O sentido de cada parte da Santa Missa
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Para que a Santa Eucaristia não se constitua em um mero rito mecânico, onde as pessoas só “copiam” o que as outras fazem (gestos, sinal da cruz, genuflexão, etc.) sem entender exatamente o que está acontecendo, é bom que cada fiel católico entenda melhor a Santa Missa, pois só amamos aquilo que conhecemos.
A missa é igual para toda a Assembleia mas a maneira de cada um participar pode ser diferente pois depende da fé que as pessoas têm e também do grau de formação na religião. As vezes vamos fazendo muitas coisas sem saber por quê.
Para participar da missa com fé e alegria, além da sua formação catequética básica, o fiel deve conhecer todas as etapas da liturgia da missa pois ninguém ama o que não conhece.
A palavra MISSA vem do latim missio, que significa despedida ou envio. E, quando os catecúmenos saíam antes do início da Liturgia Eucarística o celebrante os despedia. Desta forma, toda a Celebração Eucarística acabou por ser denominada missa.
A missa é dividida em quatro partes principais: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Ritos Finais.
I RITOS INICIAIS
1-Monição Ambiental
Ao entrar e sair de uma igreja com um sacrário, procedemos à genuflexão um gesto de adoração a Jesus Eucarístico.
Feita pelo comentarista, ao lado do altar. Um convite à Assembleia para participar da Celebração, criando um clima de oração e fé. Solicita que todos, de pé, recebam o celebrante.
2-Canto de Entrada e Sinal da Cruz
Durante o canto, o padre, os ministros e/ou acólitos dirigem-se ao altar. O padre faz uma inclinação profunda e deposita o beijo no altar, endereçado a Cristo.
Em seguida, o padre faz o sinal da cruz e o povo faz com ele (não precisa beijar a mão após o sinal), mas sem dizer nada. Ao final, todos respondem o “Amém”.
A expressão “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” quer dizer a pessoa, não apenas o “nome”. Iniciamos a Missa colocando nossa vida e toda a nossa ação invocando a Santíssima Trindade.
3-Acolhida e Saudação
É o “bom dia” de inspiração divina dado pelo Presidente à Assembleia. Em uma das formas litúrgicas, o padre saúda o povo com as palavras de São Paulo aos Coríntios (2Cor 13,11-13):
– A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!
Independente da forma utilizada, todos respondem:
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
4- Ato Penitencial
“Se estás diante do altar para apresentar a tua oferta e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa tua oferta lá diante do altar. Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, depois volta para apresentares tua oferta.” (Mt 5,23-24)
Convite para cada um olhar para si (reconhecer os próprios pecados e não os dos outros), buscando um arrependimento sincero.
Precisamos pedir que Jesus purifique nosso coração para termos parte com ele.
A absolvição geral que o padre dá no Ato Penitencial é uma purificação das faltas leves, e realmente nos purificam para participarmos da Ceia do Senhor. Os pecados graves necessitam de uma confissão sacramental.
5-Hino de Louvor (Glória)
É um cântico solene, uma das mais perfeitas formas de louvor à Santíssima Trindade, porque se dirige ao Pai e a Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Vem logo após o Ato Penitencial, porque o perdão de Deus nos faz felizes e agradecidos.
Inspirado no canto dos anjos que louvaram a Deus no nascimento de Jesus: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade.” (Lc 2,14)
O Glória não é cantado (nem recitado) na Quaresma e no Advento, tempos que não são próprios para se expressar alegria.
6-Coleta
Do latim “collígere”, que quer dizer reunir, recolher, coletar. Tem o sentido de reunir, numa só oração, todas as orações da Assembleia.
Por isso, começa com o “Oremos um convite aos presentes para que se ponham em oração seguida de uma pausa, para que cada um faça mentalmente a sua oração pessoal.
A seguir, o padre eleva as mãos assumindo as intenções dos fiéis e elevando-as a Deus e profere a oração em nome de toda a Igreja.
Por fim, todos dizem “Amém” para dizer que a oração do padre também é sua.
É uma oração presidencial, feita apenas pelo padre, como representante de Cristo. Todas as orações presidenciais são compostas por: invocação, pedido e conclusão. As orações são dirigidas ao Pai, em nome de Jesus nosso mediador , na unidade do Espírito Santo.
II- LITURGIA DA PALAVRA
Após o “Amém” da Coleta, a comunidade senta-se, aguardando, antes, o Presidente dirigir-se à sua cadeira.
A Eucaristia é o “mistério de nossa fé” e a fé vem pela Palavra de Deus (cf. Rm 10,14). Daí a importância da pregação, abrangida pela Liturgia da Palavra. “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mt 4,4)
A Palavra de Deus não é para ser apenas “lida”, mas “proclamada” solenemente. “A fé entra pelo ouvido.”
As leituras das missas dominicais variam a cada ano, repetindo-se a cada três anos. São os chamados ANOS A, B e C. Em cada ano meditamos o Evangelho segundo Mateus, Marcos e Lucas respectivamente. O Evangelho segundo João intercala-se durante o ano em momentos fortes.
Os 3 primeiros Evangelhos fazem como que uma sinopse dos fatos acerca da vida de Jesus são, por isso, chamados de “sinóticos”. O Evangelho escrito por São João focaliza outros fatos e palavras de Jesus, destacando Sua divindade e penetrando mais o Mistério do Filho de Deus.
A Liturgia da Palavra é tão importante quanto a Liturgia Eucarística e deve ter um lugar reservado para a proclamação a MESA DA
PALAVRA.
1-Primeira Leitura
A Primeira Leitura, em geral, é tirada no Antigo Testamento, onde se encontra o passado remoto da História da Salvação. Em alguns tempos litúrgicos também são tiradas de outros livros do Novo Testamento que não sejam os Evangelhos.
2-Salmo Responsorial
É uma resposta cantada ou recitada à mensagem proclamada. Ou ainda, uma “oração” da Leitura, ajudando o povo a rezar e a meditar na Palavra de Deus que acabou de ser proclamada. Não pode ser substituída por outros cânticos que não sejam inspirados no salmo previsto.
3-Segunda Leitura
Em geral, é uma carta, retirada do Novo Testamento. Só é proclamada em missas dominicais ou de dias festivos, não nas missas feriais (no meio da semana).
Assim, a Liturgia da Palavra, no decorrer das missas do ano, nos dá uma visão de toda a História da Salvação, recordando quase toda a Bíblia.
4-Canto de Aclamação ao Evangelho
Jesus Cristo é a Palavra de Deus. Ele se torna presente na proclamação do Evangelho. Aclamar é aplaudir com alegria, então o canto de Aclamação ao Evangelho é uma espécie de “aplausos” para o Senhor que vai nos falar.
Pode ser antecedido por um breve comentário (não é uma homilia, que não deve antecipar o que vai ser dito no Evangelho), convidando e motivando a Assembleia para ouvir o Evangelho. Na Quaresma e no Advento, o canto não tem “Aleluia”.
5-Proclamação do Evangelho
Antes da proclamação do Evangelho, pode-se fazer uma procissão com a Bíblia ou Lecionário e as velas. Para se dar mais destaque ao anúncio da Palavra de Jesus, dois ministros ou acólitos podem segurar uma vela em cada lado do ambão.
O diácono, e na falta deste o padre, proclama em um lugar mais elevado, para ser visto e ouvido por toda a Assembleia, que deve estar em pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. É como se o próprio Jesus se colocasse diante de nós para nos falar do que mais nos interessa.
O diácono/padre saúda a Assembleia:
– O Senhor esteja convosco!
– Todos: Ele está no meio de nós!
– Diácono/Padre: Evangelho de Jesus Cristo, escrito por …
– Todos: Glória a vós, Senhor!
E, ao final do Evangelho:
– Diácono/Padre: Palavra da Salvação! (E beija a Bíblia)
– Todos: Glória a vós, Senhor!
“Bem-aventurado os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” (Lc 11,28)
6-Homilia (Pregação)
É a interpretação de uma profecia ou a explicação dos textos bíblicos das leituras proclamadas.
Os próprios Apóstolos, depois de ouvirem as parábolas, pediam a Jesus que lhes explicasse o que elas queriam dizer. Assim também é o Povo de Deus, que precisa de alguém que lhes explique as Escrituras, do mesmo modo que Filipe explicou ao ministro da Rainha Candace, da Etiópia, uma passagem do AT:
“Ouvindo que lia o profeta Isaías, disse-lhe: “Porventura entendes o que lês?” Ele respondeu: “Como é que vou entender se ninguém me explicar?”.” (At 8,30b-31a)
As Escrituras não são de simples compreensão e não estão sujeitas a interpretações particulares, mas tão somente da Igreja que Cristo fundou, sob o Primado de Pedro:
“Pois, antes de tudo, deveis saber que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal, porque jamais uma profecia se proferiu por vontade humana, mas foi pelo impulso do Espírito Santo que homens falaram da parte de Deus.” (2Pd 1,20-21)
“É o que ele faz em todas as epístolas em que vem a tratar do assunto. Nelas há alguns pontos de difícil inteligência, que homens ignorantes e sem firmeza deturpam, não menos que as demais Escrituras, para sua própria perdição.” (2Pd 3,16)
Além do que, a Bíblia não é a única fonte de doutrina para o cristão, mas, inclusive, a Tradição (Oral e Escrita) e o Magistério da Igreja fundada por Jesus:
“Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.” (Jo 21,25)
“Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras seja por carta.” (2Ts 2,15)
7-Creio (Profissão de Fé)
Crer em Deus é confiar nele! Com o Creio, a comunidade afirma que crê na Palavra de Deus que foi proclamada e está pronta para pô-la em prática. É como um juramento público.
Há dois textos diferentes para a Profissão de Fé: o Símbolo Apostólico e o Símbolo Niceno- Constantinopolitano.
O primeiro vem do tempo dos Apóstolos. É um resumo das verdades de fé professada pelos primeiros cristãos. É também mais curto e mais recitado nas missas no Brasil.
O Símbolo Niceno-Constantinopolitano surgiu no séc. IV, a partir da heresia de Ário, que, em sua heresia (negação de verdades de fé), disse que Jesus era apenas homem, não Deus (como hoje o fazem os espíritas e os “Testemunhas de Jeová”). Então a Igreja, no Concílio de Nicéia (ano 325), colocou no “Creio” algumas palavras a mais, acentuando a divindade de Jesus:
“Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro…”
Alguns anos depois, Macedônio, outro herege, negou a divindade do Espírito Santo. A Igreja reafirmou essa divindade, a partir do
Concílio de Constantinopla (ano 381):
“Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; ele que falou pelos profetas.”
Assim se formou esse Símbolo, surgido após os Concílios de Nicéia e Constantinopla. É uma síntese das verdades fundamentais da fé, para manter os cristãos unidos, à medida que iam se espalhando pelo mundo.
