Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos dá continuidade à revisão da tradução do missal romano
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Dando continuidade ao trabalho de acompanhamento e revisão da tradução do missal romano, a Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos (Cetel) realiza a primeira reunião do ano na sede provisória da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF). Participam da iniciativa o presidente da Comissão, dom Armando Bucciol; dom Aloísio Dilli; dom Geraldo Lyrio Rocha; dom Manoel João Francisco; dom Alberto Taveira Corrêa; o novo assessor da Comissão para a Liturgia, padre Leonardo José de Souza Pinheiro e o padre José Weber.
Dom Armando Bucciol explica que o empenho da Comissão em revisar a tradução do missal já dura cerca de 15 anos. “É um trabalho minucioso, delicado, exigente, difícil e pede muita paciência, muita calma, discussão entre nós para encontrarmos as palavras que na fidelidade ao texto original alcancem uma expressividade, uma compreensão digna da linguagem litúrgica”, pontua.
“O trabalho pede que examinemos o texto para que possamos encontrar aquela expressão que mais diga o conteúdo da oração e o diga de uma forma bela e expressiva para quem participa da oração litúrgica”, argumenta dom Armando.
A revisão da tradução do missal atende a uma ordem vinda da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos através da quinta instrução Liturgiam Authenticam, de 2001, que serve de comentário sobre as traduções em língua vernácula dos textos da liturgia romana. O trabalho tem sido realizado pelas Conferências Episcopais de todo o mundo. No Brasil, a CNBB designa a Cetel para este fim.
Segundo dom Manoel João Francisco, membro da Comissão, o trabalho desenvolvido por eles garante que a liturgia do Brasil tenha uma linguagem poética e agradável aos ouvidos. “A liturgia tem que ter um português agradável, que soe bem ao ouvido e que não tenha expressões ambíguas”, afirma. Para ele, é a Comissão que traz clareza e compreensão à liturgia.
Agenda – Até a próxima quinta-feira, 01º de março, os membros da Cetel estarão reunidos e concentrados em terminar boa parte da revisão da tradução do missal. Por ora, os prelados estão procedendo a revisão das orações para as circunstâncias públicas, aquelas que dizem respeito ao início do ano civil, a semeadura ou ao trabalho humano, por exemplo. A ideia é levar o que já se tem produzido para a apreciação e revisão do episcopado brasileiro na 56ª Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada em abril, em São Paulo. Após esse processo, o texto ainda é encaminhado para Roma, onde sofre as últimas alterações.
“Vamos enviar agora para a Assembleia uma parte, porque depois da Comissão é a Assembleia Geral que vai apreciar e aprovar. Depois o texto passará pela aprovação em Roma, é um tipo de reconhecimento que será feito”, explica dom Armando. A ideia é que até o final de 2018, após a realização ainda de três reuniões, a Comissão finalize o trabalho para que a nova edição do missal, a terceira, seja publicada em 2020. Fonte: http://cnbb.net.br
TERÇA-FEIRA 27. HOMILIA DO PAPA: nada de ameaças no confessionário, mas o perdão do Pai
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O Senhor não se cansa de chamar cada um a mudar de vida, a dar um passo em direção a Ele, a converter-nos, e faz isto com a doçura e a confiança de um pai.
Cidade do Vaticano (27/02/2018)
Quaresma é um tempo que ajuda à conversão, à reaproximação a Deus, à mudança de nossa vida e esta é uma graça a ser pedida ao Senhor. Este foi o tema da homilia do Papa Francisco na Missa celebrada na manhã desta terça-feira na capela da Casa Santa Marta.
Jesus Chama com doçura e confiança de pai
Inspirando-se no primeiro livro do Profeta Isaías – um verdadeiro “chamado à conversão” – o Papa Francisco mostra qual é a atitude “especial” de Jesus diante de nossos pecados: “não ameaça, mas chama com doçura, dando confiança”.
“Venha, conversemos” são as palavras do Senhor aos chefes de Sodoma e ao povo de Gomorra, a quem – explica o Papa – já indicou “o mal” a ser evitado e o “bem” a ser seguido. Assim faz conosco:
“O Senhor diz: “Venha, Venha e debatamos. Falemos um pouco”. Não nos assusta. É como o pai do filho adolescente que fez uma bobagem e deve repreendê-lo. E sabe que se vai com o bastão a coisa não acabará bem, deve então agir com confiança. O Senhor, nesta passagem, nos chama assim: “Venha. Tomemos um café juntos. Debatamos, discutamos. Não tenha medo, não quero agredi-lo”. E como sabe que o filho pensa: “Mas eu fiz coisas...” – Imediatamente: “Ainda que os seus pecados fossem como escarlate, tornar-se-ão brancos como a neve. Se fossem vermelhos como púrpura, tornar-se-ão como lã”.
Também na confissão nada de ameaças
Como o pai em relação ao filho adolescente, Jesus então, com “um gesto de confiança, aproxima ao perdão e muda o coração”.
Assim fez – recorda Francisco – chamando Zaqueu ou Mateus, e assim faz em nossa vida, nos faz ver “como dar um passo em frente no caminho da conversão”:
“Agradeçamos ao Senhor pela sua bondade. Ele não quer nos agredir e nos condenar. Deu a sua vida por nós e esta é a sua bondade. E sempre busca o modo de chegar ao coração. E quando nós sacerdotes, no lugar do Senhor, devemos ouvir as confissões, também nós devemos ter esta atitude de bondade, como diz o Senhor: “Venham, debatamos, não há problema, o perdão existe”, e não a ameaça, desde o início”.
Ir ao Senhor de coração aberto: é o pai que espera
O Papa conta a este propósito a experiência de um cardeal confessor, que justamente diante do pecado que intui ser “grande”, não se detém muito e segue em frente, continua o diálogo: “E isto abre o coração” – sublinhou o Papa – “e a outra pessoa se sente em paz”.
