Dia de los Muertos no México é dia de festa
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Além de um dia de lembranças e saudade, o Dia de los muertos (ou, Dia dos Mortos) no México é também um dia de festa, celebrado com música, fantasias, apresentações teatrais, caveiras bem simpáticas e muita alegria.
A festividade que tem origem anterior a chegada dos colonizadores espanhóis, acontece nos dias 01 e 02 de novembro, coincidindo com as celebrações católicas dos dias de Todos os Santos (01) e Finados (02) e não ocorre apenas no México. O “Dia de Muertos” também é comemorado de forma parecida em alguns países da América Central e em comunidades dos EUA (onde há grande concentração de população com origem mexicana ou centro americana).
A festa do Dia dos Mortos no México foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). A tradição cuja origem remonta há mais de 3000 anos é repleta de símbolos. Abaixo conheça alguns deles.
Caveira: vida, morte e sátira
As ‘caveiras mexicanas’ que tanto vemos por aí (quem nunca viu uma linda camiseta com elas?) têm origem na festividade.
Em algumas culturas pré-hispânicas as celebrações no dia dos mortos remontam há mais de 3000 anos. Eram festas dedicadas às crianças e aos parentes mortos, presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a ‘Dama de la Muerte’ (dama da morte), atualmente relacionada com a personagem ‘La Catrina’, do pintor, ilustrador e cartunista mexicano, José Guadalupe Posada (1852-1913).
As caveiras do artista são cheias de vida. Vestidas de gala, à cavalo, em bicicletas etc, além de belas ilustrações também carregavam em si mensagens sociais e políticas.
A ‘La Catrina’, por exemplo, é uma sátira dos indígenas que, enriquecidos durante o Porfiriato (período no qual o México esteve no controle do general Porfírio Díaz) renegavam suas origens e costumes copiando modas europeias.
Originalmente chamada de La Calavera Garbancera, La Catrina foi rebatizada assim pelo pintor mexicano Diego Rivera (1886 – 1957).
Além da ‘caveira mãe’, as festividades contam com outras caveirinhas, que estão em ilustrações, artesanatos cerâmicos e até em forma de doce (de açúcar puro, chocolate etc). Há também as Caveiras literárias, versos bem humorados nos quais a morte (personificada) interage (muitas vezes satirizando) com personagens da vida real.
Outros símbolos do Dia de los Muertos no México
Calaveras de dulce – A maioria das caveiras doces (geralmente as de açúcar) tem escrito o nome do morto. Os mais bem humorados também escrevem nome de vivos (para fazer piadinha com os amigos, por exemplo).
Flores – Assim como no Brasil, no México as famílias dedicam o 02 de novembro para limpar e enfeitar os túmulos dos parentes que se foram. As mais belas e variadas flores fazem parte da decoração e tanto lá como aqui, o Crisântemo tem destaque. Os mexicanos acreditam que essa flor, lá chamada de Cempasúchitl ou Flor de cuatrocientos pélalos (flor de quatrocentas pétalas), atrai e guia a alma dos mortos.
Pan de muertos – é um pão doce, adornado (com a própria massa) polvilhado de açúcar. Apesar de ser um simples pão, não é consumido durante todo o ano exatamente por estar associado à celebração do Día de Muertos.
Altares e oferendas – por lá, acredita-se que a alma das crianças volte no dia 01 de novembro e que a dos adultos volte no dia 02.
Na impossibilidade de se visitar o túmulo (porque ele já não mais existe, ou pela distância ou outro empecilho) as famílias montam em suas próprias casas, altares bem enfeitados, inclusive com foto (s) do (s) morto (s) e ali deixam oferendas como comida, o pan de muerto, bebidas, cigarros e brinquedos (para a alma das crianças).
Na decoração dos altares, cheia de simbolismo há desenhos do que seria o purgatório (os quais servem para pedir que o defunto saia de lá, caso por ali esteja); a Cruz de terra para que o defunto lembre de sua fé (católica) em alusão à frase “Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar”, bastante proferida nas missas de Quarta-feira de Cinzas (daí as cinzas); o papel picado, típico artesanato mexicano (parece rendado) e variados doces de abóbora (importante alimento do país, ao lado do milho, do feijão e do chile); além de imagens católicas.
Mais tradição: balões “guiam os espíritos”
Além de várias atividades para comemorar o dia dos mortos por todo o país, alguns pontos do país têm a cultura de soltar os chamados Globos de Cantoya.
