*BEATO FREI TITO BRANDSMA: Colóquio com Santo Elias
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Ouvir as palavras. Formar ao seu lado. Transplantar no coração o seu zelo e o seu amor. Santa, competição com respeito á sua confiança em Deus. Esperar tudo dele.
Água sobre a lenha. Convencer-nos de que a nossa salvação é dom exclusivo de Deus, ainda que tenhamos de merecê-la.
Considerar tudo á luz da Providência e da predestinação divinas. Fortes com Santo Elias pela força que vem de Deus, á luta contra tudo que nos afaste de Deus. E, depois de abominarmos tudo isso, ajoelhar-nos com Santo Elias para rezar, para perseverar na oração.
Com Santo Elias, que nos é apontado com São Tiago corno modelo de perseverança na oração e como garantia de que nossa oração será ouvida. Alegrar-nos com Santo Elias pelo fato de ter aparecido urna nuvenzinha sobre o mar. Levantar-nos com ele para irmos a Jerusalém.
*MINHA CELA: ESCRITOS DE UM ARTIR.
BEATO FREI TITO BRANDSMA, O. CARM.
(Tradução: frei Bento Caspers, O. Carm. e Dom Vital Wilderink, O. Carm)
FESTA DE SANTO ELIAS: Frei Reinaldo.
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3º DIA DO TRÍDUO DE SANTO ELIAS/ RJ.
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3º DIA DO TRÍDUO DE SANTO ELAIS. Fotos e fatos da última noite do Tríduo de Santo Elias na Igreja do Carmo da Lapa/RJ. Presidente da celebração: Frei Valter Rubens, Carmelita. Amanhã, 20, Dia de Santo Elias, Missa Solene com Frei Petrônio de Miranda, às 18h: 30min. NOTA: A imagem de Santo Elias é uma réplica da Imagem Peregrina que se encontra em Santos/SP, até o próximo dia 21. Daqui a pouco, veja vídeos do Tríduo.
3º DIA DO TRÍDUO DE ELIAS: A figura bíblica de Elias.
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Frei Alexander Vella, O.Carm.
(A Imagem Peregrina de Santo Elias se encontra na cidade de Santos/SP. De 17-21. PRÓXIMA CIDADE: São Paulo- Sapopemba- De 22-27)
Hoje ninguém coloca em dúvida a existência de Elias, visto antes por alguns apenas como personificacão da luta do javismo contra o baalismo. O tempo em que foram escritas, não muito distante da passagem do profeta, constitui um argumento a favor de tal historicidade, ao menos em relação ao núcleo do que se afirma sobre ele. Conhece-se realmente bastante bem a sua época de forma a poder enquadra-lo facilmente em seu ambiente, um ambiente que é apresentado com clareza nestas histórias.
É necessário ter presente que as histórias nos dizem muito pouco dele. Se referem a ele como pessoa bem conhecida de todos e que dispensa apresentações. De suas origens não se sabe nada, a não ser que era proveniente da região de Galaad. Sua vida pessoal, o seu ambiente religioso e social são desconhecidos. Também, como escreve o notável biblista G. von Rad, Elias não é nem mesmo apresentado como uma "figura" no sentido literário moderno, o que torna difícil descobrir a sua personalidade uma vez que tal cogitacão não fazia parte das histórias narradas (ver G. von Rad, Theology of the Old Testament, II, London, 1975 pp. 15 e 24).
O personagem principal dos contos não é Elias mas o Senhor que escolhe Elias como instrumento em um momento muito crítico da história religiosa de Israel para fazer triunfar o javismo puro e íntegro contra o sincretismo religioso, que o ameacava de substituir pelo baalismo. Pode-se afirmar que nestas histórias, apesar de toda a sua grandeza, Elias continuamente desaparece da cena para deixar a Deus só o lugar principal.
Sem dúvida, pode-se dizer da figura de Elias, que o profeta era guiado exclusivamente pela Palavra de Deus. Isto é repetido muitas vezes no texto. Podemos verificar, por exemplo no caso dos deslocamentos de Elias. Os dois deslocamentos do cap. 17 são claramente guiados por Deus e por Ele orientados (vv. 3-5,9-10). Da mesma forma o narrado no cap. 18 (vv.1 e 2). Elias aparece como um homem todo plasmado pela palavra de Deus. Por isto não é de admirar que nossos padres o tenham escolhido como seu modelo inspirativo, uma vez que a escuta-obediência à Palavra de Deus é elemento constitutivo do carisma carmelitano. A Regra, realmente, o indica como nossa ocupacão principal (n. 10) e nos recomenda a tudo fazer conforme a Palavra do Senhor (n. 19).
