Aluno atira em porta de escola, em MG, após ser alvo de boatos por colegas
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Jovem de 20 anos deu tiros para o alto na porta da instituição e disse à polícia que queria assustar dois colegas. Arma do crime não foi encontrada
Ainda sob efeito da tensão que se espalhou pelo país com o ataque a tiros que terminou com 10 mortos em uma escola em Suzano, em São Paulo, alunos, funcionários e vizinhos de uma escola estadual de Nova Lima, na Grande BH, levaram um susto no início da noite dessa quinta-feira. Um estudante de 20 anos atirou para o alto na porta da instituição. Detido pela Polícia Militar (PM), ele disse que fez isso porque colegas estavam espalhando boatos sobre a sexualidade dele.
O crime ocorreu por volta das 18h40 em uma escola que fica no Bairro Bonfim. A PM foi acionada via 190. Chegando ao local, populares fizeram a descrição do autor dos disparos, que usava uma camisa de cor vinho.
Os policiais fizeram um rastreamento e localizaram o suspeito, que usava o uniforme da escola. No entanto, ao revistarem a mochila dele, eles encontraram a camisa vinho mencionada pelas testemunhas.
De acordo com a PM, ele acabou assumindo ser o responsável pelos tiros, que tinham como objetivo assustar dois alunos. Na versão dele, os colegas estavam comentando que ele mantinha relações sexuais com outro homem e que, em troca disso, usufruía dos bens dele.
O estudante disse que jogou a arma perto da casa dele, mas ela não foi encontrada pelos policiais no local indicado. Durante a confecção do boletim de ocorrência, um rapaz de 20 anos compareceu ao batalhão da PM para mostrar a troca de mensagens em um aplicativo em que o autor preso combinava com ele de se encontrar na porta da escola para “resolver as diferenças”. Ainda segundo a PM, o atirador parecia muito preocupado com o celular dele, o que fez os policiais suspeitarem que o aparelho armazenava algum arquivo que poderia comprometê-lo judicialmente. O jovem detido foi levado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan) 3.
O Estado de Minas entrou em contato com a Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Educação para mais detalhes sobre o caso e aguarda resposta. Fonte: www.correiobraziliense.com.br
Ataques contra mesquitas deixam 49 mortos na Nova Zelândia
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Testemunhas descreveram cenas caóticas e corpos ensanguentados. Crianças e mulheres estão entre as vítimas fatais
Ao menos 49 pessoas morreram em ataques, nesta sexta-feira (15/3), contra duas mesquitas da cidade neozelandesa de Christchurch e, segundo as autoridades locais, um dos autores foi identificado como um extremista australiano. Os ataques na cidade da Ilha Sul também deixaram 20 pessoas gravemente feridas, informou a primeira-ministra Jacinda Ardern.
Ao citar um dos "dias mais obscuros" do país, ela denunciou uma violência "sem precedentes". Testemunhas descreveram cenas caóticas e corpos ensanguentados. Crianças e mulheres estão entre as vítimas fatais.
A polícia fez um apelo para que as pessoas não compartilhem nas redes sociais "imagens extremamente insuportáveis", depois que foi divulgado na internet um vídeo feito por um homem branco no momento em que atirava contra os fiéis em uma mesquita.
"Está claro que isto só pode ser descrito como um ataque terrorista. Pelo que sabemos parece que estava bem planejado", disse Ardern. "Foram encontrados dois artefatos explosivos em veículos suspeitos e foram desativados", completou.
O atirador de uma das mesquitas era um cidadão australiano, revelou em Sydney o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison. "É um terrorista extremista de direita, violento", disse.
O número exato de criminosos não foi revelado, mas, de acordo com Ardern, três homens estavam detidos. A polícia afirmou que um homem com pouco menos de 30 anos foi acusado de assassinato. Esta pessoa será apresentada a um tribunal de Christchurch no sábado. A polícia afirmou ainda que não procura outros suspeitos.
As duas mesquitas atacadas são as de Masjid al Noor, no centro de Christchurch, e Linwood. As duas estavam lotadas nesta sexta-feira para a sessão vespertina das orações.
"Corpos por todos os lados"
Um imigrante palestino que pediu para não ser identificado afirmou que viu o momento em que um homem foi atingido por um tiro na cabeça. "Escutei três disparos rápidos e depois de uns 10 segundos tudo começou de novo. Deve ter sido uma arma automática porque ninguém consegue apertar o gatilho tão rapidamente", disse o homem à AFP. "As pessoas começaram a correr, algumas estavam cobertas de sangue".
Outro homem contou à imprensa local que viu o momento em que uma criança foi atingida por tiros. "Havia corpos por todos os lados", declarou.Em uma das mesquitas estava a equipe de críquete de Bangladesh, mas os jogadores conseguiram fugir do local.
"Estão sãos e salvos, mas em estado de choque. Pedimos ao time que permaneça confinado no hotel", afirmou uma fonte da delegação. A partida entre as seleções de Bangladesh e Nova Zelândia foi cancelada.
Diversos vídeos e documentos que circulam na internet, mas que não foram confirmados oficialmente até o momento, indicam que o autor transmitiu o ataque no Facebook Live. Uma equipe da AFP examinou as imagens, que pouco depois foram retiradas dos sites. De acordo com os jornalistas, especialistas em fact check, são autênticas.
Um "manifesto" vinculado às contas desta página do Facebook faz referência à "teoria da substituição", que circula entre a extrema-direita e que fala do desaparecimento dos "povos europeus". As forças de segurança bloquearam o centro da cidade, mas poucas horas depois suspenderam a medida. A polícia pediu aos fiéis que evitem as mesquitas em toda Nova Zelândia.
O município abriu uma linha direta para os pais dos estudantes que participavam em um protesto contra as mudanças climáticas em uma área próxima aos ataques. Todas as escolas da cidade foram fechadas. A polícia pediu a "todos os que estavam presentes no centro de Christchurch que não saiam às ruas e apontem qualquer comportamento suspeito".
Os tiroteios são raros na Nova Zelândia, um país que em 1992 restringiu a legislação que permite acesso às armas semiautomáticas após um massacre de 13 pessoas na cidade de Aramoana, na Ilha Sul.
Qualquer pessoa com mais de 16 anos, no entanto, pode solicitar uma licença para ter acesso a uma arma depois de participar de um curso sobre segurança.
Polícia revela participação de 3º envolvido em massacre de Suzano
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O participante, cujo nome não foi revelado, já foi ouvido pela polícia. Há a hipótese de haver ainda um quarto envolvido
Enviado especial a Suzano (SP) – O delegado-geral de Polícia de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, disse, nesta quinta-feira (14/3), que existe a possibilidade de haver um terceiro adolescente envolvido no planejamento do massacre em Suzano, que teria sido idealizado desde 2018.