Na tradição mexicana, os balões iluminados sobem ao céu para indicar aos espíritos a rota a se seguir para conseguirem chegar às suas antigas casas para o convívio de seus familiares, bem como mostrar-lhes o caminho de retorno, após a celebração.
Economia local
A celebração atrai os olhares de milhões de pessoas anualmente por conta da tradição milenar e da originalidade. O Dia de muertos é uma das atrações mais esperadas durante todo o ano pelo turismo mexicano e se tornou motivo de viagem pelo país e à capital mexicana com diferentes objetivos, de estudos antropológicos e históricos a passeios culturais ou simples diversão. Fonte: www.mochileiros.com
Atirador mata 11 em sinagoga de Pittsburgh durante cerimônia religiosa
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Tiroteio deixou seis feridos além do assassino, quatro deles policiais
A Polícia prendeu neste sábado, 27, um homem que abriu fogo numa sinagoga de Pittsburgh, uma das principais cidades do Estado da Pensilvânia, e matou pelo menos 11 pessoas, segundo as autoridades. Há seis feridos, quatro deles policiais. O centro religioso Árvore da Vida (Tree of Life) celebrava o shabat, o dia do descanso judaico, quando começaram os disparos. Três dos policiais que enfrentaram o homem ficaram feridos. O presidente Donald Trump denunciou o “ato antissemita” e defendeu o endurecimento das leis relacionadas com a pena de morte.
Logo após as 13h (14h em Brasília), fontes da investigação citadas pela agência AP identificaram o detido como Robert Bowers, de 46 anos, mas as autoridades não explicaram suas motivações.
O suspeito havia sido descrito por testemunhas como um homem branco que entrou na sinagoga ao redor das 9h45 (10h45 em Brasília) e começou a disparar de maneira indiscriminada, gritando “todos os judeus devem morrer”, segundo informou a rede CBS e sua associada local KDKA. “Estávamos celebrando o serviço [de shabat] quando ouvimos um barulho muito forte na área da entrada”, explicou Stephen Weiss, 60, ao jornal local Tribune-Review. A sinagoga, com capacidade para mais de 1.000 pessoas, está a cerca de 10 minutos do centro de Pittsburgh, no bairro de classe média Squirrel Hill, onde reside um grande número de membros da comunidade judaica, que ficou em estado de choque. Todos os moradores foram alertados a permanecer em casa. O agressor se entrincheirou no centro religioso e trocou tiros com a Polícia, mas acabou se entregando, segundo explicou a política local Erika Strassburger.
Num evento com ruralistas em Indianápolis, Trump qualificou o tiroteio de “ato antissemita”. “Não pensaria que isso poderia ocorrer”, disse. “Condenamos o antissemitismo e qualquer outra forma de mal. Nos unimos como um só povo norte-americano.”
“O que ocorreu em Pittsburgh é bastante mais devastador do que parecia no início. Falei com o prefeito e o governador para informar que o Governo está e estará ao seu lado o tempo todo”, havia escrito Trump anteriormente, em sua conta do Twitter. Antes de partir para Indiana, ele se dirigiu à imprensa para defender a pena de morte em situações como essa. “Deveríamos trabalhar para fortalecer as leis relacionadas com a pena de morte”, declarou o presidente dos EUA. E acrescentou: “Qualquer um que faça algo assim contra pessoas inocentes que estão numa sinagoga ou igreja deve pagar o máximo preço por isso.”
Trump também reafirmou sua postura habitual frente a tiroteios como o deste sábado, argumentando que o fácil acesso dos cidadãos às armas não tem ligação com esses incidentes. Ao contrário: ressaltou o fato de que as vítimas estavam desprotegidas. “Talvez as coisas tivessem sido diferentes se houvesse alguém armado”, disse. “Ver tiroteios desse tipo há tantos anos é uma pena.” O presidente completou: “É algo terrível, terrível, o que está acontecendo em nosso país com o ódio. É preciso fazer alguma coisa.”
“Estou vendo o que está acontecendo em Pittsburgh (Pensilvânia). Policiais estão na zona. Moradores da área de Squirrel Hill [bairro da sinagoga] devem permanecer em casa. Parece que há muitas vítimas. Cuidado com um franco-atirador ativo! Que Deus abençoe a todos!”.
