Debate de Aparecida: bispos farão perguntas a candidatos a Presidência da República
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A corrida eleitoral segue a todo vapor e os candidatos a deputados estaduais, federais, governadores e a presidência estão se esforçando para mostrar aos eleitores suas propostas. No próximo dia 20 de setembro, a partir das 21h30, será a vez dos candidatos à Presidência da República apresentarem suas propostas para o país no Debate de Aparecida, promovido pela CNBB em parceria com o Santuário Nacional de Aparecida.
Promovido pela CNBB e com mediação da jornalista Joyce Ribeiro, o evento contará com a transmissão em rede das emissoras de TV e rádio de inspiração católica, além de portais na internet, ressalta o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.
“Nós teremos a oportunidade de ouvir de nossos candidatos as suas propostas e projetos. É uma oportunidade de a Igreja mostrar seu interesse pela política. E, nós como Igreja, dizermos que temos necessidade de termos bons políticos, bons candidatos e candidatas”.
O secretário-geral lamenta não haver a oportunidade de debater com os candidatos ao Senado, a Câmara Federal, as estaduais e os governadores. Mas, acredita que já é um grande passo a realização deste debate que é uma chance de os candidatos poderem expor aos brasileiros e brasileiras os seus projetos e ideias.
“Vivemos um momento muito difícil. O país atravessa quase na beira do abismo no sentido ético e econômico e, por isto, queremos dar esta contribuição. E será uma boa contribuição com a ajuda das TVs e rádios católicas”, diz dom Leonardo.
Quanto ao formato, o Debate tem a previsão de duas horas de duração, divididas em cinco blocos. Algumas perguntas apresentadas aos políticos serão feitas por sorteio, outras feitas por bispos da CNBB e jornalistas previamente inscritos. Também estão previstas perguntas entre os próprios candidatos. Réplicas e tréplicas serão permitidas em alguns momentos.
Segundo dom Leonardo, foi debatido no Conselho Episcopal de Pastoral as realidades que poderiam ser abordadas com os candidatos e estas realidades foram transformadas em perguntas que serão levadas por bispos aos candidatos.
“Queremos dar esta contribuição como bispos para que a sociedade se sinta representada. Não abordaremos apenas temas ou realidades que dizem respeito à Igreja. Dizem respeito a ela porque ela tenta anunciar o Reino de Deus, isto é a transformação da sociedade numa sociedade justa, fraterna, equânime, solidária. Portanto, uma sociedade onde todos tenham a chance e onde todos sejam integrados”, finaliza.
O Debate de Aparecida
A previsão de duração é de duas horas, divididas em cinco blocos. No primeiro, a mediadora fará a abertura, discorrendo sobre as emissoras que estão transmitindo. Em seguida, vai citar os nomes dos candidatos que estão presentes e os que não compareceram ao encontro. Na sequência, o GC (Gerador de Caracteres) cita os nomes dos outros candidatos sem representação na Câmara dos Deputados e que não participarão do debate. A primeira pergunta – destinada a todos os candidatos, que terão 2 minutos – será feita por um (arce)bispo designado pela presidência da CNBB.
No segundo bloco, será aberta a possibilidade de confronto direto entre os candidatos, com tema livre. O mediador vai sortear o candidato que irá perguntar e o outro que responderá. A pergunta deverá ser feita em até 30 segundos, com resposta em 2 minutos, réplica em 1 minuto e meio e tréplica em 1 minuto.
No terceiro bloco, as perguntas serão feitas por jornalistas das emissoras filiadas à Signis Brasil. Os temas serão definidos previamente e as perguntas pré-definidas pela organização do debate. Será feito um sorteio na hora para definir qual candidato irá responder, no tempo máximo de dois minutos.
No quarto bloco, será aberta a possibilidade de confronto direto entre os candidatos, com tema livre. O mediador fará o sorteio do candidato que irá perguntar e de outro para responder. A pergunta deverá ser feita em até 30 segundos, com resposta em dois minutos, réplica em 1 minuto 30 segundos e tréplica em 1 minuto.
No quinto e último bloco as perguntas, com tema livre, serão feitas por bispos indicados pela CNBB, sendo um bispo para cada candidato. O mediador vai sortear na hora o candidato que irá responder. A pergunta será feita em até 30 segundos e as respostas em 2 minutos. Neste bloco também serão feitas as considerações finais de cada candidato, sendo que cada um terá 1 minuto. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Profissionais da violência.
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A reação de Mourão, o vice “faca na caveira” de Bolsonaro, aponta como o Brasil será governado em caso de vitória da chapa de extrema direita, escreve Eliane Brum, escritora, repórter e documentarista, em artigo publicado por El País, 10-09-2018.
Eis o artigo.
“Se querem usar a violência, os profissionais da violência somos nós”. A frase é do general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL). Foi dita à revista Crusoé, após o ataque à faca contra o candidato na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, em 6 de setembro. É uma frase para se prestar toda atenção.
Os vices com frequência têm chegado à presidência no Brasil. Mas o mais importante é o que a declaração nos conta sobre a chapa que, sem Lula, está em primeiro lugar nas intenções de voto para a disputa presidencial das eleições de outubro. O que significa um candidato a vice-presidente se anunciar como “nós” e como “profissional da violência” num momento de tanta gravidade para o Brasil?
Abalado pela brutalidade do episódio, Mourão poderia ter escolhido pelo menos duas variações que mudariam a intenção: “os profissionais da segurança” ou “os profissionais da proteção”. Palavras como segurança e proteção levariam à ideia de amparo e de defesa — e não à ideia de ataque, de retaliação e de confronto. Mas não. Mourão usou um “nós”— e usou “profissionais da violência”. Ao ser perguntado quem era o “nós”, o general disse que se referia “aos militares e ao uso da força pelo Estado”.
Mourão declarou ainda: “Eu não acho, eu tenho certeza: o autor do atentado é do PT”. No mesmo dia, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo: “A guerra está declarada”.
É bastante revelador que um general da reserva, hoje político e candidato, se considere no direito de falar em nome do Estado, em plena campanha eleitoral para se tornar governo. A declaração de Mourão mostra que ele acredita falar pelos militares, como se os representasse e os comandasse. E como se os militares fossem uma força autônoma, uma espécie de milícia de Bolsonaro e de Mourão. E não o que a Constituição determina: uma instituição do Estado, paga com recursos públicos, subordinada ao presidente da República.
Ao fazer essa declaração, Mourão trata as Forças Armadas como se fossem a sua gangue e o país como se fosse a sua caserna. Alguém machucou o meu amigo? Vou ali chamar a minha turma para descer o cacete. E faz isso na condição de político e de candidato, como se o processo democrático fosse apenas uma burocracia pela qual é preciso passar, mas que pode ser atropelada caso se torne inconveniente demais.
Mais tarde, Mourão baixaria o tom, segundo ele a pedido do próprio Jair Bolsonaro. Uma orientação curiosa para um candidato que divulgou uma foto sua na cama do hospital fazendo com as mãos o sinal de atirar. No dia seguinte à agressão, durante entrevista à Globo News, o vice de Bolsonaro afirmou que, em caso hipotético de “anarquia”, pode haver um “autogolpe” do presidente, com o apoio das Forças Armadas.
Ao comentar a convocação à violência por ele e outras pessoas da campanha, Mourãoafirmou: “Realmente subiu um pouco o tom (no início), mas temos que baixar, porque não é caso de guerra”. Disse ainda que, se forem eleitos, vão “governar para todos, e não apenas para pequenos grupos”.
As declarações do vice de Bolsonaro no primeiro momento dão pelo menos duas informações sobre ele que vale a pena registrar. Mourão decide baixar o tom depois de elevar (muito) o tom. Poderia se pensar se é esse tipo de reação passional que se espera de um general, uma pessoa numa posição de comando ocupando o posto máximo da hierarquia do Exército, cujas ordens podem afetar milhares de vidas humanas. Pela trajetória de Mourão, a dificuldade de agir com racionalidade em momentos de tensão não parece ter afetado a sua carreira.
Neste momento, porém, Mourão é um político e candidato a vice-presidente. Diante da crise, representada pela agressão a Bolsonaro, aquele que quer ser vice-presidente do Brasil explode, confunde o seu lugar e o lugar das Forças Armadas, e bota gasolina na fogueira que deveria conter. E deveria conter não apenas por ser candidato, mas por responsabilidade de cidadão.
É importante que Mourão tenha finalmente entendido que não se trata de uma guerra e tenha parado de encontrar inimigos entre as faces da população. Mas as declarações irresponsáveis já produziram um efeito cujas consequências são difíceis de prever. Como ele mesmo lembrou, “há um velho ditado que diz: as palavras, quando saem da boca, não voltam mais”.
O que Mourão faria com poder real diante das tantas crises que esperam um governante? Como governará essa dupla, caso eleita, um que invoca mais violência em palavras e outro que, recém operado após sofrer uma agressão, faz sinal de atirar? Como governarão, com sua lógica de guerra, na qual o inimigo não é outro exército, mas a parte da população que discorda deles?