No Brasil, o Símbolo Niceno-Constantinopolitano é recitado apenas em alguns domingos, geralmente quando se fala de Jesus como Messias, o Filho de Deus. Eis o símbolo completo:
“Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra; de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém!”.
8-Oração dos Fiéis (Oração Universal)
No início da missa existe a Oração Coleta uma oração presidencial breve, a fim de colocar a Assembleia em clima de fé para ouvir a Palavra de Deus. A Oração dos Fiéis é um espaço mais abrangente para que os fiéis coloquem publicamente suas intenções.
Após ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé nessa Palavra, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de modo oficial e coletivo.
Nessa oração, o povo exerce sua função sacerdotal, suplicando por todos os homens, incluindo as seguintes intenções:
– pelas necessidades da Igreja e do papa;
– pelos governantes, legisladores e magistrados; (pois eles têm um poder temporal, e devem servir ao povo)
– pelos que sofrem qualquer necessidade, especialmente pelos doentes; e
– pelas necessidades da comunidade local.
A Equipe de Liturgia deve tomar a iniciativa de ver as intenções da comunidade incluídas na oração, possibilitando que a fé expresse algo mais concreto e vivencial.
O que não se pode fazer na missa são as orações particulares, como leitura de livros piedosos, novenas e o terço.
Na Oração dos Fiéis, a introdução e a conclusão são feitas pelo Presidente. As outras preces são feitas pelos fiéis, em voz alta, expressando a fé viva e alegria de toda a comunidade, unidade num só coração e numa só alma.
Durante a Oração dos Fiéis, todos ficam de pé a posição própria do orante e como rezavam os primeiros cristãos.
III LITURGIA EUCARÍSTICA
Onde o mesmo pão é repartido entre muitos… O Sacrifício redentor de Cristo é universal. Destina-se a toda a humanidade. Seu valor é espiritual, infinito para todos.
A Eucaristia, como Sacramento, renova a Ceia Pascal; como Sacrifício, renova a ato redentor de Cristo na Cruz.
Todos os gestos, palavras, preces e cantos da Liturgia da Palavra devem levar a Assembleia a participar da Ceia que o Senhor desejou “ardentemente” celebrar com seus discípulos.
1-Preparação das Oferendas (Ofertório)
1.1 Canto e Procissão das Oferendas
Durante e preparação das oferendas, canta-se o Canto do Ofertório. As principais ofertas são o pão e o vinho. Podem-se trazer outras coisas, como ramos de trigo, cachos de uva, água, flores.
O ato de levar ao altar as ofertas significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As outras oferendas representam também a vida do povo: a flor, símbolo de amor e gratidão; a coleta em dinheiro, fruto do trabalho e da generosidade dos fiéis.
O dinheiro para o ofertório é a nossa oferta para a conservação e manutenção da casa de Deus. Não é uma “esmola”, pois Deus não é mendigo, mas o Senhor de nossa vida. Outra condição para Deus aceitar a nossa oferta é que estejamos em paz como nossos irmãos. A fé pede nossa comunhão com Deus e com os irmãos (cf. Mt 5,23-24).
A procissão é opcional. Quando houver, deve haver alguma colocação do comentarista, explicando o sentido das ofertas, sobretudo quando se leva algo que não seja o pão e o vinho. As ofertas devem ter um significado e ajudar a participação da comunidade na Liturgia.
As pessoas que trazem as oferendas em procissão não as trazem apenas em seu nome, mas representando toda a comunidade.
No início da Missa, o Presidente e seus Ministros ficam nas cadeiras em frente ao altar. Eles não vão para o altar, porque este representa a mesa da Ceia, que começa na Liturgia Eucarística.
Ao fim da Oração dos Fiéis, o Presidente e os Ministros vão para o altar para preparar as oferendas: corporal estendido no centro (como uma toalha), missal aberto, o cálice e a patena com a hóstia grande do sacerdote (que pode vir junto com as hóstias dos fiéis, na âmbula sentido de unidade do Presidente com a Assembleia).
1.II- Apresentação do Pão e do Vinho
Na Missa, oferecemos a Deus o pão e vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e no Sangue do Senhor. Deus aceita nossa oferta e a transforma numa dádiva de valor infinito a própria Divindade!
O Presidente recebe as ofertas da comunidade e, por sua vez, oferece o pão a Deus, dizendo:
“Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar pão da vida!”
E a Assembleia responde: “Bendito seja Deus para sempre!”
Então o padre coloca a hóstia (de trigo puro, não fermentado) sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Antes, ele põe um pouco de água no vinho e diz: “Pelo mistério desta água e deste vinho, possamos participar da divindade de vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.”
A mistura da água no vinho (puro, de uva) simboliza a união da natureza humana com a divina. Nós (água), na Missa, nos unimos a Cristo (vinho) para formar um só Corpo com Ele. Em seguida, o Presidente eleva o cálice e diz:
“Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar vinho da salvação!”
E a Assembleia bendiz a Deus: “Bendito seja Deus para sempre!”
Abençoar é bendizer! Bendizemos a Deus nessa hora porque o pão comum que oferecemos vai se tornar para nós o “Pão da Vida” e o vinho, o “Vinho da Salvação”. E porque recebemos muito mais do que oferecemos.
O cálice com o vinho e a âmbula com as hóstias para a comunidade ficam sobre o corporal, no centro do altar, junto da hóstia grande do Presidente, que é colocada sobre a patena.
III) Presidente lava as mãos
A oração seguinte fala que nosso sacrifício é aceito por Deus quando temos um coração purificado e humilde.
Após colocar o cálice sobre o corporal, o padre inclina-se diante do altar e reza em voz baixa:
“De coração contrito e humilde, sejamos, Senhor, acolhidos por vós; e seja o nosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus!”
Essa oração é tirada do Livro de Daniel. Deportado para a Babilônia, o Povo de Israel estava longe do Templo e não podia oferecer a Deus os sacrifícios de cordeiros e bois. Então Azarias fez essa bela oração, oferecendo a Deus o seu sacrifício espiritual.
Quando a missa é festiva, costuma-se incensar o altar, o Presidente da Celebração e a Assembleia. O incenso significa que aquele sacrifício deve subir até Deus, como a fumaça.
Antigamente a comunidade levava para o altar ofertas como alimentos e outros objetos que poderiam sujar as mãos do padre, que, por isso, lavava as mãos. Hoje, além da purificação das mãos, há também o sentido da purificação espiritual. Ao lavar as mãos, o padre reza em voz baixa:
“Lavai-me, Senhor, das minhas faltas e purificai-me do meu pecado.” (Sl 50,4)
Essa oração lembra Davi pedindo perdão de seu pecado.
1.IV) Orai, irmãos!
O sacerdote intercede por toda a Assembleia, que deve responder ativamente.
Assim, o padre se volta ao povo e pede:
“Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai Todo-Poderoso!”
Ao que a Assembleia responde:
“Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória de seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.”
Em primeiro lugar, a glória de Deus!
1. V. Oração sobre as Oferendas
Tem por fim colocar nas mãos de Deus os dons que trouxemos para o sacrifício.
É um modo de insistir a mesma coisa diante de Deus, como nas parábola que Jesus contou (cf. Lc 11,5-8 e 18,1-8).
2. Oração Eucarística ou Anáfora
Inicia o centro, o “coração” da Celebração o Mistério da presença real de Jesus no pão e vinho consagrados. Não é “mais uma oração” da missa é a própria Missa.
Para os judeus, santo era todo o lugar onde Deus se manifestava. De modo especial, o Templo era santo. Dentro do Templo, havia uma parte santíssima o “santo dos santos”, uma sala que continha a Arca da Aliança ou Tabernáculo. Lá só o sumo sacerdote entrava, e uma vez por ano apenas, para o sacrifício expiatório. Só depois de se purificar é que o sacerdote podia entrar ali.
Hoje, em termos de presença de Deus, o mais simples templo católico é mais importante que o Templo de Jerusalém, porque tem dentro de si mais que a Arca da Aliança: o próprio Cristo, Deus Vivo, no sacrário, com a luz acesa ao lado. Ele é o verdadeiro “Santo dos Santos”.
Antes do Concílio Vaticano II, havia uma só forma de Oração Eucarística. Atualmente, para que cada povo possa participar mais e utilizarem sua própria cultura existem várias fórmulas que são aprovadas pela Igreja. No Brasil existem 14 formas.
1.I) Prefácio e “Santo”
O Prefácio é um hino de “abertura”, que nos introduz no Mistério Eucarístico. Nele, o padre convida o povo a elevar seus corações a Deus e proclamar a santidade de Deus, dando-lhe graças.
No Prefácio, o Presidente sempre reza de braços abertos. Ele inicia com o diálogo:
Padre: O Senhor esteja convosco!
Povo: Ele está no meio de nós.
Padre: Corações ao alto!
Povo: O nosso coração está em Deus.
Padre: Demos graças ao Senhor nosso Deus!
Povo: É nosso dever e nossa salvação.
O trecho seguinte do Prefácio compreende algumas palavras próprias, dependendo do Tempo Litúrgico ou da festa que se celebra.
O final do Prefácio é sempre igual. Termina com o cântico:
“Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”
O “Santo” é tirado de Is 6,3. A repetição, dizendo 3 vezes “Santo” significa o máximo de santidade, “Santíssimo”.
Às vezes, quando o “Santo” é cantado, mudam-se algumas palavras, mas o sentido deve ser o mesmo. O Santo deveria ser sempre cantado.
1. II. Invocação do Espírito Santo
Momentos antes da Consagração, o padre estende as mãos sobre o pão e o vinho e pede ao Pai que os santifique, enviando sobre eles o Espírito Santo. Toda invocação do Espírito Santo é feita de pé.
III) Narrativa da Ceia e Consagração do Pão e do Vinho
Neste momento a Assembleia se ajoelha, ou mesmo de pé (normalmente aqueles que por algum problema não podem ajoelhar-se) porém em posição de adoração (cabeça baixa, em posição de reverência). A Ceia Eucarística celebrada por Jesus com os Apóstolos teve origem na Ceia Pascal Hebraica, que também não é celebrada como uma simples recordação, mas como um acontecimento que se faz presente.
Dentro da missa, esta é a hora da transformação do pão e do vinho, que se tornam o Corpo e o Sangue do Senhor.
Por ordem de Cristo, o Presidente recorda o que Jesus fez na Última Ceia. Ele pega o pão, o apresenta ao povo e pronuncia as palavras de Consagração:
“Tomai, todos, e comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós.” (Lc 22,17ss)
Após a consagração do pão, o padre levanta a hóstia à vista da Assembleia. A seguir, genuflecte para adorar Jesus presente no Santíssimo Sacramento.
A mesma coisa faz o padre com o cálice de vinho. Ele recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos, dizendo:
“Tomai, todos, e bebei: este é o cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos, para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim.”