Polarização crescente
O tiroteio deu outra sacudida na campanha das eleições legislativas previstas para 6 de novembro nos EUA, marcadas pela polarização política e social no país. O ataque ocorreu um dia após a Polícia ter detido o suspeito de enviar uma dúzia de pacotes com bombas caseiras a referentes democratas e outras personalidades odiadas pela ultradireita norte-americana. A matança de Pittsburgh também fez soar o alerta pelo auge do antissemitismo. A Polícia de Nova York ordenou o posicionamento de agentes para vigiar os centros judaicos e as sinagogas na metrópole. Ano após ano, os judeus são o grupo religioso mais castigado pelos crimes de ódio, segundo as estatísticas do FBI. O último relatório, de novembro de 2017, indicou que os judeus sofreram mais da metade dos crimes do ano anterior relacionados com a religião. Outro estudo, realizado em maio passado pelo Centro para o Estudo do Ódio e do Extremismo da Universidade da Califórnia, mostrou que os judeus sofreram 19% de todos os crimes de ódio contabilizados em 2017.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou-se desolado com tiroteio e expressou a solidariedade de todo o seu país com a comunidade judaica de Pittsburgh. O governador da Pensilvânia, Tom Wolf, chamou o ataque de “tragédia absoluta”. “Meus pensamentos estão com as vítimas e suas famílias. Vamos garantir que as forças da ordem disponham de todos os recursos necessários”, afirmou. Fonte: https://brasil.elpais.com
Morre João W. Nery, escritor trans pioneiro no Brasil, aos 68 anos
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O psicólogo e escritor carioca lutava contra um câncer no cérebro relatado em suas redes sociais
O psicólogo e escritor transexual João W. Nery morreu nesta sexta-feira (26), vítima de um câncer no cérebro que começou nos pulmões devido ao uso prolongado de cigarros. Ele estava internado no Complexo Hospitalar de Niterói, no Rio de Janeiro, e veio a óbito às 16h. A informação foi confirmada pelo amigo Lucas Ávila.
João finalizou recentemente um livro sobre vivências de pessoas transexuais na terceira idade, o Velhice Transviada, que tem previsão para ser publicado em março de 2019 e é autor de outros dois títulos, a autobiografia Viagem Solitária: Memórias de um Transexual 30 Anos Depois e Vidas Trans.
"Ele teve uma melhora recentemente e a gente estava achando que o João vinha para casa, mas piorou nesta madrugada. Hoje percebemos que ele não estava bem até que faleceu quase no final da tarde. Até o último momento ele estava sempre ocupado com o próximo livro e tinha acabado de finalizar o Velhice", disse Sheila Salewski, mulher do escritor, em entrevista à Marie Claire.
No Facebook, ele havia anunciado que o câncer que enfrentava havia atingido o cérebro. No depoimento, o carioca de 68 anos pedia para que a luta pelos direitos LGBTQI continuasse.
"Aviso: Meus querid@s, o câncer chegou no meu cérebro. Por isso quero prepará-l@s. Continuem a nossa luta por nossos direitos, se unam, não oprimam os nosso irmãos oprimidos ,já por tanta transfobia e sofrimento. Um transmasculino não precisa ser sarado, nem ter barba, nem se hormonizar ou ter pênis e se operar. Basta saber quem são e que se sentem do gênero masculino. Vamos nos respeitar, nos unir, nos fortalecer e, sobretudo, ensinar aos homens cis o que é ser um homem sem medo do feminino. Espero ainda está aqui por algum tempo, mas sei até quando", começou ele.
"Obrigado por todos que pediram pela minha saúde, mas eu também fui responsável pelo meu destino. Agradeço poder ter ajudado a tantos que estavam perdidos no meio da escuridão.Sei que outros iluminaram os seus caminhos. Façam grupos, ampliem a rede, se orgulhem de ser trams. Faremos um novo mundo! Mais humano, sem machismo, preconceito ou misogenia. Votem em candidatos que defendam os direitos LGBT. Breve estarei terminando meu novo livro "Velhice Transviada. onde falo do transvelho que sou e tb de depoimentos e outr@s tansidosos. Tema inédito na literatura brasileira. Não sei se viverei até o lançamento, mas comprem, leiam e divulguem. Ainda não sei a editora. Beijos no coração de todos e não se acovardem. Ser o que somos não tem preço, Viver uma mentira nos enlouquece", finalizou ele.
