São Jorge, Cavaleiro da Misericórdia.
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Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Todos sabemos que o amado povo do Rio de Janeiro tem uma bela devoção a São Jorge, o assim chamado “santo guerreiro”. Isso eu aprendi logo no primeiro ano que assumi a missão de servir a esta Igreja nesta cidade. Damos graças a Deus por esta devoção! Temos poucas informações sobre a vida de São Jorge. O carinho de seus devotos acrescentou elogios em sua vida, dando algumas características daquilo que o coração fala e admira, embora nem sempre corresponda a fatos históricos.
Temos na antiguidade vários santos mártires que foram soldados: São Sebastião, nosso padroeiro, Santo Expedito, celebrado no dia 19 de abril, e São Jorge, que comemoramos dia 23 de abril.
Trago aqui alguns poucos fatos que são de domínio público em livros e na internet: a vida de São Jorge se dá no século III, quando Diocleciano era imperador de Roma: havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge de Anicii. Filho de pais cristãos, converteu-se a Cristo ainda na infância, quando passou a temer a Deus e a crer em Jesus como seu único e suficiente salvador pessoal. Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe, após a morte de seu pai. Tendo ingressado para o serviço militar, distinguiu-se por sua inteligência, coragem, capacidade organizativa, força física e porte nobre.
Foi promovido a capitão do exército romano devido à sua dedicação e habilidade. Tantas qualidades chamaram a atenção do próprio Imperador, que decidiu lhe conferir o título de Conde. Com a idade de 23 anos, passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções. Nessa mesma época, o Imperador Diocleciano traçou planos para exterminar os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião, declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
São Jorge foi um grande defensor e testemunha da fé cristã. Com grande coragem e sua fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "o que é a verdade?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e n’Ele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade." Como Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé, torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o Imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos.
A fé deste servo de Deus era tamanha que muitas pessoas passaram a crer em Jesus e confessá-Lo como Senhor, por intermédio do testemunho e da pregação do jovem soldado romano. Conta-se que seu testemunho de fidelidade e amor a Deus arrebatou uma geração de incrédulos da época. Por fim, Diocleciano mandou degolar o jovem e fiel discípulo de Jesus, em 23 de abril de 303. Logo, a devoção a “São” Jorge tornou-se popular. Celebrações e petições a imagens que o representavam se espalharam pelo Oriente e, depois das Cruzadas, tiveram grande entrada no Ocidente.
O início de sua popularidade ocorreu no auge da perseguição aos cristãos pelo imperador romano Deocleciano – final do século III, quando o ousado guerreiro passou a defender com muita fé o cristianismo. A imagem de São Jorge é representada por um jovem vestido com uma armadura, sentado em um cavalo branco com uma lança atravessando o dragão, pois o santo é imortalizado no “conto” em que mata um dragão. No tema deste ano em nossa Arquidiocese para essa festa, “Cavaleiro da Misericórdia”, nós recordamos os vários dragões que hoje existem e que é necessário, como Igreja, a empunharmos a espada da Palavra de Deus para eliminar do meio de nossa sociedade.
São Jorge, que é santo da Igreja Católica, traz, porém, um apreço de inúmeras pessoas e grupos que o têm em grande consideração. São Jorge é patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Aragão, Lituânia, da cidade de Moscou e de muitos outros locais e entidades. Quando recebi neste ano a visita do Patriarca de Moscou, Kiril, o presente que lhe dei foi justamente uma imagem de São Jorge, patrono de sua cidade. Muito venerado também em outros lugares, inclusive em todo o nosso Estado. Seu culto na Igreja, mesmo com poucos dados históricos, e mesmo com as dificuldades encontradas na comprovação das atas de seu sofrimento, remonta ao século V, e com as "cruzadas", através da "legenda dourada", o fizeram popular no Ocidente.
Os restos mortais de São Jorge foram transladados para Lida (ou Lod, antiga Dióspolis), que é uma cidade da região da atual Israel e foi onde teria residido sua mãe. Aí ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer um suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente. Dessa maneira foi propagada a sua devoção por meio do seu belo testemunho de seguidor de Jesus e homem que deu a sua própria vida por Aquele que é a Suprema Verdade.
Neste dia em que milhares de pessoas se deslocam até as igrejas, capelas e oratórios de São Jorge para manifestar seu carinho e a busca de ver nesse homem de Deus um grande exemplo de vida e um intercessor junto a Deus, contemplemos a todos com os olhos da fé e oremos para que todos busquem a vida nova em Cristo.