A apreensão do adolescente, que seria um ex-colega de classe de Guilherme Taucci Medeiros, de 17 anos, um dos atiradores, já foi pedida pela polícia. O adolescente não foi ao local da tragédia na quarta-feira (13/3), dia do tiroteio. A maior parte das conversas entre o grupo aconteciam pessoalmente, segundo a investigação.
A polícia trabalha com a hipótese de um quarto envolvido. Uma pessoa, ainda não identificada, foi vista no estacionamento onde os atiradores guardaram o carro. “Imagens de fotografia estão sendo analisadas para chegar a identidade”, destacou Ruy.
O delegado disse que, desde o inicio, a intenção dos assassinos era agir com crueldade e que, por isso, eles teriam se organizado com um alto poder de letalidade. “Eles queriam fazer o maior número de vítimas”, comentou, ao dizer que eles se inspiraram, segundo testemunhas, no massacre de Columbine, nos EUA, em abril de 1999.
Sem revelar detalhes das investigações, Ruy comentou o que se sabe até o momento. O delegado disse que aguarda resultados de laudos e análises de materiais apreendidos. “É muito cedo para traçar a dinâmica do crime dentro da escola. É uma presunção dizer que um matou o outro. Temos que aguardar os laudos dos corpos para concluir isso”, afirmou. Fonte: https://www.metropoles.com
Obsessão por game, abandono dos pais e bullying marcaram vida de atirador
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Guilherme Taucci e Luiz Henrique de Castro cresceram na mesma rua e estavam sempre juntos
Fernanda Mena
SÃO PAULO
No cômodo de paredes sem acabamento, o aparelho de televisão que domina o pequeno ambiente exibe os retratos de Guilherme Taucci Monteiro, 17, e de Luiz Henrique de Castro, 25, sobre uma tarja onde se lê: “Assassinos mataram oito em escola de Suzano”.
Diante da tela, Tatiana Taucci, 35, esfrega as mãos, agitada, antes de levá-las ao rosto. “Como é que pode meu filho ser chamado de assassino, meu Deus? Isso é chocante”, lamenta. Segundos depois, ela mesma conclui: “Mas do que é que vão chamar ele se matou toda essa gente na escola?”.
Guilherme e Luiz invadiram a Escola Estadual Professor Raul Brasil, onde estudaram, na manhã desta quarta-feira (13), e abriram fogo contra coordenadora pedagógica, inspetora e alunos, matando sete pessoas e ferindo outras onze.
No caminho até o colégio, Guilherme parou na loja do tio, Jorge Antônio Moraes, irmão de sua mãe, onde já havia trabalhado, e atirou contra ele. O tio morreu no hospital. “Cheguei na escola gritando pelo meu filho, dizendo que tinham machucado ele. Quando me contaram o que tinha acontecido, meu mundo caiu”, diz.
“Perdi meu filho e meu irmão. Não dá nem pra acreditar... Minha vida acabou”, diz ela, sentada na cadeira em que, conta, Guilherme passava as madrugadas jogando no computador.
“Ele tinha internet, TV a cabo, tinha tudo. E o bobão faz isso?”, revolta-se. “Estou com muita raiva, de tudo.”
A família diz nunca ter desconfiado de que Guilherme pudesse ter algum tipo de comportamento violento. “Nosso relacionamento até que não era ruim. Mas a gente quase não conversava”, revela a mãe.
“A única coisa é que ele era pirado nesse bagulho de jogo de computador. Ele ficava paranoico e gritava para a tela: vou te matar, vou te matar!”
Desempregada há dois anos e mãe de outras quatro crianças, duas das quais moram na mesma casa onde Guilherme vivia, Tatiana batalha contra uma dependência química de longa data, que a leva a passar boa parte do tempo nas ruas.
Fruto de um relacionamento breve entre Tatiana e Rogério Machado Monteiro, Guilherme foi criado pelos avós, Benedito Luiz Cardoso e Arlete Taucci, numa casa de tijolo aparente, entulhada de móveis e objetos, no bairro Jardim Imperador.
“O pai e a mãe não estavam muito aí pra ele, sabe?”, diz o avô, antes de ser repreendido pela filha. “Agora a culpa é minha? Culpa é sua, que criou ele”.
Com a morte da avó, quatro meses atrás, Guilherme passou a dar sinais de tristeza permanente. “Acho que ele ficou deprimido”, arrisca a tia.
O quarto de Guilherme fica nos fundos da casa, atravessando a lavanderia onde se acumulam roupas, jornais, latas, baldes, ripas de madeira, bicicletas de criança e uma gaiola com um pequeno pássaro.
Ao sair pela manhã para o atentado, Guilherme deixou no chão, ao lado do beliche onde dormia, uma foto queimada, que a mãe reconheceu como sendo sua com o pai do adolescente.
Do chão, a mãe recolhe uma sacola em que encontra mais de cinco caixas vazias de Bis de chocolate branco. “Ele tinha problemas de acne. Também, comendo chocolate desse jeito”, diz ela, como se falasse consigo mesma.
Segundo Tatiana, Guilherme abandonou a escola no ano passado, a um ano de concluir o ensino médio, porque dizia não aguentar mais ser “zoado por causa das espinhas do rosto”.
O avô pagou um tratamento para o neto, e sua pele “melhorou muito”. “Ontem mesmo, quando ele chegou da rua de noite, eu esquentei o jantar pra ele. Estava tudo bem”, lembra o avô, com a voz embargada. Guilherme comeu arroz, feijão e hambúrguer. “Ele adorava hambúrguer.”
Na mesma calçada da casa do adolescente, poucos metros depois, vivia Luiz Henrique, com os pais e irmãos. Eles moravam nos fundos da casa do avô, uma construção térrea de pintura alegre e jardim cuidado.
Luiz Henrique havia acabado de começar a trabalhar com o pai, que atua no ramo da jardinagem.
O avô, de 85 anos, teve de ser sedado quando soube que o neto havia protagonizado um massacre. “Ninguém consegue acreditar”, comentou um amigo da família, que preferiu não se identificar.
Guilherme e Luiz se conheceram na infância e, desde então, andavam sempre juntos.
“Eram meninos normais. Falavam bom dia, boa tarde, boa noite. Não usavam drogas”, conta o motorista Cássio Nogueira, 39, vizinho que os viu crescer. “Nunca percebi nenhum traço que indicasse que esse tipo de comportamento poderia ocorrer. Estamos todos ainda em choque.”
Os programas da dupla dos últimos tempos eram passeios pelo shopping e visitas regulares à LAN house do bairro, onde costumavam jogar video-games de tiros.
“Por aqui passam cerca de cem pessoas por dia, e quase todos jogam games de tiros. Se isso determinasse alguma coisa, todas essas pessoas seriam assassinas”, pondera Tatiane Motta, 27, que trabalhou até mês passado como atendente da LAN house frequentada pela dupla.
Ela conta que Guilherme e Luiz jogavam videogames no espaço ao menos três vezes por semana. Eram conhecidos por serem fechados, seletivos e xingarem muito e em voz alta durante as partidas.