Nery, nascido Joana, foi o primeiro transexual masculino a passar por cirurgia de readequação sexual no Brasil, em 1977. Fonte: https://revistamarieclaire.globo.com
O risco de cobrir a ‘webcam’
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O auge da Internet das Coisas ameaça a cibersegurança coletiva e confunde o cidadão, preocupado com sua privacidade individual
Realidade e ficção se tocam nas preocupações dos cidadãos com sua privacidade online. Em 2018 reapareceu o golpe da webcam, com o qual hackers tentaram extorquir vários leitores da revista The Register: um e-mail anônimo lhes pedia vários milhares de dólares (em bitcoins) para manter em segredo um vídeo que supostamente haviam gravado de sua própria câmera web enquanto desfrutavam de material pornográfico em seu computador. Como suposta prova da invasão, os golpistas apresentaram a cada usuário uma senha real, que usaram para acessar um fórum que haviam invadido previamente.
Alertados por uma vítima cética, os especialistas em segurança da publicação britânica recomendaram a todos os leitores que ignorassem esse tipo de e-mail: “Não entre em pânico, não pague. É muito improvável que esse vídeo exista. Mude sua senha e considere usar a partir de agora a autenticação de fator duplo e um gerenciador de senhas para manter suas contas seguras”. O incidente revelou internautas acostumados a usar senhas fracas e, ao mesmo tempo, preocupados com um assalto à sua privacidade semelhante ao sofrido pelo protagonista de um capítulo da terceira temporada da série de ficção científica Black Mirror.
A verdade é que tecnicamente isso é possível. Também durante o verão passado, pesquisadores da empresa de cibersegurança ESET divulgaram a descoberta do InvisiMole, um novo e poderoso malware que está em circulação desde 2013 e faz exatamente isso: se disfarça como um arquivo do sistema Windows e, entre outras coisas, assume o controle da webcam e do microfone do usuário para observar suas atividades e coletar informações pessoais e documentos. Zuzana Hromcová, analista da ESET, explica que esse programa tinha permanecido sob o radar dos antivírus porque “utiliza várias técnicas para evitar sua detecção e porque só foi usado contra um pequeno número de vítimas altamente selecionadas na Rússia e na Ucrânia”.
O InvisiMole é uma ferramenta de ciberespionagem como as que o FBI usa há anos, conforme admitiu Marcus Thomas, ex-diretor adjunto da Divisão de Operações Tecnológicas da agência federal norte-americana. Também em 2013, um estudo da Universidade Johns Hopkins mostrou que é possível infectar um computador e gravar com sua webcam sem acender a luz que alerta o usuário, e os pesquisadores detalharam em seu artigo como fazê-lo em uma variedade de computadores Apple.
Se Mark Zuckerberg fizer isso...
Ser espionado pela própria webcam é uma possibilidade que vai além de golpes online e séries de televisão, e do rumor global provocado pela foto em que se vê o próprio Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, com a câmera do seu notebook coberta por um esparadrapo.
Cobrir as webcams é uma prática cada vez mais difundida, tanto em computadores para uso pessoal quanto no trabalho. E também há suspeitas generalizadas em relação aos alto-falantes inteligentes —como aqueles que a Amazon e a Apple estão lançando— especialmente depois que foi revelado na conferência global de hackers DEF COM, em agosto, um truque para transformar um alto-falante Amazon Echo em um microfone espião. No último ano, os alto-falantes inteligentes se tornaram o dispositivo mais popular da chamada Internet das Coisas, uma categoria tecnológica destinada a crescer 300% nos próximos anos.
Assim, a mais recente campanha de conscientização do projeto REIsearch da Comissão Europeia afirma que até 2025 o número de objetos conectados terá crescido até atingir 75.000 milhões, incluindo uma grande variedade de dispositivos pessoais como carros, marca-passos ou brinquedos; também eletrodomésticos, lâmpadas ou plugues; e sensores e maquinaria de infraestruturas públicas como hospitais, centrais elétricas ou redes de transporte.
Objetos inteligentes, o grande objetivo dos ‘hackers’
Para os hackers, todos esses objetos conectados são muito mais interessantes do que nossas webcams, segundo o prestigioso analista de cibersegurança Mikko Hypponen: “As pessoas podem pensar: Por que alguém iria querer piratear minha geladeira, o micro-ondas ou a cafeteira inteligente? A motivação geralmente não é manipular o dispositivo e espionar-nos com ele, mas obter acesso à nossa rede e senhas. O elo mais fraco das nossas redes não são nossos computadores ou telefones celulares, são nossos objetos conectados”, explicou Hypponen em uma conferência em Dublin na semana passada. “Se um dispositivo é descrito como ‘inteligente’, isso significa que ele é vulnerável”, lembra o especialista em todas as suas intervenções.
