Galaxy A9: celular Samsung com câmera quádrupla tem data de lançamento no país
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Galaxy A9: celular Samsung com câmera quádrupla tem data de lançamento no país
Smartphone se destaca pelo conjunto fotográfico e ficha técnica intermediária. Preço ainda é mistério.
Por Bruno de Blasi, da redação
O primeiro celular da Samsung com sistema quádruplo de câmeras tem data de lançamento no Brasil: o preço do Galaxy A9 (2018) será divulgado em 22 de janeiro, num evento que a gigante asiática marcou em São Paulo. O smartphone chamou a atenção durante o anúncio global devido ao conjunto fotográfico e à ficha técnica intermediária, com memória RAM de até 8 GB no exterior, a mesma vista na edição turbinada do Galaxy Note 9. Todos os detalhes sobre o telefone serão conhecidos daqui a duas semanas.
O celular foi anunciado em outubro de 2018 no mercado internacional. Ele vai chegar ao país poucos meses após o lançamento do Galaxy A7 (2018), o primeiro com câmera tripla da marca no país.
A parte de trás do Galaxy A9 comporta a poderosa câmera quádrupla, cujos sensores e lentes se dividem desta forma:
24 megapixels (abertura de f/1.7).
8 megapixels com lente grande-angular (f/2.4).
10 megapixels com lente teleobjetiva (f/2.4).
5 megapixels com sensor de profundidade – para fotos com o famoso modo retrato.
A câmera frontal com lente única também tira fotos em 24 megapixels.
Além do conjunto fotográfico, a ficha técnica traz processador Snapdragon 660, chip octa-core com velocidade de até 2,2 GHz. No exterior, o celular foi anunciado em edições com memória RAM de 6 GB ou 8 GB, ambas com armazenamento de 128 GB. A Samsung, porém, não informou se os dois modelos serão comercializados no Brasil.
Ficha técnica do Galaxy A9 (2018)
Tamanho da tela: 6,3 polegadas
Resolução da tela: Full HD+ (2220 x 1080 pixels)
Painel da tela: Super AMOLED
Câmera principal: quadrúpla (20, 10, 8 e 5 MP)
Câmera frontal (selfie): 24 MP
Sistema: Android 8 Oreo
Processador: Snapdragon 660 (8 núcleos e 2,2 GHz)
Memória RAM: 6 GB ou 8 GB
Armazenamento: 128 GB
Cartão de memória: microSD de até 512 GB
Capacidade da bateria: 3.800 mAh
Dual SIM: sim
Telefonia: LTE
Peso: 183 gramas
Cores: azul, rosa e preto
Fonte: www.techtudo.com.br
NO CALENDÁRIO OU NA VIDA? Frei Petrônio (Segunda-feira 14, direto de Mogi das Cruzes/SP).
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ, fala sobre o tema da “Palavra do Frei Petrônio”, neste mês de Janeiro- No Calendário ou vida- uma reflexão sobre o Ano Novo. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 14 de janeiro-2019.
*CURSO DE VERÃO-2019. De 9-17 de janeiro: “Migração não é um problema, é uma oportunidade”
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Com a assessoria de Rosita Milesi, o Curso de Verão deste domingo, dia 13, abordou uma questão relevante quando se fala em migração. Advogada, diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos e Assessora da Pastoral dos Refugiados da CNBB, Rosita falou sobre os avanços e dificuldades da legislação brasileira para atender a questão migratória no país.
A nova lei (13.445), em vigor desde novembro de 2017, é considerada um marco para a história brasileira. “O Brasil passou por um longo período seguindo uma lei feita na fase militar, mais voltada para a segurança nacional que trazia desconfiança e rejeição ao estrangeiro. Apesar da demora em se ter uma nova proposta aprovada, celebramos esta conquista pelo seu teor humanitário e por seguir conceitos da nossa Constituição”, disse.
Apesar do avanço, Rosita acredita que o país ainda deixa a desejar em relação aos mecanismos de acesso para colocar em prática o que prevê a legislação. “Temos uma lei que garante direitos importantes aos migrantes, porém, precisamos nos esforçar mais para que essas medidas sejam inseridas, de forma efetiva”, avaliou.
