Advogado que estava no mesmo voo de Míriam Leitão diz que ela mente em vários pontos de seu texto
- Detalhes
O coordenador da setorial de Direitos Humanos do PT, Rodrigo Mondego, afirma que ninguém dirigiu a palavra diretamente à jornalista, que cantos na decolagem e aterrissagem foram apenas contra a Rede Globo
Por Redação
Em entrevista exclusiva à Fórum, Rodrigo Mondego, coordenador da Setorial de Direitos Humanos do PT, refuta como mentirosas afirmações feitas pela jornalista Míriam Leitão, que publicou coluna no jornal O Globo em que diz ter sofrido agressões verbais durante voo no sábado, 3 de junho, por parte de militantes do PT.
Rodrigo, apesar de não ser delegado da convenção do partido, voltou no mesmo voo com destino ao Rio de Janeiro. Segundo ele, Míriam Leitão foi reconhecida na fila de embarque, e parte dos militantes ficou “ouriçada” por ela ser uma das principais críticas ao partido, “que participou desse massacre midiático de mais de uma década contra o PT, com verdade e inverdades”, afirma.
Nessa hora, por ser advogado, conversou com as pessoas e falou para não dirigirem a palavra diretamente a ela. “Fazer manifestação contra a Globo é legítimo, é um direito constitucional, mas em nenhum momento dirija a palavra diretamente para a Míriam, porque ela vai querer, com certeza, criminalizar como uma injúria ou algo do tipo”, aconselhou.
Diz que assim que embarcaram, mesmo antes de os militantes cantarem, a Polícia Federal entrou o avião. Um policial de terno foi até a parte de trás da aeronave e questionou quem era o líder? Quem estava fazendo aquilo? A resposta foi que não havia líder, ali todo mundo era dirigente do partido. “E a gente não está fazendo nada. Quando a Polícia Federal saiu e o piloto decidiu decolar, o pessoal começou a gritar “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”, a “verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”, e cânticos do tipo.”
Ele relata que o voo não foi tranquilo, com algumas pessoas sentindo mal-estar pelas manobras do piloto. Assim que o avião estava descendo no Santos Dumont, novamente voltaram a gritar: “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo.” “Golpistas não passarão, fascistas não passarão.” Mas, segundo ele, um grito aberto, nunca olhando ou focando em Míriam Leitão.
Sobre a afirmação da jornalista em o Globo, que diz ter sido xingada por 2 horas, Mondego diz que é mentira. “As pessoas gritaram quando o avião estava subindo e quando estava descendo contra a Globo. Fora isso, ficaram fazendo brincadeiras entre si, num grupo de amigos. Sem contar que metade dos delegados eram mulheres, que discutiram sobre violência à mulher no congresso do partido, e nunca permitiriam um ataque machista, de conotação sexista”, diz.
Outra afirmação que o advogado afirma ser mentira de Míriam é que as pessoas ficavam empurrando a cadeira dela no voo. “Mentira, até porque ela estava perto do pessoal que era mais velho do partido, no meio do avião. Ela mente. Se isso não foi algo armado para ela se vitimizar, e mais uma vez atacar os militantes do PT, é muito estranho. Inclusive tem fotos dos comissários filmando tudo e não tem nenhuma filmagem até agora que comprove esses ataques absurdos que ela diz ter sofrido”, conclui.
O ódio a bordo
- Detalhes
POR MÍRIAM LEITÃO
Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo.
Sábado, 3 de junho, o voo 6237 da Avianca, das19h05, de Brasília para o Santos Dumont, estava no horário. O Congresso do PT em Brasília havia acabado naquela tarde e por isso eles estavam ainda vestidos com camisetas do encontro. Eu tinha ido a Brasília gravar o programa da Globonews.
Antes de chegar ao portão, fui comprar água e ouvi gritos do outro lado. Olhei instintivamente e vi que um grupo me dirigia ofensas. O barulho parou em seguida, e achei que embarcariam em outro voo.
Fui uma das primeiras a entrar no avião e me sentei na 15C. Logo depois eles entraram e começaram as hostilidades antes mesmo de sentarem. Por coincidência, estavam todos, talvez uns 20, em cadeiras próximas de mim. Alguns à minha frente, outros do lado, outros atrás. Alguns mais silenciosos me dirigiram olhares de ódio ou risos debochados, outros lançavam ofensas.