Ao olhar para São Jorge possamos, a exemplo dele, lutar contra o dragão do mal para sermos vencedores nesta batalha contra os questionamentos da nossa fé. Que com a mesma coragem professemos esta nossa fé neste tempo de tantas questões e problemas, e que, com o coração aberto, vivamos como irmãos e irmãs que em Cristo se amam.
No seu dia, com grande devoção, quero pedir pela paz em nossa amada cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e em nosso Estado. Que São Jorge nos ensine a dialogar permanentemente na defesa de nossa fé e na construção da paz. E que, pela intercessão de São Jorge, possam descer sobre as nossas vidas muitas bênçãos de Deus!
Fonte: Facebook
VAMOS CHAMAR JORGE? Frei Petrônio.
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O QUE É O NOVICIADO? Frei Petrônio.
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SANTO ELIAS EM DIAMANTINA: Convite.
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Assembleia da CNBB aprova documento “Cristão Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade. Sal da Terra e Luz do Mundo”
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O texto "Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade. Sal da terra e luz do mundo", tema central da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi aprovado pelo episcopado brasileiro como documento da entidade. A informação é publicada por Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, 14-04-2016.
Em entrevista à imprensa, nesta quinta-feira, 15, o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, disse que o texto já vinha sendo preparado há dois anos e tem o objetivo de elucidar o importante papel dos leigos na Igreja.
“Todos nós somos na Igreja Católica batizados, alguns exercem determinados ministérios ordenados, mas a grande maioria dentro da Igreja não exerce, não assume ministérios ordenados ou não recebe ministérios ordenados, então é muito importante que nós como Conferência Nacional falássemos sobre esse tema, mais que o tema, a realidade dos leigos dentro da Igreja”, afirmou.
Ainda de acordo com o bispo, o documento ressalta a influência que os leigos têm nos serviços de evangelização da Igreja. “Esse verdadeiro ministério, digamos assim, dos leigos dentro da Igreja é muito importante e o documento tentou ressaltar isso, trazer a reflexão, a meditação e também dar algumas pistas para os leigos, como exemplo, como eles podem nos ajudar ainda mais como Igreja, especialmente nas pastorais sociais. O documento ressalta sobretudo a importância dos leigos na evangelização, nós normalmente ligamos a parte de evangelização ao bispo, ao padre, ao religioso, a religiosa, mais cada vez mais se tem acentuado a necessidade de uma Igreja missionária e evangelizadora, na qual os nossos leigos exercem uma função, um ministério muito importante”, disse.
O documento ainda será revisado e posteriormente publicado pelas Edições CNBB. “Eu creio que esse texto vai nos ajudar muito a mostrar aos leigos essa participação na vida da Igreja, na qual nós todos somos Igreja e, por isso, participamos, testemunhamos e queremos também agir como Igreja nos diversos meios, dentro da sociedade, concluiu.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
CARMELITAS. Música do CD- Levanta Elias.
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Carmelitas.
Letra e música
Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.
Gm G7 Cm
Ká, ká, ká, Carmelitas, no Carmelo eu quero chegar.
Cm Gm Am(b5) D7 Gm G7
Com o cajado de Elias caminhando, e o Escapulário no meu peito a brilhar. (BIS)
Cm Gm Am(b5) D7 Gm G7 D7
1-Com Eliseu, eu vou pegar! O Manto de Elias para Evangelizar. (bis) Ká, ká, ká,
REFRÃO
Cm Gm Am(b5) D7 Gm G7 D7
2- Com João da Cruz, eu vou subir! O Monte Carmelo para o Cristo encontrar. (bis) Ká, ká, ká,
REFRÃO
Cm Gm Am(b5) D7 Gm G7 D7
3-Com Terezona, eu vou falar! Até entre as panelas Jesus Cristo lá está. (bis) Ká, ká, ká,
REFRÃO
Cm Gm Am(b5) D7 Gm G7 D7
4-Com Teresinha, eu vou amar! Viver o Evangelho, sem muito complicar. (bis) Ká, ká, ká,
REFRÃO
Cm Gm Am(b5) D7 Gm G7 D7
5- Com Tito Brandsma, vou escrever! E com Edith Stein, a morte vou vencer. (bis) Ká, ká, ká,
REFRÃO
ESCOLA DE PROFETAS: Frei Petrônio.