Um dia, a atendente percebeu um pingente com a suástica nazista no pescoço de um deles. “Levei um susto”, diz. Os clientes passaram a ser vistos com cautela.
A mãe e o avô de Guilherme dizem nunca terem visto o menino ostentar esse tipo de símbolo.
A tia e vizinha Karina Mendes, 27, diz que está com medo de represálias. “A gente entra nas redes sociais e só vê gente xingando eles e dizendo que a culpa é da família, que temos todos de morrer também”, afirma. “Eu entendo a revolta das pessoas, mas não podemos pagar por aquilo que não fizemos. Estamos todos sofrendo, mas estamos com muito medo também.”
Jovem provoca pânico em MG ao apoiar massacre em Suzano e ameaçar escola
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O rapaz utilizou o Facebook para postar mensagens favoráveis ao ataque no interior de São Paulo. Além disso, ameaçou atacar uma escola do distrito onde mora em Minas Gerais
Moradores de São Pedro do Avaí, distrito de Manhuaçu, na Região da Zona da Mata, ficaram desesperados com uma mensagem postada por um jovem nas redes sociais. Um rapaz de 18 anos utilizou o Facebook pessoal para apoiar o massacre em Suzano, no interior de São Paulo, que deixou 10 pessoas mortas na Escola Estadual Raul Brasil. Além disso, na mensagem, ameaçou cometer um atentado semelhante na Escola Estadual Ana Mendes Pereira Dutra, localizada no distrito. Pessoas que acessaram o perfil do homem acionaram as polícias Civil e Militar e ele acabou preso. No celular dele, foram encontradas conversas com grupos de outros estados que também são favoráveis ao atentado.
O medo e desespero de famílias do distrito começaram na manhã desta quinta-feira. O jovem, J.R, de 18 anos, utilizou as redes sociais para apoiar a chacina no interior de São Paulo. “Foi detectado que ele divulgou e tornou público no Facebook dele uma mensagem em relação aos fatos em São Paulo. Ele se manifestou favorável, apoiando a atitude dos cidadãos que cometeram o delito. Disse, ainda, que a ideia dele era fazer na escola que tem na cidade de São Pedro do Avaí, desprezando o distrito onde foi criado”, afirmou o tenente Cezário José de Araújo.
“Luto é meu p... eu devia ter feito isso na Ana Mendes tmb (sic)mas precisava ter um caminhão de munição para todo mundo que eu odeio lá, enfim, parabéns aos envolvidos”, disse. “To famoso no São Pedro de novo kkkkkkkk. F... esse lugar”, completou. Continua depois da publicidade
Assim que as mensagens foram vistas pelos moradores, várias famílias entraram em pânico. “A população ficou muito temerosa. Pais com medo de levar filhos na escola ligaram para a polícia. Por meio das redes sociais, em grupos de proteção que temos com os moradores, várias mensagens foram recebidas pedindo providência”, disse o tenente.
Os militares deslocaram para o distrito. Quando estavam em um estrada de chão, se depararam com o jovem em uma moto. Ele foi abordado, mas nada de ilícito foi encontrado. Porém, cometia uma infração de trânsito, pois estava pilotando o veículo sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Buscas também foram feitas na casa dele.
“Fomos recebido pelos pais dele, que são pessoas humildes. Ficaram até assustados com tudo. Fizemos uma revista no imóvel, autorizados por eles, e não encontramos nenhuma material ilícito que poderia causar algo futuramente. A Polícia Civil também compareceu e encontrou, no celular do jovem, mensagens dele com pessoas de outros lugares do país que são favoráveis e apoiam este tipo de crime”, explicou o tenente.
O celular foi apreendido pela Polícia Civil que vai periciar o aparelho. O jovem foi encaminhado para a delegacia onde será ouvido ainda hoje por uma delegada da cidade.
AO VIVO- RIO DE JANEIRO. 1 ANOS DEPOIS... MARIELLE FRANCO.
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14 de março-2018/ 14 de março-2019: 1 Ano de impunidade no caso Marielle Franco, Vereadora Assassinada no Rio de Janeiro.
Herói, aluno morto em Suzano voltou à escola para salvar a namorada
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Episódio foi contado por parentes de Douglas Celestino nesta quinta-feira, durante o velório do jovem
Familiares de Douglas Murilo Celestino, de 17 anos, uma das oito vítimas do atentado na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), contaram, nesta quinta-feira (14/3), que o adolescente foi um dos heróis da tragédia, tendo sacrificado a vida para salvar a namorada.
Segundo parentes presentes no velório do jovem disseram ao site G1, Douglas havia conseguido fugir da escola quando o ataque começou, mas retornou ao perceber que a namorada, de 16 anos, não havia saído do colégio.
A adolescente ficou ferida, mas sobreviveu. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Saúde de São Paulo, ela estava na UTI e seu quadro era estável no momento da última atualização desta matéria.
Angústia e dor
Foram quatro horas de angústia e informações desencontradas até que a família de Douglas recebesse a notícia que não queria: o aluno do 3.º ano do ensino médio da Escola Raul Brasil era uma das vítimas do massacre.Douglas foi baleado na cabeça e socorrido ao Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, mas no momento do resgate estava próximo ao RG de outro aluno e foi identificado como José Victor.
Mais ou menos no mesmo horário, por volta das 10 horas, um tio de Douglas, professor em outra escola de Suzano, começava a ser informado pelos alunos de um ataque no colégio próximo. "Não conseguia mais dar aula porque os alunos começaram a receber mensagens, fotos e vídeos", diz Robson Chaves, de 42 anos. "Quando deu 11 horas, minha esposa ligou falando que estava com a mãe do Douglas e ele não atendia o celular."
Aí começou a via-crúcis da família. Primeiro seguiram ao colégio e foram informados que o aluno tinha sido levado ao hospital de Mogi. Chegando lá, como o jovem havia sido identificado como José Victor, a família retornou a Suzano sem uma pista de onde o garoto estava.
Após muitas informações desencontradas, a família tentou novamente contatar o jovem pelo celular. "Só que dessa vez foi uma funcionária do hospital que atendeu o telefone e pediu que a gente fosse para lá."
Segundo os tios do adolescente, Douglas, embora tivesse muitos amigos na escola, havia pedido à família para trocar de colégio. "Estava tendo muitos casos de indisciplina, bagunça, e ele era mais tranquilo, um menino muito dócil", diz o tio.
Evangélico, Douglas, além da escola regular, fazia aulas de informática e de futebol. Ao terminar o ensino médio, no fim deste ano, pretendia tentar Computação em uma universidade. Fã de videogames, costumava ir à casa do amigo Gustavo, de 16 anos, para jogar. O colega escapou por pouco.