— Terrorista, terrorista — gritaram alguns.
Pensei na ironia. Foi “terrorista” a palavra com que fui recebida em um quartel do Exército, aos 19 anos, durante minha prisão na ditadura. Tantas décadas depois, em plena democracia, a mesma palavra era lançada contra mim.
Uma comissária, a única mulher na tripulação, veio, abaixou-se e falou:
— O comandante te convida a sentar na frente.
— Diga ao comandante que eu comprei a 15C e é aqui que eu vou ficar — respondi.
O avião já estava atrasado àquela altura. Os gritos, slogans, cantorias continuavam, diante de uma tripulação inerte, que nada fazia para restabelecer a ordem a bordo em respeito aos passageiros. Os petistas pareciam estar numa manifestação. Minutos depois, a aeromoça voltou:
— A Polícia Federal está mandando você ir para frente. Disse que se a senhora não for o avião não sai.
— Diga à Polícia Federal que enfrentei a ditadura. Não tenho medo. De nada.
Não vi ninguém da Polícia Federal. Se esteve lá, ficou na porta do avião e não andou pelo corredor, não chegou até a minha cadeira.
Durante todo o voo, os delegados do PT me ofenderam, mostrando uma visão totalmente distorcida do meu trabalho. Certamente não o acompanham. Não sou inimiga do partido, não torci pela crise, alertei que ela ocorreria pelos erros que estavam sendo cometidos. Quando os governos do PT acertaram, fiz avaliações positivas e há vários registros disso.
Durante o voo foram muitas as ofensas, e, nos momentos de maior tensão, alguns levantavam o celular esperando a reação que eu não tive. Houve um gesto de tão baixo nível que prefiro nem relatar aqui. Calculavam que eu perderia o autocontrole. Não filmei porque isso seria visto como provocação. Permaneci em silêncio. Alguns, ao andarem no corredor, empurravam minha cadeira, entre outras grosserias. Ameaçaram atacar fisicamente a emissora, mostrando desconhecimento histórico mínimo: “quando eles mataram Getúlio o povo foi lá e quebrou a Globo”, berrou um deles. Ela foi fundada onze anos depois do suicídio de Vargas.
O piloto nada disse ou fez para restabelecer a paz a bordo. Nem mesmo um pedido de silêncio pelo serviço de som. Ele é a autoridade dentro do avião, mas não a exerceu. A viagem transcorreu em clima de comício, e, em meio a refrões, pousamos no Santos Dumont. A Avianca não me deu — nem aos demais passageiros — qualquer explicação sobre sua inusitada leniência e flagrante desrespeito às regras de segurança em voo. Alguns dos delegados do PT estavam bem exaltados. Quando me levantei, um deles, no corredor, me apontou o dedo xingando em altos brados. Passei entre eles no saguão do aeroporto debaixo do coro ofensivo.
Não acho que o PT é isso, mas repito que os protagonistas desse ataque de ódio eram profissionais do partido. Lula citou, mais de uma vez, meu nome em comícios ou reuniões partidárias. Como fez nesse último fim de semana. É um erro. Não devo ser alvo do partido, nem do seu líder. Sou apenas uma jornalista e continuarei fazendo meu trabalho. Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com
Nota Oficial sobre a coluna da jornalista Miriam Leitão
- Detalhes
Presidenta do PT Gleisi Hoffmann orienta militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir pessoas por suas posições políticas, ideológicas ou por outro motivo
O Partido dos Trabalhadores lamenta o constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro no último dia 3 de junho, conforme relatado por ela em sua coluna de hoje. Orientamos nossa militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo, como confundi-las com as empresas para as quais trabalhem.
Entendemos que esse comportamento não agrega nada ao debate democrático. Destacamos ainda que muitos integrantes do Partido dos Trabalhadores, inclusive esta senadora, já foram vítimas de semelhante agressão dentro de aviões, aeroportos e em outros locais públicos.
