Papa: Assunção de Maria, mistério que diz respeito a todos.
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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco voltou à janela do Palácio Apostólico nesta segunda-feira (15/08), feriado no Vaticano por ocasião da Solenidade da Assunção de Maria.
Aos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa disse que Maria nos precede na “estrada dos batizados”, recordou as vítimas inocentes que "não têm peso sobre a opinião mundial" e todas as mulheres que vivem situações dramáticas:
“Que a elas possa chegar o quanto antes o início de uma cidade de paz, de justiça, de amor, à espera do dia em que finalmente se sentirão seguradas por mãos que não humilham, mas que com ternura as reerguem e as conduzem até o céu”, pediu o Pontífice.
Abaixo, a íntegra da alocução na tradução da redação brasileira:
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O Evangelho da Solenidade da Assunção de Maria descreve o encontro entre Maria e a prima Elisabete, destacando que “Maria levantou-se e com pressa foi até a região montanhosa, em uma cidade de Judá”.
Naqueles dias, Maria corria em direção a uma pequena cidade próximo a Jerusalém para encontrar Elisabete. Hoje a contemplamos na sua estrada em direção à Jerusalém celeste, para encontrar finalmente o rosto do Pai e rever o rosto do seu Filho Jesus. Muitas vezes na sua vida terrena havia percorrido áreas montanhosas, até a última dolorosa estação do Calvário, associada ao mistério da paixão de Cristo.
Agora, a vemos chegar à montanha de Deus, “vestida como o sol, com a lua sob seus pés e, na cabeça, uma coroa de doze estrelas” e atravessar os limites da pátria celeste.
Ela foi a primeira a acreditar no Filho de Deus, e é a primeira a subir aos céus em corpo e alma. Inicialmente, acolheu e tomou conta de Jesus quando ainda era criança, e é a primeira a ser acolhida pelos braços de seu Filho para ser levada ao Reino eterno do Pai.
Maria, moça humilde e simples de uma vila perdida na periferia do império, justamente porque acolheu e viveu o Evangelho, foi admitida por Deus para estar pela eternidade ao lado do trono do Filho. É assim que o Senhor tira os potentes dos tronos e eleva os humildes. A Assunção de Maria é um grande mistério que diz respeito a todos nós, sobre o nosso futuro. Maria nos precede na estrada para a qual são encaminhados aqueles que, diante do Batismo, ligaram a sua vida a Jesus, como Maria entrelaçou a Ele a sua própria vida.
A festa de hoje preanuncia os “novos céus e a nova terra”, com a vitória de Cristo ressuscitado sobre a morte e a derrota definitiva do mal. Para tanto, a exaltação da humilde moça da Galileia, expressada no canto do Magnificat, se torna canto de toda a humanidade, que se compraz no ver o Senhor que se inclina sobre todos os homens e todas as mulheres, humildes criaturas, e assume com Ele todos no céu.
Pensemos, em particular, às mulheres cansadas do fardo da vida e do drama da violência, às mulheres escravas da prepotência dos potentes, às meninas obrigadas a realizar trabalhos desumanos, às mulheres obrigadas a renderem-se no corpo e no espírito à cobiça dos homens.
Que a elas possa chegar o quanto antes o início de uma vida de paz, de justiça, de amor, à espera do dia em que finalmente se sentirão seguradas por mãos que não humilham, mas que com ternura as reerguem e as conduzem pela estrada da vida até o céu.
E agora, nos voltemos com confiança a Maria, doce Rainha do céu, e a peçamos: “Doai-nos dias de paz, vigia o nosso caminho, faz que vejamos o teu Filho, cheios da alegria do Céu”.
Vítimas inocentes
Quero confiar mais uma vez à Rainha da Paz, que hoje contemplamos na glória celeste, as ansiedades e as dores das populações que em tantas partes do mundo são vítimas inocentes de persistentes conflitos.
O meu pensamento vai aos habitantes do Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, que recentemente foram vítimas de novos massacres, que há muito são perpetrados no silêncio vergonhoso sem sequer chamar a nossa atenção. Fazem parte, infelizmente, de tantos inocentes que não têm peso sobre a opinião mundial.
Obtenha Maria por todos sentimentos de compreensão e desejo de concórdia. Fonte: http://br.radiovaticana.va
Gestos pequeños para personas grandes (agosto 2016)
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Frei Fernando Millán Romeral O.Carm. Prior Geral da Ordem do Carmo.
Hace unos días he tenido el gustazo de leer Mi conversión de Dorothy Day, uno de esos libros que uno tiene en la lista de espera, con ganas de “hincarle el diente” cuanto antes. Me ha fascinado la aventura espiritual de esta mujer: activista comprometida con la difícil situación de los obreros en los Estados Unidos del primer tercio del siglo XX, sindicalista imbuida de la filosofía marxista, y periodista que trabajó en muy diversos medios de su época. Sin perder ni un ápice de su profunda conciencia social, fue acercándose paulatinamente a la fe con sinceridad, con generosidad, con emoción. Y la fe la “reenvió” a los pobres con mayor sensibilidad si cabe. Frente al prejuicio marxista del que ella misma había participado, la fe no fue “opio”, sino acicate y estímulo en la lucha por los derechos de los más necesitados.