A segunda informação que emerge das declarações é a rapidez e a leviandade com que Mourão julga e condena. De imediato ele responsabilizou o PT pela agressão à faca. Não havia — e não há — um único indício de que o autor da facada tenha qualquer ligação com o PT ou faça parte de um plano do partido. Adelio Bispo de Oliveira afirma ter agido sozinho e “a mando de Deus”. Declarar publicamente uma “fake news” ou mentira, num momento de tanta gravidade para o país, também pode ter consequências imprevisíveis. Não adianta voltar atrás depois de ter afirmado uma mentira como “certeza” justamente na hora em que os ânimos estavam mais acirrados.
É importante observar como esse protagonista se comporta diante da crise, já que governar um país é lidar com várias crises todos os dias. Se sem poder de governo ele encontra culpados, para além do culpado que já está preso, e invoca publicamente a violência como reação imediata, o que fará caso tenha poder de governo e a possibilidade de convocar o que Mourão chama de “profissionais da violência” e a Constituição chama de “Forças Armadas”? Se, quando precisam convencer eleitores de que são a melhor escolha, os homens de Bolsonaro invocam a guerra dentro do próprio país, o que farão quando já não precisarem convencer ninguém?
É importante observar que não conseguem refrear seus instintos nas horas mais duras, mas também é importante acreditar no que dizem quando não são capazes de se conter. Tanto Bolsonaro quanto Mourão têm se esforçado para mostrar que são “profissionais da violência”. Ao pregarem que a população deve se armar, como se esta fosse a melhor estratégia para enfrentar a questão da segurança, é assim que se apresentam.
As declarações contra as mulheres, contra os negros, contra os indígenas e contra os LGBTs também são um exercício da violência que revela uma visão de mundo e a fortalece entre aqueles que dela comungam. Semanas atrás, Mourão chamou os negrosde malandros e os indígenas de indolentes. Desta afirmação que saiu da sua boca ele não se arrepende. Como disse Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do candidato: “Tem que botar um cara faca na caveira para ser vice”. Botaram.
No dia seguinte ao atentado, quando segundo ele mesmo o tom deveria baixar, o vice de Bolsonaro enalteceu o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos mais notórios torturadores e assassinos da ditadura civil-militar (1964-85). “Os heróis matam”, justificou ele na TV.
Sempre vale lembrar ao menos um episódio entre as tantas mortes e torturas ordenadas ou executadas pelo “herói” de Bolsonaro e de Mourão. O torturador Ustra levou os filhos de Amélia Teles, presa nos porões do regime, para que vissem a mãe torturada. Amelinha, como é mais conhecida, estava nua, vomitada e urinada. Seus filhos tinham quatro e cinco anos. A menina perguntou: “Mãe, por que você está azul?”. A mãe estava azul por causa dos choques elétricos infligidos em várias partes do seu corpo e também nos seios e na vagina. Este é o farol de Bolsonaro e Mourão, em primeiro lugar nas pesquisas para a presidência do Brasil, o que diz bastante também sobre os eleitores.
Armar-se é uma das principais plataformas da campanha de Bolsonaro-Mourão, o capitão da reserva e o general da reserva. E é preciso levá-los a sério. Não só porque Bolsonaro e Mourão lideram as intenções de voto, mas porque é legítimo que os eleitores queiram votar em “profissionais da violência” para governar o Brasil. É possível discordar de quem aposta em “profissionais da violência”, mas o direito de escolher uma pessoa que invoca a violência é legítimo numa democracia.
Há muita gente clamando por “civilização” contra o que nomeiam de “barbárie” que atravessa o Brasil, às vésperas de uma eleição em que o candidato em primeiro lugarnas pesquisas está na prisão e é proibido pelo judiciário de se candidatar e o candidato em segundo lugar leva um facada durante um evento de campanha e precisa passar por uma cirurgia.
Mas o que chamamos de civilização tem sido sustentado pela barbárie cotidiana contra os negros e os indígenas. A civilização sempre foi para poucos. A novidade que uma chapa Bolsonaro-Mourão apresenta é a suspensão de qualquer ilusão. Não é por acaso que alicerçam sua prática antiga, tão velha quanto o Brasil, nas redes sociais, o espaço onde toda a possibilidade de mediação foi rompida e os bandos se fecham em si mesmos, rosnando para todos os outros.
A barbárie dos “profissionais da violência” sempre sustentou a civilização de uns poucos. O que Bolsonaro e Mourão dizem, como “profissionais da violência” que são, é que já não é preciso fazer de conta. Neste sentido, rompem o mesmo limite que a internet rompeu, ao tornar possível que tudo fosse dito. E também ao dar um valor ao dizer tudo, mesmo que este tudo seja o que nunca deveria poder ser dito, já que é necessário um pacto mínimo para a convivência coletiva e o compartilhamento do espaço público.
Ao representar a velha boçalidade do mal expressada na novidade das redes, Bolsonaro-Mourão são os representantes mais atuais deste momento. Eles sabem que a guerra não existe no Brasil. O que sempre existiu foi o massacre. São os mesmos de sempre que continuam morrendo, como os camponeses de Anapu nas mãos dos pistoleiros da grilagem e as crianças das comunidades do Rio em cujas cabeças as balas explodem.
Ao inventarem uma guerra para encobrir o massacre, Bolsonaro e Mourão inventam também a ideia de que as armas serão iguais e acessíveis para todos, bastando para isso o “mérito” de passar em eventuais testes e o “mérito” de ser capaz de pagar pelas melhores. Conheceremos então o discurso da meritocracia aplicado às armas.
Bolsonaro e Mourão sabem muito bem que não haverá igualdade ao armar a população. Se Bolsonaro, o “profissional da violência”, teve alguma sorte na tragédia, é a de que Adélio Bispo de Oliveira era um amador e era pobre. Ele tinha apenas uma faca e nenhum plano para depois. Se ele fosse um “profissional da violência” como Mourão, Bolsonaro não teria tido a chance de fazer o gesto de atirar na cama do hospital, depois de ser salvo pelo SUS, sistema público de saúde que ele não se esforça para defender.
Marielle Franco, a vereadora do Rio pelo PSOL, não teve esta sorte. Seus assassinosarrebentaram sua cabeça com arma de alto calibre e uso restrito e até hoje, seis meses depois, não se conhece nem a identidade do executor nem a do mandante. Negra, lésbica e favelada, Marielle está no lado dos que morrem e cujas mortes permanecem impunes. Marielle está no lado dos massacrados, não dos que massacram.
Mas não é sorte o que Bolsonaro teve ao ser atacado por um amador. Tanto ele quanto Mourão sabem o que dizem quando reivindicam serem “os profissionais da violência”. Eles são. Resta saber se a verdade da maioria dos brasileiros é também esta: a de desejar profissionais da violência comandando o país onde vivem.
Se a maioria dos brasileiros mostrar nas urnas que quer esse tipo de político no poder, então é isso que escolheram. Faz parte do processo democrático que as pessoas se responsabilizem por suas escolhas e as consequências que delas resultam. Se você chama “profissionais da violência” para comandar o país onde você e sua família vivem, você deve saber o que terá. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Arquidiocese de BH propõe que comunidade católica não vote em base do governo federal
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A Arquidiocese de Belo Horizonte reafirmou o compromisso de não apoiar, nas eleições de 2018, campanhas de candidatos que não se comprometem ou se não comprometeram com o interesse popular durante os seus mandatos, contrariando as orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A reportagem é publicada por Brasil de Fato, 11-09-2018.
A declaração é uma das que a entidade divulgou, em nota, a respeito do pleito deste ano, que irá definir quais serão os próximos deputados estaduais, senadores, governadores e presidente da República.
No documento, a organização também se posicionou sobre a crise que o Brasil enfrenta e afirmou que a atual situação do país resulta em medidas que cortam as conquistas dos trabalhadores e são eficientes na "manutenção de privilégios".
"A Igreja Católica vem acompanhando os acontecimentos recentes da política e da sociedade brasileira, por meio de importantes manifestações e mensagens nas quais a CNBB, a Província Eclesiástica e a Arquidiocese de Belo Horizonte se manifestam prontamente contrárias à retirada de direitos", ressaltou a Arquidiocese.
A nota também é assinada pelo Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp) da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, Conselho Pastoral Arquidiocesano, Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política, Vicariato Episcopal para a Ação Pastoral e Coletivo Arquidiocesano de Fé e Política. A nota é publicada pelo Observatório de Evangelização.
Posicionamentos
Esta não é a primeira vez que a igreja se manifesta sobre o assunto. A CNBB chegou a lançar notas contra o desmonte do Estatuto do Desarmamento, congelamento dos investimentos sociais por 20 anos e reformas da Previdência e trabalhista.
Eis a nota.
Resolução do Conselho de Pastoral da Arquidiocese de Belo Horizonte sobre as eleições de 2018
"Ai dos que fazem do direito uma amargura e a justiça jogam no chão"
(Amós 5,7)
Considerando:
˗ que vivemos uma crise política, econômica e social, que resulta da e na aplicação de medidas que retiram direitos e preservam privilégios;
˗ que as eleições de 2018 prometem assumir o caráter de uma intensa luta política.
˗ que a Igreja Católica vem acompanhando os acontecimentos recentes da política e da sociedade brasileira, por meio de importantes manifestações em notas e mensagens nas quais a CNBB, a Província Eclesiástica e a Arquidiocese de Belo Horizontese manifestam prontamente contrárias à retirada de direitos.
