Esclarecimentos sobre a Diocese de Formosa-GO
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O Regional Centro-Oeste da CNBB e o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitem nota sobre os acontecimentos na Diocese de Formosa
O Regional Centro-Oeste da CNBB, formado pelas dioceses presentes no estado de Goiás e no Distrito Federal, está unido em oração, participando da dor da Igreja diocesana de Formosa. Em nome do Santo Padre, o papa Francisco, a pedido da Nunciatura Apostólica no Brasil, eu, Dom Messias dos Reis Silveira, bispo diocesano de Uruaçu (GO) e presidente do Regional Centro-Oeste, me encontro em Formosa para expressar a solidariedade e proximidade da Nunciatura com a Igreja de Formosa e também com o bispo diocesano, após a veiculação das denúncias do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), nesta segunda-feira, dia 19 de março, cuja investigação e elucidação dos fatos ainda estão em andamento.
Pedimos a Deus especialmente neste dia de São José, que ele seja providencial no caminho da verdade que buscamos seguir.
Dom Messias dos Reis Silveira
Bispo de Uruaçu e presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB
O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner divulgou nota sobre a operação Caifás, deflagrada ontem (19/03) pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) na diocese de Formosa (GO). No texto, o bispo manifesta solidariedade com o presbitério e os fiéis da diocese.
Confira, abaixo, a nota na íntegra:
Diante da prisão do bispo da Diocese de Formosa no estado de Goiás, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB manifesta a solidariedade com o presbitério e os fiéis da Diocese, recordando ao irmão bispo que a justiça é um abandonar-se confiante à vontade misericordiosa de Deus. A verdade dos fatos deve ser apurada com justiça e transparência, visando o bem da igreja particular e do bispo. Convido a todos os fiéis da Igreja a permanecermos unidos em oração, para sermos verdadeiras testemunhas do Evangelho.
Fontes: CNBB Centro Oeste e CNBB; http://diocesedemarilia.net.br
Escutas telefônicas revelam chantagem em esquema envolvendo bispo e padres
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Documento do MPGO está no inquérito da Operação Caifás, que resultou na prisão do bispo de Formosa e de padres.
A autorização judicial para escutas telefônicas foi fundamental para que o Ministério Público de Goiás comprovasse a conduta do bispo de Formosa (GO), José Ronaldo Ribeiro, do vigário geral, de quatro padres, de dois empresários e de um funcionário da Cúria local. Eles são suspeitos de desviarem dinheiro da igreja.
As prisões ocorreram nesta segunda (19/3), durante a Operação Caifás, coordenada pelo MPGO juntamente com a Polícia Civil do estado. A suspeita é de que eles tenham desviado mais de R$ 2 milhões da Diocese desde 2015, verba proveniente de batismos, casamentos, crismas, festividades religiosas, doações e dízimos dos fiéis.
O documento com um resumo das escutas tem 51 páginas e diversas conversas de investigados, além de colaboradores do MP que ajudaram nas investigações com depoimentos. Alguns sacerdotes envolveram parentes no esquema, que atuavam como laranjas. Os comentários também mencionam quem foram os padres chamados para depor. Em outras, religiosos comentam estratégias para abafar o caso.
Em uma das conversas, o Padre Mário Vieira de Brito, da paróquia São José Operário, fala que recebeu a visita do bispo, que foi pedir R$ 1,5 mil para ir a um retiro. De acordo com o promotor Douglas Chegury, o bispo, de fato, pedia uma parcela do dinheiro dos envolvidos para mantê-los nas paróquias.
Em outra conversa, do Monsenhor Epitácio Cardozo, vigário-geral da diocese de Formosa, um funcionário avisa que um padre esteve na contabilidade para saber do dinheiro que o município de Flores (GO) passou para a Cúria, pois estavam faltando informações. A ordem de Dom José era não deixar o religioso levar ou copiar nada. Apenas ver e anotar.
O funcionário pede que Epitácio assine um documento sobre a retirada de dinheiro do caixa. Segundo ele, o imediato de Dom José havia retirado parte do valor e assinado a transação. Porém, o ato teria se repetido e, na segunda vez, o sacerdote não teria feito o registro.
"Porque eu não me recordo de nós (sic) ter feito um, um eu sei que eu fiz, quando o saldo do caixa ficou alto, aí o senhor falou, não, lá só tem tanto, aí eu fiz um documento e o senhor assinou, e aí teve um ano eu num sei (sic) se o ano passado que nós fizemos a mesma coisa mas (sic) eu não vi o documento assinado, depois eu vou fazer pro senhor assinar pra mim", diz.
Epitácio tenta corrigi-lo, e diz que o caixa estava baixo. O funcionário pede para não falarem sobre isso por telefone. O vigário-geral volta a negar. Diz que “seu caixa não está alto”. A pessoa do outro lado da linha, então, afirma que “esse ano já consertou”. A conversa em questão aconteceu em 7 de março.
investigado sobre a convocação de outros clérigos para depor. A pessoa orienta o sacerdote a conversar com o colega de batina para que leve o máximo de documentos possível para o encontro com o promotor.
A testemunha conta que conversou com outros padres que sabiam do desvio e que informaram que tinham medo que o bispo tentasse fugir. "Conversando com o pessoal ontem, o pessoal tava falando o seguinte, nós tamo (sic) com medo do Bispo fugir, dele ir pra Roma pra num ser preso. O pessoal está de olho porque se ele falar em sair, o pessoal quer acionar a justiça para não deixá-lo sair”, conta.
Nessa mesma conversa, a testemunha diz que o bispo fez chacota com o oficial de justiça quando foi intimado a depor. Teria dito que “as velhinhas do asilo não o deixam quieto.” “Aí, o oficial falou, não isso aqui num é do asilo não, isso aqui é do Ministério Público de Goiás aqui de Formosa, diz que ele enfiou o rabo entre as perna (sic)”, completa.
Padres falam em intimidação e transferências
Outro trecho do documento que chama a atenção é a conversa entre o pároco da Catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição, Moacyr Santana, e o pároco da Paróquia São José Operário, ambos presos na operação. A gravação foi feita em 15 de março e eles comentam a ida do juiz eclesiástico Thiago Wenceslau para intimidar os padres que estão insatisfeitos com a falta de transparência nos dados.
“Meu deus… agora vem esse juiz eclesiástico… ôh”, afirma Moacyr. A conversa segue citando indiretamente padres e fiéis que podem ter atrapalhado o esquema. Nesse momento, Mário dispara: “"e esse juiz agora deve dar essas penas canônicas agora pra esses aí, né.”
Moacyr concorda, mas, em seguida, se demonstra descrente. Acredita que o juiz não pode ser “mole”. Mas Mário argumenta que Thiago Wenceslau fará mudanças.
Moacyr se queixa de acusações a respeito do carro que dirige e, em seguida, se queixa do promotor. "Será que o promotor não vê que ele tá sendo um bonequinho na mão desse povo gente, é mais na hora que esse promotor descobrir, que esse povo tentou fazer ele de besta (...), falaram coisa que não devia (sic) eles vão ter que responder, o advogado falou ontem, cês num falaram que o carro era do Padre, agora cês (sic) tem que provar que é do Padre uai", reclama.
O bate-papo segue em frente. Eles mencionam um restaurante chamado Mediterrâneo, em que alguns padres vão comer com o dinheiro de fiéis. Em seguida, Moacyr menciona dois padres contrários ao bispo. “Eles vão dançar", afirma. Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br
Prisão de bispo mineiro por corrupção surpreende CNBB
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Em novembro de 2014, dom José Ronaldo foi transferido pelo Papa Francisco para Formosa.
As suspeitas de corrupção na diocese goiana de Formosa, a 80 quilômetros de Brasília, vinham sendo investigadas desde 2015, mas a prisão do bispo dom Ronaldo Ribeiro, 61 anos, surpreendeu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O setor jurídico da entidade está analisando o caso para verificar o que ocorreu e tomar posição, provavelmente com a divulgação de uma nota oficial.
Como os bispos têm autonomia no governo de suas dioceses, a CNBB nada poderá fazer contra d. Ronaldo e seus colaboradores, se forem considerados culpados. A questão depende diretamente do papa, dispensando também a intervenção da Nunciatura Apostólica representante diplomática da Santa Sé no Brasil.
