EU TENHO UM OLHAR: Do CD- Levanta Elias.
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Eu tenho um olhar.
Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
G7 C F C Am Dm G7 C
Eu tenho um olhar, eu tenho um olhar, comigo Jesus Cristo, Jesus Cristo, sempre está. (bis)
G7 C F C Am Dm G7
Quando saio de casa, de metrô vou trabalhar, com os amigos no barzinho, Jesus Cristo
C G7 C F C Am Dm G7 C
sempre está. Na Igreja meditando ou na rua a caminhar, sinto a sua proteção, comigo, Ele está.
G7 C F C Am Dm G7 C
Eu tenho um olhar, eu tenho um olhar, comigo Jesus Cristo, Jesus Cristo, sempre está. (bis)
G7 C F C Am Dm G7 C
Se saio de manhã, pra escola estudar, quando entro no ônibus, Jesus Cristo sempre está.
G7 C F C Am Dm G7 C
Quando eu estou triste, sem forças pra caminhar, chorando ou sorrindo, comigo, Ele está.
G7 C F C Am Dm G7 C
Eu tenho um olhar, eu tenho um olhar, comigo Jesus Cristo, Jesus Cristo, sempre está. (bis)
G7 C F C Am Dm G7
Quando todos me criticam, e não posso revidar, também nos elogios, Jesus Cristo sempre
C G7 C F C Am Dm G7 C
está. Quando fico sozinho, sem ter com quem falar, ou na grande multidão, comigo, Ele Está.
G7 C F C Am Dm G7 C
Eu tenho um olhar, eu tenho um olhar, comigo Jesus Cristo, Jesus Cristo, sempre está. (bis)
OLHAR CARMELITANO: A correção e promoção fraterna
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Frei Donald Buggert, O. Carm.
Sabemos que a correção fraterna é uma ordem de Jesus (“Vá e avise a ele... traga a questão para a assembléia... faça aos outros”). É um comando semelhante ao do amor fraterno (Jo 13,34; cf. Lv 19,17-18). Também devemos saber que a correção feita por nós deve basear-se na pedagogia de Deus: “Ele corrige aqueles que ama” (Pr 3,12; Ap 3,19) e comporta-se frente à pessoa que erra como um médico ou um pai/mãe (Hb 12,7-11). Por esta razão, a tradição da Igreja sempre uniu a correção fraterna à caridade. Na verdade, ela afirma que devemos corrigir com caridade.
A partir disso, podemos chegar à nossa primeira conclusão: na medida em que não somos capazes de corrigir nosso irmão com caridade, falhamos em realizar o mandamento do amor fraterno. Existe outra razão que nos leva a considerar a importância da correção fraterna: a responsabilidade. Todo fiel é chamado a sentir-se responsável pelo outro, ser um guardião da vida e da vocação de seu irmão (Ecl 4,9-11; Lv 19,17; 2Tm 3,5; Gl 6,1-2). Na verdade, esta responsabilidade é outra dimensão do mandamento do amor fraterno.
A partir disso, podemos chegar a uma segunda conclusão: somos chamados a corrigir nosso irmão porque o amamos e nos sentimos responsáveis tanto por sua vida humana quanto pela vida cristã, além de nos sentirmos responsáveis também pelo mal que ele fez.
Qual é o critério fundamental da correção fraterna? A resposta é caridade. Esta é a virtude teológica que determina se a correção é ou não apropriada. Se a correção corre o risco de dividir a comunidade, se não é vista como uma ajuda, ou se provoca escândalo, é melhor adiá-la para um momento mais propício. Contudo, a correção não deveria ser adiada por causa da preguiça, da vergonha, da conivência, do medo de represálias ou do rancor. Nem deveria ser adiada quando existe um risco de que, por não corrigir um irmão, ele possa cair mais profundamente no pecado com dano irreparável tanto para ele quanto para a comunidade.
Além disso, não é apropriado corrigir alguém que nutre o ódio, a vingança ou um complexo de perseguição. Em vez disso, é apropriado corrigir alguém que deseja o bem do outro no seu coração, que é paciente e moderado, que odeia o pecado e ama o pecador.