Não podemos, entretanto, deixar de ressaltar que a Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil, e em nada tem contribuído para amenizar esse clima do qual é partícipe. O PT não fará com a Globo o que a Globo faz com o PT. Fonte: http://www.pt.org.br
POLÍTICA: Planalto teme que votos de Fux e Rosa no TSE influenciem STF
- Detalhes
Apesar da decisão do Tribunal Superior Eleitoral de rejeitar a cassação da chapa Dilma-Temer por 4 a 3, o Palácio do Planalto teme que os votos de Luiz Fux e Rosa Weber, a favor da cassação, influenciem o ambiente no Supremo se a Procuradoria Geral da República oferecer denúncia contra Temer.
Por isso, a estratégia do governo é "liquidar a fatura" no ambiente político, habitat natural de Temer, e não deixar que uma eventual denúncia de Rodrigo Janot seja submetida ao plenário do STF.
O STF só analisará uma eventual denúncia se a Câmara autorizar. O processo é o seguinte: se a PGR denunciar o presidente, uma comissão especial da Câmara e, depois, o plenário, terão de analisar a denúncia, que só irá para o Supremo se menos de 172 deputados votarem contra o andamento do processo. Durante esta semana, o presidente vai seguir na ofensiva para garantir votos na Câmara com o objetivo de barrar a eventual denúncia e, assim, evitar uma nova batalha jurídica - desta vez com ministros do STF.
A avaliação no Planalto é que, diferentemente da Corte eleitoral, não é possível traçar estratégias para garantir vitória e prever resultados no Supremo. Nas contas do governo, hoje, os ministros simpatizantes ao Planalto são Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, ex-ministro da Justiça de Temer.
Como Luiz Fux e Rosa Weber são vistos como ministros com votos contrários a Temer no caso de uma eventual denúncia, os demais integrantes do Supremo são vistos como incógnitas por auxiliares do presidente.
Isso porque, nas palavras de um interlocutor de Temer, existe no STF uma "maioria silenciosa". Fonte: http://g1.globo.com
JULGAMENTO DA CHAPA DILMA-TEMER: Nunes Maia compara Gilmar Mendes a Pilatos: 'respeito intelectual'
- Detalhes
Durante a leitura de seu voto, o ministro Napoleão Nunes Maia comparou o presidente do TSE, Gilmar Mendes, a Pôncio Pilatos, governador romano que decidiu pela crucificação de Jesus Cristo. Ele criticava que Pilatos ouviu a voz do povo ao decidir sobre o destino de Jesus.
— O que Pôncio Pilatos fez foi democratizar sua decisão. Ouvir a vox populi. Deu no que deu. Passou à História como um homem covarde, um juiz sem estrutura mental para enfrentar a turba — disse.
Na sequência, Nunes Maia descreveu Pilatos:
— Pilatos era um homem muito rico, bonito, general, casado com a sobrinha do imperador Tibério. Era poliglota e diplomata. Conversou com Jesus na língua nativa do mestre. Homem ilustrado para aquela época. Se você me permitir, professor Gilmar, vou dizer que Pôncio Pilatos tinha em seu tempo o respeito intelectual, a cultura, a profeciência e a admiração que tem Vossa Excelência hoje no Brasil — afirmou. Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com
Rede diz que há 'hipótese robusta' de Joaquim Barbosa se candidatar ao lado de Marina em 2018
- Detalhes
Segundo membros do partido ouvidos pela BBC Brasil, a principal hipótese é que ele concorra como vice da ex-senadora Marina Silva. Mas o cenário com Barbosa para presidente também é avaliado.
BBC BRASIL.com
Há uma "hipótese robusta" de que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa companha uma chapa com Marina Silva em 2018, de acordo com políticos e assessores da Rede.
Segundo membros do partido ouvidos pela BBC Brasil, a principal hipótese é que ele concorra como vice da ex-senadora Marina Silva. Mas o cenário com Barbosa para presidente também é avaliado.
A aproximação entre Marina e Barbosa ficou explícita dentro da Rede após uma longa conversa que os dois tiveram ao telefone na última terça-feira.
Políticos e pessoas ligadas à cúpula do partido afirmaram à reportagem que, desde então, Marina teceu diversos elogios a Barbosa. "Ele é muito gentil, um excelente político", teria afirmado. Depois da ligação, Marina e Barbosa teriam se falado outras vezes.
O senador Randolfe Rodrigues, também da Rede, estaria mantendo conversas indiretas com Barbosa e também o veria como um bom nome para a chapa ao lado de Marina, de acordo com pessoas próximas ao senador.
