações que defendem a volta de um regime autoritário, que traz consigo os desmandos que já assistimos recentemente na história do Brasil, não podemos deixar de nos indignar com tamanha violência", afirmam os coordenadores e curadores da exposição. A nota é assinada pelas jornalistas Evanize Sydow e Marilda Ferri, autoras da biografia Dom Paulo – Um homem amado e perseguido (Expressão Popular), relançado em 2017, e por Paulo Pedrini, da Pastoral Operária.
"Nenhum ato de violência nos impedirá de levar adiante o legado de dom Paulo. Coragem! Esperança sempre!", acrescentam, citando expressões usadas pelo religioso, que morreu em dezembro de 2016.
Eles afirmam ainda que a ocupação "é um ato de coragem e resistência, que envolve uma equipe de mais de 60 pessoas trabalhando dia e noite para que o evento seja uma oportunidade de apresentar, especialmente para jovens, de forma lúdica e interativa, conceitos importantes para qualquer sociedade: o respeito à democracia e aos direitos humanos, que tanto dom Paulo defendeu". Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
São Pedro e São Paulo: apóstolos fieis e modelos de vida para os cristãos de hoje
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Dom José Valmor Cesar Teixeira, Bispo diocesano de São José dos Campos, SP.
Em pleno mês de junho, época das festas populares no Brasil, diversos santos são homenageados: Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo, estes dois últimos exaltados no dia 29. “Também recordamos com muito carinho a figura do papa, hoje Francisco, sucessor de Pedro e Vigário de Cristo. Proponho a vida e a obra de São Pedro e São Paulo como ensinamento para todos os cristãos de hoje”, afirma o bispo de São José dos Campos, dom José Valmor Cesar Teixeira.
Segundo dom José Valmor, Pedro foi escolhido por Jesus para exercer uma particular missão: aquela de guiar e sustentar a primeira comunidade. O bispo explica que no evangelho de Mateus, Jesus confia a Igreja a Pedro: “Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 17-19).
É neste mesmo primado que o bispo de São José dos Campos afirma que a Igreja reconhece no papa, de cujos símbolos, as chaves e o anel do pescador. Tais apetrechos imediatamente remetem à figura do apóstolo. “Humaníssimo na sua fragilidade, Pedro é, como os outros apóstolos, desanimado no momento terrível da condenação e agonia de Jesus, chegando à negação do Senhor. Mas depois de sua ‘conversão total’ a Jesus, o mesmo faz com que receba o abraço da misericórdia”, diz o bispo.
Depois de Pentecostes, segundo o bispo, o apóstolo consagrou toda a sua vida, até o martírio em uma cruz. “A Pedro é atribuído o primeiro milagre depois da ressurreição de Jesus, na porta do Templo e ainda, é atribuída a ele, a primeira conversão de um pagão, o Centurião Cornélio”, conta. Nas perseguições sofreu a prisão por testemunhar Jesus e a sua salvação. “Foi missionário de Jesus e do seu Evangelho em Jerusalém, na Palestina, em Antioquia, em Corinto, em Roma”, afirma dom José Valmor.
Pedro morre mártir sob o imperador Nero, no ano de 67 d.C., e seus restos mortais foram depositados no cemitério que havia na colina do Vaticano. Na época, o imperador Constantino construiu a primeira igreja sobre o túmulo do apóstolo. “O papa Dâmaso diz que Pedro e Paulo são cidadãos romanos por causa do martírio em Roma”, afirma o bispo.
São Paulo, de perseguidor a apóstolo das nações
De acordo com dom José Valmor, Paulo encontra Jesus de modo misterioso, depois de anos de perseguição contra a Igreja. “Encontra Jesus no caminho de Damasco e depois de uma formação inicial cristã, torna-se o grande discípulo missionário do mestre, em todos os lugares possíveis”, diz.
Com o apóstolo, o bispo afirma que a Igreja se descobre, para todos os efeitos, missionária, aberta aos pagãos, aberta a todos os povos, raças e línguas. “Homem convertido, trabalhador corajoso, inteligente, de grande cultura, excelente orador, Paulo abandona as suas seguranças e coloca-as constantemente em missão”, diz.
