UM ESPAÇO PARA A ORAÇÃO.
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Rafael Checa Curi. (Tradução: Elcias Ferreira da Costa)
O Homem é um ser em comunicação. Essa dimensão da vida é ineliminável; de outro modo corre-se o risco da não realização integral. As diferentes formas de comunicação e os termos a que estas se referem formam a trama dentro da qual se desenvolve a vida pessoal.
Entre essas diferentes comunicações, merece um lugar de destaque o relacionamento com Deus. O diálogo transcendente, a comunhão com o Absoluto, a oração que é um "relacionamento de amizade" com o Senhor, está na preeminência dessas formas de comunicação humana. E assim o é, porque os termos da relação são, por uma parte, o homem, o ser mais nobre do universo; e por outra parte, Deus, o mistério insondável e inexprimível, o "Outro" absoluto e transcendente; e o traço de união que torna possível o contato, é a capacidade espiritual da pessoa, potenciada pela graça divina.
Na medida em que esta relação cresce e se desenvolve, consegue permear e cobrir, com sua influência, as outras dimensões comunicadoras do homem.
Então é certo que se ora com o universo, com as coisas, com as plantas, com os animais; é verdade que se ora com os próximos, que se ora consigo mesmo.
A oração do fiel contém uma enorme capacidade invasora. Envolto em Deus, envolve ele toda a criação e se vê envolvido nela. Deus é descoberto até nas regiões mais ocultas do cosmo.
A CONTEMPLAÇÃO: EXPERIÊNCIA DE VIDA.
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Rafael Checa Curi. (Tradução: Elcias Ferreira da Costa)
A contemplação é cúspide e meta da vida cristã, que é oração, ação e paixão e que tem como elemento integrador o dinamismo da vida teologal. Desnecessário advertir que falamos de contemplação, como de lugar de encontro entre a interioridade e a vida, entre o processo da santidade como configuração em Cristo e o crescimento na caridade: união de amor com Deus e com o homem.
A contemplação, como fenômeno de experiência cristã, inclui o evoluir ontológico, a ressonância psicológica e a expressão ética do processo de identificação e de transformação em Cristo.
Não me passa desapercebido que não está distante a época em que, falar sobre contemplação não era de bom gosto, ou levantava suspeita de quietismo ou quando menos de subjetivismo ou intimismo. A inclinação claramente encarnacionista e histórica da espiritualidade moderna, mal entendida, fazia da oração e sobre tudo da oração contemplativa, um impulso reacionário e alienante. Ainda mais; percebia-se um risco e um perigo, no desejo de viver a experiência contemplativa.
Hoje não se sabe porque, prefere-se não se falar destes vértices da oração cristã, talvez por mal entendida humildade ou ignorância. Isto porém, é um erro, na medida em que se impede ao Senhor de cumprir suas maravilhas nas almas. Bem pelo contrário, constitui um dever falar destes caminhos rápidos da oração e ensinar aos homens, não, de certo, a pretendê-los vaidosamente, mas a dispor-se generosamente e talvez a pedi-los com humildade. Em nossos dias, quando a mediocridade é norma e a iniciativa do homem, como ser auto-suficiente, converteu-se em lei, o tema da oração passiva (contemplação) que constitui a experiência suprema de Deus nesta terra, reveste uma urgência e um significado particular (1).(??)
Atualmente o tema da contemplação, a julgar pela bibliografia, tornou-se significativo e começa a ser objeto de estudo, de vida e de experiência.
De que contemplação se trata?
A contemplação de que aqui se trata é tão só a contemplação ;em sua acepção e em sua realidade cristã, não no contexto de outras religiões. Faz-se referência à contemplação sobrenatural, não à contemplação que se opera no campo da consideração científica ou filosófica, nem à contemplação estética ou axiológica, nem a que se desprende da simples reflexão teológica do dado revelado. Está excluída a contemplação de corte platônico, preponderantemente intelectualista e passiva.
Põe-se de lado a contemplação enquanto experiência de fenômenos extraordinários da mística e em troca se faz referência a essa secreta experiência que descobre e faz o homem saborear as grandezas e os mistérios de Deus. Trata-se de uma contemplação que nada tem a ver com a misantropia, com o isolamento, com a ausência de relação humana. Antes, encontra na amizade com os homens, o sacramento da amizade com Deus. Fala-se da contemplação, da qual todos nós temos um germe inicial.
Cada um de nós é um místico - um contemplativo em potência - porque, queiramos ou não no fundo de nós mesmos está sempre a presença do Espírito que nos impele para aquela zona em que podemos responder a Deus e deixar-lhe um espaço para que Ele nos fale nessa forma de oração, que se chama oração mística (contemplativa) (2).
Que é a Contemplação?
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Rafael Checa Curi. (Tradução: Elcias Ferreira da Costa)
Para precisar melhor, proponhamos algumas descrições.
Contemplar, em seu significado etimológico, quer dizer, "examinar e considerar profunda e atentamente uma coisa."