Em grupos de Whatsapp da Rede, o nome de Barbosa já é colocado como se fosse certo na chapa para a presidência de 2018. A maior dúvida entre os membros do partido é se ele encabeçará a campanha ou se será o vice de Marina.
Aproximação
O partido não confirma oficialmente a candidatura de Barbosa nem sua filiação. Mas o ex-ministro já deu deu diversos sinais de aproximação e intimidade com a Rede. Internamente, seu nome é visto como "excelente".
"Ele (Barbosa) já foi convidado mais de uma vez para se filiar ao partido, demonstrou simpatia, mas não sinalizou. Ele mostra simpatia pela ideia, mas ainda não houve acerto", disse um membro da Rede à BBC Brasil.
Nesta manhã, o ex-ministro acompanhou o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do processo que pode cassar o presidente Michel Temer. Sua presença causou certa surpresa. Justamente nesta quinta o processo entra na sua fase mais importante.
Barbosa sentou-se na primeira fileira. Entre as pessoas que o acompanhavam estava Zé Gustavo - porta-voz nacional Rede. O deputado federal Alessandon Molon (Rede-RJ), que acompanha o julgamento desde seu início, há dois dias, também estava no TSE.
Em entrevista à BBC Brasil, Gustavo não confirmou que há conversas entre o partido e Barbosa, mas que Marina tem hábito de conversar com ele para entender o cenário político. "Ele daria uma grande contribuição ao país", disse.
Na quarta-feira, Joaquim Barbosa defendeu eleições diretas no caso de uma eventual cassação de Michel Temer e não descartou sua possível candidatura. "Eu sou cidadão brasileiro, cidadão pleno, há três anos livre das amarras de cargos públicos. Portanto, a decisão de me candidatar ou não está na minha esfera de deliberação", afirmou. Fonte: www.terra.com.br
POLÍTICA: Temer dá como certa vitória no TSE e se prepara para barrar impeachment
- Detalhes
Convencido de que o presidente será absolvido pela corte, ministros dele já estudam dar demonstração de força no Congresso para enterrar de vez qualquer possibilidade de investigação contra o peemedebista.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bérgamo, o governo de Michel Temer já se prepara para o dia seguinte à votação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Convencido de que o presidente será absolvido pela corte, ministros dele já estudam dar demonstração de força no Congresso para enterrar de vez qualquer possibilidade de investigação contra o peemedebista.
“A primeira providência seria derrotar Rodrigo Janot no parlamento. O procurador-geral da República deve oferecer denúncia contra Temer. Mas, para que ela siga adiante, é preciso autorização do Congresso. O governo acredita que derruba a iniciativa com cerca de 250 votos.
Depois dessa segunda eventual vitória, o governo partiria para a terceira, e que considera a última: a votação de recurso de algum deputado de oposição pedindo que as propostas de impeachment contra Temer tramitem na casa. A bancada governista derrotaria a ideia no voto, evitando que novos pedidos voltassem a tramitar, ao menos no médio prazo.
Superada essa terceira, digamos, batalha, Temer falaria à nação. E pediria trégua para se dedicar exclusivamente a governar”. Como diria o saudoso craque Garrincha, cujos restos mortais sumiram do cemitério, falta combinar com os russos.
*Com informações da coluna de Mônica Bérgamo
NESTA QUINTA, 8: Base de Temer tentou apressar tramitação e teve de recuar.
- Detalhes
Rolo compressor continua para tentar entregar a reforma até o final de junho
O relator da reforma trabalhista, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), tentou ler hoje na Comissão de Assuntos Sociais, CAS, do Senado o texto da reforma que retira direitos dos trabalhadores. A estratégia é passar o rolo compressor e aprovar diversas medidas neste mês de junho, antes que o governo Temer caia. O relatório foi aprovado na última terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos e precisa passar ainda pela CAS e pela Comissão de Constituição e Justiça, CCJ, antes de ir a plenário.
A oposição alegou que a atividade de hoje não poderia acontecer porque não fora colocada na pauta da comissão dois dias antes, como manda o regimento interno Foi feito acordo como líder do governo, Romero Jucá, para que ficasse para a próxima semana. A intenção de Jucá e dos governistas é votar nas comissões até o dia 28 para que chegue a plenário antes do recesso parlamentar de julho.