Paulo é todo e em tudo dedicado à missão evangelizadora. As suas viagens o levaram à Arábia, Grécia, Turquia, Itália. Em Roma, virou prisioneiro por causa da fé, mas continuou a evangelizar, ainda que em meio a muitas dificuldades. Como Pedro, morre mártir, provavelmente no ano de 67 d.C. “Suas 13 cartas, inseridas no cânon do Novo Testamento, são bases doutrinais essenciais do Cristianismo e uma referência imprescindível para os cristãos de todas as épocas históricas e de todos os continentes”, afirma dom José Valmor.
O apóstolo foi condenado à morte por um tribunal romano, porque era cristão. Foi decapitado, diz-se que em 29 de junho do ano 67 d.C, porque era cidadão romano e por isso não podia ser crucificado. “São Paulo mártir, santo, apóstolo, missionário, escritor, evangelizador, corajoso e constante, é exemplo para cada um de nós, nos tempos que vivemos”, finaliza o bispo. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Papa aceita renúncia de mais dois bispos chilenos
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O Papa Francisco aceitou as renúncias do bispo de Rancagua, dom Alejandro Goić Karmelić, e do bispo de Talca, dom Horacio del Carmen Valenzuela Abarca.
Cidade do Vaticano
Nesta quinta-feira (28/06), o Papa Francisco aceitou a renúncia ao governo pastoral da Diocese de Rancagua, no Chile, apresentada por dom Alejandro Goić Karmelić, nomeando administrador apostólico sede vacante et ad nutum Sanctae Sedis dessa diocese, dom Luis Fernando Ramos Pérez, bispo auxiliar de Santiago.
O Papa também aceitou a renúncia ao governo pastoral da Diocese chilena de Talca, apresentada por dom Horacio del Carmen Valenzuela Abarca, nomeando administrado apostólico sede vacante et ad nutum Sanctae Sedis dessa diocese, dom Galo Fernández Villaseca, bispo auxiliar de Santiago. Fonte: https://www.vaticannews.va
TUDO COMEÇOU ASSIM: O cristianismo como minoria religiosa
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Durante os primeiros séculos a propagação do cristianismo e a construção de uma organização eclesiástica foram repetidamente impedidas e ameaçadas pelo Estado romano. Em princípio, os cristãos estavam dispostos a inserir-se nas estruturas existentes do mundo e do Estado romano[1]. Eles rezavam para os poderes constituídos[2], pagavam os impostos[3] e respeitavam as leis do Estado. Mas havia limites: eles deviam obedecer mais a Deus que aos homens[4]. Uma lealdade com senso crítico determinava a sua relação com o Estado romano e uma distância que eles mesmos se impunham regulava a atitude deles para com o mundo que os circundava. Na verdade a vida pública no Império Romano era tão ligada ao culto oficial e práticas religiosas pagãs, que os cristãos eram forçados a manterem-se distantes de tudo isto. Como os judeus, também os cristãos gozavam de alguns privilégios concedidos a uma religião lícita (dispensa de participar do culto estatal romano, a isenção do serviço militar). Só depois do ano 70 d.C. começou a se distinguir claramente, em Roma, entre o cristianismo e o judaísmo.
Aquilo que o público pensava a respeito dos cristãos não se pode reconstruir com grande precisão. Como pequena minoria religiosa com costumes próprios (diversitas morum), consciente e cheia de estímulo missionário, eles deviam ser vistos com desconfiança por aqueles que os circundavam e eram percebidos como elemento de desordem, se não próprio de perigo. Tanto fontes pagãs como cristãs mencionam uma série de suspeitas, acusações e boatos[5]. Pelo fato de recusarem as comuns concepções e práticas religiosas pagãs, os cristãos eram considerados ateus. A religião deles parecia como uma superstição detestável e nociva[6]. A alegada impiedade despertava a suspeita de deslealdade política e de inafidabilidade para o império. Porque não participavam na vida pública, se alimentava que os cristãos nutriam "ódio à raça humana"[7]. Disto se originou ulteriores insinuações, que fazem parte dos habituais preconceitos contra as minorias malvistas: se dizia que eles eram criminosos, escória inútil, amantes das trevas[8], uma associação imoral e desonesta que praticava o infanticídio e incesto[9]. Os rumores que corriam contra os cristãos se prestavam para fazer que parecessem como adversários de um ordenamento humano e civil, e forçá-los a um papel de bode expiatório. O seu manifesto desprezo pelos Deuses (neglegentia Deorum) poderia ser considerado como a causa de todas as desgraças públicas e privadas: «Se o rio Tibre transborda, se o Nilo não irriga os campos, se o céu não manda chuva, se há um terremoto, se aparece carestia ou uma epidemia, imediatamente gritou: "Os cristãos aos leões!" Muitos cristãos destinados apenas a um leão?»[10].