En algunos momentos, su biografía (su itinerario espiritual) recuerda al de otras grandes mujeres que han sido fundamentales en la historia espiritual del siglo XX: Teresa de Lisieux (que aunque muere en el XIX, marca decisivamente la espiritualidad del siglo siguiente), Ana Frank, Simone Weil, Hannah Arendt, Adrienne von Speyr, Gertrud von Le Fort… y tantas otras. Pero, al menos en algunos puntos, a quien me ha recordado más es a Edith Stein, la filósofa judía que también descubrió la fe a través de lecturas filosóficas, del encanto de la liturgia y del encuentro con Santa Teresa. Las dos se muestran muy serias (e incluso rígidas) con el horario y el aprovechamiento del tiempo; ambas fueron voluntarias de la Cruz Roja en la primera Guerra Mundial y ambas fueron mujeres fuertes, hondas, receptivas, valientes y buscadoras en la maraña espiritual y cultural de su tiempo. Su periplo concluyó en el catolicismo, aunque las dos provenían de tradiciones religiosas muy diferentes, y las dos pasaron por la pérdida de la fe y la frialdad religiosa.
Pero el caso es que ambas -y aquí es donde yo quería aterrizar- tuvieron una sensibilidad especial para los pequeños gestos de fe, para ciertas actitudes que, pese a su extrema sencillez, acabarían teniendo gran importancia en su “conversión”. Edith, la filósofa, la pensadora, la discípula aventajada de Husserl se emociona ante una señora que, cargada con las bolsas de la compra, entra en la catedral de Frankfurt para arrodillarse y rezar. Es la primera vez que percibe un diálogo personal con Dios en el silencio de una iglesia casi vacía… y nunca lo pudo olvidar. Dorothy, activista comprometida y periodista aguda, acude a la catedral de Nueva Orleans y presencia una bendición. La misma posición corporal de los que la reciben, la conmueve profundamente (me hizo inclinar la cabeza) y, años más tarde, se pregunta si sintió algo así como “una Presencia”.
Me impresiona (y ahora hablo de mí) esa sensibilidad de las personas verdaderamente grandes ante los gestos pequeños, de creyentes normales, devotos, piadosos. Me duele el desprecio sistemático y algo arrogante que a veces se muestra ante la fe de los sencillos. Es verdad que en ocasiones estos gestos se pueden manipular, que se ideologizan y se convierten en armas arrojadizas para nuestras batallitas eclesiales. Pero no me refiero a nada de eso. El mismo Dietrich Bonhoeffer, un gigante del pensamiento teológico del siglo XX, se conmovió hondamente ante la gente que esperaba para confesarse en Santa Maria Maggiore cuando estuvo en Roma en 1924.
Quizás yo sea un sentimental, pero le pido a Dios que las altas teologías, las experiencias místicas y los compromisos sociales… no nos anulen esa capacidad de contemplar y de conmovernos ante los pequeños gestos de fe de los más sencillos.
Diaconisas: e agora? Artigo de Phyllis Zagano
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"Em 2016, o ministério do discernimento sobre as mulheres no diaconato foi entregue a 12 estudiosos, sob a presidência de outro estudioso, um professor jesuíta de teologia dogmática, que também é secretário da congregação doutrinal. E, assim, a comissão vai se reunir, discernir e, espera-se, decidir sobre uma recomendação." A opinião é da teóloga estadunidense Phyllis Zagano, da Universidade de Hofstra, de Nova York, autora, dentre outros, de Women Deacons: Past, Present, Future; Women Deacons? Essays with Answers e In the Image of Christ: Essays on Being Catholic and Female. O artigo foi publicado no sítio National Catholic Reporter, 10-08-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o artigo.
O Papa Francisco nomeou apenas uma mulher do hemisfério ocidental para a sua comissão sobre as diaconisas. Esta seria eu. Então, o que acontece a seguir? O fato é: eu não sei. Presumo que, em algum momento em um futuro não muito distante, vou receber um convite para ir a Roma para me encontrar com os outros membros da comissão. O nosso mandato é estudar as mulheres no diaconato.
Quando falou com os membros da União Internacional das Superioras Gerais, em Roma, no dia 12 de maio, o Santo Padre disse que estava especialmente interessado nas diaconisas da Igreja primitiva. Ele disse que iria perguntar à Congregação para a Doutrina da Fé o que ela tinha sobre o assunto e, sim, a pedido das irmãs, ele formaria uma comissão.
Eu me pergunto o que a congregação doutrinal lhe enviou. Pergunto-me se ela lhe enviou o relatório da Comissão Teológica Internacional de 1997, que não encontrou nenhuma barreira para as diaconisas. Eu entendo que o relatório foi impresso, numerado e finalizado para a assinatura do presidente da Comissão Teológica Internacional, mas ele se recusou a assiná-lo. E não foi publicado.