"Ele cruzou com um dos atiradores quando estava correndo, pulou o muro para fugir e correu para casa. Só machucou um dedo da mão. Foi um livramento de Deus", conta o pai, o corretor de imóveis José Roberto Santos, de 49 anos. "Ele chegou em casa, me ligou e disse 'Pai, aconteceu uma tragédia, escapei por milagre, mas acho que o (Douglas) Murilo não conseguiu." Os dois eram amigos desde os 5 anos e estudavam na mesma sala. "Ele vivia lá em casa. Meu filho está em choque", diz José Roberto.
Outra vítima, Samuel Melquíades, de 15 anos, se dividia entre a escola, o gosto pelo desenho e a igreja. "Era ele que levava mensagem de esperança aos outros jovens", disse José Silva, tio do rapaz. "Sempre estava nos dias de culto, quartas, sábados e domingos. Era atuante, dinâmico, alegre, incrível", contou o tio José Silva, aposentado de 70 anos.
A família frequenta a Igreja Adventista do Sétimo Dia. "Tínhamos a esperança de que pudesse sobreviver", acrescentou, sobre o rapaz, aluno do 2.º ano do ensino médio do colégio, que havia sido achado vivo na escola. Ele morreu a caminho do hospital. Douglas é velado na igreja Assembleia de Deus.
Feridos
Com uma machadinha no ombro, José Victor Lemos, de 18 anos, chegou caminhando sozinho no Hospital Santa Maria, a duas quadras da escola. Ao ouvir os disparos dentro do colégio, o jovem tentou fugir. "Ele estava com a namorada, saiu para outro lugar, e os dois se desencontraram. Pulou o muro e foi pego de surpresa pelo atirador", conta o pai, Marco Lemos. Após cirurgia, seu quadro era estável nesta quarta-feira (13/3).
O jovem completou 18 anos dia 6. Para a mãe, Sandra Regina Lemos, a partir de agora ele terá duas datas de aniversário. "Nasceu de novo." Sete vítimas foram para esse hospital - cinco delas foram depois encaminhadas para outras unidades. Fonte: www.correiobraziliense.com.br
Divulgada lista oficial de vítimas de ataque em Suzano
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Divulgada lista oficial de vítimas de ataque em Suzano
O ataque em Suzano deixou dez mortos e 11 feridos, segundo nota da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. O órgão informa que duas das pessoas que morreram já foram liberadas pelo Instituto Médico Legal aos familiares.
Alunos da escola – todos óbito:
1. Caio Oliveira, 15 anos, estudante.
2. Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos, estudante.
3. Douglas Murilo Celestino, 16 anos, estudante – socorrido ao Hospital de Clínicas Luzia Pinho de Melo, foi à óbito.
4. Kaio Lucas da Costa Limeira, 15 anos, estudante.
5. Samuel Melquiades Silva Oliveira, 16 anos, estudante.
Funcionárias da escola – todos óbito:
6. Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos.
7. Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos.
Atiradores - óbito:
8. Guilherme Taucci Monteiro - 17 anos
9. Luiz Henrique de Castro - 25 anos
Dono da locadora (tio do Guilherme)
10. Jorge Antonio de Moraes, 51 anos – transferido do PSM de Suzano para o HC/FMUSP onde foi a óbito.
Feridos
1. Adna Isabella Bezerra de Paula, 16 anos, transferida do PSM Suzano para o HC/FMUSP - estável, na emergência.
2. Anderson Carrilho de Brito, 15 anos, transferido do PSM Suzano para o HC/FMUSP - estado grave, no centro cirúrgico.
3. Beatriz Gonçalves Fernandes, 15 anos, estável no PSM de Suzano.
4. Guilherme Ramos do Amaral, 14 anos , neste momento passa por cirurgia no PS de Suzano.
5. Jenifer da Silva Cavalcante - HC Luzia de Pinho Melo, grave, porém estável, passou por procedimentos cirúrgicos e está sendo acompanhada pela equipe médica.
6. José Vitor Ramos Lemos, (Hospital Santa Maria). É o que foi atingido com o machado.
7. Leonardo Martinez Santos – socorrido ao HC Luzia de Pinho Melo – fraturou o tornozelo, será operado.
8. Leonardo Vinícius Santa Rosa, 20 anos, estava na Santa Casa de Suzano e foi transferido para o HC/FMUSP, estável no PS.
9. Letícia de Melo Nunes, (Hospital Santa Maria – transferida para Hospital Geral de Itaquaquecetuba) - estável e sob acompanhamento especializado de cirurgia geral.
10. Murillo Gomes Louro Benites, 15 anos – socorrido ao HC/FMUSP pelo Águia, estável no PS.
11. Samuel Silva Félix (Hospital Santa Maria).
Fonte: https://brasil.elpais.com
Começa velório coletivo das vítimas da chacina de Suzano
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Há ainda outros sete feridos hospitalizados. Um deles segue em estado grave
Começou na Arena Suzano, no Parque Max Feffer, por volta das 6h30, desta quinta-feira (14), o velório de alunos e funcionários mortos no massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil.
No local estão os corpos dos estudantes Cleiton Antonio Ribeiro, 17; Caio Oliveira, 15; Samuel Melquiades Silva de Oliveira, 16; e Kaio Lucas da Costa Limeira, 15.
Também estão no ginásio o corpo da inspetora de ensino Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 e o da coordenadora pedagógica Marilena Ferreira Umezu, 59, que só será sepultada no sábado (16), quando um de seus filhos chega do exterior.
Outras duas famílias optaram por velórios separados. O estudante Douglas Murilo Celestino, 16, por ser evangélico, está sendo velado desde 1h, na igreja evangélica Assembleia de Deus, em Suzano.
Já o empresário Jorge Antonio Moraes, proprietário de uma revendedora de carros e tio de um dos atiradores, está sendo velado desde a madrugada no cemitério Jardim Colina dos Ypês, onde será sepultado.
O ministro da Educação, Ricardo Vélez, e o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, também estão no local.
O movimento de pessoas que não são das famílias é grande na Arena circundada por dezenas de coroas de flores. Elas ficam isoladas por uma grade que as separa dos familiares —os únicos próximos aos corpos.
Há ainda outros sete feridos hospitalizados. Um deles segue em estado grave. É o estudante Anderson Carrilho de Brito, 15, transferido de Suzano para o Hospital das Clínicas, na capital paulista. Fonte: www.revistaforum.com.br
“Há uma tragédia silenciosa em nossas casas”, viral que tem contagiado a internet
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Dr. Luís Rajos Marcos
Médico Psiquiatra
Há uma tragédia silenciosa que está se desenvolvendo hoje em nossas casas e diz respeito às nossas joias mais preciosas: nossos filhos. Nossos filhos estão em um estado emocional devastador! Nos últimos 15 anos, os pesquisadores nos deram estatísticas cada vez mais alarmant
es sobre um aumento agudo e constante da doença mental da infância que agora está atingindo proporções epidêmicas.
