CARMELITAS: As Missões “Ad Gentes” e Nossa Senhora.
- Detalhes
Frei Emanuele Boaga, O. Carm In Memoriam e irmã Augusta de Castro Cotta, CDP
Apesar de algumas notícias sobre a presença dos Carmelitas na evangelização, já no século XIV no Oriente, pode-se afirmar que o verdadeiro e próprio início da sua atividade missionária, nesta região, acontece no século XVI, com o encontro-confronto entre a Europa e outras realidades culturais e geográficas, depois das viagens de Cristóvão Colombo e de outros navegantes portugueses.
Tal expansão, além da finalidade específica e própria da ação missionária é realizada pelos Carmelitas como forma também de difusão da devoção mariana. Esta finalidade está apresentada em várias licenças concedidas nos anos 1569-1573 pelo Prior Geral João Batista Rossi a nossos religiosos para fazerem-se missionários na América Latina.
OLHAR CARMELITANO: Frei Tito Brandsma e seu pensamento.
- Detalhes
Dos Escritos de Titus Brandsma (Antologia)
Vivemos num mundo onde até o amor é condenado como uma fraqueza a ser superada. Fora com o amor! – assim o dizem. Em vez disso, desenvolva sua própria força. Cada pessoa está correndo para ser a mais forte. O fraco pode simplesmente morrer.
Também dizem que a religião cristã com sua pregação sobre o amor já teve seus dias e deveria ser substituída por uma altiva força alemã.
Sim! Estas pessoas se aproximam de nós com essas doutrinas e encontram pessoas que as aceitam de boa vontade. O amor é repudiado. “O amor não é amado”, disse Francisco de Assis e, alguns séculos depois em Florença, Santa Maria Madalena de’ Pazzi, em êxtase, tocou o sino do convento carmelitano para contar as pessoas o quanto o amor era realmente belo.
Eu também gostaria de tocar os sinos para dizer ao mundo o quanto o amor é belo. Precisamente porque o neopaganismo (Nacional Socialismo) não quer mais o amor, derrotaremos este paganismo pelo amor. A história nos ensina. Não abandonaremos nosso amor. Ele devolverá os corações dos pagãos para nós novamente. A natureza é superior à teoria. Deixemos que a teoria condene e reprima o amor e que o chame de fraqueza. A práxis da vida continuará a torná-lo uma força que vencerá os corações dos homens e os manterá derrotados. “Vejam como eles se amam”. Esta frase, que foi usada pelos pagãos referindo-se aos primeiros cristãos, deveria ser usada novamente pelos neopagãos sobre nós. Deste modo, venceremos o mundo.
Rise up Elisah. (Levanta Elias).
- Detalhes
Vídeo clip do CD- Levanta Elias. Música: “Levanta Elias- Em Inglês”. Convento do Carmo da Bela Vista, São Paulo. 14 de julho-2016. DIVULGAÇÃO: www.olharjornalistisco.com.br
Rise up Elisah. (Levanta Elias).
Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.
Intepretação: Ledjane Motta
Rise up Elisah,
Rise up it´s time to walk
Rise up Elisah,
Rise up it´s time time to evangelize
1- In the fire and huricante
God is with you
In the light wind the
Is always gonna get through
Elisah, frow the fire and the sword
We are going to walk with you
And with mercy eyes,
Lord comes to bless you
2- It´s not enough to speak about
The holy one, we must beleive
In life´s darkest nights
The Lord comes to lighten
On Carmelo mountain you fought
And Lord came to defend you
And now Elizah when in pain
He comes to protect you
3- and the poor wind
With hunger and a dyng son
God of the prophet Elisah
Comes very soon to help us.
On the swing of the light wind
We found the strength to walk
Teach us Elisah
In life peregrinate
4- Looking the suffering people
Without hope and value
Show us prophet Elisah the Lords lloud
All time of prophets knew how
To propagate god´s word
On Carmelo mountain
We will meet with chirst.
Papa pode vir à Amazônia em 2017, revela Dom Leonardo Steiner
- Detalhes
A proposta é que em 2017, durante uma também desejada visita a Santuário de Aparecida (SP), nos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora, ele faça a ‘escala amazônica’ tão querida pela Igreja local. A reportagem foi publicada por Rádio Vaticano, 12-07-2016.