Estas opiniões poderiam tornar-se uma convicção generalizada: o ser cristão não se adequa para o ser romano. Trata-se de um modo de vida que contrasta com o dos romanos, que perturba a ordem pública e ameaça o Estado. Nas discussões privadas[11] ou nas tensões públicas poderiam aparecer contrastes com a posição cristã dos interessados e se poderia criar desordens e tumultos. Por esta razão, as autoridades públicas eram solicitadas a restaurar a paz e a ordem procedendo contra os cristãos.
[1] Rm 15,1-7; Tt 3,1; 1 Pedro 2;13-15.
[2] 1Tm 2,1-2, 1ª Carta de Clemente 60,4-61,2; Apologistas.
[3] Justino, Apologia 17 e outros.
[4] Mt 22,21; cf Rm 13,7; At 4,27-29, 1 Pd 2,17.
[5] Tertuliano, Apol. 7,1; 8,14.
[6] Tácito fala de superstitio exitiabilis e maléfica, Ann. 15,44.
[7] odium humani generis. Tácito, Ann. 15,44.
[8] Tertuliano, Apol. 42, Minucio Felix, Oct. 8,4.
[9] Tertuliano, Apol. 7-9, Minucio Felix, Oct. 9 e em outros lugares.
[10] Tertulliano, Apol. 40,1-2; 42-43; Minucio Felice, Oct., 8,4; cf Cipriano, Ep. 75,10.
[11] cf. Justino, Apol. II 2, 8 [3].
Hoje, Consistório para a criação de novos cardeais
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Papa Francisco preside nesta quinta-feira o Consistório Ordinário Público para a criação de novos cardeais. O Vatican News conversou com o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta.
Silvonei José - Cidade do Vaticano
Nesta quinta-feira, 28 de junho, às 16h locais, (11 da manhã – horário de Brasília) na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco preside o Consistório Ordinário Público para a criação de novos cardeais, imposição do barrete, entrega do anel e atribuição do título ou diaconato.
Já amanhã, sexta-feira, 29, às 9h30 locais (4h30, hora de Brasília), na Praça de São Pedro, o Papa abençoará os pálios sagrados, destinados aos novos arcebispos metropolitanos, e celebrará a Eucaristia da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. O Vatican News transmite os dois eventos, com comentários em português.
A Redação de Vatican News recebeu nesta quarta-feira a visita do arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta que conversou com Silvonei José sobre vários assuntos. Eis a íntegra da conversa transmitida também ao vivo pelas redes sociais.
O Papa Francisco anunciara este novo Consistório para a criação de 14 novos cardeais em 20 de maio de 2018, Domingo de Pentecostes. 11 deles são eleitores, com menos de 80 anos. Somam-se a estes outros três com mais de 80 anos.
Os novos cardeais são:
- Louis Raphael I Sako, patriarca de Babilônia dos Caldeus, Iraque;
- Luis Ladaria Ferrer, jesuíta espanhol, desde 1º de julho de 2017 Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé;
- Angelo De Donatis, Vigário do Santo Padre para a Diocese de Roma, italiano;
- Giovanni Angelo Becciu, Substituto da Secretaria de Estado, italiano;
- Konrad Krajewsky, polonês, esmoleiro pontifício;
- Joseph Coutts, arcebispo de Karachi, Paquistão;
- António dos Santos Marto, português, bispo de Leiria-Fátima;
- Pedro Ricardo Barreto Jimeno, jesuíta, arcebispo de Huancayo, Peru;
- Désiré Tsarahazana, arcebispo de Toamasina, Madagascar;
- Giuseppe Petrocchi, arcebispo de L’Aquila, Itália;
- Thomas Aquino Manyo Maeda, arcebispo de Osaka, Japão.
Os três cardeais com mais de 80 anos, portanto não eleitores, que “se distinguiram por seu serviço à Igreja”, são:
- Sérgio Obeso Rivera, arcebispo emérito de Xalapa, México;
- Toribio Ticona Porco, prelado emérito de Corocoro, Bolívia;
- Padre Aquilino Bocos Merino, dos missionários claretianos, o único que não é bispo dentre as nomeações. Fonte: https://www.vaticannews.va
Análise: Por que a entrada de Datena na política é pedra no sapato de Bolsonaro?