As estatísticas:
– 1 em cada 5 crianças tem problemas de saúde mental;
– um aumento de 43% no TDAH foi observado;
– um aumento de 37% na depressão adolescente foi observado;
– um aumento de 200% na taxa de suicídio foi observado em crianças de 10 a 14 anos.
O que está acontecendo e o que estamos fazendo de errado?
As crianças de hoje estão sendo estimuladas e superdimensionadas com objetos materiais, mas são privadas dos conceitos básicos de uma infância saudável, tais como:
pais emocionalmente disponíveis;
limites claramente definidos;
responsabilidades;
nutrição equilibrada e sono adequado;
movimento em geral, mas especialmente ao ar livre;
jogo criativo, interação social, oportunidades de jogo não estruturadas e espaços para o tédio.
Em contraste, nos últimos anos as crianças foram preenchidas com:
– pais digitalmente distraídos;
– pais indulgentes e permissivos que deixam as crianças “governarem o mundo” e sem quem estabeleça as regras;
– um sentido de direito, de obter tudo sem merecê-lo ou ser responsável por
obtê-lo;
– sono inadequado e nutrição desequilibrada;
– um estilo de vida sedentário;
– estimulação sem fim, armas tecnológicas, gratificação instantânea e ausência de momentos chatos.
O que fazer?
Se queremos que nossos filhos sejam indivíduos felizes e saudáveis, temos que acordar e voltar ao básico. Ainda é possível! Muitas famílias veem melhorias imediatas após semanas de implementar as seguintes recomendações:
– Defina limites e lembre-se de que você é o capitão do navio. Seus filhos se sentirão mais seguros sabendo que você está no controle do leme.
– Oferecer às crianças um estilo de vida equilibrado, cheio do que elas PRECISAM, não apenas o que QUEREM. Não tenha medo de dizer “não” aos seus filhos se o que eles querem não é o que eles precisam.
– Fornecer alimentos nutritivos e limitar a comida lixo.
– Passe pelo menos uma hora por dia ao ar livre fazendo atividades como: ciclismo, caminhadas, pesca, observação de aves/insetos.
– Desfrute de um jantar familiar diário sem smartphones ou tecnologia para distraí-lo.
– Jogue jogos de tabuleiro como uma família ou, se as crianças são muito jovens para os jogos de tabuleiro, deixe-se guiar pelos seus interesses e permita que sejam eles que mandem no jogo.
– Envolva seus filhos em trabalhos de casa ou tarefas de acordo com sua idade
(dobrar a roupa, arrumar brinquedos, dependurar roupas, colocar a mesa, alimentação do cachorro etc.).
– Implementar uma rotina de sono consistente para garantir que seu filho durma o suficiente. Os horários serão ainda mais importantes para crianças em idade escolar.
– Ensinar responsabilidade e independência. Não os proteja excessivamente
contra qualquer frustração ou erro. Errar os ajudará a desenvolver a resiliência e a aprender a superar os desafios da vida.
– Não carregue a mochila dos seus filhos, não lhes leve a tarefa que esqueceram, não descasque as bananas ou descasque as laranjas se puderem fazê-lo por conta própria (4-5 anos). Em vez de dar-lhes o peixe, ensine-os a pescar.
– Ensine-os a esperar e atrasar a gratificação.
Fornecer oportunidades para o “tédio”, uma vez que o tédio é o momento em que a criatividade desperta. Não se sinta responsável por sempre manter as crianças entretidas.
– Não use a tecnologia como uma cura para o tédio ou ofereça-a no primeiro segundo de inatividade.
– Evite usar tecnologia durante as refeições, em carros, restaurantes, shopping centers. Use esses momentos como oportunidades para socializar e treinar cérebros para saber como funcionar quando no modo “tédio”.
– Ajude-os a criar uma “garrafa de tédio” com ideias de atividade para quando estão entediadas.
– Estar emocionalmente disponível para se conectar com crianças e ensinar-lhes autorregulação e habilidades sociais.
– Desligue os telefones à noite quando as crianças têm que ir para a cama para evitar a distração digital.
– Torne-se um regulador ou treinador emocional de seus filhos. Ensine-os a reconhecer e gerenciar suas próprias frustrações e raiva.
– Ensine-os a dizer “olá”, a se revezar, a compartilhar sem se esgotar de nada, a agradecer e agradecer, reconhecer o erro e pedir desculpas (não forçar), ser um modelo de todos esses valores.
– Conecte-se emocionalmente – sorria, abrace, beije, faça cócegas, leia, dance, pule, brinque ou rasteje com elas.
Traduzido do original: The silent tragedy affecting today’s children
Fonte: www.revistapazes.com
Facebook, Instagram e WhatsApp apresentam instabilidade nesta quarta-feira
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As redes sociais tiveram falhas de conexão em todo o mundo. Facebook precisou utilizar o Twitter para dizer que 'está trabalhando para resolver o problema o mais rápido possível'
As redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp apresentaram instabilidade em todo o mundo nesta quarta-feira (13/3). Desde o início da tarde, usuários das plataformas têm reportado problemas e falhas de conexões ao tentar acessar os aplicativos.
Até as 16h40, o Facebook permanecia fora do ar em boa parte dos países. Já no Instagram, os usuários não conseguem publicar fotos, mesmo elas sendo totalmente carregadas. As ações dentro das plataformas também não estão sendo concluídas, como curtidas, comentários e interações.
Pelo Twitter, o Facebook se pronunciou dizendo que está "ciente de que algumas pessoas estão enfrentando problemas" para a acessar a rede social. A plataforma diz ainda "estar trabalhando para resolver o problema o mais rápido possível" e que "não é possível confirmar se tratar de um ataque DDoS", que é quando um computador mestre comanda vários outros terminais numa tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis para seus usuários.
No WhatsApp, que também pertence ao grupo Facebook, os usuários enfrentam dificuldades e lentidão para enviar áudios, fotos e GIFs na plataforma. As instabilidades na rede social não afetam o envio de mensagens de texto. Fonte: www.correiobraziliense.com.br
Ataque a tiros em escola deixa ao menos 10 mortos, em Suzano (SP)
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O ataque ocorreu na Escola Raul Brasil, que atende alunos do ensino fundamental e médio
Tiroteio em uma no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13/3), deixou ao menos 10 mortos, incluindo estudantes e os dois responsáveis pelo ataque, identificados como Gilherme Monteiro, 17 anos, e Luís Henrique de Castro, 25. Há ainda feridos, que foram socorridos a hospitais próximos.
A escola alvo do ataque é a Raul Brasil, que atende alunos do ensino fundamental e médio. Segundo o coronel Marcelo Salles, comandante-geral da PM de São Paulo, os dois atiradores primeiro atacaram um dono de lava a jato próximo à escola. O empresário foi levado ao hospital e submetido a cirurgia.
Após esse primeiro crime, os dois se dirigiram ao colégio, onde primeiro balearam duas coordenadoras, que morreram no local. Em seguida, chegaram, por volta das 9h30, ao pátio do colégio, que estava cheio de alunos do ensino médio, porque era horário do intervalo. Ali, quatro estudantes foram mortos.