Novamente, o padre genuflecte para adorar o Cristo presente após a consagração do vinho.
Na Consagração do pão e do vinho o povo deve ajoelhar-se ou ainda fazer uma profunda inclinação de cabeça no momento em que o padre eleva a hóstia e o cálice.
Durante as palavras de Consagração é que há a transubstanciação a transformação das espécies no Corpo Eucarístico. Nessa hora, o silêncio deve ser total não deve haver nem mesmo fundo musical.
Lembremos que na missa o padre age “in persona Christi”, ou seja, em lugar da pessoa de Cristo. É como se Jesus estivesse pessoalmente presidindo a Celebração.
A Igreja celebra a Missa para cumprir a vontade de Jesus, que mandou celebrar a Ceia:
“Fazei isto em memória de mim!”
No início das comunidades cristãs, eles não falavam “missa”, mas “fração do pão” (cf. At 2,42). São Paulo também fala de missas celebradas em algumas comunidades (cf 1Cor 11,17-34), inclusive celebradas por ele (cf. At 20,7-11).
A Eucaristia não é simplesmente uma das coisas que Jesus fez por nós: é a grande surpresa que Ele nos preparou durante toda a sua vida. Ele já havia prometido nos dar “pão vivo descido do céu” e que esse pão seria a sua carne “para a nossa salvação” (cf. Jo 6,35-69).
1.IV) “Eis o Mistério da Fé!”
Terminada a Consagração, o Presidente proclama solenemente, mostrando o Sacramento: “Eis o Mistério de nossa fé!
1.V. Lembrança da Morte e Ressurreição de Jesus
A Assembleia, levanta-se no mesmo momento em que o padre (logo depois da consagração do vinho ele genuflectiu e se levantou) e responde:
“Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”
Há outras formas de resposta. O que é importante é que todos respondam com fé! O Mistério só é aceito por quem crê! Assim, as palavras do celebrante soam como que um “desafio à fé”: “Eis o Mistério da fé!” No Emaús temos o costume de cantar o Maranatha que é perfeitamente litúrgico para o momento, é um clamor ao Jesus que vem!
1. VI) Orações pela Igreja
A Igreja é o “Corpo Místico de Cristo”. Nela circula a vida da Graça. É o que chamamos de Comunhão dos Santos, dita no “Creio”. Entre todos os membros da Igreja, no céu ou na terra, existe a intercomunicação da Graça. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus.
Assim, na Missa, dentre as orações pela Igreja, a primeira é pelo Papa e pelo Bispo Diocesano, pelas suas grandes responsabilidades. Pedimos também pelos evangelizadores e evangelizados, pela conversão dos pagãos e pela perseverança dos cristãos.
Oramos também pelos falecidos um ato de caridade. Na Bíblia há um elogio a Judas Macabeu pela sua intercessão e oferecimento de um “sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado” (2Mac 12,45-46).
Finalmente pedimos por nós como “povo santo e pecador”, para que estejamos um dia reunidos com a Virgem Maria, os Apóstolos e todos os bem- aventurados no céu, para louvarmos e bendizermos a Deus. A oração termina “por Jesus Cristo nosso Senhor”, que nos disse:
“Em verdade, em verdade, vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, ele vos dará. Até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis.” (Jo 16,23-24)
VII) Louvor Final (“Por Cristo…”)
É dito pelo sacerdote e somente por ele. Esse é o verdadeiro ofertório, pois é o próprio Cristo que oferece e é oferecido. É por meio de Jesus que damos graças e louvores ao Pai. Ele é o nosso Pontífice, isto é, a nossa “ponte” entre o céu e a terra, como Ele disse:
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.” (Jo 14,6)
Por isso, encerra-se a Oração Eucarística proclamando:
Padre: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós, Deus Pai Todo-Poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda a glória, agora e para sempre!”
Depois disso a Assembleia responde o chamado GRANDE AMÉM, que é o principal de toda a missa! Devia ser festivamente dito ou cantado com uma profunda devoção pois é o Amém Síntese da Missa.
Esse até de louvor é dito de pé, sendo que o Presidente levanta a hóstia e o cálice.
1-Rito da Comunhão
3.I. Pai-Nosso e Oração Seguinte
Começa a preparação para a Comunhão Eucarística. É a síntese do Evangelho. Para bem rezá-lo, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. É uma oração de sentido comunitário que, mesmo rezada só, deve-se proferi-la em intenção de todos.
Para comungar o Corpo do Senhor na Eucaristia, preciso estar em comunhão com meus irmãos membros do Corpo Místico de Cristo.
A oração do Pai Nosso é rezada da seguinte forma:
“Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.”
O primeiro céus aparece no plural na versão em português do Pai-Nosso por significar TODO LUGAR e um estado de espírito, de alegria de VIDA. O segundo céu aparece no singular em oposição a terra, significando realmente o céu no sentido da Vida Eterna.
Dizemos perdoai-nos com a partícula NOS pois pedimos que Deus perdoe a NÓS e não as nossas ofensas, assim como perdoamos AQUELES que nos ofenderam e não os pecados deles.
Dentro da missa, o Pai Nosso não tem o AMÉM final. A oração do Pai Nosso se estende até o final da oração que o sacerdote reza a seguir, pedindo a Deus que nos livre de todos os males. Porque só quando estamos libertos do mal é que podemos experimentar a paz e dar a paz. Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.
Sac.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo salvador.
O “Amém” do Pai Nosso, dentro da missa é substituído pela oração: “Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!”, que é dito logo após a oração anterior.
1.II) Saudação da Paz
A paz é um dom de Deus, que só ele pode dar:
“Deixo-vos a paz. Dou-vos a minha paz. Não a dou como o mundo a dá.” (Jo 14,27)
Antes de o Presidente convidar a Assembleia para que se saúdem mutuamente no amor de Cristo, ele recorda as palavras de Jesus, fazendo este diálogo com o povo:
Padre: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
Povo: Amém!
Padre: A paz do Senhor esteja sempre convosco!
Povo: O amor de Cristo nos uniu.
III- Fração do Pão
Ao fim da saudação entre os fiéis, o celebrante parte a hóstia grande e coloca um pedacinho dela dentro do cálice com vinho consagrado. Esse ato tem o sinal da fraternidade, da repartição do pão, como Jesus o fez para seus discípulos na Ceia, além do reconhecimento de Cristo, por parte dos discípulos de Emaús, ao partir o pão em sua casa.
1.IV) Cordeiro de Deus
Logo após, o Presidente põe um pedaço da Hóstia no cálice e reza em voz baixa:
“Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna!”
Ao mesmo tempo, a Assembleia canta o “Cordeiro de Deus”.
Embora no Ato Penitencial todos já se tenham purificado, ao aproximar-se do momento da Comunhão os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez, dizendo:
“Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz!”
Enquanto isso, o padre se inclina diante do Santíssimo Sacramento e pede a Jesus que aquela comunhão seja para a sua salvação.
Ninguém se atreva a receber o Corpo do Senhor indignamente!
No AT e no NT Jesus é apresentado como o “Cordeiro de Deus”. Sete séculos antes de Cristo, o profeta Isaías predisse que o Messias seria levado à morte, “sem abrir a boca, como um cordeiro conduzido ao matadouro” (cf. Is 53,7). João Batista, ao ver Jesus passando, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). São Paulo disse: “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado” (1Cor 5,7b).
E, de fato, na hora em que Jesus morria na cruz, era imolado no Templo o cordeiro pascal para os judeus comemorarem a Páscoa. São Pedro também disse que não fomos resgatados pelo preço vil de ouro ou de prata, mas “pelo sangue precioso de Cristo, o Cordeiro sem mancha” (cf. 1Pd 1,18-19).
1. V) Felizes os Convidados!
Terminado o “Cordeiro de Deus”, o Presidente levanta a Hóstia consagrada e a apresenta à Assembleia, dizendo:
“Felizes os convidados para a Ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! ”
Pelo sangue de Cristo fomos salvos. Jesus é o nosso Libertador. Dele nos aproximamos com alegria. Daí o Presidente nos convidar à comunhão, dizendo “Felizes os convidados”.
Ao que o povo responde:
“Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.”
Essa resposta é tirada da resposta do oficial romano, o centurião, dada a Jesus (cf. Mt 8,8). Na verdade, ninguém é digno de comungar. É por bondade de Jesus que Ele vem a nós. Por isso, nos aproximamos da Comunhão com fé e humildade.
A comunhão eucarística não é um “prêmio” para os justos que já se libertaram de todos os pecados, mas um Alimento que fortalece os pecadores na sua caminhada em busca da libertação de todo o mal
1.VI. Distribuição da Comunhão
Comungar é receber Jesus Cristo, Rei dos reis, para alimento de vida eterna. Quem comunga deve meditar um pouco nesse Mistério da presença real do Senhor em sua vida. E não comungar e já ir saindo da Igreja, ou ficar conversando e se distraindo. Não convém nem mesmo ir rezar diante de alguma imagem, pois Jesus deve ser o centro da atenção e piedade nessa hora. Ele é o Hóspede divino que acaba de ser recebido.
Após dizer “Felizes os convidados…”, com a resposta da comunidade, o padre reza em voz baixa: “Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.”
Em seguida, comunga o Corpo e o Sangue do Senhor. Depois o padre e os ministros dão a comunhão para os fiéis. Mostrando a Hóstia a cada um, diz: “O Corpo de Cristo!” E quem comunga responde: “Amém!”
Quanto ao modo de receber a comunhão, na boca ou na mão, é de competência do Bispo. Quem comunga, recebendo a Hóstia na mão, deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. O comungante, imediatamente, pega a Hóstia com a mão direita e comunga ali mesmo, na frente do padre. Não pode sair com a Hóstia na mão e comungar andando.
Para comungar é preciso estar na Graça de Deus (sem pecado grave) e em jejum (uma hora antes da comunhão).
Por uma questão prática, normalmente se dá apenas a Hóstia e não o Vinho Consagrado. Porém, na Hóstia está o Cristo inteiro e vivo, com seu corpo, sangue, alma e divindade.
VII) Canto de Ação de Graças
Após a Comunhão do povo, convém haver alguns momentos de silêncio para interiorização da Palavra de Deus e ação de graças. Pode-se também recitar algum salmo ou cantar algum canto de ação de graças. Não é o momento de dar avisos ou prestar homenagens a alguém.
A Ação de Graças é de toda a Assembleia e não apenas dos cantores ou de algum solista. Ação de graças não é o nome mais apropriado, pois toda a missa é Ação de graças.
viii) Oração após a Comunhão
Apenas após terminada esta oração, que é presidencial, podem-se dar avisos e fazer convites. Se for algo breve, a Assembleia pode ouvir de pé, caso contrário, pode sentar-se.
