O 20 de novembro e o negro no Brasil de hoje
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De todos os africanos transportados para as Américas através do tráfico atlântico entre os séculos XVI e XIX, cerca de 40% deles tiveram o Brasil como país de destinação. De acordo com os resultados do último censo populacional realizado pelo IBGE em 2010, a população negra, isto é, preta e parda, constitui hoje cerca de 51% da população total, ou seja, 100 milhões de brasileiros e brasileiras em termos absolutos. O que faz do Brasil o maior país da população negra das Américas, e mesmo em relação à África dita Negra, o Brasil só perde da Nigéria, que é o país mais populoso da África Subsaariana.
Mas qual é o lugar que essa população negra ocupa no Brasil de hoje depois de 130 anos da abolição da escravatura? Responderia que este lugar entrou no processo afirmativo de sua construção somente a partir dos últimos vinte anos no máximo. Se depois da assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, o Brasil oficial tivesse desde já iniciado o processo de inclusão dos ex-escravizados africanos e seus descendentes no mundo livre e no mercado de trabalho capitalista nascente, a situação do negro no Brasil de 2018 seria certamente diferente em termos de inclusão social. Nada foi feito, pois o negro liberto foi abandonado à sua própria sorte e as desigualdades herdadas da escravidão se aprofundaram diante de um racismo sui generis encoberto pela ideologia de democracia racial. Trata-se de um quadro de desigualdades raciais acumuladas nos últimos mais de trezentos anos que nenhuma política seria capaz de aniquilar em apenas duas ou três décadas de experiência de políticas afirmativas. Por isso, a invisibilidade do negro, ou melhor, sua sub-representação em diversos setores da vida nacional que exigem comando e responsabilidade vinculados a uma formação superior, ou universitária e técnica, de boa qualidade é ainda patente.
Era preciso começar a partir de algum momento, em vez de ficar eternamente preso ao mito de democracia racial que congelou a mobilidade social do negro nesses 130 anos da abolição. O início é como todos os inícios, geralmente lento, pois encontra em seu caminho hesitações, resistências e inércia das ideologias anteriores. Mas, de qualquer modo, se começou sem recuo, como se pode perceber hoje em algumas áreas como a Educação. As universidades que adotaram políticas de cotas para ingresso de negros e indígenas tiveram nos últimos dez anos um número de alunos negros e indígenas proporcionalmente superior ao de todos os negros que ingressaram em suas escolas durante quase um século da criação da universidade brasileira. Dizer que essas políticas são paliativas, como ouvi tantas vezes, não condiz com o progresso de inclusão observável e inegável. Certo, concordamos todos que é preciso melhorar o nível da escola pública, realidade à qual ninguém se contrapõe, apesar da consciência de que a escola pública não melhorará amanhã diante dos lobbys dos donos das escolas privadas e da falta da mobilização da sociedade civil brasileira em todas as suas classes sociais para mudá-la.
A data de 13 de maio é sem dúvida uma data histórica importante, pois milhares de pessoas morreram para conseguir essa abolição jurídica, que não se concretizou em abolição material, o que faz dela uma data ambígua. Na versão oficial da abolição, coloca-se o acento sobre o abolicionismo, mas se apaga ao mesmo tempo a memória do que veio antes e depois. Nesse sentido, a abolição está inscrita, mas esvaziada de sentido. A Lei Áurea de 13 de maio de 1888 é apresentada como grandeza da nação, mas a realidade social dos negros depois desta lei fica desconhecida. Visto deste ponto de vista, o discurso abolicionista tem um conteúdo paternalista. A questão do negro tal como colocada hoje se apoia sobre uma constatação: o tráfico e a escravidão ocupam uma posição marginal na história nacional. No entanto, a história e a cultura dos escravizados são constitutivas da história coletiva como o são o tráfico e a escravidão. Ora, a história nacional não integra ou pouco integra os relatos de sofrimento, da resistência, do silêncio e participação.
Se depois da assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, o Brasil oficial tivesse desde já iniciado o processo de inclusão dos ex-escravizados africanos e seus descendentes no mundo livre e no mercado de trabalho capitalista nascente, a situação do negro no Brasil de 2018 seria certamente diferente em termos de inclusão social.
A abolição da escravatura é apresentada como um evento do qual a República pode legitimamente se orgulhar. Mas a celebração da data até hoje tenta fazer esquecer a longa história do tráfico e da escravidão para insistir apenas sobre a ação de certos abolicionistas e marginalizar as resistências dos escravizados. A mim me parece que a celebração acompanha-se de uma oposição sempre atualizada de duas memórias: memória da escravidão negativamente associada aos escravistas e a memória da abolição positivamente associada à nação brasileira. No entanto, as duas memórias deveriam dialogar para se projetar no presente e no futuro do negro, ou se constituindo numa única memória partilhada.
A proposta de transformar 20 de novembro em data da consciência negra partiu da iniciativa do saudoso poeta Oliveira Silveira, do Grupo Palmares, do Rio Grande do Sul, e virou uma iniciativa do Movimento Negro como um todo a partir do início da década de 70. Através do trabalho das entidades negras, essa proposta ganhou força em todo o País, e gradativamente passou a ser reconhecida pela mídia e pela sociedade em geral. Zumbi dos Palmares foi reconhecido oficialmente, a partir do governo Fernando Henrique Cardoso, como herói negro dos brasileiros. Hoje, o dia 20 de novembro é comemorado universalmente em todo o País, sendo considerado feriado oficial em vários estados e dezenas de municípios. Em vez de comemorar 13 de maio, data em que a princesa Izabel assinou a Lei Áurea, que aboliu a escravatura, o Movimento Negro prefere simbolicamente se concentrar na data de 20 de novembro, que tem a ver com a luta para a segunda e verdadeira abolição da escravatura. Por isso, novembro se transformou nacionalmente em mês da Consciência Negra. Ninguém se ilude ao acreditar que todos os problemas da população negra se resolvem em 20 de novembro, mas trata-se de um mês que tem um profundo sentido simbólico e político no processo de sensibilização, politização e conscientização sobre as práticas racistas e as consequentes desigualdades que dificultam a plena inclusão do Segmento Negro na sociedade brasileira. Fonte: https://jornal.usp.br
Passageiro passa mal dentro de avião e morre na Bahia
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Caso aconteceu na cidade de Vitória da Conquista, região sudoeste do estado. Homem chegou a ser atendido pelo Samu, mas não resistiu.
Um passageiro que estava a bordo de um avião que sairia de Vitória da Conquista, na região sudoeste da Bahia, em direção a Guaraulhos (SP) morreu após passar mal dentro da aeronave.
O caso aconteceu na quarta-feira (14), no voo 2268. Segundo informações da Passaredo Linhas Aéreas, o passageiro passou mal na aeronave ainda em solo. Ele foi atendido por bombeiros do aeroporto, e em seguida, por profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Apesar das manobras, o passageiro foi a óbito.
A Passaredo informou que lamenta o ocorrido e está prestando todo o apoio necessário. A causa da morte não foi revelada. Fonte: https://g1.globo.com
Criança é morta pelo pai ao tentar defender a mãe durante briga em Ibateguara, AL
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Menino de oito anos levou tiro de espingarda ao ficar na frente da mãe para evitar que ela fosse morta.