Que o Papa deseja ir à Amazônia, não é uma novidade, e já recebeu convites de algumas dioceses da região. A proposta é que em 2017, durante uma também desejada visita a Santuário de Aparecida (SP), nos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora, ele faça a “escala amazônica” tão querida pela Igreja local.
Dom Leonardo Steiner, em Roma na última semana, confirmou que o Pontífice tem acompanhado as questões e discussões relativas à Amazônia, e sempre pergunta sobre isso. “A Amazônia está no meu coração”, frisa o Santo Padre a seus interlocutores.
“O desejo do Papa é ir, mas não basta o seu desejo para leva-lo ao Brasil. Ele quer participar deste encontro para os 300 anos do encontro da imagem de N. S. Aparecida, que é para o povo brasileiro talvez a imagem mais querida e significativa”.
“O Santo Padre não precisaria ir necessariamente à Amazônia. Como Secretário-geral da CNBB, posso dizer que o Santo Padre tem acompanhado pessoalmente as questões e discussões a respeito da Amazônia. Cada vez que a Presidência faz a visita, ele pergunta e quer saber. Ele diz e repete sempre ‘A Amazônia está no meu coração’, fazendo o gesto e colocando a mão sobre o coração”.
“Nós às vezes pensamos a Amazônia como a região geográfica, mas Ele está pensando numa região viva, pensa em todos os seres que ali existem: nas pessoas, na água, nas matas, nos animais… mas especialmente nas pessoas e no modo como vivem, na sua liberdade e simplicidade. O Santo Padre não entende a Amazônia como uma região não só brasileira. E é por isso que está dando todo este apoio à Rede Eclesial Pan-amazônica, a REPAM. Ele tem feito perguntas diretas a Dom Cláudio Hummes, que é o presidente da REPAM, e também à nossa Conferência Episcopal. Ele sempre diz: ‘Eu espero muito de vocês’ e nós temos tentado trabalhar muito. Existe hoje um interesse muito maior pela Amazônia. Talvez já houvesse antes, mas agora é maior, por insistência do Santo Padre”.
“Estamos retomando a questão das Igrejas-irmãs; para nós isso é muito importante. Algumas dioceses e prelazias estão pedindo ajuda às Igrejas-irmãs, e não apenas uma ajuda financeira, mas uma ajuda de Igreja para Igreja, onde uma Igreja que recebe também dá. Isto é bonito na missionariedade, enriquece”.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
"Ad orientem"? Alguns esclarecimentos sobre a celebração da missa
- Detalhes
"Não estão previstas novas diretrizes litúrgicas a partir do próximo Advento, como alguns impropriamente deduziram a partir de algumas palavras do cardeal Sarah, e é melhor evitar usar a expressão 'reforma da reforma', referindo-se à liturgia, já que, às vezes, foi fonte de equívocos." A nota é do porta-voz da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, publicada no sítio daSala de Imprensa da Santa Sé, 11-07-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
É oportuno um esclarecimento depois de notícias da imprensa que circularam depois de uma conferência proferida em Londres pelo cardeal Sarah, prefeito daCongregação para o Culto Divino, há poucos dias.
O cardeal Sarah sempre se preocupou justamente com a dignidade da celebração da missa, de modo a expressar adequadamente a atitude de respeito e adoração pelo mistério eucarístico. Algumas das suas expressões, todavia, foram mal interpretadas, como se anunciassem novas indicações diferentes das até agora existentes nas normas litúrgicas e nas palavras do papa sobre a celebração voltada para o povo e sobre o rito ordinário da missa.
Por isso, é bom recordar que, na Institutio Generalis Missalis Romani (Ordenamento Geral do Missal Romano), que contém as normas relativas à celebração eucarística e que ainda está plenamente em vigor, no n. 299, diz-se: "Altare extruatur a pariete seiunctum, ut facile circumiri et in eo celebratio versus populum peragi possit, quod expedit ubicumque possibile sit. Altare eum autem occupet locum , ut revera centrum sit ad quod totius congregationis fidelium attentio sponte convertatur" (isto é: "O altar deve ser construído afastado da parede, para se poder facilmente circular ao seu redor e celebrar voltado para o povo, o que é conveniente realizar sempre que possível. Que o altar seja colocado de modo a constituir realmente o centro para o qual a atenção dos fiéis convirja espontaneamente").