Sob a luz deste critério fundamental da caridade, que predisposições são exigidas na pessoa que deve corrigir? Deveríamos explicar de imediato que estamos falando de pré-disposições por uma razão simples. A correção não é fácil, nem para a pessoa que a recebe, nem para a pessoa que a realiza. De fato, é a pessoa que administra a correção (dependendo das circunstâncias, outro irmão ou a pessoa responsável na comunidade) quem experimenta a maior dificuldade. É por isso que ela necessita da predisposição necessária, reconhecendo sua própria fraqueza e seu próprio pecado (Lc 6,39-42). Depois ela precisa jejuar e orar para que a eficácia da correção dependa apenas de Deus.
Esta predisposição nos permite abordar a outra pessoa de um modo desarmado sem quaisquer traços de orgulho ou vanglória, simplesmente sendo forte no Evangelho. Nosso método é aquele indicado em Mateus 18,15-20: primeiro uma abordagem pessoal, depois com um pequeno grupo e, finalmente, diante de toda a comunidade. Mas este método deveria ser integrado, se podemos dizer isso da Palavra de Deus, à proporção fraterna. Em outras palavras, o irmão que erra não deveria ser criticado apenas negativamente. Deveriam ser reconhecidos também seus pontos positivos e todo o seu potencial de bondade.
A experiência nos ensina que a correção pessoal e comunitária deveria agir da seguinte forma: começar com os atributos positivos do irmão, depois apontar os elementos negativos (a razão para a correção) e, finalmente, concluir com outra contribuição positiva, para que se possa vencer o mal pelo bem (Rm 12,21). É assim que nos tornamos instrumentos da vontade de Deus, que cria o que é bom nas pessoas a quem Ele ama. Podemos ver como a promoção fraterna pode ser compreendida como algo bem distinto da correção. Seu objetivo é abraçar tudo de bom, verdadeiro e belo que Deus está criando através da própria vida, do trabalho e dos esforços de nossos irmãos.
A ORAÇÃO NO CARMELO: ELlAS E MARlA.
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Frei Emanuele Boaga, O. Carm In Memoriam e irmã Augusta de Castro Cotta, CDP
A inspiração Eliana reforça as dimensões da nossa contemplação encarnada. O Profeta Elias é o homem da contemplação que não se fecha, mas se encarna na realidade humana; é o homem que busca a face do Deus verdadeiro; é o homem que vive só para Deus e sua Aliança com os homens. Assim torna-se fonte de inspiração e modelo de vida para o carmelita.
Maria é a Virgem da Encarnação, a mulher da escuta amorosa e da fé. Além de ser fonte de inspiração e modelo, Maria é, para o Carmelita a irmã e mãe que se faz presente e caminha com ele.
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LEVANTA ELIAS- Volume-1. Chegou!!!
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De Frei Petrônio de Miranda, Carmelita.
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Pe. Ricardo. Paróquia São João Bosco.
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ANO ELIANO MISSIONÁRIO: Jesus segundo Lucas, segundo o Profeta Elias.
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Frei Pedro Caxito O.Carm. In Memoriam.
"Para São Lucas Jesus é o Novo Elias como para São Mateus é, principalmente, o Novo Moisés". Assim escrevia o Pe. Eugênio Driessen nos Analecta Ord.Carm. v.XII 1943 167-190. Senti alegria quando, há muitíssimos anos atrás, chegou isto ao meu conhecimento e, daí em diante, procurei prestar mais atenção ao que encontrasse a respeito, porque os peritos, que eu consultava naquele tempo, diziam-me que não estavam sabendo disto. Procurei, portanto, ao ler São Lucas, anotar os versículos, que parecessem relacionar-se com a figura de Elias.
Em 1982, as Edições Paulinas publicaram em tradução Leitura do Evangelho segundo São Lucas de A.George, que me abriu ótimas pistas.
Em 1988, durante o "Curso de Formação Permanente", em Roma, o Pe. Henrique Pidyarto, carmelita da Indonésia, deu-nos um resumo da sua tese sobre o Evangelho de São João e a figura do Profeta Elias e citou-nos vários autores, que falavam sobre Jesus, Novo Elias segundo São Lucas. Mais uma luz![1]
Outro fato, que antes me havia falado de algo desconhecido e sempre me aferroou, foi a leitura do artigo "A força poderosa do arquétipo" do Pe.Bruno de J-M OCD em Élie le Prophète que traz cartas de C.G.Jung, que fala sobre o arquétipo[2]. Foi-me ensinado que "arquétipo é disposição estrutural da alma com tendência a cada vez mais concretizar-se novamente em símbolos e animar os seres" (Pe.Rudin SJ).