Uma criança de oito anos foi morta com um tiro de espingarda nesta segunda-feira (12) durante uma briga entre os pais na zona rural do município de Ibateguara, na região da Zona da Mata de Alagoas.
De acordo com o segundo Batalhão da Polícia Militar (BPM), no momento da discussão, o pai da criança pegou a arma para atirar contra a mulher, quando a criança entrou na frente da mãe para tentar defendê-la.
A polícia faz buscas pelo pai da criança, que fugiu do local. Fonte: https://g1.globo.com
Homem atira em pastor no altar durante culto em Mogi, diz polícia
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Fiéis detiveram homem até a chegada da polícia. Segundo informações iniciais da PM, pastor foi baleado e socorrido para hospital da cidade, onde passa por cirurgia.
Um homem baleou um pastor durante um culto em Mogi das Cruzes. O disparo foi feito em direção ao altar, durante uma pregação na noite deste domingo (11). Ele foi detido pelos fiéis da igreja até a chegada de policiais militar.
De acordo com as informações iniciais da PM, o pastor foi socorrido para um hospital particular da cidade, onde passa por cirurgia e não corre risco de morte.
A igreja fica na Avenida Lothar Waldemar Hoenne, conhecida como Perimetral. Os fiéis relataram à PM que o homem fez dois disparos na direção do pastor. Após a chegada da polícia, o suspeito foi levado para o Hospital Luzia de Pinhho Melo, por causa dos ferimentos causados para contê-lo.
O homem disse aos policias, em um primeiro momento, que entrou na igreja para roubar, mas ainda vai prestar depoimento.
A polícia apreendeu a arma dele e levou ao 1º Distrito Policial, onde o caso é registrado neste domingo. Fonte: https://g1.globo.com
A CAMINHO DO MÉXICO...
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A CAMINHO DO MÉXICO... No Aeroporto de Santo Domingo, República Dominicana neste domingo, 11 de novembro-2018. (Dia 14 chegamos no Brasil se Deus quiser!) www.instagram.com/freipetronio
Voluntários ajudam bombeiros na busca por sobreviventes em desabamento de Niterói
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Cães farejadores auxiliaram no resgate de sete vítimas. Mobilização se manterá durante toda a madrugada.
Bombeiros e voluntários já trabalham a cerca de 15h na busca por sobreviventes do desabamento do Morro da Boa Esperança, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As buscas vão continuar durante toda a noite deste sábado (10) e madrugada deste domingo (11).
Para isso, estão mobilizados 76 homens do Corpo de Bombeiros no local, além de voluntários, agentes da Guarda Municipal e da Polícia Militar. Moradores da comunidade também ajudam cedendo casas ou carregando alimentação e auxiliando os bombeiros com informações sobre a região.
A utilização de cães farejadores possibilitaram o resgate de sete das 11 pessoas encontradas nos escombros.
Na madrugada deste sábado (10), por volta das 4h, um maciço desmoronou soterrando dez imóveis, entre eles, uma pizzaria. Até às 19h deste sábado, dez pessoas morreram.
O trabalho de resgate começou logo cedo. Em meio ao barulho de pás e escavadeiras, de repente, os pedidos de silêncio na tentativa de encontrar as pessoas soterradas. Junto com os chamados dos bombeiros, a utilização dos cães.
"Essa ajuda e mobilização das pessoas está ajudando muito. Não só as equipes nas áreas mas também as equipes na retarguarda que estão dando suporte", explicou o comandante do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, o coronel Roberto Robadey.
Uma das ações dessas equipes de retaguarda foi a preparação das torres de iluminação que foram instaladas no local do desabamento para auxiliar nas buscas durante a noite/madrugada deste domingo. Fonte: https://g1.globo.com
El éxodo de centroamericanos crece mientras Guatemala y México lo reprimen
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Después de pedir durante varias horas a las autoridades guatemaltecas que les dejaran cruzar la frontera en paz, que les abrieran el portón amarillo de rejas y les permitieran avanzar hacia México, lo único que recibieron por respuestas los cientos de migrantes que forman parte de segundo bloque de la caravana, fueron negativas. No es posible, les respondían los jefes del contingente de policías antidisturbios que custodiaba el paso. Pero la determinación de los centroamericanos que integran el grupo, en su mayoría hondureños, fue mayor que la advertencia de las autoridades. La fuerza de los migrantes derribó el portón, la muchedumbre avanzó con euforia y los agentes lanzaron gases lacrimógenos para intentar detenerlos. En respuesta, lo migrantes lanzaron piedras, palos y botellas en contra de los policías. Como saldo de este primero conato, un par de decenas de heridos —entre ellos varios agentes y muchos migrantes— y una gran satisfacción de la carava por haber vencido el primer obstáculo de la jornada en su intentó por entrar a México.El reportaje es de Alberto Pradilla, publicado por Plaza Pública, 28-10-2018.
El segundo obstáculo —las fuerzas de seguridad mexicanas— no fue superado. El portón blanco de rejas ubicado a la mitad del puente Rodolfo Robles, el cual custodia la puerta de ingreso a México, no pudo ser derribado. Decenas de agentes antidisturbios de la policía federal mexicana, con el apoyo de un helicóptero y decenas de lanchas en las aguas del río Suchiate, impidieron el paso de los migrantes. Gases lacrimógenos y balas de goma fueron lanzadas desde el puente, el aíre y el agua en contra de los centroamericanos. Un hondureño de unos 26 años, identificado por sus compañeros como Henry Días Reyes, falleció por las heridas causas en la cabeza supuestamente por las balas de goma lanzadas por los guardias mexicanos. Al menos 30 migrantesmás fueron atendidos por los cuerpos de socorro guatemaltecos con síntomas de intoxicación por los gases y heridas y golpes causados por las balas de goma.
La caravana debió retroceder. Golpeados, física y emocionalmente, los cientos de centroamericanos se instalaron en la plaza de Tecún Umán, el pueblo guatemalteco donde se habían concentrado desde el pasado viernes y en el que tomaron fuerzas para continuar el viaje hacia México. En las próximas horas tienen previsto analizar la situación y definir las acciones a emprender para continuar el viaje.
El incidente del domingo ha sido el incidente más lamentable registrado desde el 13 de octubre cuando el primer grupo de la carava migrante salió de San Pedro Sula, Honduras. Y Henry Días Reyes, uno de los miles de huidos de la pobreza y la violencia, la primera víctima del éxodo.
“Para hacer prevalecer el orden constitucional”, el gobierno decretó “alerta amarilla institucional” en Tecún Umán, y dejó “la seguridad y el orden del municipio” en manos del Ejército y la Policía Nacional Civil. Además, ordenó el cierre de los comercios y la venta de gasolina “a migrantes hondureños”; y recomendó a los lugareños no salir de sus viviendas y “evitar la confrontación con los migrantes”.
Otros centroamericanos, en su mayoría salvadoreños, un tercer grupo de migrantespartió la mañana del domingo 28 de octubre de San Salvador, con el objetivo de unirse a la caravana madre que desde hace una semana avanza por territorio mexicano. Se trata, según medios salvadoreños, de un grupo de unas 300 personas, que busca cruzar la frontera guatemalteca de Pedro de Alvarado y luego seguir por la capital hasta llegar a Tecún Umán.