Humanitária – Rosita enfatizou que, independente da legislação, é fundamental priorizar o tratamento humanitário aos migrantes, que eles precisam ser vistos como seres humanos. “É necessário compreender que a migração não é um problema, mas sim uma oportunidade. É preciso olhar o próximo com um olhar de irmão, vencendo a discriminação, o preconceito e a desconfiança”.
Atitudes que parecem ser simples, como a utilização de termos e expressões, podem contribuir com a vivência dos migrantes, que enfrentam diversas dificuldades para sobreviver. “Dizer que o imigrante, por exemplo, é um ser humano ilegal no país pela falta de documentação não é um termo digno. O ato é considerado irregular, mas não o torna um ser humano ilegal”.
*NOTA: O Curso de Verão é Popular (9-17 de janeiro-2019, em São Paulo, ecumênico e realizado em mutirão é organizado para um grande número de pessoas e, ao mesmo tempo, garante trabalho em pequenos grupos. Dentro da proposta metodológica da Educação Popular, combina reflexão e criatividade, arte e celebração, além da convivência fraterna e o compromisso transformador no retorno à prática nas pastorais e movimentos sociais. Tem caráter nacional, mas é aberto à participação de pessoas de outros países que falem/entendam a língua portuguesa. Dedica especial atenção às juventudes, que iniciam a sua militância pastoral e social.
Fonte: https://ceseep.org.br (Facebook)
ARCOS DA LAPA/: A Novidade do Verão
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SEXTA-FEIRA 11: Aniversariante do dia.
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"As nossas orações ao nosso mestre da educação de Brasília que, com humildade, dedicação e amor, está transformando a Escola Maria Montessori de Brasília porque "Onde tem um Carmelita, tem o Carmelo", logo, toda Província, na pessoa do Frei Eduardo, está na Montessori. E tenho dito"!!!!
Fé cega, faca amolada
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Todos são iguais perante a lei, e o Estado é laico
A fé religiosa é uma bênção para os que creem porque lhes permite driblar o paradoxo trágico de nascer e viver para morrer no final. Acreditar em uma outra vida, melhor, em outra dimensão, anima e consola a consciência da precariedade, fugacidade e miséria da condição humana.
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Nós não valemos nada, mesmo os mais poderosos, estamos todos por um fio, uma artéria, um caminhão, um vírus, uma doença, uma bala. Em segundos, quem estava já não está mais. Não há deus, santo ou entidade que resolva. Mas, apesar disso, nunca tantas pessoas foram mortas na história em nome de Jesus, de Alá, de Maomé, de Lutero e, quem sabe um dia, do bispo Macedo.
Fé não se discute, é assunto de foro íntimo, como a vida sexual e fisiológica e as neuroses. O problema não é a fé, felizes dos que têm, é tentar impô-la aos outros, querer salvar quem não quer ser salvo ou não acredita em salvação.
Se cada um respeitasse as leis morais de sua religião, que são todas parecidas em valores básicos, honestidade, trabalho, solidariedade, respeito a velhos e crianças, não roubar, não matar e outras obviedades milenares... Os ateus estão dispensados. Mas quem respeita? Por medo do inferno ou pela absolvição no Juízo Final? Se todos os que creem respeitassem plenamente as normas que eles mesmos escolheram já seria um grande adianto para a Justiça dos homens — a que todos estão submetidos numa democracia.
Há corruptos e assassinos de todas as fés e fezes, ninguém é melhor ou pior por crer ou não. Todos são iguais perante a lei, e o Estado é laico.
É laico depois de séculos de domínio da Igreja Católica, pelo fracasso devastador do modelo que integra religião e Estado, com uma história farta de perdas e danos à liberdade e progresso dos cidadãos. Tudo em nome de Jesus. Fonte: https://oglobo.globo.com
FREI TIAGO OLIVEIRA DA CRUZ: Aniversariante do dia.