Assim faz o Senhor conosco. Diz: “venham, debatamos, falemos. Pegue o recibo do perdão, perdão existe”:
“Ajuda-me ver esta atitude do Senhor: o pai com o filho que se acha grande, que se acha crescido e ainda está no meio do caminho. E o Senhor sabe que todos nós estamos na metade do caminho e tantas vezes temos necessidade disto, de ouvir esta palavra: “Mas venha, não se assustes, vem. O perdão existe”. E isto nos encoraja. Ir ao Senhor com o coração aberto: é o pai que nos espera”. Fonte: http://www.vaticannews.va
Presidente da CNBB lamenta agressividade crescente “compartilhada e alimentada por muitos católicos nas redes sociais”
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“Escutar a voz de Jesus implica em viver no amor fraterno”. Este é o ponto de partida da reflexão apresentada pelo arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, no folheto O Povo de Deus do último domingo, 25. No texto, dom Sergio lamenta que muitos católicos têm compartilhado e alimentado agressividade nas redes sociais e exorta: “É pecado grave usar o nome de Deus ou qualquer religião para praticar ou justificar a violência”.
Comentando o Evangelho do dia, sobre a Transfiguração do Senhor, dom Sergio destaca o convite do Pai para escutar a voz de Jesus e indica a Quaresma como “tempo especial de conversão em preparação para a Páscoa”, e que deve ser vivido através da caridade, como ensina a Igreja.
A Campanha da Fraternidade (CF) está entre os principais meios de vivência do amor ao próximo na Quaresma, segundo o presidente da CNBB: “Ela é um meio especial para a conversão e a verdadeira caridade”. Para dom Sergio, o lema “Vós sois todos irmãos” pretende contribuir para superar a violência e promover a paz.
O cardeal ressalta que muitas iniciativas podem ser desenvolvidas para alcançar os objetivos da CF deste ano e que cada um pode dar a sua contribuição “para superar a violência e construir a fraternidade e paz nos ambientes em que vive”. Mas lamenta a agressividade crescente “compartilhada e alimentada por muitos católicos nas redes sociais”.
“Diga não à violência nas redes sociais! Não compartilhe conteúdos ofensivos e desrespeitosos. Não participe de grupos de WhatsApp ou de outras redes sociais que disseminam fofocas, fazem linchamento moral e críticas destrutivas, atingindo até mesmo a Igreja”, conclama.
Para o cardeal, é lamentável que haja pessoas ou grupos que se dizem cristãos ou católicos recorrendo à violência para fazer valer a sua opinião e interesses: “É pecado grave usar o nome de Deus ou qualquer religião para praticar ou justificar a violência”, exorta.
“Quem escuta a voz de Jesus Cristo não alimenta, nem reproduz a violência disseminada na sociedade. Ao contrário, contribui para a paz, através do respeito e do diálogo, da misericórdia e do perdão. Quem escuta a voz de Jesus testemunha a sua palavra “Vós sois todos irmãos”, jamais tratando o outro que pensa diferente como um inimigo a ser combatido, mas como um irmão a ser amando, se necessário com a correção fraterna e o perdão. A paz é dom de Deus a ser compartilhado nesta Quaresma”, finaliza. Fonte: http://cnbb.net.br
SEGUNDA- FEIRA 26: A HOMILIA DO PAPA: pedir a graça da vergonha e jamais julgar os outros
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O Papa começou a semana celebrando a missa na Casa Santa Marta. Na homilia, comentou o Evangelho de Lucas.
Cidade do Vaticano
Não julgueis e não sereis julgados. Na homilia da Missa celebrada na segunda-feira (26/02/2018) na Casa Santa Marta, o Papa Francisco repete com força este convite de Jesus no Evangelho do dia (Lc 6,36-38).
Ninguém, de fato, poderá fugir do juízo universal: todos seremos julgados. Nesta ótica, a Igreja faz refletir justamente sobre a atitude que temos com o próximo e com Deus.
Em relação ao próximo, nos convida a não julgar, mas a perdoar. “Cada um de nós pode pensar: ‘Mas nunca julgo, eu não faço o juiz”, notou Francisco que convidou, ao invés, a examinar as nossas atitudes: “quantas vezes o argumento das nossas conversas é julgar os outros!”, dizendo “isto não está correto”. “Mas quem o nomeou juiz”, advertiu o Papa: “julgar os outros é algo feio – afirmou – porque o único juiz é o Senhor” que conhece a tendência do homem a julgar os outros:
Nas reuniões que nós temos, um almoço, o que quer que seja, pensemos em duas horas de duração: dessas duas horas, quanto minutos foram usados para julgar os outros? Este é o ‘não’. E qual é o ‘sim’? Sejam misericordiosos. Sejam misericordiosos como o Pai é misericordioso. E mais: sejam generosos. Dai e vos será dado. O que me será dado? Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante. A abundância da generosidade do Senhor, quando nós seremos plenos da abundância da nossa misericórdia em não julgar.
O convite, portanto, é ser misericordiosos com os outros porque do mesmo modo o Senhor será misericordioso conosco. A segunda parte da mensagem da Igreja, hoje, é o convite a ter uma atitude de humildade com Deus, reconhecendo-se pecadores.
E nós sabemos que a justiça de Deus é misericordia. Mas è preciso dizê-lo: “A Ti convém a justiça; a nós, a vergonha”. E quando se encontra a justiça de Deus com a nossa vergonha, ali está o perdão. Eu creio que pequei contra o Senhor? Eu acredito que o Senhor é justo? Eu acredito que é misericordioso? Eu me vergonho diante de Deus, de ser pecador? Tão simples: a Ti a justiça, a mim a vergonha. E pedir a graça da vergonha.
Por fim, o Papa recordou que na sua língua materna, das pessoas que fazem mal aos outros se diz “sem vergonha”, e reiterou o convite a pedir a graça “de que jamais nos falte a vergonha diante de Deus”.