Bienvenida policial: “Estás en tu casa”
Mientras tanto, el gobierno del presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, ha recibido al éxodo centroamericano con acciones simbólicas y contradicciones. El viernes 19, la caravana fue reprimida con gases lacrimógenos en el puente fronterizo Rodolfo Robles, bajo un enorme cartel que decía “Bienvenidos a México”. Política de “puertas abiertas”, había anunciado el embajador en Guatemala, Luis Manuel López Moreno, minutos antes. El sábado 27, el recibimiento fue también uniformado. Lo ofreció un retén de la Policía Federal, acompañado por agentes del Instituto Nacional de Migración, que bloqueó el paso a los caminantes en la salida de Arriaga, camino a San Pedro Tapanatepec. 44 kilómetros de ruta.
“Estás en tu casa” es el nombre del plan propuesto por el Ejecutivo de Peña Nietopara los que abandonen la caravana, desistan de seguir hacia Estados Unidos y se entreguen en Migración. En teoría, tendrán acceso a sanidad, vivienda, trabajo temporal. Pero antes deberán pasar por Migración. La misma institución que mantiene encerrados en la Feria Internacional Mesoamericana de Tapachula a más de 1,700 personas. Los mismos que creyeron las promesas del Gobierno mexicano en el puente y los rezagados, pequeños grupos que trataron de alcanzar la cabecera y fueron interceptados, por no estar protegidos por la gran marcha.
“Estás en tu casa”, con una barrera policial impidiendo el paso; una alegoría de hospitalidad.
“Estás en tu casa” es una oferta que se limita a Chiapas y Oaxaca. Los dos estados más pobres de México. Cualquier cosa para que la larga marcha no llegue a la capital y, sobre todo, no prosiga su tránsito hacia Estados Unidos.
Sábado, 27 de octubre. 6.00 horas. Carretera entre Arriaga (Chiapas) y San Pedro Tapanatepec (Oaxaca)
La marcha lleva dos horas caminando, pero se detiene en el puente Arenas. Delante, una barrera de antimotines. El comisionado de Policía, Benjamín Grajeda, dice que su cometido es explicar el plan “Estás en tu casa” a los caminantes. Pudieron hacerlo en Arriaga, donde la caravana pasó la noche anterior. O en San Pedro Tapanatepec, hacia donde se dirigía la caminata. Pero no. Optaron por bloquear el paso y exhibir su fuerza. Es como un aviso. Que nadie esté tranquilo. Que sepan que, en cualquier momento, la policía mexicana puede interrumpir el camino de estos hombres y mujeres cada vez más cansados, sedientos, hambrientos, doloridos.
La marcha ha comenzado en la noche, alumbrados únicamente por las luces de las patrullas que dirigen el tráfico.
Ante la policía, la caravana se sienta. No quieren enfrentamientos ni disturbios. Tienen fresco el recuerdo del puente entre Guatemala y México. Las piedras. Las bombas lacrimógenas. El terror ante el avance de los antimotines. Con la marcha detenida, puede observarse nuevamente la magnitud del éxodo. Son cientos, miles, los que permanecen en el arcén, pacientes. La mayoría son hondureños, pero también los hay guatemaltecos, salvadoreños, nicaragüenses...
Dos horas y media después, tras una negociación entre autoridades y representantes de los migrantes, la marcha se reanuda. Han perdido dos horas y media. No es un dato irrelevante. Dos horas en la madrugada, cuando el sol todavía no quema, son dos horas sin tanto riesgo de deshidratación o insolación. Dos horas de caminata a partir del mediodía son dos horas a 40 grados, sin sombra para cobijarse, asfixiados.
“No entendemos por qué no la podían dar en Arriaga. Están poniendo en riesgo a niños, niñas, gente que va en el camino”, dice Juan José Zepeda Bermúdez, comisionado de los Derechos Humanos en el Estado de Chiapas. Explica que las organizaciones presentes emitieron medidas cautelares verbales y solicitaron una negociación. El acuerdo es ambiguo. En principio, el Gobierno podrá instalar una mesa informativa en el lugar en el que la caravana acampe, explicando las bondades de “Estás en tu casa”. Los migrantes, sin embargo, quieren que el diálogo se desarrolle en Ciudad de México. Porque no están de acuerdo con los términos de la oferta. Quieren, al menos, que los planes temporales de residencia y trabajo se extiendan a todo el territorio mexicano. No han tenido respuesta. Estamos ante otro “impasse”. Esto ocurre poco antes de la división estatal entre Chiapas y Oaxaca. Poco después veremos el cartel de bienvenida al segundo estado mexicano que transitaremos. Quizás esto se convierta en costumbre, y a cada nueva administración que se visite aparezca un contingente policial.
Hacer una oferta de acogida cortando la vía con decenas de agentes con casos y escudos suena a posición negociadora. A un mensaje claro: “no crean que tienen opciones para elegir”.
Si la propuesta tiene validez únicamente para Chiapas y Oaxaca, podemos prever que, al abandonar este estado, encontraremos algún otro comité de bienvenida.
Son las 8.30 y la caravana reanuda su tránsito.
Sábado 27. 19.00 horas. San Pedro Tacanatepec (Oaxaca).
Asamblea ante la iglesia de San Pedro Tapanatepec. El municipio, humilde, con edificios dañados desde el terrible sismo de 2017, casi en ruinas. Según organizaciones de Derechos Humanos presentes en el lugar, se han corrido rumores, hay sospecha entre la población autóctona. Algunos comercios están cerrados, no porque sea sábado, sino porque no se fían de los migrantes. El ambiente es más pesado que en jornadas anteriores. Rostros cansados. Se percibe hastío. Es normal, terriblemente normal.
La larga marcha ya tiene su propia dinámica. Los primeros, los que llegan en aventón, levantan sus champas con plásticos negros. En unos minutos, el parque, la cancha de baloncesto, la iglesia, son estancias del enorme campo de refugiados itinerante. Hay gente durmiendo, gente haciendo cola para recibir un plato de comida, gente aguardando para poder ducharse. La caravana es un ser vivo.
Margarita Núñez toma el megáfono.
Pregunta si el grupo quiere continuar o si prefiere descansar un día.
“¡Seguimos!”, es la respuesta (masculina) unánime.
Núñez se muestra contrariada. Recuerda que hay mujeres caminando solas con sus hijos. Dos, tres, cuatro chiquillos. Que no tienen tanta facilidad para subirse a los tráileres o camiones en posturas inverosímiles. Que hay hombres que se adelantan, toman los carros y dejan a las mujeres en la carretera, caminando. Que los doctores dicen que al menos 1,200 de los caminantes tienen llagas en los pies y deberían guardar reposo.
“¡Seguimos!”, gritan algunos
“¡El lunes!”, responden otros.
Una asamblea nocturna, sin apenas luz, con hombres y mujeres exhaustos, no es el lugar más eficaz para tomar decisiones.
“¡México si! ¡México no!”, en mitad de la discusión (debate, no hay acritud, solo cansancio), se escucha la voz de una niña. Repite frases que ha escuchado antes, que no vienen al caso, pero que a ella le divierten. Tiene tres años y medio, dice María Joaquina, su mamá, de 19 años y de Choluteca. Esto es muy serio, pero para ella, aferrada a los hombros de su madre, con cara pícara, puede entenderse como un juego.