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Análise: Por que a entrada de Datena na política é pedra no sapato de Bolsonaro?
Com a marca da segurança, Datena pode ser decisivo para desconstruir discurso do deputado
RIO — A aparição do apresentador de televisão José Luiz Datena (DEM) no cenário político é má notícia para o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). E o motivo é o maior colégio eleitoral do país: São Paulo e seus 33 milhões de eleitores, 22% do total, onde está concentrada a audiência de Datena. Até agora, Bolsonaro é o principal obstáculo do PT e PSDB no estado-berço dos dois partidos, beirando 20% em pesquisas, empatado ou à frente do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições presidenciais.
Quando afirma, em entrevista ao GLOBO, que não há pré-candidatos capacitados "entre os que estão aí", Datena manda recado claro para Bolsonaro. Assim como fez, em entrevista de dois meses atrás, no seu programa na TV Bandeirantes "Agora é com Datena": "Eu só queria deixar bem claro que o Bolsonaro está respondendo mas eu não concordo, não sou obrigado a concordar com tudo o que você fala, mas eu respeito o entrevistado", disse o apresentador, aplaudido por sua plateia, ao pré-candidato do PSL, que criticava institutos de pesquisa e a imprensa "sem credibilidade".
Datena é uma das vozes mais populares do país quando o assunto é a violência urbana. Seja no Cidade Alerta, que apresentou na TV Record, ou no "Brasil Urgente", da Bandeirantes, ele é o espelho da revolta contra o crime e "os políticos que estão aí". Um concorrente e tanto para Bolsonaro, cuja principal pauta é a mistura de segurança e corrupção.
Na entrevista de 14 minutos veiculada na Bandeirantes em 22 de abril, no entanto, Datena também concordou com Bolsonaro. O deputado havia dito que o país está em guerra. A pauta é compartilhada pelos dois. Pré-candidato ao Senado, Datena dispõe de uma estrada livre para ser a maior dor de cabeça de Bolsonaro em São Paulo. Com DEM e PSDB mais próximos, ele tem tudo para ser um cabo eleitoral decisivo nas eleições presidenciais, com discurso forte no mesmo campo explorado por Bolsonaro, mas pedindo votos para outro candidato. Seja Alckmin ou quem aparecer na possível chapa encabeçada por PSDB e DEM. Fonte: https://oglobo.globo.com
Encontro dos Religiosos Presbíteros debate sobre identidade e missão da vida consagrada
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A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) assumiu, no Plano Trienal (2016-2019) entre as inúmeras atividades programadas, a realização do I Encontro Nacional dos Religiosos Consagrados Presbíteros. Com o tema “Religiosos Presbíteros: Identidade e Missão na Igreja do Brasil” e o lema “Não fostes vós que me escolhestes, eu vos escolhi” (Jo 15,16), uma das propostas é fortalecer a vivência de “relações humanizadas” para que os religiosos possam ser mais felizes e comprometidos com a missão.
A presidente da CRB, irmã Maria Inês afirma estar ciente de que os novos tempos continuam trazendo coisas novas à Vida Religiosa Consagrada. Ela também acredita que isso acaba trazendo desafios na busca de maior comunhão com Deus, com a criação e, sobretudo, na busca de melhores relações interpessoais, fora e principalmente dentro da vida comunitária.
“Sentimo-nos interpelados a incentivar, apoiar, propor e fortalecer iniciativas que nos ajudem na vivência de relações humanizadas, para que os religiosos possam ser mais felizes e comprometidos com a missão, deixando-se conduzir pelo novo que surge e aquece a Vida Religiosa Consagrada, por meio da cultura do encontro, da escuta e do diálogo com o diferente”, declara a irmã.
Impulsionada por tal motivação, a CRB convoca todos os religiosos consagrados presbíteros para participar do encontro, que se realizará de 10 a 13 de setembro, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG). As inscrições são pagas e podem ser feitas até o dia 10 de agosto no site da CRB Nacional.
“A importância desse evento para a Vida Religiosa Consagrada é justamente aprofundar a reflexão da Vocação do Religioso Presbítero que muito poderá enriquecer a Igreja com os seus carismas especialmente na dimensão profética e missionária. A Vida Religiosa Consagrada surgiu exatamente onde a vida mais clama, onde a carência de Missionários se torna mais aguda e as fronteiras existenciais e geográficas mais pedem a presença da Igreja”, finaliza irmã Maria Inês.