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O que o Papa não viu em Lesbos
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Foi uma visita histórica. O Papa Francisco, acompanhado pelo Patriarca Ortodoxo de Constantinopla e o Arcebispode Atenas, passou pela ilha grega de Lesbos para ver, pessoalmente, a situação em que se encontram os refugiados que chegam a esse lugar, e para denunciar a falta de responsabilidade e de solidariedade do mundo e da Europa das barreiras. De volta a Itália, o Papa dizia que o que viu em Lesbos era para chorar, ainda que os voluntários e ativistas que estão em Lesbos para ajudar os refugiados afirmem que a situação encontrada pelo Papa foi amenizada e maquiada. A reportagem é de Carlos Cala, publicada por Cadena SER, 17-04-2016. A tradução é do Cepat.
María Gracia Maqueda, trabalhadora social de Sevilla, que há uma semana está em Lesbos como voluntária, disse que “faltou ao Papa visitar alguns outros lugares onde poderia ter visto a realidade dos refugiados de outra forma, com toda a dureza na qual eles vivem aqui. Faltou irem a alguns lugares, conectar e falar com os voluntários, que nós poderíamos ter apresentado outra visão”.
De fato, uma companheira de María Gracia foi retida ontem, por três horas, em uma delegacia, após ter exibido um cartaz pedindo ao Papa uma condenação para o acordo de expulsão de solicitantes de asilo, firmado entre a União Europeia e a Turquia. Queriam falar pessoalmente com o Pontífice, mas não puderam. “O Governo grego tentou amenizar, esconder, toda uma realidade. O Papa viu o melhor”, destaca María Gracia.
Entre os lugares que Francisco deveria ter visitado está, por exemplo, o cemitério dos coletes, um depósito que se encontra no norte de Lesbos, com milhares de coletes salva-vidas utilizados pelos refugiados que cruzaram o Mediterrâneo. Existem de todos os tamanhos, inclusive de bebês. Outro lugar que não visitou é o cemitério de refugiados, onde estão as lápides sem nome daqueles que perderam a vida no trajeto, antes de alcançar sua Europa sonhada. “Eu acredito que se o Papa tivesse visto essa realidade, a teria buscado, algo teria mudado. Não teria falado de bom samaritano. Teria condenado um acordo vergonhoso e teria pedido, solicitado formalmente, um acordo humanitário, uma passagem segura” para os refugiados para Europa.
María Gracia Maqueda conta que a única solução para deter este drama é acabar com o problema na origem. Por isso, pede que se deixe de vender armas a Arábia Saudita ou a Síria. “Se pararmos essa guerra, se o Papa tivesse condenado o acordo com a Turquia e não tivesse só agradecido a Deus pelo bem que estamos fazendo como voluntários, talvez outro galo cantaria. Porque os refugiados continuarão vindo, se não pararmos isto”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
*SANTO ELIAS PEREGRINO EM SAPOPEMBA, SÃO PAULO: Preparação. ( De 22 – 27 de julho)
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Sugestão de programação da Ordem Terceira do Carmo daquela comunidade.
1- Estrutura para mais organização para alguns elementos de filmagem, divulgação, som, data show, fotografia.
2- Pegar a semana da jornada, colocar um tema a ser trabalhado para cada dia, que a imagem peregrine nas outras cinco comunidades da região.
3- Antes da imagem chegar fazer o tríduo de Santo Elias ( dia 19 ao dia 21)
4- Teatro de Santo Elias.
5- Visitação nas casas (ideia a ser melhorada).
6-Focar no nosso bairro Sapopemba, trabalhar a fé aqui no bairro.
7- Visitas coletivas e personalizadas, uma equipe para cada tipo de visita.
8-. Ver se todos vão colaborar para realizar as atividades, organizar transporte e afins.
9- Panfletagem em parada de ônibus e farol, anterior a chegada da imagem.
10- Preparação antes da chegada da imagem para a missão, instrução sobre a Espiritualidade Eliana (Douglas trará o material para formação).
11- Momento de espiritualidade Eliana (catequese) antes da missa, no tríduo de Santo Elias.
12- Missa de acolhida na Matriz, vir em procissão a Capela - encerramento na Capela.
Responsável pela peregrinação em Sapopemba/SP.
Frei Geraldo Bezerra, O. Carm, da Província Carmelitana Pernambucana.
