*UMA PRESENÇA AMOROSA: MARIA E O CARMELO (4ª Parte).
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Christopher O’Donnell, O. Carm.
Espiritualidade Mariana
Neste ponto, vamos fazer uma pausa no levantamento histórico de nossa herança, para perguntar se podemos falar de nossa herança mariana como uma espiritualidade. Já estudamos as idéias chaves, que chamamos de temas centrais da nossa tradição.
Espiritualidade
Espiritualidade é uma palavra que se tornou um camaleão: ela assume uma nuança diferente quando usada pelas várias escolas ou movimentos identificados por um período, um lugar ou uma instituição (por exemplo, espiritualidade do deserto, medieval, dominicana, francesa). Ela também é aplicada como uma resposta apropriada aos vários estados de vida (por exemplo, espiritualidade de pessoas solteiras, casadas, clérigos, religiosas). Ela pode significar um enfoque sobre alguns aspectos de revelação ou da vida da Igreja, ou pode chamar atenção para a vida de alguns de seus membros (por exemplo, espiritualidade eucarística, litúrgica, libertadora, feminista).
Maria e os místicos carmelitanos
Em geral, podemos afirmar que na Ordem Carmelita a vida contemplativa e a experiência mística são freqüentemente definidas como tendo características marianas. Maria acompanha os carmelitas contemplativos em sua jornada para a união divina.
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OLHAR CARMELITANO: O Escapulário.
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Christopher O’Donnell, O. Carm.
O Escapulário coloca dificuldades específicas para nosso tempo, embora a mais fiel devoção à Nossa Senhora do Monte Carmelo seja sinônimo do Escapulário. A evidência de problemas em todas as áreas deve ser encarada com cuidado.
Não há referências ao Escapulário na Regra ou em Flechas de Fogo, de Nicolas, o Francês. A primeira referência a ele está nas Constituições de Londres, de 1281. Lá encontramos a instrução: “Os Irmãos devem dormir com sua túnica e com o Escapulário sob pena de severa punição”. A razão para esta severa admoestação é que, naquele tempo, a remoção do hábito era vista como fuga da Ordem. Assim as Instituições dos Primeiros Monges afirma:
Este traje, o capuz/capuchinho e o escapulário são usados ao mesmo tempo pelo monge e mostra que o monge sempre deve, humildemente, levar consigo a obediência e ser completamente obediente a seu superior.
E exige que “eles sejam diligentemente usados dia e noite sem falta”. As Constituições de Montpelier ordenaram que o novo manto deveria ser aberto na frente para que o Escapulário, o hábito da Ordem, pudesse ser visto. Este regulamento foi repetido na legislação posterior. Assim, por mais ou menos 150 anos o Escapulário teve mais um sentido cristológico de obediência do que propriamente uma devoção mariana.
Além disso, existe um problema quanto a São Simão Stock. Seu nome aparece pela primeira vez numa lista de priores gerais apenas com Jean Grossi (+ por volta de 1411) e numa necrologia florentina, que não pode ser anterior a 1374. Nas mais antigas listas de santos, ou Santorale, ele surge como quinto ou sexto prior geral. Estas listas de santos podem ser anteriores ao século XIV mas, como as necrologias, se originam de fontes mais antigas. A festa de São Simão Stock foi celebrada a partir de 1435 em Bordeaux, onde ele morreu, e na Inglaterra. Esta festa foi estendida para toda a Ordem em 1564.
O relato mais antigo da visão do Escapulário está no Sanctorale de Bruxelas, que pode ser datado mais ou menos do final do século XIV, ou seja, um século e meio depois de Simão Stock. Este Sanctorale pode realmente depender de documentos mais antigos, mas eles não foram encontrados. Lemos no relato mais primitivo e antigo da visão:
São Simão era um inglês, um homem de grande santidade e devoção, que sempre pedia à Virgem, em suas orações para favorecer a Ordem com algum privilégio único. A Virgem apareceu a ele segurando o Escapulário em sua mão e dizendo: “Isto é para ti e para os teus um privilégio. Aquele que morrer com ele será salvo”.
Não é possível, através de métodos críticos, estabelecer a historicidade desta visão. A ausência de qualquer referência a ela na extensa e polêmica tradição escrita durante os séculos passados é talvez o único argumento contra a sua autenticidade. Mas é um argumento de peso. Por outro lado, não há qualquer evidência que desaprove a visão, apesar de que tal argumento do silêncio deva ser tratado com certa cautela.
Do ponto de vista dos estudiosos, aqueles que querem afirmar a autenticidade da visão deveriam se esforçar em fornecer provas. Numa perspectiva pastoral, talvez seja melhor não aprofundar os detalhes da visão, mas sim realçar o significado do Escapulário como uma expressão do zelo de Maria e de uma consagração a ela, de acordo com Pio XII, cujos ensinamentos examinaremos num capítulo posterior. O título mariano que melhor justifica o Escapulário é Padroeira, que consideraremos junto com outros no próximo capítulo.
*UMA PRESENÇA AMOROSA: MARIA E O CARMELO (3ª Parte).
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Christopher O’Donnell, O. Carm.
Evolução da Consciência Mariana da Ordem
A maioria das descobertas registradas no capítulo anterior foram desenvolvidas nos séculos seguintes. A consciência mariana da Ordem evolui rapidamente.
A Origem da Ordem a partir de Elias
Já observamos que a origem da Ordem a partir de Elias foi claramente afirmada na Rubrica prima das Constituições de 1281. Não é difícil ver como o tema de Elias foi desenvolvido em resposta à oposição a esta nova Ordem, já que ela não tinha um fundador histórico evidente, tal como São Domingos ou São Francisco. Os Irmãos Carmelitas sabiam que tinham ficado no Monte Carmelo por muito tempo. Era uma montanha sagrada, associada a eremitas de tempos muito antigos e, na verdade, com o grande profeta Elias.