Sem emendas – A pressa para aprovar a reforma de qualquer jeito levou relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e a base do governo a recusar mais de mais de 400 destaques e emendas já apresentados na primeira votação. Querem aprovar o texto original da Câmara dos Deputados para que não tenha de voltar a ser analisado na outra casa legislativa. Fonte: http://www.revistaforum.com.br
Dória se destruiu na Cracolândia
- Detalhes
"Para a atual gestão municipal de São Paulo, dignidade humana, garantia de direitos, exercício de cidadania, parecem ser conceitos relativos, não aplicáveis a 'pessoas diferenciadas'”, escreve Chico D’Angelo, médico e deputado federal (PT-RJ), em artigo publicado por CartaCapital, 30-05-2017.
Eis o artigo.
O circo de horrores no qual a administração municipal transformou a cidade de São Paulo precisa ser entendido em um contexto abrangente e avaliado em toda a magnitude de sua gravidade. Aos fatos, a ação do prefeito João Dória (PSDB) foi uma trapalhada levada a cabo: ao invés de descentralizar a Virada Cultural e acabar com a cracolândia, a prefeitura produziu exatamente o efeito oposto, distribuindo os consumidores de crack em 23 novas áreas da cidade. O reconhecimento da intervenção desastrosa é correto, mas não basta.
É preciso ter clareza de que a truculência e a selvageria do episódio não se referem apenas a uma questão pontual, não expressam apenas o despreparo e a irresponsabilidade de uma gestão midiática, ávida por uma notoriedade vazia, que utiliza como método de avaliação de suas ações o número de curtidas, retuitadas, compartilhamentos e comentários positivos em suas redes sociais.
Os eventos ocorridos a partir de 21 de maio na capital paulista são episódios emblemáticos do modo como certa parcela da classe dominante brasileira – e sua representação política – julga adequado abordar a vida de “pessoas diferenciadas” (segundo expressão usada por certa moradora da área de Higienópolis, em outra ocasião).
A reedição pirotécnica do método “prendo e arrebento” - com a demolição de um imóvel ainda ocupado, a retirada forçada de pessoas que sofrem de dependência de drogas, a ameaça de internação compulsória, entre outras iniciativas – expressa o total desprezo pela dignidade humana, e já influiu nas exonerações das duas secretárias municipais ligadas à área social e nas reações enérgicas do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Também provocou o repúdio e a condenação de especialistas de saúde pública e de grande parte da sociedade civil, como expresso na “Carta Rio em repúdio às ações de violência contra as pessoas que habitam a Cracolândia e em defesa do programa De Braços Abertos”, subscrita por trabalhadores, gestores, pesquisadores e militantes em defesa da vida.
Em consenso com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera inadequada e ineficaz a adoção da internação compulsória como estratégia central, o Brasil priorizou a implantação de serviços comunitários para o tratamento da dependência de drogas, possibilitando a expansão da rede de atendimento e do acesso ao tratamento, inseridos em um contexto de direitos humanos e respeito à dignidade do paciente.
Mas, para a atual gestão municipal de São Paulo, dignidade humana, garantia de direitos, exercício de cidadania, parecem ser conceitos relativos, não aplicáveis a “pessoas diferenciadas”.
Na história da humanidade, o nascimento da era moderna teve amparo em alguns conceitos fundamentais, entre eles, o humanismo, a aceitação da centralidade do ser humano. A ideia de modernidade só faz sentido baseada no entendimento da vida humana como realidade radical, sobre a qual as demais se inserem.