É uma grande graça, a vergonha. Assim recordamos: a atitude em relação ao próximo, recordar que com a medida com a qual julgo serei julgado. E se digo algo sobre o outro, que seja generosamente, com muita misericórdia. A atitude diante de Deus, este diálogo essencial: “A Ti a justiça, a mim a vergonha”. Fonte: http://www.vaticannews.va
Igrejas cristãs fecham Santo Sepulcro em protesto contra impostos
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O Santo Sepulcro de Jerusalém, o local onde, segundo a tradição, Jesus Cristo foi sepultado, fechou neste domingo (25) por tempo indeterminado por ordem das principais igrejas cristãs. A iniciativa é um protesto contra a decisão israelense de fazê-las pagar o imposto sobre bens imóveis, do qual estão isentas há décadas. As informações são da Agência EFE.
Em uma conferência em frente ao santuário, o local mais sagrado do cristianismo, Theophilos III, o patriarca de Jerusalém, Francesco Patton, custódio de Terra Santa, e Nourhan Manougian, patriarca Armênio da cidade, leram nesta manhã um escrito de protesto e anunciaram o fechamento do templo.
Segundo eles, há uma campanha contra os cristãos que "chegou recentemente a um nível sem precedentes, com as escandalosas ordens da prefeitura de Jerusalém de sequestrar bens das igrejas, propriedades e contas bancárias, de modo a fazer frente a impostos municipais punitivos".
"Nós, os líderes das Igrejas responsáveis pelo São Sepulcro e o Status Quo dos diferentes lugares sagrados cristãos em Jerusalém – o Patriarcado greco-ortodoxo, a Custódia da Terra Santa e o Patriarcado Armênio – acompanhamos com grande preocupação a campanha sistemática contra as igrejas e as comunidades cristãs na Terra Santa".
As últimas decisões da Câmara Municipal "rompem os acordos existentes e as obrigações internacionais que garantem os direitos e privilégios das igrejas, no que parece uma tentativa de debilitar a presença cristã em Jerusalém".
As principais vítimas dessas decisões, advertem, serão "as famílias pobres, que ficarão sem comida e casa, e as crianças, que não poderão ir ao colégio".
Impostos
Wadi al Hosseini, guardião das chaves do Santo Sepulcro e quem o abre e fecha todos os dias, informou que a prefeitura "está pedindo às igrejas que paguem muito dinheiro em impostos. Isso nunca aconteceu no período Otomano, no Mandato Britânico ou no jordaniano", acrescentou al Hosseini.
Trata-se do imposto municipal de bens imóveis sobre "centros religiosos, escolas e asilos de peregrinos", explicou.
"Os gregos, católicos e armênios me pediram que fechasse a igreja. Portanto, pedi a todo mundo que saísse e fechei. Espero que o problema se resolva. Se não, serão dados novos passos e o papa pedirá aos peregrinos que não viajem à Terra Santa até que haja solução", advertiu.
Hosseini lembrou que "a igreja nunca tinha sido fechada antes por motivos políticos" e disse acreditar que o problema será resolvido "em breve", para que o templo possa voltar a abrir. Fonte: www.metrojornal.com.br
Bispos do regional Leste 1 (Rio de Janeiro) assinam mensagem sobre a superação da violência
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Diante do clima de violência generalizada que assola o Rio de Janeiro (RJ), os bispos do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na capital fluminense, assinam mensagem conjunta por ocasião da Campanha da Fraternidade 2018, cujo tema: “Fraternidade e Superação da Violência” e o lema: “Vós sois todos irmãos!” (Mt 23,8).
No documento, os bispos salientam a preocupação com a violência que, particularmente, atinge os mais pobres e desprotegidos e conclamam todos os fiéis cristãos, o clero, religiosos(as) e todos os homens e mulheres de boa vontade a iniciarem uma nova e urgente travessia de conversão a partir da temática da CF 2018.
Segue abaixo a íntegra do documento.
EM NOME DE CRISTO, ANUNCIAMOS: VÓS SOIS TODOS IRMÃOS!
Nós, Bispos da Igreja Católica do Estado do Rio de Janeiro, sensíveis a tantas vidas ceifadas no Brasil e no nosso Estado, preocupados pelo clima de violência generalizada que assola a nossa sociedade por atingir particularmente os mais pobres e desprotegidos, reunidos com nossos fiéis na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro junto com representantes de outras Igrejas cristãs, de outros caminhos de fé e entidades da sociedade civil organizada, apresentamos hoje a Campanha da Fraternidade 2018.
Conclamamos todos os fiéis cristãos, o clero, religiosos(as) e todos os homens e mulheres de boa vontade a iniciarmos uma nova e urgente travessia de conversão, abordando o tema: FRATERNIDADE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA. Para inspirar-nos, ressoa em nossos ouvidos e corações a palavra de Jesus: “Vós sois todos irmãos!”(Mt 23,8).
Tal irmandade encontra fundamento já nas primeiras páginas da Sagrada Escritura. O autor sagrado descreve a superação do caos inicial por uma fraternidade envolvente, universal e cósmica. Experimentava-se harmonia e ternura fraterna, amizade e comunhão: tudo era muito bom (cf. Gn 1,31)! Era o sonho de uma vida plena e feliz realizando-se em cada uma das criaturas. Contudo, rupturas e violências modificaram todo esse cená
A pretensão de ser como Deus e o sangue inocente de Abel derramado por Caim marcaram o início de um ciclo de maldades que chegou até o presente momento da humanidade. Pois, repetidas vezes constatamos, presenciamos e experimentamos atos de violência e de morte. Como outrora no paraíso violado pelo ódio e o desamor, hoje também do chão do nosso Estado do Rio de Janeiro, eleva-se ao céu um clamor pela superação da violência e o cuidado pela vida. E o Pai nos interpela: “Onde está o teu irmão?” (Gn 4,9)
Bem sabemos que as variadas faces da violência resultam de múltiplos fatores, em cuja raiz está o pecado, gerador de todos os males, dentre os quais encontram-se a injustiça social e o desrespeito à vida, que, neste momento da história brasileira, manifestam-se acentuados e palpáveis. Por isso, proclamamos que a paz é fruto da justiça (cf. Is 32,17)! Reiteramos que o fim da violência passa pelo exercício da cidadania na organização da sociedade e pelo compromisso de honestidade de cada cidadão. Passa também pelo cultivo de uma nova maneira de olhar o mundo, promovendo uma cultura de paz que ajude a superar extremismos, evitar polarizações e ressignificar sentimentos e comportamentos.