Llegan a un compromiso. Saldrán a las tres de la madrugada del domingo. Habrá varias furgonetas donadas por unas religiosas ocupadas exclusivamente por madres con sus hijos. No podrán ir sus maridos. Si quieres que tu marido te acompañe, deberás caminar. Los recursos son escasos. La alternativa es caminar seis, ocho, diez horas, bajo el terrible sol de Oaxaca.
Nueva propuesta. Qué hacer al llegar a Ciudad de México. Imaginemos a este ejército de derrotados caminando por las grandes avenidas de la capital. El shock emocional. Serán los migrantes clandestinos transitando a plena luz del día en una de las ciudades más grandes del mundo. Para ello hay que organizarse. El consenso: pedir a Carlos Aguiar Retes, nuevo arzobispo de México, una homilía en la Basílica de Guadalupe como recibimiento. Esto sí sería hospitalidad y no los antimotines.
La asamblea concluye. Se sale a las 3.
Todo está a punto de trastocarse, una vez más.
Sábado 27. Algún momento de la noche. San Pedro Tapanatepec (Oaxaca)
Nadie explica cómo comenzó el relajo. Pasadas las ocho de la noche hay ambiente agitado, gente corriendo, confusión. Los medios se han marchado. Las organizaciones de Derechos Humanos se han marchado. Algo ocurre. Un hombre es acusado del robo de un bebé. Es perseguido y golpeado.
Logra ponerse a salvo. No hay versión oficial, pero los migrantes consultados concuerdan en un relato. Al parecer, se dio un pleito por un plato de comida. Alguien no quiso guardar la fila. Alguien se lo recriminó. Comenzó un conato de pelea. Una tercera persona gritó que se intentaron robarse un bebé. Y se organizó el caos.
El campo de refugiados itinerante es un universo de hombres y mujeres exhaustos, doloridos, hambrientos. Los recursos son escasos. Vienen con el dolor cargado desde casa. Proceden de contextos violentos, muy violentos. Son víctimas con dos semanas de tránsito a sus espaldas.
Decisión de urgencia. No se caminará el domingo. Hay que reorganizarse. Evitar nuevos conflictos. O, al menos, prepararse para gestionarlos. Es imposible que los conflictos no estallen en este microcosmos de hombres y mujeres agotados.
Domingo 29. 10 de la mañana. San Pedro Tapanatepec (Oaxaca). “No hubo robo de niños ni niños perdidos”, dice María Amparo Ramírez, de Ocotepeque. Habla ante la prensa frente a la parroquia convertida en refugio. En su interior comienza la misa. Su intervención viene acompaña por los primeros cánticos religiosos.
“Lo de anoche no fue parte de la caravana”, repite.
“Fue un caos mandado. Se provocó el pleito. Pasó por un chisme y golpearon a un joven. Se logró controlar la situación y no pasó a más”, dice Alexander Martínez, nicaragüense. Explica que se ha puesto en marcha un comité de seguridad. Que a los responsables se les pondrá en manos de las autoridades.
Que haya relajo es un terror para el grueso de la caravana. Recuerdan el puente. Creen que puede perjudicarles. Tienen miedo de lo que determinados medios de comunicación puedan decir de ellos. Existe una realidad inapelable: poco, muy poco ha pasado, si tomamos en cuenta que este es un campo de refugiados itinerante de personas exhaustas, hambrientas, desesperadas y víctimas de la violencia.
Jeff Valenzuela, integrante de Pueblo Sin Fronteras, explica que los migrantes han organizado un servicio de seguridad. Más de 300 personas se han sumado como voluntarias. Ante cada nueva dificultad, diferentes modos de estructurarse.
Próximo destino: Juchitán.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
O QUE FAZER EM SANTO DOMINGO, CAPITAL DA REPÚBLICA DOMINICANA.
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Confesso que quando viajei à República Dominicananão esperava encontrar muito o que fazer em Santo Domingo, afinal, a maior parte dos brasileiros que visita o país vai atrás das praias de Punta Cana.
Mas foi um grande engano. Achei foi muito interessante, pois adoro ser surpreendido com um destino que menosprezo. A capital dominicana me encantou desde o primeiro dos três dias que fiquei ali. Deu pra fazer passeios históricos, conhecer belezas naturais e praias paradisíacas do Caribe.
Quem visita Santo Domingo normalmente é levado primeiramente à Zona Colonial, afinal, estamos na primeira cidade das Américas. Ainda com boa parte das muralhas que protegiam a cidade nos tempos de colônia de pé, o bairro é bem conservado e tem passado constantemente por restaurações e urbanização.
O ponto inicial é o Parque Colón, uma praça em homenagem a Cristóvão Colombo, que descobriu a América ao desembarcar nessa região. Bem em frente à estátua do desbravador, fica a Basilica Catedral de Santa María la Menor, chamada também de Catedral de Santo Domingo ou Catedral Primada das Américas, por ter sido a primeira do continente. Ela é aberta à visitação e seu interior é bem interessante.
Na praça também fica a parada do Chu Chu Colonial, uma espécie de “trenzinho da alegria” que percorre as principais ruas do centro antigo contando sua história e mostrando os principais prédios e monumentos. Não é barato (US$12), mas enriqueceu bastante minha visita.
Se preferir, você pode percorrer a pé as principais atrações. Prefira fazer ao menos o fácil circuito do quadrilátero das ruas El Conde, Las Damas, Emiliano Tejera e voltando à praça pela Arzobispo Meriño. Ainda na praça, dá pra conhecer o Museo del Tabaco e o Museo de Ambar, uma resina fóssil muito usada na produção de joias.
Seguindo pela Calle Las Damas, você passará por diversas igrejas e museus, entre eles a última residência de Colombo, o Panteón Nacional, o Museo de las Casas Reales (no edifício que abrigava a Corte Real) e Alcázar de Diego Colón (palácio do irmão de Cristóvão Colombo), que fica na grande Plaza de España.
A Calle Arzobispo Meriño é uma das mais fotogênicas e tem lojinhas e um museu de chocolatecom degustações e até brigadeiro (um pouco diferente do nosso).
Se ainda tiver tempo por aqui, a rua paralela, a Calle Hostos, guarda as imponentes ruínas do Hospital San Nicolás de Bari, o primeiro construído nas Américas.
Na mesma rua, dá pra avistar uma subidinha em curva à direita cheia de casinhas coloridas. Embora estivesse em reforma quando eu a visitei, ela foi cenário de vários filmes, como O Poderoso Chefão II (que recriou aqui uma rua de Havanna) e O Bom Pastor, com Robert De Niro e Matt Damon e Angelina Jolie.
Seguindo mais um pouco, após a subida, chega-se às ruínas do Monasterio de San Francisco, hoje usadas para espetáculos musicais a céu aberto e outros eventos culturais.
Se o Centro Histórico já chama a atenção durante o dia, à noite ele se transforma. Suas ruazinhas são tomadas por jovens e turistas e vários daqueles prédios históricos que passaram despercebidos com a luz do sol abrem as portas e revelam modernos e animados bares e restaurantes. A rua com as melhores opções é a Calle El Conde, bem perto da Plaza Colón.