IV RITOS FINAIS
1-Comunicados e Convites
I-Bênção Final
Solene, dada pelo Presidente. Antes da bênção, o Presidente da Celebração saúda a Assembleia, dizendo: “O Senhor esteja convosco!” E todos respondem: “Ele está no meio de nós.”
Nesta hora, se a comunidade estiver sentada, deve levantar-se. Aí vem a bênção, que pode ser com uma fórmula simples ou solene. Por exemplo, uma fórmula é: “Abençoe-vos Deus Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo!” E todos respondem “Amém!”
Ao dar a bênção, o padre traça uma cruz sobre a Assembleia e todos devem inclinar a cabeça.
É muito importante a bênção de Deus dada solenemente na Missa! Essa bênção é para cada pessoa presente! É preciso valorizar mais e receber com fé a bênção solene dada no final da Missa.
A Missa termina com a bênção! Em seguida, vem o canto final, que deve ser alegre, pois foi uma felicidade ter participado da Missa.
3-Despedida
Todos devem esperar o sacerdote sair do altar para depois se retirarem.
Bibliografia:
A Missa Parte por Parte -Pe. Luiz Cechinato, 18ª ed., Ed. Vozes, 1992
Celebrar a Vida Cristã – Ed. Vozes
Catecismo da Igreja Católica
Riquezas da Mensagem Cristã – Ed. Lumen Christi
(Via Fé Explicada/Emaús Nacional)
Fonte: https://pt.aleteia.org
VOCAÇÃO E PROFETISMO: Frei Petrônio
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Maria Madalena era “uma mulher rica”, não uma prostituta
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Investigação em jazida na cidade de Magdala revela informações que ajudam a reconstruir seu perfil
Maria Madalena foi “uma mulher rica, influente e crucial” na vida de Jesus Cristo. Esta é uma das conclusões da pesquisadora Jennifer Ristine em Mary Magdalene: Insights From Ancient Magdala (“Maria Madalena, percepções da antiga Magdala”), um livro lançado em 22 de julho que busca revelar os mistérios da mulher que a Igreja Católica tachou durante séculos como adúltera e prostituta. A integração das referências bíblicas e históricas com os recentes descobrimentos arqueológicos feitos na cidade de Magdala (atual Migdal, Israel), onde se acredita que nasceu, permitiram a Ristine reconstruir parte de seu perfil.
“Durante os tempos de Maria Madalena, Magdala já era um povoado próspero na indústria pesqueira”, afirma Ristine, diretora do Instituto Madalena, numa entrevista por e-mail. As primeiras escavações foram feitas nos anos setenta. Mas foi em 2009 que os Legionários de Cristo compraram um terreno na região e “descobriram a parte norte do povoado de Magdala”. “Encontraram uma sinagoga do século I, uma representação do templo de Jerusalém em pedra [a pedra de Magdala], banhos de purificação ritual, residências e um porto”, explica Ristine.
Mas era ou não uma prostituta? Ristine considera que houve “muitas más interpretações sobre a vida de Maria Madalena”. Os achados arqueológicos da cidade bíblica de Magdala, hoje um sítio arqueológico com mais de 2.000 anos de antiguidade, sugerem que se tratava de um enclave rico. E, ao integrar neste contexto as referências bíblicas, pode-se deduzir que Maria Madalena era “uma mulher rica, de um povoado economicamente bem posicionado”, e não necessariamente uma prostituta, acrescenta a autora. Essa ideia se reafirma, por exemplo, nos versículos de Lucas 8:1-3: “Depois disso, Jesus andava pelas cidades e aldeias anunciando a boa nova do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Susana e muitas outras, que o assistiram com as suas posses”.
A Igreja Católica canonizou Madalena, que é santa desde 2016 (com festa litúrgica em 22 de julho), quando o papa Francisco a nomeou apostola apostolurum, “a apóstolo dos apóstolos” – não por acaso, segundo a Bíblia, foi a primeira a ver Jesus ressuscitado. E, entretanto, foi o papa Gregório Magno, no ano 591, um dos introdutores do qualificativo de “prostituta” quando em sua homilia 33 afirmou: “Aquela a quem o evangelista Lucas chama de mulher pecadora é a Maria da qual são expulsos os sete demônios, e o que significam esses sete demônios senão todos os vícios?” Com essa afirmação, o sumo pontífice fez uma fusão de três marias: Maria, a pecadora, “que unge os pés do Senhor”; Maria, a de Magdala, liberada por Jesus de sete demônios, e entre as mulheres que o assistem; e Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro. “A Igreja do Oriente acredita que são três mulheres diferentes, enquanto a Igreja do Ocidente crê firmemente identificá-las como a mesma mulher, Maria Madalena”, diz Jennifer Ristine.
Mas não foi Gregório Magno o único responsável. Segundo a pesquisadora, alguns autores a associaram a uma mulher mencionada no século II no Talmud, chamada Miriam Megaddlela, que significa “Maria de cabelo trançado”. “Na comunidade judaica, esse título era adjudicado a uma mulher de má reputação, uma adúltera ou uma prostituta”, acrescenta.
Independentemente de ter ou não sido meretriz, um estigma do qual os movimentos feministas tentam livrá-la, “Maria Madalena foi uma mulher influente tanto econômica como socialmente; economicamente porque era uma mulher acomodada, e socialmente porque, apesar de crescer e viver numa sociedade religiosa estrita, decide romper esquemas e seguir Jesus”, considera Ristine, para quem a mulher de Magdala é acima de tudo “um modelo de liderança para as mulheres”.
E ainda resta muito a descobrir sobre ela. Só foram escavados 15% da antiga Magdala, de modo que, segundo Jennifer Ristine, futuros achados arqueológicos podem ajudar a revelar mais detalhes sobre o passado religioso da cidade natal de Maria Madalena, esclarecendo fatos e verdades de uma das personagens mais misteriosas dos Evangelhos. Fonte: https://brasil.elpais.com
DOMINGO, 12- Dia dos Pais- 19º Domingo do Tempo Comum – Ano B.
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Tema
A liturgia do 19º Domingo do Tempo Comum dá-nos conta, uma vez mais, da preocupação de Deus em oferecer aos homens o “pão” da vida plena e definitiva. Por outro lado, convida os homens a prescindirem do orgulho e da auto-suficiência e a acolherem, com reconhecimento e gratidão, os dons de Deus.
A primeira leitura mostra como Deus Se preocupa em oferecer aos seus filhos o alimento que dá vida. No “pão cozido sobre pedras quentes” e na “bilha de água” com que Deus retempera as forças do profeta Elias, manifesta-se o Deus da bondade e do amor, cheio de solicitude para com os seus filhos, que anima os seus profetas e lhes dá a força para testemunhar, mesmo nos momentos de dificuldade e de desânimo.
O Evangelho apresenta Jesus como o “pão” vivo que desceu do céu para dar a vida ao mundo. Para que esse “pão” sacie definitivamente a fome de vida que reside no coração de cada homem ou mulher, é preciso “acreditar”, isto é, aderir a Jesus, acolher as suas propostas, aceitar o seu projeto, segui-lo no “sim” a Deus e no amor aos irmãos.
A segunda leitura mostra-nos as consequências da adesão a Jesus, o “pão” da vida… Quando alguém acolhe Jesus como o “pão” que desceu do céu, torna-se um Homem Novo, que renuncia à vida velha do egoísmo e do pecado e que passa a viver no caridade, a exemplo de Cristo.
LEITURA I – 1 Re 19,4-8
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias,
Elias entrou no deserto e andou o dia inteiro.
Depois sentou-se debaixo de um junípero
e, desejando a morte, exclamou:
«Já basta, Senhor. Tirai-me a vida,
porque não sou melhor que meus pais».
Deitou-se por terra e adormeceu à sombra do junípero.
Nisto, um Anjo do Senhor tocou-lhe e disse:
«Levanta-te e come».
Ele olhou e viu à sua cabeceira
um pão cozido sobre pedras quentes e uma bilha de água.
Comeu e bebeu e tornou a deitar-se.
O Anjo do Senhor veio segunda vez, tocou-lhe e disse:
«Levanta-te e come,
porque ainda tens um longo caminho a percorrer».
Ele levantou-se, comeu e bebeu.
Depois, fortalecido com aquele alimento,
caminhou durante quarenta dias e quarenta noites
até ao monte de Deus, Horeb.
AMBIENTE
Elias atua no Reino do Norte (Israel) durante o século IX a.C., num tempo em que a fé jahwista é posta em causa pela preponderância que os deuses estrangeiros (especialmente Baal) assumem na cultura religiosa de Israel. Provavelmente, estamos diante de uma tentativa de abrir Israel a outras culturas, a fim de facilitar o intercâmbio cultural e comercial… Mas essas razões políticas não são entendidas nem aceites pelos círculos religiosos de Israel. O ministério profético de Elias desenvolve-se sobretudo durante o reinado de Acab (873-853 a.C.), embora a sua voz também se tenha feito ouvir no reinado de Ocozias (853-852 a.C.).
Elias é o grande defensor da fidelidade a Jahwéh. Ele aparece como o representante dos israelitas fiéis que recusavam a coexistência de Jahwéh e de Baal no horizonte da fé de Israel. Num episódio dramático, o próprio profeta chegou a desafiar os profetas de Baal para um duelo religioso que terminou com um massacre de quatrocentos profetas de Baal no monte Carmelo (cf. 1 Re 18). Esse episódio é, certamente, uma apresentação teológica dessa luta sem tréguas que se trava entre os fiéis a Jahwéh e os que abrem o coração às influências culturais e religiosas de outros povos.
Para além da questão do culto, Elias defende a Lei em todas as suas vertentes (veja-se, por exemplo, a sua defesa intransigente das leis da propriedade em 1 Re 21, no célebre episódio da usurpação das vinhas de Nabot): ele representa os pobres de Israel, na sua luta sem tréguas contra uma aristocracia e uns comerciantes todo-poderosos que subvertiam a seu bel-prazer as leis e os mandamentos de Jahwéh.
Após o massacre dos 400 profetas de Baal no monte Carmelo, Acab e a sua esposa fenícia juraram matar Elias; e o profeta fugiu para o sul, a fim de salvar a vida. Chegado à zona de Beer-Sheba, Elias internou-se no deserto. É precisamente nesse contexto que o episódio do Livro dos Reis que hoje nos é proposto nos situa.
MENSAGEM
A cena apresenta-nos um Elias abatido, deprimido e solitário face à incompreensão e à perseguição de que é alvo. O profeta sente que falhou, que a sua missão está condenada ao fracasso e que a sua luta o conduziu a um beco sem saída; sente medo e está prestes a desistir de tudo… O pedido que o profeta faz a Deus no sentido de lhe dar a morte (vers. 4) reflete o seu profundo desânimo, desilusão, angústia e desespero. É uma cena tocante, que nos recorda que o profeta é um homem e que está, por isso, condenado a fazer a experiência da sua fragilidade e da sua finitude.