Na sequência, a dupla, que usava capuz e portava um revólver calibre .38 e uma arma medieval que lança flechas, além de facas, dirigiram-se ao centro de línguas, onde uma professora e alunos se trancaram em uma sala. "Eles, então, se mataram no corredor", informou Salles.
Além das seis vítimas mortas na escola, outros dois estudantes morreram no hospital, após receberem socorro. Há ainda 15 feridos e outras pessoas que precisaram de atendimento médico porque se sentiram mal.
Pânico e correria
Durante o ataque, muitas pessoas correram e se esconderam nas salas de aula e nos banheiros. Outros alunos conseguiram deixar o prédio, pulando o muro, e foram abrigados por famílias que moram perto do colégio. Vídeos postados na internet mostram estudantes saindo do colégio por uma rua próxima ao colégio.
Uma estudante contou que, inicialmente, pensou que os barulhos eram bombinhas, mas, em seguida, percebeu a gravidade da situação. "Quando percebi que eram tiros de verdade, voltei para o banheiro para me proteger. Havia umas dez pessoas se escondendo comigo, nós ficamos rezamos, pedindo para viver", disse.
Além de equipes da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel Urbano (Samu), pais e familiares de alunos e funcionários se deslocaram para o colégio em busca de informações.
O governador de São Paulo, João Doria, se deslocou até a escola em um helicóptero da PM e chegou à cena do crime pouco depois das 11h. Doria se disse "muito impactado" com o que viu no colégio. "A cena mais triste que já assisti em toda a minha vida", resumiu. Várias outras autoridades se manifestaram pelas redes sociais.
O secretário de Segurança de Suzano, Jeferson dos Santos, disse que a prioridade foi prestar socorro aos feridos e apoio aos alunos e familiares de vítimas. Ele disse ainda que a secretaria preparava a lista oficial de vítimas. Fonte: www.correiobraziliense.com.br
Adolescentes atiram dentro de escola em Suzano e matam 6 pessoas, diz polícia
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Bombeiros e equipes do Samu estão no local. O helicóptero da PM sobrevoa a escola
Dois adolescentes encapuzados mataram 6 pessoas dentro da Escola Estadual Raul Brasil, de Suzano (SP), e cometeram suicídio em seguida, sendo a polícia. Cinco das vítimas eram estudantes, outra era funcionário da escola. O ataque ocorreu por volta das 9h30 desta quarta-feira (13).
Ainda não há informação sobre feridos no ataque.
A instituição foi isolada pela polícia e há muitos alunos e funcionários chorando ao redor.
O Corpo de Bombeiros e equipes do Samu estão no local. Bombeiros de Mogi das Cruzes também foram chamados, às 9h50, para apoiar o atendimento. O helicóptero Águia, da PM, sobrevoa a escola.
Segundo o Censo Escolar de 2017, a instituição possui 358 alunos da segunda etapa do fundamental (6º ao 9º ano) e 693 estudantes do ensino médio. Fonte: https://g1.globo.com
Atirador invade escola na grande São Paulo e atira contra crianças e diretora
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Segundo informações iniciais da TV Record, ele teria atirado contra oito crianças e também contra a diretora da escola, que não resistiu
Um atirador entrou na escola estadual Professor Raul Brasil, na manhã desta quarta-feira (13), em Suzano, a 50 km de distância de São Paulo, e disparou contra estudantes e uma funcionária. Segundo informações iniciais da Record TV, ele teria atirado contra oito crianças e também contra a diretora da escola, que não resistiu.
Segundo a Polícia Militar, todo o efetivo da 1ª Companhia do 32º Batalhão de Suzano foi destacado para ir até o local. As equipes da Guarda Civil Metropolitana e do Samu foram enviados para a escola.
Muitas crianças se feriram e não resistiram aos ferimentos. Não se sabe, porém, o número exato de atingidos. Os helicópteros Águia 15 e 17, do Grupamento Aéreo da Polícia Militar, também foram deslocados à ocorrência.
A Polícia Militar informou que foi acionada para atender a ocorrência de disparo de arma de fogo de pequeno porte e vítimas no local, mas ainda não tem mais detalhes. Inicialmente, estão no local seis unidades de resgate, três unidades do Samu, duas unidades de suporte avançado e dois helicóptero Águia. Fonte: www.revistaforum.com.br
As três ameaças que pairam sobre a web
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No 30º aniversário da World Wide Web, seu criador reflete sobre como a Internet facilitou nossas vidas, mas também deu voz aos que propagam o ódio
Hoje, 30 anos depois da minha proposta original de um sistema de gerenciamento da informação, meio mundo usa a Internet. É um momento para comemorar o quão longe chegamos, mas também uma oportunidade para refletir sobre o quão longe ainda precisamos ir.
A web tornou-se uma praça pública, uma biblioteca, um consultório médico, uma loja, uma escola, um estúdio de design, um escritório, um cinema, um banco e muitas outras coisas. Naturalmente, a cada nova característica e a cada novo site, a divisão entre aqueles que usam a Internet e aqueles que não usam aumenta e torna ainda mais imprescindível que todos tenham acesso à Internet.
E embora a Internet tenha criado oportunidades, dado voz a grupos marginalizados e facilitado nossa vida diária, também engendrou oportunidades para fraudadores, deu voz àqueles que propagam o ódio e facilitou a prática de todos os tipos de crimes.
Com o pano de fundo das notícias sobre o uso indevido da Internet, é compreensível que muitas pessoas sintam medo e não tenham certeza de que a Rede seja realmente boa. Mas, considerando o quanto mudou nos últimos 30 anos, seria derrotista e pouco imaginativo supor que a Internet, como a conhecemos, não possa ser modificada para melhor nos próximos 30. Se desistirmos de criar uma Rede melhor, a Rede não terá falhado conosco: nós é que teremos falhado com a Rede. Para abordar qualquer problema, devemos defini-lo de forma clara. Em geral, considero que há três causas para as disfunções que afetam a web atual:
1- As intenções deliberadas e mal-intencionadas, como hackers e ciberataques apoiados pelos Estados, a conduta criminosa e o assédio na Internet.
2- A elaboração de um sistema que cria incentivos perversos nos quais o usuário é sacrificado, como os modelos de receita baseados em publicidade que recompensam comercialmente o caça-cliques e a disseminação viral de desinformação.
3- As consequências negativas involuntárias do modelo benevolente, como o tom enfurecido e polarizado e a qualidade das conversas na Internet.
Embora seja impossível eliminar completamente a primeira categoria, podemos criar leis e códigos para minimizar esse comportamento, como sempre fizemos fora da Internet. A segunda categoria exige que reformulemos os sistemas de maneira que mudem os incentivos. E a última categoria requer pesquisa para entender os sistemas atuais e criar possíveis novos modelos ou modificar os que já temos.