A cada ano, durante o tempo da Quaresma, a Igreja Católica propõe aos seus fiéis, e a todos quantos queiram aderir, a Campanha da Fraternidade, chamando a uma conversão que reoriente nossa existência em âmbito pessoal, comunitário e social. É o tempo de preparação à Páscoa do Senhor, que deu livremente a sua vida para nos libertar da morte. Ele é a nossa Paz (Ef. 2,14) e proclama bem-aventurados os que promovem a paz (cf. Mt 5,14).
Assim, nós, Bispos do Regional Leste1 da CNBB, com voz forte e amor pastoral, e para que a superação da violência se faça verdade no meio de nós, em nome de Cristo, anunciamos: “Vós sois todos irmãos!”
E ao nosso Pai comum roguemos pelo fim da injustiça que gera violência e pela construção de um mundo de paz:
Pela vida das crianças e adolescentes: clamamos, Senhor!
Pela juventude seduzida pelo nefasto tráfico de drogas: clamamos, Senhor!
Pelos pais e mães que choram a morte violenta de seus filhos e filhas: clamamos, Senhor!
Pelas mulheres violentadas e pelo fim do feminicídio: clamamos, Senhor!
Pelas vítimas de qualquer tipo de discriminação que existe na sociedade: clamamos, Senhor!
Pelos profissionais da segurança assassinados: clamamos, Senhor!
Pelos trabalhadores explorados na cidade e no campo: clamamos, Senhor!
Pela dignidade e a salvaguarda dos direitos dos indígenas e quilombolas: clamamos, Senhor!
Pela superação da intolerância religiosa praticada contra todos os credos: clamamos, Senhor!
Pela inclusão social de todas as pessoas exploradas e marginalizadas: clamamos, Senhor!
Pela superação de todas as formas de violência e corrupção: clamamos, Senhor!
Por uma cultura do encontro, do diálogo, da fraternidade e da paz: clamamos, Senhor! Fonte: http://cnbb.net.br
DIRETO DE JOÃO PESSOA-PB: Evento católico vai levar ações da igreja às pessoas nas ruas durante Quaresma
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A Quaresma, para os católicos, é tempo de reflexão e a igreja realiza eventos para adoração, confissão e celebração.
Um desses eventos será o 24 Horas Para Jesus, que acontece nos dias 2 e 3 de março.
Segundo o arcebispo metropolitano da Paraíba, Dom Delson, o evento visa buscar as pessoas nas praças para que as mesmas tenham uma comunhão nesta época.
– Na Quaresma nos preparamos para a Páscoa do Senhor com dias de jejuns, orações, penitências, reflexão. Estamos preparando uma grande festa da vida nova, da ressurreição. Vinte e quatro horas de programação para que as pessoas que estão nas ruas, e que as vezes não tem tempo de ir à igreja por conta do corre-corre diário, possam ter uma oportunidade de uma conversa, direção espiritual, sacramento da confissão, momento de adoração ao santíssimo. A igreja vai sair ao encontro das pessoas na praça da cidade – disse.
Fonte: https://paraibaonline.com.br
Cantor gospel é preso durante evento religioso em igreja de Campinas/SP
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Foi cumprido um mandado de prisão por tráfico de drogas contra Alex Eduardo Felix, que se apresentaria no local, de acordo com denúncia à PM.
Um cantor gospel foi preso durante um evento religioso em uma igreja, no bairro Vila Pompéia, em Campinas, na noite deste sábado (25). De acordo com o 47º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI), foi cumprido um mandado de prisão por tráfico de drogas contra Alex Eduardo Felix, de apelido Coruja, com pena prevista de cinco ano em regime fechado.
A prisão ocorreu na Igreja Pentecostal Missionária Livre, às 18h10. De acordo com a denúncia recebida pela corporação, Coruja se apresentaria no evento e era procurado pela Justiça. No local, os policiais constataram o mandado em aberto e que Felix tinha antecedentes por tráfico e roubo.
Ele foi conduzido à 2ª Delegacia Seccional da cidade e ficou preso, à disposição da Justiça, ainda conforme a Polícia Militar. O G1 não conseguiu contato com advogado ou familiar do suspeito até a publicação desta notícia. As ligações para um telefone fixo da igreja disponibilizado no Facebook não foram atendidas até atualização desta notícia, às 15h19. Fonte: https://g1.globo.com
TRANSFIGURAÇÃO X DESFIGURADOS
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DOMINGO DA TRANSFIGURAÇÃO
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OLHAR DOMINICAL: Reflexão do II Domingo Quaresma
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O sacrifício que agrada ao Senhor é uma atitude de despojamento e de desacomodação, de entrega total à Sua Palavra e de confiança absoluta nele.
Padre Cesar Augusto dos Santos - Cidade do Vaticano
Geralmente, apesar de nossa fé no Deus de Amor revelado por Jesus, temos atitudes pagãs em que julgamos o Todo Poderoso nos solicitar sacrifícios desumanos. Assim pensamos que para Deus é agradável penitências dolorosas, difíceis e até para falar com Ele são necessários procedimentos artificiais e fora de nossa realidade.