˗ que a Arquidiocese de Belo Horizonte já produziu um documento específico para as eleições de 2016, no qual convidou e orientou a comunidade católica a participar ativamente e com consciência crítica naquelas eleições municipais.
˗ os seguintes excertos de notas publicadas pela CNBB:
Contra a retirada de direitos
"Lamentamos que no Congresso se formem bancadas que reforcem o corporativismo para defender interesses de segmentos que se opõem aos direitos e conquistas sociais já adquiridos pelos mais pobres."
CNBB. Nota sobre o momento nacional. 21 abr. 2015.
Contra o desmonte do Estatuto do Desarmamento
O Projeto de Lei 3722/2012, que altera o Estatuto do Desarmamento, é outra matéria que vai na contramão da segurança e do combate à violência."
CNBB. Nota sobre o momento nacional. 21 abr. 2015.
Contra o Congelamento dos Investimentos Sociais por 20 anos
"A PEC 241 é injusta e seletiva. Ela elege, para pagar a conta do descontrole dos gastos, os trabalhadores e os pobres, ou seja, aqueles que mais precisam do Estado para que seus direitos constitucionais sejam garantidos. Além disso, beneficia os detentores do capital financeiro, quando não coloca teto para o pagamento de juros, não taxa grandes fortunas e não propõe auditar a dívida pública".
CNBB. Nota sobre a PEC 241. 27 out. 2016
Contra a Reforma da Previdência
"Buscando diminuir gastos previdenciários, a PEC 287/2016 "soluciona o problema", excluindo da proteção social os que têm direito a benefícios". (…) A opção inclusiva que preserva direitos não é considerada na PEC. Faz-se necessário auditar a dívida pública, taxar rendimentos das instituições financeiras, rever a desoneração de exportação de commodities, identificar e cobrar os devedores da Previdência.
CNBB. Nota sobre a PEC 287/2016 (Reforma da Previdência). 23 mar. 2017.
Contra a Reforma Trabalhista
"Açodada, carente da participação adequada de todos os segmentos sociais envolvidos, demonstraram categoricamente que o texto a votar está contaminado por inúmeras, evidentes e irreparáveis inconstitucionalidades e retrocessos de toda espécie, formais e materiais. […] Conclamamos a impedir a aprovação açodada de projeto (reforma trabalhista) crivado de inconstitucionalidade e deflagrador de grave retrocesso social, a consequente ruptura com o compromisso internacional assumido pelo País ao ensejo do art. 26 do Pacto de San Jose da Costa Rica e, por tudo, o rebaixamento histórico do patamar civilizatório mínimo de cidadania social que se construiu ao longo de quase dois séculos e meio".
CNBB e outras entidades. Nota pública contrária ao projeto de reforma trabalhista. 10 jul. 2017.
Conclamação à Participação Popular
"só uma reação do povo, consciente e organizado, no exercício de sua cidadania, é capaz de purificar a política, banindo de seu meio aqueles que seguem o caminho da corrupção e do desprezo pelo bem comum. Incentivamos a população a ser protagonista das mudanças de que o Brasil precisa".
CNBB. Nota sobre o atual momento político. 26 out. 2017.
A Arquidiocese de Belo Horizonte produzirá orientações específicas para o processo eleitoral de 2018, nas quais ressaltará o compromisso da comunidade católica a não votar em parlamentares que pretendem se reeleger, mas que, no exercício de seu mandato, contrariaram as orientações produzidas pela CNBB, pela Província e pela Arquidiocese.
Assim, os eleitores católicos seriam convidados a considerar o modo como tais políticos votaram nas importantes decisões que foram tomadas pelo Congresso Nacional nos últimos anos. Estariam excluídos da lista de potenciais candidatos aqueles políticos e os partidos que, com o sua atuação parlamentar, não mostraram possuir "compromisso mais efetivos com a cidadania", conforme "convocação do Evangelho de Jesus Cristo", tal como se expressa naquelas orientações de 2016.
O Coletivo Arquidiocesano de Fé e Política, em parceria com o NESP e com o Vicariato Episcopal para Ação Social e Política, cuidará de dar concretude a essa orientação por meio da produção de campanha que publicize o nome dos que votaram contrários às orientações da Igreja.
Serão elencados também os partidos que determinaram a suas bancadas que votassem contra o interesse popular, tal como preconizado nas notas públicas dos bispos brasileiros. Ao fazê-lo, os referidos partidos não se comprometeram a fazer a defesa dos valores defendidos pela Igreja Católica.
Conselho Pastoral Arquidiocesano
Vicariato Episcopal para Ação Social e Política
Vicariato Episcopal para a Ação Pastoral
Núcleo de Estudos Sociopolíticos NESP / PUC Minas
Coletivo Arquidiocesano de Fé e Política
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
NOSSA PÁTRIA AMADA
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Dom Fernando Arêas Rifan*
Estamos na Semana da Pátria, porque no dia 7 comemoraremos a Independência do Brasil, data especial para cultivarmos a virtude do patriotismo, dever e amor para com o nosso país, incluído no quarto Mandamento da Lei de Deus. Jesus, nosso divino modelo, amava tanto sua pátria, que chorou sobre sua capital, Jerusalém, ao prever os castigos que sobre ela viriam, consequência da sua infidelidade aos dons de Deus. É tempo oportuno, pois, para refletirmos sobre a nação, na qual vivemos e da qual esperamos o nosso bem comum. Será que também não devemos chorar sobre nossa pátria amada, ao vermos, na política, tanta corrupção, falta de honestidade, ética, honradez, com total desprezo das virtudes humanas e cristãs? E, como se diz, o povo tem o governo que merece, não será sobre o povo brasileiro que devemos chorar?
“Estamos perdidos há muito tempo... O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada. Os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita... Ninguém crê na honestidade dos homens públicos... A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte, o país está perdido! Algum opositor do atual governo? Não!” (Eça de Queirós, ano 1871).
Segundo Aristóteles, “o homem é por natureza um animal político, destinado a viver em sociedade” (Política, I, 1,9). Política vem do grego pólis, que significa cidade. E, continua Aristóteles, “toda a cidade é evidentemente uma associação, e toda a associação só se forma para algum bem, dado que os homens, sejam eles quais forem, tudo fazem para o fim do que lhes parece ser bom”. E Santo Tomás de Aquino cunhou o termo bem comum, ou bem público, que é o bem de toda a sociedade, dando-o como finalidade do Estado. “A comunidade política existe... em vista do bem comum; nele encontra a sua completa justificação e significado e dele deriva o seu direito natural e próprio. O bem comum compreende o conjunto das condições de vida social que permitem aos indivíduos, famílias e associações alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição” (Gaudium et Spes, 74). Daí se conclui que a cidade – o Estado - exige um governo que a dirija para o bem comum. Não se pode separar a política da direção para o bem comum. Procurar o bem próprio na política é um contrassenso.
Como cristãos, nós sabemos que a base da moral e da ética é a lei de Deus, natural e positiva, traduzida na conduta pelo que se chama o santo temor de Deus ou a consciência reta e timorata. Uma vez perdido o santo temor de Deus, perde-se a retidão da consciência, que passa a ser regida pelas paixões. Uma vez abandonados os valores morais e os limites éticos, a sociedade fica ao sabor das paixões desordenadas do egoísmo, da ambição e da cobiça.
*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Como é a escolta de Policiais Federais de Bolsonaro
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Cerca 30 policiais federais acompanham Jair Bolsonaro divididos em até três turnos. Ele é o único presidenciável que recebe segurança da PF
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) é o único presidenciável com escolta da Polícia Federal. Desde o início da campanha, ele é acompanhado por até 30 agentes que se dividem em dois ou três turnos, conforme o EL PAÍS apurou. Por razões de segurança, a PF não costuma divulgar quantos policiais estão à disposição em cada ato político do candidato. Além desses PFs, há ainda policiais militares da reserva (vários deles militantes do PSL) que ajudam na segurança de Bolsonaro.
Foi o próprio candidato que solicitou essa escolta policial. E, como concorrente à presidência, ele tem direito a receber esse acompanhamento. Em outras ocasiões, Bolsonaro já afirmou estar sob o “máximo risco de morte”. Em todas as cidades pelas quais passa, costuma fazer os deslocamentos por terra em viaturas da PF.
Na carreata realizada na quarta-feira em cidades satélites do Distrito Federal, o EL PAÍS identificou ao menos dez policiais em sua escolta. No ato, enquanto ele estava em um dos trios elétricos que atravessaram as cidades de Taguatinga e Ceilândia uma policial feminina ficava o tempo inteiro atrás do candidato. Outros quatro cuidavam para que galhos de árvores não tocassem em sua cabeça e miravam as pessoas que estavam ao redor dele para tentar identificar qualquer ameaça. Havia ainda ao menos mais dois que se alternavam correndo a pé atrás do veículo no qual Bolsonaro estava. E outros três dirigiam veículos nos quais o candidato e sua equipe se deslocavam.
Apesar de estar sempre monitorado, o candidato vive em constante desconfiança. Nessa carreata de quarta-feira, um de seus filhos, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), estendeu a mão pelas costas de Jair e lhe deu uma garrafa de água mineral aberta para que ele se hidratasse. Antes de beber, o presidenciável olhou novamente de onde tinha vindo a garrafa e só a levou à boca depois que Eduardo lhe disse: "Pode beber, não está batizada, não".