Cronograma – Como parte da programação do encontro além de motivações, orações e debates acerca do tema, os participantes também terão contato com quatro conferências. As duas primeiras serão realizadas no dia 11/07. A primeira terá início às 08h45 com o tema “O protagonismo da Vida Religiosa Consagrada na História da Evangelização do Brasil” e contará com a assessoria do frei Sandro da Costa. A segunda conferência será sobre “Vida Religiosa Consagrada, realidade estruturante da Igreja” e contará com a assessoria da irmã Anette Havenne, prevista para ocorrer às 14h30.
As duas últimas serão realizadas no dia 12/07. A primeira do dia, às 08h45 tem como tema “A Eclesiologia da Lumen Gentium e a contribuição do papa Francisco” e será assessorada pelo padre Mário França Miranda. Já a segunda acontecerá às 14h30 e tem como tema “Identidade e missão do religioso presbítero”, e será assessorada pelo padre Sérgio Carrara. Nos outros dias do evento também estão programados trabalhos em grupo.
Confira a programação completa no site da CRB Nacional. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Papa faz visita surpresa a uma Fundação para pessoas com graves deficiências
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Encontro surpresa de Francisco com os internos da Fundação para pessoas com graves deficiências.
No final da tarde do domingo (24/06) o Papa Francisco fez uma visita surpresa à Fundação “Durante e Dopo di Noi” e à Cooperativa Osa. Segundo informações da Sala de Imprensa da Santa Sé, o encontro foi realizado em um local chamado Casale 4.5, em Roma.
A Fundação e a Cooperativa mantêm um projeto de vida e de autonomia para as pessoas com graves deficiências. Estavam presentes mais de 200 internos. A visita durou cerca de duas horas. Fonte: https://www.vaticannews.va
Vaticano condena sacerdote acusado de pedofilia a cinco anos de prisão
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O Tribunal do Vaticano condenou neste sábado (23) a cinco anos de prisão o sacerdote Carlos Alberto Capella, ex-conselheiro da Nunciatura de Washington, nos Estados Unidos, por posse e troca de material pornográfico infantil.
O julgamento começou ontem (22), mas a decisão foi tomada hoje. O promotor Gian Piero Milano tinha pedido uma pena de cinco anos e nove meses de prisão, enquanto a defesa solicitava a condenação mínima, sem especificar o período que o acusado ficaria detido.
A Promotoria do Vaticano argumentou que Capella deveria ser condenado porque possuía grande quantidade de fotos e vídeos com menores em atos sexuais explícitos. Ele era acusado da posse e transmissão das imagens, já que havia feito postagens do material em um blog criado na plataforma Tumblr.
A defesa afirmou que o comportamento de Capella não é sinal “periculosidade”, mas sim de um “problema psicológico”. Para comprovar a tese, os advogados do sacerdote apresentaram uma avaliação que mostrava que ele não revelava “tendências de pedofilia” e sofria de “problemas relativos à sua fragilidade”.
Capella teve a oportunidade de falar no julgamento antes da sentença e disse estar arrependido. Ele também afirmou que esperava que a situação fosse considerada com um incidente no caminho de sua vida sacerdotal. Fonte: https://paraibaonline.com.br
24 de junho: dia de São João Batista, o precursor de Jesus Cristo
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No dia 24 de junho festeja-se o nascimento de São João Batista, o precursor de Jesus Cristo. Muitas festas populares existem inspiradas nesta data, as mais famosas são as de São João. Criadas pelos camponeses europeus para celebrar o início do verão, o evento chegou ao Brasil durante a colonização com a chegada dos portugueses. “É uma festa de mudança de estação e, portanto, início de um período de mais sol, a festa do sol vencedor”, explica o presidente da Comissão para a Liturgia, dom Armando Bucciol.
Fogueiras, bandeirinhas, música, quadrilha são características típicas das festas juninas, como são conhecidas. “Atualmente é celebrada por tantos motivos de tipo cultural com elementos que sem dúvida tem um fundo religioso, mas antes de tudo tem elementos antropológicos”, afirma dom Armando. Do ponto de vista litúrgico, a festa de São João possui uma grande riqueza teológica. A figura de João Batista, profeta que se encontra na Bíblia entre o primeiro e o segundo testamento é marcante na história religiosa do povo de Israel.