Na época, o presidente da Comissão Teológica Internacional e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé era o cardeal Joseph Ratzinger.
Eu não acho que devemos nos queixar muito. Na realidade, eu me pergunto se, 19 anos atrás, havia sabedoria na decisão do cardeal Ratzinger. O diaconato, restaurado como uma vocação permanente, tinha apenas 30 anos de idade na época, ainda quase em seus estágios experimentais e exploratórios.
Levou um bom tempo para que muitas Conferências Episcopais respondessem ao chamado do Concílio Vaticano II a restaurar o diaconato como uma vocação permanente. Enquanto muitos bispos estadunidenses começaram a ordenar homens casados como diáconos quase tão rapidamente quanto podiam, outros não deram esse salto velozmente.
Por exemplo, demorou quase 40 anos para que dioceses no Reino Unido e na Irlanda começassem a formar diáconos. Mesmo assim, o diaconato cresceu. Existem agora mais de 42.000 diáconos em todo o mundo, em grande parte concentrados na Europa ocidental e nos Estados Unidos.
A teoria sobre o diaconato também cresceu, de acordo com a sua disseminação em todo o mundo. A editora Paulist Press abriu o caminho nos Estados Unidos com muitos livros de e sobre diáconos. Frequentemente eu levantei a minha mão e voz para perguntar sobre a restauração das mulheres ao ministério diaconal.
Em 2002, um novo comitê da Comissão Teológica Internacional, dirigido por um ex-aluno de pós-graduação deRatzinger, finalizou um documento de estudo concluindo que "o ministério do discernimento, que o Senhor deixou à Sua Igreja", deveria decidir sobre a questão das diaconisas.
O estudo da Comissão Teológica Internacional de 2002 depende fortemente do trabalho de um estudioso, Aimé Georges Martimort (1911-2000), que se opôs fortemente voltando ao retorno das mulheres ao diaconato no seu livro de 1982 (traduzido ao inglês em 1986), Deaconesses: An Historical Study.
Em 2002, a Comissão Teológica Internacional pareceu concordar com Martimort, mas incluiu a sua determinação de que a questão das mulheres no diaconato não estava resolvida.
Nos anos seguintes, outros estudiosos olharam para a questão, retraduziram estudos e documentos originais, e questionaram por que apenas metade do diaconato tinha se rejuvenescido até então.
Agora, em 2016, o ministério do discernimento sobre as mulheres no diaconato foi entregue a 12 estudiosos, sob a presidência de outro estudioso, um professor jesuíta de teologia dogmática, que também é secretário da congregação doutrinal. E, assim, a comissão vai se reunir, discernir e, espera-se, decidir sobre uma recomendação.
Fora das reuniões da comissão, o ministério do discernimento mais amplo já está se movendo. Os suspeitos de costume estão criticando o papa e a sua comissão, e um deles está até blogando sobre "diaconetes" [deaconettes], enquanto fomenta a insurreição, senão o cisma. Outros até levantam falsas esperanças sobre sacerdotisas ou lutam contra o "tigre de papel" que tal sugestão representa.
Apesar do desgaste da conversa, eu acho que é importante para a Igreja – toda a Igreja – pensar e rezar sobre as diaconisas. Elas eram ordenadas em cerimônias idênticas às usadas para os homens? Sim. Esse sempre foi o caso? Quem sabe? As suas cerimônias de ordenação incluíam a epiclese – a invocação da descida do Espírito Santo – e a imposição das mãos? Sim. Elas tinham as mesmas tarefas e obrigações dos diáconos homens? Não. Elas tinham alguns. Mas os diáconos homens também não partilhavam as suas tarefas e obrigações, incluindo a unção das mulheres doentes e das recém-batizadas. A história sozinha não pode decidir isso. Espera-se que o Espírito Santo esteja nos detalhes.
Eu não posso lhes dizer como as coisas vão ser resolvidas, ou quando. Eu só posso dizer que parece que o Papa Francisco vai tomar uma decisão. Eu genuinamente acredito que a sua decisão, qualquer que seja, será a certa. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
MP quer explicação das TVs sobre horários das igrejas
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Iniciativa que há muito se esperava foi tomada pelo procurador Sérgio Suiama, do Ministério Público, que instaurou inquérito contra a despropositada ocupação religiosa nas grandes redes de televisão. A coluna vem batendo nesta tecla não é de agora.
Várias dessas emissoras foram chamadas a se explicar. Record e Bandeirantes chegaram a responder a um questionário enviado, mas a ambas foram solicitadas novas informações. Rede TV! e Gazeta ainda estão por devolver as suas respostas
Devemos reconhecer que para o meio de TV, em tempos recentes, não houve nenhum outro fato mais significativo que este. Para a desordem instalada, inclusive com algumas emissoras transformadas em templos religiosos em tempo integral, casos da Rede 21 e CNT, há muito se reclamava por alguma providência.
É importante que o Ministério Público tome a frente disso e possa dar um fim às transgressões cometidas e contra as quais outras autoridades, por covardia, conveniência ou descaso, jamais resolveram se posicionar. Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
*A FÉ QUE MOVE AS CIDADES.