Em Juiz de Fora, quando foi esfaqueado, boa parte de seus seguranças fazia a sua proteção, segundo aliados dele. Mas como esse era um ato no meio de uma multidão, o controle sobre quem se aproximava do candidato é mais difícil. “Quando você está entre 5.000 ou 10.000 pessoas, como estava em Juiz de Fora, é difícil controlar”, alertou o deputado Fernando Francischini (PSL-PR), que é delegado da Polícia Federal.
Bolsonaro levou uma facada no abdômen na tarde desta quinta-feira enquanto participava de uma passeata no centro da cidade mineira. Seu agressor foi identificado como Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Federal. Fonte: https://brasil.elpais.com
BOLSONARO: Um Olhar
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ, comenta o atentado contra o candidato Jair Bolsonaro em Juiz de Fora- MG nesta quinta, 6. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 6 de setembro-2018.
ELEIÇÕES-2018: Bolsonaro leva facada e é retirado de caminhada em Juiz de Fora.
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Candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, foi retirado às pressas por seguranças enquanto fazia uma caminhada em Juiz de Fora-MG, após fazer uma expressão de dor. Ele foi atingido na barriga e o suspeito foi detido.
Ele foi colocado num carro da Polícia Federal e encaminhado para um hospital e não corre perigo. Fonte: http://www.jb.com.br
Repercussão (Via twitter)
Acabo de ser informado em Caruaru, Pernambuco, onde estou, que o Deputado Jair Bolsonaro sofreu um ferimento a faca. Repudio a violência como linguagem politica, solidarizo-me com meu opositor e exijo que as autoridades identifiquem e punam o ou os responsáveis por esta barbárie.
Soube agora do que ocorreu com Bolsonaro em Minas. A violência não se justifica, não pode tomar o lugar do debate político. Repudiamos toda e qualquer ação de ódio e cobramos investigação sobre o fato.
Nada justifica a violência política! Condenamos todo tipo de violência e ataques a qualquer pessoa ou candidatos envolvidos no processo eleitoral. O ódio e a violência não nos levará a lugar nenhum. A única saída para o Brasil é a democracia e a reconciliação com o diálogo.
Renovação e Purificação
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Dom Frei Jaime Spengler, OFM, Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre
O momento político nacional exige discernimento. A democracia é certamente a forma mais adequada de organizar a política, embora existam contradições e limitações, provocadas, talvez, pelo pouco conhecimento e capacidade de observação, pelos agentes políticos de fundamentos ético-morais sólidos.
Não existe autêntica democracia sem fundamentos ético-morais consensuais que possibilitem uma determinação livre da vontade das pessoas. Ora, a política é o reino do relativo, pois permite a diversidade de opiniões sobre os temas mais diversos.
No sistema democrático, os eleitores podem ser manipulados em suas escolhas através da propaganda veiculada pelos meios de comunicação social, segundo orientações de uma oligarquia.
O bem comum, referência basilar da atividade política, é uma miragem! Diante desse fato, vale se perguntar se o sistema da maioria e da minoria é verdadeiramente um sistema de liberdade.
A democracia fundamenta-se no princípio da liberdade. Mas, o que é a liberdade? Não é certamente o direito de se fazer o que se deseja! É, antes de tudo, o pressuposto de uma racional autodeterminação da vontade.
A democracia que se orienta simplesmente pelo princípio da maioria é uma forma de relativismo ético-moral, que pode desembocar na anarquia ou no totalitarismo.
Tais elementos requerem serenidade, reflexão e discernimento. Há no coração do povo brasileiro um desejo de renovação, purificação e autêntico exercício democrático.
A história nacional é marcada por figuras que dignificaram a República, mas também pela presença de oligarquias que dominaram e dominam, o cenário sócio-político-financeiro nacional.
É urgente a necessidade de construir um projeto de nação, tendo à frente estadistas. Conchavos, bancadas e partidos políticos sem identidade e sem ideal, não têm o que dizer diante do desespero de tantos ‘filhos e filhas da Pátria amada’.
A liberdade conquistada com braço forte, cantada no Hino Nacional, transformou o Brasil na sétima economia do mundo. No entanto, a nação está entre os 10 países com a pior distribuição de renda do mundo. Os sinais são inocultáveis!
Porque a Igreja se ocupa e preocupa com tais questões? A partir do Evangelho, ao longo de seus dois mil anos de história, com erros e acertos, ela desenvolveu uma doutrina ética que orienta o agir das pessoas e uma doutrina social que contempla a sociedade como um todo. Atenta ao exercício da política, a Igreja é impelida a ser “advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que clamam ao céu” (CELAM. Doc. de Aparecida, n. 395).
A Igreja deseja e promove a mobilização de todos, independentemente de partidos políticos, em vista de uma convivência pacífica, fraterna e solidária, desejosa de colaborar na construção de uma ‘Terra sem males’.
Não se pode permitir que nos roubem a esperança! Os discípulos e discípulas de Jesus estão a serviço da vida plena para todos. Esse é um serviço de purificação e renovação.
Não podemos perder aquele desejo humano profundo por sentido: sentido da vida e da morte, do eu e do tu, em vista de um nós, do amor, da esperança e da história.
O Brasil deseja contar com homens e mulheres que “sejam abertos a ouvir e a aprender no diálogo democrático, que conjuguem a busca da justiça com a misericórdia e a reconciliação” (Papa Francisco), dispostos a realizar um autêntico caminho de renovação e purificação, em vista da construção sólida da ‘Pátria amada’, onde seus cidadãos possam se sentir verdadeiramente ‘filhos de uma mãe gentil’. Fonte: www.arquidiocesepoa.org.br
ELEIÇÕES-2018: Competências necessárias ao perfil de um Presidente do Brasil, por dom Murilo Krieger
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A pessoa que deseja ocupar o cargo máximo do poder Executivo no Brasil, a Presidência da República, precisa ser firme quando enfrentar situações em que estejam em jogo a justiça, a solidariedade e a paz no Brasil. Esta é uma das características que o arcebispo primaz de Salvador (BA) e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Murilo Krieger, destaca ao apontar um conjunto de competências, qualidades e atitudes ético-morais que precisam constar no perfil do candidato ou candidata a ser eleito pela população brasileira nas próximas eleições gerais de outubro.
“Precisa ser um Estadista e, ao mesmo tempo, alguém sensível à situação do povo, especialmente dos mais necessitados”, apontou. Qualidades como “grande cultura geral”, “capacidade de coordenação” e “uma grande disposição ao trabalho” também foram enumeradas como essenciais ao perfil de um ou uma Presidente da República.
O arcebispo de Salvador também apontou o diálogo e a capacidade de se relacionar com todos como capacidades indispensáveis e necessárias para exercer a chefia do maior posto do Executivo. É importante, segundo dom Murilo, que este candidato seja uma pessoa transparente e não governe pensando na reeleição.
“É necessário que um presidente saiba cercar-se de pessoas incapazes de exercer suas responsabilidades pensando em si, nos seus ou no seu partido”, disse. Em sua avaliação, o presidente a ser eleito nas próximas eleições gerais precisa ser alguém que ame o Brasil e o coloque no centro de sua atuação política.
Expectativa para o “Debate de Aparecida” – Dos candidatos que vão participar do debate que a CNBB promove dia 20 de setembro, em Aparecida (SP), o vice-presidente da entidade disse esperar propostas claras, coerentes e exequíveis. Para o religioso, muitas promessas feitas pelos candidatos são meros sonhos nos quais nem mesmo eles acreditam.
“Que os candidatos digam de onde vão tirar os recursos para fazer o que prometem; o que farão para tornar o país mais ágil (pense-se nas filas de postos médicos, na burocracia para se fazer qualquer coisa, numa máquina pública que parece viver para justificar sua própria existência, de forma autofágica)”, considerou. Dos telespectadores, o arcebispo diz esperar um maior senso crítico, menos emocionalismo e apoios por convicção e não por ideologia. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Candidatos ao Senado pelo RJ nas eleições de 2018: veja quem são
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Candidaturas foram registradas na Justiça Eleitoral, que tem até 17 de setembro para fazer a análise inicial dos pedidos.
Em 2018, os eleitores do Rio de Janeiro vão poder eleger dois senadores. Veja a lista dos candidatos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em ordem alfabética.
Arolde de Oliveira (PSD)
O Partido Social Democrático (PSD), que lançou a candidatura de Índio da Costa (PSD) ao Governo do RJ, terá o deputado federal Arolde de Oliveira como candidato único na disputa ao Senado. Capitão reformado do exército, graduado em engenharia Eletrônica pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), Arolde tem 81 anos, nasceu no Rio Grande do Sul e está em seu nono mandato consecutivo na câmara. Na última eleição o parlamentar somou 55.380 votos.
O deputado também teve algumas participações no poder executivo. Entre 2003 e 2008, Arolde foi secretário municipal de transportes do Rio de Janeiro, na gestão do prefeito César Maia. Em 2010, Arolde assumiu a Secretaria Estadual de Trabalho e Renda, durante a administração do governador Luiz Fernando Pezão. Além do PSD, o candidato também já foi filiado ao PDS, PFL, DEM e PSC.