Essa ameaça já se tornou realidade quando, há dois anos, o ataque Miraiderrubou os servidores de Amazon, Spotify, Twitter e Netflix, além da página do The New York Times. Estes e outros 150.000 sites ficaram inacessíveis durante horas, porque houve muitas visitas ao mesmo tempo. No entanto, por trás dessas visitas não havia pessoas, mas objetos conectados à Internet (televisores, geladeiras, câmeras de segurança) que tinham sido infectados e seguiam as ordens de um malware, que os recrutou para formar um exército ou rede de robôs conectados à Internet (botnet). Foi o primeiro ciberataque em massa protagonizado pela Internet das Coisas.
O último relatório da Europol sobre o crime organizado na Internet destaca o receio de que o próximo grande ataque desse tipo possa causar uma paralisia global da Internet. E também aponta como grande preocupação a persistente ameaça dos ransomware, programas maliciosos que pedem um resgate para desbloquear o sistema de computadores que infectaram. Um deles, o Wannacry, impediu em 2017 que milhares e milhares de pessoas acessassem serviços básicos como eletricidade (na Espanha) e saúde (no Reino Unido).
Como se proteger?
Em casos como este, a Internet das Coisas foi vítima do ataque, e não o transmissor. E isso põe em questão o uso de dispositivos de saúde “inteligentes” que, pelo fato de estarem conectados à Rede, podem ser tomados como reféns em um ataque como o Wannacry e, assim, colocar em risco a vida de pacientes que dependem de seu funcionamento.
Nesse contexto, a Califórnia acaba de aprovar a primeira lei sobre a segurança de objetos inteligentes, que impõe a todos os fabricantes novas medidas de segurança (e não apenas de privacidade) a partir de 1º de janeiro de 2020.
Enquanto isso, os especialistas pedem aos usuários que sejam exigentes com a segurança dos dispositivos conectados que instalam em suas casas, que mantenham atualizado o software de todos os seus computadores, que usem gerenciadores de senha e que reforcem a segurança de suas redes domésticas. Quatro conselhos para lidar com essas ameaças em grande escala à cibersegurança coletiva... e também muito mais úteis do que um esparadrapo na webcam, se o objetivo é proteger a privacidade individual de intrusões muito pouco frequentes —fora do mundo da espionagem e de pessoas como Zuckerberg, cujos segredos valem muitos milhões de dólares. Para o internauta comum, o risco de cobrir a webcam é ter uma falsa sensação de segurança e permanecer alheio às novas ameaças da era da Internet das Coisas. Fonte: https://brasil.elpais.com
Modelo baiano vendia salgadinhos com a mãe e estreia na SPFW aos 17 anos
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Gabriel Pitta tem uma relação bem próxima com doces e salgadinhos. Desde a infância, ele ajudava a mãe em um pequeno negócio de encomendas para festas em Salvador, na Bahia, onde nasceu e foi criado. Agora, ele se prepara para estrear nas passarelas da São Paulo Fashion Week.
Gabriel divide a rotina entre trabalho e cuidados com o corpo: corre cinco vezes por semana, cuida da pele e é rigoroso com a alimentação."Tenho uma genética boa e sempre pratiquei muitos esportes, como corrida e natação", disse o modelo, em entrevista à Universa, para explicar a relação entre os quitutes e a boa forma.
Aos 17 anos, ele fará sua estreia na edição N46 da semana de moda nos desfiles da Cotton Project, na quinta-feira (25), e de João Pimenta, na sexta-feira (26), mas já participou de editoriais de moda em publicações como "Vogue", "GQ" e "Marie Claire". "Espero que eu possa ser visto pelas pessoas importantes do mercado, mas, só de estar lá, estou realizando um baita sonho."
A carreira de modelo começou em 2016, quando o baiano tinha 15 anos e conquistou o primeiro lugar do concurso Beleza Black, focado em modelos negros, na capital baiana.
"Fui muito incentivado por uma prima. Participei, acabei vencendo, gostei muito de fazer aquilo e, então, decidi que queria trabalhar como modelo", lembra.