No entanto, Deus não está longe e não abandona o seu profeta. O nosso texto refere, neste contexto, a solicitude e o amor de Deus, que oferece a Elias “pão cozido sobre pedras quentes e uma bilha de água” (vers. 6). É a confirmação de que o profeta não está perdido nem abandonado por Deus, mesmo quando é incompreendido e perseguido pelos homens. A cena garante-nos a presença contínua de Deus e o seu cuidado com aqueles que chama e a quem dá o alimento e o alento para serem fiéis à missão, mesmo em contextos adversos. Repare-se como Deus não anula a missão do profeta, nem elimina os perseguidores; mas limita-Se a dar ao profeta a força para continuar a sua peregrinação.
Alimentado pela força de Deus, o profeta caminha durante “quarenta dias e quarenta noites até ao monte de Deus, o Horeb” (vers. 8). A referência aos “quarenta dias e quarenta noites” alude certamente à estadia de Moisés na montanha sagrada (cf. Ex 24,18), onde se encontrou com Deus e onde recebeu de Jahwéh as tábuas da Lei; também pode aludir à caminhada do Povo durante quarenta anos pelo deserto, até alcançar a Terra Prometida. Em qualquer caso, esta peregrinação ao Horeb – o monte da Aliança – é um regresso às fontes, uma peregrinação às origens de Israel como Povo de Deus… Perseguido, incompreendido, desesperado, Elias necessita revitalizar a sua fé e reencontrar o sentido da sua missão como profeta de Jahwéh e como defensor dessa Aliança que Deus ofereceu ao seu Povo no Horeb/Sinai.
ATUALIZAÇÃO
No quadro que o texto nos apresenta, Elias aparece como um homem vencido pelo medo e pela angústia, marcado pela decepção e pelo desânimo, que experimentou dramaticamente a sua impotência no sentido de mudar o coração do seu Povo e que, por isso, desistiu de lutar; a sua desilusão é de tal forma grande, que ele prefere morrer a ter de continuar. “Este” Elias testemunha essa condição de fragilidade e de debilidade que está sempre presente na experiência profética. É um quadro que todos nós conhecemos bem… A nossa experiência profética está, muitas vezes, marcada pelas incompreensões, pelas calúnias, pelas perseguições; outras vezes, é o sentimento da nossa impotência no sentido de mudar o mundo que nos angustia e desanima; outras vezes ainda, é a constatação da nossa fragilidade, dos nossos limites, da nossa finitude que nos assusta… Como responder a um quadro deste tipo e como encarar esta experiência de fragilidade e de debilidade? A solução será baixar os braços e abandonar a luta? Quem pode ajudar-nos a enfrentar o drama da desilusão e da decepção?
O nosso texto garante-nos que Deus não abandona aqueles a quem chama a dar testemunho profético. No “pão cozido sobre pedras quentes” e na “bilha de água” com que Deus retempera as forças de Elias, manifesta-se o Deus da bondade e do amor, cheio de solicitude para com os seus filhos, que anima os seus profetas e lhes dá a força para testemunhar, mesmo nos momentos de dificuldade e de desânimo. Quando tudo parece cair à nossa volta e quando a nossa missão parece condenada ao fracasso, é em Deus que temos de confiar e é n’Ele que temos de colocar a nossa segurança e a nossa esperança.
Como nota marginal, atentemos na forma de atuar de Deus: Ele não resolve magicamente os problemas do profeta, nem Se substitui ao profeta… O profeta deve continuar a sua missão, enfrentando os mesmos problemas de sempre; mas Deus “apenas” alimenta o profeta, dando-lhe a coragem para continuar a sua missão. Por vezes, pedimos a Deus que nos resolva milagrosamente os problemas, com um golpe mágico, enquanto nós ficamos, de braços cruzados, a olhar para o céu… O nosso Deus não Se substitui ao homem, não ocupa o nosso lugar, não estimula com a sua ação a nossa preguiça e a nossa instalação; mas está ao nosso lado sempre que precisamos d’Ele, dando-nos a força para vencer as dificuldades e indicando-nos o caminho a seguir.
A “peregrinação” de Elias ao Horeb/Sinai, para se reencontrar com as origens da fé israelita e para recarregar as baterias espirituais, sugere-nos a necessidade de, por vezes, encontrarmos momentos de “paragem”, de reflexão, de “retiro”, de reencontro com Deus, de redescoberta dos fundamentos da nossa missão… Essa “paragem” não será nunca um tempo perdido; mas será uma forma de recentrarmos a nossa vida em Deus e de redescobrirmos os desafios que Deus nos faz, no âmbito da missão que nos confiou.
ATUALIZAÇÃO (EVANGELHO – JO 6,41-51)
Repetindo o tema central do texto que refletimos no passado domingo, também o Evangelho que hoje nos é proposto nos convida a acolher Jesus como o “pão” de Deus que desceu do céu para dar a vida aos homens… Para nós, seguidores de Jesus, esta afirmação não é uma afirmação de circunstância, mas um facto que condiciona a nossa existência, as nossas opções, todo o nosso caminho. Jesus, com a sua vida, com as suas palavras, com os seus gestos, com o seu amor, com a sua proposta, veio dizer-nos como chegar à vida verdadeira e definitiva. Que lugar é que Jesus ocupa na nossa vida? É à volta d’Ele que construímos a nossa existência? O projeto que Ele veio propor-nos tem um real impacto na nossa caminhada e nas opções que fazemos em cada instante?
“Quem acredita em Mim, tem a vida eterna” – diz-nos Jesus. “Acreditar” não é, neste contexto, aceitar que Ele existiu, conhecer a sua doutrina, ou elaborar altas considerações teológicas a propósito da sua mensagem… “Acreditar” é aderir, de facto, a essa vida que Jesus nos propôs, viver como Ele na escuta constante dos projetos do Pai, segui-lo no caminho do amor, do dom da vida, da entrega aos irmãos; é fazer da própria vida – como Ele fez da sua – uma luta coerente contra o egoísmo, a exploração, a injustiça, o pecado, tudo o que desfeia a vida dos homens e traz sofrimento ao mundo. Eu posso dizer, com verdade e objetividade, que “acredito” em Jesus?
No seu discurso, Jesus faz referência ao maná como um alimento que matou a fome física dos israelitas em marcha pelo deserto, mas que não lhes deu a vida definitiva, não lhes transformou os corações, não lhes assegurou a liberdade plena e verdadeira (só o “pão” que Jesus oferece sacia verdadeiramente a fome de vida do homem). O maná pode representar aqui todas essas propostas de vida que, tantas vezes, atraem a nossa atenção e o nosso interesse, mas que vêm a revelar-se falíveis, ilusórias, parciais, porque não nos libertam da escravidão nem geram vida plena. É preciso aprendermos a não colocar a nossa esperança e a nossa segurança no “pão” que não sacia a nossa fome de vida definitiva; é necessário aprendermos a discernir entre o que é ilusório e o que é eterno; é preciso aprendermos a não nos deixarmos seduzir por falsas propostas de realização e de felicidade; é necessário aprendermos a não nos deixarmos manipular, aceitando como “pão” verdadeiro os valores e as propostas que a moda ou a opinião pública dominante continuamente nos oferecem…
Porque é que os judeus rejeitam a proposta de Jesus e não estão dispostos a aceitá-lo como “o pão que desceu do céu”? Porque vivem instalados nas suas grandes certezas teológicas, prisioneiros dos seus preconceitos, acomodados num sistema religioso imutável e estéril e perderam a faculdade de escutar Deus e de se deixar desafiar pela novidade de Deus. Eles construíram um Deus fixo, calcificado, previsível, rígido, conservador, e recusam-se a aceitar que Deus encontre sempre novas formas de vir ao encontro dos homens e de lhes oferecer vida em abundância. Esta “doença” de que padecem os líderes e “fazedores” de opinião do mundo judaico não é assim tão rara… Todos nós temos alguma tendência para a acomodação, a instalação, o aburguesamento; e quando nos deixamos dominar por esse esquema, tornamo-nos prisioneiros dos ritos, dos preconceitos, das ideias política ou religiosamente corretas, de catecismos muito bem elaborados mas parados no tempo, das elaborações teológicas muito coerentes e muito bem arrumadas mas que deixam pouco espaço para o mistério de Deus e para os desafios sempre novos que Deus nos faz. É preciso aprendermos a questionar as nossas certezas, as nossas ideias pré-fabricadas, os esquemas mentais em que nos instalamos comodamente; é preciso termos sempre o coração aberto e disponível para esse Deus sempre novo e sempre dinâmico, que vem ao nosso encontro de mil formas para nos apresentar os seus desafios e para nos oferecer a vida em abundância.
*LEIA A REFLEXÃO NA ÍNTEGRA. Clique ao lado no link- EVANGELHO DO DIA.
ANO DO LAICATO: Em Belo Horizonte
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Assassinado sacerdote jesuíta na região amazônica do Peru
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Padre Carlos Montes Rivadiet, 73 anos, foi encontrado morto na manhã de sexta-feira, 10, em uma sala de aula do Colégio “Fé y Alegría”, da Comunidade indígena de Yamakentsa, em Imaza, Peru.
Cidade do Vaticano
O sacerdote jesuíta, padre Carlos Montes Rivadiet, 73 anos, foi encontrado morto, algemado e com sinais de violência na manhã de sexta-feira, em uma sala de aula do Colégio “Fé y Alegría”, da Comunidade indígena de Yamakentsa, em Imaza, Peru.
O religioso jesuíta, diretor da escola por 30 anos, era muito querido pelos nativos da região norte da selva amazônica.
Jesuítas pedem investigação
Após o assassinato, os jesuítas da localidade divulgaram um comunicado, onde expressam “perplexidade e tristeza pela morte do padre Carlos”, como também rejeitam “todas as formas de violência”.
“Esperamos – dizem os jesuítas - que as autoridades possam esclarecer as causas e as circunstâncias da morte do missionário jesuíta”.
Dos seus 73 anos, o sacerdote de origem espanhola dedicou 38 a serviço dos povos indígenas da região amazônica. Segundo a rádio local RPP, o diretor do Colégio havia sido ameaçado de morte por um aluno, pois havia sido expulso da escola.
Nota dos Bispos do Peru
A Conferência Episcopal Peruana, através do arcebispo de Trujillo, Dom Miguel Cabrejos Vidarte, deplora o falecimento do sacerdote jesuíta.
O sacerdote - diz a nota dos Bispos peruanos - “dedicava-se à educação das famílias das comunidades autóctones da Amazônia”. Os prelados peruanos “expressam seus pesar a todos os membros da Companhia de Jesus, de modo especial ao Provincial dos Jesuítas, Padre Juan Carlos Morante”.
Por fim, a Conferência Episcopal Peruana também “solicita às autoridades locais para esclarecer o acontecimento e descobrir os responsáveis”.