Martin Buber suspeitou algo disso quando diz: "Contemplação é um encontro profundo e intuitivo com a pessoa." (3) (??)
Este elemento intuitivo, como essencial ao ato contemplativo tem sido comprovado pela experiência psicológica. (4) (??)
Alfaro definiu a contemplação como "o contato vivente de uma comunhão pessoal eu-tu, com o Absoluto."
Já se debuxa a necessidade do encontro pessoal com Deus na experiência contemplativa cristã. E se precisam um pouco melhor os elementos constitutivos deste encontro, na descrição bastante generalizada de Crisógono de Jesus:
"Contemplação é uma simples olhada sobre a Verdade sob o influxo do amor". Ou nessa outra: "A contemplação infusa é uma intuição afetuosa das coisas divinas que resulta de uma influência especial de Deus na alma."
Continua tendo atualidade pela densidade de seu conteúdo e pela sua brevidade a que nos foi dada por São João da Cruz: "A contemplação é ciência de amor, é notícia infusa amorosa de Deus, que juntamente vai ilustrando e fascinando a alma."
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Podemos assim destacar os fatores que a integram:
a) Uma ação especial de Deus: sua influência divina
- b) A atitude do homem: passividade ativa.
- c) O ambiente em que se desenvolve: obscuridade e inefabilidade.
- d) O meio: o conhecimento a nível de sabedoria.
- e) O dinamismo: o amor e o afeto.
- f) Objetivo: a união plena com Deus, no exercício da caridade ao próximo.
Ao mesmo tempo distinguiríamos as diferenças qualitativas entre a atitude do homem diante de Deus, a nível pré-contemplativo e contemplativo: predomínio da atração unitiva a Deus na caridade, sobre o esforço purificador do pecado e da imperfeição; predomínio psicológico da sensação de passividade sobre a de atividade operante e penosa; predomínio da consciência intuitiva sobre a consciência discursiva, na dimensão oracional, como o aponta Vagagnini.
Devemos, ademais, dizer que o momento contemplativo, em analogia com a atividade sensível, apresenta-se como uma oração progressiva, na seguinte ordem, que não é necessariamente cronológica:
- Se a verdade do Reino é percebida pela inteligência, se falará de visão e de intuição.
- O sentir interior virá, quando a acolhida da Palavra se prolongar em um movimento afetivo de aceitação.
- Virá depois o gosto espiritual, quando a verdade do Reino se apresentar como alimento, cuja assimilação renovará a energia interior.
Por último, se consumará a união, quando a aproximação de Deus se converter em um contato doce e potente como se as duas substâncias espirituais se tocassem: "O contato com Deus satisfaz grandemente e recreia a substância da alma." (São João da Cruz).
*CARMELITAS: A aventura da Oração.
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Emanuele Boaga, O. Carm. e Augusta de Castro Cotta, CDP
A oração, como expressão da dimensão contemplativa do ser humano, é portanto o ponto de partida da maior parte dos outros aspectos do complexo fenômeno religioso. Neste sentido, considerando a fenomenologia da religião, a oração é uma realidade complexa. Apresenta muitos elementos que devem ser avaliados singularmente e no seu conjunto para que se compreenda a inter-relação profunda e a interação harmônica entre eles. Tudo isto deve ser levado em consideração para se fazer uma exposição acertada sobre a oração....
*Leia na íntegra. Clique aqui:
http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2016/10/carmelitas-aventura-da-oracao.html
*CARMELITAS: O Silêncio. (Formação para postulantes carmelitas)
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Emanuele Boaga, O. Carm. e Augusta de Castro Cotta, CDP
Atitude dialogal e o silêncio «sonoro»
«Eu mesmo a seduzirei, conduzirei ao deserto, e lhe falarei ao coração.
Lá lhe restituirei suas vinhas.... e ela responderá como nos dias da juventude»
(Os 2,16-17)
A) Observações e conteúdos
1 - Os assuntos que compõem este tema oferecem elementos básicos para a dinâmica da vida espiritual carmelitana: levando a compreender o tipo do silêncio necessário ao Carmelita e a purificação-união com Deus.
2 - Para introduzir o tema, pode-se ajudar o Postulante a notar algumas situações vivenciais (como se sente quem perde a paz interior, quem vive cheio de paixões, etc) e também próprias do ambiente (como se sente quem vive no barulho constante, quem fala muito e as consequências disto na vida). Exame de como tem sido a própria experiência na casa religiosa (horários e ambientes de silêncio). Oferecer como leitura inicial o nº 21 da Regra do Carmo, comentando-o....
*Leia na íntegra. Clique aqui:
*CARMELITAS: Contemplação e ação.
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Emanuele Boaga, O. Carm. e Augusta de Castro Cotta, CDP
A compreensão que os Carmelitas têm da vida contemplativa, no seu caminho histórico, apresenta elementos próprios, além dos influxos provenientes do conflito entre a ação e a contemplação, presentes por muito tempo na espiritualidade cristã em geral. É fácil compreender como, também entre os carmelitas, existiram modos distintos de compreensão da vida contemplativa e da mesma contemplação....