Filho de Zacarias e de Isabel (prima de Maria, a Mãe de Jesus), João pregava um batismo de penitência e batizou muitos judeus, inclusive Jesus, no Rio Jordão. Daí a origem de ser chamado Batista, porque batizava com água. A mando do Rei Herodes, João foi aprisionado e levado para a fortaleza de Macaeros, onde foi mantido por dez meses. O motivo deste aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. Herodíades, por intermédio da filha Salomé, conseguiu que Herodes matasse João Batista e entregasse a sua cabeça numa bandeja.
João Batista, nome que significa “Deus é propício”, é o precursor de Jesus, aquele que preparou os caminhos do Senhor. No tempo litúrgico, dom Armando Bucciol explica que João Batista nasceu cerca de seis meses antes de Jesus; portanto a Festa de São João foi fixada no dia 24 de junho, seis meses antes da véspera do Natal. É o único santo cujo nascimento e martírio, este último no dia 29 de agosto, são evocados em duas solenidades pelos cristãos.
Desse modo, a noite de 23 de junho, véspera do Dia de São João, marca o início da celebração da festa de São João Batista. Além da comemoração religiosa, os costumes regionais se mostram presentes. No Brasil, os famosos arraiais com música e comidas tradicionais acontecem em vários cantos do país. “Infelizmente constato aquilo que aconteceu na Europa, onde todas as festas populares estão sendo manipuladas. Eu vejo que essa festa está sendo dominada por trios sonoros, cantores famosos, perdendo aquilo que era a originária festa popular feita na comunidade, com as famílias interagindo entre elas, partilhando”, chama atenção dom Armando.
“Eu desejo também que nós como Igreja possamos ajudar o povo a recuperar os valores humanos intrínsecos a essas festas populares e que a festa litúrgica não seja pretexto para festas que não tenham nada de espiritualidade autêntica como João Batista apontava”, conclui o bispo. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Sofia Loren: ''O papa me deu um rosário. Graças a ele, sinto a fé novamente perto de mim''
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“Depois que você o vê e o escuta, você realmente tem vontade de viver e de acreditar, acreditar, acreditar.” A reportagem é de Gelsomino Del Guercio, publicada em Aleteia, 21-06-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Sofia Loren está dando um novo vigor à sua fé, graças a uma pessoa verdadeiramente especial. E essa pessoa é o Papa Francisco.
Em uma entrevista à revista Famiglia Cristiana (21 de junho), Loren confessa que é “religiosa e praticante um pouco do meu jeito. Todos os domingos eu vejo o papa na televisão”.
De Bergoglio, ela gosta, acima de tudo, “da serenidade e daquele seu modo de falar que lhe transmite segurança. Depois que você o vê e o escuta, você realmente tem vontade de viver e de acreditar, acreditar, acreditar. Esse papa ajuda muito a fé das pessoas”.
A atriz, ícone da beleza mediterrânea, em uma entrevista à revista Oggi (maio de 2014), havia expressado pela primeira vez o desejo de se encontrar com Bergoglio: “O presente mais bonito para o meu próximo aniversário? Um telefonema do Papa Francisco. Digo a vocês, se eu o ouço ao telefone, desmaio!”.
A audiência privada
Foram necessários três anos para realizar esse encontro. Loren havia revelado em uma entrevista ao Corriere della Sera (24 de setembro de 2017), indicando o terço que usava no pescoço: “Este rosário que eu estou usando foi ele quem me deu há um mês. Estávamos em audiência privada no Vaticano, com a minha irmã Maria, com Alessandra, uma de suas filhas. Foi muito, muito emocionante.”
Na mesma entrevista, a atriz também revelou um detalhe muito íntimo, ligado a seu marido. O jornalista perguntou: “Seu marido repousa em Magenta: Vai visitá-lo?”. Ela respondeu:
“Sempre. Milão não é de passagem para mim, mas tenho muitos amigos lá e, depois, estão os sobrinhos, as irmãs de Carlo. Vou com a esperança de estar um pouco tranquila com ele mais uma vez e de rezar e agradecê-lo sempre.” Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
E VIVA O BRASIL!...
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Duas cartas em favor de Gustavo Gutiérrez
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"Apesar disso, existem aqueles que ainda suspeitam da ortodoxia da teologia da libertação, Gustavo não foi autorizado a dar palestras em sua cidade natal Lima, outros dizem que felizmente a teologia da libertação já morreu, embora Gustavo responda com humor que aquele que é seu pai, eles não o convidaram para o enterro...". O comentário é de Víctor Codina, SJ, teólogo, em carta publicada por Centro Cristianisme i Justícia, 11-06-2018.