LOS TRES OJOS
Em plena região central de Santo Domingo fica o Parque Monumento Natural Cueva Los Tres Ojos, uma grande área verde protegida. Apesar da vegetação exuberante, o que atrai milhares de visitantes são as três cavernas com lagos subterrâneos de águas azuis e um quarto lago, acessível apenas de barco.
A estrutura é super bacana, com escadarias que levam os visitantes pra “debaixo da terra”. Logo na entrada, você se depara com o Lago de Azufre, pra mim o mais bonito dos tres ojos.
A visita continua pelos lagos De Las Damas e La Nevera. Nesse último, cujo nome já dá a noção do frio de sua água, parte um barco/balsa que leva até o último lago descoberto, o Los Zaramagullones. É preciso pagar RD$ 25 para o transporte (cerca de US$ 0,50).
Ao chegar a esse lago, agora descoberto, você perceberá que o tom azul da água dá cor a um surpreendente verde. Uma espécie de pier permite que o visitante chegue mais próximo da água, onde é possível inclusive alimentar os peixes com pedacinhos de pães dados por guias que estão ali em busca de alguns trocados.
Embora você seja cercado por guias logo que desembarca na entrada do parque, eles não são imprescindíveis. Dá facilmente pra fazer o percurso por conta própria em cerca de 30min. Mas se você quiser conhecer melhor a formação das cavernas e a origem da água azulada que brota dentro delas, pode valer a pena
FARO A COLÓN
O “Farol de Colombo” fica próximo do Los Tres Ojos, separados pelo Parque Mirador del Este, outra importante área verde da capital dominicana. Embora sua construção tenha começado em 1948, só foi oficialmente inaugurado em 1992, para celebrar os 500 anos do descobrimento da América, mesmo ano em que o país recebeu a visita do Papa João Paulo II (o “papamóvel” usado na época fica exposto do lado de fora).
A ideia do enorme prédio em formato de cruz com mais de 800m de comprimento é contar a história dos países americanos, além de sediar exposições esporádicas. Mas o que chama a atenção mesmo é o fato do Faro a Colón guardar os restos mortais de Cristóvão Colombo. Essa história é meio polêmica, uma vez que os espanhóis dizem que eles estão em Sevilha
BOCA CHICA
Boca Chica é um município da grande Santo Domingo a cerca de 30min de carro do centro. E é ali que fica uma das melhores praias da região.
Apesar de existir um acesso à praia com areia e barraquinhas, a maior atração ali são os beach clubs suspensos em piers com escadinhas para o mar azul cristalino (saiba tudo).
MALECÓN
O Malecón de Santo Domingo é o calçadão da orla da cidade que, embora fique de frente para o Mar do Caribe, não tem areia nem praia. O que dá pra fazer por aqui é uma caminhada. A maior faixa do malecón fica no bairro de Gascue, famoso por abrigar as principais redes hoteleiras internacionais e seus cassinos. Se você gosta de uma jogatina, vale a pena a visita.
REGIÃO MAIS MODERNA
Percebi que os dominicanos adoram falar dos shoppings. Não sei se eles são novidade por ali ou se eles gostam mesmo é de fugir do calorão caribenho dentro do ar condicionado. Foi então que fui conhecer o Ágora Mall, um dos mais famosos da cidade
Eu não indicaria, a menos que você realmente goste de shoppings. Ele é como qualquer centro de compras brasileiro. Se decidir ir, na praça de alimentação existe uma área com mesinhas ao ar livre, com uma vista simpática de Santo Domingo. Embora esse tópico tenha o título “Região Mais Moderna”, há pouco pra se fazer por aqui além do shopping. Fonte: www.essemundoenosso.com.br
Dia de los Muertos no México é dia de festa
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Além de um dia de lembranças e saudade, o Dia de los muertos (ou, Dia dos Mortos) no México é também um dia de festa, celebrado com música, fantasias, apresentações teatrais, caveiras bem simpáticas e muita alegria.
A festividade que tem origem anterior a chegada dos colonizadores espanhóis, acontece nos dias 01 e 02 de novembro, coincidindo com as celebrações católicas dos dias de Todos os Santos (01) e Finados (02) e não ocorre apenas no México. O “Dia de Muertos” também é comemorado de forma parecida em alguns países da América Central e em comunidades dos EUA (onde há grande concentração de população com origem mexicana ou centro americana).
A festa do Dia dos Mortos no México foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). A tradição cuja origem remonta há mais de 3000 anos é repleta de símbolos. Abaixo conheça alguns deles.
Caveira: vida, morte e sátira
As ‘caveiras mexicanas’ que tanto vemos por aí (quem nunca viu uma linda camiseta com elas?) têm origem na festividade.
Em algumas culturas pré-hispânicas as celebrações no dia dos mortos remontam há mais de 3000 anos. Eram festas dedicadas às crianças e aos parentes mortos, presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a ‘Dama de la Muerte’ (dama da morte), atualmente relacionada com a personagem ‘La Catrina’, do pintor, ilustrador e cartunista mexicano, José Guadalupe Posada (1852-1913).
As caveiras do artista são cheias de vida. Vestidas de gala, à cavalo, em bicicletas etc, além de belas ilustrações também carregavam em si mensagens sociais e políticas.
A ‘La Catrina’, por exemplo, é uma sátira dos indígenas que, enriquecidos durante o Porfiriato (período no qual o México esteve no controle do general Porfírio Díaz) renegavam suas origens e costumes copiando modas europeias.
Originalmente chamada de La Calavera Garbancera, La Catrina foi rebatizada assim pelo pintor mexicano Diego Rivera (1886 – 1957).
Além da ‘caveira mãe’, as festividades contam com outras caveirinhas, que estão em ilustrações, artesanatos cerâmicos e até em forma de doce (de açúcar puro, chocolate etc). Há também as Caveiras literárias, versos bem humorados nos quais a morte (personificada) interage (muitas vezes satirizando) com personagens da vida real.
Outros símbolos do Dia de los Muertos no México
Calaveras de dulce – A maioria das caveiras doces (geralmente as de açúcar) tem escrito o nome do morto. Os mais bem humorados também escrevem nome de vivos (para fazer piadinha com os amigos, por exemplo).
Flores – Assim como no Brasil, no México as famílias dedicam o 02 de novembro para limpar e enfeitar os túmulos dos parentes que se foram. As mais belas e variadas flores fazem parte da decoração e tanto lá como aqui, o Crisântemo tem destaque. Os mexicanos acreditam que essa flor, lá chamada de Cempasúchitl ou Flor de cuatrocientos pélalos (flor de quatrocentas pétalas), atrai e guia a alma dos mortos.
Pan de muertos – é um pão doce, adornado (com a própria massa) polvilhado de açúcar. Apesar de ser um simples pão, não é consumido durante todo o ano exatamente por estar associado à celebração do Día de Muertos.
Altares e oferendas – por lá, acredita-se que a alma das crianças volte no dia 01 de novembro e que a dos adultos volte no dia 02.
Na impossibilidade de se visitar o túmulo (porque ele já não mais existe, ou pela distância ou outro empecilho) as famílias montam em suas próprias casas, altares bem enfeitados, inclusive com foto (s) do (s) morto (s) e ali deixam oferendas como comida, o pan de muerto, bebidas, cigarros e brinquedos (para a alma das crianças).