Entretanto, sobre este aspecto, Elias parece resvalar por um momento, pois, ele que sempre agia movido pela Palavra de Deus, no cap. 19, empreende a viagem pelo deserto, não sob o comando de Deus, mas pela própria iniciativa, tanto que Deus o interpela por duas vezes "que fazes aqui Elias?" (vv.9-13). É a hora difìcil na vida do Profeta, a sua "noite escura", apresentada com a imagem bíblica do deserto que aliás é muito cara a nossa tradição carmelitana.
Elias é o homem do coração indiviso, o homem que vive inteiramente diante de Deus, todo a serviço de Deus, pronto a seguir as suas ordens (17,1; 18,15). Não tem outro interesse senão Deus e sua causa. É um profeta de fogo que arde de paixão por Deus e por sua aliança que vê completamente ameaçada. Toda a sua existência teve como sentido a luta contra as falsas imagens de Deus que os homens iam criando para satisfazer as próprias necessidades. É nisto que consiste a idolatria. Mas, o Deus de Israel, o Deus de Elias é um Deus infinitamente maior que o nosso coração, que nossos conceitos, que nossas espectativas e nossas necessidades. É um Deus com o qual também Elias, o seu grande herói, perde, porque não havia compreendido como Deus age na história e em seus desvios. Precisa passar ainda pelo deserto para ser transformado.
Imerso em seu contexto histórico, Elias transcende o seu ambiente e a sua epoca e torna-se um homem de todos os tempos, pois a humanidade em cada homem é sempre a mesma seja pagão, israelita e também cristão. Sua maior tentação será sempre a de fazer um Deus a sua medida. Elias e depois dele os grandes mestres do Carmelo, nos ensinam que, ao contrario, devemos permitir a Deus de ser Deus em nossa vida, acolhendo-o tal como Ele é. Isto não ocorre naturalmente mas resulta de um longo e árduo caminho que nos leva ao deserto, onde encontrando a Deus e sendo por Ele transformados, começamos a deixar todas as nossas falsas imagens dele e ao contrario de reduzi-lo a nossas dimensões, começamos a acolhê-lo em nós, tal como Ele é.
2ª NOITE DO TRÍDUO DE SANTO ELIAS: Elias, o deserto e a brisa suave.
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Atravessando o deserto de Beersheba, Elias entrou no deserto da montanha de Deus, o Horeb(1 R 19,8). Lá ele ouviu a pergunta: "Elias, que fazes aqui?" E ele respondeu, por duas vezes: "O zelo por Javé dos exércitos me consome, porque os israelitas abandonaram tua aliança, derrubaram teus altares e mataram teus profetas. Sobrei somente eu, e eles querem me matar também". (1 R 19,10.14)
Existe uma contradição entre a resposta e a realidade vivida, entre o discurso e a prática de Elias. Conforme o discurso ele é o único que sobrou; mas havia sete mil (1 R 19,18). Conforme o discurso ele está cheio de zelo; mas a prática mostra um homem medroso que foge (1 R 19, 3). Conforme o discurso ele sabe analisar o fracasso da nação; mas na prática não sabe analisar o seu próprio fracasso. Elias não se dá conta de que a situação de derrota e de morte em que se encontra é o lugar onde Deus o atinge, pois não percebe a presença do anjo que o orienta. Ele só pensa em comer e dormir. (1 R 19,6)
O olhar de Elias está perturbado por algum defeito que o impede de perceber a realidade tal como ela é: ele se considera dono da luta contra Baal (e não é); acha que sem ele tudo estará perdido (e não estará); pensa que Deus sai perdendo caso ele, Elias, for derrotado (e Deus não sai perdendo). Qual o defeito nos olhos de Elias? Qual o defeito em nossos olhos hoje? A resposta está na história da Brisa Leve.
A expressão "Brisa Leva" traduz o hebraico: “qôl demamáh daqqáh”. Literalmente: “voz de calmaria suave”. A palavra hebraica, demamáh, usada para indicar a calmaria vem de uma raiz, DMH, que significa parar, ficar imóvel, emudecer. A brisa leve indica algo, um fato, que, de repente, faz emudecer, faz a pessoa ficar calada, cria nela um vazio e, assim, a dispõe para escutar; provoca nela uma expectativa.