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10/01/1983!! Há exatamente 36 anos eu nascia para a vida!! Eis me aqui Senhor para servir, eis me aqui Senhor no teu altar para celebrar o dom da minha vida!! Obrigado meu Deus por mais esta oportunidade que a vida me concede!! Frei Tiago (Fonte: Face)
Catadora vai à formatura carregando as latinhas que pagaram sua faculdade na Paraíba
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“Eu tinha que ser alguém na vida, não ser só sucateira, mas ter um curso superior pra dar exemplo para as minhas filhas."
Foto: David Silva/Alian Eventos
A paraibana Luciene Gonçalves, 35 anos, conseguiu pagar os quatro anos do curso de serviço social em uma faculdade particular de Souza, no sertão da Paraíba, com o dinheiro arrecadado da venda de latinhas de alumínio.
A conquista serve de inspiração para as filhas que estão concluindo o ensino médio. O segredo para a vitória foi não perder tempo reclamando dos problemas da vida. “E eu sempre digo ao meu marido que não reclame, pois quem reclama não sai da lama”, disse a sucateira ao G1.
Ela entrou na faculdade junto com o marido, Pedro Filemon, 35 anos, também sucateiro e que escolheu estudar administração, após Luciene insistir para que ele participasse da seleção.
“Eu tinha que ser alguém na vida, não ser só sucateira, mas ter um curso superior pra dar exemplo para as minhas filhas. Tem gente que trabalha em escritório e diz que não tem tempo para estudar. Eu trabalho dentro da sujeira e pra mim não faltou garra para terminar meus estudos. Tem gente que reclama de barriga cheia”, afirma Luciene.
Luciene largou os estudos para trabalhar e ajudar a família. Dez anos depois de concluir o ensino médio, ela voltou para a sala de aula. “Serviço Social foi feito pra mim. Eu gosto muito de ajudar as pessoas. E depois que entrei no curso e fiz estágios, tive a certeza de que aquilo foi feito para mim”, diz.
Quando estava prestes a terminar o curso, o pai de Luciene ficou doente e ela era única pessoa que poderia acompanhá-lo na hemodiálise 3 vezes por semana.
“Às vezes chegava na sala de aula chorando, mas também amigas que foram como irmãs, que me apoiaram. Essa foi a época mais difícil, pois ocorreu quando eu já estava fazendo meu trabalho de conclusão de curso”, lembra Luciene.
No baile de formatura, ela decidiu homenagear o marido, que abriu mão de participar da comemoração. Luciene entrou no baile carregando latinhas e as imagens da festa emocionaram os internautas. “Eu quis homenagear e confesso que estou um pouco surpresa com a repercussão que está tendo”, conta. Fonte: https://razoesparaacreditar.com
O papel da imprensa
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POR MERVAL PEREIRA
É interessante notar que a importância da imprensa para a democracia vem sendo destacada nos primeiros dias do novo governo Bolsonaro por ministros e autoridades militares, que demonstram publicamente compreender melhor o papel dos meios de comunicação do que o candidato eleito durante sua campanha vitoriosa.
O próprio agora presidente Bolsonaro vem reajustando seu discurso, e ontem admitiu que a imprensa livre é fundamental para a democracia. Mas continua misturando verba publicitária com isenção jornalística. Em seu discurso de posse, o novo ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva foi objetivo: “A presença da mídia nos importa e nos conforta. Mais do que reproduzir notícia, ela nos avisa, nos cobra quando é necessário e sempre ajuda a dar transparência a nossas atividades.”
O ministro Santos Cruz, da Secretaria de Governo, também defendeu o papel da imprensa no combate à corrupção: “A maneira mais eficaz de se combater a corrupção, além das medidas de gestão, além do uso da tecnologia no controle dos gastos públicos, é a divulgação, é a publicidade. Tem que divulgar tudo o máximo que puder. Tem que estar aberto para a imprensa, tem que fornecer todos os dados possíveis.”
O ministro disse ainda que o governo está exposto a todo tipo de avaliação e informações que deveriam ser divulgadas. "Nós vamos estar completamente expostos. Eu não tenho medo dessa exposição, todo mundo aqui vai estar exposto a todas as avaliações e informações que devem ser divulgadas", concluiu.