Na decoração dos altares, cheia de simbolismo há desenhos do que seria o purgatório (os quais servem para pedir que o defunto saia de lá, caso por ali esteja); a Cruz de terra para que o defunto lembre de sua fé (católica) em alusão à frase “Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar”, bastante proferida nas missas de Quarta-feira de Cinzas (daí as cinzas); o papel picado, típico artesanato mexicano (parece rendado) e variados doces de abóbora (importante alimento do país, ao lado do milho, do feijão e do chile); além de imagens católicas.
Mais tradição: balões “guiam os espíritos”
Além de várias atividades para comemorar o dia dos mortos por todo o país, alguns pontos do país têm a cultura de soltar os chamados Globos de Cantoya.
Na tradição mexicana, os balões iluminados sobem ao céu para indicar aos espíritos a rota a se seguir para conseguirem chegar às suas antigas casas para o convívio de seus familiares, bem como mostrar-lhes o caminho de retorno, após a celebração.
Economia local
A celebração atrai os olhares de milhões de pessoas anualmente por conta da tradição milenar e da originalidade. O Dia de muertos é uma das atrações mais esperadas durante todo o ano pelo turismo mexicano e se tornou motivo de viagem pelo país e à capital mexicana com diferentes objetivos, de estudos antropológicos e históricos a passeios culturais ou simples diversão. Fonte: www.mochileiros.com
Atirador mata 11 em sinagoga de Pittsburgh durante cerimônia religiosa
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Tiroteio deixou seis feridos além do assassino, quatro deles policiais
A Polícia prendeu neste sábado, 27, um homem que abriu fogo numa sinagoga de Pittsburgh, uma das principais cidades do Estado da Pensilvânia, e matou pelo menos 11 pessoas, segundo as autoridades. Há seis feridos, quatro deles policiais. O centro religioso Árvore da Vida (Tree of Life) celebrava o shabat, o dia do descanso judaico, quando começaram os disparos. Três dos policiais que enfrentaram o homem ficaram feridos. O presidente Donald Trump denunciou o “ato antissemita” e defendeu o endurecimento das leis relacionadas com a pena de morte.
Logo após as 13h (14h em Brasília), fontes da investigação citadas pela agência AP identificaram o detido como Robert Bowers, de 46 anos, mas as autoridades não explicaram suas motivações.
O suspeito havia sido descrito por testemunhas como um homem branco que entrou na sinagoga ao redor das 9h45 (10h45 em Brasília) e começou a disparar de maneira indiscriminada, gritando “todos os judeus devem morrer”, segundo informou a rede CBS e sua associada local KDKA. “Estávamos celebrando o serviço [de shabat] quando ouvimos um barulho muito forte na área da entrada”, explicou Stephen Weiss, 60, ao jornal local Tribune-Review. A sinagoga, com capacidade para mais de 1.000 pessoas, está a cerca de 10 minutos do centro de Pittsburgh, no bairro de classe média Squirrel Hill, onde reside um grande número de membros da comunidade judaica, que ficou em estado de choque. Todos os moradores foram alertados a permanecer em casa. O agressor se entrincheirou no centro religioso e trocou tiros com a Polícia, mas acabou se entregando, segundo explicou a política local Erika Strassburger.
Num evento com ruralistas em Indianápolis, Trump qualificou o tiroteio de “ato antissemita”. “Não pensaria que isso poderia ocorrer”, disse. “Condenamos o antissemitismo e qualquer outra forma de mal. Nos unimos como um só povo norte-americano.”
“O que ocorreu em Pittsburgh é bastante mais devastador do que parecia no início. Falei com o prefeito e o governador para informar que o Governo está e estará ao seu lado o tempo todo”, havia escrito Trump anteriormente, em sua conta do Twitter. Antes de partir para Indiana, ele se dirigiu à imprensa para defender a pena de morte em situações como essa. “Deveríamos trabalhar para fortalecer as leis relacionadas com a pena de morte”, declarou o presidente dos EUA. E acrescentou: “Qualquer um que faça algo assim contra pessoas inocentes que estão numa sinagoga ou igreja deve pagar o máximo preço por isso.”
Trump também reafirmou sua postura habitual frente a tiroteios como o deste sábado, argumentando que o fácil acesso dos cidadãos às armas não tem ligação com esses incidentes. Ao contrário: ressaltou o fato de que as vítimas estavam desprotegidas. “Talvez as coisas tivessem sido diferentes se houvesse alguém armado”, disse. “Ver tiroteios desse tipo há tantos anos é uma pena.” O presidente completou: “É algo terrível, terrível, o que está acontecendo em nosso país com o ódio. É preciso fazer alguma coisa.”
“Estou vendo o que está acontecendo em Pittsburgh (Pensilvânia). Policiais estão na zona. Moradores da área de Squirrel Hill [bairro da sinagoga] devem permanecer em casa. Parece que há muitas vítimas. Cuidado com um franco-atirador ativo! Que Deus abençoe a todos!”.
Polarização crescente
O tiroteio deu outra sacudida na campanha das eleições legislativas previstas para 6 de novembro nos EUA, marcadas pela polarização política e social no país. O ataque ocorreu um dia após a Polícia ter detido o suspeito de enviar uma dúzia de pacotes com bombas caseiras a referentes democratas e outras personalidades odiadas pela ultradireita norte-americana. A matança de Pittsburgh também fez soar o alerta pelo auge do antissemitismo. A Polícia de Nova York ordenou o posicionamento de agentes para vigiar os centros judaicos e as sinagogas na metrópole. Ano após ano, os judeus são o grupo religioso mais castigado pelos crimes de ódio, segundo as estatísticas do FBI. O último relatório, de novembro de 2017, indicou que os judeus sofreram mais da metade dos crimes do ano anterior relacionados com a religião. Outro estudo, realizado em maio passado pelo Centro para o Estudo do Ódio e do Extremismo da Universidade da Califórnia, mostrou que os judeus sofreram 19% de todos os crimes de ódio contabilizados em 2017.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou-se desolado com tiroteio e expressou a solidariedade de todo o seu país com a comunidade judaica de Pittsburgh. O governador da Pensilvânia, Tom Wolf, chamou o ataque de “tragédia absoluta”. “Meus pensamentos estão com as vítimas e suas famílias. Vamos garantir que as forças da ordem disponham de todos os recursos necessários”, afirmou. Fonte: https://brasil.elpais.com
Morre João W. Nery, escritor trans pioneiro no Brasil, aos 68 anos
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O psicólogo e escritor carioca lutava contra um câncer no cérebro relatado em suas redes sociais
O psicólogo e escritor transexual João W. Nery morreu nesta sexta-feira (26), vítima de um câncer no cérebro que começou nos pulmões devido ao uso prolongado de cigarros. Ele estava internado no Complexo Hospitalar de Niterói, no Rio de Janeiro, e veio a óbito às 16h. A informação foi confirmada pelo amigo Lucas Ávila.
João finalizou recentemente um livro sobre vivências de pessoas transexuais na terceira idade, o Velhice Transviada, que tem previsão para ser publicado em março de 2019 e é autor de outros dois títulos, a autobiografia Viagem Solitária: Memórias de um Transexual 30 Anos Depois e Vidas Trans.