*Leia na íntegra. Clique aqui:
http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2016/10/carmelitas-contemplacao-e-acao.html
“Ver com os olhos de Deus”
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Padre Luiz Carlos de Oliveira, CSsR,
Usar a riqueza que temos
Quem acompanha mais de perto as atividades do Papa Francisco vê que insiste sobre o que toca os grandes desafios da sociedade. Ele viveu no meio do povo e sabe falar a língua do povo. Não bastam belos documentos. Francisco vê a situação concreta. Não resolvemos os problemas do mundo com teorias.
"É o olhar do discípulo que se nutre da luz e da força do Espírito Santo (Eg 50)".
O que se sente dele é que vê a realidade com os olhos de Deus, cujas lentes são o Evangelho. Os grandes projetos são necessários e úteis quando chegam ao gesto concreto e personalizado. As pessoas não são teorias, são olhos que nos olham com esperança. O Papa diz que sua apreciação se situa “na linha do discernimento evangélico.
É o olhar do discípulo que ‘se nutre da luz e da força do Espírito Santo’”(Eg 50). Não compete ao Papa saber tudo e dar todas as soluções. O que faz é estimular as comunidades a estarem vigilantes procurando interpretar os sinais dos tempos.
Temos um grande tesouro: O Reino de Deus está entre nós. Nós o compomos e continuamos a missão que nos foi confiada por Jesus. Se não tomarmos atitudes concretas haverá um grande prejuízo para a humanidade.
Está em jogo, não projetos, mas o homem e a mulher vivos e necessitados. Há males que estão sendo preconizados como solução quando na verdade são exploração da pessoa e da natureza. É o egoísmo pecaminoso.
É por isso que se procura abafar o cristianismo e reduzi-lo a uma religião intimista. Essa não cria problemas. Quando Paulo VI escreveu a Humanae Vitae foi uma grito universal.
Mas já há quem diga que, se tivéssemos ouvido Paulo VI, não estaríamos na situação atual. O convite a ouvir Francisco é saber utilizar as riquezas humanas que possuímos.
Desafios que nos cercam
A humanidade sempre disse que: “Nesses tempos difíceis em que vivemos”. Não diz, nas soluções procuramos, pudemos dar esses passos. O mundo atual deu grandes avanços nas áreas da saúde, educação, comunicação etc...
Mas há muita necessidade a ser solucionada. São males crônicos da comunidade internacional: alimento, água, migração, saúde, prisões, moradia, condições mínimas de vida.
Curiosamente são esses os itens sobre os quais seremos julgados no fim dos tempos, como lemos no discurso de Jesus sobre o juízo final (Mt 25,31-43).
Estão como a dizer: “cuide dos outros, que Deus cuida de você”! Ficamos nos pecadinhos íntimos e deixamos o pecado estrutural. Esta era a preocupação de Jesus.
Não podemos fazer uma religião sem o Evangelho, mesmo que seja piedosa. O Papa enumera então esses desafios referentes à economia que exclui na qual o ser humano é explorado, descartado.
Junto a esta, a idolatria do dinheiro. É bonito ter mais, quando o que faz viver é ser mais. Este é para servir. Segue-se a desigualdade social que gera violência. Vale a pena analisar a fundo estes temas propostos. Ainda seguem outros.
Não espere pelos outros
Dizemos: Não maldiga a escuridão, acenda um fósforo! Há muita prosa e pouca ação. Sempre pensamos numa solução global que alguém faça a mudança.
Ela começa como pequenas fagulhas que podem incendiar tudo. A grande frustração é a gente não fazer nada. Tudo começa pelo respeito ao pequeno, pela acolhida aos simples.
Aqui entra a função das comunidades que não deixem fora os que pouco valem. Quem é que vale? Ter ou ser? Temos entre os fracos, grandiosas personalidades. Uma mulher, abandonada que, sozinha, sem recursos conseguiu formar os filhos, vale muito.
A capacidade econômica de viver e ser feliz com um salário apertado. Isso é ser doutor em economia e administração etc... Essa gente magnífica que não aparece na telinha, essa sim, vale. Fonte: http://www.a12.com
EVANGELHO DO DIA: Pequenos gestos.
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Vaticano proíbe que cinzas do morto sejam guardadas em casa ou espalhadas
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O Vaticano divulgou nesta terça-feira (25) as regras para a cremação de católicos, que incluem a proibição à conservação das cinzas do morto em casa, evitando que elas se tornem "lembranças comemorativas". A Igreja Católica também proibiu que os fiéis espalhem as cinzas de mortos cremados.
As normas estão presentes em uma instrução da Congregação para a Doutrina da Fé aprovada pelo papa Francisco. O novo texto, com o nome "Instrução Ad resurgendum cum Christo", atualiza o anterior, de 1963, perante novas práticas de sepultamento e de cremação consideradas em "desacordo com a fé da Igreja".