Em outubro de 2013, sete meses após sua posse, Francisco demitiu o bispo Franz-Peter Tebartz, da diocese de Limburg, na Alemanha, por ter construído para sua residência uma mansão ao custo de 31 milhões de euros (quase R$ 150 milhões).
Quando um grupo de católicos de Formosa denunciou o escândalo, d. Ronaldo declarou, ano passado, que não havia irregularidade no emprego dos fundos arrecadados com a contribuição dos fiéis. Os paroquianos suspenderam a coleta do dízimo, em janeiro. Formosa tem 33 paróquias e 43 padres.
Em 2011, tinha 346.760 habitantes, sendo 82% católicos. Prelazia apostólica desde 1956, foi elevada a diocese em 1979. D. Ronaldo até então bispo de Janaúba, em Minas, foi transferido para Formosa em 2014.
Mineiro de Uberaba, onde nasceu em 1957, d. Ronaldo exerceu várias funções na arquidiocese de Brasília. Foi vigário geral e membro do Conselho do Conselho Arquidiocesano para Assuntos Econômicos.
Nomeado pelo papa Bento XVI em junho de 2007, foi ordenado bispo pelo então arcebispo de Brasília, d. João Braz de Aviz, atualmente prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Formosa faz parte da Província Eclesiástica de Brasília. Fonte: www.em.com.br
A MORTE DE SÃO JOSÉ...
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Papa Francisco telefona para família de Marielle Franco
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O papa Francisco manifestou sua solidariedade com a família da vereadora e defensora dos direitos humanos Marielle Franco. Seu assassinato em 14 de março gerou uma onda de indignação no Brasil e no mundo.
"Francisco ligou para Marinette, mãe da vereadora do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), defensora dos direitos humanos e relatora da comissão responsável por investigar a Intervenção Militar no Rio de Janeiro, para comunicar seu afeto e solidariedade", indico o Vatican Insider, o site do jornal italiano "La Stampa" especializado em notícias do Vaticano.
O papa argentino decidiu ligar para a família de Marielle, de 38 anos, após receber uma carta da filha da vereadora, assassinada a tiros no Estácio, região central do Rio.
Negra, nascida e criada na favela da Maré, Marielle lutava pelos direitos de negros, mulheres e da comunidade LGBT e não hesitava em denunciar abusos policiais e criticar a recente Intervenção Militar ordenada pelo presidente Michel Temer.
Até agora, a Polícia não deu informações precisas sobre suspeitos do crime, que causou comoção dentro e fora do Brasil.
* AFP. Fonte: http://anoticia.clicrbs.com.br
Comunicado da Nunciatura Apostólica sobre a situação da Diocese de Formosa, em Goiás
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21/03/2018 Santa Sé. A Nunciatura Apostólica publicou na manhã desta quarta-feira, 21 de março, um comunicado sobre o processo de acompanhamento da situação atual de pastoral e de governo da Diocese de Formosa (GO).
Confira o Comunicado:
“O Santo Padre ordenou, no dia 3 de março do corrente ano, que se realize uma Visita Apostólica na Diocese de Formosa, com a finalidade de examinar a situação pastoral e de avaliar o governo do Bispo, Sua Excelência Dom José Ronaldo Ribeiro. Sucessivamente, no dia 10 de março, o Arcebispo de Uberaba, Sua Excelência Dom Paulo Mendes Peixoto, foi nomeado Visitador Apostólico.
À luz dos novos fatos que envolvem a Diocese de Formosa, o Santo Padre nomeou Sua Excelência Dom Paulo Mendes Peixoto Administrador Apostólico sede plena da Diocese de Formosa ad nutum Sanctae Sedis, conferindo-lhe todas as faculdades para governar a circunscrição eclesiástica e para realizar, contemporaneamente, a Visita Apostólica, precedentemente ordenada.
Sua Excelência Dom Paulo Mendes Peixoto convida a todos, o Clero e a comunidade diocesana de Formosa, a unirem-se em torno de Cristo, Pastor dos Pastores”.
Nunciatura Apostólica
Fonte: http://cnbb.net.br
Bispo de Formosa e padres ficam em área isolada de presídio, tomam banho de água fria e têm até 2 h de banho de sol por dia
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Clérigos foram presos na Operação Caifás, suspeitos de desviar dinheiro do dízimo. Secretário-geral da CNBB manifestou solidariedade aos fiéis e mandou mensagem para bispo.
Por Raquel Morais, G1 GO
Presos suspeitos de desviar dinheiro do dízimo e de doações, o bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, e outros cinco padres ocupam celas em uma área separada no novo presídio da cidade. Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), o isolamento ocorre para garantir a integridade física dos clérigos. Eles têm direito a banho de sol de duas horas por dia e tomam banho em chuveiro sem eletricidade.
Todos têm ensino superior – exigência da formação como padre. A DGAP disse não poder informar o tamanho da cela e outros detalhes. Os padres devem começar a prestar depoimento ao Ministério Público DE Goiás (MP-GO) na tarde desta terça-feira (20).
Em nota, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Leonardo Ulrich Steiner, disse ao G1 manifestar solidariedade aos fiéis da Diocese de Formosa, “, recordando ao irmão bispo que a justiça é um abandonar-se confiante à vontade misericordiosa de Deus”.
“A verdade dos fatos deve ser apurada com justiça e transparência, visando o bem da igreja particular e do bispo”, declarou.
O bispo de Formosa, Dom José Ronaldo; o vigário-geral e segundo na hierarquia de Formosa, monsenhor Epitácio Cardozo Pereira; o juiz eclesiástico Thiago Wenceslau; e mais três padres foram presos temporariamente nesta segunda-feira (19), suspeitos de integrar um esquema que pode ter desviado mais de R$ 2 milhões dos cofres da Igreja Católica.
Além deles, o secretário da Cúria de Formosa e dois empresários também foram detidos. A prisão temporária tem validade de cinco dias, podendo ser estendida para mais cinco. Denúncias do MP-GO apontam que o juiz eclesiástico fez vista grossa para denúncias de desvio de recursos e que padres pagavam “mesada” ao bispo para se manterem em igrejas mais “lucrativas”.
As apurações apontam que o grupo age desde 2015. As investigações começaram no ano passado, após denúncias de fiéis. Eles afirmaram que as despesas da casa episcopal subiram de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde a chegada do bispo Dom José Ronaldo. Na ocasião, o clérigo negou haver irregularidades nas contas da Diocese de Formosa.
Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça apontaram que os suspeitos compraram uma fazenda de criação de gado e uma casa lotérica com o dinheiro desviado. As aquisições, conforme o MP, também eram uma forma de lavar o dinheiro.
À TV Anhanguera, Dom José Ronaldo disse que o advogado dele ainda não teve acesso ao processo e nega envolvimento dele no caso.
‘Juramento de fidelidade’
Convocado após denúncias de desvios de dízimos e doações na Diocese de Formosa, o juiz eclesiástico Thiago Wenceslau forjou um relatório das contas questionadas anunciando que “auditoria rigorosa” apontou não haver nenhuma irregularidade, de acordo com o MP-GO.
“[O juiz eclesiástico] Veio [de São Paulo] com um objetivo: intimidar de forma definitiva os padres e fazer com que eles fizessem, como de fato muitos fizessem, um juramento de fidelidade ao bispo [Dom José Ronaldo, apontado como líder do esquema]”, explicou o promotor Douglas Chegury.
“Chamados nominalmente, [os padres] deveriam responder se estavam com o bispo ou contra o bispo, não era com a igreja ou contra igreja. Isso aconteceu em uma reunião a portas fechadas”, completou.
De acordo com o MP-GO, havia “clima de terror e opressão” e ameaças de retaliação, transferências e até perda de ministério aos clérigos que não se calassem ou não demonstrassem apoio ao bispo.
'Mesada' por paróquias mais rentáveis
A investigação aponta ainda que padres de Formosa, Posse e Planaltina pagavam ao bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, para que fossem mantidos em paróquias mais lucrativas. O valor mensal da "mesada" variava entre R$ 7 mil e R$ 10 mil.