Aspásia (PSDB)
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) terá a ex-deputada estadual Aspásia Camargo como candidata ao Senado. A legenda faz parte da coligação que apoia o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) na disputa ao Governo do Rio de Janeiro.
Aspásia foi vereadora pelo Partido Verde, entre 2005 e 2010. Deixou o Palácio Pedro Ernesto para ocupar uma vaga na Alerj, onde exerceu o cargo de deputada estadual por um mandato. Em 2014, a candidata tentou uma nova eleição para o parlamento fluminense, mas não obteve sucesso. Nas últimas eleições municipais, Aspásia foi candidata a vice-prefeita, na chapa de Carlos Osorio.
Antes de se filiar ao PSDB, em 2016, a candidata teve rápida passagem pelo PSB, quando presidiu a executiva municipal da legenda. Camargo foi professora de sociologia e ciências políticas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Na política, além dos cargos eletivos, foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), secretária executiva do Ministério de Meio Ambiente (MMA) e secretária de cultura do Estado do Rio de Janeiro.
Cesar Maia (DEM)
O vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia será o candidato do Democratas ao Senado. O partido é dono da maior coligação do Estado para as eleições de outubro, com um total de 11 partidos alinhados. O candidato da aliança ao Governo do Estado é o ex-prefeito Eduardo Paes, que teve sua candidatura oficializada no último dia 29 de julho.
César Maia, de 73 anos, está em seu segundo mandato seguido como vereador. Em 2016, foi o terceiro mais bem votado do Rio, quando teve 71.468 votos. Nascido na capital fluminense, o ex-prefeito é formado em economia, pela Universidade do Chile, e em engenharia da mineração, pela Universidade Federal de Ouro Preto.
Durante sua trajetória pública, César foi eleito deputado federal, em 1986 e em 1990. Já em 1992, o candidato chegou pela primeira vez ao cargo de prefeito do Rio de Janeiro, repetindo o feito em 2000 e em 2004. Em 2010, o político concorreu ao Senado, mas não obteve sucesso. Maia teve 1.514.727 votos no pleito, mas ficou em segundo lugar, perdendo a única vaga em disputa.
Como prefeito do Rio de Janeiro, César Maia ficou conhecido pela construção da Linha Amarela, a Cidade do Samba e o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. Antes de entrar para o DEM, o candidato foi filiado ao PDT, PMDB, PFL e ao PTB.
Chico Alencar (PSOL)
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que terá como candidato ao governo do Rio de Janeiro o vereador Tarcísio Motta, confirmou o nome do deputado federal Chico Alencar como candidato único da legenda ao Senado nas eleições de outubro.
Chico Alencar é deputado federal pelo quarto mandato consecutivo, eleito pela primeira vez em 2002. Antes disso, o candidato foi vereador do Rio de Janeiro entre os anos de 1989 e 1996. Foi também deputado estadual por um mandato, eleito em 1998. Atualmente, o deputado é líder da bancada do PSOL na Câmara dos Deputados e é membro titular da Comissão de Constituição e Justiça.
O socialista nasceu no Rio de Janeiro, tem 68 anos, e é formado em história pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Chico foi professor da rede pública e particular do Rio de Janeiro por mais de 20 anos. Hoje, é professor licenciado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O candidato ao Senado também é autor de 32 livros, entre eles a História da Sociedade Brasileira; Brasil Vivo; e BR-500.
Cyro Garcia (PSTU)
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) terá dois nomes concorrendo para conseguir uma das vagas do Rio de Janeiro no Senado Federal. Cyro Garcia, de 63 anos, é a principal aposta da legenda, que terá a professora Dayse Oliveira como candidata ao governo do Estado do Rio de Janeiro.
O candidato ao Senado conta com uma longa trajetória na vida pública. Cyro foi fundador e secretário-geral da Central Única do Trabalhadores (CUT), além de participar da fundação da seção regional do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio de Janeiro, 1981. Garcia também foi presidente do Sindicato dos Bancários, entre 1988 e 1991. O candidato foi deputado federal pelo PT em 1992. Em 1994, ajudou a fundar o PSTU. Pela sigla, suas disputas mais recentes foram por uma vaga na Câmara Federal, em 2014, e pela Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2016.
Cyro Garcia se formou em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é doutor em história pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Senador Eduardo Lopes (PRB)
O senador Eduardo Lopes tentará a reeleição pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB) durante o pleito eleitoral de outubro. O candidato conta com o apoio de outros cinco partidos, entre eles o PRP, sigla do candidato ao Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, que oficializou sua candidatura no último domingo (5).
Eduardo Lopes, de 54 anos, foi suplente do senador Marcelo Crivella, assumindo o mandato em 2017, quando o pastor se tornou prefeito do Rio de Janeiro. Entre 2007 e 2010, o candidato também exerceu o cargo de deputado federal. Atualmente o senador é titular da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).
O candidato do PRB nasceu em Santo André, São Paulo, se formou em teologia e é presidente regional do Partido Republicano Brasileiro (PRB), no Rio de Janeiro, desde 2011.
Pastor Everaldo (PSC)
O Partido Social Cristão (PSC) confirmou o nome do Pastor Everaldo como candidato único ao Senado pela legenda. A sigla, que fechou coligação com o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), concorre ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, com o juiz federal Wilson Witzel, que teve sua candidatura lançada no último dia 21 de julho.
Atual presidente nacional do PSC, Everaldo Dias Pereira, de 62 anos, nasceu no Rio de Janeiro e é formado em ciências atuariais pela Faculdade de Economia e Finanças do Estado do Rio de Janeiro. O evangélico e pastor da Assembleia de Deus, foi camelô e servente de pedreiro antes de passar em um concurso público no Instituto de Resseguros do Brasil. Pastor Everaldo se filiou ao PSC em 2003.
Fernando Fagundes (PCO)
O Partido da Causa Operária (PCO) confirmou a candidatura de Fernando Fagundes para a disputa por uma das vagas do Rio de Janeiro no Senado Federal. O candidato é professor de filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Na corrida pelo Governo do Estado, o PCO conta com uma chapa própria, sem coligações. O metalurgico Luiz Eugenio Honorato é o candidato principal da sigla, que tem o professor de física do colégio Pedro II, Joaquim Augusto Nogueira Neto, como candidato a vice-governador.
Flávio Bolsonaro (PSL)
Flávio Bolsonaro é o candidato do Partido Social Liberal (PSL) na disputa por uma vaga no Senado Federal. Deputado estadual desde 2003, o candidato, de 37 anos, tem na segurança pública sua principal área de atuação. Na Assembleia Legislativa do Rio, Flávio foi presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública e Assuntos de Polícia; presidente da Comissão Permanente de Legislação Constitucional Complementar e Códigos; presidente da Comissão Permanente de Defesa Civil; membro efetivo da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania; e presidente da Comissão Especial de Planejamento Familiar.
Filho de Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República, Flávio teve 160.359 votos, em 2014, quando foi eleito pela última vez como deputado estadual. Em 2016, o candidato ao senado tentou ser prefeito do Rio de Janeiro. Sem sucesso, Flávio Bolsonaro terminou a eleição com 424.307 votos e o quarto lugar na disputa.
José Bonifácio (PDT)
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) confirmou o nome do economista Jose Bonifácio como candidato a uma das vagas no Senado Federal. A legenda terá o deputado estadual Pedro Fernandes concorrendo ao cargo de governador do Rio de Janeiro.
Jose Bonifácio Ferreira Novellino, de 73 anos, nasceu em Cabo Frio, na Região dos Lagos, é economista formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e começou na vida pública em 1972, como vereador de sua cidade. Com apensa 31 anos, o candidato foi eleito prefeito do município. Em 1986, Bonifácio foi diretor-geral do Departamento das Municipalidades do Estado do Rio, durante a gestão do governador Leonel Brizola. Além de mais um mandato como chefe do poder executivo de Cabo frio, o líder do PDT também foi secretário de Saúde de Arraial do Cabo, deputado estadual, superintendente regional do Ministério do Trabalho no Estado do Rio, subsecretário adjunto dos Direitos do Consumidor da Secretaria de Estado da Casa Civil, secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap) e presidente do Procon-RJ.
Em 2008 e em 2016, José Bonifácio concorreu a prefeito de Arraial do Cabo. Na sua melhor participação, terminou o pleito com 7.579 votos, mas não foi eleito.
Lindbergh (PT)
O Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou a candidatura de Lindbergh Farias ao Senado. A legenda fechou, nesta segunda-feira (6), uma aliança com o Partido Comunista do Brasil (PC do B) para a disputa pelo Governo do Rio de Janeiro. A coligação terá a professora Márcia Tiburi (PT) como candidata principal e o vereador de Niterói, Leonardo Giordano (PC do B), como candidato a vice-governador.
Lindbergh Farias tem uma trajetória política de destaque. Em 1992, quando foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), liderou o movimento dos cara-pintada, pressionando os parlamentares pelo impeachment do então presidente da República Fernando Collor de Mello.
Lindbergh foi deputado federal por dois mandatos. O primeiro deles pelo PCdoB, eleito em 1994. Já pelo PT, venceu a eleição em 2002.
O político também foi prefeito de Nova Iguaçu (RJ), entre 2005 e 2010, quando deixou o poder executivo municipal para tentar uma vaga no Senado. Na ocasião, Lindbergh foi o senador mais votado do Rio de Janeiro, com 4.213.749 votos, o equivalente a 28,65% dos votos válidos.