Tudo isso mostra que raízes pagãs ancestrais estão arraigadas em nossa cultura como estava na de Abraão, marcada por forte politeísmo cujo culto se expressava com inúmeros sacrifícios às divindades.
Abraão que aos poucos conhece o Deus único e verdadeiro, que se lhe apresenta, tem sua fé colocada à prova com o sacrifício de seu filho Isaque. Tendo Abraão provado sua fé, Deus poupa-lhe o sacrifício revelando sua bondade e generosidade. O que passa pela cabeça de Abraão, passa também pela nossa.
Julgamos que Deus se satisfaz com aquilo que é mais doloroso e difícil. Que Deus é esse? Certamente não é o que se revelou a Abraão e muito menos o revelado por Jesus Cristo no Evangelho.
O que Abraão desejava e agradou a Deus foi sua atitude de desacomodação em deixar sua casa paterna, sua pátria e ir para o desconhecido, apenas confiando na Palavra do Senhor. A atitude de matar seu filho, evidentemente não agradou ao Poderoso, mas mostrou que também abria mão de seu futuro e só esperava em Deus.
O sacrifício que agrada ao Senhor é uma atitude de despojamento e de desacomodação, de entrega total à Sua Palavra e de confiança absoluta nele.
No Evangelho temos o relato da Transfiguração do Senhor. Vamos observar a atitude de Pedro. Ele priva, juntamente com João e seu irmão Tiago, de uma amizade especial com o Senhor e lhe é revelado, de modo enfático, a paixão que Jesus sofrerá. Enquanto Jesus busca prepará-los para o momento decisivo de sua luta contra o mal, Pedro fica fascinado pelo momento que vive, diríamos hoje, deslumbrado, e propõe a estabilidade, a acomodação através da construção de tendas, no desejo de perenizar o passageiro.
O Pai lhe chama a atenção dizendo para ouvir o que O Filho amado tem a dizer. Nesse momento acaba a teofania e apenas Jesus permanece com eles. O único necessário em nossa vida é ouvir Jesus, a Palavra do Pai. A renúncia que agrada a Deus, a abnegação desejada, a penitência autêntica é colocar tudo em segundo plano e apenas Jesus Cristo como o absoluto de nossa vida.
Tudo o que a vida me oferece, seja no plano material, seja no espiritual, tudo deverá ser relativizado: família, saúde, religião, carreira, honra, tudo. Todos esses valores deverão ser vivenciados à medida que me aproximam de Deus.
A santidade do relacionamento entre esposos, pais, filhos, irmãos e irmãs, não está nele mesmo, mas enquanto são relacionamentos que me levam a Deus, me levam a amar. Sendo assim eles se tornam sagrados.
Queridos amigos ouvintes, as cruzes que encontramos na vida conjugal, familiar, profissional, na comunidade eclesial, e em tantos outros lugares, foram anunciadas na transfiguração de Jesus e fazem parte dessa vida de entrega, de renúncia, de abnegação, de penitência, de amor.
E neste tempo de penitência não nos esqueçamos o jejum que sobremaneira é agradável a Deus: “soltar as algemas injustas, soltar as amarras de jugo, dar liberdade aos oprimidos e acabar com qualquer escravidão”.
Sigamos o Mestre e, como ele, sejamos generosos em amar. Fonte: http://www.vaticannews.va
DOMINGO DA TRANS-FIGURAÇÃO: Expandir a luz interior
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“E transfigurou-se diante deles” (Mc 9,2)
A reflexão bíblica é elaborada por Adroaldo Palaoro, sacerdote jesuíta, comentando o evangelho do 2° Domingo do Tempo da Quaresma - Ciclo B (25/02/2018) que corresponde ao texto bíblico de Marcos 9,2-10.
Todos nós temos consciência que a superficialidade, o consumismo e o individualismo são as marcas de nossa sociedade atual. Marcas que nos des-figuram e nos desumanizam. Já o grande teólogo Paul Tillich (1886-1965) afirmava que “a grande tragédia do homem moderno é ter perdido a dimensão de profundidade”. Nas suas obras há um insistente apelo a re-encontrar aquilo que ele chamava “a dimensão perdida”.
Este é o contrassenso humano: por uma parte, salta à vista a tendência a instalar-se na superficialidade (chamemos isso de “zona de conforto” ou simplesmente “comodidade”) e, por outra, a certeza de que somos todos habitados por um anseio que nos chama constantemente para a profundidade (chamemos isso de “nossas raízes”, “nosso ser”..., em definitiva, “nossa casa”). Entre esses dois extremos – superficialidade e profundidade – transcorre nossa vida.
No fundo, a superficialidade, o consumismo e o individualismo são tão somente tímidas compensações que tentam aliviar o vazio de sentido que nos habita; ao mesmo tempo se apresentam como “cantos de sereia” que nos distraem daquilo que é verdadeiramente importante: viver o que somos.
Talvez, a chamada “dimensão perdida” não seja outra coisa que a “trans-figuração” de nossa verdadeira identidade. Este é o apelo do Evangelho de hoje: viver “trans-figurados” a partir de nossa interioridade.
Estamos vivendo fora de nós mesmos, daí que nosso mundo interno permaneça na obscuridade. Se nos voltarmos para dentro, se nossa atenção começa a dirigir seu foco para o interior, então tudo se ilumina.
O chamado “mistério” da “Transfiguração” poderia ter sido, em sua origem, um relato de aparição do Ressuscitado. Posteriormente teria sido re-elaborado para transformar-se numa declaração messiânica: Jesus, confirmado pelas Escrituras judaicas, representadas nas figuras de Moisés (“a Lei”) e Elias (“os profetas”), é apresentado como “Filho amado” de Deus. Todo Ele é transparência e luminosidade.