Padre que dirigia alcoolizado é detido após matar homem no interior de SP
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Um padre foi detido na noite deste domingo (17) após atropelar e matar um homem em Monte Mor (SP). De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, o sacerdote estava embriagado e não prestou socorro à vítima. Levado à delegacia, ele foi liberado após pagar R$ 5.000 de fiança.
O nome do religioso não foi informado. Ele tem 60 anos e alegou que retornava de uma celebração. Contou ainda que tomou um pouco de vinho durante a missa, antes do atropelamento, ocorrido na rodovia Jornalista Francisco Aguirre (SP-101).
A vítima, Alexsandro Rodrigues do Amaral, 39, atravessava a pista com um primo quando foi atingido. Testemunhas contaram que o padre estaria em alta velocidade, situação que será investigada por meio dos laudos a serem emitidos pela Polícia Técnica, que periciou o local.
Amaral trabalhava como ajudante de cozinha e socorristas tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu. O padre não parou para ajudar, tendo pedido ajuda depois em uma praça de pedágio. Com o carro bastante danificado, ele alegou ter acreditado que uma pedra havia sido jogada contra o veículo.
Apuração
A Polícia Civil investiga o caso e o religioso também pode ser punido internamente pela igreja, caso fique comprovada sua culpa. O exame do bafômetro apontou 0,36 ml de álcool por litro de sangue, quantidade que já é considerada crime de trânsito.
A vítima era de Campinas (SP), enquanto o padre é da capital paulista. Ele estava em Monte Mor para realizar celebrações em uma paróquia da cidade.
54ª Assembleia Geral: Presidente da CNBB conclama a todos para promoção da paz.
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Dom Sergio da Rocha presidiu missa de encerramento da 54ª Assembleia Geral da CNBB, que teve início no dia 6 de abril, em Aparecida (SP)
“Neste momento de crise que vivemos no país, conclamamos a todos, mais uma vez, para promover a paz, rejeitando qualquer forma de agressividade ou violência nas suas manifestações”, afirmou o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sergio da Rocha, durante homilia, na missa de encerramento da 54ª Assembleia Geral da entidade. A missa, na manhã desta sexta-feira, 15, reuniu os bispos de todo o Brasil, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP).
Partindo do objetivo geral das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2015-2019), dom Sergio fez sua reflexão da liturgia de hoje, que apresenta a conversão de São Paulo, destacando que “somos chamados a ser Igreja discípula, missionária, misericordiosa e profética”.
Igreja discípula
“Nós somos e queremos ser, cada vez mais, uma Igreja de discípulos que vivem do encontro com o ressuscitado e que se alimentam da sua palavra e da eucaristia”, afirmou dom Sergio. Para ele, “nos tornamos discípulos pela graça de Deus, porque a inciativa é sua”. Para trilhar o caminho do discipulado, há o chamado a permanecer em Cristo, “comendo da sua carne, bebendo do seu sangue, alimentando-nos do pão descido do céu, conforme o evangelho que ouvimos”, sublinhou.
Misericordiosa
“Os olhos de Saulo se abriram com a ajuda da Igreja, representada por Ananias. Uma Igreja mãe misericordiosa e acolhedora, casa de portas abertas capaz de acolher tantos caídos por terra como Saulo, incapazes de ver, de caminhar, necessitados de mãos estendidas, de coração aberto para levantar-se das quedas, para caminha na luz”, disse dom Sergio sobre a proposta da misericórdia. A manifestação desse elemento também acontece no compartilhamento da “luz da palavra, que oferece a graça de recuperar a vista quando o olhar da fé começa a se enfraquecer”. “Uma Igreja que é exemplo do bom samaritano se faz servidora dos que mais sofrem”, apontou.
Missionária
A Igreja missionária, “em saída”, de acordo com dom Sergio, compartilha “a experiência do encontro com Cristo, a alegria do evangelho, a alegria do amor na família”, destacou o arcebispo lembrando as exortações apostólicas do papa Francisco. “Por isso, como fez Ananias, possamos dizer a cada dia ‘aqui estou, Senhor’, como Paulo, possamos sair e ir ao encontro de todos”, desejou. O mandato missionário de Jesus, segundo o presidente da celebração, continua a ecoar na Igreja hoje. “É preciso sair ao encontro daqueles que no mundo de hoje vivem como Saulo, necessitados da luz da fé e do encontro com Cristo. Necessitamos sair ao encontro das ovelhas mais sofridas e errantes do rebanho de Cristo”, ressaltou.