"Ele teve uma melhora recentemente e a gente estava achando que o João vinha para casa, mas piorou nesta madrugada. Hoje percebemos que ele não estava bem até que faleceu quase no final da tarde. Até o último momento ele estava sempre ocupado com o próximo livro e tinha acabado de finalizar o Velhice", disse Sheila Salewski, mulher do escritor, em entrevista à Marie Claire.
No Facebook, ele havia anunciado que o câncer que enfrentava havia atingido o cérebro. No depoimento, o carioca de 68 anos pedia para que a luta pelos direitos LGBTQI continuasse.
"Aviso: Meus querid@s, o câncer chegou no meu cérebro. Por isso quero prepará-l@s. Continuem a nossa luta por nossos direitos, se unam, não oprimam os nosso irmãos oprimidos ,já por tanta transfobia e sofrimento. Um transmasculino não precisa ser sarado, nem ter barba, nem se hormonizar ou ter pênis e se operar. Basta saber quem são e que se sentem do gênero masculino. Vamos nos respeitar, nos unir, nos fortalecer e, sobretudo, ensinar aos homens cis o que é ser um homem sem medo do feminino. Espero ainda está aqui por algum tempo, mas sei até quando", começou ele.
"Obrigado por todos que pediram pela minha saúde, mas eu também fui responsável pelo meu destino. Agradeço poder ter ajudado a tantos que estavam perdidos no meio da escuridão.Sei que outros iluminaram os seus caminhos. Façam grupos, ampliem a rede, se orgulhem de ser trams. Faremos um novo mundo! Mais humano, sem machismo, preconceito ou misogenia. Votem em candidatos que defendam os direitos LGBT. Breve estarei terminando meu novo livro "Velhice Transviada. onde falo do transvelho que sou e tb de depoimentos e outr@s tansidosos. Tema inédito na literatura brasileira. Não sei se viverei até o lançamento, mas comprem, leiam e divulguem. Ainda não sei a editora. Beijos no coração de todos e não se acovardem. Ser o que somos não tem preço, Viver uma mentira nos enlouquece", finalizou ele.
Nery, nascido Joana, foi o primeiro transexual masculino a passar por cirurgia de readequação sexual no Brasil, em 1977. Fonte: https://revistamarieclaire.globo.com
O risco de cobrir a ‘webcam’
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O auge da Internet das Coisas ameaça a cibersegurança coletiva e confunde o cidadão, preocupado com sua privacidade individual
Realidade e ficção se tocam nas preocupações dos cidadãos com sua privacidade online. Em 2018 reapareceu o golpe da webcam, com o qual hackers tentaram extorquir vários leitores da revista The Register: um e-mail anônimo lhes pedia vários milhares de dólares (em bitcoins) para manter em segredo um vídeo que supostamente haviam gravado de sua própria câmera web enquanto desfrutavam de material pornográfico em seu computador. Como suposta prova da invasão, os golpistas apresentaram a cada usuário uma senha real, que usaram para acessar um fórum que haviam invadido previamente.
Alertados por uma vítima cética, os especialistas em segurança da publicação britânica recomendaram a todos os leitores que ignorassem esse tipo de e-mail: “Não entre em pânico, não pague. É muito improvável que esse vídeo exista. Mude sua senha e considere usar a partir de agora a autenticação de fator duplo e um gerenciador de senhas para manter suas contas seguras”. O incidente revelou internautas acostumados a usar senhas fracas e, ao mesmo tempo, preocupados com um assalto à sua privacidade semelhante ao sofrido pelo protagonista de um capítulo da terceira temporada da série de ficção científica Black Mirror.
A verdade é que tecnicamente isso é possível. Também durante o verão passado, pesquisadores da empresa de cibersegurança ESET divulgaram a descoberta do InvisiMole, um novo e poderoso malware que está em circulação desde 2013 e faz exatamente isso: se disfarça como um arquivo do sistema Windows e, entre outras coisas, assume o controle da webcam e do microfone do usuário para observar suas atividades e coletar informações pessoais e documentos. Zuzana Hromcová, analista da ESET, explica que esse programa tinha permanecido sob o radar dos antivírus porque “utiliza várias técnicas para evitar sua detecção e porque só foi usado contra um pequeno número de vítimas altamente selecionadas na Rússia e na Ucrânia”.
O InvisiMole é uma ferramenta de ciberespionagem como as que o FBI usa há anos, conforme admitiu Marcus Thomas, ex-diretor adjunto da Divisão de Operações Tecnológicas da agência federal norte-americana. Também em 2013, um estudo da Universidade Johns Hopkins mostrou que é possível infectar um computador e gravar com sua webcam sem acender a luz que alerta o usuário, e os pesquisadores detalharam em seu artigo como fazê-lo em uma variedade de computadores Apple.
Se Mark Zuckerberg fizer isso...
Ser espionado pela própria webcam é uma possibilidade que vai além de golpes online e séries de televisão, e do rumor global provocado pela foto em que se vê o próprio Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, com a câmera do seu notebook coberta por um esparadrapo.
Cobrir as webcams é uma prática cada vez mais difundida, tanto em computadores para uso pessoal quanto no trabalho. E também há suspeitas generalizadas em relação aos alto-falantes inteligentes —como aqueles que a Amazon e a Apple estão lançando— especialmente depois que foi revelado na conferência global de hackers DEF COM, em agosto, um truque para transformar um alto-falante Amazon Echo em um microfone espião. No último ano, os alto-falantes inteligentes se tornaram o dispositivo mais popular da chamada Internet das Coisas, uma categoria tecnológica destinada a crescer 300% nos próximos anos.
Assim, a mais recente campanha de conscientização do projeto REIsearch da Comissão Europeia afirma que até 2025 o número de objetos conectados terá crescido até atingir 75.000 milhões, incluindo uma grande variedade de dispositivos pessoais como carros, marca-passos ou brinquedos; também eletrodomésticos, lâmpadas ou plugues; e sensores e maquinaria de infraestruturas públicas como hospitais, centrais elétricas ou redes de transporte.
Objetos inteligentes, o grande objetivo dos ‘hackers’
Para os hackers, todos esses objetos conectados são muito mais interessantes do que nossas webcams, segundo o prestigioso analista de cibersegurança Mikko Hypponen: “As pessoas podem pensar: Por que alguém iria querer piratear minha geladeira, o micro-ondas ou a cafeteira inteligente? A motivação geralmente não é manipular o dispositivo e espionar-nos com ele, mas obter acesso à nossa rede e senhas. O elo mais fraco das nossas redes não são nossos computadores ou telefones celulares, são nossos objetos conectados”, explicou Hypponen em uma conferência em Dublin na semana passada. “Se um dispositivo é descrito como ‘inteligente’, isso significa que ele é vulnerável”, lembra o especialista em todas as suas intervenções.
Essa ameaça já se tornou realidade quando, há dois anos, o ataque Miraiderrubou os servidores de Amazon, Spotify, Twitter e Netflix, além da página do The New York Times. Estes e outros 150.000 sites ficaram inacessíveis durante horas, porque houve muitas visitas ao mesmo tempo. No entanto, por trás dessas visitas não havia pessoas, mas objetos conectados à Internet (televisores, geladeiras, câmeras de segurança) que tinham sido infectados e seguiam as ordens de um malware, que os recrutou para formar um exército ou rede de robôs conectados à Internet (botnet). Foi o primeiro ciberataque em massa protagonizado pela Internet das Coisas.