REPAM
Também a Rede Eclesial Panamazônica (REPAM) expressou “seu profundo pesar” pela morte do sacerdote. Tendo chegado no Alto Marañon em 1980, “era muito querido pelos cidadãos da região, especialmente entre os membros das comunidades awajún e wampis”, diz um comunicado.
A vida de padre Carlos na missão jesuíta na Amazônia “nos deixa um legado de entrega, compromisso e responsabilidade. Um serviço de amor compartilhado e vivido junto aos povos originários, com quem foram forjados projetos de futuro”, que serão continuados por aqueles que trabalharam junto dele. Fonte: /www.vaticannews.va
Veja vídeos. Clique aqui:
https://larepublica.pe/sociedad/1295333-bagua-hallan-muerto-sacerdote-aula-colegio-video
"Os fiéis abandonam a Igreja, ou é a Igreja que abandona os fiéis?"
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"A Igreja está quase sempre atrasada para solucionar os grandes problemas".
O artigo é de José María Castillo, teólogo, publicado por Religión Digital, 04-08-2018. A tradução é de Graziela Wolfart. Em uma entrevista feita a mim, pelo nosso amigo Jesús Bastante, eu me perguntava "por que a Igreja não permite que as mulheres possam ser ordenadas como sacerdotes". Diante desta minha pergunta, alguns comentaristas me questionaram com recriminação, o que, à primeira vista, parece perfeitamente razoável: "Se o Evangelho não é uma religião, por que tanta insistência em ordenar mulheres como sacerdotes?".
Agradeço sinceramente a quem me fez esta pergunta. Porque me ofereceu uma oportunidade excelente para poder expressar algo que me parece importante. Explico.
Novamente é conveniente repetir que não é a mesma coisa falar de "igualdade" e falar de "diferença". Em poucas palavras, a "diferença" é um fato, enquanto que a "igualdade" é um direito. O homem e a mulher são "diferentes" e "iguais". São distintos, mas têm (ou deveriam ter) os mesmos direitos.
Estas transferências ou deslocamentos (de uma ordem das coisas a outra) são frequentes na vida. É frequente passar, sem se dar conta, do âmbito dos "fatos" ao dos "direitos". Que são duas coisas completamente distintas. Mas, quando se confundem, desembocamos na linguagem das bobagens, das ignorâncias ou simplesmente fazemos papel de ridículo.
Pois bem, por este procedimento das transferências indevidas, acontece também que, com bastante frequência, façamos, de um "fato sociológico", uma coisa que nunca deveria ser feita, que é montar ou elaborar um "argumento teológico". É um fato bem conhecido que, no tempo de Jesus, as mulheres, não só não tinham os mesmos direitos que os homens (Robert C. Knapp, "Los olvidados de Roma", 67-145), como, sobretudo, não podiam ser testemunhas oficiais de nada em causa alguma (J. Jeremias, "Jerusalén en tiempos de Jesús", 371-387). Este é o "fato sociológico".
Por isso Jesus, que sempre defendeu a dignidade e a igualdade das mulheres (Lc 8, 1-3; 7, 36-50; Mt 19, 1-12; Mc 10, 1-12; Jn 8, 1-11; 12, 1-8...), não podia constituir as mulheres como "testemunhas oficiais" suas, em uma sociedade que não admitia, nem aceitava tais testemunhas. Mas, insisto: esse é um "fato sociológico" daqueles tempos e culturas.
O doloroso (e sem sentido) é que, depois de vinte séculos, continuamos pensando e dizendo que aquele "fato social" da Antiguidade é um "argumento teológico" para a Igreja da Modernidade. Isso é um disparate tão monumental como seria o disparate de insistir que devem continuar existindo escravos, pela simples razão de que São Paulojustificou que entre os cristãos da Antiguidade os escravos foram obedientes a seus amos (Flm 16; 1 Cor 7, 21 s; Ef 6, 5; Col 3, 22; 1 Tim 6, 1 s; Tt 2, 9).
A Igreja está quase sempre atrasada. E por isso chega tarde quando se trata de dar solução aos grandes problemas que a humanidade lhe apresenta. Agora nos encontramos com o problema da falta crescente e galopante de sacerdotes. São milhares as paróquias que não podem celebrar a eucaristia.
E estando as coisas como estão, pelo visto, pensa-se que o mais importante é manter uma "norma social" da Antiguidade do que dar a devida resposta a um "direito dos fieis cristãos". Não estou inventando este "direito". Disse, com clareza, o Concílio Vaticano II, na "Constituição Dogmática sobre a Igreja": "todos os fiéis cristãos têm direito ("ius habent") de receber com abundância dos sagrados pastores... os auxílios da palavra de Deus e dos sacramentos..." (LG 37, 1).
Este é o ensinamento solene da Igreja. Mas parece que é mais solene o poder dos bispos e dos sacerdotes em enfrentar inclusive o Papa, o Concílio Ecumênico e milhões de fieis abandonados, com tal propósito de manter firme seu poder, sua dignidade, seus critérios e não sei se, em alguns casos, interesses inconfessáveis. E nos lamentamos pelo fato de que os fiéis abandonam a Igreja? Não seria necessário dizer, antes disso, que é a Igreja que abandona os fieis? E se é que falamos dos infiéis..., então melhor que nos calemos. Ou que gritemos todos ao Céus, pedindo misericórdia. Pois estamos precisando. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
VOCAÇÃO DOS SANTOS: Frei Petrônio
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Audiência Pública sobre o aborto
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Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de São Salvador da Bahia – Primaz do Brasil
O grupo dos que querem a legalização do aborto no Brasil é incansável: de forma sistemática, por todos os meios, tenta alcançar seus objetivos. Como não tem conseguido atingi-los através do poder legislativo – que existe, justamente, para aprovar leis -, procura alcançá-los agora, pelo poder judiciário, cuja missão, pela nossa Constituição, é a de fazer cumprir as leis, não a de produzi-las.
Desde sexta-feira passada, está acontecendo uma audiência pública para tratar desse assunto, que irá até amanhã. Dos sessenta participantes que exporão suas ideias nessa audiência, a maior parte representa grupos ligados à defesa da legalização do aborto. Por acaso?…
Essa nova movimentação em torno do aborto acontece a partir da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 442, a qual solicita ao Supremo Tribunal Federal – STF a supressão dos artigos 124 a 126 do Código Penal, que tipificam o crime de aborto. Segundo seus autores, a razão desse pedido é que tais artigos seriam inconstitucionais. É isso mesmo que você acabou de ler: depois de 78 anos de vigência desse Código, há quem afirme que esses artigos estão em desacordo com a Constituição de 1988.
Nossa Constituição garante “aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida” (Art. 5º). Trata-se do mais importante direito do ser humano, fundamento dos demais direitos. Há vida humana desde o momento da concepção, e essa vida – frágil e indefesa – precisa ser protegida pela sociedade.
Não preciso me delongar aqui sobre a visão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil a respeito desse tema. Fiel à sua missão evangelizadora, a CNBB vem continuamente reafirmado “sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”. Condena, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”, ao mesmo tempo em que defende a necessidade de se combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres mais pobres (Nota de 11.04.2017).
Recentemente, num texto intitulado “Aborto e Democracia”, a comissão da CNBB que cuida da Vida e da Família lembrou: “as propostas de legalização do aborto sempre foram debatidas democraticamente no parlamento brasileiro e, após ampla discussão social, sempre foram firmemente rechaçadas pela população e por seus representantes… Assistimos atualmente uma tentativa de legalização do aborto que burla todas as regras da democracia: quer-se mudar a lei mediante o poder judiciário”.
É hora de o Congresso Nacional assumir as responsabilidades que lhe são próprias. Fonte: https://www.cnbbne3.org.br
Igrejas do Rio sofrem, em média, cinco assaltos por semana
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Segundo ISP, de 2014 a 2017 foram registrados 1.105 furtos e roubos em instituições religiosas, em geral aos domingos
RIO — Segunda-feira, 2h da madrugada: três homens armados rendem o vigia da igreja Divino Espírito Santo e São João Batista, em Vila Isabel, pulam o muro da casa paroquial e amarram dois padres pelos pulsos. Após trancarem as vítimas em um quarto, os bandidos saem do local meia hora depois, levando cerca de R$ 8 mil (total arrecadado nas missas do fim de semana), além de celulares e outros pertences dos religiosos. O caso, ocorrido no dia 11 de junho, não é isolado. Cinco vezes por semana, em média, uma instituição é assaltada na cidade do Rio, segundo levantamento feito com base em dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).
Quase dois meses após o assalto, os padres da paróquia de Vila Isabel, que tiveram armas apontadas para seus rostos, ainda se recuperam do trauma. Para diminuir o risco de novos ataques, a paróquia investiu em segurança: o muro ganhou uma cerca de aço cortante do tipo concertina, além de câmeras de segurança e um sistema de alarmes. Agora, a fachada da casa paroquial mais parece um presídio.
— O pároco foi acordado de madrugada e, quando abriu a porta do quarto, viu uma arma apontada para sua cabeça. O assaltante disse: “Perdeu, padre, fica quieto” — conta o vigário paroquial Jefferson Araújo de Oliveira, que é sacerdote há 16 anos . — Já trabalhei em favela por muitos anos e nunca tive um problema como esse. Furtos pequenos, de cadeira e lâmpada, sempre houve. Mas bandido não entrava armado em igreja jamais. Antes, a figura religiosa impunha respeito, mas a postura dos criminosos mudou.
De 2014 a 2017, só na cidade do Rio, foram registradas 1.105 ocorrências, entre furtos (quando o criminoso não estabelece contato com a vítima) e roubos (quando, além de contato, há violência ou ameaça) em instituições religiosas, média de 23 assaltos por mês. O dia com mais ocorrências é o domingo, quando as igrejas cristãs estão mais cheias.
Desde o início do ano, pelo menos seis igrejas católicas foram alvo de roubo a mão armada, segundo a Arquidiocese do Rio. Na última quarta-feira, uma funcionária e uma paroquiana da Igreja Nossa Senhora da Luz, no Rocha, na Zona Norte, foram surpreendidas por um bandido, que levou objetos pessoais das duas, peças da igreja e uma quantidade não revelada de dinheiro.
Há dez dias, outro caso chamou a atenção: assaltantes roubaram o sacrário da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, na Vila Kosmos, que guardava âmbulas (vasos) com hóstias consagradas. Antes de saírem, os bandidos fizeram o sinal da cruz. O sacrário foi recuperado no dia seguinte por policiais militares. Já no dia 19 de junho, duas âmbulas e uma luneta banhada em ouro foram furtadas da Paróquia de Nossa Senhora do Sagrado Coração, na Praça Seca.
Em março, um homem armado fez um arrastão na paróquia Santo Cura D’Ars, na Vila Kennedy. O criminoso ameaçou de morte cerca de 15 fiéis e um padre. E obrigou-os a colocar seus pertences dentro de uma sacola.