De acordo com o documento, se for escolhida a cremação, as "cinzas do morto devem ser mantidas em um lugar sacro, ou seja, nos cemitérios, e a conservação das cinzas no ambiente doméstico não é permitida".
O Vaticano abre exceção apenas para casos envolvendo "circunstâncias graves e excepcionais, dependendo das condições culturais de caráter local". "No entanto, as cinzas não podem ser divididas entre os membros da família, e devem ser respeitadas as condições adequadas de conservação", acrescenta a instrução.
O consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, Ángel Rodrígez Luño, disse que a conservação das cinzas em casa só pode ser permitida em casos de "graves e excepcionais circunstâncias", em que uma pessoa faça esse pedido por "piedade ou proximidade".
A Igreja Católica também proíbe que o resultado da cremação seja transformado em "lembranças comemorativas" e "objetos de joalheria", indo contra a prática de colocar as cinzas em adereços como colares como forma de recordação do ente querido.
Espalhar as cinzas no mar ou em qualquer outro tipo de ambiente também foram vetados pela Congregação para a Doutrina da Fé. "Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não é permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra, na água ou de outro modo", afirma o documento.
Caso o morto tenha expressado em vida o desejo de ser cremado por razões contrárias à fé cristã, a Igreja deve negar a realização de seu funeral. "A Igreja não pode permitir abordagens e ritos que envolvam concepções erradas da morte, tida seja como a anulação definitiva da pessoa, seja como o momento de sua fusão com a mãe natureza ou com o universo, seja como uma etapa no processo de reencarnação, seja como a libertação definitiva da prisão do corpo", segundo a instrução aprovada pelo Papa.
Embora diga que a cremação de um cadáver não é por si só a negação da fé cristã, o documento ressalta que a preferência continua sendo pelo sepultamento dos corpos. As regras são uma forma encontrada pelo Vaticano de regulamentar uma prática difundida em muitos países, mas que em alguns casos está baseada em ideias que contrariam a doutrina católica.
A cremação é permitida pela Santa Sé desde 1963, desde que não seja um ato de contestação da fé. "A Igreja não tem razões doutrinárias para impedir tal prática, já que a cremação do cadáver não atinge a alma e não impede a onipotência divina de ressuscitar o corpo. Mas a Igreja continua a preferir o sepultamento porque assim se mostra uma estima maior em relação aos defuntos", diz o documento.
Para a Igreja Católica, a conservação das cinzas em cemitérios ou em outros locais "favorece a memória e a oração pelos mortos da parte dos seus familiares e de toda a comunidade cristã". (Com as agências internacionais).
Fonte: http://noticias.uol.com.br
STJ condena padre a pagar R$ 60 mil por interromper aborto legal em GO
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Em decisão unânime, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou o padre Luiz Carlos Lodi da Cruz a pagar R$ 60 mil de indenização por interromper um aborto legal. O caso ocorreu em 2005, no interior de Goiás. A relatora do processo, ministra Nancy Andrighi, avaliou que o padre agiu "temerariamente" quando pediu a suspensão do procedimento médico de interrupção da gravidez, que já estava em curso.
Há 11 anos, Lodi da Cruz entrou com um habeas corpus para impedir que uma mulher grávida levasse adiante a interrupção da gravidez de feto diagnosticado com síndrome de Body Stalk --denominação dada a um conjunto de malformações que inviabilizam a vida fora do útero.
O padre alegou que os pais iriam praticar um homicídio e pediu a interrupção do procedimento. O pedido foi atendido pelo Tribunal de Justiça de Goiás.
No momento da decisão do Tribunal, a gestante já estava internada em um hospital tomando medicação para induzir o parto, quando foi forçada a voltar para casa.
Com dilatação iniciada, ela passou os oito dias seguintes sentindo dores até a hora do parto, quando retornou ao hospital. O feto morreu logo após o nascimento. A ação por danos morais do casal contra o padre foi negada pela Justiça de Goiás e, posteriormente, encaminhada ao STJ.
Acompanhando o voto da relatora, todos os membros da Terceira Turma do STJ entenderam que o padre "abusou do direito de ação e violou direitos da gestante e de seu marido, provocando-lhes sofrimento inútil".
"Esse exaustivo trabalho de parto, com todas as dores que lhe são inerentes, dão o tom, em cores fortíssimas, do intenso dano moral suportado, tanto pela recorrente como pelo marido", disse Nancy.
De acordo com a ministra, o padre "buscou a tutela estatal para defender suas particulares ideias sobre a interrupção da gestação" e, com sua atitude, "agrediu os direitos inatos da mãe e do pai", que contavam com a garantia legal de interromper a gestação.
Ela destacou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2012, que afastou a possibilidade de criminalização da interrupção de gestação de anencéfalos.
Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
Papa: "É triste quando um padre vive fechado na fortaleza da casa paroquial"
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Foi o que o pontífice disse ao receber em audiência os participantes de um congresso de pastoral vocacional. A advertência: "Não reduzir a fé a um livro de receitas ou a um conjunto de normas a serem observadas". Aos bispos: vigilantes e prudentes em relação a quem entra no seminário. A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada no sítio Vatican Insider, 21-10-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Confesso-lhes que eu sempre tenho um pouco de medo ao usar algumas expressões comuns da nossa linguagem eclesial..." O papa iniciou assim a audiência aos participantes de um congresso de "pastoral vocacional" promovido no Vaticano pela Congregação para o Clero.
"É bonito que vocês tenham vindo aqui, de muitas partes do mundo, para refletir sobre esse tema, mas, por favor, que tudo não acabe com um belo congresso!", disse Francisco, que exortou os bispos a não se fecharem "na fortaleza segura da casa paroquial, da sacristia ou do grupo restrito dos 'fidelíssimos'", a acompanhar as pessoas "sem se apossarem da sua consciência, nem pretender controlar a graça de Deus", sem "rótulos" nem "superficialidades", e a vigiar, sem "leviandade ou superficialidade", para que, no seminário, entrem pessoas que possam se tornar sacerdotes "maduros e equilibrados" e sem "reduzir a fé a um livro de receitas ou a um conjunto de normas a serem observadas".
O tema do congresso retoma o lema episcopal de Jorge Mario Bergoglio, tirado das "Homilias de São Beda, o Venerável, sacerdote", que, comentando o episódio evangélico da vocação de São Mateus, escreve: "Vidit ergo lesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me" (Viu Jesus um publicano e, olhando-o com sentimento de amor e escolhendo-o, disse-lhe: Segue-me).
"Vocês sabem, eu já disse isto outras vezes, que eu escolhi esse lema fazendo memória dos anos juvenis em que senti fortemente o chamado do Senhor: não aconteceu depois de uma conferência ou por uma bela teoria, mas por ter experimentado o olhar misericordioso Jesus sobre mim."
A partir do relato evangélico do publicano Mateus, o papa fez três indicações: "Antes, Jesus sai de novo para pregar, depois vê Levi sentado no banco dos impostos e, por fim, o chama. Podemos nos deter sobre esses três verbos, que indicam o dinamismo de toda pastoral vocacional: sair, ver, chamar".
Acima de tudo, "a pastoral vocacional precisa de uma Igreja em movimento, capaz de alargar as próprias fronteiras, medindo-as não a partir da estreiteza dos cálculos humanos ou do medo de errar, mas a partir da medida larga do coração misericordioso de Deus".
Nesse sentido, "devemos aprender a sair da nossa rigidez, que nos torna incapazes de comunicar a alegria do Evangelho, das fórmulas padronizadas que muitas vezes são anacrônicas, das análise preconcebidas que encaixotam a vida das pessoas em esquemas frios. Peço isso especialmente aos pastores da Igreja, aos bispos e aos sacerdotes: vocês são os principais responsáveis pelas vocações cristãs e sacerdotais, e essa tarefa não pode ser relegada a um escritório burocrático".
Portanto, é preciso sair: "Ouvindo os jovens – é preciso paciência, hein – vocês podem ajudá-los a discernir os movimentos do seu coração e a orientar os seus passos. É triste quando um padre vive apenas para si mesmo, fechando-se na fortaleza segura da casa paroquial, da sacristia ou do grupo restrito dos 'fidelíssimos'. Ao contrário, somos chamados a ser pastores no meio do povo, capazes de animar uma pastoral do encontro e de passar tempo para acolher e ouvir a todos, especialmente os jovens".
Depois, é preciso lembrar, recomendou o papa, que, "ao passar pelas ruas, Jesus para e cruza o olhar do outro, sem pressa". O publicano Mateus "não recebeu sobre si um olhar de desprezo ou de julgamento, mas se sentiu olhado dentro com amor. Jesus desafiou os preconceitos e os rótulos das pessoas; criou um espaço aberto, em que Mateus pôde rever a própria vida e iniciar um novo caminho. Assim eu gosto de pensar o estilo da pastoral vocacional. E, permitam-me, do mesmo modo, eu imagino o olhar de cada pastor: atento, não apressado, capaz de parar e ler em profundidade, de entrar na vida do outro sem nunca fazê-lo se sentir nem ameaçado nem julgado. É um olhar, o do pastor, capaz de suscitar estupor pelo Evangelho, de despertar do torpor em que a cultura do consumismo e da superficialidade nos imerge e de suscitar perguntas autênticas de felicidade, especialmente nos jovens. É um olhar de discernimento – ressaltou o papa – que acompanha as pessoas, sem nem se apossar da sua consciência, nem pretender controlar a graça de Deus".
O olhar, enfatizou Francisco, deve ser "atento e vigilante e, por isso, chamado constantemente a se purificar. E, quando se trata das vocações sacerdotais e do ingresso no seminário, peço-lhe para fazer discernimento na verdade, para ter um olhar astuto e cauteloso, sem leviandades ou superficialidades. Digo isso em particular aos irmãos bispos: vigilância e prudência. A Igreja e o mundo – salientou o papa – precisam de sacerdotes maduros e equilibrados, de pastores intrépidos e generosos, capazes de proximidade, escuta e misericórdia". Palavras proferidas no dia em que, em Palermo, um sacerdote foi preso sob a acusação de violência sexual.