Jesus viveu constantemente transfigurado, mas isso não se expressava externamente com espetaculares manifestações. Sua humanidade e sua divindade se revelavam cada vez que se aproximava de uma pessoa para ajudá-la a ser ela mesma. A transfiguração deixa de ser um evento para tornar-se um modo permanente de Jesus viver, pois a única luz que nele se revela é a do amor; e só quando manifesta esse amor, ilumina. Na sua humanidade deixa transparecer a luz de Deus.
A Transfiguração não está só nos dizendo quem era Jesus, mas também quem somos realmente. Ela des-vela também nossa identidade e nos faz caminhar em direção à nossa própria humanidade. Por isso, uma pessoa transfigurada é uma pessoa profundamente humana. Tudo o que é autenticamente humano, é transparência de Deus.
A transfiguração desencadeia um movimento interno de busca continuada e revela que o ser humano é inquieto por natureza, e será sempre assim, em seu afã de abrir-se a um horizonte cada vez mais amplo. Todo o ser humano traz em seu interior uma faísca de luz que busca expandir-se; não falta ao seu coração a sede de eternidade.
Transfiguração, portanto, é transformação do espaço interior. Em meio às sombras profundas, marcadas pelos traumas, feridas, experiências negativas..., encontram-se “pontos de luz”. Temos todos os recursos necessários para ativá-los. Então, o círculo de nossa luz vai se ampliando, começando pelo nosso eu mais profundo; ela vai se fazendo cada vez mais extensa, iluminando toda a realidade cotidiana. Passaremos, a viver como “seres trans-figurados”.
Cuidemos, pois, do coração, pois dele brota a luz e a vida! Iluminemos nosso caminhar com a luz que há em nós mesmos!
Nesse sentido, a cena da Transfiguração vem nos recordar que, na essência, somos luminosidade; por detrás de comportamentos com frequência sombrios, continuamos sendo transparência. Isso é o que nós cristãos reconhecemos em Jesus: Ele é o “espelho” nítido no qual vemos nossa identidade profunda. E essa identidade é luz e transparência.
Não é casual que, mesmo perdidos nas trevas de nossa inconsciência, sentimos saudades da luz. Também não é casual que, mesmo nas ações mais complicadas e questionadas, procuramos justificar nossa transparência. Uma e outra des-velam quem somos; por isso mesmo, se tornam imprescindíveis para viver com mais intensidade. Que impede que possamos percebê-las em nós e nos demais?
Nossa essência é luminosa, transparente, simples, doce, verdadeira... Mas, para percebê-la, precisamos nos despertar. E isso implica e significa, ao mesmo tempo, viver ancorados em nossa verdadeira identidade.
Para além do “ego superficial”, a trans-figuração nos faz acessar a um “lugar” sempre estável, sólido e permanente, onde reconhecemos a presença d’Aquele que é a Luz indizível.
Esse “lugar” é sempre luminosidade e transparência. E a partir dele tudo fica transfigurado. Na realidade, não é que as coisas se transfigurem, senão que, mais exatamente, vemos em tudo a Verdade, a Bondade e a Beleza daquilo que é.
Se soubéssemos olhar com os olhos transfigurados veríamos que por detrás das pobres aparências se escondem muitos sentimentos de bondade, de generosidade, de fidelidade e amor.
A transfiguração nos fala da verdade que levamos dentro de nós, mas também dos novos olhos que precisamos para ver. Se soubéssemos olhar com os olhos do coração, veríamos a luz maravilhosa escondida no interior de cada pessoa. Conhecemos as pessoas por fora. Quem as conhece por dentro? Debaixo das aparências de vulgaridade, pode se esconder um grande coração.
Para meditar na oração
Transparente é um modo de ser e de agir; é a condição para que possamos viver em chave pascal, para poder ver Deus presente e atuante em tudo e em todos. O grande desafio para viver a transparência é facilitar, no meio de nossa cultura acelerada e carregada de imagens, espaços sossegados para perceber o que o Espírito vai fazendo em nós. Se não sabemos o que nos acon-tece por dentro, dificilmente poderemos ser presença iluminadora junto aos outros.
- Como seguidores(as) de Jesus, somos chamados a ser cúmplices do Espírito, abrindo-nos totalmente à sua ação e deixando-nos trans-figurar por Ele.
- Como isso pode se fazer presente no seu ritmo cotidiano de trabalho, nas relações, no compromisso...? Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Suspeito assume ter extorquido padre com vídeo de sexo, mas nega ter matado PM
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Advogado diz que Edson Ricardo da Silva teve relacionamento com religioso de Matão (SP) e pediu R$ 80 mil para não divulgar imagens. Sargento foi morto ao tentar flagrar extorsão na segunda-feira.
O homem de 32 anos suspeito de matar um sargento da Polícia Militar na segunda-feira (19), em Matão (SP), nega envolvimento no crime, de acordo com o advogado de defesa.
O policial Paulo Sérgio de Arruda foi morto a tiros quando tentava fazer um flagrante de extorsão a um padre da cidade. Edson Ricardo da Silva admitiu que pedia R$ 80 mil ao religioso para não divulgar um vídeo dos dois fazendo sexo. Ele é suspeito de atirar contra Arruda durante a abordagem na casa do padre, segundo a Polícia Civil.
Luiz Antônio Carlos Venção, de 28 anos, e Diego Afonso Siqueira Santos, de 22, que teriam gravado o vídeo e estavam no local do crime, também negam envolvimento no assassinato. O trio teve a prisão temporária decretada e está foragido.
Em entrevista ao G1, o advogado Luiz Gustavo Vicente Penna, que defende Edson e Luiz, disse que os três estão fora do estado porque estão com medo. O advogado afirmou, ainda, que vai solicitar perícias à polícia antes de apresentar os clientes. Ainda não está definido se ele também vai defender Diego.
“Eles não têm interesse em ficar foragidos, eles estão preocupados com a própria integridade”, diz o advogado.