Eis a carta.
Em 9 de Março de 1984, o teólogo alemão Karl Rahner de 80 anos, foi hospitalizado em Innsbruck por uma grave deficiência circulatória. Ali, do hospital, escreveu uma carta à Conferência Episcopal Peruana em favor de Gustavo Gutiérrez e da teologia da libertação. No dia 30 de março, Rahner faleceu. Este último escrito é como o seu testamento teológico.
Meses depois, em 6 de agosto de 1984, o cardeal Josef Ratzinger, Prefeito da Doutrina da Fé, publicou um documento muito crítico sobre a teologia da libertação, no qual, embora não cite nenhum nome, a figura de Gustavo Gutiérrez , seu iniciador, foi seriamente questionado.
Passaram-se 34 anos e Papa Francisco em 29 maio de 2018 escreveu uma carta para Gustavo Gutierrez para felicitá-lo por ocasião do seu 90º aniversário no dia 8 de junho deste ano. Nesta carta, Francisco agradece a Deus e a Gustavo "pelo tanto que contribuiu com a Igreja e a humanidade, por meio de seu serviço teológico e de seu amor preferencial pelos pobres e descartados da sociedade”.
O que aconteceu neste período de tempo? Gustavo - agora dominicano - durante estes anos respondeu aos questionamentos e acusações que ele fez sobre o uso das ciências sociais, e especialmente o marxismo, em sua teologia, explicou suas reivindicações, mas não reverteu suas intuições e ele aprofundou seu pensamento sobre o Deus da vida, a opção pelos insignificantes, a desumana e anti-evangélica pobreza atual, perguntou onde dormirão os pobres, apresentou a figura exemplar de Bartolomé de Las Casas que foi em busca de os pobres de Jesus Cristo, procurou beber do próprio poço da realidade de lágrimas e do sangue dos pobres e orientou a sua teologia para a evangelização e para a Igreja.
Apesar disso, existem aqueles que ainda suspeitam da ortodoxia da teologia da libertação, Gustavo não foi autorizado a dar palestras em sua cidade natal Lima, outros dizem que felizmente a teologia da libertação já morreu, embora Gustavo responda com humor que aquele que é seu pai, eles não o convidaram para o enterro...
O que esses críticos pensarão depois deste testemunho positivo e fraterno de Francisco sobre Gustavo Gutiérrez e seu trabalho teológico à serviço da Igreja e da humanidade? Será que o velho Bento XVI, alojado em um mosteiro contemplativo da Cidade do Vaticano, ouviu falar sobre esta carta de reabilitação de Gustavo?
Em qualquer caso, deve-se afirmar que o velho Rahner era muito lúcido e nobre, embora a teologia de Gustavo fosse muito diferente da dele e no fundo ele a questionou. E que a Igreja, no meio de suas noites escuras e der seus invernos eclesiais e embora pareça que Jesus está dormindo no barco, é conduzida pelo Espírito do Senhor a uma verdade cada vez mais plena. E que ouvir o clamor dos pobres é sinal de garantia evangélica para a teologia. Obrigado, Francisco e parabéns, Gustavo. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
*Mística e Profecia no Carmelo: As Monjas
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Irmã Maria Elizabeth da Trindade (Elizabeth Fátima Daniel) Carmelo São José, Passos (MG), BRASIL.
(Este trabalho contou com a preciosa colaboração de Irmã Maria Madalena da Cruz, do Carmelo de Brasília, e Irmã Maristella do Espírito Santo, do Carmelo de Montes Claros, ambos Carmelos da Associação São José, no Brasil)
SOLIDARIEDADE: REFAZER O RELACIONAMENTO HUMANO
A solidariedade é algo muito próprio de nosso carisma. Esta palavra que vem do latim “Solidare” e significa solidificar, é para nós um impulso a um ideal necessário e urgente na humanidade atual e onde exista uma comunidade. Somos relação, nascemos de uma relação e somos chamados a uma gama de relacionamentos, por isso devemos aprender a nos relacionar, pois é na relação que vão se solidificando os valores essenciais da vida.