Profética
O profetismo da Igreja se dá, de acordo com dom Sergio da Rocha, na atenção aos problemas sociais, “oferecendo a sua contribuição própria, à luz da fé em Cristo, os valores e critérios que brotam do Evangelho para orientar a vida política, econômica e cultural”. Nesse sentido, o presidente da CNBB destacou que os pronunciamentos da Conferência Episcopal não se inspiram em ideologias políticas, “mas na palavra de Deus e no magistério da Igreja”.
“Neste momento de crise que vivemos no pais, conclamamos a todos, mais uma vez, para promover a paz, rejeitando qualquer forma de agressividade ou violência nas suas manifestações”, convidou.
“O caminho a ser percorrido, é o caminho do diálogo que constrói, ao invés da polêmica ofensiva. É o caminho da escuta dos que não podem gritar, no lugar do grito que agride. É o caminho do debate respeitoso e não dos embates que transformam em inimigos os que pensam diferente. Com violência, não se constrói uma nova sociedade, nem se alcança justiça social. Ao contrário, a violência fere a dignidade das pessoas e destrói o nosso povo e a nossa casa comum”, apontou.
Ação de Graças
Em sua homilia, dom Sergio também expressou o sinal de ação de graças pela 54ª Assembleia Geral da CNBB, pela própria Conferência, pelos bispos, pela Igreja no Brasil, pelos estudos e pronunciamentos que aconteceram nos dez dias do encontro e pelo “valioso” documento aprovado sobre os Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, “chamados a ser sal da terra e luz do mundo”. O presidente da CNBB também louvou a Deus pelo Jubileu Extraordinário da Misericórdia.
Dom Sergio encerrou bendizendo a Deus “pelo caminho percorrido até aqui”, mas considerou ter “longo caminho a percorrer para responder fielmente ao mandato missionário de Jesus Cristo”. “Alimentados pela sua palavra e pela eucaristia, na força do Espírito Santo, esperamos crescer com todos, especialmente com os cristãos leigos e leigas, cuja presença e missão queremos valorizar e promover sempre mais”, disse.
A missa foi concelebrada pelo arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger, e pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da entidade, dom Leonardo Ulrich Steiner.
Na procissão de entrada, estiveram os bispos do Conselho Permanente da CNBB, que envolve a Presidência da entidade, os presidentes das 12 Comissões Episcopais Pastorais e dos Regionais da Conferência.
Fonte: http://www.cnbb.org.br
DOMINGO DO BOM PASTOR: Escutar sua voz e seguir seus passos
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A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho segundo João 10, 27-30 que corresponde ao Quarto Domingo de Páscoa, ciclo C do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.
Eis o texto
A cena é tensa e conflitiva. Jesus está caminhando no recinto do templo. De repente, um grupo de judeus o rodeia acossando-o com ar ameaçador. Jesus não se intimida, ele os critica abertamente pela sua falta de fé: “Vós não acreditais porque não sois ovelhas minhas”. O evangelista diz que, ao terminar de falar, os judeus tomaram pedras para apedrejá-lo.
Para provar que não são suas ovelhas, Jesus atreve-se a explicar-lhes o que significa ser dos Seus. Só destaca os traços, os mais essenciais e imprescindíveis: “As minhas ovelhas escutam a minha voz... elas me seguem”. Depois de vinte séculos, os cristãos necessitamos recordar de novo que o essencial para ser a Igreja de Jesus é escutar a sua voz e seguir seus passos.
Em primeiro lugar é despertar a capacidade de escutar Jesus. Desenvolver muito mais nas nossas comunidades essa sensibilidade, que está viva em muitos cristãos simples que sabem captar a Palavra que vem de Jesus em toda sua frescura e sintonizar com a Boa Nova de Deus. João XXIII disse numa ocasião que «a Igreja é como uma velha fonte de aldeia de cuja torneira há de correr sempre água fresca”. Nessa velha Igreja de vinte séculos temos de fazer correr a água fresca de Jesus.
Se não queremos que a nossa fé se vá diluindo progressivamente em formas decadentes de religiosidade superficial, no meio de uma sociedade que invade as nossas consciências com mensagens, slogans, imagens, comunicados e reclames de todo o gênero, temos de aprender a colocar no centro das nossas comunidades a Palavra viva, concreta e inconfundível de Jesus, nosso único Senhor.