O G1 não conseguiu contato com o padre Edson Maurício, que não apareceu mais na paróquia. Ele foi suspenso pela diocese de São Carlos nesta quinta-feira. A Polícia Civil não quis dar detalhes da investigação.
A PM instaurou inquérito militar para apurar o motivo pelo qual quatro militares, dois cabos e dois sargentos foram até a casa do padre em dia de folga, já que isso está fora do protocolo.
Versão dos suspeitos
Segundo o advogado Penna, Edson tinha um relacionamento homossexual com o padre há cerca de 3 anos. “O padre era amante dele, bancava ele e começou a pedir exclusividade. A esposa do Edson descobriu e pediu o divórcio. Com raiva, ele decidiu armar a extorsão com o Luiz e o Diego”, disse.
Edson, segundo a defesa, pediu R$ 80 mil para não divulgar o vídeo dos dois fazendo sexo e marcou um dia para receber o dinheiro na casa do religioso e entregar o CD com o arquivo. A ideia era dividir a quantia com os dois comparsas.
“O padre abriu a porta e pediu para eles entrarem. Dois ficaram na sala, e o Edson foi chamado para ir até o quarto. No corredor, ele viu um homem armado, com roupa branca e encapuzado, que pediu para ele passar o CD. Essa pessoa falou que ele era trouxa e perguntou se ele achava que o vídeo só valia R$ 80 mil. Em seguida falou para eles irem embora”, afirmou o advogado.
Quando o padre abriu o portão para o trio sair, eles ouviram uma discussão e disparos dentro da casa. “Eles não entenderam e foram embora. Curioso para saber o que aconteceu, o Edson pegou um carro, passou na rua depois de cerca de 40 minutos e viu uma Saveiro com três pessoas em frente à casa. Ele foi embora, e no outro dia os três souberam dos fatos”, disse Penna.
Versão de PMs e padre
Na versão dos policiais e do padre, divulgada pela Polícia Civil, o religioso estava com medo da extorsão que sofria havia cerca de um mês e pediu ajuda a um amigo de Araraquara, um garageiro, que indicou os policiais para flagrar o crime.
Mesmo de folga, o sargento e outros três policiais foram com o padre até a casa do religioso, no bairro Residencial Olivio Benassi. Os três suspeitos chegaram à casa e, quando entraram, foram surpreendidos pelo sargento Arruda, que levou dois tiros no peito. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Ele era casado e tinha três filhos.
Advogado vai pedir perícias
O advogado de defesa diz que muitas questões precisam ser esclarecidas e que as câmeras de seguranças do bairro podem ajudar na investigação. “Se o meu cliente atirou no sargento, por que os amigos dele policiais não revidaram o tiro? Que eu saiba policial tem que andar armado", diz o advogado.
"Por que demoraram para chamar o socorro para o policial atingido? Meus clientes passaram [no local] 40 minutos depois e não havia nenhum movimento de ambulância lá. Será que houve modificação no local dos fatos?”, questionou.
Outra questão a ser respondida, segundo o advogado, é o motivo pelo qual o padre não chamou a polícia de Matão. “O padre teria dito que não procurou porque pediu ajuda para o garageiro, que indicou os policiais. Porque o garageiro não está assumindo essa intermediação e está negando tudo?”, questionou a defesa.
O advogado disse que vai solicitar perícias antes de apresentar os suspeitos. Todos já tinham passagem pela polícia por crimes como furto e tráfico.
“Primeiro vou tomar conhecimento do que está acontecendo, solicitar diligências. Como a autoridade policial também tem interesse em chegar à verdade, eu acredito que no máximo em setes dias eu apresente o pessoal [suspeitos]. Eles estão com muito medo e arrependidos. Eles não estão entendendo o que aconteceu e estão envolvidos em um crime bárbaro”, afirmou.
O G1 não encontrou o delegado Marlos Marcuzzo na manhã desta quinta-feira (22) para comentar os apontamentos feitos pelo advogado de defesa. Já o comando da PM informou que não irá se pronunciar no momento por questões de diligências e apurações. Fonte: https://g1.globo.com
REZANDO PELA PAZ... No Dia de Oração e Jejum pela Paz.
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Igreja de Nossa Senhora do Carmo do Desterro da Lapa, Rio de Janeiro. 23 de fevereiro-2018.
SEXTA-FEIRA: Olhar do dia...
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Conclusão dos Exercícios Espirituais para a Cúria Romana. Fonte: http://w2.vatican.va DIVULGAÇÃO: www.olharjornalistico.com.br
DIA 23. Rezemos com o Papa pela paz no mundo
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“As vitórias obtidas com a violência são falsas vitórias”, reiterou Francisco ao convocar este dia de jejum e oração pela paz durante o Angelus de 4 de fevereiro.
Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
No Angelus do domingo 4 de fevereiro, o Papa lançou um apelo em favor da paz, convocando para esta sexta-feira da primeira semana da Quaresma, um Dia de Oração e Jejum.
Francisco ressaltou na ocasião que “as vitórias obtidas com a violência são falsas vitórias”.
“Diante da trágica continuação de situações de conflito em diversas partes do mundo, convido todos os fiéis a um Dia especial de Oração e Jejum pela Paz em 23 de fevereiro próximo, sexta-feira da Primeira Semana da Quaresma”.
“O ofereceremos em particular pelas populações da República Democrática do Congo e do Sudão do sul. Como em outras ocasiões similares, convido também os irmãos e irmãs não católicos e não cristãos para se associarem a esta iniciativa nas modalidades que considerarem mais oportunas, mas todos juntos”.
O Papa recordou que “o nosso Pai Celeste escuta sempre os seus filhos que gritam a Ele na dor e na angústia, «cura os corações feridos e enfaixa suas feridas»”, e convidou a que cada um perguntasse na própria consciência: “O que eu posso fazer pela paz?”:
“Certamente podemos rezar; mas não só. Cada um pode dizer concretamente “não” à violência naquilo que depender dele ou dela. Porque as vitórias obtidas com a violência são falsas vitórias; enquanto trabalhar pela paz faz bem a todos!”