Síntese mariana – Bostius
Em sua síntese envolvendo Elias e Maria, Bostius reflete sobre o relacionamento entre as duas figuras fundadoras da Ordem e definiu a prioridade de Maria com respeito aos Carmelitas. Ele usa outros títulos significativos, alguns dos quais são tradicionais e outros ele mesmo desenvolve: Protetora, Mestra, Guia, Amiga, Irmã, Mãe, uma Carmelita.
O Escapulário
Como mencionamos na Introdução, a questão do Escapulário coloca dificuldades específicas para nosso tempo, embora a mais fiel devoção à Nossa Senhora do Monte Carmelo seja sinônimo do Escapulário. A evidência de problemas em todas as áreas deve ser encarada com cuidado.
Não há referências ao Escapulário na Regra ou em Flechas de Fogo, de Nicolas, o Francês. A primeira referência a ele está nas Constituições de Londres, de 1281. Lá encontramos a instrução: “Os Irmãos devem dormir com sua túnica e com o Escapulário sob pena de severa punição”.
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*A ESPIRITUALIDADE MARIANA DA ORDEM CARMELITA (1ª Parte)
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Maria nossa Irmã - Mulher do coração indiviso ou Virgem puríssima
EMANUELE BOAGA, O.CARM. - AUGUSTA DE CASTRO COTTA, CDP
1) Observações
1. Este tema tem forte ligação com o tema eliano como a consonância na virgindade entre Elias (fundador da Ordem - successão hereditária) e Maria (também fundadora), entretanto não é necessário que o Mestre entre em detalhes sobre o assunto (que será aprofundado depois do noviciado).
2. Na verdade, o essencial do estudo será a descoberta da beleza de Maria, a Virgem de coração puro, modelo para o Carmelita que deve viver “com o co¬ração puro e a reta consciência”, na escuta e acolhida da Palavra, em total di¬sponibilidade a Deus.
3. Esta imagem surgiu nos séculos XIV-XV, quando se refletia em toda a Igreja sobre o tema da Imaculada Conceição...
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*Francisco sacode esta Igreja, que está enferrujada
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“Ouve (Papa Francisco), sacode esta Igreja que está enferrujada, falamos isto a sério, fechada em seus templos magníficos e cômodos conventos, conservando com paixão ‘os espaços sagrados’, as propriedades, em uma pregação quase ‘esotérica’ em razão da distância da vida diária das pessoas. Falam de ‘família’ e não fazem ideia de quanto custa preparar um prato de sopa, nem da renda do mês. Dão ‘altas lições de amor familiar’, mas são um ‘clube de eleitos’, segregam, assim como os fariseus, os ‘impuros e desencaminhados’ e proclamam um Deus que pouco tem a ver com aquele que anda sem nada e tudo ao mesmo tempo”.
E ainda: “Você chega a um Equador em crise, um país que há oito anos esteve doente terminal, hoje ainda caminha muito delicado, ainda não pode se valer por si só, as pragas ameaçam o seu corpo estragado pelas misérias acumuladas por séculos. E é preciso dizer aos médicos que o atendam, que compreendam que é preciso levá-lo ao sol, para que faça exercícios, recupere sua força popular, que estão sendo drogadas com receitas tecnocráticas”...
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http://www.ihu.unisinos.br/noticias/544373-francisco-sacode-esta-igreja-que-esta-enferrujada
2016- ANO ELIANO MISSIONÁRIO DA ORDEM TERCEIRA DO CARMO: Programação.
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Tema: Levantar e andar com o Profeta Elias. (1º Reis, 19, 1-18)
Subtema: Acolher as viúvas de Sarepta com um olhar de misericórdia. (1 º Reis, 7, 1-24).
ANO MISSIONÁRIO ELIANO – ORDEM TERCEIRA DO CARMO. – PROVÍNCIA CARMELITANA DE SANTO ELIAS: PROGRAMAÇÃO.
PEREGRINAÇÃO DO PROFETA ELIAS – DE 13 DE MARÇO A 25 DE SETEMBRO DE 2016
MARÇO
13 A 31 – SALVADOR E CACHOEIRA/BA.
ABRIL
01 A 10 – BRASÍLIA E UNAÍ-MG
11 A 13 – BELO HORIZONTE-MG
14 A 24 – DIAMANTINA E SERRO-MG
25 A 30 – JOÃO MONLEVADE...
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UMA PRESENÇA AMOROSA: MARIA E O CARMELO (2ª Parte).
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Christopher O’Donnell, O. Carm.
Das Origens até 1324
As primeiras décadas da existência da Ordem Carmelita, com os eremitas no Monte Carmelo, e o primeiro século de sua existência na Europa não produziram uma documentação muito extensa. Por isso, existem poucas referências sobre Maria a serem compiladas a partir das origens da Ordem.
O Oratório no Monte Carmelo
Na Regra de Vida dada por Alberto de Jerusalém (entre 1206-1214) não havia menção à Bem-aventurada Virgem. A Regra realmente especificou que deveria haver um oratório no meio das celas onde missas diárias deveriam ser celebradas (RA 14).
Carmelitas
Contudo, por toda a Ordem, o nome mais preciso e conveniente, “carmelitas”, cresceu em popularidade até o Capítulo Geral de 1680, em Traspontina, ordenar que nos escritos e trabalhos editados, o título “Irmãos da Ordem da Muito Bem-aventurada Sempre Virgem Maria do Monte Carmelo” deveria ser usado em vez de “Carmelitas”. Esta norma foi mantida nas Constituições de 1930 onde no lugar de “Carmelitas” os membros da Ordem deveriam ser chamados em documentos oficiais de “Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo”...
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