O último relatório da Europol sobre o crime organizado na Internet destaca o receio de que o próximo grande ataque desse tipo possa causar uma paralisia global da Internet. E também aponta como grande preocupação a persistente ameaça dos ransomware, programas maliciosos que pedem um resgate para desbloquear o sistema de computadores que infectaram. Um deles, o Wannacry, impediu em 2017 que milhares e milhares de pessoas acessassem serviços básicos como eletricidade (na Espanha) e saúde (no Reino Unido).
Como se proteger?
Em casos como este, a Internet das Coisas foi vítima do ataque, e não o transmissor. E isso põe em questão o uso de dispositivos de saúde “inteligentes” que, pelo fato de estarem conectados à Rede, podem ser tomados como reféns em um ataque como o Wannacry e, assim, colocar em risco a vida de pacientes que dependem de seu funcionamento.
Nesse contexto, a Califórnia acaba de aprovar a primeira lei sobre a segurança de objetos inteligentes, que impõe a todos os fabricantes novas medidas de segurança (e não apenas de privacidade) a partir de 1º de janeiro de 2020.
Enquanto isso, os especialistas pedem aos usuários que sejam exigentes com a segurança dos dispositivos conectados que instalam em suas casas, que mantenham atualizado o software de todos os seus computadores, que usem gerenciadores de senha e que reforcem a segurança de suas redes domésticas. Quatro conselhos para lidar com essas ameaças em grande escala à cibersegurança coletiva... e também muito mais úteis do que um esparadrapo na webcam, se o objetivo é proteger a privacidade individual de intrusões muito pouco frequentes —fora do mundo da espionagem e de pessoas como Zuckerberg, cujos segredos valem muitos milhões de dólares. Para o internauta comum, o risco de cobrir a webcam é ter uma falsa sensação de segurança e permanecer alheio às novas ameaças da era da Internet das Coisas. Fonte: https://brasil.elpais.com
Modelo baiano vendia salgadinhos com a mãe e estreia na SPFW aos 17 anos
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Gabriel Pitta tem uma relação bem próxima com doces e salgadinhos. Desde a infância, ele ajudava a mãe em um pequeno negócio de encomendas para festas em Salvador, na Bahia, onde nasceu e foi criado. Agora, ele se prepara para estrear nas passarelas da São Paulo Fashion Week.
Gabriel divide a rotina entre trabalho e cuidados com o corpo: corre cinco vezes por semana, cuida da pele e é rigoroso com a alimentação."Tenho uma genética boa e sempre pratiquei muitos esportes, como corrida e natação", disse o modelo, em entrevista à Universa, para explicar a relação entre os quitutes e a boa forma.
Aos 17 anos, ele fará sua estreia na edição N46 da semana de moda nos desfiles da Cotton Project, na quinta-feira (25), e de João Pimenta, na sexta-feira (26), mas já participou de editoriais de moda em publicações como "Vogue", "GQ" e "Marie Claire". "Espero que eu possa ser visto pelas pessoas importantes do mercado, mas, só de estar lá, estou realizando um baita sonho."
A carreira de modelo começou em 2016, quando o baiano tinha 15 anos e conquistou o primeiro lugar do concurso Beleza Black, focado em modelos negros, na capital baiana.
"Fui muito incentivado por uma prima. Participei, acabei vencendo, gostei muito de fazer aquilo e, então, decidi que queria trabalhar como modelo", lembra.
Por dois anos, ele conciliou a carreira de modelo na capital baiana com o trabalho ao lado da mãe, fazendo entregas de doces e salgados e até servindo em algumas festas. Até que, em setembro, foi contratado pela agência Way Model e se mudou para São Paulo.
Um mês depois de deixar a terra natal, ele mantém a relação com a mãe à distância, mas garante que carrega consigo muito do que aprendeu com ela: "Levo para a vida: honestidade, humildade e respeito ao próximo. Sigo o que ela me dizia: 'faça sempre o certo que, um dia, tudo vai dar certo'". Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br
DOMINGO 21: Eita Capela bonita!
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Assassinato de travesti em São Paulo ganha matiz político à véspera da eleição
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Segundo testemunhas, vítima foi esfaqueada após discussão em frente a um bar no centro da cidade. "Com Bolsonaro, a caça aos 'veados' vai ser legalizada", teria dito um dos agressores
Uma travesti identificada, até o momento, como Priscila foi morta a facadas no Largo do Arouche, centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira, 16. Segundo uma testemunha que preferiu não se identificar, ela ouviu do apartamento os gritos de socorro. “É bem comum discussão aqui nessa região. Sempre tem um vidro quebrando, garrafa. Não é a primeira vez que acontece. O problema é que dessa vez estava bem alto. Eu abri a janela e consegui ver que tinha umas quatro ou cinco pessoas discutindo na frente do bar”, disse. “Estavam gritando, chamando de prostituta, vagabunda, agressões verbais que não lembro. E ouvi, sim, o nome de Bolsonaro nessa hora, de ‘Bolsonaro presidente’, essas coisas”, relata.
Com medo, decidiu fechar a janela. De acordo com as informações de investigadores do caso, os golpes de faca foram feitos ainda na porta do bar. Na sequência, uma outra testemunha que estava próxima ao Hotel San Raphael, no Largo do Arouche, conta que a vítima foi cambaleando para a frente do local, se apoiou em uma porta de vidro e acabou caindo perto do tapete do estabelecimento.
“No meio da briga, ouvi ‘com Bolsonaro presidente, a caça aos 'veados' vai ser legalizada'”, afirma uma testemunha que também pediu para não se identificar.
A travesti foi socorrida e levada até a Santa Casa de Misericórdia, também no centro da capital paulista, mas morreu no caminho. No momento da chegada da Polícia Militar ao local, não havia documento de identificação da vítima. O corpo foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) e, de acordo com as investigações, até o início da noite desta terça-feira não havia sido reconhecido. A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou, em nota, que um inquérito foi aberto no 3º Distrito Policial, nos Campos Elíseos, e que “diligências estão nas ruas procurando testemunhas e imagens de câmeras de segurança que possam auxiliar na identificação da autoria do crime”. A Ponte entrou em contato com o hotel e, por telefone, um atendente informou que a Polícia Civil já está com imagens de câmeras que possam ajudar a elucidar o caso. Fonte: https://brasil.elpais.com
Quarta-feira 17: Olhar do dia...
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EM FAMÍLIA...
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FAMÍLIA, SEMPRE FAMÍLIA...
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ- Filho da Comunidade Capim, Lagoa da Canoa/AL- registra imagens da sua família na Mata D`Água e Canafístula do Cipriano em Girau do Ponciano-AL. Comunidade Capim. Lagoa da Canoa-AL. 14 de outubro-2018.
Terça-feira, dia 9: Olhar do dia.
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OLHAR DO DIA: Uma visita à nossa amiga, Tainá Veiga, Prefeita de Lagoa da Canoa-AL e Genival Sampaio, Secretário de Esportes.
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