A "Brisa Leve" não deve ser entendida no sentido romântico de uma brisa suave no fim da tarde, mas sim no sentido de algo que, de repen- te, fez desintegrar tudo que Elias pensava e vivia até àquele momento. Ela indica o impacto de algum fato que o obrigou a uma mudança radical e o levou a uma visão totalmente nova das coisas. É como diz a poesia: "Diante da vida do povo sofrido, a gente não fala, só sabe calar. Esquece as ideias do povo sabido, e fica humilde, começa a pensar".
Qual foi a "brisa leve" que provocou tudo isto na vida de Elias? O texto não o diz expressamente, mas sugere que foi a descoberta dolorosa de que Javé, o Deus de Israel, já não estava nem no vento, nem no terremoto, nem no raio! (Os sinais tradicionais da manifestação de Deus). Deus já não era como ele, Elias, o imaginava. Elias descobriu que, apesar de toda a sua fidelidade e luta pela causa de Javé, ele estava lutando por algo que já não era a causa de Javé!
Deus se fez presente na ausência! A luz apareceu na escuridão! A voz de calmaria suave era o silêncio de todas as vozes! Elias descobriu que ele estava errado. E descobrindo que estava errado, descobriu coisa certa! A "Brisa Leve" é a noite escura da experiência mística; é o sair de si para se encontrar. Ela derrubou tudo e abriu o espaço para uma nova experiência de Deus que, aos poucos, foi penetrando na vida de Elias e o levou a redescobrir sua missão na reconstrução da Aliança.
*IV-FOCAL. MIRAFLORES- LIMA PERU (1 a 15 de agosto de 1998)
2º DIA DO TRÍDUO DE ELIAS: O Corvo.
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16º DOMINGO DO TEMPO COMUM: Acolhe o Senhor que passa na tua vida
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Dom José Gislon, OFMCap. Bispo Diocesano de Erexim (RS)
Quando viajamos para algum lugar ou visitamos alguém, algo que sempre nos marca bastante é a hospitalidade com que as pessoas nos acolhem. Quando somos bem acolhidos e nos sentimos bem, podemos até não saber falar direito o idioma do lugar, mas a descontração de quem nos acolhe faz a gente superar tantos obstáculos, sentir-se em casa e não ficar com aquela vontade de partir o mais rápido possível, porque bate aquela sensação de que estamos incomodando. Acolher bem revela nobreza de espírito, deixa marcas de gratidão em quem parte além da saudade de querer voltar.
A Bíblia menciona várias vezes a hospitalidade, tanto no Antigo como no Novo Testamento. O próprio Senhor Jesus recebeu hospitalidade em vários lugares por onde passou, marcando com sua presença e suas palavras a vida de quem O acolheu (Lc 10,38-42). No tempo e na história, Ele continua visitando a humanidade, passando pelos nossos caminhos, visitando cada pessoa, pedindo hospitalidade no teu coração, na tua vida, na tua família. Talvez, tu andes tão ocupado com tantos afazeres, que não tens tempo para acolher o Senhor, para escutar o que Ele tem a dizer no silêncio do teu coração, ou não tem tempo para falar com Ele.
O Senhor Jesus se faz presente na vida de cada um de nós, mas precisamos ter a capacidade de discernir esse momento e de reconhecer a sua presença. Ele passa pela nossa vida e bate com insistência à porta do nosso coração pedindo hospitalidade, mas, talvez, com o passar do tempo, as tantas ocupações do mundo acabaram apagando do nosso coração a sensibilidade de discernir a voz do Senhor que pede para ser acolhido. Quando é acolhido, o Senhor enche de vida nova o nosso ser e a sua luz ilumina o nosso caminho no silêncio, assim como a terra silenciosa acolhe a semente, nutre, dá força e estabilidade interior às plantas. Fonte: http://www.cnbb.org.br
ELIAS PEREGRINO EM TABOÃO DA SERRA-SP.
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A MISSÃO CONTINUA! Primeiras fotos do Dia de Nossa Senhora do Carmo e da presença de Santo Elias Peregrino na Diocese de Campo Limpo, grande São Paulo-Paróquia do Sagrado Coração de Jesus- No Jardim das Margaridas, em Taboão da Serra. Na oportunidade, dois padres da Diocese; Luciano e Gean entraram para o Noviciado da Terceira do Carmo de Osasco/SP, além do jovem Silvano Tenório, para o Postulantado. Nas próximas horas, veja vídeos no olhar.
16 de julho: Mensagem do Padre Geral da Ordm do Carmo.