"As informações que nós obtivemos é que, para permanecer nas paróquias que davam mais dinheiro, os padres pagavam uma mesada, em dinheiro, ao bispo. Um pároco, que contribuiu com as investigações, inclusive, chegou a ver esse repasse", disse o promotor Douglas Chegyry ao G1.
Dinheiro escondido em guarda-roupa
A Operação Caifás apreendidos cordões de ouro, relógios e caminhonetes da cúria em nomes de terceiros, além de uma grande quantia de dinheiro em espécie, com valor ainda não foi divulgado. Havia moedas estrangeiras, incluindo dólares americanos, dólares australianos, pesos argentinos, pesos chilenos e euros.
Na casa do vigário-geral, segundo na linha de sucesso da Diocese, foi apreendida grande quantidade de dinheiro no fundo falso de um guarda-roupa. Segundo a TV Anhanguera apurou, o montante contabilizou R$ 70 mil. A quantia estava em sacos plásticos.
Grupo suspeitava de apuração
O promotor afirmoui que os clérigos desconfiavam da operação antes mesmo dela ocorrer. Escutas telefônicas também corroboram a tese.
Em uma conversa com um interlocutor, datada de 8 de março último, Dom José Ronaldo questiona sobre um padre ter sido chamado para prestar esclarecimentos a respeito de uma festa da igreja, cujas contas não foram prestadas.
"Igreja não tem que prestar conta de festa, dessas coisas, para o Ministério Público."
Em outro trecho, quatro dias depois, o bispo volta a falar sobre possíveis denúncias sobre desvios de recursos. Entre outras falas, ele alega que uma investigação "tem fundamento zero", que "o negócio já morre no nascedouro" e que "investigação de tributos é da Justiça Federal".
Operação Caifás
O MP-GO fez à Justiça pedido de 13 mandados de prisão temporária e 10 de busca e apreensão em residências, igrejas e um mosteiro. O juiz Fernando Oliveira Samuel concluiu haver necessidade de prisão em nove casos:
- José Ronaldo Ribeiro, bispo de Formosa
- Monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, vigário-geral da Diocese de Formosa
- Padre Moacyr Santana, pároco da Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição, Formosa
- Padre Mário Vieira de Brito, pároco da Paróquia São José Operário, Formosa
- Padre Thiago Wenceslau, juiz eclesiástico
- Padre Waldoson José de Melo, pároco da Paróquia Sagrada Família, Posse (GO)
- Guilherme Frederico Magalhães, secretário da Cúria de Formosa
- Antônio Rubens Ferreira, empresário suspeito de ser laranja da quadrilha
- Pedro Henrique Costa Augusto, empresário, suspeito de ser laranja da quadrilha
O nome da operação foi escolhido considerando que Caifás era o sumo sacerdote quando Jesus foi condenado a morrer na cruz, explicou o MP-GO.
Denúncia de fiéis
Em dezembro de 2017, fiéis denunciaram que as despesas da casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, passaram de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde que Dom José Ronaldo assumiu o posto, havia três anos.
"O que nós temos certeza é que as contas da cúria não fecham. Então, nós queremos a abertura pública das contas da cúria [administração da diocese] e dos gastos da casa episcopal", disse uma fiel, que preferiu não se identificar.
O grupo que contesta as contas informou que não recolheria o dízimo até que as medidas fossem atendidas. A diocese disse, na época, que o custo das 33 paróquias é de cerca de R$ 12 milhões por ano. Já a arrecadação, no mesmo período, é de R$ 16 milhões. O restante é destinado ao fundo de cada unidade.
Dom José Ronaldo alegou na época que não tocava no dinheiro e que não houve o pedido, por parte do grupo, para a apresentação de contas.
"Não tem nada de impropriedade. Não toco nos repasses financeiros das paróquias que são destinados à manutenção das necessidades da Diocese, casa do clero, seminário, estrutura da cúria, funcionários etc.", declarou. Fonte: https://g1.globo.com
Teologia do Coração de Cristo.
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*Karl Rahner
Ao falar do Coração de Jesus recorre-se de um modo ou de outro ao termo "símbolo". O sagrado Coração é um símbolo do amor de Cristo. Não se trata, porém, de um símbolo indicativo que se baseia numa convenção: a bandeira é símbolo. Há o que se chama o símbolo essencial ou real com uma base ontológica. Rahner procura ligar intimamente o ser ao conceito de sinal, fazendo do significado de si mesmo uma necessidade íntima do próprio ser. Em seguida aplica esta ontologia à economia da salvação em geral, e em particular à SSma Trindade, à cristologia, à eclesiologia e aos sacramentos. Tendo presente o mistério da Trindade como já revelado e que, como fonte de toda a realidade, imprime nas criaturas um vestígio de si, Rahner propõe o conceito de símbolo essencial e autêntico, como um bem distinto do símbolo puramente indicativo.
O fundamento da simbologia, pela qual uma realidade torna presente a si mesma e aos outros uma realidade diversa e faz com que ela "esteja aqui", encontra-se na unidade e na complexidade do ser em geral. Por isso, o ser é por si mesmo necessariamente simbólico, porque se exprime de modo necessário, para encontrar a sua própria essência.
Mediante o símbolo verdadeiro e próprio, um ser realiza-se a si mesmo noutra realidade, que faz parte da sua constituição essencial. Isto verifica-se sobretudo no ser espiritual, que se compreende através da sua inteligência e se ama mediante a sua vontade, a tal ponto que é mais ou menos perfeito na medida em que é conhecível e conhecido. Desta maneira a ontologia do símbolo une-se à estrutura da entidade espiritual e alcança-se assim o modo supremo em que a entidade [e, em si mesma simbólica.
A ação salvífica de Deus sobre o homem, desde o início até à sua realização, acontece mediante o símbolo em que Deus se revela e se comunica de maneira histórica e compreensível. Exige-o a constituição unitária do homem, que é espírito encarnado. Por isso o corpo é símbolo da alma, dado que ela o informa, nele se realiza a si mesma, adquire consciência de si e se manifesta. Nesta unidade de símbolo e de realidade simbolizada, de corpo e de alma, os membros separadamente não são elementos que se unem uns aos outros apenas a nível material, mas são partes vitalmente unidas a todo o conjunto, embora naturalmente cada uma de maneira diferente.
Partindo da revelação, Rahner lança o fundamento supremo e radical do símbolo real e intrínseco na teologia do Verbo, no âmbito trinitário e do Verbo na sua encarnação para a nossa salvação.
Porém, o Verbo assume na sua Pessoa a nossa natureza humana e torna-se o símbolo absoluto de Deus no mundo, sempre repleto da realidade simbolizada. Além de ser a presença e a revelação daquilo que Deus é em si mesmo, exprime o que Deus é em si mesmo, exprime o que Deus quis ser para o mundo, de maneira irrevocável e indelével.
Convencido de que não pode haver uma teologia que não tenha como sujeito o símbolo, Rahner vê a Igreja como um sinal visível, autêntico e eficaz de Cristo morto e ressuscitado, sinal repleto da graça que o Redentor trouxer de maneira definitiva ao mundo. A Igreja é realmente distinta de Cristo, assim como nele a divindade é, na verdade, distinta da humanidade.
Porém distinguir não significa separar. Na Igreja existe uma profunda unidade entre estes dois aspectos diversos, mas na realidade inseparáveis. Cristo e a graça do Espírito Sano não devem ser procurados fora da Igreja. O Pai, mediante o Filho encarnado, morto e ressuscitado e operante, com o seu Espírito, comunica-nos a vida divina na Igreja, ou seja, simbólica.
No fim dos tempos, não subsistirão mais quaisquer símbolos, como as estruturas oficiais da Igreja, e também os seus verdadeiros e próprios sacramentos, através dos quais o Pai em Cristo se comunicou aos homens, enquanto eles O vêem "como que num espelho, de maneira confusa" (1 Cor 13,13). Rahner declara com vigor que a humanidade de Cristo conserva a sua função simbólica também pela visão imediata de Deus. Por isso,no ensaio O significado perene da humanidade de Cristo na nossa relação com Deus, ele escreve com toda clareza: A fé dá testemunho de que a humanidade criada de Cristo é o centro indispensável e perene pelo qual toda a criatura deve passar para encontrar a coração da sua validade permanente diante de Deus. Ele é a entrada e a porta, O Alfa e o ômega, pois abarca tudo. Na humanidade de Cristo a criação encontra a sua consistência. Quem o vê, vê o Pai; quem não o vê, a ele que é o Verbo encarnado, não vê sequer a Deus.