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No país, 334 municípios recebem 18 milhões de turistas religiosos, mas desenvolvimento local deixa a desejar.
PALMELO, ABADIÂNIA, JUAZEIRO DO NORTE E TRINDADE - É com a convicção de que a fé não costuma falhar que milhões de pessoas arrumam as malas todos os anos e visitam as várias cidades, de todas as fés, espalhadas pelo país. Dados do Ministério do Turismo mostram que existem pelo menos 18 milhões de turistas religiosos domésticos no Brasil, três vezes o volume de cerca de 6 milhões de pessoas que passam por ano pela Capela Sistina, no Vaticano. Só de estrangeiros, pelo menos 30 mil pessoas vêm ao país para este fim. São pelo menos 334 municípios em todo o território nacional que atraem esse tipo de movimento ao menos em uma época do ano. Em muitos, a população chega a dobrar em um único fim de semana....
*Leia na íntegra. Clique aqui:
http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2016/08/a-fe-que-move-as-cidades.html
SP: jogar Pokémon Go em igrejas está permitido
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Para Arquidiocese, liberar o jogo é uma maneira de interagir com jovens
Em uma postagem no Facebook, a Arquidiocese de São Paulo liberou o “Pokémon Go” nas igrejas de São Paulo, mas “sem excessos”.
A postagem defende que liberar o jogo de forma consciente é uma maneira de interagir “com jovens que estão afastados da vida pastoral e comunitária”.
A Arquidiocese só alerta para que os gamers não exagerem. A postagem pede para que os usuários façam silêncio e pausem a caçada enquanto a igreja estiver em missa.
Além de liberar a busca pelos pokémons, a arquidiocese também aproveitou para estimular que os novos visitantes façam fotos dentro das igrejas e publiquem com ahashtag #PokemonGoIgrejaSP. As fotos feitas pelos jogadores serão compartilhadas pela Arquidiocese. Fonte: http://noticias.band.uol.com.br
“A Ordem dos Pregadores precisa despertar ao que acontece e brota novo no mundo”.
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“É decisivo para a renovação da Igreja e nela para a renovação das congregações religiosas, incluída a Ordem dos Pregadores, que nos deixemos oxigenar pelos novos ares de uma Igreja em saída, pobre e servidora do mundo. É preciso atualizar esse amor à Igreja em processo contínuo de reforma, no momento em que celebramos a festa de São Domingos (na ilustração) que, segundo canta a liturgia, ‘falou dentro da Igreja’”, escreve o teólogo dominicano Jesús Espeja, em artigo publicado por Religión Digital, 07-08-2016. A tradução é do Cepat.
Eis o artigo.
Minha vocação de dominicano vai se consolidando em sintonia com a figura deste castelhano, sensível às mudanças culturais, movido pela compaixão diante das carências dos seres humanos, e servidor de uma Igreja que derruba muros de separação. Apesar dos instalados em um triunfalismo eclesial não entenderem seu carisma, recebeu aprovação e apoio de Honório III, sucessor de Pedro naquele tempo, empenhado em realizar o chamado do quarto concílio lateranense a evangelizar na nova situação cultural que já despontava.
Hoje, a Igreja rejuvenescida no Vaticano II e enriquecida por um sucessor de Pedro também busca seguir o convite do concílio, inclusive, encontra nas altas instâncias eclesiásticas muito narcisismo e triunfalismo, excessivo fechamento diante da emergência de uma nova situação cultural onde já estão os sinais do Espírito.
Quando nós, dominicanos, celebrarmos 800 anos, será lamentável nossa insensibilidade diante da nova situação cultural que já está surgindo e que não atualizemos nosso carisma para servir uma Igreja “em saída”. Evocando nossa longa história e diante da coragem de futuro que a situação atual do mundo e a missão evangelizadora da Igreja demandam, é fácil ficarmos cantando as glórias do passado, gastar as energias apontando estruturas e mediações que devem morrer, para que nasça o que quer nascer, perdendo o vinho novo em odres já corroídos que matam sua vivacidade e sua força.
Confesso que, para mim, os gestos, as intervenções orais e as Exortações do Papa Francisco estão sendo evangélico respiro. Como dominicano apaixonado pela reflexão sobre a fé cristã em um mundo em mudança, há alguns traços na orientação deste Papa que parecem chave apropriada para a reforma inescapável que hoje nós, freis pregadores, necessitamos.
Primeiro, “renovar o encontro pessoal com Jesus Cristo ou, ao menos, tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, sem cessar” (Exortação Evangelii Gaudium, n. 3). O convite resulta familiar para os frades pregadores. O beato Angélico nos deixou um precioso quadro de São Domingos abraçado ao Crucifixo; o mesmo gesto em Catarina de Siena, Rosa de Lima e Martinho de Porres.