Segundo Jung, Elias é um arquétipo "vivo" e "constelado", a quem sempre se ligam novas, múltiplas e diversificadas lendas, mitos, gestas e gestos miraculosos, paralelos a outros mitos ou figuras mitológicas, ao qual os que vêm depois sempre vão acres-centando novas tradições claramente mitológicas. Não se nega logo a existência do personagem histórico, mas por ser justamente personagem tão rico de conaturalidade, muito conforme com "as imagens primordiais" e "representações coletivas" e universais do inconsciente torna-se personagem mais do que atraente, como um ímã que, avassalando o inconsciente, puxa o consciente. E foi assim que Elias atraiu os Carmelitas, como antes atraíra israelitas, gregos, romanos, drusos e muçulmanos; em Israel a reação javista, o Sirácide, Malaquias e, no Evangelho, o nosso Lucas e João. Certos nomes, se trouxeram alguma aproximação, trouxeram também maior estímulo para o arquétipo: El, El-Elion, Eli, Eloí e o grego Hélios (o Sol Ascendente). Porque a graça supõe a natureza, o Espírito Santo esteve unido com os autores humanos; a vontade de Deus, com a vontade dos homens; esparsas pelo universo de Deus, as "sementes do Verbo", com as vagarosas descobertas dos filhos de Eva que, aqui e ali, "porém, faíscam, não raro, uma centelha daquela Verdade, que ilumina a todos os homens"[3].
Com razão os nossos pais o chamaram de "Pai e Fundador": lá está na Basílica de São Pedro a valente estátua do Profeta, Pai virginalmente, sem nenhuma ligação de cronologia ou "jus", mas muito mais bonita: a da virtude e do coração. Sente-se pena e dó do Cardeal Barônio e dos bolandistas e da tinta, ira e papel, que os nossos antepassados gastaram.
[1]. Ver Apêndice
[2]. Em Les Études Carmélitaines v.II 1956 p.11-33
[3]. Nostra Aetate 2; Evangelii Nuntiandi 53, n 74, que cita Justino Mártir 2 Apol 7(8), 1-4 sobre as "sementes do Verbo": pelo Universo anda espalhada "uma parcela da Palavra Semeadora" (spermaticû lógu méros).
OLHAR CARMELITANO: A Ordem Terceira Secular
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Frei Emanuele Boaga, O. Carm. In Memoriam
Origem da Ordem Terceira Secular
Depois da Cum nulla de Nicolau V e da transformação das pinzocheras professas solenes em monjas de clausura, na Itália e na Espanha as pinzocheras continuaram a vida florescente de professas solenes isoladas, ou que, refutando a clausura, viviam por vezes em comum (por exemplo já em 1498, as pinzocheras de Santa Maria da Esperança em Veneza,).
Não vivendo em clausura, ocuparam o terceiro lugar na escala dos grupos que formavam então a Ordem (religiosos, monjas, irmãs pinzocheras). Em diversas partes da Itália adotaram o nome de Terceiras, termo que se liga à divisão tripartida da Família espiritual.
Nos séculos XVII-XVIII, no ambiente dos Terciários, nota-se uma dúplice e constante corrente:
- A corrente dos terciários ou pinzochere seculares: Continuavam a se inspirar nos ideais da vida religiosa e imitavam este gênero de vida, porém permanecendo no mundo (não se trata de forma semelhante à dos atuais Institutos Seculares). Sentiam-se semelhantes às verdadeiras e proprias religiosas e nisto desenvolviam o desejo que as levou em se transformarem em regulares , originando o assumir a vida em comunidade (como se verá adiante).
- A corrente dos confrades e as irmãs: para evitar sua atração ao estilo de vida dos terciários, são orientados a desenvolver o estilo das Confrarias da Senhora do Carmo e assemelhar-se a seus membros. Entretanto, nem sempre é fácil fazer a distinção entre um grupo e outro, nesta época, sejam as pessoas do primeiro ou do segundo grupo. (encontram-se vários casos, por ex. desta confusão na América Latina, no período colonial português e espanhol),
Leia na íntegra. Clique aqui:
Duas linguagens… duas igrejas?