De sua parte, o Papa Francisco, por ocasião da sua visita ao dicastério para o Culto Divino, recordou expressamente que a forma "ordinária" da celebração da missa é a prevista pelo Missal promulgado por Paulo VI, enquanto a "extraordinária", que foi permitida pelo Papa Bento XVI para as finalidades e com as modalidades por ele explicadas no motu proprio Summorum Pontificum, não deve tomar o lugar da "ordinária".
Portanto, não estão previstas novas diretrizes litúrgicas a partir do próximo Advento, como alguns impropriamente deduziram a partir de algumas palavras do cardeal Sarah, e é melhor evitar usar a expressão "reforma da reforma", referindo-se à liturgia, já que, às vezes, foi fonte de equívocos.
Tudo isso foi concordemente expressado durante uma recente audiência concedida pelo papa ao próprio cardeal prefeito da Congregação para o Culto Divino. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Cardeal Nichols desencoraja padres a celebrarem a missa “ad orientem”
- Detalhes
O arcebispo de Westminster disse ao clero que a missa “não é o momento para os sacerdotes exercerem preferências ou gostos pessoais”. A reportagem é de Madeleine Teahan, publicada por Catholic Herald, 11-07-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
Cardeal Vincent Nichols escreveu aos padres da Diocese de Westminster desencorajando-os de celebrarem a missa voltados para o oriente. Ele emitiu esta mensagem ao clero dias depois que o chefe litúrgico do Vaticano, o Cardeal Robert Sarah, convidou os sacerdotes a celebrar a missa “ad orientem” a partir do próximo Advento em diante. O Cardeal Sarah estava falando em um congresso litúrgico em Londres.
Na sequência da sugestão feita pelo Cardeal Robert Sarah no evento Sacra Liturgia em Londres, Nichols escreveu aos sacerdotes lembrando-lhes que “a Instrução Geral do Missal Romano – IGMR, aprovada pela mais alta autoridade na Igreja, dispõe no parágrafo 299 que ‘O altar seja construído afastado da parede, a fim de ser facilmente circundado e nele se possa celebrar de frente para o povo, o que convém fazer em toda parte onde for possível. O altar ocupe um lugar que seja de fato o centro para onde espontaneamente se volte a atenção de toda a assembleia dos fiéis. Normalmente seja fixo e dedicado’”.
Embora observe que a Congregação para o Culto Divino tenha confirmado, em 2009, que esta instrução ainda autoriza que a missa seja celebrada virado para o oriente, o cardeal escreveu: “Mas ela também ‘reafirma que a posição em direção à assembleia parece mais conveniente na medida em que torna a comunicação mais fácil’. Portanto a perspectiva manifesta na IGMR permanece em vigor sempre que a Forma Ordinária da missa for celebrada”.
O Cardeal Nichols disse que a missa não é o momento para os padres “exercerem preferências ou gostos pessoais”, e “como o último parágrafo do IGMR afirma tão claramente: ‘Assim pois, o Missal Romano, ainda que na diversidade de línguas e em certa variedade de costumes, para o futuro, deverá ser conservado como instrumento e sinal preclaro da integridade e unidade do Rito romano’” (399).
Depois do congresso Sacra Liturgica na semana passada, o Cardeal Sarah fez uma visita pessoal ao Cardeal Vincent Nichols. Enquanto isso, o Pe. Antonio Spadaro, assessor papal e editor da influente revista La Civiltà Cattolica, demostrou noTwitter o seu apoio à missa rezada de frente para o povo.