Entre nós, a busca pela "modernidade", iniciada na aventura collorida, sempre teve por base a concessão de privilégio quase absoluto ao capital especulativo. Hoje, no âmbito do governo federal, o ataque à cracolândia se expressa no teto dos gastos sociais e nas reformas trabalhista e previdenciária, entre outras iniciativas. Ao contrário do que ilusoriamente propõem, os algozes do povo brasileiro jamais serão modernos. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Após recusar-se a visitar Temer, Papa manda presente a Lula
- Detalhes
Um emissário de confiança do Papa Francisco esteve no Brasil para discutir a atuação de movimentos sociais e trouxe na bagagem um presente do pontífice para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: uma cópia da encíclica "Laudato Si", em que o papa critica o consumismo e desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à mudança e à unificação global das ações para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas. Fonte: Facebook
O RIO PELAS DIRETAS JÁ
- Detalhes
CUT integra ato pelas Diretas Já no Rio neste domingo (28)
- Detalhes
Queremos exercer nosso direito de votar e escolher o sucessor do ilegítimo e nefasto Temer e o apoio dos artistas ajuda no diálogo com toda a sociedade, aponta Vagner
O presidente da CUT, Vagner Freitas, e o coordenador da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos, participarão do ato Rio de Janeiro Pelas Diretas Já, que será realizado neste domingo, dia 28, na Praia de Copacabana.
O ato por eleições diretas para escolha do sucessor de Temer, acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de pelo menos três crimes (organização criminosa, corrupção passiva e obstrução de Justiça), está sendo organizado pelas frentes Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular.
As falas políticas começam por volta das 11h. Depois, os artistas que cantarão pelas Diretas Já assumirão o palco. Entre eles, Caetano Veloso, Mano Brown, Teresa Cristina, Crioulo, Mart´Nália e Cordão da Bola Preta.
Para os representantes das frentes, que Temer não se sustenta mais na presidência é um fato indiscutível. Portanto, aos movimentos sociais e sindical cabe lutar e definir estratégias para escolher o melhor caminho para o futuro do país. Esse caminho passa, necessariamente, por eleições diretas, via escolha do novo presidente pelo voto popular.
“O Congresso Nacional eleito em 2014 já mostrou a que veio. É de maioria reacionária que se alia a grandes companhias nacionais e internacionais para retirar direitos sociais e trabalhistas, vender nosso patrimônio, nossas terras e aumentar ainda mais os lucros dos empresários”, diz o presidente da CUT.
Para Boulos, “só um amplo movimento por Diretas Já pode derrotar o projeto de Temer de garantir uma agenda comprometida com a maioria do povo brasileiro”
E quando a CUT, as demais centrais e os movimentos sociais, como MST, MTST, UNE e CMP, protagonizam a luta pelas Diretas Já, estão sinalizando que é preciso escolher um presidente comprometido com os interesses da classe trabalhadora e dos brasileiros mais pobres, pontua Vagner, que acrescenta: “a maioria dos deputados e senadores é de bancadas ligadas ao empresariado. Se a decisão ficar nas mãos deles, vão escolher um parlamentar subordinado aos interesses dos empresários”.
Tanto Vagner quanto Boulos ressaltam a importância da presença dos artistas nos atos pelas diretas já. Para Boulos, “a presença dos artistas no ato Rio de Janeiro Pelas Diretas Já mostra que é um movimento muito além dos partidos e dos movimentos social organizado. É um movimento que representa 85% do povo brasileiro que quer uma saída democrática para o país”.
“Queremos exercer nosso direito de votar e escolher o sucessor do ilegítimo e nefasto Temer e o apoio dos artistas ajuda no diálogo com toda a sociedade, diz Vagner, que completa: São trabalhadores, militantes e artistas populares lutando por um Brasil mais justo e solidário”.
ATENÇÃO: Às 10h tem uma concentração CUTISTA em frente ao hotel Copacabana Palace. A CUT chegará no ato com um grande bloco vermelho.
Serviço:
Data – 28/05
Local – Orla da Praia de Copacabana
Posto 5, entre as ruas Siqueira Campos e Figueiredo Magalhães
Horário – 11h. Fonte: http://cut.org.br/noticias
Rio terá debate entre artistas 'coxinhas' e 'mortadelas'
- Detalhes
Coxinhas x mortadelas
Quarta agora, no Rio, haverá uma reunião de artistas, organizada por Tico Santa Cruz, da banda Detonautas. A ideia é um debate franco entre “coxinhas” (antipetistas) e “mortadelas” (simpatizantes do PT e de outras siglas de esquerda) sobre a atual crise política. Os “coxinhas” terão, entre outros, Marcelo Serrado e Márcio Garcia. E os “mortadelas”, Wagner Moura e Leticia Sabatella. Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com
O RIO PELAS DIRETAS JÁ: Convocação.