Se isto acontece inevitavelmente com cada pessoa, parece que a nós, onde tocou a graça de um chamado a uma comunidade como monjas carmelitas contemplativas, estes relacionamentos se revestem de uma essência que ilumina todo o sentido de nossa vida. É o mandamento do amor, amai-vos uns aos outros, vendo em nossas Irmãs o rosto concreto diante do qual devemos manifestar esse amor, elas são o nosso “próximo mais próximo”. Os nossos relacionamentos se fazem e se refazem neste Amor com que Deus nos amou e “nos juntou aqui”! Pois, peculiarmente, por vivermos sempre num mesmo mosteiro com as mesmas Irmãs, temos um vasto terreno para, na solidariedade, refazermos continuamente esses relacionamentos. “Todas hão de se amar, todas hão de se querer, todas hão de se ajudar”, é este o ideal no qual se constrói e se reconstrói a comunidade.
Aqui as margens de erros, de fragilidades, de pecados, de diferenças existem e têm que nos levar a esta solidariedade umas com as outras. Isto requer duas atitudes importantes:
- acreditar na importância do relacionamento;
- ser solidárias e misericordiosas como Cristo foi conosco descendo às nossas fraquezas.
Como construir e refazer os relacionamentos dentro da comunidade?
- Trabalhando na formação para o diálogo;
- Criando ambiente de amor que gere confiança e liberdade para sermos quem somos, conhecer a nós mesmas e às outras, valorizando seus dons e fazendo-os frutificar, sem nunca desistir diante das dificuldades dos relacionamentos, nem deixar interromper nem romper o diálogo;
- Exercitando a paciência e o sentido do rezar juntas diante do que não está em nossas mãos resolver;
- Protegendo e defendendo o andamento de todo o grupo diante dos problemas.
Sentimos nascer em nossa comunidade, como algo que quase não nos damos conta, a maturidade de acolher o outro como ele é e uma preocupação recíproca de sermos família, de ver que a outra é verdadeiramente minha irmã. Isto torna sólida a Comunidade. Se não damos importância aos nossos relacionamentos e deixamos, mesmo dentro de uma vida claustral, que nossas Irmãs se isolem, que nossas Irmãs não frutifiquem seus dons a serviço da comunidade, que nossas Irmãs não tenham direito de errar e fazer a experiência do perdão e do recomeçar, podemos perder a sensibilidade diante da enfermidade, da crise, do trauma que certamente encontramos dentro de nossas comunidades. Assim por falta de solidariedade nos relacionamentos podemos matar o espírito em nome da lei.
Nisto abrimos caminho para seguirmos o Mestre no amor: sentindo-nos amadas e amando como somos amadas! “É necessário aos que servem a Deus, apoiarem-se mutuamente para irem em frente.”[1] Este apoio mútuo tem seu alicerce no conhecimento mútuo. É a partir daí que se constrói o edifício do verdadeiro amor, pois se não nos deixamos conhecer - quem somos e como somos - como damos ao outro a chance de amar-nos? Como amarmos o que não conhecemos? Isto fez Jesus quando se encarnou, quis descer até nós para ter um encontro conosco no profundo de nossa miséria, não veio encontrar-nos somente nos nossos dons e talentos, mas nos nossos pecados; veio para aqueles que precisam de médico; e aí refaz toda a pessoa, refazendo a saúde do corpo e da alma, sem deixar de acrescentar como dom maior a “restauração do relacionamento com Deus”. Nisto temos luz e caminho a imitar o Mestre, descer às fraquezas de nossas Irmãs para que, refazendo nossos relacionamentos, possamos experimentar a essência do verdadeiro amor.
Como construir e refazer os relacionamentos fora da comunidade?
Toda a mística e profecia de nossa vida contemplativa, ou seja, a oração de amizade e intimidade e o anúncio desta união com Deus, refulgirão de nossos claustros quando se puder dizer de nós: “vede como se amam!” A partir de nosso testemunho estaremos dando uma boa contribuição à solidariedade, mas também podemos criar meios de refazer relacionamentos extra-muros através do aconselhamento que efetuamos em nossos atendimentos, cartas e outros meios que o Senhor pode nos proporcionar, sem ferir o que é específico de nossa vocação.
*II-Congresso ALACAR. Tema: Mística e Profecia no Carmelo. BOGOTÁ, COLOMBIA. OUTUBRO 2009- Na experiência e na vivência das monjas, por Irmã Maria Elizabeth da Trindade (Elizabeth Fátima Daniel) Carmelo São José, Passos (MG), BRASIL
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