Rahner tira a conclusão da sua visão simbólica real do ser em geral, da única via da salvação em Cristo, cujo Coração significa o centro originário da sua existência humana. Deve existir um ato de culto fundamental, que só se pode dirigir a Deus através deste centro mediador. Neste ato, Cristo não pode e não deve ser apenas um nome simples nome ou um termo que traça na nossa vida religiosa consciente a realidade de Deus, inefável e sem nome. O vocábulo Coração designa verdadeiramente um coração humano, símbolo real, autêntico e verdadeiro de toda a pessoa de Jesus, que está de fato presente nele não só em si mesmo, mas também "por nós", no seu limite humano, na evidência descritível do seu amor que o caracteriza, sem porém o separar do amor de Deus.
Este amor divino que nos surpreende, porque pode esconder na sua origem abismal a graça e a justiça, a indignação e a piedade, só se tornou evidente para nós quando se encarnou objeto e termo, ou melhor, como centro de mediação, através do qual deve passar cada um dos nossos atos que quiserem verdadeiramente alcançar a Deus. Não se pode ser cristão sem atravessar incessantemente no movimento do nosso espírito , suscitado pelo Espírito Santo, a Humanidade de Cristo e o seu centro unificador, a que chamamos Coração. Nesta visão teológica simbólica do cristianismo, que ainda não foi devidamente desenvolvida, a devoção ao Sagrado Coração encontra a sua profunda legitimação para todos os tempos.
É uma devoção que não está a lento caminho do seu termo ou da perda da sua função no seio da Igreja. A devoção ao Sagrado Coração tem uma longa história. Já a partir da reflexões dos Padres da Igreja e sobretudo dos místicos medievais sobre a ferida do Lado de Cristo, Mas no século XVII, no âmbito de uma sociedade, cuja mensagem cristã era acolhida como uma realidade óbvia e, além disso, não contestada publicamente. Numa sociedade deste gênero, homogeneamente cristã sob o ponto de vista externo, esta devoção foi uma admoestação a considerar com seriedade o cristianismo, a ser devoto de maneira pessoal e viva, partindo do centro mais intimo da existência.
O nosso tempo é caracterizado por um ateísmo não teórico mas prático. Há um indiferentismo no que diz respeito a todos os valores transcendentes: Uma civilização técnica e informatizada parece ameaçar de tornar quase impossível uma experiência originariamente religiosa. Rahner não excluía a hipótese de que a devoção ao Sagrado Coração cessasse de ser popular e se tornasse sobretudo própria de pessoas "espirituais e místicas" que nela encontrariam como que num ponto focal, a resposta do único Coração às instancias supremas do seu coração humano. Paulo VI em 1965: "O culto ao Sagrado Coração seja por todos considerado como uma forma extremamente nobre e digna daquela verdadeira piedade de que, na nossa época, de forma especial pelo Concílio Vaticano II, é pedida com insistência em relação a Jesus Cristo, Rei e Centro de todos os corações, Cabeça do corpo que é a Igreja ... o Princípio, o Primogênito entre os vivos, a fim de que Eele tenha o primado em tudo (Investigabiles divitias Christi). Em Redemptor hominis João Paulo II definiu o mistério do homem com referência ao Coração de Cristo.
Neste início do novo milênio parece já superada a incredulidade de cunho iluminista que predominou por tanto tempo. As pessoas sentem uma forte saudade de Deus, mas acabaram por perder o caminho do santuário interior, onde acolher a sua presença. Aquele santuário é precisamente o coração onde a liberdade e a inteligência se encontram com o amor do Pai que está nos céus. O Coração de Cristo é a verdadeira sede universal da comunhão com Deus Pai, é a sede do Espírito Santo. Para conhecer Jesus e viver em sintonia com o seu Coração, amando como Ele, a Deus e ao próximo.
*Pensamento de Karl Rahner: Símbolo, simbolismo- Teologia do símbolo. Osservatore Romano. 04/10/2013.
TERÇA-FEIRA 20. HOMILIA DO PAPA: Ohar o crucifixo para superar os desertos da nossa vida
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Na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta, o Papa Francisco convidou os fiéis a olharem para o crucifixo todas as vezes que sentirem cansados diante das dificuldades da vida.
Cidade do Vaticano
Olhar o Crucifixo nos momentos difíceis, quando o coração está deprimido: este é o convite que o Papa Francisco fez na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta (20/03/2018).
O Pontífice iniciou a sua reflexão a partir da Primeira Leitura (Nm 21,4-9), na qual se narra a desolação vivida pelo povo de Israel no deserto e o episódio das serpentes que mordem o povo. Tiveram fome e Deus respondeu com o maná e depois com as codornas, tiveram sede e Deus lhes deu água. Depois, com o aproximar-se da terra prometida, alguns deles manifestaram ceticismo porque os espiões enviados por Moisés tinham dito que era uma terra rica de frutas e de animais, mas habitada por um povo alto e forte, bem armado. E, portanto, expressavam as razões do perigo de ir ali.
“Olhavam para a própria força e tinham se esquecido da força do Senhor, que os havia libertado da escravidão de 400 anos”, notou o Papa.
Memória doentia
Em síntese, “o povo não suportou a viagem”, assim como as pessoas que “iniciam uma vida para seguir o Senhor”, mas a um certo ponto as provações as superam. É aquele momento da vida em que alguém diz: “Chega! Eu paro e volto para trás” e se pensa com remorso sobre o passado: “quanta carne, quantas cebolas, quantas coisas boas comiam ali”.
O Papa convidou, porém, a ver a parcialidade desta “memória doentia”, desta saudade distorcida porque aquela era a refeição da escravidão, quando eram escravos no Egito.
Essas são as ilusões que o diabo traz: mostra o lado bom de algo que você deixou, do qual você se converteu no momento da desolação do caminho, quando você ainda não chegou à promessa do Senhor. É um pouco como o caminho da Quaresma. Sim, podemos pensar assim; conceber a vida como uma Quaresma: sempre existem as provações e as consolações do Senhor, tem o maná, a água, existem os pássaros que nos dão de comer… mas aquela comida era melhor. Mas não se esqueça que comia à mesa da escravidão!
Criticar Deus é envenenar a alma
Esta experiência – destacou o Papa – acontece com todos nós quando queremos seguir o Senhor, mas nos cansamos. Mas o pior é que o povo criticou Deus e “criticar Deus é envenenar a alma”. Talvez alguém pensa que Deus não o ajude ou que tem que superar muitas provações. Sente o “coração deprimido, envenenado”. E as serpentes, que mordiam o povo como narra a Primeira Leitura, são exatamente “o símbolo do envenenamento”, da falta de constância em seguir o caminho do Senhor.
Moisés, então, intercede junto ao Senhor, o qual responde pedindo que façam uma serpente de bronze e a coloquem no alto de uma hasta. Esta serpente curava todos os que haviam sido atacados pelas serpentes por ter criticado Deus: “Esta serpente era profética: era a figura de Cristo sobre a cruz”.
Está aqui a chave da nossa salvação, a chave da nossa paciência no caminho da vida, a chave para superar os nossos desertos: olhar o crucifixo. Olhar Cristo crucificado. “E o que devo fazer, Padre?” – “Olhar. Olhar as Chagas. Entre nas Chagas”. Por aquelas Chagas fomos curados. Você se sente envenenado, triste, sente que a sua vida não tem sentido, está cheia de dificuldades e de doenças? Olhe para lá.
Olhar para o crucifixo
Nesses momentos, portanto Francisco convida a olhar “o crucifixo feio, isso é o real” porque “os artistas fizeram crucifixos bonitos, artísticos”, alguns de ouro e pedras preciosas. E isso - destaca – “nem sempre é mundanidade” porque quer significar “a glória da cruz, a glória da ressurreição”. “Mas quando você se sente desse jeito, veja isso: antes da glória”, ressalta o Papa.