Não se pode simplesmente culpar um Governo, uma rede social ou a mentalidade humana. Os discursos simplistas correm o risco de esgotar nossa energia ao tratarmos os sintomas desses problemas em vez de nos concentrarmos em suas causas. Para fazer isso bem, temos que nos unir como uma comunidade global da Internet.
"Não se pode culpar um Governo, uma rede social ou a mentalidade humana. Os discursos simplistas correm o risco de esgotar nossa energia ao tratarmos os sintomas desses problemas em vez de nos concentrarmos em suas causas"
Em momentos cruciais, as gerações anteriores se uniram para trabalhar juntas por um futuro melhor. Com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, diferentes grupos de pessoas puderam concordar com alguns princípios essenciais. Com o Direito Marítimo e o Tratado do Espaço Sideral, preservamos novas fronteiras para o bem comum. E agora também, à medida que a Internet modifica nosso mundo, temos a responsabilidade de garantir que seja reconhecida como um direito humano e construída para o benefício de todos. Essa é a razão pela qual a Fundação Web trabalha com Governos, empresas e cidadãos para criar um novo Contrato para a Rede.
Esse contrato foi apresentado no Web Summit em Lisboa, que reuniu um grupo de pessoas que concordam que é necessário estabelecer regras, leis e critérios claros para a Rede. Os que apoiam a ideia adotam seus princípios básicos, e juntos elaboramos os compromissos específicos em cada área. Nenhum grupo deveria fazer isso sozinho, e todas as contribuições são bem-vindas. Governos, empresas e cidadãos fazem sua contribuição, e nosso objetivo é alcançar resultados este ano.
Os Governos devem adaptar as leis e regulamentos à era digital. Devem garantir que os mercados permaneçam competitivos, inovadores e abertos. Já têm a responsabilidade de proteger os direitos e liberdades das pessoas na Internet. Precisamos de defensores da Rede aberta dentro dos Governos, funcionários públicos e autoridades eleitas que tomem medidas quando os interesses do setor privado ameacem o interesse geral e se posicionem a seu favor para proteger a Rede aberta.
"Os cidadãos devem exigir que empresas e Governos prestem contas pelos compromissos que adotam e que ambos respeitem a Internet como uma comunidade global cuja base são os cidadãos "
As empresas precisam fazer mais para garantir que sua busca por benefícios a curto prazo não seja à custa dos direitos humanos, da democracia, dos dados científicos ou da segurança pública. Plataformas e produtos devem ser projetados considerando a privacidade, a diversidade e a segurança. Este ano, observamos como vários funcionários de empresas de tecnologia se rebelaram e exigiram melhores práticas empresariais. Temos que fomentar essa mentalidade.
E o mais importante é que cidadãos exijam que empresas e Governos prestem contas pelos compromissos que adotam e que ambos respeitem a Internet como uma comunidade global cuja base são os cidadãos. Se não elegermos políticos que defendam uma Rede livre e aberta, se não fizermos nossa parte para incentivar conversas saudáveis na Internet e se continuarmos dando nosso consentimento sem exigir que nossos direitos sobre os dados sejam respeitados, não estaremos cumprindo nossa responsabilidade de fazer com que nossos Governos priorizem estas questões.
A luta pela Rede é uma das causas mais importantes de nosso tempo. Hoje, meio mundo usa a Internet. É mais urgente do que nunca garantir que a outra metade não seja deixada para trás e que todos contribuam para a criação de uma Rede que promova a igualdade, as oportunidades e a criatividade.
O Contrato para a Rede não deve ser uma lista de soluções temporárias, e sim um processo que indique uma mudança na maneira como entendemos nossa relação com nossa comunidade digital. Deve ser suficientemente claro para ser um guia sobre nosso procedimento, mas também suficientemente flexível para se adaptar à rapidez da mudança tecnológica. É a nossa trajetória da adolescência digital rumo a um futuro mais maduro, responsável e inclusivo.
A Rede é para todos, e juntos temos o poder de mudá-la. Não será fácil. Mas se sonharmos um pouco e trabalharmos muito, podemos conseguir a Rede que queremos.
*Tim Berners-Lee é o pesquisador responsável por inventar o protocolo WWW (World Wide Web). É considerado o pai da internet. Fonte: https://brasil.elpais.com
NESTA TERÇA-FEIRA, 12: Ex-PM e militar reformado suspeitos da morte de Marielle são presos
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Eles também são acusados de envolvimento no assassinato do motorista da vereadora, Anderson Gomes
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro fazem operação na manhã desta terça-feira (12/3) para prender suspeitos de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. Um policial militar reformado e um ex-PM foram presos.
Apontado como suspeito de atirar na vereadora, o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48 anos, é um dos presos. O ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, 46, estaria, segundo as diligências, dirigindo o carro usado no dia do crime. Ele também é alvo da operação, que cumpre mandados de buscas em 34 endereços de outros investigados.
O sargento Lessa, preso em casa, mora no mesmo condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem um imóvel, na Barra da Tijuca. Lessa recebeu, em 1998, moção de aplausos, congratulações e louvor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O crime completa um ano no próximo dia 14. Marielle seguia para casa com o motorista e a assessora depois de ter participado de um compromisso público, quando foi atingida na cabeça. O ataque aconteceu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio, e a suspeita de execução passou a ser investigada imediatamente.
O duplo assassinato mobilizou o Brasil e teve repercussão internacional. Fonte: www.metropoles.com
Gol suspende operação de modelo de Boeing que caiu na Etiópia
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Clientes que tinham viagens previstas nesse modelo de aeronave serão comunicados e reacomodados em voos da Gol ou de companhias parceiras
A Gol Linhas Aéreas recuou e decidiu suspender temporariamente, a partir das 20h desta segunda-feira (11), todas as operações comerciais com aeronaves do modelo Boeing 737 MAX 8.
Na manhã de domingo (10), um Boeing 737 da Ethiopian Airlines caiu pouco depois de decolar de Addis Abeba, capital da Etiópia. Segundo a companhia aérea, havia 149 passageiros e oito tripulantes a bordo do voo que iria para Nairóbi, no Quênia. Não houve sobreviventes.
Segundo a empresa, os clientes que tinham viagens previstas nesse modelo de aeronave serão comunicados e reacomodados em voos da Gol ou de companhias parceiras. Não há alterações nos destinos internacionais de longo curso com os aviões Boeing 737 NG.
“A Gol reitera a confiança na segurança de suas operações e na Boeing, parceira exclusiva desde o início da companhia em 2001, e esclarece que está acompanhando de forma intensiva todos os fatos que permitam o retorno das aeronaves às operações regulares da companhia no menor espaço de tempo possível”, diz, em nota, a companhia.