Os dados do ISP indicam a quantidade de crimes cometidos em instituições religiosas, mas não discriminam as instituições por religião. Embora não seja possível afirmar que as igrejas católicas sejam o principal alvo de bandidos, a antropóloga Alba Zaluar, especialista em criminalidade e segurança pública, afirma que o fenômeno pode indicar que os bandidos têm menos respeito por elas.
— Mesmo que não seja uma manifestação de intolerância religiosa, é uma manifestação de menor respeito pela Igreja, principalmente a católica. Muitos traficantes têm sido convertidos por igrejas evangélicas, e a disseminação dessas denominações cresceu rapidamente — aponta Zaluar. Fonte: https://oglobo.globo.com
VOCAÇÃO E IDENTIDADE: Frei Petrônio
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*DOMINGO, DIA 5. 18º Domingo do Tempo Comum – Ano B
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Tema
A liturgia do 18º Domingo do Tempo Comum repete, no essencial, a mensagem das leituras do passado domingo. Assegura-nos que Deus está empenhado em oferecer ao seu Povo o alimento que dá a vida eterna e definitiva.
A primeira leitura dá-nos conta da preocupação de Deus em oferecer ao seu Povo, com solicitude e amor, o alimento que dá vida. A ação de Deus não vai, apenas, no sentido de satisfazer a fome física do seu Povo; mas pretende também (e principalmente) ajudar o Povo a crescer, a amadurecer, a superar mentalidades estreitas e egoístas, a sair do seu fechamento e a tomar consciência de outros valores.
No Evangelho, Jesus apresenta-Se como o “pão” da vida que desceu do céu para dar vida ao mundo. Aos que O seguem, Jesus pede que aceitem esse “pão” – isto é, que escutem as palavras que Ele diz, que as acolham no seu coração, que aceitem os seus valores, que adiram à sua proposta.
A segunda leitura diz-nos que a adesão a Jesus implica o deixar de ser homem velho e o passar a ser homem novo. Aquele que aceita Jesus como o “pão” que dá vida e adere a Ele, passa a ser uma outra pessoa. O encontro com Cristo deve significar, para qualquer homem, uma mudança radical, um jeito completamente diferente de se situar face a Deus, face aos irmãos, face a si próprio e face ao mundo.
ATUALIZAÇÃO (EVANGELHO – JO 6,24-35)
O caminho que percorremos nesta terra é sempre um caminho marcado pela procura da nossa realização, da nossa felicidade, da vida plena e verdadeira. Temos fome de vida, de amor, de felicidade, de justiça, de paz, de esperança, de transcendência e procuramos, de mil formas, saciar essa fome; mas continuamos sempre insatisfeitos, tropeçando na nossa finitude, em respostas parciais, em tentativas falhadas de realização, em esquemas equívocos, em falsas miragens de felicidade e de realização, em valores efémeros, em propostas que parecem sedutoras mas que só geram escravidão e dependência… Na verdade, o dinheiro, o poder, a realização profissional, o êxito, o reconhecimento social, os prazeres, os amigos são valores efémeros que não chegam para “encher” totalmente a nossa vida e para lhe dar um sentido pleno. Como podemos “encher” a nossa vida e dar-lhe pleno significado? Onde encontrar o “pão” que mata a nossa fome de vida?
Jesus de Nazaré é o “pão de Deus que desce do céu para dar a vida ao mundo”. É esta a questão central que o Evangelho deste domingo nos propõe. É em Jesus e através de Jesus que Deus sacia a fome e a sede dos homens e lhes oferece a vida em plenitude. Isto leva-nos às seguintes questões: que lugar é que Jesus ocupa na nossa vida? Ele é, verdadeiramente, a coordenada fundamental à volta da qual construímos a nossa existência? Para nós, Jesus é uma figura do passado (embora tenha sido um homem excepcional) que a história absorveu e digeriu, ou é o Deus que continua vivo e a caminhar ao nosso lado, oferecendo-nos vida em plenitude? Ele é “mais uma” das nossas referências (ao lado de tantas outras) ou a nossa referência fundamental? Ele é alguém a quem adoramos, com respeito e à distância, ou o irmão que nos indica o caminho, que nos propõe valores, que condiciona a nossa atitude face a Deus, face aos irmãos e face ao mundo?
O que é preciso fazer para ter acesso a esse “pão de Deus que desce do céu para dar a vida ao mundo”? De acordo com o Evangelho deste domingo, a resposta é clara: é preciso aderir (“acreditar”) a Jesus, o “pão” que o Pai enviou ao mundo para saciar a fome dos homens. Aderir a Jesus é escutar o seu chamamento, acolher a sua Palavra, assumir e interiorizar os seus valores, segui-l’O no caminho do amor, da partilha, do serviço, da entrega da vida a Deus e aos irmãos. Trata-se de uma adesão que deve ser consequente e traduzir-se em obras concretas. Não chegam declarações de boas intenções, ou atos institucionais que nos fazem constar dos livros de registo da nossa paróquia; aderir a Jesus é assumir o seu estilo de vida e fazer da própria vida um dom de amor, até à morte.
- No Evangelho deste domingo, Jesus mostra-Se profundamente incomodado quando constata que a multidão o procura pelas razões erradas e, sem preâmbulos, apressa-Se em desfazer os equívocos. Ele não quer, de forma nenhuma, que as pessoas O sigam por engano, ou iludidas. Há, aqui, um convite implícito a repensarmos as razões porque nos envolvemos com Cristo… É um equívoco procurar o Batismo porque é uma tradição da nossa cultura; é um equívoco celebrar o matrimônio na Igreja porque, assim, a cerimônia é mais espetacular e proporciona fotografias mais bonitas; é um equívoco assumir tarefas na comunidade cristã para nos auto-promovermos ou para resolvermos os nossos problemas materiais; é um equívoco receber o sacramento da Ordem porque o sacerdócio nos proporciona uma vida cômoda e tranquila; é um equívoco praticarmos certos atos de piedade para que Jesus nos recompense, nos livre de desgraças, nos pague resolvendo algumas das nossas necessidades materiais… A nossa adesão a Jesus deve partir de uma profunda convicção de que só Ele é o “pão” que nos dá vida.
- A recusa de Jesus em realizar gestos espetaculares (como fazer o maná cair do céu), mostra que, normalmente, Deus não vem ao encontro do homem para lhe oferecer a sua vida em gestos portentosos, que deixam toda a gente espantada e que testemunham, de forma inequívoca, a sua presença no mundo; mas Deus atua na vida do homem de forma discreta, embora duradoura e permanente. Deus vem, todos os dias, ao encontro do homem e, sem forçar nem se impor, convida-o a escutar a Palavra de Jesus, propõe-lhe a adesão a Jesus e ao seu projeto, ensina-lhe os caminhos do amor, da partilha, do serviço. Convém que nos familiarizemos com os métodos de Deus, para o conseguirmos perceber e encontrar, no caminho da nossa vida.
*LEIA A REFLEXÃO NA ÍNTEGRA. CLIQUE AO- LADO - NA PALAVRA- EVANGELHO DO DIA.
XVIII Domingo do Tempo Comum: Reflexão.
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"Deveremos diariamente, possibilitar o crescimento do homem novo, renovando nossa fé em Jesus, buscando o alimento que não perece, confiando sempre em sua Providência".
Padre César Augusto dos Santos SJ - Cidade do Vaticano
Quando, no deserto, o povo judeu começou a sentir fome e sede, pôs-se a lamentar-se, lembrando o passado recente, no Egito, quando, apesar da escravidão, estava sempre bem alimentado com muito pão e muita panela cheia de carne.
Deus os ouviu e como Pai providente, saciou-os com maná e codornas. Afinal fora Ele quem providenciara a libertação do senhorio egípcio, do mesmo modo que havia, séculos atrás, providenciado a ida e a ascensão de José, filho de Jacó, ao posto de vice-rei daquela terra dos faraós.
Agora, ao ouvir este novo clamor de seu querido povo, o Senhor fez coincidir as migrações daqueles pássaros com a fome dos judeus, como também fez coincidir o gotejamento de um arbusto típico do deserto sinaítico com a passagem do mesmo povo. Portanto, as aves e os pingos açucarados, ou seja, o maná, atividade normal da natureza naquele período, foram vistos e acolhidos pelos judeus como milagre.
Deus não respondeu ao povo com recriminações e castigos, mas ao contrário, dando-lhe alimento em abundância.
Por outro lado, Deus, como pedagogo, trabalhou o ponto frágil do povo que era a confiança em Sua Providência. Os israelitas deviam, a cada dia, esperar o alimento das mãos de Deus. As aves deveriam ser abatidas; não era possível criá-las e o maná, por sua vez, não podia ser armazenado, pois se estragava. A cada dia dispunham de alimento físico e também espiritual, isto é alimentar-se de fé na Providência.
No Evangelho, Jesus proporcionou ao povo alimento em abundância. Apenas viu frustrado seu objetivo, quando alimentou o povo com peixes e pão. O Senhor desejava, com esse sinal, mostrar o valor da partilha de todos os bens, isto é, alimentá-los com o dom de serem generosos, de partilharem seus bens, mas o povo queria apenas o alimento perecível.
Jesus, então, alertou o povo dizendo: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará.” O Senhor sabe que os alimentos comuns - comida, viagens, estudos - nada nos satisfaz, mas apenas sua Palavra, que é Palavra de Vida. “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, não terá mais fome; e quem crê em mim nunca mais terá sede.”
A segunda leitura se refere à nossa inconstância, apesar do compromisso radical feito no Batismo. Deveremos diariamente, possibilitar o crescimento do homem novo, renovando nossa fé em Jesus, buscando o alimento que não perece, confiando sempre em sua Providência.
Se algo nos falta ou aos nossos irmãos, saibamos que de há muito Deus providenciou, mas alguém o subtraiu, não partilhando. A carência material de alguns denuncia a pobreza espiritual de outros. Fonte: www.vaticannews.va
Como a Igreja pode punir os maus bispos?
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“Se o padre não estiver disposto a aceitar restrições, teria de ser expulso e perder o apoio financeiro da Igreja. O confinamento seria mais seguro para crianças do que expulsá-lo para dentro da população em geral” escreve Thomas Reese, jesuíta e jornalista, ex-editor-chefe da revista America, em artigo publicado por Religion News Service, 31-07-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.
Eis o artigo.
O recente escândalo de abuso sexual envolvendo o cardeal Theodore McCarrick mais uma vez levanta a questão de como a Igreja pode punir maus padres e bispos, especialmente quando o Estado não pode atuar em função do estatuto de limitações ou outras razões. Nos maus velhos tempos, tempos da Inquisição, a Igreja poderia sentenciar padres maus à prisão, tortura ou morte.
Então, o que pode a Igreja fazer hoje?