Então Francisco recorda de quando era criança e ia com a sua avó na Sexta-feira Santa: fazia-se a procissão de velas na paróquia e vinha o Cristo deitado em mármore, em dimensões naturais. E quando chega o Cristo deitado, a avó nos fazia ajoelhar: “Olhe bem para ele” - dizia – “mas amanhã ele ressuscitará!”. De fato, naquela época, antes da reforma litúrgica de Pio XII, a ressurreição se celebrava na manhã de sábado, não no domingo. E então, a avó, na manhã de sábado, quando se ouviam os sinos da ressurreição, nos fazia lavar os olhos com água, para ver a glória de Cristo.
Ensinem seus filhos a olhar para o crucifixo e para a glória de Cristo. Mas nós, nos maus momentos, em momentos difíceis, envenenados um pouco por ter dito em nossos corações qualquer desilusão contra Deus, olhemos para as feridas. Cristo elevado como a serpente: porque ele se fez serpente, ele se aniquilou para vencer “a serpente do mal”. Que a Palavra de Deus hoje nos ensine este caminho: olhar para o crucifixo. Acima de tudo, no momento em que, como povo de Deus, nos cansamos da viagem da vida. Fonte: http://www.vaticannews.va
“REZO PELA MORTE FELIZ DO PAPA FRANCISCO”: A Polêmica na Polônia
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Rezo pela sabedoria para o Papa, porque o coração está aberto ao Espírito Santo, e se ele não o fizer, rezo pela sua rápida partida para a Casa do Pai. Eu sempre posso pedir a Deus uma morte feliz por ele, porque uma morte feliz é uma grande graça - disse em uma homilia pronunciada em 25 de fevereiro, Pe. prof. Edward Staniek, ao listar a opinião errada, em sua opinião, de Franciszek, ao qual o teólogo creditou abertamente aos muçulmanos e aqueles que viviam em estado de pecado mortal.
Na homilia entregue na igreja das Irmãs Felicianas. Coração imaculado da Santíssima Virgem Maria em Cracóvia, padre dr. hab. Edward Staniek chamou a atenção para a noção de autoridade. - Para Abraham, a mais alta autoridade era Deus e por que ele fez o que ele pediu. Este é o ato de fé em Deus. Existe nele o reconhecimento de Deus como autoridade suprema e contando apenas com ele - disse o sacerdote observando que, nas páginas do Evangelho, o Deus o Pai indicou como autoridade de seu Filho. Em uma visão, o Senhor mostrou aos apóstolos que a autoridade de Jesus Cristo é maior que a possuída pelas duas maiores autoridades do Antigo Testamento - o legislador de Moisés e o profeta Elijah.
- Quem é a maior autoridade para mim? Jesus? - perguntou o Pe. prof. Staniek, ao mesmo tempo, explicou que a autoridade é o respeito por alguém responsável, por uma pessoa merecedora de confiança por algum motivo, por exemplo, especialização em um determinado campo. O respeito por essa pessoa conta com sua opinião. " O fundamento da autoridade é responsabilidade do homem " , disse o pregador, observando também a atenção ao relacionamento íntimo de um homem com autoridade e verdade.
- Meu Deus é uma responsabilidade e me cria à Sua imagem e à Sua imagem. Ele é a autoridade. E eu devo ser cem por cento a autoridade responsável pela minha palavra, pensamentos e ações - disse o Pe. prof. Edward Staniek também se refere à autoridade na Igreja. O sacerdote criticou a atribuição automática de autoridade àqueles que ocupam funções da igreja, do papa pelos cardeais e bispos aos superiores das províncias religiosas e dos padres da paróquia. Tal atitude pode causar espanto, porque às vezes as pessoas em posições não têm autoridade, embora possam encomendar.
- A autoridade não é recebida, a autoridade cresce. Na Igreja, a única autoridade é Jesus. Não o Papa, nem a hierarquia, nem os superiores. Jesus. E com base em Sua autoridade, a Igreja vive. Quem está na igreja está no candelabro e imita Jesus em sua vida irradia sua autoridade. Um candelabro alto dá poder, mas não dá autoridade - lembrou o retratista, observando que as pessoas no candelabro não só não têm autoridade, mas às vezes pior.
- O papa Francisco em um alto candelabro, sob pressão dos acordos, se afasta claramente de Jesus em dois pontos: ele interpreta mal a sua misericórdia - disse o Pe. prof. Edward Staniek.
- Em nome da misericórdia, ele chama paróquias e dioceses a abrir a porta para os seguidores do islamismo. Como religião, eles são hostis ao Evangelho e à Igreja. Eles mataram milhões em guerras religiosas. E nós, poloneses, lembrando a vitória sobre seus exércitos perto de Viena, melhor do que outros entendem que não há como conversar sobre o diálogo com eles. Podemos mostrar piedade aos crentes muçulmanos que estão morrendo de fome ou sede. As portas da diocese e da paróquia podem estar abertas apenas aos crentes em Jesus Cristo - disse o padre Edward Staniek em uma homilia entregue em 25 de fevereiro de 2018.
- O segundo ponto da miséria mal-entendida é abrir a porta para a Eucaristia, a comida do santo, para as pessoas que escolhem o pecado como seu mundo. Eles podem ter acesso à Eucaristia enquanto se arrependerem e se arrependerem de seus pecados. Quem sabe o que é a santidade da Sagrada Comunhão, isto antes do Santo Pão dobrar os joelhos e bater no peito: "seja misericordioso comigo, pecadores" do que estender a mão ou a língua para consumir o Pão Sagrado. Para o profano, é uma comida mortal, porque é um sacrilégio. Admitir as pessoas profanas à santidade na Igreja é uma profanação dos sacramentos - observou o padre.
- Qual é a direção do Papa? Eu não sei. Qual é o propósito de seu discurso? Eu também não sei. Eu sei como essas declarações são usadas em mídias dedicadas à destruição de Jesus e Sua Igreja. Rezo pela sabedoria para o Papa, porque o coração está aberto ao Espírito Santo, e se ele não o fizer, rezo pela sua rápida partida para a Casa do Pai. Eu sempre posso pedir a Deus uma morte feliz para ele, porque uma morte feliz é uma grande graça - disse o teólogo e patrólogo no sermão.
- Se o Papa não ouve Jesus do Monte Tabor, ele não participa da Sua autoridade. A Igreja de Cristo não é construída no poder. É construído com autoridade. Aquele que valoriza o poder acima da autoridade é o corpo estranho na Igreja de Jesus. Ouçamos a Jesus, assim como o próprio Pai no Monte Tabor nos recomendou - encerrou a homilia do Pe. prof. Edward Staniek.
Padre prof. Staniek é uma grande autoridade teológica da Igreja na Polônia. Ele foi um reitor do seminário em Cracóvia há muito tempo, escreveu várias dúzias de livros, foi membro do Comitê de Ciências Teológicas da Academia Polaca de Ciências.
Fonte: kjb24.pl/ MWL; http://www.pch24.pl
Arcebispo polonês censura padre que desejou e rezou pela morte do Papa
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Um arcebispo polonês criticou, no último sábado, um sacerdote conservador do devoto país católico que, no mês passado, teria desejado a morte antecipada do Papa Francisco caso ele não mudasse sua perspectiva. A reportagem é publicada por Religión Digital, 18-03-2018. A tradução é de André Langer.
“Tomei conhecimento, com grande dor e tristeza, dos recentes comentários do padre Edward Staniek sobre o Papa Francisco”, disse o arcebispo de Cracóvia, Marek Jedraszewski, em um comunicado.
A imprensa local informou no sábado que Staniek fez uma homilia no mês passado, na qual teria dito: “Rezo pelo juízo do papa, para que seu coração se abra ao Espírito Santo e, caso não o fizer, rezo por sua rápida partida para a Casa do Senhor”.
“Eu sempre posso pedir a Deus para que tenha uma morte feliz, porque uma morte feliz é uma grande graça”, disse em uma igreja de Cracóvia, no sul da Polônia.
Staniek referiu-se ao que ele considerava “opiniões equivocadas do papa”, como a sua abertura aos muçulmanos, de acordo com a imprensa local.