A empresa informou que as operações com esse modelo de aeronave tiveram início em junho do ano passado e que foram realizados 2.933 voos, totalizando mais de 12,7 mil horas. “Atualmente, a frota da companhia é composta por 121 aeronaves Boeing, das quais sete modelos 737 Max 8”, acrescenta a nota. Fonte: http://bahia.ba
Queda de avião na Etiópia deixa 157 mortos, segundo a companhia aérea
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Aeronave caiu 6 minutos após decolar neste domingo com destino a Nairobi, no Quênia. As causas da queda do avião ainda são desconhecidas.
Um avião da Ethiopian Airlines, que voava da capital da Etiópia, Adis Abeba, para Nairobi, no Quênia, caiu neste domingo (10) com 157 pessoas a bordo. Segundo informações do CEO da empresa, Tewolde G Medhin, que foi até o local da queda, não há sobreviventes. O avião levava 149 passageiros e 8 tripulantes.
Dados da rede Flightradar24 ADS-B mostraram que a velocidade vertical da aeronave ficou instável depois da decolagem. As causas do acidente, porém, ainda não desconhecidas.
Por meio de nota, a Ethiopian Airlines afirmou que o voo ET 302 caiu perto da cidade de Bishoftu, 62 km a sudeste da capital Adis Abeba, seis minutos após decolar. Ainda segundo a empresa, o avião era um Boeing 737-800 MAX, número de registro ET-AVJ.
O que se sabe até agora:
O avião perdeu contato 6 minutos após decolar do Aeroporto Internacional de Nairobi
A aeronave decolou às 8h44 (horário local)
157 pessoas estavam a bordo do avião, sendo 149 passageiros e 8 tripulantes
Segundo a empresa, não há sobreviventes
Passageiros de 33 países estavam a bordo da aeronave, de acordo com autoridades locais
No aeroporto de Nairóbi, no Quênia, muitos parentes de passageiros estavam esperando no portão, sem informações das autoridades aeroportuárias.
"Estamos apenas esperando pela minha mãe. Só estamos esperando que ela tenha pegado um voo diferente ou esteja atrasada. Ela não está atendendo o telefone", disse Wendy Otieno à agência de notícias Reuters, segurando o telefone e chorando.
Vítimas
O escritório do primeiro-ministro etíope, Aby Ahmed enviou condolências, via Twitter, aos familiares. Por meio da rede social, a companhia aérea informou ainda que "estão em curso as operações de busca e socorro".
A Ethiopian Airlines é uma das maiores transportadoras do continente em tamanho de frota. No ano passado, transportou 10,6 milhões de passageiros. A Boeing, empresa que construiu o avião, disse no Twitter que está "monitorando a situação de perto".
A aeronave 737 Max-8 é um modelo relativamente novo, lançado em 2016. Foi adicionado à frota da Ethiopian Airlines no ano passado. Outro avião do mesmo modelo esteve envolvido em um acidente 5 meses atrás, quando um avião da Lion Air caiu no mar próximo à Indonésia com 189 pessoas a bordo.
Ethiopian Airlines
A Ethiopian Airlines tem voos para muitos destinos na África, o que a torna uma empresa popular em um continente onde muitas companhias fazem voos apenas de seus países para destinos fora da África.
Ela tem um boa reputação em relação à segurança, apesar de um de seus aviões ter caído em 2010 no Mar Mediterrâneo logo após deixar da cidade de Beirute, no Líbano. O incidente matou as 90 que estavam a bordo. Fonte: https://g1.globo.com
Feminicídio: a hemorragia do nosso tempo
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Dom Pedro Brito Guimarães
Arcebispo de Palmas – TO
Neste oito de março, Dia Internacional da Mulher, peço licença e passagem a vocês, mulheres e homens, para tocar com meus dedos, em uma das chagas mais dolorosas, sangrentas e mortais: o feminicídio. Embora exista agendas positivas para comemorar este Dia, preferimos afirmar que feminicídio é a hemorragia do nosso tempo. Hemorragia remete imediatamente a sangue, a dor, a sofrimento e a morte. Fico inquieto quando ouço notícia de mais um feminicídio. Mas não basta contabilizar estatísticas. Ao lado das violências, banalizadas e institucionalizadas, dos crimes organizados, das milícias e das quadrilhas armadas, dos tráficos de pessoas e de drogas e das importunações sexuais, “o feminicídio é a praga que mais cresce na América Latina” (papa Francisco, na JMJ-2019, no Panamá). Segundo dados colhidos, nas redes socais, a taxa de feminicídio cresceu 81,8% no Tocantins. Só em Palmas cresceu 1.100% em dez anos. Trata-se, pois, de uma tragédia humana, de uma hemorragia que precisa ser estancada.
Não é esta a intenção do Criador. Ao ver Eva, pela primeira vez, Adão exclamou: “desta vez, é osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Gn 2,23). De fato, “não foi criada para os humanos a soberba, nem a raiva para os nascidos de mulher” (Eclo 10,22). Matar por amor, por ciúme ou por quaisquer outros motivos é não amar, é odiar. Aqui valem os velhos ditados: “quem ama não mata” e “quem mata não ama”. Amar e matar é a negação do amor. Amar não é apossar-se. “Amar é tudo dar e dar-se a si mesmo” (São João da Cruz), pois, “o amor é magnânimo, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem arrogante; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido; não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Ele tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Cor 13,4-7). Violência não é sinal de força e de poder e sim de fraqueza, de posse e de perda. O pior de um homem é matar uma mulher que não o quer mais como companheiro. Matar assim é matar a si mesmo. Neste caso específico, femicicídio é suicídio. Qual é o perfil do que mata quem não a quer mais como companheira? E o de um homem de baixa autoestima, de um amor só, de um pensamento único, inseguro e incapaz de recomeçar a vida com outra parceira depois que o relacionamento amoroso terminou.
Sábias, verdadeiras, belas e oportunas são as palavras do papa Francisco: “mulher não existe para lavar louças. A mulher é para trazer harmonia. Sem a mulher não há harmonia”. Matar mulher é matar a harmonia do mundo. E o que mais precisamos, neste tempo complexo, é de harmonia. Além de tudo, feminicídio é crime hediondo. Não é possível continuar matando mulher só porque ela não quer mais conviver com um determinado homem. Por tudo isto, precisamos fazer alguma coisa. Não bastam o silêncio, cruzar os braços, fechar a boca e o coração. Não vale simplesmente a consternação. Não basta contabilizar dados estatísticos sobre o feminicídio. É preciso ter coragem para mudar este estado de coisa. É preciso harmonizar e humanizar as relações entre homem e mulher. É preciso ensinar a amar e a começar um novo relacionamento amoroso. É preciso que homem e mulher se irmanem e lutem juntos para estancar esta hemorragia, fonte de muitos sofrimentos. É preciso pôr em prática a legislação, repudiar todas as formas de violência e de morte e promover a cultura do encontro e da fraterna convivência entre homem e mulher
Mulheres, contem conosco! Feliz Dia Internacional da Mulher. Um abraço e minha bênção!
Fonte: http://www.cnbb.org.br
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