Na sequência dos comentários amplamente divulgados do Cardeal Sarah, Spadaro tuitou citações da Instrução Geral do Missal Romano, tais como: “O altar seja construído afastado da parede, a fim de ser facilmente circundado e nele se possa celebrar de frente para o povo” e “o sacerdote convida o povo a rezar, dizendo, de mãos unidas: Oremos”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
OLHAR CARMELITANO: A canção inspirada na oração de Santa Teresa de Ávila
- Detalhes
Kings & Queens
Audio Adrenaline
Little hands, shoeless feet
Lonely eyes looking back at me
Will we leave behind the innocent too brief
On their own, on the run
When their lives have only begun
These could be our daughters and our sons
And just like a drum I can hear their hearts beating
I know my God won't let them be defeated
Every child has a dream to belong and be loved
(Chorus)
Boys become kings, girls will be queens
Wrapped in Your majesty
When we love, when we love the least of these
Then they will be brave and free
Shout Your name in victory
When we love, when we love the least of these
When we love the least of these
Break our hearts once again
Help us to remember when
We were only children hoping for a friend
Won't you look around
These are the lives that the world has forgotten
Waiting for doors of our hearts and our homes to open
(Chorus)
If not us, who will be like Jesus
To the least of these
If not us tell me who will be like Jesus
Like Jesus to the least of these
Boys become kings, girls will be queens
Wrapped in your majesty
When we love, when we love the least of these
Then they will be brave and free shout your name in victory
We will love we will love the least of these
We will love the least of these (Repeat)
"Meninos se tornam reis, meninas são rainhas... Quando amarmos os últimos dentre eles, então eles serão bravos e livres." Assim diz o refrão de Kings & Queens, canção dos Audio Adrenaline. A nota é do sítio Aleteia, 08-07-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O texto fala do poder transformador de Cristo. Mas a canção nos lembra que nós somos chamados a ser Cristo para aqueles que precisam. "Se não nós, quem será como Cristo para os últimos dentre eles?"
As palavras são inspiradas na oração de Teresa d'Avila:
"Cristo não tem atualmente sobre a terra nenhum outro corpo senão o teu. Não tem outras mãos senão as tuas. Não tem outros pés senão os teus. Tu és os olhos com os quais a compaixão de Cristo deve olhar o mundo. Tu és os pés com os quais Ele deve ir fazendo o bem. Tu és as mãos com os quais Ele deve abençoar os homens de hoje."
O vídeo da música Kings & Queens, do álbum homônimo, foi filmado em Jacmel, Haiti, evidenciando as belas crianças do Hands & Feet Project Children’s Village e sensibilizando sobre a situação dos órfãos naquele lugar.
"Essa música encarna a principal verdade que Deus tem para cada órfão, incluindo os do Haiti: o potencial de Deus para eles é infinito", declarou o ex-membro dos Audio Adrenaline, Will McGinniss. "Um dia, eles serão herdeiros de um reino grandioso. Hoje, são Seus filhos e filhas."
Audio Adrenaline
Membros: Adam Agee, Dave Stovall, Brandon Bagby e Jack Campbell
Cidade natal: Nashville, TN
Último álbum: Sound of the Saints (2015)
Curiosidade: Os Audio Adrenaline, formados em meados dos anos 1980 na Kentucky Christian University, mudaram várias vezes de composição ao longo dos anos. A sua música foi premiada tanto com o Grammy Awards quanto com o Dove Awards for Christian Music. O seu último álbum, Sound of the Saints, é o seu 10º álbum de estúdio até agora. Facebook: https://www.facebook.com/audioadrenaline
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
POLÊMICA NA ARQUIDIOCESE DA PARAÍBA: Entrevista - dom Aldo di Cillo Pagotto
- Detalhes
'Quando você mexe no bolso, vêm as reações', diz bispo acusado de proteger padres pedófilos.
Aldo di Cillo Pagotto diz que foi vítima de retaliação por investigar desvios de dinheiro na Igreja, fala da 'infiltração' gay no seminário e afirma ter sido pressionado pelo Vaticano a renunciar.
Na última quarta-feira, o Vaticano anunciou que o papa Francisco aceitou a renúncia do arcebispo da Paraíba, dom Aldo di Cillo Pagotto. Oficialmente, dom Aldo deixou o posto por "motivos de saúde". Mas só oficialmente. Por trás da decisão, há muito mais. Há pelo menos quatro anos, o arcebispo era investigado pelo próprio Vaticano sob suspeita de acobertar padres pedófilos. Dom Aldo também era acusado de promover orgias e de ter mantido relacionamento com um jovem de 18 anos - o que ele nega. Foi o primeiro caso, no Brasil, de um arcebispo que deixa o posto no curso de uma investigação sobre envolvimento em escândalos sexuais.