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CARTA DEL PRIOR GENERAL CON MOTIVO DE LA SOLEMNIDAD DE LA VIRGEN DEL CARMEN
Queridos hermanos y hermanas en el Carmelo:
Como todos los años, nos disponemos a celebrar las fiestas en honor de la Virgen del Carmen, nuestra Madre y Hermana como nos gusta llamarla a los carmelitas, siguiendo una vieja tradición que se remonta hasta la Edad Media. Os deseo, en primer lugar, unas felices fiestas. Que los actos, las celebraciones, los cultos y todo lo que solemos hacer en estos días para honrar a la Virgen sea un signo de una profunda vivencia interior, y de un verdadero deseo de estar “junto a María, la Madre de Jesús” (Hch 1,14), para que Ella, primera discípula y seguidora del Señor, nos inspire en nuestro caminar. Para ello, cada día os mandaremos como todos los años desde nuestra página Web, un modelo de novena elaborado por algunos biblistas. Se trata de unas reflexiones sencillas y hondas a la vez que os puedan ayudar a todos a vivir estos días con intensidad espiritual.
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Este año quisiera proponeros para vuestra reflexión la experiencia y la doctrina de tres grandes carmelitas de diferentes períodos de nuestra historia que, por motivos diversos, recordamos en este año: santa María Magdalena de Pazzi, el beato Bautista Mantuano y el beato Tito Brandsma. Los tres -cada uno con un lenguaje diverso, con un trasfondo mariológico distinto, con una sensibilidad con diferentes acentos- han subrayado esa dimensión fundamental del carisma carmelitano: la devoción filial, honda, muchas veces poética a la Virgen María bajo la advocación del Carmelo. Ellos han enriquecido esa piedad y -lo que es más importante- la han vivido en diferentes momentos históricos con autenticidad y como un acicate de santidad. Ojala que también nosotros sepamos hacer nuestra propia lectura de esa piedad mariana para que ésta sea un revulsivo en nuestra vocación carmelita al servicio de la iglesia y del mundo.
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El pasado 20 de marzo se cumplían 500 años de la muerte del Beato Bautista Mantuano, también conocido como “Spagnoli” por la nacionalidad de su padre. Bautista entró en la Orden en la congregación mantuana que estaba en su esplendor por aquellos años. Además de ser un excelente religioso y una figura prominente de la historia de nuestra Orden (llegó a ser Vicario General de dicha congregación reformada y, al final de su vida General de toda la Orden), así como una figura importante de la Iglesia de su época, “el mantuano” fue un gran literato que ha pasado a la historia como “el Virgilio cristiano”.
A lo largo de su obra poética y de su vida religiosa, Bautista Mantuano fue siempre un cantor de María. A ella dedicó los sublimes versos poéticos que encontramos en su obra La Partenice mariana. El beato fue un enamorado del título Hermanos de la Bienaventurada Virgen María del Monte Carmelo que los carmelitas venimos usando desde tiempos inmemoriales. Es un título hermosísimo que, bien interpretado, nos muestra una dimensión muy importante de la mariología y de la devoción mariana: María es nuestra Madre y también nuestra Hermana, que nos acompaña en el camino de la vida hacia el Padre. Ella acompañó a su Hijo Jesús, muchas veces desde un segundo plano, con gran humildad, pero también con la fidelidad que la condujo incluso a los pies de la cruz y a permanecer junto a la iglesia naciente que esperaba la venida del Espíritu.
Que María nos ayude a ser compañeros de camino de los hombres y mujeres de nuestro tiempo. Que ella, Nuestra Madre y Hermana, nos ayude a permanecer fieles en la sequela Christi,como verdaderos discípulos perseverantes y fieles. Y que, al final de nuestro caminar, podamos proclamar con gozo como el Beato Spagnoli, que se dirigía a la Virgen de este modo: “Tus senderos se cruzan ahora con los míos…”
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A lo largo de este año se han multiplicado los actos y las celebraciones con motivo del 450º aniversario del nacimiento de Santa María Magdalena de Pazzi, la gran santa carmelita de Florencia que alcanzó las más altas cumbres de la mística. Nuestra carmelita, en el marco de su intensa vivencia mística, desarrolló una honda piedad mariana de profundas connotaciones espirituales y teologales. En varias ocasiones, la mística carmelita, utiliza la imagen de la “puerta” para referirse a María y a su papel en la historia de salvación. Maria es “aquella puerta por la que Dios ha entrado en la tierra y por la que nosotros entramos en la patria celeste” (Pobatione 2, 202) ¡Qué hermosa imagen para este año jubilar en el que el Papa Francisco nos invita a atravesar la puerta y a acercarnos al Dios de la misericordia!