Marta Barçante (PCB)
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) confirmou o nome de Marta Barçante como candidata da legenda ao Senado Federal. O PCB faz parte da coligação "Mudar é possível", junto com o PSOL, que terá o vereador Tarcísio Motta como candidato ao Governo do Rio.
Marta Maria Barçante Pires, de 63 anos, nasceu no Rio de Janeiro e se aposentou como serventuário de justiça no Rio de Janeiro. A candidata ao senado tentou, em 2014, uma vaga como deputada estadual. Na ocasião, Marta terminou o pleito com apenas 686 votos e não foi eleita.
Mattos Nascimento (PRTB)
O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) confirmou, na última segunda-feira (6), o nome do cantor gospel Mattos Nascimento para a disputa por uma das vagas do Rio de Janeiro no Senado Federal. O PRTB também anunciou que terá uma candidatura própria na corrida pelo Governo do Estado. O candidato da sigla será o subtenente da Polícia Militar, André Monteiro.
Mattos Nascimento, de 64 anos, é cantor, compositor e, nos anos 80, atuou na banda Paralamas do Sucesso. O candidato se tornou evangélico em 1989 e desde então se dedica à carreira solo. Mattos nasceu no Rio de Janeiro, mas em 2014 tentou se eleger deputado federal por São Paulo, pelo PSC. O cantor obteve 19.912 votos e não conseguiu vencer a eleição.
Miro Teixeira (Rede)
O partido Rede Sustentabilidade terá o deputado federal Miro Teixeira como candidato ao Senado no pleito de outubro. O candidato é o principal nome da coligação entre o seu partido e o Podemos, que terá o senador Romário como candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Miro Teixeira, de 73 anos, é deputado federal pelo décimo mandato, o primeiro deles em 1971. Advogado e jornalista por formação, o candidato ao Senado também foi ministro das comunicações durante o governo Lula, entre de 2003 e 2004. Antes de se filiar a Rede, Miro fez parte do PMDB, MDB, PP, PDT, PPS, PT, PDT e PROS.
Samantha Guedes (PSTU)
O PSTU confirmou que lançará dois nomes na disputa ao Senado. Cyro Garcia e Samantha Guedes são os escolhidos para representar a legenda, que terá Dayse Oliveira como candidata ao governo do Estado do Rio de Janeiro.
Samantha Guedes, de 46 anos, é natural do Rio de Janeiro e servidora do município. A candidata ao Senado tentou uma vaga como vereadora em 2016, quando obteve apenas 314 votos.
(ATUALIZAÇÃO: As candidaturas de Ericsson Gal (Avante), Gabrielle Burcci (PMB), Marcelo Monteiro (PPL), Vivaldo Barbosa (Podemos) e Walter Cristie (Patriota) foram oficializadas pelos partidos, mas eles não as registraram dentro do prazo). Fonte: https://g1.globo.com
Marqueteiro do PT diz que falta ‘cara de povo’ a Haddad
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Publicitário Sidônio Palmeira disse também que ele seria "simpático, tem boa entonação e fala direito"
O marqueteiro de candidaturas petistas Sidônio Palmeira disse, em entrevista ao Valor Econômico publicada nesta segunda-feira (27), que o candidato a vice e provável substituto de Lula em eventual impugnação, Fernando Haddad, é “simpático, tem boa entonação e fala direito”. No entanto, faltaria a ele uma característica do ex-presidente, que também estaria entre as qualidades do governador baiano Rui Costa: “cara de povo”.
“O Rui tem o fenótipo do povo, já o Jaques Wagner [pele clara, olho azul] é um príncipe de Gales”, afirmou. O publicitário que comanda a agência Leiaute é amigo de Jaques Wagner e atuou nas três vitórias do PT na Bahia nos últimos 12 anos. Ele chegou a ser convidado para estar à frente da campanha de Lula, mas já tinha aceitado integrar a tarefa de reeleição de Rui Costa.
Os sócios da Leiaute Carlos Andrade e Raul Rabelo acabaram indo para a dianteira da campanha de Lula e Sidônio colaborou com a criação do conceito da candidatura de Lula: “O Brasil feliz de novo”. A campanha do ex-presidente aposta na “saudade” dos eleitores dos tempos de bonança dos governos Lula, de 2003 a 2010.
Sidônio disse ao Valor que, se a previsão das pesquisas for confirmada com Rui Costa se reelegendo no primeiro turno, ele estará liberado para se juntar ao time no que, provavelmente, já terá se convertido na campanha de Haddad. Fonte: http://bahia.ba/eleicoes2018
Marina Silva perde o apoio que teve de evangélicos em 2014
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685 Ex-ministra tem 12% das intenções de voto entre os fiéis dessas igrejas, porcentual igual ao obtido com os católicos; na eleição passada, suporte nesse segmento era de 43%
Marianna Holanda e Daniel Bramatti, O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Única evangélica entre os principais candidatos a presidente nas eleições 2018, Marina Silva (Rede) perdeu o embalo do crescimento do eleitorado dessa religião desde 2014. Hoje ela tem entre os evangélicos apenas 12% das intenções de voto, porcentual igual ao obtido entre os católicos ou seguidores de outras religiões, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. Há quatro anos, o quadro era muito diferente.
Quando disputou a Presidência em 2014, Marina tinha desempenho acima da média entre evangélicos: 43%, 12 pontos porcentuais a mais do que a taxa registrada entre os católicos. Se ela não tivesse perdido apoio entre os fiéis de sua religião, poderia liderar a corrida presidencial. No cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marina tem 12% das preferências no eleitorado total. Ela está oito pontos porcentuais atrás de Jair Bolsonaro, do PSL, que usa a religião para atacar Marina.
O eleitorado evangélico, que já tinha peso significativo em 2014, expandiu-se desde então, segundo pesquisas realizadas agora e há quatro anos. Naquela época, os evangélicos eram aproximadamente um em cada cinco eleitores. Agora, são um em cada quatro. Além de já não ter um eleitorado marcadamente evangélico, a candidata da Rede não é a preferida nesse grupo – no cenário sem Lula, Bolsonaro tem 26% no segmento, desempenho superior ao registrado entre católicos (17%).
Em 2014, Marina começou a campanha como candidata a vice-presidente de Eduardo Campos (PSB), e assumiu a cabeça de chapa após a morte do titular. Na época, ela se envolveu em polêmicas relacionadas a aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Voto religioso
Em um cenário sem a presença do ex-presidente Lula, Bolsonaro lidera entre os evangélicos
Sobre o primeiro tema, se declara contrária, mas defendeu e continua defendendo a realização de um plebiscito sobre legalização. Em relação ao segundo, logo após publicar seu programa de governo, a campanha trocou “casamento gay” por “união civil” no capítulo que discutia direitos dos homossexuais. A alteração foi interpretada como tentativa de evitar reações negativas no eleitorado religioso.
Marco Feliciano diz que Marina 'traiu questão evangélica'
“Acreditávamos que ela era nossa candidata. Quando chegou a questão do aborto, do casamento homoafetivo, ela não se posicionou”, disse o deputado Marco Feliciano(Podemos), um dos principais nomes da bancada evangélica na Câmara. “Com a história do plebiscito, ela traiu a questão evangélica.”
Segundo o parlamentar, chegou a sugerir ao seu então partido, PSC, que retirasse o candidato Pastor Everaldo da disputa ao Planalto para apoiar Marina como a candidata dos evangélicos em 2014. Depois, diz ter se arrependido.
Agora, a candidata não parece tão preocupada com a possibilidade de desagradar a esses eleitores. Sem meias-palavras, seu programa defende garantir por lei o casamento entre pessoas do mesmo sexo e direitos iguais para adoção. Com um programa mais à esquerda que o de 2014 – elaborado em conjunto com o PSB – o atual partido de Marina busca seduzir eleitores que podem ficar “órfãos”, após a provável declaração de inelegibilidade de Lula – condenado em 2.ª instância e preso desde abril.
As pesquisas mostram que Marina, neste momento, é quem mais se beneficia da saída de Lula da corrida eleitoral. A ex-ministra sai de 6% para 12%, no cenário com e sem o petista, respectivamente. Seu eleitorado é marcadamente feminino, nordestino e pobre.
Distante de religiosos mais conservadores, Marina tenta se aproximar de pastores que se contrapõem à agenda da bancada evangélica do Congresso e a bandeiras de Bolsonaro. Em entrevista ao canal do YouTube do pastor Caio Fábio, no início do mês, Marina afirmou que “o Estado é laico, graças a Deus”.
Cabo eleitoral declarado de Marina, o pastor disse que a queda de apoio a ela entre evangélicos se deve mais aos próprios eleitores do que às propostas de Marina. “Isso tem a ver com o embrutecimento religioso.”
Ao Estado, Marina disse que “a comunidade evangélica é grande e relevante no Brasil, são cidadãos dignos de respeito nas suas demandas de saúde, educação, segurança pública como qualquer outro cidadão”.