Na mesma quarta-feira, dom Aldo falou por quase duas horas a VEJA. O resultado da conversa é revelador dos bastidores da Igreja - e de segredos que, na grande maioria das vezes, graças à hierarquia e à disciplina dos religiosos, são mantidos distantes dos olhos e ouvidos do distinto público. Na entrevista, o bispo deixa evidente que, na verdade, foi obrigado a renunciar. Ele conta que, no início de junho, foi chamado a Brasília para uma conversa com o núncio apostólico, o representante do papa no Brasil. E que, naquele mesmo dia, o núncio -- em nome do papa -- o fez redigir a carta de renúncia.
O arcebispo se diz alvo de uma grande injustiça cometida pelo papado de Francisco e atribui a sua situação a uma disputa que tem como pano de fundo acusações de corrupção, homossexualismo, pedofilia e, quase sempre, disputa por poder.
A seguir, os principais trechos da entrevista.
Desvio de dinheiro
Dom Aldo diz que foi vítima de uma orquestração maquinada por um grupo de padres que se opunham a medidas que ele adotou desde que assumiu a Arquidiocese da Paraíba. Ao falar desses padres, cujos nomes ele se esforça para não revelar, o religioso escancara o ambiente interno conflagrado no clero – algo que a Igreja, quase sempre, consegue manter em segredo. Ele acusa os adversários de estarem envolvidos em desvios de dinheiro e de serem, eles próprios, personagens de escândalos sexuais. Na origem de tudo, diz ele, está a disputa pelo controle das finanças.
“Tudo começou porque eu tenho uma visão mais moderna. A questão administrativa e patrimonial da Arquidiocese estava bastante comprometida. Então começamos a colocar as coisas em ordem, com prestação de contas. Isso mexeu na posição de uns privilegiados. Havia coisas não muito bem resolvidas.”
“Quando você mexe no bolso, que é a parte mais delicada do corpo da pessoa, vêm as reações, que não são tão diretas no começo. Aí começam com outras acusações. Diziam que eu era financista, materialista, e que a Igreja não é só isso.”
“Essa reação partia de um grupo pequeno, mas muito bem articulado, formado por cinco padres. Passaram a acusar que o clero no estado estaria dividido, e outras coisas morais. Diziam que eu era ditador. Depois foram para os ataques pessoais de ordem afetiva e sexual. Aí foram para a baixaria mesmo, com acusações horrendas à minha pessoa e a outros padres também.”
“Esses padres têm poder financeiro. E a reação vinha justamente daí. Tudo parte de quando você quer mexer nas finanças.”
Mas esses padres estavam envolvidos com corrupção? perguntou VEJA.
A resposta: “Havia um colégio aqui, o Pio XII, que eu tive que fechar quando cheguei porque havia uma coisa não resolvida ali. Era um colégio tradicional, de mais de 80 anos. Pedimos uma auditoria e fizeram de tudo para não fazer essa auditoria. Sempre me era aconselhado: ‘Não é bom mexer com isso’”.
Dom Aldo diz que, só nas contas da escola, havia um rombo de 1,8 milhão de reais. E quem são esses padres?
“Eu sei quem são. Alguns nomes eu levei para a Santa Sé. Pelo menos o nome de dois, entre eles o que capitaneia, eu informei à Santa Sé. São padres muito bem posicionados aqui, veteranos.”
O segredo do processo e o silêncio do papa
Alvo de denúncias cada vez mais constantes, e de uma série de dossiês enviados a Roma, dom Aldo Pagotto passou a ser formalmente investigado pelo Vaticano. O rol de acusações contra ele era extenso: além de ser acusado de proteger padres pedófilos, diziam as denúncias, teria relaxado os critérios para a aceitação de novos seminaristas. Além disso, era apontado como personagem central de um grupo de religiosos que se esbaldavam em festas e promoviam orgias sexuais. Em janeiro de 2015, já em consequência das investigações, o Vaticano impediu o arcebispo de ordenar novos padres.
“Em junho do ano passado fui ao Vaticano tirar a história limpo. Falei com o cardeal Stella (Beniamino Stella, prefeito da Congregação para o Clero -- uma espécie de ministro do Vaticano). O cardeal me tratou muito bem, me escutou durante uma hora, mas disse que a resposta viria só depois de agosto e setembro e que o desfecho dependia também da Congregação para os Bispos. Comecei a cobrar e não vinha nada.”