Muitas igrejas na Polônia consideram o papa latino-americano liberal demais, e ainda seguem os ensinamentos mais conservadores de João Paulo II, o falecido papa polonês que ocupou o trono de São Pedro entre 1978 e 2005. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Padre de 81 anos é xingado ao citar Marielle durante missa em Ipanema
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Durante a homilia, Mario de França Miranda comentou trecho da Bíblia que fala do grão de trigo, que ao morrer produz frutos. Ele deu vários exemplos, como o da vereadora Marielle
Rio de Janeiro – Um padre de 81 anos foi interrompido e xingado por dois homens enquanto celebrava uma missa numa igreja de Ipanema, zona sul do Rio, na manhã de domingo, após citar o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL). Os dois foram retirados da igreja e o padre continuou a celebração. O caso não foi denunciado à Polícia Civil. Pároco responsável pela paróquia lamentou o fato de nenhum fiel ter defendido o padre.
O padre Mario de França Miranda, de 81 anos, que também é professor da PUC-Rio, estava celebrando a missa das 10h30 na Paróquia da Ressurreição, quando, durante a homilia, citou a vereadora assassinada na última quarta-feira (14), no centro do Rio.
"Fiz a homilia normal, explicando um pouco o texto, e citei Martin Luther King, dom Oscar Romero e pessoas que estão tentando melhorar a sociedade, como Jesus também tentou melhorar e foi assassinado precocemente. O Evangelho fala que o grão cai na terra e dá frutos. Então, eu falei que frutos são esses. Mostrei que quando se mata uma pessoa parece que tudo termina, mas não. No caso de Jesus, ele influenciou toda a humanidade. E frutos também são aquelas pessoas que tentam seguir esse exemplo: que têm uma vida difícil, mas com sentido, e que causam muita paz por fazer o bem", contou o padre, em entrevista ao jornal O Globo.
Quando citou Marielle, dois homens começaram a gritar e xingar o padre. "Quando houve a reação dos dois homens tinha umas 500 pessoas na igreja e eu pensei: tenho que tocar a missa. Não ia ficar preso a um tumulto que lá no fundo da igreja apareceu. Duas pessoas revoltadas. Me xingaram de tudo. Logo, eles foram retirados da igreja e eu consegui recolocar a missa em oração", afirmou. Ao final da missa, fiéis se solidarizaram com o padre e o parabenizaram pela homilia.
O padre José Roberto Devellard, responsável pela Paróquia da Ressurreição, comentou o caso em texto postado no Facebook. Ele não presenciou o episódio, mas disse que "o sacerdote não falou de partidos nem de ideologias". "No Evangelho João 12, 20-33 ao entrar no Espírito da Semana Santa, os versículos 24 e 25 falam do grão de trigo, que ao morrer produz frutos.
O sacerdote deu vários exemplos, entre tantos o da vereadora Marielle. A homilia foi interrompida por uma pessoa da assembleia, que não gostando usou palavras de baixo calão para ofender o sacerdote, profanando assim o templo", escreveu.
"O padre Mário França é um dos melhores teólogos do Brasil. Foi membro da comissão de teólogos de todo o mundo. Recebeu o prêmio Cardeal Ratzinger de teologia como bons serviços prestados à teologia. Uma preocupação assustou-me: ninguém foi capaz de levantar a voz na igreja para defender o sacerdote!"
O texto, publicado no perfil da Igreja da Ressurreição e acessível a todos, havia gerado 30 comentários até as 17h30 desta segunda-feira, a maioria defendendo o padre. O primeiro deles, no entanto, é uma crítica ao sacerdote: "A igreja não deve se meter com política, ainda mais com essa onda de divisão da sociedade implantada pelo governo.... Erro do padre, erro da Igreja", escreveu um internauta. "Deveriam todos respeitar a igreja, mas não aceito o padre falar dessa senhora, quando estamos vivendo um massacre. Deveria o padre falar em nome de todos... policiais, médico morto na Lagoa etc", escreveu outra pessoa. A respeito desse comentário, um internauta alertou: "Cuidado, há um morcego entre os passarinhos!". Fonte: https://www.em.com.br
SAINDO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
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Reflexão para a Solenidade de São José
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Leão XIII e Bento XVI recomendaram aos fiéis a especial devoção a São José, chegando este último papa a inserir no missal um prefácio próprio. O Papa Francisco ordenou que, em todas as Orações Eucarísticas da Santa Celebração, fosse pronunciado o nome de São José.
Padre Paulo de Souza OSB - Mosteiro de São Geraldo, São Paulo
Neste venerável homem de Deus, resplandece a santidade que o Pai Celeste gostaria de ver em todos os seus filhos e filhas. Depois da Virgem Maria e, obviamente, do próprio Jesus, a quem ele criou como pai adotivo, não há maior modelo de fé e de amor a Deus.
Além disso, como Esposo da Beatíssima Virgem, São José se torna espelho para todos os pais e maridos. Foi louvado desde os tempos apostólicos e, com especial deferência, pelos Padre da Igreja.
São Jerônimo louva sua extraordinária fé e virgindade. São João Crisóstomo fala com ternura de seus gozos e de suas dores. Santo Agostinho diz que ele foi verdadeiro pai de Jesus, com exceção do nascer fisicamente dele.
Já no século IV, quando Constantino passou a dedicar templos a Jesus e a Maria, Santa Helena quis uma igreja em sua honra. Nos séculos XII e XIII os beneditinos e carmelitas difundiram muito o seu louvor. São Bernardino de Sena foi seu grande propagandista. Santa Teresa de Ávila chegou a dizer: “Não me lembro de ter-me dirigido a São José, sem que tivesse obtido tudo o que pedia”.
José pertencia à tribo de Judá e à casa de Davi. Estabeleceu-se em Nazaré, numa vida simples e pobre, apesar de seu sangue real. Os Padres dizem que foi desígnio do próprio Deus. Modesto carpinteiro, seu ofício era fazer arados de madeira e utensílios rústicos de camponeses. Provavelmente tinha irmãos e irmãs que foram pais ou mães daqueles a quem o Evangelho chama de irmãos de Jesus.
Em Nazaré, José conheceu Maria, jovem de sua tribo, modesta como ele, espiritual e recolhida. O Espírito Santo uniu aqueles dois corações, e eles se amaram com o amor mais puro que pode haver entre duas criaturas de Deus.
Combinaram o matrimônio e deram entre si a Palavra de que haveriam de conservar a virgindade perpétua. José, homem bondoso, pensou unicamente na felicidade de Maria que vivia só, uma vez que seus pais idosos já haviam falecido e ela não tinha irmãos. Deus lhe inspirou que fosse o amparo daquela jovem cândida e inocente.
Dizem algumas fontes e tradições que Maria estava na faixa dos quinze anos quando se desposou, e José estava com trinta. Nos sarcófagos e monumentos dos quatro primeiros séculos, a figura de José é de um exímio e dedicado operário.
Os planos de Deus para ele eram que fosse sustentáculo da Sagrada Família e o amparo de honra da Virgem. A castidade não era fruto precisamente da idade, como alguns o imaginaram, mas da virtude e da graça de Deus.
São Mateus diz que José era um homem justo, cumpridor da Lei. Quando percebeu que sua jovem esposa estava grávida, diante dele despontaram dois caminhos: o legal, que previa a denúncia e prejudicaria a esposa; e o privado, que o levava a romper secretamente seus compromissos. Ele escolheu este último, pois de modo algum desejava expor Maria às penas de uma lei tão severa, que envolvia o apedrejamento. Grande virtude a de São José!
O anjo do Senhor veio em defesa de Maria e revelou a ele o Mistério. Sua esposa tinha concebido por obra do Espírito Santo. Era milagre! José acreditou e tomou consigo Maria como esposa e a amou com grande ternura espiritual.
A atividade posterior de São José é conhecida na viagem a Belém, na fuga para o Egito e no serviço da casinha de Nazaré, onde ele morreu. Jesus estava na idade de poder trabalhar para si e para a Mãe. Tinha terminado o papel de José como guarda de Jesus e da virgindade e da honra de Maria. Servo bom e fiel, cumpriu com muito amor e fé a sua missão. No Céu, entrou no gozo de seu Senhor, para ser Guarda e Patrono da Igreja. É, de certa forma, nosso pai também.