O futuro da Igreja, e nela das congregações religiosas, incluída a Ordem dos Pregadores, não se garante sem mais sustentando andaimes estruturais, nem recomendando as observâncias comunitárias. Nada, nem ninguém pode suprir a vida de fé como experiência do encontro pessoal com Jesus Cristo, em quem saboreamos a presença de Deus que, a partir do amor, continuamente cria e acompanha a humanidade em seu crescimento. Hoje, o Papa Francisco insistiu falando ao Capítulo Geral dos dominicanos: “devem ser evangelizados por Deus para evangelizar”.
Por Deus encarnado ser inseparável da humanidade, o Papa recomenda, hoje, aos dominicanos: “Olhando a nosso redor, comprovamos que o homem e a mulher de hoje estão sedentos de Deus. Eles são a carne viva de Cristo, que grita ‘tenho sede’ de uma palavra autêntica e libertadora, de um gesto fraterno e de ternura. Este grito nos interpela e deve ser o cerne da missão que dá vida às estruturas e programas pastorais. Pensem nisto quando refletirem sobre a necessidade de ajustar o organograma da Ordem, para discernir sobre a resposta que se dá a este grito de Deus”.
“Quanto mais saiamos para saciar a sede do próximo, mais seremos pregadores de verdade, dessa verdade anunciada por amor e misericórdia, da qual fala Santa Catarina de Siena”. O verdadeiro encontro com Jesus Cristo, continua o Papa, nos faz “contemplativos da Palavra e do povo, é sagrada a Palavra e também seus destinatários”. Nós, freis pregadores, tomaremos consciência e trataremos de colocar em prática as implicações que esta recomendação do Papa Francisco acarreta?
Segundo, “somos chamados a formar as consciências, mas sem pretender substitui-las” (Exortação Amoris Laetitia, n. 37). Já a parábola evangélica do trigo e o joio sugere que podemos acompanhar e ajudar na liberdade do outro, mas não a suprir e esmagar. O Vaticano II afirmou que a liberdade é sinal da imagem divina na pessoa humana, já que sua dignidade exige que sempre atue segundo sua consciência. Em todas as comunidades cristãs e, portanto, nas congregações religiosas, há o perigo de ficarmos na superfície dos deveres, abdicando da própria responsabilidade, da criatividade e do risco.
Se falta o envolvimento das pessoas, as práticas religiosas podem ser uma boa armadilha que gera e justifica a estéril instalação. Em razão do individualismo que atualmente corrói a vida social e que, assim o como câncer nefasto, é grave patologia na vida religiosa, urge a formação da consciência pessoal no dinamismo do carisma que se professou. Sem essa formação, o mais comum é que a vida religiosa degenere, pelo menos, em uma sociedade de seguros mútuos com a superficialidade, mal-estar e insatisfação de todos.
Terceiro, não estamos neste mundo “para vegetar no sofá da vida” (Papa Francisco aos jovens reunidos em Cracóvia). Uma chamada de atenção a nossa “itinerância dominicana”, que se concretiza em diferentes âmbitos. Vale a pena indicar um, por exemplo.
O mundo dos últimos séculos avançou mais que a Igreja. Nossas formulações da fé cristã com a linguagem de outras culturas nada dizem aos distanciados da Igreja, nem à maioria dos cristãos. Por outro lado, em sociedades como a espanhola, o processo de secularização, a pluralidade cultural e a massiva indiferença religiosa são um desafio cada vez mais inescapável para a Igreja e, em concreto, para os frades dedicados à pregação do Evangelho. A situação atual exige muito estudo, não só para discernir os sinais de nosso tempo, como também para oferecer nova versão da fé cristã. Por experiência pessoal, estou convencido que não é possível oferecer esta versão atual da fé, caso não se conheça bem o conteúdo permanente da mesma em diferentes versões do passado.
Contudo, o dominicano, pregador da graça neste tempo de mudança, não cumpre a sua vocação repetindo de qualquer forma o que os grandes e admiráveis mestres disseram em outros tempos. A fé não existe como realidade abstrata. Os crentes só existem dentro de uma situação cultural que demanda nova leitura da tradição cristã. No despontar de uma nova época, Domingos, Tomás de Aquino, Catarina de Siena, Francisco de Vitória e Bartolomé de Las Casas não fizeram nova leitura e empreenderam nova prática? Nós, pregadores, não devemos fazer de nossa missão “um sofá que nos adormece”. Temos que nos despertar ao que acontece e brota novo no mundo, caso queiramos que o mundo também desperte à utopia do Evangelho.
Quarto, “o grito dos pobres e deserdados desperta” (Papa Francisco ao Capítulo Geral dos Dominicanos). Tanto nós, frades, como as instituições, facilmente nos instalamos, na medida em que avançamos em idade. Há anos, a propósito do Vaticano II, nossos Capítulos Gerais falaram muito da opção pelos pobres e da evangelização nas fronteiras. Mas, essas chamadas do Espírito facilmente ficaram soterradas, não só pelos longos e talvez excessivos documentos de novos Capítulos, como também, sobretudo, pela instalação e aburguesamento que sempre nos ameaçam. Nesta situação, hoje, o Sucessor de Pedro faz aos dominicanos uma saudável advertência, evocando a compassiva sensibilidade do jovem professor Domingos de Gusmão, na Universidade de Palência, vendo tanta gente pobre e desvalida: “Como posso estudar com peles mortas, quando a carne de Cristo sofre?”.