Ao ser questionada sobre a perda de apoio entre eles, disse que vai “dialogar com todos os brasileiros, independentemente do credo, da cor e da condição social”. Eduardo Jorge(PV), vice de Marina, afirmou que não vale tudo para vencer a eleição, e que a candidata “paga o preço de manter sua fé intacta e ter abertura para conversar com os diferentes”. / COLABOROU GILBERTO AMENDOLA
OLHAR POLÍTICO DO FREI-02
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O embate do século nas eleições
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Geraldo Alckmin tem 11min03s de propaganda gratuita diária, um latifúndio audiovisual que ocupa 44,2% do tempo total de rádio e televisão; mas Geraldo Alckmin tem, no cenário com Fernando Haddad, apenas 7% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada ontem. O que vai acontecer com ele daqui para a frente vai ser interessantíssimo de observar, já que ele é um dos candidatos com pior penetração nas redes sociais, se não o pior. Apesar de ter 934 mil seguidores no Facebook e 972 mil no Twitter — muito para uma pessoa comum, mas pouco para quem está na vida pública há tanto tempo — ele gera pouquíssimo engajamento, e praticamente não “acontece” na internet.
Tenho uma TL bastante movimentada. Vivo, como todos os usuários, dentro de uma bolha mais ou menos uniforme mas, apesar disso, ao longo dos últimos meses, seguidores têm repostado na minha área de comentários vídeos de uma quantidade de candidatos, de Lula a Bolsonaro, passando por Ciro, Marina e Amoêdo. Detalhe: nunca, em momento algum, alguém trouxe qualquer post do Alckmin — sendo que, provavelmente, eleitores dele são maioria na minha página, frequentada por muita gente de centro.
Redes sociais são animais estranhos e imprevisíveis, que nunca se comportam exatamente como imaginamos ou esperamos; mas, se Alckmin vier a ter qualquer tração on-line, vou ficar muito surpresa. As suas páginas inexpressivas são quase um manual de como não fazer, das aberturas (a mesma foto posada e pesadamente fotoshopada dele e da vice Ana Amélia, sobre fundo neutro de tons clarinhos Brasil-bebê) aos posts, que nada fazem além de repetir todos os chavões da política mais convencional.
No domingo, por exemplo, ele esteve em Alter do Chão, no Pará. Mostrou alguma coisa da região? Conversou com alguém, manifestou espanto diante da natureza exuberante? Que nada. Gravou às margens do rio Tapajós como se estivesse num escritório, usando impecável camisa social button down, boa talvez para quem quer parecer descontraído numa reunião na Avenida Paulista, mas perfeitamente inadequada ao calor e à paisagem de resort amazônico que se via ao fundo. Disse que quer aumentar o turismo na área: dã. O filmete é péssimo sob todos os pontos de vista. Teve 1,3 mil curtidas no Facebook e 675 no Twitter, número que qualquer vídeo de gato ultrapassa com quatro patas nas costas.
É óbvio que Alckmin não tem a menor intimidade com redes sociais. Não vive a sua realidade, não conhece os seus mecanismos. Sua única esperança é o tempo gigantesco de propaganda gratuita que conquistou. E é aí que vai ser interessante observar seu desempenho nas pesquisas. Será que, nesses tempos de WhatsApp, de Facebook e de Twitter, a propaganda gratuita ainda faz a cabeça dos eleitores?
De modo que, além do natural embate entre candidatos, temos, nessas eleições, um novíssimo embate para acompanhar — o da internet contra as mídias tradicionais. João Amoêdo, que até outro dia ninguém sabia quem era, tem mais de 1,5 milhão de seguidores no Facebook, e seu Partido Novo tem tido imenso engajamento nas redes, mas ele tem apenas seis segundos de propaganda gratuita; Marina, com quase 2,4 milhões de seguidores no Facebook e 1,9 milhão no Twitter, mal vai conseguir dar “boa noite” aos ouvintes e telespectadores, assim como Bolsonaro, campeão das redes sociais com 5,5 milhões de seguidores no Facebook, e cerca de 1,3 milhão no Twitter. Fonte: https://oglobo.globo.com
De Cacete Pão Dividido a Bolsomaritano: candidatos levam irreverência para as urnas
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Os eleitores terão como opção ainda Ninguém, Galo Cego, Magnólia Bereguedê, Pato Roco da Ambulância, Emerson o Bolsomaritano, Renato Trezoitão e SD Andrade Justiceiro do Povo
Dada a largada para a campanha eleitoral de 2018, muitos eleitores ainda se mostram indecisos com seus votos. Há quem tenha candidatos definidos e há também quem diga que “neste ano, não votarei em ninguém”. Mas e quando Ninguém (PTC) também é candidato?
Com o início do registro de candidaturas e a aproximação da propaganda eleitoral, os pitorescos candidatos, que acabam como “memes” na internet, voltam a tona. Se em 2016 nomes como Mãe Boa, Grande Homem, Na Fé Bomba e Gegê Só Alegria, a irreverência está garantida para 2018 também.
Além do já citado ninguém, candidatos como Binho do Dois de Julho(PCdoB), Cacete Pão Dividido (PCdoB), Galo Cego (PSOL), Magnólia Bereguedê (PHS) e Pato Roco da Ambulância (Solidariedade) estarão na disputa pela vaga na Assembléia Legislativa (AL-BA).
Na aba do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e em seu discurso sobre segurança pública, uma nova leva de vigilantes também poderá reforçar o Legislativo com nomes como Emerson o Bolsomaritano (PSL), um baita trocadilho diga-se de passagem, Renato Trezoitão (PSL) e SD Andrade Justiceiro do Povo (PSL).
E da Democracia Cristã (DC), ironicamente, Teno Metralhando a Corrupção, que como o Batman,“não é o herói que merecemos, mas é o herói que precisamos”.
Federais – Visando vôos mais altos, rumo a Câmara Federal, a Bahia poderá contar com O Tabareu (PSOL), Bira do Jegue (DEM), Delegada Negona (PSOL), João de Furão (PHS) e Pedra Desse Chão (MDB). E se um Da Luz (PRTB) é pouco, que tal dois Da Luz (PSB)?
Como Coração de Mãe (PDT), sempre cabe mais um no plenário e Banda Roxa (MDB), Fernando da Gata (PROS) e os “americanizados” Kojack (DEM), em provável homenagem à icônica serie dos anos 70, e Lyndon Johnson (PSL), 36º presidente dos Estados Unidos, também estão no páreo.
Outra prática comum é puxar seu nome nas urnas por um referencial pessoal, como é o caso de Policia Federal Anderson Muniz (PTC), que de fato é policial federal e Barro o Homem dos Videos (PHS), que provavelmente teria uma locadora?
Alheio à tensão política, o eleitor provavelmente dará boas risadas ao longo do programa eleitoral obrigatório com personagens que parecem saídos da ficção, mas que são bem reais e, na busca por um espaço na vida política, fazem qualquer negócio. Fonte: http://bahia.ba
‘Papa Capim dos meus sonhos’ é candidato a deputado em Alagoas
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Dinho Kapp, famoso na internet, tenta uma vaga de deputado estadual pelo PSD em campanha que já tem slogan e jingle
Luiz Felipe Fernandez
Em ano de eleições, muitos aproveitam alguma fama para tentar uma cobiçada vaga na política. Se na Bahia figuras icônicas como Ninguém, Cacete Pão Dividido e Emerson, o Bolsomaritano, já registraram as suas candidaturas, o estado de Alagoas ganha um forte candidato no quesito irreverência.
Dinho Kapp, conhecido pela série de vídeos ‘Papa Capim dos meus sonhos’, deve concorrer à vaga de deputado estadual em Alagoas pelo Partido Social Democrático (PSD), legenda do candidato ao Senado da Bahia Ângelo Coronel.
Nas redes sociais, uma peça com a foto de Dinho já circula com o slogan ‘Voto dos meus sonhos’, em alusão ao seu jargão que ficou popular na internet. O status da sua candidatura no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fonte: http://bahia.ba
ALAGOAS: FAMÍLIA COLLOR PROTAGONIZA DISPUTA POLÍTICA COM BARRACOS E PICUINHAS DIGNAS DE REALITY
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É com ingredientes inerentes a um reality show que Alagoas vê nascer um “programa” nas próximas eleições. No centro desta disputa uma única família. Assim como As Kardashian e Os Gretchen estão para o entrenimento, Os Collor estão para o próximo pleito no país.
De um lado, Fernando Collor tenta mais uma vez vez ser governador do estado. Sua ex-mulher, Rosane Malta, vai usar o sobrenome do candidato com quem foi casada durante 22 anos para tentar uma vaga como deputada estadual. O filho de Collor, Fernando James (que teve sua paternidade reconhecida pelo político em 1998), segue os passos do pai e cobiça uma cadeira no Congresso como deputado federal.
Em São Paulo, a ex-cunhada Thereza Collor, que foi casada com Pedro Collor e musa do impeachment em 1992, entra na briga para o Legislativo em Brasília e também sai como candidata a deputada federal.
De fora desse curral eleitoral está apenas Joaquim Pedro Monteiro de Carvalho Collor de Mello, um dos herdeiros do Grupo Monteiro Aranha, fruto do casamento de Fernando com Lilibeth Monteiro de Carvalho. “É sabido em Maceió inteira que ele não se envolve nos negócios do pai nem quer aproximação. Eles mal se falam”, conta um antigo aliado da família.