“Em maio eu pedi para conversar com o próprio papa. Mas isso não me foi concedido. Essa resposta nem veio. Dois ou três dias depois de redigir a carta de renúncia, fiz outra carta ao papa reforçando esse pedido. Escrevi ao papa dizendo que gostaria muito de falar com ele. Ali eu ainda tinha esperança (de que a investigação pudesse ter outro desfecho). Nada.”
O chamado para renunciar
Dom Aldo revela que a renúncia não foi um ato de vontade própria. Foi uma determinação do Vaticano – uma determinação que a disciplina religiosa e o respeito à hierarquia da Igreja o obrigavam a aceitar. A renúncia era uma forma de evitar mais desgastes. A explicação oficial que viria na sequência – “motivos de saúde”— ajudaria
“Fiquei lá (na Nunciatura Apostólica, em Brasília) uma manhã inteira. A conversa com o núncio foi de pelo menos uma hora. A sós, no gabinete dele. Ele recordou todos os fatos. Eu pedi, de novo, para ter acesso ao que eu era acusado, ao relatório ou ao dossiê. Ele disse: não se pode mostrar. Então, se é assim... Ele também não disse quem acusava. Ele aconselha. Eu também tirei minhas dúvidas. Ele disse: ‘O papa está muito preocupado com você. É para o seu bem. Para o seu bem e para o bem da Igreja. Então, para o bem da Igreja e para o seu bem, você pense’. Eu cheguei a dizer: está bem, está muito certo, entendi tudo. Eu mesmo me choquei.”
“Ele me falou: ‘Olha, você faça essa carta’. É assim mesmo. Ele é o representante do papa.”
A certa altura, o arcebispo percebe que estava falando demais. E tenta se corrigir:
O senhor, então foi instado a renunciar?
“Não é bem assim.... Eu me aconselhei também. E eu aqui já dizia para alguns padres da minha insatisfação, do meu estado de saúde. Não é que recebi uma ordem: faça. Não é bem assim. A gente é livre. Eu disse a ele (ao núncio): é até interessante que eu faça (a carta), e fiz.”
O senhor acha justo o desfecho do caso?
“Não acho. Eu tenho muita dificuldade de aceitar uma coisa dessas. É muito ruim, muito ruim.”
‘Tive que limpar o seminário’
Dom Aldo Pagotto admite que havia “problemas” na Arquidiocese. Entre eles problemas, ele cita o fato de ter aceitado, como candidatos a padre, jovens homossexuais que já haviam sido rejeitados em outros seminários por “conduta inadequada”. Ele diz, porém, que fez o que tinha de ser feito: “limpou” o seminário.
“Nós tivemos problemas no seminário. Eu tive que limpar o seminário de pessoas suspeitas de comportamento não adequado.”
Em que sentido? Sexual?
“É, exatamente.”
E o que é “limpar”?
“Limpar quer dizer convidar a sair. Isso foi em 2012. Em um seminário sempre há entrada e saída de pessoas. Seminário onde só entram pessoas e ninguém sai não é bom. Tem pessoas com determinada tendência que vêm procurar seminário e você sabe que a intenção pode ser outra. Eu não posso ser julgado por isso. Na verdade, os papas todos tiveram problemas assim. O João Paulo teve problemas imensos. Depois veio Bento 16, que estatuiu normas muito caridosas, mas muito objetivas. E, agora, Francisco da mesa forma. No caso daqui, houve problemas, eu não posso negar. Mas eu fiz relatórios disso, desde o outro núncio apostólico, como estava o seminário, que tinha havido infiltração (de gays). Eu relatei a infiltração. Não escondi.”
A “infiltração” gay
“No seminário, o problema era homossexualismo. Falando abertamente, é isso. Tivemos alguns casos. O relato é de que houve infiltração, romance, defesa de comportamentos que não são admitidos pela Igreja. Naquele momento, entre 2011 e 2012, isso envolveu cinco ou seis pessoas. Faziam defesa desse comportamento lá dentro. Também havia comportamentos estranhos. Colegas estranharam, pessoas da comunidade também. Diziam: ‘Olha, esse rapaz aqui parece que é...’. Havia toda uma preocupação para evitar a reprodução desses escândalos que estamos vendo.”