Também o tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, o novo Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), foi assertivo em seu discurso de posse: “Quanto maior for o zelo com a higidez e a intelectualidade de nosso efetivo, maior será o retorno para a sociedade que por ele é protegida”, começou Bermudez, destacando a importância da inteligência na atuação da Força.
“Haveremos de continuar incentivando a perfeita relação com a mídia, que tanto contribuiu para a construção da reputação de nossa Força nesses 78 anos de existência, criando conteúdos relevantes, pois relevante é nossa missão, assim como é determinante o papel da imprensa”, que ele definiu como o canal de conexão com a sociedade.
É justamente essa a atribuição da imprensa, fazer com que o Estado conheça os desejos e intenções da Nação, e com que esta saiba os projetos e desígnios do Estado, como ressaltei no meu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras. “Um bom jornal é uma nação conversando consigo mesma”, na definição do teatrólogo americano Arthur Miller.
Para Rui Barbosa, a imprensa é a vista da nação. “Através dela, acompanha o que se passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam ou roubam, percebe onde lhe alvejam ou nodoam, mede o que lhe cerceiam ou destroem, vela pelo que lhe interessa e se acautela do que ameaça”.
O presidente americano Thomas Jefferson entendeu que a imprensa, tal como um cão de guarda, deve ter liberdade para criticar e condenar, desmascarar e antagonizar. “Se me coubesse decidir se deveríamos ter um governo sem jornais ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir a última solução”, escreveu ele.
No sistema democrático, a representação é fundamental, e a legitimidade da representação depende muito da informação. Os jornais nasceram no começo do século XIX, com a Revolução Industrial e a democracia representativa. Formam parte das instituições da democracia moderna.
A “opinião pública” surgiu através principalmente da difusão da imprensa, como maneira de a sociedade civil nascente se contrapor à força do Estado absolutista e legitimar suas reivindicações no campo político. Não é à toa, portanto, que o surgimento da “opinião pública” está ligado ao surgimento do estado moderno.
Com o advento das novas mídias sociais, os jornais perderam a exclusividade da formação da opinião pública, mas continuam sendo um “contrapoder”, importante para a institucionalização democrática dos países. É o jornalismo, seja em que plataforma se apresente, que continua sendo o espaço público para a formação de um consenso em torno do projeto democrático. Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com
Nota de repúdio contra o projeto de educação binária da Ministra Damares Alves
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Os grupos de pesquisa “Psicologia e Estudos de Gênero” e “Psicologia, Política e Sexualidades”, filiados à Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) partilharam uma nota de repúdio frente à declaração da Ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Sra. Damares Alves, de que “meninos vestem azul, e meninas rosa”.
Foi com perplexidade que os Grupos de Pesquisa “Psicologia e Estudos de Gênero” e “Psicologia, Política e Sexualidades”, filiados à Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP), tomaram conhecimento, por meio das redes sociais, das declarações da Exma. Ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Sra. Damares Alves. Em vídeo, com franca epifania acelerada, junto a apoiadores/as, a Ministra fala do começo de uma “nova era” na qual meninos usam azul e meninas usam rosa. No que pesem as metáforas, está posto que se faz uma alusão fascista ao binarismo de gêneros e à exigência de sua reificação metonímica como verdade inexorável.
Há décadas, diversos estudos em Psicologia e Educação demonstram que a identidade de gênero é uma complexa construção psicossocial e corporal. E isso se faz mais observável justamente pelo fato de que mesmo na presença de regras para moldarem os corpos em um gênero específico, as pessoas constroem formas diversas para expressarem suas identidades de gênero. Esta diversidade deve ser estimulada e não censurada. Pesquisas sobre o suicídio em adolescentes demonstram inclusive que os/as mais vulneráveis a atentarem contra a própria vida são justamente aqueles e aquelas que são reprimidos/as em suas expressões de identidades de gênero e sexuais. Outros estudos em História e Sociologia demonstram que em sociedades marcadas pela rigidez dos binarismos de gênero, há um alto índice de desigualdade social e violência de gênero, majoritariamente, do gênero masculino sobre o feminino. Portanto, declarações como estas proferidas pela atual Ministra são absolutamente perigosas, pois estimulam atrasos científicos e aos direitos sociais que terão repercussões muito negativas na cultura e na vida em sociedade.