Esta não é a primeira iniciativa em favor da paz promovida por Francisco em seu pontificado.
Setembro de 2013
No dia 7 de setembro de 2013, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, a pedido do Papa foi realizado um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro.
Junho de 2014
Em 8 de junho de 2014, um histórico encontro nos Jardins Vaticanos reuniu o Papa Francisco com os presidentes israelense e palestino, Simón Peres e Mahmud Abbas, para invocar juntos a paz no Oriente Médio.
O encontro teve por objetivo “fazer uma pausa na política para ver desde outra perspectiva e mostrar publicamente o desejo comum de que aconteça algo, de que caminhos que foram fechados se reabram, de voltar a sonhar com a paz”, explicou na ocasião o então Custódio da Terra Santa, o franciscano Pierbattista Pizzaballa, um dos organizadores do encontro.
Novembro de 2017
Em 23 de novembro de 2017, foi presidida pelo Pontífice no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, uma Vigília de Oração pela paz no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo. Fonte: http://www.vaticannews.va
RETIRO DO PAPA: Décima meditação: a bem-aventurança da sede
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Pe. Tolentino fez a décima e última meditação dos Exercícios Espirituais em Ariccia. Papa regressa hoje ao Vaticano.
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco e seus colaboradores concluíram na manhã de sexta-feira (23/02) os Exercícios Espirituais de Quaresma. O Pontífice deixa Ariccia e sua chegada ao Vaticano está prevista para o início da tarde.
O retiro quaresmal se concluiu com a décima meditação do Padre José Tolentino de Mendonça, que foi dedicada ao tema “A bem-aventurança da sede”.
As bem-aventuranças são mais do que uma lei, uma norma codificada, disse o sacerdote português. São uma configuração da vida, um verdadeiro chamado existencial. Além disso, são o autorretrato de Jesus: pobre em espírito, manso e misericordioso, sedento e homem de paz, faminto de justiça e com a capacidade de acolher a todos, vibrante de alegria ao testemunhar a ação do Pai nos últimos e nos pequeninos.
Deus tem sede de que a vida das suas criaturas seja uma vida de bem-aventuranças. Deus não desiste em dizer que toda vida – a nossa vida – é amada e beata. Esta é a sede de Deus.
Não domesticar o Evangelho
Por outro lado, o que fizemos nós do Evangelho das Bem-aventuranças? Como as anunciamos?, questiona Pe. Toletino. É tão fácil criar barreiras ao invés de pontes. Nosso coração está sempre pronto a se tornar arma de combate.
Esta atitude defensiva é um perigo para a Igreja, que deve se recordar que não é um clube exclusivo, restrito, feliz na medida em que exclui. É um hospital de campanha. E quando não vive a tensão de encruzilhada da humanidade, deve se perguntar se não estamos domesticando o Evangelho de Jesus.
Para o Pe. Toletino, é urgente redescobrir a bem-aventurança da sede, pois não há nada pior do que estar saciado de Deus. Ter ido à igreja, ter rezado, não nos isenta dos encontros fundamentais com as extraordinárias surpresas de Deus. Talvez tenhamos um imagem errada da vida cristã: fiel não é quem está saciado de Deus, mas quem tem fome e sede de Deus. A experiência de fé não resolve a sede, mas a amplifica, dilata o nosso desejo, intensifica a nossa busca. Devemos nos reconciliar com a nossa sede repetindo-nos: A minha sede é a minha bem-aventurança.
Escuta, honestidade e abertura
Neste percurso, o sacerdote português propõe a figura de Maria para nos inspirar. De modo especial, o seu diálogo com o anjo.
Primeiro: Maria é mulher de escuta. Deixa-se visitar, mantem as portas abertas do coração e da vida. Não raramente, afirma ele, vivemos uma cotidianidade
autística, tão envolvidos na nossa cápsula que até um anjo de Deus encontraria dificuldade de entrar: nada mais nos surpreende. Mas um anjo pode nos visitar somente quando temos o coração desarmado, quando estamos dispostos a acolher o inesperado. Maria nos ensina justamente a hospitalidade da vida. Em segundo lugar, Maria é uma mulher honesta. Quando lhe é anunciado a sua maternidade, ela simplesmente pergunta: mas como, se não conheço homem?
Deus não se manipula, não é um ornamento da nossa prática religiosa. E é importante fazer perguntas a Ele porque também Ele faz perguntas a nós. E é importante abrir o nosso coração. Maria tem uma honestidade sem subterfúgios. Com a sua pergunta, é como se dissesse: Senhor, a minha condição é esta. Ela é clara com Deus
Por fim, Maria descobre no encontro com o anjo que a sua vida está a serviço de um projeto maior, de uma vida maior, que não se limita ao perímetro ideal da felicidade que provavelmente ela projetou para si. O Senhor a chama a fazer-se cúmplice da gestação do futuro de Deus. Lhe pede para acreditar na sede. Lhe diz: a tua sede está a serviço de uma sede maior. E Maria responde: eis a serva do Senhor. A Igreja se torna crível quando é serva do coração de Deus, quando se coloca a serviço para saciar a sede do homem.
O olhar de mãe
A coisa no mundo mais semelhante aos olhos de Deus são os olhos de uma mãe, que são “raios X” infalíveis. Não se detém nas aparências, mas penetram profundamente no íntimo da vida, interpretando e respeitando com delicadeza o segredo. O olhar de uma mãe humaniza o filho.
O teólogo von Balthasar dizia que sem a mariologia o cristianismo corre o risco de se desumanizar. A Igreja sem torna sem alma. Em cada época, a Igreja deve aprender de Maria a compaixão, a ternura e a cura que a sede de cada ser humano requer. Fonte: http://www.vaticannews.va
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