Pedofilia na Arquidiocese
“Eu digo que por misericórdia eu aceitei alguns padres em crise. Aceitei seminaristas egressos (que já haviam sido expulsos de outros seminários), mas eu não sabia desse comportamento. Por indicação de alguém, por pedidos para que eu desse chance. Esses pedidos vinham de bispos, de superiores de alguma congregação. Enfim, eu fui misericordioso. Aceitei e me dei mal. Esses seminaristas foram ordenados por mim e depois tive que afastá-los. Eu afastei seis. Eram acusados de envolvimento de pedofilia. Um foi inocentado.”
“Era aquela questão com meninos, coroinhas. Dentro da igreja. Eram casos na região metropolitana de João Pessoa e no interior. Do interior eram três, e três da capital. As denúncias foram feitas por familiares dos meninos. Comecei a receber essas denúncias de 2012 para 2013, tudo de uma vez, uma atrás da outra. Os padres foram afastados imediatamente. Um deles morreu. Nunca foi ouvido em juízo e morreu de muita depressão, coitadinho.”
A acusação de relacionamento homossexual
“Deus me livre, isso não existe. É mentira. Não tem como.”
E com base em que o acusam de ser homossexual?
“Respondo com uma frase: ‘Acusemo-lo daquilo que nós somos’.”
Isso existe entre os religiosos que o acusam?
“Claro que existe. Acuse-o daquilo que a gente é.”
A acusação de organizar festas e orgias
“Mas que festas? Deus me livre, eu não tenho tempo para pecar. A minha única diversão é nadar na piscina de um colégio aqui perto. Não vou ao cinema. Minha vida é trabalho. Não existe isso aí.” Fonte: http://veja.abril.com.br
ELIAS EM SÃO PAULO: Basílica.
- Detalhes
ELIAS PEREGRINO EM SÃO PAULO, CAPITAL: Domingo, 10.
- Detalhes
Hoje, 10, Missa de Santo Elias na Basílica do Carmo com Frei Petrônio de Miranda, às 18h: 30min. Rua Martiniano de Carvalho, 114, Bela Vista, São Paulo.
(De 11-15, restauração da imagem em Embu das Artes, São Paulo)
DIA 16, (Festa de Nossa Senhora do Carmo). Taboão da Serra- São Paulo. Paróquia Sagrado Coração de Jesus- Diocese de Campo Limpo, Grande São Paulo.
Missa Solene de Nossa Senhora do Carmo com imposição do Escapulário.
17 A 21 – SANTOS
22 A 27 – SAPOPEMBA
28 A 31 – OSASCO E CARAPICUÍBA.
E no dia primeiro de agosto, a caminho de Jaboticabal... Acompanhe a Peregrinação aqui.
NOVENA DE NOSSA SENHORA DO CARMO. 3º DIA: Sábado, 9.
- Detalhes
*3º Dia. Maria serviu ao esposo José, indo com ele até Belém Serviu ao menino Jesus, recém nascido na gruta de Belém. (Lucas 2,1-7.19)
Frei Carlos Mesters, O. Carm.
- Acolhida e apresentação do tema do terceiro dia da novena
Tema central da Novena: A alegria de poder servir a Deus e aos irmãos, tendo Maria como guia.
Tema deste 3º dia: Maria serviu como esposa a José, e como mãe ao recém nascido filho Jesus, lá em Belém
O imperador de Roma decretou o recenseamento de todos os habitantes do império. Por isso, José teve que viajar de Nazaré até Belém, mais de cem quilômetros. Mesmo estando grávida de quase nove meses, Maria acompanhou José, seu esposo, nesta longa viagem. Ela queria estar com ele para poder servi-lo. Estando em Belém, chegou a hora do parto. Ela deu a luz a Jesus numa estrebaria dos animais e colocou o menino numa manjedoura. Não havia berço, pois não havia lugar para eles na hospedaria. Como esposa Maria serviu a José. Como mãe prestou os primeiros serviços ao menino Jesus que acabava de nascer....
*Leia na integra aqui:
http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/search?q=Nossa+Senhora+do+Carmo:+Novena
ELIAS EM SÃO PAULO: Esplanada.
- Detalhes
Pág. 332 de 664