No que exatamente está pautada a “nova era” alardeada pela Ministra? Seu histórico e o contexto no qual seu discurso foi proferido levam a deduzir que se trata de um fundamento religioso. Enquanto cientistas, é nosso dever fundamentar e transmitir à população as conclusões de nossas investigações. Enquanto cidadãs e cidadãos é nosso dever reivindicar que o Ministério por ela liderado fundamente suas políticas na laicidade do Estado, na igualdade e preservação da diversidade social, e no que a ciência deste país – que é majoritariamente financiada com verba pública -, consegue como resultado de suas pesquisas. É inadmissível que, em pleno século XXI, declarações binárias como as proferidas pela Ministra sejam naturalizadas. Ao exigir que meninos e meninas se vistam com qualquer cor que seja, a Ministra nega a diversidade de expressões de gênero. Reafirma com isso o modo abjeto pelo qual pessoas travestis e transexuais vêm sendo tratadas neste país, que carrega a desumana marca de ser o país que mais mata no mundo cidadãs e cidadãos brasileiras e brasileiros.
O que temem aqueles/as que fixam as normas de gênero em preceitos binários?
Como demonstram os estudos sobre violência contra as mulheres, o fascismo binário teme que, ao flexibilizar as normas de gênero, os homens percam seus privilégios há séculos reafirmados devido à naturalização arbitrária de sua superioridade sobre as mulheres. Outro temor constante, como demonstram os resultados de pesquisas sobre violência contra crianças e adolescentes, advém da crença naturalizada na superioridade adulto cêntrica masculina em relação aos corpos de crianças e adolescentes, sobretudo as do sexo feminino. Tal adulto centrismo machista garante aos homens o imaginário privilégio de direito sobre estes corpos infantis em desenvolvimento. Tal superioridade é fato histórico, cultural, fruto de disputa de discursos e conjunturas sociais e não uma condição natural da vida em sociedade. O ser humano não se socializa por instintos, mas pela palavra, pela articulação social, pela política, pela negociação dos desejos.
Portanto, não há nada a ser celebrado na anunciação desta “nova era”. De nova, não há nada, pois bem antes da Idade Média os governos, assustados com a divisão do poder com as mulheres, recorreram avidamente à preservação das regras binárias de gênero. O que se viu desde então foi uma carnificina de todas as pessoas dissidentes a estes padrões de identificação de gênero, bem como a exclusão simbólica do feminino nas relações de acesso ao poder e/ou à produção de saber.
Deste modo, é em função de nossa imensa preocupação que registramos aqui nosso repúdio a toda e qualquer reificação binária dos gêneros, não apenas porque nega décadas de trabalho que a ciência brasileira vem realizando, com dificuldade, para demonstrar que o ideal é incentivar a diversidade de expressão de gênero como estratégia ética de convívio social solidário e equânime, mas, principalmente, porque tais declarações binárias têm demonstrado nefasto resultado na vida cotidiana das pessoas que ousam questionar os privilégios arbitrários deste binarismo. O que a ciência vem demonstrando, assim como as relações sociais nos países democráticos é que, como ser humano, cada pessoa deverá vestir a cor que quiser, que lhe cai bem ao gosto próprio e não ao gosto de governantes.
Com profunda indignação, subscrevemo-nos, Grupos de Pesquisa e Trabalho filiados à ANPEPP: Psicologia e Estudos de Gênero e Psicologia, Política e Sexualidades, 01/2019. Fonte: https://cebi.org.br
Jovem saudita foge da família, denuncia abusos e faz barricada em hotel na Tailândia
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Rahaf Mohammed al-Qunun, de 18 anos, diz temer pela vida na terra natal e querer asilo para continuar sua educação após ser barrada em aeroporto.