Por fim, destacou o papa, "Jesus não faz longos discursos, não entrega um programa para se aderir, não faz proselitismo, nem oferece respostas pré-confeccionadas. Voltando-se para Mateus, Ele se limita a dizer: 'Segue-me!'", porque o Seu desejo é "pôr as pessoas a caminho, movê-las de um sedentarismo letal, romper a ilusão de que é possível viver felizmente permanecendo comodamente sentado entre as próprias seguranças".
Assim, "nós também, em vez de reduzir a fé a um livro de receitas ou a um conjunto de normas a serem observadas – enfatizou o papa – podemos ajudar os jovens a se fazerem as perguntas certas, a se porem a caminho e a descobrirem a alegria do Evangelho". Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Gratidão e despedida. Morre ex-frade carmelita.
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É com muito pesar que nós da Associação Rede Rua, comunicamos o falecimento do nosso companheiro Argemiro, chamado carinhosamente, de "Arge", nesta madrugada de domingo, em Salvador.
Arge militava a favor de uma comunicação popular, comunitária e inclusiva. Acreditou no poder da comunicação como uma grande aliada das lutas sociais. Não só acreditava como fazia acontecer esta comunicação.
Foi para a universidade (UMESP) se tornar um mestre e produziu muitas imagens das lutas, quando esteve conosco, na Rede Rua de Comunicação.
Arge deixa um legado de produção de audiovisuais que comunicou a luta, a resistência, a formação, a organização, as dores, os gritos, os clamores e as conquistas da nossa gente lutadora dos movimentos, coletivos e grupos sociais.
A todos nós da Rede Rua de Comunicação fica este aprendizado e tudo o que ele construiu e produziu em nosso projeto.
Arge: querido, doce, complacente, comunicador, educador, mestre, pesquisador, nossa GRATIDÃO pelos sonhos compartilhados, pela comunicação produzida e por ter levado a nossa Rede por muitos e tantos lugares. ARGE: SEMPRE PRESENTE!
Um dia (talvez, muito próximo) tornaremos a Rede Rua de Comunicação, uma TV para fortalecer as lutas e as resistências do nosso povo - como você sempre sonhou, viu?
Sua morte foi em decorrência das doenças de chagas que combatia a muitos anos, mas, seu coração não mais resistiu.
Nossa singela homenagem, claro, com imagens da sua atuação. Fonte: https://www.facebook.com/associacaorederua/?fref=ts
NOTA DO OLHAR: O sepultamento será esta tarde em Salvador- BA
*30º DOMINGO DO TEMPO COMUM. ANO C: Reflexão.
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A liturgia deste domingo ensina-nos que Deus tem um “fraco” pelos humildes e pelos pobres, pelos marginalizados; e que são estes, no seu despojamento, na sua humildade, na sua finitude (e até no seu pecado), que estão mais perto da salvação, pois são os mais disponíveis para acolher o dom de Deus.
A primeira leitura define Deus como um “juiz justo”, que não se deixa subornar pelas ofertas desses poderosos que praticam injustiças na comunidade; em contrapartida, esse Deus justo ama os humildes e escuta as suas súplicas.
ATUALIZAÇÃO: Evangelho de Lucas. ( 18, 9-14)
Este texto coloca, fundamentalmente, o problema da atitude do homem face a Deus. Desautoriza completamente aqueles que se apresentam diante de Deus carregados de autossuficiência, convencidos da sua “bondade”, muito certos dos seus méritos, como se pudessem ser eles a exigir algo de Deus e a ditar-Lhe as suas condições; propõe, em contrapartida, uma atitude de reconhecimento humilde dos próprios limites, uma confiança absol uta na misericórdia de Deus e uma entrega confiada nas mãos de Deus. É esta segunda atitude que somos convidados a assumir.
- Este texto coloca, também, a questão da imagem de Deus… Diz-nos que Deus não é um contabilista, uma simples máquina de recompensas e de castigos, mas que é o Deus da bondade, do amor, da misericórdia, sempre disposto a derramar sobre o homem a salvação (mesmo que o homem não mereça) como puro dom. A única condição para “ser justificado” é aceitar humildemente a oferta de salvação que Ele faz.
- A atitude de orgulho e de autossuficiência, a certeza de possuir qualidades e méritos em abundância, acaba por gerar o desprezo pelos irmãos. Então, criam-se barreiras de separação (de um lado os “bons”, de outro os “maus”), que provocam segregação e exclusão… Isto acontece com alguma frequência nas nossas comunidades cristãs (e até em muitas comunidades religiosas). Como entender isto, à luz da parábola que Jesus hoje nos propõe?