Falando sobre a Igreja, tenho sempre minhas reservas para não cair em uma ‘hierarcologia’, nem fazer do Papa um monarca absoluto. Mas, hoje, nota-se, dentro da comunidade cristã, rumores e até vozes com ranços diante da sensibilidade evangélica que as palavras e os gestos do Papa Francisco (na foto, abaixo, recebendo Bruno Cadoré, Mestre-geral da Ordem dos Pregadores) respiram e transpiram.
Por isso, é decisivo para a renovação da Igreja e nela para a renovação das congregações religiosas, incluída a Ordem dos Pregadores, que nos deixemos oxigenar pelos novos ares de uma Igreja em saída, pobre e servidora do mundo. É preciso atualizar esse amor à Igreja em processo contínuo de reforma, no momento em que celebramos a festa de São Domingos que, segundo canta a liturgia, “falou dentro da Igreja”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora de São João del Rei-MG: 270 Anos- Convite.
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Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora
do Monte Carmelo.
Paróquia de N. Sra. do Pilar – Diocese de São João Del Rei
Praça Carlos Gomes, s/n. º - Centro - CEP: 36300-108 - São João del-Rei - MG.
TEL: (32) 3371 – 7996 / (32)9981-1616
São João Del Rei, agosto de 2016
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e Maria!
A Mesa Administrativa da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte Carmelo, vem por meio desta com todo entusiasmo, convidar a todos deste Sodalício a participarem de nossa alegria na ocasião em que celebramos os 270 anos de nossa Ordem .
As festividades terão inicio às 9 horas da manhã no dia 11 de setembro do corrente ano com a Rasoura de Nossa Senhora do Carmo, em seguida Santa Missa Solene pelo aniversário de elevação do Sodalício, logo após o canto solene do Te Deum Laudamus em nossa Igreja e para terminar um almoço de confraternização.
Pedimos que confirme o quanto antes a presença, pelos tels: 32- 3371-7996 (secretaria da OTC) – 32 999954-5230 (Eduardo – Prior) - 32- 99981-1124 (Raquel – Secretária) ou pelo email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Certos de podermos contar com tão honrosa presença, desde já agradecemos, pedindo a Virgem do Carmo muitas bênçãos para todo o Sodalício.
Fraternalmente no Carmelo!
Carlos Eduardo Valim Rodrigues – Prior da OTC
Raquel Andrade -Secretária da OTC
Vaticano ordena julgamento canônico de padre condenado por pedofilia
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O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (8) um julgamento canônico contra o padre irlandês John O'Reilly, ex-líder da Congregação dos Legionários de Cristo, condenado no Chile a quatro anos de liberdade vigiada por abuso sexual de um menor.
A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) ordenou o julgamento de O'Reilly, que em novembro de 2014 foi condenado por abusos sexuais contra um menor entre 2010 e 2012, em um colégio da Ordem dos Legionários de Cristo, em Santiago.
"John O'Reilly declarou no tribunal da CDF sua total disponibilidade para colaborar, de acordo com o cronograma e o procedimento estabelecidos pelas autoridades pertinentes", informou a Congregação dos Legionários de Cristo no Chile.
Em agosto do ano passado, O'Reilly foi expulso do Chile, medida que cumprirá assim que concluir a pena imposta pela justiça chilena.
O'Reilly, que está proibido de exercer funções religiosas públicas, afirma ser inocente e nega as condutas ilícitas pelas quais foi condenado.
A Congregação dos Legionários de Cristo está no centro de um escândalo mundial pelo comportamento de seu fundador, o mexicano Marcial Maciel, falecido em 2008, acusado de abusos sexuais de menores e que manteve uma vida dupla, com duas mulheres e vários filhos. Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
Padre pedófilo citado no filme Spotlight se suicida em MG
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O padre Bonifácio Buzzi, que estava preso por pedofilia em um presídio de Três Corações (MG), foi encontrado morto ontem (7). Ele tinha 57 anos e estava em uma cela individual. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) do Governo de Minas Gerais, ele cometeu suicídio se enforcando com uma teresa (corda) feita utilizando um lençol.
O caso do padre é citado no filme Spotlight, um dos vencedores do Oscar 2016, que se baseia na história real do trabalho de repórteres do jornal norte-americano The Boston Globe, que desvendou como a igreja católica escondia crimes de pedofilia. Em 2015, Bonifácio Buzzi figurou na lista internacional de sacerdotes que abusaram sexualmente de crianças e adolescentes.
Crimes em série
Ao fim do filme, junto aos créditos, é apresentada a lista de cidades onde esses crimes foram cometidos. Mariana (MG) é citada por ser o município onde Bonifácio Buzzi abusou de um garoto de 9 anos. O caso ocorreu em 2001 no distrito de Mainart. O padre foi condenado a 20 anos de prisão e ficou preso entre 2007 a 2015, quando passou a cumprir a pena em liberdade.