DUBAI — Uma jovem saudita que fugiu de sua família e sofria ameaças de deportação na Tailândia mobilizou autoridades de imigração e comoveu o mundo nesta segunda-feira depois de se entrincheirar em um quarto de hotel e gravar um vídeo em que denunciava o medo da repatriação e pedia asilo. Autoridades tailandesas, que inicialmente defendiam colocá-la logo de manhã em um avião rumo à terra natal, autorizaram-na a permanecer no aeroporto de Bancoc antes de suspender totalmente o plano de deportação e oferecer-lhe proteção no país.
Rahaf Mohammed al-Qunun, de 18 anos, fez uma barricada no quarto de hotel e impediu agentes tailandeses de escoltá-la até o avião. A jovem, que estava no terminal desde sábado, quando teve a entrada no país negada, alegou temer ser morta pela família em casa.
O Ministério de Relações Exteriores saudita negou ter confiscado o passaporte da jovem, como ela alegava, e atribuiu o veto à entrada na Tailândia pela violação das leis imigratórias do país. A Tailândia, por sua vez, rejeitou as acusações da adolescente de que a tenham barrado a pedido da Arábia Saudita. As autoridades do país ressaltaram que a saudita tentou entrar no território estrangeiro sem a documentação apropriada.
Nesta segunda-feira, Qunun postou um vídeo no Twitter em que mostrava a porta do quarto de hotel bloqueada por uma mesa e um colchão. À agência Reuters, a adolescente contou que fugiu do Kuwait durante uma viagem da família ao país do Golfo. Ela pretendia seguir da Tailândia até a Austrália e pedir asilo. Antes disso, foi detida ao deixar o avião em Bangcoc e informada de que seria deportada.
— Meus irmãos e família e a embaixada saudita estarão esperando por mim no Kuwait — alertou Qunun, no domingo. — Eles vão me matar. Minha vida está em perigo. Minha família ameaça me matar pelas coisas mais triviais. Fonte: https://oglobo.globo.com
Família suspende velório em Alagoas por acreditar que jovem ressuscitaria
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Uma situação inusitada mobilizou a pequena cidade de Delmiro Gouveia, no sertão de Alagoas, nesta sexta. A família da jovem Jéssica Lima, de 23 anos, que havia falecido na quinta-feira vítima de uma infecção generalizada, suspendeu o enterro e chegou a retirar o corpo do caixão por acreditar que ela ressuscitaria.
Segundo a Polícia, os pais da jovem, evangélicos e muito religiosos, ficaram inconformados com a morte de Jéssica, e acreditaram quando outros parentes disseram que o corpo da jovem não estava gelado ou rígido e que teriam visto ela se mexer. Além disso, outra parente, também evangélica, afirmou ter feito orações e recebido a resposta de que a jovem ressuscitaria no dia seguinte.
Segundo o policial civil Fabiano Menezes, da Delegacia Distrital de Delmiro Gouveia, dois médicos foram levados até a casa da família, onde ocorria o velório, para examinar o corpo e reforçaram que ele apresentava todas as características de um cadáver. A família apenas concordou em prosseguir com o enterro quando algumas partes do corpo de Jéssica já aparentavam estar em estágio de decomposição.
— A jovem já saiu do hospital com o laudo de morte e não havia do que duvidar, mas a família, muito ligada a princípios religiosos, acabou se agarrando a ideia de um milagre. O que pode ter acontecido, por exemplo, é o corpo ter liberado algum gás, o que é normal. E como o corpo saiu do hospital e não foi examinado no IML, quando alguns órgão chegam a ser retirados, a impressão que eles tinham é de que o corpo estaria pronto para volta à vida — explicou Menezes.
Após muitas discussões, e ainda contra a vontade da família, Jéssica foi enterrada por volta das 17h do mesmo dia, oito horas após o previsto. O carro onde o caixão foi levado foi acompanhado não só por familiares como também outros moradores, curiosos para saber como terminaria a história. Fonte: https://extra.globo.com
(Com pesquisa e informação do correspondente do olhar, Frei Reinaldo Paraíso, O. Carm /RJ).
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