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Correm turvas as águas entre alguns que se dizem seguidores de Jesus e se escandalizam ante um Papa que – como temos dito muitas vezes – é somente um homem, mas que tem entre suas mãos uma grande responsabilidade, a de levar a Igreja ao século XXI. Têm no chamado de fracassado, de herege, de traidor. Têm duvidado da legitimidade de sua eleição, do infantilismo de suas propostas, de que tudo permanece em gesto sem repercussão alguma. Na realidade, o que os enfastia (ia dizer o que irrita; que seria mais preciso, porém menos elegante) é que Bergoglio os colocou em frente do espelho. E, como sucedia a Dorian Grey, o retrato que há atrás da lona está cheio de pústulas, envelhecido, caduco. O comentário é de Jesús Bastante, jornalista, publicado por Religión Digital, 07-05-2016. A tradução é de Benno Dischinger.
Nestes dias andamos escutando diversas reações à Amoris Laetitia, especialmente no referente aos divorciados que voltaram a casar. Como sempre, alguns tomam a parte pelo todo e se apressam a dizer que o Papa não disse o que realmente disse. E vice-versa, que há de tudo na vinha do Senhor. E o fazem numa linguagem grosseira, daninha, inquisitorial, que se afasta, e muito, da que utiliza o Papa Francisco em seus escritos, em seus comparecimentos públicos. O estilo, hoje, é sumamente importante na Igreja, pois denota atitude ante a vida (e ante a fé) que há por trás.
Assim, enquanto o Papa Francisco fala de integração, de misericórdia, de acolhida, de escuta, o cardeal Müller (para lembrar o exemplo de mais atualidade) utiliza termos como excomunhão (sacramental e canônica, que já nos explicará o amigo Castillo, como também nos explicou com perfeição a diferença entre a teologia dogmática e a pastoral do Evangelho; pecado mortal, disciplina, dogma...).
Duas linguagens distintas, sintoma de dois modelos de entender não só a Igreja, senão a vida e a relação com nossos vizinhos, amigos, casais... Um modelo de proximidade, alegria, aceitação, de processos compartilhados, de tomada de consciência... frente a outro rigorista que sobrepõe a lei ao homem e faz Jesus dizer coisas que ele nunca disse.
Porque no final, e ainda com risco de ser acusado – de novo – de relativista, somente me ocorrem as palavras de Jesus na Última Ceia, quando tomou o pão, o abençoou, o partiu e o deu a seus discípulos dizendo-lhes: Tomai e comei todos dele, porque este é meu corpo. Tomai e bebe, este é meu sangue. A atitude do homem que morreu partindo e repartindo sua vida para todos. Ou as palavras de Francisco, tanto em Amoris Laetitia como em Evangelii Gaudium: A Eucaristia “não é um prêmio para os perfeitos, senão um generoso remédio e um alimento para os débeis. É para chorar; uma vitória do subjetivismo; e a indissolubilidade em tela de juízo”.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Frei Adailson: Ascensão do Senhor
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50 DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS: “Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo”
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(Mensagem do Papa Francisco para o 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que em 2016 será celebrado no dia 8 de maio).
Queridos irmãos e irmãs!
O Ano Santo da Misericórdia convida-nos a refletir sobre a relação entre a comunicação e a misericórdia. Com efeito a Igreja unida a Cristo, encarnação viva de Deus Misericordioso, é chamada a viver a misericórdia como traço característico de todo o seu ser e agir. Aquilo que dizemos e o modo como o dizemos, cada palavra e cada gesto deveria poder expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus para todos. O amor, por sua natureza, é comunicação: leva a abrir-se, não se isolando. E, se o nosso coração e os nossos gestos forem animados pela caridade, pelo amor divino, a nossa comunicação será portadora da força de Deus.
Como filhos de Deus, somos chamados a comunicar com todos, sem exclusão. Particularmente próprio da linguagem e das ações da Igreja é transmitir misericórdia, para tocar o coração das pessoas e sustentá-las no caminho rumo à plenitude daquela vida que Jesus Cristo, enviado pelo Pai, veio trazer a todos. Trata-se de acolher em nós mesmos e irradiar ao nosso redor o calor materno da Igreja, para que Jesus seja conhecido e amado; aquele calor que dá substância às palavras da fé e acende, na pregação e no testemunho, a «centelha» que os vivifica.