- Nos últimos séculos os homens desenvolveram, a par de uma consciência muito profunda da sua dignidade, uma consciência muito viva das suas capacidades. Isto levou-os, com frequência, à presunção da sua autossuficiência… O desenvolvimento da tecnologia, da medicina, da química, dos sistemas políticos convenceram o homem de que podia prescindir de Deus pois, por si só, podia ser feliz. Onde nos tem conduzido esta presunção? Podemos chegar à salvação, à felicidade plena, apenas pelos nossos próprios meios?
- Leia na íntegra aqui no olhar. Acesse o link: EVANGELHO DO DIA).
DOMINGO, 23. Papa, Mensagem para o Dia Mundial das Missões: testemunhas de misericórdia
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Testemunhas de misericórdia.
“Igreja missionária, testemunha de misericórdia” é o título da mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Missões, a ser celebrado no terceiro domingo de outubro. No Regina Coeli deste Domingo de Pentecostes o Papa Francisco falou sobre a mensagem aos presentes:
"Hoje, no contexto muito apropriado de Pentecostes, é publicada a minha mensagem para o próximo Dia Mundial das Missões, celebrado cada ano no mês de outubro. Que o Espírito Santo dê força a todos os missionários ad gentes e apoie a missão da Igreja no mundo inteiro. E que o Espírito Santo nos dê jovens - meninas e rapazes - fortes, que tenham vontade de anunciar o Evangelho. Peçamos isto hoje ao Espírito Santo".
Eis na íntegra o texto da Mensagem:
“Queridos irmãos e irmãs!
O Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que a Igreja está a viver, proporciona uma luz particular também ao Dia Mundial das Missões de 2016: convida-nos a olhar a missão ad gentes como uma grande, imensa obra de misericórdia quer espiritual quer material. Com efeito, neste Dia Mundial das Missões, todos somos convidados a «sair», como discípulos missionários, pondo cada um a render os seus talentos, a sua criatividade, a sua sabedoria e experiência para levar a mensagem da ternura e compaixão de Deus à família humana inteira. Em virtude do mandato missionário, a Igreja tem a peito quantos não conhecem o Evangelho, pois deseja que todos sejam salvos e cheguem a experimentar o amor do Senhor. Ela «tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho» (Bula Misericordiae Vultus, 12), e anunciá-la em todos os cantos da terra, até alcançar toda a mulher, homem, idoso, jovem e criança.
A misericórdia gera íntima alegria no coração do Pai, sempre que encontra cada criatura humana; desde o princípio, Ele dirige-Se amorosamente mesmo às mais vulneráveis, porque a sua grandeza e poder manifestam-se precisamente na capacidade de empatia com os mais pequenos, os descartados, os oprimidos (cf. Dt 4, 31; Sal 86, 15; 103, 8; 111, 4). É o Deus benigno, solícito, fiel; aproxima-Se de quem passa necessidade para estar perto de todos, sobretudo dos pobres; envolve-Se com ternura na realidade humana, tal como fariam um pai e uma mãe na vida dos seus filhos (cf. Jr 31, 20). É ao ventre materno que alude o termo utilizado na Bíblia hebraica para dizer misericórdia: trata-se, pois, do amor duma mãe pelos filhos; filhos que ela amará sempre, em todas as circunstâncias suceda o que suceder, porque são fruto do seu ventre. Este é um aspeto essencial também do amor que Deus nutre por todos os seus filhos, especialmente pelos membros do povo que gerou e deseja criar e educar: perante as suas fragilidades e infidelidades, o seu íntimo comove-se e estremece de compaixão (cf. Os 11, 8). Mas Ele é misericordioso para com todos, o seu amor é para todos os povos e a sua ternura estende-se sobre todas as criaturas (cf. Sal 144, 8-9).
A misericórdia encontra a sua manifestação mais alta e perfeita no Verbo encarnado. Ele revela o rosto do Pai, rico em misericórdia: «não somente fala dela e a explica com o uso de comparações e parábolas, mas sobretudo Ele próprio a encarna e a personifica» (JOÃO PAULO II, Enc. Dives in misericordia, 2). Aceitando e seguindo Jesus por meio do Evangelho e dos Sacramentos, com a ação do Espírito Santo, podemos tornar-nos misericordiosos como o nosso Pai celestial, aprendendo a amar como Ele nos ama e fazendo da nossa vida um dom gratuito, um sinal da sua bondade (cf. Bula Misericordiae Vultus, 3). A primeira comunidade que, no meio da humanidade, vive a misericórdia de Cristo é a Igreja: sempre sente sobre si o olhar d’Ele que a escolhe com amor misericordioso e, deste amor, ela deduz o estilo do seu mandato, vive dele e dá-o a conhecer aos povos num diálogo respeitoso por cada cultura e convicção religiosa.