A verdade é que, exceto a expulsão do ofício, a Igreja pouco pode fazer a não ser que o padre esteja disposto a aceitar o castigo. A Igreja já não tem uma força policial para obrigar alguém a fazer alguma coisa, embora se um padre é financeiramente dependente da Igreja, ele pode ter pouca escolha a não ser fazer o que é mandado. Caso contrário, a Igreja não tem mais poder sobre um padre do que qualquer empresa tem sobre um empregado. Um padre ou bispo pode recusar a acatar a punição e simplesmente ir embora.
Os padres são capazes de fazer as mesmas coisas ruins como qualquer outro pecador, de quebrar os Dez Mandamentos à violação de leis civis e penais. Depois que o Estado fizer ou não seu trabalho, a Igreja é confrontada com a questão do que fazer.
A esperança da Igreja para os padres é a mesma esperança de qualquer pecador – que se arrependam e mudem suas maneiras de agir. Como resultado, castigo ou penitência (oração e jejum, por exemplo) é normalmente visto como método terapêutico.
Até mesmo a excomunhão, expulsão de uma pessoa da Igreja, é vista no direito canônico como terapêutica. A esperança é que a pessoa excomungada se arrependa e retorne à Igreja. Eis porque a excomunhão não funciona como uma punição para abusadores. Se eles se arrependessem e confessassem seus pecados, suas excomunhões teriam que ser suspensas.
O castigo eclesial normal dos padres que abusam de crianças é a expulsão (laicização) do sacerdócio, mesmo para aqueles que se arrependem. Exceções podem ser feitas para idosos e enfermos. A Igreja não quer retirar um padre velho com Alzheimer de um lar de idosos e deixá-lo na calçada, mesmo que ele fosse um abusador.
Advogados e consultores de relações públicas recomendam que os Bispos expulsem padres abusivos e cortem todos os laços com eles. Isso reduz a responsabilização futura e evita acusações de ter sido condescendente com o padre. Alguns, no entanto, temem que se um padre é solto sem supervisão, ele estará mais propenso a praticar o abuso novamente.
A alternativa é colocar o padre num mosteiro, numa casa de repouso para padres ou outras instalações onde não terá acesso a crianças e onde não poderá deixar a propriedade sem permissão e supervisão. Este é o mais perto que a Igreja pode chegar de colocar um padre na prisão.
Se o padre não estiver disposto a aceitar essas restrições, teria de ser expulso e perder o apoio financeiro da Igreja. O confinamento seria mais seguro para crianças do que expulsá-lo para dentro da população em geral.
Ordens religiosas têm estado mais dispostas do que os Bispos para manter seus padres abusivos sob supervisão e confinamento. Comunidades religiosas se colocam como uma família e são responsáveis por seus membros, para o bem ou para mal. Os Bispos tendem a cortar laços com padres abusivos, a menos que eles estejam idosos ou enfermos.
A situação de McCarrick é incomum. A pedido do Papa Francisco, as alegações contra McCarrick foram investigadas pela Arquidiocese de Nova York e consideradas credíveis e fundamentadas. Neste ponto, se ele fosse um simples padre, o Arcebispo de Nova York poderia ter pedido ao Vaticano para laicizá-lo. Se McCarrick não estivesse com 88 anos de idade, o Arcebispo provavelmente o teria enviado para algum lugar longe de crianças onde ele ficaria até morrer. Em todo caso, não seria permitido que ele atuasse como padre novamente.
Como McCarrick é Bispo e Cardeal, o próximo passo é definido pelo Papa que já o ordenou a se abster de qualquer ministério sacerdotal e gastar seu tempo em oração e penitência até que "as acusações feitas contra ele sejam examinadas em um julgamento canônico regular". Não é incomum pedir a alguém que se abstenha do ministério sacerdotal antes do julgamento, mas a liminar de "oração e penitência" dá a impressão que o Papa considerou a culpa de McCarrick em sua mente.
Além disso, o Papa aceitou a demissão de McCarrick do Colégio Cardinalício, algo que normalmente teria acontecido somente depois de que ele fosse considerado culpado. Não houve uma demissão do Colégio Cardinalício desde 1927, quando o Cardeal francês Louis Billot se demitiu por causa de divergências políticas com Papa Pio XI. Outros Cardeais acusados de abuso ou de encobrimento não perderam seus chapéus vermelhos.
Não está claro como o julgamento será realizado. O Papa pode nomear um tribunal especial ou enviar o caso à Congregação Para a Doutrina da Fé, que lida com casos de padres abusivos.
Os julgamentos da Igreja são conduzidos principalmente pelos juízes revisando documentos apresentados por todos os lados ao invés do testemunho direto e sustentação oral. Em qualquer caso, não poderia ser feito em público.
Mesmo se McCarrick for condenado, o julgamento final e a possível punição seria responsabilidade do Papa.
Como McCarrick é idoso e está fraco, é difícil acreditar que o Papa irá laicizá-lo e jogá-lo na rua. Uma vez que ele já se demitiu do Colégio Cardinalício, existe pouca coisa a ser feita que o Papa já não tenha ordenado: uma vida de oração e penitência, longe dos olhos do público sem o direito de exercer seu ministério sacerdotal. Se o Cardeal se recusar a aceitar essa punição, a Igreja pode expulsá-lo do sacerdócio e cortar seu apoio financeiro.
Nos séculos anteriores, papas puseram padres e cardeais na cadeia. Papa Clemente XIII, por exemplo, prendeu injustamente o pe. Lorenzo Ricci, Superior Geral dos Jesuítas, até sua morte em 1775 no Castel Sant'Angelo em Roma. Isso, claro, já não é possível hoje. Apenas o Estado tem este tipo de poder hoje em dia.
Poucos iriam querer que a Igreja tivesse esse poder atualmente, mas se o Estado é impossibilitado de punir um abusador por causa do estatuto de limitações, se torna decepcionante para as vítimas e o público o ver sair impune. Infelizmente, existem limites jurídicos e práticos para que a Igreja consiga castigar padres e Bispos abusivos, especialmente se eles se recusarem a cooperar. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Padre de Mogi que estava desaparecido é encontrado em São Paulo
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Por volta das 21h desta segunda-feira (30), o padre Sérgio Luiz da Rocha Silva, que estava desaparecido desde a segunda-feira da semana passada, foi encontrado na Praça da Sé, em São Paulo, por missionários da Missão Belém. As informações são da Diocese de Mogi das Cruzes, São Paulo.
Padre Sérgio foi encontrado, segundo o bispo dom Pedro Luiz Stringhini, “relativamente lúcido”. Ele foi acolhido pela recém-inaugurada casa da Arquidiocese de São Paulo, passou pelo Hospital Santana e agora repousa na residência do bispo.
A diocese informa ainda que Sérgio, de 51 anos, está bem. O padre já foi encaminhado a um tratamento específico, com acompanhamento psicológico e espiritual, sem previsão de retorno às atividades pastorais. Fonte: www.odiariodemogi.net.br
AGOSTO, MÊS VOCACIONAL: “Vocações existem, elas precisam ser despertadas”
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Dom José Roberto Palau, bispo referencial da pastoral Vocacional da CNBB.
Todos os anos durante o mês de agosto, a Igreja no Brasil celebra o ‘Mês Vocacional’ e cada domingo é dedicado à celebração de uma determinada vocação. Este ano, a temática é “Seguir Jesus a luz da fé” e o lema “Eu sei em quem depositei a minha fé”.
O portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) conversou com o bispo auxiliar de São Paulo (SP) e referencial da Pastoral Vocacional, dom José Roberto Fortes Palau, sobre os principais aspectos do mês dedicado as vocações.
Por que celebrar o mês Vocacional?
O mês de agosto é um mês temático, então, no primeiro domingo celebramos o dia do padre, a vocação ao ministério sacerdotal. No segundo domingo, nós celebramos o dia dos pais, a vocação a paternidade, a família. No terceiro domingo, celebramos a vocação a vida consagrada, os religiosos e religiosas e no quarto domingos celebramos o dia do catequista, o serviço prestado a igreja por todos os batizados nos mais variados ministérios. Por isso, no mês de agosto focamos as diversas vocações que existem na igreja.
O que as vocações representam na vida dos cristãos, e de que forma eles devem vivenciar esse tema?
Todos nós cristãos, todos nós batizados somos chamados a servir a Igreja na evangelização. O papa Francisco tem insistindo muito numa ‘Igreja em saída’, uma Igreja evangelizadora, que dá testemunho do Evangelho de Cristo. Por isso, que todas as vocações são importantes, de tal forma, que nós também nos santificamos na nossa vocação. Então, quem é chamado a vocação a vida familiar se santifica vivendo o evangelho numa vida de família, no seu ambiente de trabalho, se sanificando. E aquele que é chamado a uma vocação mais específica, por exemplo, a vida consagrada, busca a santidade servindo como consagrado. De tal forma que todos nós colaboramos para o crescimento e a santidade da Igreja.
Como a temática das vocações deve ser trabalhado nas comunidades?
Todo mês de agosto nós fazemos um trabalho vocacional nas comunidades. Nós temos um subsídio preparado pelo Setor de Vocações e Ministérios da CNBB, que as comunidades têm a oportunidade de ter esse material em mãos, e durante todo mês de agosto fazer reflexões sobre as mais diversas vocações que existem na Igreja. Então, por ser um mês temático a gente procura trabalhar a questão vocacional de modo muito particular a vocação à vida consagrada. Vocações existem, elas precisam ser despertadas. Nós precisamos de padres, religiosos e religiosas para servir à Igreja e agosto é um mês especial para despertar essas vocações na Igreja. Em 2019, vai acontecer de 5 a 8 de setembro, em Aparecida (SP), o 4º Congresso
Vocacional do Brasil, cujo tema será: “Vocação e discernimento”. Qual a importância desse evento para Igreja no Brasil?
Nós vamos discutir as mais variadas vocações e a Igreja precisa de que todos os batizados, aqueles que são cristãos participem de suas comunidades. De modo muito particular, precisamos fortalecer a cultura vocacional em nossas dioceses, paróquias e comunidades. O Congresso Vocacional do Brasil é um despertar, é uma sacudida para que a gente possa trabalhar esse tema em nossas comunidades e, assim, criar uma cultura vocacional. Então, acredito que o Congresso será de suma importância para a Igreja no Brasil no despertar para questão vocacional.
Durante o mês vocacional, também será lançado o texto base do 4º Congresso Vocacional do Brasil que vai acontecer de 5 a 8 de setembro de 2019, em Aparecida (SP), cujo tema será: “Vocação e discernimento”.
O mês vocacional foi instituído em 1981, pela CNBB, em sua 19ª Assembleia Geral. O objetivo principal era o de conscientizar as comunidades da responsabilidade que compartilham no processo vocacional. O cartaz pode ser encontrado no site das Edições CNBB. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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