A comunicação tem o poder de criar pontes, favorecer o encontro e a inclusão, enriquecendo assim a sociedade. Como é bom ver pessoas esforçando-se por escolher cuidadosamente palavras e gestos para superar as incompreensões, curar a memória ferida e construir paz e harmonia. As palavras podem construir pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais, os povos. E isto acontece tanto no ambiente físico como no digital. Assim, palavras e ações hão-de ser tais que nos ajudem a sair dos círculos viciosos de condenações e vinganças que mantêm prisioneiros os indivíduos e as nações, expressando-se através de mensagens de ódio. Ao contrário, a palavra do cristão visa fazer crescer a comunhão e, mesmo quando deve com firmeza condenar o mal, procura não romper jamais o relacionamento e a comunicação.
Por isso, queria convidar todas as pessoas de boa vontade a redescobrirem o poder que a misericórdia tem de curar as relações dilaceradas e restaurar a paz e a harmonia entre as famílias e nas comunidades. Todos nós sabemos como velhas feridas e prolongados ressentimentos podem aprisionar as pessoas, impedindo-as de comunicar e reconciliar-se. E isto aplica-se também às relações entre os povos. Em todos estes casos, a misericórdia é capaz de implementar um novo modo de falar e dialogar, como se exprimiu muito eloquentemente Shakespeare: «A misericórdia não é uma obrigação. Desce do céu como o refrigério da chuva sobre a terra. É uma dupla bênção: abençoa quem a dá e quem a recebe» (“O mercador de Veneza”, Ato IV, Cena I).
É desejável que também a linguagem da política e da diplomacia se deixe inspirar pela misericórdia, que nunca dá nada por perdido. Faço apelo sobretudo àqueles que têm responsabilidades institucionais, políticas e de formação da opinião pública, para que estejam sempre vigilantes sobre o modo como se exprimem a respeito de quem pensa ou age de forma diferente e ainda de quem possa ter errado. É fácil ceder à tentação de explorar tais situações e, assim, alimentar as chamas da desconfiança, do medo, do ódio. Pelo contrário, é preciso coragem para orientar as pessoas em direção a processos de reconciliação, mas é precisamente tal audácia positiva e criativa que oferece verdadeiras soluções para conflitos antigos e a oportunidade de realizar uma paz duradoura. «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. (...) Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 7.9).
Como gostaria que o nosso modo de comunicar e também o nosso serviço de pastores na Igreja nunca expressassem o orgulho soberbo do triunfo sobre um inimigo, nem humilhassem aqueles que a mentalidade do mundo considera perdedores e descartáveis! A misericórdia pode ajudar a mitigar as adversidades da vida e dar calor a quantos têm conhecido apenas a frieza do julgamento. Seja o estilo da nossa comunicação capaz de superar a lógica que separa nitidamente os pecadores dos justos. Podemos e devemos julgar situações de pecado – violência, corrupção, exploração, etc. –, mas não podemos julgar as pessoas, porque só Deus pode ler profundamente no coração delas. É nosso dever admoestar quem erra, denunciando a maldade e a injustiça de certos comportamentos, a fim de libertar as vítimas e levantar quem caiu. O Evangelho de João lembra-nos que «a verdade [nos] tornará livres» (Jo 8, 32). Em última análise, esta verdade é o próprio Cristo, cuja misericórdia repassada de mansidão constitui a medida do nosso modo de anunciar a verdade e condenar a injustiça. É nosso dever principal afirmar a verdade com amor (cf. Ef 4, 15). Só palavras pronunciadas com amor e acompanhadas por mansidão e misericórdia tocam os nossos corações de pecadores. Palavras e gestos duros ou moralistas correm o risco de alienar ainda mais aqueles que queríamos levar à conversão e à liberdade, reforçando o seu sentido de negação e defesa.
Alguns pensam que uma visão da sociedade enraizada na misericórdia seja injustificadamente idealista ou excessivamente indulgente. Mas tentemos voltar com o pensamento às nossas primeiras experiências de relação no seio da família. Os pais amavam-nos e apreciavam-nos mais pelo que somos do que pelas nossas capacidades e os nossos sucessos. Naturalmente os pais querem o melhor para os seus filhos, mas o seu amor nunca esteve condicionado à obtenção dos objetivos. A casa paterna é o lugar onde sempre és bem-vindo (cf. Lc 15, 11-32). Gostaria de encorajar a todos a pensar a sociedade humana não como um espaço onde estranhos competem e procuram prevalecer, mas antes como uma casa ou uma família onde a porta está sempre aberta e se procura aceitar uns aos outros.