O primogênito Arnon Affonso, namorado da diretora Amora Mautner, que trocou a política pelo basquete (ele é vice-presidente da NBA no Brasil), está apoiando os familiares. Até trocou o título de eleitor para a capital alagoana a fim de dar seu voto ao pai e ao irmão. “O Collor queria que Arnon fosse o candidato, mas ele não quis concorrer outra vez. Não tem identidade com o povo alagoano”, conta um oponente da família: “Arnon foi candidato a deputado federal em 2002, teve até uma votação expressiva, mas foi prejudicado pela legenda do partido na época”.
A saída de Thereza, viúva de Pedro Collor, para São Paulo, contam por lá, deve-se ao sobrenome Lyra não ter mais força no estado. Mas também por ela ser casada com Gabriel Halbreich, empresário paulista do ramo da construção civil. “Apesar de ela ser uma espécie de embaixadora de Alagoas, politicamente os Lyra acabaram. Em São Paulo ela tem mais chances”, diz uma socialite, que se diz amiga de Thereza. Os filhos Fernando e Victor fazem franca campanha pela mãe. Thereza e Rosane não se falam desde que a ex-cunhada apoiou Pedro na delação de Fernando Collor, o que culminou com sua saída do governo.
Caso seja eleito (embora esteja em segundo lugar nas pesquisas pré-eleitorais), Fernando Collor pode ter uma pedra no sapato se Rosane fizer o dever de casa direitinho. “Ele não terá paz um dia sequer. Farei questão de fiscalizar o governo dele”, avisa a ex-primeira-dama do Brasil: “Tem gente que vai votar em mim porque não gostam dele”.
Nas fichas dos candidatos, que sempre apareceram em condições bastante abastadas, chama a atenção a lista de bens declarados. Collor diz que tem patrimônio que soma R$ 20.683.101,57. O ex-presidente enumera suas possses e algumas causam comoção. Fernando Collor de Mello tem um prédio (estamos falando de um prédio!) residencial no valor de R$ 346,97 e um terreno de R$ 69,39. Curioso mesmo é saber quanto ele declara numa caderneta de poupança: R$ 1,41. Para quem não se lembra, quando eleito presidente, Fernando aprovou um plano econômico que confiscava as poupanças, deixando aos brasileiros apenas R$ 50 disponíveis. Parece não crer muito na aplicação até hoje. Em compensação, soma mais de R$ 17 milhões em créditos de empréstimos.
Do outro lado, sem pensão há nove meses, Rosane Collor diz que tem apenas um bem. “Só meu carro, no valor de R$ 70 mil. A casa em que moro, que já deveria estar no meu nome depois que foi feita a partilha, que ainda se arrasta na Justiça, está caindo aos pedaços. Vou para a campanha com uma calça jeans, uma camiseta, um tênis, e minha garra. Mas se encontrasse com ele, diante deste patrimônio que declarou, que sabemos ser bem mais, pediria que me pagasse o que deve”, alfineta a ex.
Na declaração do filho Fernando, o patrimônio é mais modesto. Entre os bens do moço estão um apartamento de R$ 79 mil e uma casa de R$ 80 mil. Mais prudente, ele tem na poupança R$ 214.592,37. O total declarado em patrimônio foi de R$ 743.411,62. “Não é um garoto esbanjador”, diz um correligionário. Já Thereza diz que possui R$ 2.643.986,01. Mais da metade disso é proveniente de joias e obras de arte. Ela não possui caderneta de poupança.
Os primogênitos de Collor são descritos como homens de negócios e pouco esbanjadores. “Quando o Joaquim era pequeno, eu dizia que ia jogar um tênis velho dele fora. Já não dava mais para ser usado e ele me falava: ‘tia, alguém tem que ser econômico nessa família”, recorda Rosane: “Talvez a próxima geração passe a limpo a história dessa família”.
Fonte: https://extra.globo.com
ELEIÇÃO-2018: Bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) apresenta 5 pontos que merecem atenção no período eleitoral
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Apesar do desencanto, da descrença e da falta de confiança na Política no Brasil, o bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Geovani Mol defende que é importante acompanhar o processo eleitoral pelo qual o país atravessa com as campanhas já nas ruas em plena busca de votos.
O reitor da pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais afirma que a política não é um mau sem si. “O mau são os políticos eleitos para trabalharem pelo bem comum e que passam a trabalhar pelos seus próprios interesses e interesses de grupos econômicos e elitistas da sociedade brasileira”, afirmou.
Neste processo eleitoral que o Brasil está vivendo, o religioso convoca os cristãos a ficarem atentos às falsas informações, conhecidas como “Fake News”. “Antes de acreditar, desconfie. Nunca passe adiante uma informação que você não tem certeza sobre ela”, ressaltou. Há uma outra questão crucial, de vida ou morte, em sua avaliação: “A que segmento da sociedade e segmento político o candidato está vinculado?”. “Isso é indispensável porque, embora todos dizem que é necessário ‘mudar’ o Brasil, muitos querem mesmo é ‘continuar tirando proveito’ do Brasil”, avaliou.
Outra postura importante, ressalta dom Mol, é confrontar as informações que estão sendo disseminadas com a trajetória e com a vida do candidato, sempre com algumas perguntas em mente: Como ele vive? Quem são seus amigos? Com quem ele anda? O que ele faz com os pobres? Já exerceu cargos políticos? É um defensor das causas populares? Está envolvido com corrupção? Usa a religião para se promover? É democrático? Respeita as diversidades? Estimula a participação das pessoas? Pensa e trabalha por um Brasil mais justo e fraterno? É uma pessoa de paz e diálogo?
“Só mesmo confrontando o que ‘falam’ com o que ‘fazem’ ou fizeram até agora poderemos ter mais possibilidade de acerto na escolha”, reforça. O religioso também chama a atenção para a importância de prestar atenção às ideias dos candidatos alertando que muitas delas são pregadas em tempo de campanha eleitoral apenas para satisfazer o eleitor e fazê-lo acreditar que, o que ele deseja, está expresso naquelas ideias, mas apenas como recurso para angariar votos.
5 pontos que merecem atenção dos cristãos no Período Eleitoral do Brasil:
1- É preciso identificar candidatos/as que defendam a vida em toda em qualquer circunstância, da gestação ao seu término natural. Mas, como nos lembrou o Papa Francisco, é preciso defender a vida tanto contra o aborto quanto contra as desigualdades sociais e suas mazelas e misérias. Pois ambos matam com a mesma intensidade. O papa e a Igreja são movidos pela mesma convicção, numa postura de coerência, principalmente agora que ele declarou a pena de morte inaceitável em qualquer situação.
2- É preciso identificar candidatos/as que priorizem três áreas de atuação de forma clara e inequívoca e apresentem propostas concretas para a educação, a saúde e o emprego. Uma das graves causas da situação difícil de nosso País são os baixos níveis de qualidade na educação, no cuidado da saúde e na geração de empregos. Um povo educado com qualidade e consciência crítica, com boa saúde universalizada e pleno emprego consegue dar passos largos na construção dos seus destinos.
3- É preciso identificar candidatos/as que tenham compromisso sério com o meio ambiente, numa expressão do cuidado com a Casa Comum e neste contexto seja inserido o compromisso de respeito e forte defesa dos povos tradicionais, comunidades indígenas, ribeirinhas, negras e outras.
4- É preciso identificar candidatos/as que promovam a paz e a dignidade humana; trabalhem contra toda violência; restaurem a confiança e a democracia, aperfeiçoando-a com a participação popular; comprometam-se com as reformas necessárias de forma justa, sem supressão de direitos do povo trabalhador e dos segmentos excluídos da sociedade; colaborem com a necessária reforma do Judiciário e do Ministério Público do País, que a cada dia se mostram como “castas” superiores e corporativistas.
5- Ainda, é preciso identificar candidatos/as que respeitem a laicidade do Estado e cuidem da pacífica convivência entre as várias culturas e religiões, as regionalidades e as tradições, com espírito fraterno de tolerância e justiça. Fonte: http://www.cnbb.org.br
RIO DE JANEIRO: Campanha começa hoje com debate na Band
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Oito dos 12 candidatos ao governo estarão no encontro, a partir das 22h
O primeiro debate na televisão entre candidatos ao governo do Rio de Janeiro será transmitido pela Band, hoje, data que, oficialmente, dá início às campanhas. A atração vai ao ar às 22h. Anthony Garotinho (PRP), o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), o deputado federal Índio da Costa (PSD), a filósofa Márcia Tiburi (PT), o deputado estadual Pedro Fernandes (PDT), o senador Romário (PODEMOS), o vereador Tarcísio Motta (PSOL) e o juiz federal Wilson José Witzel (PSC), chegarão aos estúdios da emissora, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a partir das 20h30. A previsão de duração do debate é de duas horas e meia.
Participam candidatos cujas coligações somam pelo menos cinco representantes no Congresso, como prevê a legislação eleitoral. Assim, ficaram de fora Marcelo Trindade (Partido Novo), Dayse Oliveira (PSTU), André Monteiro (PRTB) e Luiz Eugênio Honorato (PCO). No mesmo horário do debate da TV, Marcelo Trindade exibirá, ao vivo, nas suas redes sociais, uma entrevista que concederá ao jornalista Sidney Rezende. Fonte: http://www.jb.com.br
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