Entretanto, novas denúncias o levaram de volta à prisão. Após ser colocado em liberdade no ano passado, ele teria abusado sexualmente de dois meninos na zona rural de Três Corações (MG).
A suspeita levou um juiz da cidade a determinar sua prisão preventiva. Bonifácio Buzzi foi encontrado na última sexta-feira (5), em Barra Velha (SC), numa ação que contou com a cooperação de policiais catarinenses. No sábado, Bonifácio Buzzi deu entrada no presídio de Três Corações (MG), um dia antes de cometer o suicídio.
Onde estão os padres do Vaticano II?
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Eu sempre quis saber o que aconteceu com aqueles padres que conheci logo após o Concílio Vaticano II, sacerdotes que se colocavam prontos a me entender e a me apoiar no ministério gay que Deus colocou em meu caminho quando cursei a pós-graduação. A essa altura, eles já devem, assim como eu, estar elegíveis para receber a Previdência Social. O artigo é da Ir. Jeannine Gramick, das Irmãs de Loretto, cofundadora da New Ways Ministry, organização que luta pelos direitos de católicos gays e lésbicas, publicado por National Catholic Reporter, 03-08-2016. A tradução é deIsaque Gomes Correa.
No final de junho, descobri onde muitos deles estavam quando esbarrei em vários deles num evento em Chicago. Muitos já estavam aposentados ou, como um me falou: “Não aposentado, apenas reciclado”. Eles ainda se preocupavam com a difusão do Evangelho e com a promoção da justiça.
Eu os encontrei no congresso anual da Associação de Padres Católicos dos EUA (Association of U.S. Catholic Priests – AUSCP), entidade criada formalmente há cinco anos em Pittsburgh por 27 sacerdotes. O grupo deve a sua existência à insatisfação que milhares de sacerdotes americanos manifestaram com relação às mudanças no Missal Romano que o Vaticano forçara em países falantes de língua Inglês em 2011.
Ainda há uma insatisfação com essas mudanças entre esses e outros padres. De um grupo de trabalho no evento eu ouvi reclamações do tipo: “As mudanças empregam um inglês ruim, uma teologia ruim e não são sensíveis em termos pastorais”. Vários padres reconheceram que não haviam adotado as alterações do Vaticano. Em vez disso, eles usam a edição de 1998 do missal, que, como me disse prontamente um padre, pode ser encontrada no endereço www.misguidedmissal.com. (No entanto, quando o arcebispo de Chicago Dom Blaise Cupich presidiu a celebração eucarística do congresso, não era a edição de 1998 que estava no altar.)
Eu me senti em casa com esses sacerdotes cuja organização foi fundada para manter viva a visão do Concílio Vaticano II. Como disse Paul Leingang, diretor de comunicação da AUSCP: “Temos o Vaticano II não como uma questão de nostalgia, mas como uma questão de urgência”.
Eu gostei deste espírito de liberdade, de poder falar o que vem à cabeça quando há uma discordância junto às atuais políticas ou costumes da Igreja institucional. Por exemplo, a AUSCP tomou uma posição favorável a existir um clero masculino casado e à ordenação de mulheres para o diaconato, mas não assumiu uma postura a favor da ordenação delas ao sacerdócio. Fiquei um pouco decepcionada que a organização tenha contornado essa questão, pois sei que vários dos padres naquele encontro acreditam que as mulheres não devem ser impedidas de serem ordenadas para exercer o ministério sacerdotal. Perguntei a alguns integrantes que coordenam a Associação sobre isso.
Um deles, o Pe. Bernie Survil, sacerdote diocesano de Pittsburgh e um dos primeiros fundadores, me disse: “Existem limites para a dissidência, porque todos os padres estão em sintonia” com suas dioceses.
Um outro participante fundador, o Pe. Frank Eckart, comentou: “Nós questionamos esses temas que não são uma causa pétrea, mas eles não são contrários ao dogma ou à fé, embora acreditemos no diálogo com grupos dissidentes”.
O articulador internacional do grupo, o Pe. Dan Divis, da Diocese de Cleveland, concordou. “Haver um dissenso faz parte da Igreja; isto não é perigoso, mas confunde”, disse ele, lembrando que um dos palestrantes, o Dr. Massimo Faggioli– teólogo italiano que irá lecionar na Universidade de Villanova no segundo semestre deste ano –, afirmou que “até mesmo aqueles que fazem resistência são parte da Igreja do Vaticano II” defendida pelo Papa Francisco.
Como se estivesse buscando mostrar que a AUSCP reconhece o valor da dissidência, o grupo concedeu um prêmio a Dom Thomas Gumbleton, religioso que faz resistência interna na Igreja e que tem apoiado publicamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Mas o que eu mais escutei dos participantes no encontro não eram ideias de dissenso ou resistência, e sim o apreço pela organização que os uniu. O Pe. Jim Kiesel, da Arquidiocese de Baltimore, expressou um sentimento que por vezes eu observei: “Para mim, o destaque desta semana é ver os meus irmãos sacerdotes, compartilhar sonhos e visões de Igreja com eles”.