Mas não basta escutar sua voz. É necessário seguir Jesus. Chegou o momento de decidirmos entre contentar-nos com uma “religião burguesa” que tranquiliza as consciências, mas afoga nossa alegria, ou aprender a viver a fé cristã como uma aventura apaixonante de seguir Jesus.
A aventura consiste em acreditar no que Ele acreditou, dar importância as diferentes realidades como Ele fez, defender a causa do ser humano como Ele a defendeu, aproximar-nos dos indefesos e desvalidos como Ele se acercou, ser livres para fazer o bem como Ele, confiar no Pai como Ele confiou e enfrentar-nos com a vida e a morte com a esperança com que Ele enfrentou. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
*ANO ELIANO MISSIONÁRIO: O ARREBATAMENTO DE ELIAS. (2 Reis 2, 1-18)
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Frei Alexander Vella, O.Carm.
Não se pode esquecer o influxo que este texto teve na tradição bíblica sucessiva, sobre Elias. Os textos como Mal 3,23-24; Sir 48,9-11 e as referências a Elias que se encontram nos Evangelhos são todas baseadas nesta idéia: Elias foi arrebatado ao céu e voltará no fim dos tempos. Entretanto, a história não faz parte do ciclo de Elias, mas do ciclo de Eliseu, para o qual serve de introdução. Sua finalidade é a de apresentar Eliseu como autêntico sucessor de Elias e por isto, em certo sentido, pode ser considerada como paralela a 1 Reis 19,19-21. As duas histórias são provavelmente duas tradições independentes sobre a sucessão de Eliseu.
Antes de interpretar a estrutura que apresentamos é conveniente levar em conta a tipologia mosaica que encontramos neste texto. Elias divide as águas do Jordão com o seu manto enrolado tal como Moisés havia dividido as águas do Mar dos Juncos com o seu bastão (Ex. 14,16-21). Vai concluir depois a sua vida em outra parte do Jordão, onde morreu Moisés também (Deut 34,1-5). Antes de morrer, Moisés transmitiu os seus poderes a Josué (Deut 31,7-8) que demonstrou ser verdadeiro sucessor de Moisés, realizando também o mesmo milagre de Moisés dividindo as águas do Jordão (Jos 3,7-19) e sendo assim reconhecido pelos israelitas...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
CRÍTICA À CNBB: “Corrupção sangra o Brasil”, diz Arcebispo de Maringá
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O programa Em Romaria desta quinta-feira, (07/04), transmitido ao vivo do Vaticano em conexão direta comAparecida, aonde acontece a 54ª Assembleia Geral dos bispos do Brasil, teve como convidado o Arcebispo de Maringá (PR), Dom Anuar Battisti. A reportagem foi publicada por Rádio Vaticano, 07-04-2016.
Dom Anuar compartilhou suas opiniões a respeito dos leigos que ocupam o centro dos debates dos bispos que, ao final da Assembleia, publicarão um documento final com uma visão renovada do papel deles na Igreja e na sociedade.
Crítica à CNBB
O Arcebispo de Maringá todavia criticou o documento sobre a “conjuntura nacional” apresentado na abertura da Assembleia: apesar de bem elaborado e compilado, Dom Anuar observou que, em nenhum momento, o texto contemplou a palavra corrupção.
Ao citar o livro do Papa “O nome de Deus é misericórdia”, em que Francisco diferencia corruptos de pecadores – assim como também havia refletido na Casa Santa Marta – o arcebispo disse que vai lutar para que o documento conclusivo dos bispos ao final da Assembleia sobre a conjuntura nacional considere esta distinção, porque a “corrupção está sangrando o Brasil”.
Dom Anuar: Eu penso que este discurso do Papa, fazendo esta distinção entre pecador, sim, corrupto, não, deveria aparecer na mensagem final da CNBB. Vou lutar por isso, para que, ao menos, apareça isso. Uma das falhas – estou falando pessoalmente – na apresentação da conjuntura nacional do Brasil, que foi muito bem feita, realmente uma análise profunda, foi que, porém, nenhuma vez nesta análise apareceu a palavra corrupção. Isso é muito sério. Falar de uma conjuntura nacional sem apontar a corrupção é uma falha tremenda. É o que está sangrando hoje o Brasil. De todos os mais de 60 políticos que já foram presos, foram todos por causa de roubo, realmente roubo”.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
CARMO DE MOGI: Um olhar.
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