- Detalhes
“Meu show é um ato político”, diz Elza Soares a fã que pediu para que não falasse de política
- Detalhes
A cantora já havia relatado no Twitter que um dos contratantes da sua turnê mundial pediu para que ela não abordasse temas políticos no show. “Honey, o show é meu”, havia respondido. Agora, Elza rebateu o pedido de um fã: “Sugiro que ouça o disco”
A cantora Elza Soares iniciou, nesta semana, a divulgação da turnê mundial de seu mais recente álbum, “A Mulher do Fim do Mundo”. Em meio às postagens nas redes sociais divulgando os shows, um fã pediu para que Elza não falasse de política nas apresentações.
“Mas não vai comportar falar em política num show que deve ser muito bonito, não é? Vou aguardar você em Recife , apesar de você ter vindo várias vezes aqui não tive oportunidade de assistir esses shows”, escreveu o internauta em postagem da cantora da última quarta-feira (24).
A resposta de Elza foi enfática. “Eu não falo sobre política. Meu show é um ato político. Falo da fome, do negro, do racismo, da homofobia, da transfobia, da falta de água e da miséria. A música é um meio de comunicação, amada. Sinto muito se não te contaram ainda. Sugiro que ouça o disco”.
No mesmo dia, mais cedo, Elza já havia abordado o assunto em outra rede social. No Twitter, a cantora relatou que algum dos contratantes da turnê fez o mesmo pedido.
Donos da mídia nos grampos da PF
- Detalhes
Proprietários de veículos de comunicação e executivos teriam sido gravados em conversas nada republicanas com pessoas envolvidas em esquemas de corrupção.
Alguns desses áudios já estariam circulando em grupos de policiais federais. Talvez isso explique a radicalidade com que alguns jornais, rádios e emissoras de TV saíram em defesa de Temer, rachando o consenso midiático anterior.
Seguramente a Globo conhece esse segredo de polichinelo. Sendo assim o MP também. Não foi por Reinaldo Azevedo que Fachin decidiu retornar o sigilo das gravações. É o que garante uma fonte muito bem informada deste blog.
Talvez isso explique a radicalidade com que alguns jornais, rádios e emissoras de TV saíram em defesa de Temer, rachando o consenso midiático anterior.
Gilmar Mendes defende que homologação de delação da JBS seja levada a plenário no STF
- Detalhes
Ministro afirma não caber apenas ao relator decidir nesse tipo de caso
BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes defendeu nesta sexta-feira que a homologação das delações dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, seja submetida ao plenário. Gilmar ressaltou que a lei determina caber ao juiz a homologação, mas que em caso de tribunais colegiados isso deveria ser submetido aos demais ministros.
- Eu tenho a impressão de que nós vamos ter que discutir esse tema da homologação. Eu já tinha discutido com o ministro Teori (Zavascki) no sentido de que essa matéria fosse discutida pela turma. Porque o que a lei diz? Que o juiz é quem homologa, mas o juiz aqui não é o relator. Quando se trata de tribunal, é o próprio órgão. Ele pode até fazer a homologação prévia, mas sujeita a referendo - disse antes de completar.
- A mim me parece que nesse caso, como envolve o presidente da República, certamente vamos ter que discutir o tema no próprio plenário. O caso do Sérgio Machado já tinha provocado muita especulação e nessa época nós discutimos essa temática com essa perspectiva - disse Gilmar Mendes, após participar de uma audiência pública no STF sobre banco nacional de DNA forense.
A delação dos donos da JBS tem provocado polêmicas porque eles conseguiram direito a imunidade e autorização para morar nos Estados Unidos. Houve ainda questionamento sobre o valor da multa aplicada. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já escreveu artigos defendendo o teor do acordo celebrado.
PRISÃO EM 2ª INSTÂNCIA
Gilmar voltou a defender que a Corte possa rever o entendimento que permitiu as prisões a partir da segunda instância, conforme O GLOBO publicou na edição desta sexta-feira. Ele destacou que recebeu argumentos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro de que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acaba muitas vezes por rever decisões tomadas em segunda instância e disse entender que pode ser debatida a possibilidade de fixar a execução a partir de decisões do STJ. Fonte: https://oglobo.globo.com
Pág. 501 de 667