Para isso é fundamental escutar. Comunicar significa partilhar, e a partilha exige a escuta, o acolhimento. Escutar é muito mais do que ouvir. Ouvir diz respeito ao âmbito da informação; escutar, ao invés, refere-se ao âmbito da comunicação e requer a proximidade. A escuta permite-nos assumir a atitude justa, saindo da tranquila condição de espectadores, usuários, consumidores. Escutar significa também ser capaz de compartilhar questões e dúvidas, caminhar lado a lado, libertar-se de qualquer presunção de omnipotência e colocar, humildemente, as próprias capacidades e dons ao serviço do bem comum.
Escutar nunca é fácil. Às vezes é mais cômodo fingir-se de surdo. Escutar significa prestar atenção, ter desejo de compreender, dar valor, respeitar, guardar a palavra alheia. Na escuta, consuma-se uma espécie de martírio, um sacrifício de nós mesmos em que se renova o gesto sacro realizado por Moisés diante da sarça-ardente: descalçar as sandálias na «terra santa» do encontro com o outro que me fala (cf. Ex 3, 5). Saber escutar é uma graça imensa, é um dom que é preciso implorar e depois exercitar-se a praticá-lo.
Também e-mails, SMS, redes sociais, chat podem ser formas de comunicação plenamente humanas. Não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem e a sua capacidade de fazer bom uso dos meios ao seu dispor. As redes sociais são capazes de favorecer as relações e promover o bem da sociedade, mas podem também levar a uma maior polarização e divisão entre as pessoas e os grupos. O ambiente digital é uma praça, um lugar de encontro, onde é possível acariciar ou ferir, realizar uma discussão proveitosa ou um linchamento moral. Rezo para que o Ano Jubilar, vivido na misericórdia, «nos torne mais abertos ao diálogo, para melhor nos conhecermos e compreendermos; elimine todas as formas de fechamento e desprezo e expulse todas as formas de violência e discriminação» (Misericordiae Vultus, 23). Em rede, também se constrói uma verdadeira cidadania. O acesso às redes digitais implica uma responsabilidade pelo outro, que não vemos mas é real, tem a sua dignidade que deve ser respeitada. A rede pode ser bem utilizada para fazer crescer uma sociedade sadia e aberta à partilha.
A comunicação, os seus lugares e os seus instrumentos permitiram um alargamento de horizontes para muitas pessoas. Isto é um dom de Deus, e também uma grande responsabilidade. Gosto de definir este poder da comunicação como «proximidade». O encontro entre a comunicação e a misericórdia é fecundo na medida em que gerar uma proximidade que cuida, conforta, cura, acompanha e faz festa. Num mundo dividido, fragmentado, polarizado, comunicar com misericórdia significa contribuir para a boa, livre e solidária proximidade entre os filhos de Deus e irmãos em humanidade.
Papa Francisco
ORDEM TERCEIRA DE JUIZ DE FORA-MG: Um olhar...
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OLHAR DO DIA: Bênção nos “Filhotes de Elias”, na Catedral de Juiz de Fora- MG. Fotos: Lucas Vilela Simão.
DIA DAS MÃES: BENÇÃO DA MULHER
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Que o Senhor te conceda a audácia de Débora
E a valentia de Ester e de Judite.
Que te encha da alegria como a Ana
E de lealdade
E de amor fiel como Rute.
Que possas cantar e dançar
Junto ao mar
Como Maria a profetiza
E que, como Maria de Nazaré,
Proclames a grandeza do Senhor,
No triunfo dos famintos e dos humildes.
Que chegues a encontrar-te com Jesus, o Senhor,
Como o encontraram Maria Madalena e Marta
E Salomé e a Samaritana.
Ele lhes devolveu a dignidade
E a liberdade e lhes deu um nome novo.
E que, como aquela mulher encurvada
De quem Jesus se aproximou e pôs de pé,
Possas tu viver erguida
E ajudar a erguer a outros, a outras.
Porque ela
E tu,
e nós
e todas as mulheres e homens,
somos chamados e chamadas
a pôr-nos de pé,
glorificando a Deus.
Autor desconhecido.
ASCENSÃO: Minhas testemunhas. (Lc 23,46-53)
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Maria Cristina Giani, Missionária de Cristo Ressuscitado - MCR.
Em algumas famílias continua se escutando a saudação carregada de tradição e carinho: “Benção Pai, benção Mãe...”. E o pai e mãe dão a benção, desejando o melhor bem para esse filho que chega ou parte, rezando no íntimo de seu coração para que Deus o cuide, o proteja, e o conduza nessa nova etapa do dia.