En otras ocasiones se refiere a su monasterio como el habitáculo de María, la casa de María, proclamando así que el Carmelo, cada Carmelo, debe ser un humilde hogar en el que María nos acompaña y nos inspira. María Magdalena, con palabras encendidas, poéticas y audaces, se recrea en la belleza de María y nos invita a todos a entrar con gozo en ese habitáculo, a atravesar con plena confianza esa puerta que es María y a entrar en ese ámbito de la misericordia divina:
¡Cuán bella y pura eres María! Con tu mirada tú haces que el Verbo alegre a los ángeles, conforte a los pecadores y anime a los peregrinos (…). Desde el cielo, con tu mirada haces que, por así decir, Dios no sea Dios y que vaya mitigando su ira de modo que las criaturas aquí abajo se pregunten si Dios es tan potente y justo, viendo tanta misericordia que siempre que alguien se vuelve hacia él, lo espera de tal modo que, aún siendo un Dios justo y sustancia purísima, no se muestra tal sino que muestra más su misericordia. En la belleza de tus ojos, se goza todo el universo y se inclina el trono de la Santísima Trinidad…
Que María nos ayude a descubrir ese Dios misericordioso que nos espera amorosamente. Que Ella nos ayude también a ser sembradores y trasmisores de esa misericordia, especialmente hacia aquellos que más lo necesitan. Que los carmelitas sepamos irradiar esa misericordia de la que tanto necesita nuestro mundo, muchas veces frío y áspero.
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Como quizás sepáis, se halla en curso el proceso de un presunto milagro atribuido a la intercesión del beato Tito Brandsma en la diócesis de Palm Beach en los Estados Unidos. El beato Tito supo vivir con pasión ese aspecto fundamental de nuestro carisma. En muchas ocasiones predicó y enseñó el verdadero sentido de esa piedad mariana que nos lleva a lo más hondo del Evangelio. En esta línea se expresó en cierta ocasión en 1932, cuando, antes de anunciar los actos conmemorativos del XV Centenario del Concilio de Éfeso, publicó una carta abierta dirigida a los hermanos protestantes en la que intentaba explicar el sentido que damos los católicos a estas celebraciones y mostraba su deseo (sinceramente ecuménico) de no herir ninguna sensibilidad. El beato Tito insistía en que una recta y sana devoción mariana no puede sino llevarnos al corazón de la vida cristiana y al misterio mismo de Cristo. Con ello, el carmelita holandés se anticipaba a lo que varias décadas más tarde afirmaría la Constitución dogmáticaLumen Gentium del Concilio Vaticano II, cuando, tras recomendar encarecidamente el culto y la piedad a la Virgen Santísima, avisa:
Asimismo [el Sacrosanto Concilio] exhorta encarecidamente a los teólogos y a los predicadores de la divina palabra que se abstengan con cuidado tanto de toda falsa exageración (…), ilustren rectamente los dones y privilegios de la Bienaventurada Virgen, que siempre están referidos a Cristo, origen de toda verdad, santidad y piedad, y, con diligencia, aparten todo aquello que sea de palabra, sea de obra, pueda inducir a error a los hermanos separados o a cualesquiera otros acerca de la verdadera doctrina de la Iglesia (LG 67).
Una idea de hondas resonancias patrísticas, muy querida por el beato Tito, era que todos nosotros, como María, debemos ser de algún modo “portadores de Dios” (theotokos). De forma análoga, ciertamente, también los creyentes debemos esforzarnos para que Jesús y la Buena noticia del Evangelio lleguen a todos. Con nuestro testimonio de vida, con nuestra oración, con nuestras palabras… estamos llamados a ser portadores de Dios, desde la humildad y desde la autenticidad de vida. El beato Tito lo vivió de forma radical y heroica, hasta los momentos dramáticos que precedieron a su muerte en Dachau.
Que nosotros, carmelitas del siglo XXI, asumamos con entusiasmo, generosidad y creatividad ese reto: como María… ¡ser portadores de Dios!
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Inspirados por estas figuras señeras de nuestra historia, dispongámonos a celebrar la fiesta de la Virgen del Carmen. Que Ella os acompañe y os guíe. ¡Muchas felicidades!
Con afecto fraterno
Fernando Millán Romeral O.Carm.
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