O Papa Clemente XI (1700-1721) compôs os hinos e declarou que esta solenidade deveria ser celebrada em toda a Igreja no dia 19 de março, e colocou todas as missões da China sob sua proteção.O Papa Pio IX declarou, em 1871, São José como padroeiro de toda a Igreja. Leão XIII e Bento XVI recomendaram aos fiéis a especial devoção a São José, chegando este último papa a inserir no missal um prefácio próprio.
Pio XII estabeleceu, em 1955, a festa de São José, operário, que ainda hoje se celebra no dia 1 de maio. João XXIII incluiu o nome de São José no Cânon Romano, que no tempo era o único da Missa. Enfim, nosso atual Papa Francisco ordenou que, em todas as Orações Eucarísticas da Santa Celebração, fosse pronunciado o nome de São José. Fonte: http://www.vaticannews.va
Padres , Bispo e Monsenhor presos, envolvidos em desvio de dinheiro em Goiás.
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Bispo e padres são presos acusados de desviar R$ 1 milhão em Goiás
Operação foi batizada de Caifás
O bispo de Formosa (GO), José Ronaldo Ribeiro, o vigário-geral e outros 4 padres foram presos na manhã desta 2ª feira (19.mar.2018) suspeitos de desvio anual de R$ 1 milhão da diocese do interior de Goiás.
Segundo a investigação do MP-GO (Ministério Público de Goiás), o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos.
A ação, batizada de Caifás, também revelou que os criminosos usaram uma parte do dinheiro para comprar uma fazenda de gado e uma casa lotérica na cidade de Posse, também no interior de Goiás. As propriedades foram colocadas em nomes de laranjas.
Ao todo, estão sendo cumpridos 13 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão em 3 municípios de forma simultânea, sendo 9 de prisão e 5 de busca e apreensão em Formosa; 3 de prisão e 4 de busca e apreensão em Posse; e 1 de prisão e 1 de busca e apreensão em Planaltina, todos contra lideranças religiosas ou administrativas ligadas à Igreja Católica.
As investigações se iniciaram após o MP ter recebido denúncias fiéis dando conta que os desvios haviam sido iniciados em 2015. Acionado, o órgão apurou as denúncias que culminaram com a operação. Fonte: https://www.poder360.com.br
5º DOMINGO DA QUARESMA: Se o grão de trigo não morrer...
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Entre os que tinham ido à festa para adorar a Deus, havia alguns gregos. Eles se aproximaram de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: «Senhor, queremos ver Jesus». Filipe falou com André; e os dois foram falar com Jesus.
Jesus respondeu para eles, dizendo: «Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. Eu garanto a vocês: se o grão de trigo não cai na terra e não morre, fica sozinho. Mas se morre, produz muito fruto. Quem tem apego à sua vida, vai perdê-la; quem despreza a sua vida neste mundo, vai conservá-la para a vida eterna. Se alguém quer servir a mim, que me siga. E onde eu estiver, aí também estará o meu servo. Se alguém serve a mim, o Pai o honrará. Agora estou muito perturbado. E o que vou dizer? Pai, livra-me desta hora? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. Pai, manifesta a glória do teu nome!»
Então veio uma voz do céu: «Eu manifestei a glória do meu nome e vou manifestá-la de novo.» A multidão que aí estava ouviu a voz, e dizia que tinha sido um trovão. Outros diziam: «Foi um anjo que falou com ele.» Jesus disse: «Essa voz não falou por causa de mim, mas por causa de vocês. Agora é o julgamento deste mundo. Agora o príncipe deste mundo vai ser expulso e, quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim.» Jesus assim falava para indicar com que morte ia morrer.
Leitura do Evangelho segundo São João 12,20-33 (Correspondente ao Quinto domingo de Quaresma, do ano litúrgico do ciclo B). O comentário é de Ana Maria Casarotti, Missionária de Cristo Ressuscitado.
Se o grão de trigo não morrer...
Os judeus se dirigem a Jerusalém para adorar na Festa. Jesus dirige-se também ali com seus seguidores e havia alguns gregos. Os gregos podiam ser estrangeiros simpatizantes do judaísmo.
O evangelho sinala que “queriam ver Jesus”. Tinham “vontade de ver Jesus”. Como disse José Antonio Pagola “É um desejo profundo de conhecer o mistério que se encerra naquele Homem de Deus. Também a eles lhes pode fazer bem”. (Disponível em: Só começamos a entender algo da fé quando nos sentimos amados por Deus).
Num primeiro momento se aproximaram de Filipe que fala com André e os dois foram falar com Jesus.
As pessoas que estavam junto a Jesus eram reconhecidas pela sua proximidade e confiança com o Mestre. Por isso, para quem busca conhecer Jesus, são testemunhas e intermediários desse caminhar junto ao Senhor.
Neste pequeno trecho apreciamos a importância da presença dos gregos na Festa e seu desejo de conhecer Jesus. Chama a atenção que alguns gregos procurem Jesus e não intentem ir ao Templo, mas para eles era mais importante conhecer Jesus!
A resposta de Jesus não deve ter sido fácil de entender para Filipe e André. A que hora refere-se? Jesus nas Bodas de Caná tinha dito a sua mãe que estava ali: “Minha hora ainda não chegou” (2,4) e agora disse que “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado).
Esta hora é relacionada imediatamente com a morte para produzir fruto abundante. Ele sabe que deve morrer para gerar vida. Por isso disse que o “grão do trigo deve morrer para não ficar sozinho, porque se ele morre produz muito fruto”. É a hora da exaltação de Jesus, de sua morte e ressurreição, duas realidades inseparáveis de um único acontecimento: a Páscoa de Jesus.
Jesus falava para pessoas acostumadas a semear. Possivelmente ficavam preocupadas com as sementes que tinham espalhado para que “morram” na terra e a vida que está nascendo nelas possa se libertar. Assim cresce uma vida nova, “dá fruto abundante”.
Como disse o teólogo Carlo Molari: “Esse processo nunca é apenas individual, mas pressupõe e envolve ambientes vitais. O primeiro problema, por isso, é comunitário: que ambiente vital a comunidade é capaz de criar, de modo a fazer florescer e amadurecer os gérmens de ressurreição?” (Disponível em “A metáfora da semente. Gérmens de ressurreição na Igreja”)
Quando os gregos perguntam por Jesus, ele reconhece que chegou sua hora e convida aos que desejam segui-lo a realizá-lo até o fim. Ser seus discípulos e suas discípulas não é estar ao seu lado como uma ajuda ou companhia. Jesus esclarece: “Se alguém quer servir a mim, que me siga. E onde eu estiver, aí também estará o meu servo”.
Jesus nos apresenta a sua opção de vida, doá-la até o extremo, morrer para oferecer à humanidade o nascimento de um novo caminho de liberdade, de comunhão fraterna com Deus.
Como dizia José Marti: ‘morrer é fechar os olhos para ver melhor’, ver Deus e as realidades bem-aventuradas que desde sempre nos preparou”.
E o teólogo Leonardo Boff disse: “Não considero a morte como o fim da vida. Morrer é um acabar de nascer. A vida vai para além da morte. ("Morrer é penetrar no coração do universo onde todas as teias de relação encontram o seu nó de origem e de sustentação". Entrevista especial com Leonardo Boff)
O/a seguidor/a de Jesus é aquele/a que por amor a ele está disposto/a não transigir com as estruturas que geram morte no ser humano, que ocasionam injustiças, discriminação, desigualdade, racismo acrescentando a ilegalidade e pobreza. Estruturas que só contribuem à morte das pessoas através dos vínculos estabelecidos.
Jesus nos convida a entregar a vida como ele por amor. Deus é Pai de todos os seres humanos e a vida entregue de Jesus é a manifestação mais plena desse amor sem limites. Deus ama a vida em todas suas situações, sem distinção de pessoa nem cultura, nem religião! Por isso foi muitas vezes abandonado pelos seus amigos e amigas, incompreendido, ficou sozinho, mas foi honrado pelo Pai. E assim convida-nos a cada um/a de nós a viver como ele porque “Se alguém serve a mim, o Pai o honrará.