Pensei nesses padres diocesanos (alguns eram membros de comunidades religiosas), na sede de relacionamentos que eles possuem e na importância de uma comunidade de fé para sustentar o ministério. Pensei nos laços que religiosas e religiosos muitas vezes tomam por naturais, com um sistema integrado para debater assuntos significativos da mente e do coração. Como esses sacerdotes se sentem quando voltam para casa? Como que a Igreja institucional consegue prover as necessidades da comunidade dos ministros ordenados diocesanos?
A importância da comunidade ficou clara na apresentação da Irmã Carol Zinn, da Congregação de São José e ex-presidente da Conferência de Liderança das Religiosas (Leadership Conference of Women Religious – LCWR), que falou sobre a segunda encíclica do Papa Francisco, intitulada Laudato Si’ – Sobre o cuidado da casa comum.
Zinn explicou que o nosso cuidado pela humanidade, pela terra e por toda a criação centra-se em torno da conexão, e não da separação. O nosso cuidado para com a casa comum baseia-se na comunidade, não no individualismo. Quer seja uma crítica à exploração do nosso ambiente ou das várias espécies; o abuso de pessoas empobrecidas através da violência física, sexual ou econômica; o aquecimento ou o consumismo global; a água insuficiente ou imprópria; a hostilidade contra minorias étnicas, religiosas ou sexuais; quer seja os inúmeros outros pecados que clamam por justiça – o fato é que precisamos compreender que a causa de todos esses males é a falta de relações genuínas. Laudato Si’ nos convida a adotarmos a mensagem de que o universo é interconectado; n&at ilde;o são pedaços isolados de matéria. Somente quando vermos a nossa relacionalidade é que estaremos motivados a nos preocupar com todos os seres de nossa casa comum.
A apresentação da citada irmã foi muito bem recebida, assim como foram as demais declarações ou referências a discursos do Papa Francisco. Repetidamente durante o evento, os padres fizeram comentários como: “A minha esperança está no Papa Francisco e no que ele está fazendo por toda a Igreja”.
Então, o que aconteceu com aqueles sacerdotes que conheci logo depois do Vaticano II? Da mesma forma como os conheci na década de 1970, eu os encontrei 40 anos depois: preocupados com uma visão de Igreja do Vaticano II e ansiosos por uma comunidade com as mesmas esperanças e sonhos de justiça e de paz. Eles pareciam ter encontrado essa visão no Papa Francisco e pareciam ter tornado real uma comunidade num grupo chamado Associação dos Padres Católicos dos EUA. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
*19º DOMINGO DO TEMPO COMUM: Ficai preparados!
- Detalhes
“Viemos a este mundo sem nada e vamos partir dele sem nada”. Kip Keino, ex-atleta Queniano bicampeão olímpico que se destaca por trabalho social voltado ao esporte no país. Ele recebeu o 1º Prêmio Laurel Olímpico nas Olimpíadas Rio 2016.
A liturgia de hoje nos recorda a importância e a alegria da espera: o Senhor há de voltar, mas nós o possuímos desde já. E Ele nos enche de felicidade: «O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem!» A reflexão é de Marcel Domergue (+1922-2015), sacerdote jesuíta francês, publicada no sítio Croire, comentando as leituras do 19º Domingo do Tempo Comum, do Ciclo C (07 de agosto de 2016). A tradução é de Francisco O. Lara,João Bosco Lara e José J. Lara.
No domingo passado, fomos convidados a nos libertar da vontade ilusória de fundar nossas vidas nos «bens» que acumulamos. Hoje, as leituras nos apresentam dois temas que, finalmente, acabam por se encontrar: o da nossa condição de nômades, na segunda leitura, e o da espera vigilante, no evangelho. É que, na verdade, as imagens que usamos para nos aproximarmos do mistério da nossa existência são todas insuficientes, exigindo para isso serem tomadas em conjunto.
Jesus, nos evangelhos, não tem onde repousar a cabeça. Está sempre na estrada, a caminho, e as suas paradas duram muito pouco. Revive quanto a isto, levando até ao seu termo, tudo o que viveram os seus ancestrais. Em parte alguma, vamos encontrar Abraão, Isaac e Jacó em suas casas. E quando os Hebreus se instalaram na Terra prometida, não seria por muito tempo: seguiu-se a divisão das tribos nos dois reinos, a deportação para a Babilônia, a dominação dos Persas, dos Gregos e, finalmente, dos Romanos.
Desta forma, o povo eleito revela o que caracteriza a nossa condição humana: estamos todos de passagem. Por isso não devemos considerar as nossas moradas como definitivas e nem nos sobrecarregarmos com bagagens excessivas. O Cristo itinerante, através de sua Páscoa, nos dita a palavra final do que temos de atravessar, a última «passagem» para o paraíso perdido, e agora encontrado. A nossa fé gera assim a esperança; a espera do que vem e para o qual estamos indo.
*Leia na íntegra. http://www.ihu.unisinos.br/noticias/558569-ficai-preparados
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