Esta cena familiar pode nos ajudar a compreender os sentimentos de Jesus e sua comunidade de amigos e amigas na hora de sua partida definitiva ao Pai.
O evangelho nos apresenta novamente ao Ressuscitado no meio dos seus, confirmando-os na certeza da Sua vitória da qual eles são testemunhas.
Para adentrar-nos na nova etapa que inicia à comunidade cristã, é necessário entender um pouco mais o sentido de ser testemunha. As testemunhas são aquelas pessoas que com sua palavra e com sua vida dão veracidade a um fato ou acontecimento.
Isto quer dizer que, quando Jesus disse para os discípulos e discípulas que sejam suas testemunhas, está confiando a eles que com suas vidas confirmem a veracidade de sua Ressurreição.
Sem dúvida é admirável esta confiança do Ressuscitado. Ninguém melhor que Ele para conhecer a fragilidade da incipiente comunidade, assim como ninguém melhor que Ele para conhecer o amor dela.
É por isso que lhes promete que serão revestidos da força do alto. Desta maneira se cumprem as palavras do apóstoloPaulo: “Todavia, esse tesouro nós o levamos em vasos de barro, para que todos reconheçam que esse incomparável poder pertence a Deus e não é propriedade nossa” (2Cor4,7).
Esta confiança de Jesus se estende até os nossos dias. Ele continua deixando a credibilidade de seu projeto de Vida nas mãos dos cristãos e cristãs de hoje, para que com suas palavras, mas sobretudo com suas vidas continuem anunciando e confirmando que Deus Pai ressuscitou seu Filho crucificado! E por isso todos os crucificados deste mundo, a criação crucificada tem esperança, a morte não é a última palavra.
Desta certeza brota a alegria e a missão dos seguidores e seguidoras de Jesus, estar ao lado daqueles que de diferentes formas vivem a cruz para lhes oferecer uma porta de esperança, de possibilidade de vida nova.
O Papa Francisco, com suas palavras e com seus gestos nos ensina como ser testemunhas da ressurreição nos tempos que correm. Sua viagem à ilha grega de Lesbos em abril deste ano é uma prova disso. Foi ao lugar onde milhares de homens e mulheres chegam atravessando enormes dificuldades em busca de uma vida melhor, mas devem ficar num campo de refugiados até que alguma porta se abra.
O Papa, junto com o Patriarca Bartolomeu, visitou o campo de refugiados e sinalizou o motivo: “é para estar com vocês e escutar suas histórias. Viemos para atrair a atenção do mundo inteiro diante desta grave crise humanitária e para implorar uma solução para ela”. Colocou-se ao lado destes irmãos crucificados para com sua pessoa e sua voz gritar ao mundo a injustiça que vivem e buscar soluções. E com o gesto de levar três famílias sírias (no total 12 pessoas) para morar no Vaticano, mostrou que é possível abrir portas de esperança.
Peçamos hoje, nesta festa da Ascensão de Jesus, como comunidade cristã a benção do Ressuscitado, para continuar sendo suas testemunhas neste tumultuado século XXI.
Neste dia em que também celebramos o dia das mães, peçamos a benção de Deus Pai-Mãe para todas as mães brasileiras, especialmente para aquelas que estão vivendo momentos mais difíceis.
BENÇÃO DA MULHER
Que o Senhor te conceda a audácia de Débora
E a valentia de Ester e de Judite.
Que te encha da alegria como a Ana
E de lealdade
E de amor fiel como Rute.
Que possas cantar e dançar
Junto ao mar
Como Maria a profetiza
E que, como Maria de Nazaré,
Proclames a grandeza do Senhor,
No triunfo dos famintos e dos humildes.
Que chegues a encontrar-te com Jesus, o Senhor,
Como o encontraram Maria Madalena e Marta
E Salomé e a Samaritana.
Ele lhes devolveu a dignidade
E a liberdade e lhes deu um nome novo.
E que, como aquela mulher encurvada
De quem Jesus se aproximou e pôs de pé,
Possas tu viver erguida
E ajudar a erguer a outros, a outras.
Porque ela
E tu,
e nós
e todas as mulheres e homens,
somos chamados e chamadas
a pôr-nos de pé,
glorificando a Deus.
Autor desconhecido. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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