Estamos dispostos a morrer pela causa de nosso Irmão maior, portanto, pela causa de nossos irmãos e irmãs, para assim nossos povos terem vida, e vida em abundância. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Papa Francisco: ser sacerdotes Pais e não funcionários do sagrado
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Francisco respondeu que “o sacerdote deve ser sempre um homem em caminho, um homem que escuta e nunca está sozinho: deve ter a humildade de ser acompanhado”.
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco encontrou-se, na manhã desta sexta-feira (16/03/ 2018), na Sala Paulo VI, no Vaticano, com os seminaristas e sacerdotes que estudam nos Pontifícios Colégios Eclesiásticos em Roma.
Um encontro inesquecível ao qual eles se prepararam por muito tempo com cantos, orações e leituras. Após o acolhimento festivo do Papa Francisco, o prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Beniamino Stella, iniciou o diálogo com o Pontífice que respondeu cinco perguntas centradas na formação e na espiritualidade sacerdotal. Muitas indicações propostas pelo Papa, mas também brincadeiras e risadas.
Sacerdotes em caminho e que saibam ouvir
A primeira pergunta foi lida por um seminarista francês, representante dos europeus. Ele perguntou ao Papa como manter unido o ministério de presbítero com a humildade de sentir-se discípulos e missionários. Francisco respondeu que “o sacerdote deve ser sempre um homem em caminho, um homem que escuta e nunca está sozinho: deve ter a humildade de ser acompanhado”.
Discernimento é fundamental
É muito importante ter discernimento para entender como seguir adiante, discernir entre que é bom e o que não é. E isto Francisco explicou respondendo à segunda pergunta lida por um seminarista africano proveniente do Sudão. São duas as condições para um discernimento verdadeiro: que seja feito na oração, diante de Deus, e que seja feito confrontando-se com o outro, um guia capaz de ouvir e dar orientações. “Quando não há discernimento na vida sacerdotal, há rigidez e casuística. Existe a incapacidade de ir adiante. Tudo se torna fechado e o Espírito Santo não trabalha.”
O Papa disse aos sacerdotes para terem o Espírito Santo como companheiro de caminhada. Disse que muitas vezes temos medo do Espírito Santo e queremos engaiolá-lo. Não basta ser bons e viver como se o Espírito Santo não existisse.
Formação humana do presbítero
Um sacerdote mexicano, em nome de todos os demais da América Latina, perguntou ao Papa como é possível manter o equilíbrio integral do sacerdote ao longo de seu percurso de vida. O Papa respondeu sublinhando a importância da formação humana do presbítero. “É preciso ser pessoas normais, humanas, capazes de se alegrar com os outros, de sorrir, ouvir em silêncio um enfermo e consolar fazendo um carinho. É preciso ser pais, ser fecundos e dar vida aos outros. Sacerdotes pais e não funcionários do sagrado ou empregados de Deus.”
A espiritualidade do sacerdote diocesano
Dos Estados Unidos, um diácono pergunta-lhe quais são os traços da espiritualidade do sacerdote diocesano, que, portanto, não se refere aos ensinamentos de um fundador ou de um outro. O Papa responde com uma palavra: “diocesanidade”. E isso significa que o sacerdote deve cuidar do relacionamento com seu bispo, mesmo que seja um tipo difícil, com os seus irmãos sacerdotes e com as pessoas da sua paróquia que são seus filhos. Se vocês trabalharem nestas três frentes - disse Francisco - vocês se tornarão santos.
Cuidar da formação humana
A última pergunta feita ao Papa, foi de um sacerdote das Filipinas, sobre a formação permanente. O Papa recomenda cuidar da própria formação: humana, pastoral, espiritual, comunitária. E diz que a formação permanente nasce da consciência da própria fraqueza. É importante conhecer os próprios limites. Então, imersos na cultura contemporânea, perguntar-se sobre como se vive a comunicação virtual, como se usa o próprio celular, preparara-se para enfrentar as tentações sobre a castidade – que virão, disse o Papa - e depois cuidar-se do orgulho, da atração pelo dinheiro, pelo poder e pelo conforto.
Bianca Fraccalvieri esteve na Praça São Pedro e conversou com alguns sacerdotes que participaram do encontro com o Papa Francisco esta manhã. Fonte: http://www.vaticannews.va
'Sósia' de Lula em folheto de missa provoca reação nas redes sociais
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Segundo a editora Paulus, responsável pelo material, o desenho foi feito há mais de dois anos pelo ilustrador italiano Stefano Pachi.
À imagem e semelhança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou simples coincidência? Uma ilustração do folheto da missa de domingo, que chamou a atenção de fiéis nas igrejas do país pela semelhança de um dos personagens bíblicos com o petista, está rendendo polêmica nas redes sociais. Mas segundo a Editora Paulus, responsável pela produção do Semanário Litúrgico-Catequético, trata-se de um desenho feito há mais de dois anos por um artista italiano. A ilustração é de Stefano Pachi.
Muitos fiéis que participaram da missa no último domingo se surpreenderam ao receber, na entrada da igreja, o folheto para acompanhar a celebração. É que no alto da primeira página da publicação, há uma ilustração mostrando o encontro de Jesus e Nicodemos, que, prestando bem a atenção, é muito parecido com o ex-presidente petista.
A “teoria da conspiração” tomou conta da internet e muitos começaram a divulgar o folheto, dizendo se tratar da imagem de Lula. “Hoje fui à missa e me deparei com essa foto de JC (Jesus Cristo) batendo um papo com o Lula”, disse um internauta no Twitter. “O que significa o rosto de Lula em um folheto de missa”, perguntou outro. Os mais revoltados com a suposta provocação divulgaram uma montagem do planfleto com o Facebook do redator do livreto, dizendo que ele seria defensor do petista nas redes sociais.
Ataques virtuais
O redator da peça, Padre Nilo Luza, se tornou alvo de ataques no Facebook. Houve até quem falasse na excomunhão dele e o chamasse de herege. “Que vergonha ver um (padre) apoiando esse ladrão. Você vai pagar caro por apoiar um partido comunista, vai responder no tribunal Divino!”, disse uma usuária. Ele foi questionado sobre qual seria sua intenção ao “divulgar o comunismo na igreja de Jesus”. Outro crítico reclamou que havia posts de notícias políticas no perfil do religioso. “Triste o comportamento de certos padres e bispos da igreja católica no Brasil, eles sabem muito bem que o comunismo foi condenado pelos dez últimos papas.” Padre Nilo também recebeu apoio de alguns. "Esquenta não. Esse povo ta maluco mesmo", disse um internauta.
Nas igrejas da capital e Grande BH, houve comentários, que se estenderam para as redes sociais. “Será que o Lula está querendo pagar seus pecados?”, comentou um católico com bom humor. Já outro começou a imitar a voz característica do ex-mandatário e comentou, com respeito, que a semelhança era grande demais. “O olhar, principalmente. A barba nem falo...” Já o desenho de Jesus não lembra nenhum político, principalmente nenhum candidato à presidência da República.
Lula ou Nicodemos?
Durante a Liturgia da Palavra, foi feita a leitura: “Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 'Do mesmo modo como Moisés mandou levantou a serpente do deserto, assim é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna (…) Mas quem age conforme a verdade, aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus”.
Numa pesquisa na Wikipédia, vem a explicação sobre o personagem bíblico. Nicodemos foi um fariseu, membro do Sinédrio, mestre da Lei, que, segundo o Evangelho de João, mostrou-se favorável a Jesus. A igreja católica venera-o como São Nicodemos. A Ordem Franciscana ergueu uma igreja que tem o seu nome e o nome de São José de Arimatéia em Ramla, Israel.
Desenho de artista italiano
Em nota, a Editora Paulus, que também chegou a ser alvo de críticas, informou que segue a linha editorial da Itália, inclusive com a mesma publicação. "Como informado na seção de créditos do folheto O DOMINGO, nº 12, de 11/3/2018, a imagem que retrata um diálogo entre Jesus e Nicodemos é uma ilustração do artista italiano Stefano Pachì, produzida há mais de dois anos, e não faz qualquer alusão à figura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva". Fonte: https://www.em.com.br
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