Como nos primeiros tempos da experiência eclesial, há tantos homens e mulheres de todas as idades e condições que dão testemunho deste amor de misericórdia. Sinal eloquente do amor materno de Deus é uma considerável e crescente presença feminina no mundo missionário, ao lado da presença masculina. As mulheres, leigas ou consagradas – e hoje também numerosas famílias –, realizam a sua vocação missionária nas mais variadas formas: desde o anúncio direto do Evangelho ao serviço sociocaritativo. Ao lado da obra evangelizadora e sacramental dos missionários, aparecem as mulheres e as famílias que entendem, de forma muitas vezes mais adequada, os problemas das pessoas e sabem enfrentá-los de modo oportuno e por vezes inédito: cuidando da vida, com uma acrescida atenção centrada mais nas pessoas do que nas estruturas e fazendo valer todos os recursos humanos e espirituais para construir harmonia, relacionamento, paz, solidariedade, diálogo, cooperação e fraternidade, tanto no setor das relações interpessoais como na área mais ampla da vida social e cultural e, de modo particular, no cuidado dos pobres.
Em muitos lugares, a evangelização parte da atividade educativa, à qual o trabalho missionário dedica esforço e tempo, como o vinhateiro misericordioso do Evangelho (cf. Lc 13, 7-9; Jo 15, 1), com paciência para esperar os frutos depois de anos de lenta formação; geram-se assim pessoas capazes de evangelizar e fazer chegar o Evangelho onde ninguém esperaria vê-lo realizado. A Igreja pode ser definida «mãe», mesmo para aqueles que poderão um dia chegar à fé em Cristo. Espero, pois, que o povo santo de Deus exerça o serviço materno da misericórdia, que tanto ajuda os povos que ainda não conhecem o Senhor a encontrá-Lo e a amá-Lo. Com efeito a fé é dom de Deus, e não fruto de proselitismo; mas cresce graças à fé e à caridade dos evangelizadores, que são testemunhas de Cristo. Quando os discípulos de Jesus percorrem as estradas do mundo, é-lhes pedido aquele amor sem medida que tende a aplicar a todos a mesma medida do Senhor; anunciamos o dom mais belo e maior que Ele nos ofereceu: a sua vida e o seu amor.
Cada povo e cultura tem direito de receber a mensagem de salvação, que é dom de Deus para todos. E a necessidade dela redobra ao considerarmos quantas injustiças, guerras, crises humanitárias aguardam, hoje, por uma solução. Os missionários sabem, por experiência, que o Evangelho do perdão e da misericórdia pode levar alegria e reconciliação, justiça e paz. O mandato do Evangelho – «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (Mt 28, 19-20) – não terminou, antes pelo contrário impele-nos a todos, nos cenários presentes e desafios atuais, a sentir-nos chamados para uma renovada «saída» missionária, como indiquei na Exortação Apostólica Evangelii gaudium: «cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (n. 20).
Precisamente neste Ano Jubilar, celebra o seu nonagésimo aniversário o Dia Mundial das Missões, promovido pela Pontifícia Obra da Propagação da Fé e aprovado pelo Papa Pio XI em 1926. Por isso, considero oportuno recordar as sábias indicações dos meus Predecessores, estabelecendo que fossem destinadas a esta Opera todas as ofertas que cada diocese, paróquia, comunidade religiosa, associação e movimento, de todo o mundo, pudessem recolher para socorrer as comunidades cristãs necessitadas de ajuda e revigorar o anúncio do Evangelho até aos últimos confins da terra. Também nos nossos dias, não nos subtraiamos a este gesto de comunhão eclesial missionário; não restrinjamos o coração às nossas preocupações particulares, mas alarguemo-lo aos horizontes da humanidade inteira.
Santa Maria, ícone sublime da humanidade redimida, modelo missionário para a Igreja, ensine a todos, homens, mulheres e famílias, a gerar e guardar por todo o lado a presença viva e misteriosa do Senhor Ressuscitado, que renova e enche de jubilosa misericórdia as relações entre as pessoas, as culturas e os povos”.
Vaticano, 15 de maio – Solenidade de Pentecostes – de 2016.
Fonte: http://pt.radiovaticana.va
Presidência da CNBB é recebida pelo papa Francisco: Pontífice informou que não poderá visitar o Brasil em 2017
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A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi recebida pelo papa Francisco, nesta quinta-feira, 20, no Vaticano. Na ocasião, ao falarem sobre o Ano Nacional Mariano, aberto no último dia 12 de outubro em preparação para as comemorações do tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul, os bispos foram informados que não será possível a visita papal na ocasião. A expectativa era que Francisco visitasse o Santuário Nacional de Aparecida durante as comemorações dos 300 anos do encontro da imagem.
“Ele disse que ano que vem não poderá ir a Aparecida porque teria que ir também na Argentina, Chile, Uruguai e não há condições porque esse ano suspendeu as visitas dos bispos e ano que vem vai pegar as visitas que seriam deste ano e do próximo”, explicou o arcebispo de Salvador (BA) e o vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger.
Durante o encontro, o pontífice expressou seu carinho e atenção pelos brasileiros. O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, demonstrou esperança de receber Francisco em breve. “Nós esperamos que no futuro ele venha nos visitar mais uma vez. Isso, certamente acontecerá, porque existe sempre uma conjuntura de elementos, de momento e também a necessidade da presenta do santo padre em outros lugares do mundo”, ressaltou. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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