Por dois anos, ele conciliou a carreira de modelo na capital baiana com o trabalho ao lado da mãe, fazendo entregas de doces e salgados e até servindo em algumas festas. Até que, em setembro, foi contratado pela agência Way Model e se mudou para São Paulo.
Um mês depois de deixar a terra natal, ele mantém a relação com a mãe à distância, mas garante que carrega consigo muito do que aprendeu com ela: "Levo para a vida: honestidade, humildade e respeito ao próximo. Sigo o que ela me dizia: 'faça sempre o certo que, um dia, tudo vai dar certo'". Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br
DOMINGO 21: Eita Capela bonita!
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Assassinato de travesti em São Paulo ganha matiz político à véspera da eleição
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Segundo testemunhas, vítima foi esfaqueada após discussão em frente a um bar no centro da cidade. "Com Bolsonaro, a caça aos 'veados' vai ser legalizada", teria dito um dos agressores
Uma travesti identificada, até o momento, como Priscila foi morta a facadas no Largo do Arouche, centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira, 16. Segundo uma testemunha que preferiu não se identificar, ela ouviu do apartamento os gritos de socorro. “É bem comum discussão aqui nessa região. Sempre tem um vidro quebrando, garrafa. Não é a primeira vez que acontece. O problema é que dessa vez estava bem alto. Eu abri a janela e consegui ver que tinha umas quatro ou cinco pessoas discutindo na frente do bar”, disse. “Estavam gritando, chamando de prostituta, vagabunda, agressões verbais que não lembro. E ouvi, sim, o nome de Bolsonaro nessa hora, de ‘Bolsonaro presidente’, essas coisas”, relata.
Com medo, decidiu fechar a janela. De acordo com as informações de investigadores do caso, os golpes de faca foram feitos ainda na porta do bar. Na sequência, uma outra testemunha que estava próxima ao Hotel San Raphael, no Largo do Arouche, conta que a vítima foi cambaleando para a frente do local, se apoiou em uma porta de vidro e acabou caindo perto do tapete do estabelecimento.
“No meio da briga, ouvi ‘com Bolsonaro presidente, a caça aos 'veados' vai ser legalizada'”, afirma uma testemunha que também pediu para não se identificar.
A travesti foi socorrida e levada até a Santa Casa de Misericórdia, também no centro da capital paulista, mas morreu no caminho. No momento da chegada da Polícia Militar ao local, não havia documento de identificação da vítima. O corpo foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) e, de acordo com as investigações, até o início da noite desta terça-feira não havia sido reconhecido. A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou, em nota, que um inquérito foi aberto no 3º Distrito Policial, nos Campos Elíseos, e que “diligências estão nas ruas procurando testemunhas e imagens de câmeras de segurança que possam auxiliar na identificação da autoria do crime”. A Ponte entrou em contato com o hotel e, por telefone, um atendente informou que a Polícia Civil já está com imagens de câmeras que possam ajudar a elucidar o caso. Fonte: https://brasil.elpais.com
EM FAMÍLIA...
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FAMÍLIA, SEMPRE FAMÍLIA...
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ- Filho da Comunidade Capim, Lagoa da Canoa/AL- registra imagens da sua família na Mata D`Água e Canafístula do Cipriano em Girau do Ponciano-AL. Comunidade Capim. Lagoa da Canoa-AL. 14 de outubro-2018.
Terça-feira, dia 9: Olhar do dia.
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OLHAR DO DIA: Uma visita à nossa amiga, Tainá Veiga, Prefeita de Lagoa da Canoa-AL e Genival Sampaio, Secretário de Esportes.
EM LAGOA DA CANOA: 3 de outubro
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ- Filho da Comunidade Capim, Lagoa da Canoa/AL- registra imagens da Comunidade Sitio Pintada nesta quarta-feira. Comunidade Capim, Lagoa da Canoa-AL. 3 de outubro-2018.
'Pastoral tem que cuidar de pedofilia de padre', diz Kalil sobre situação dos moradores de rua
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A atuação mais firme da Prefeitura de Belo Horizonte na retirada de moradores de rua gera polêmica. Além da dificuldade de convencer as pessoas, o trabalho ganha resistência de algumas instituições, como pastorais. A situação faz o prefeito Alexandre Kalil levantar o tom. "A pastoral tem que cuidar de pedofilia de padre", disparou em entrevista exclusiva ao repórter Júnior Moreira, da Rádio Itatiaia.
"Esse trabalho envolve a Secretaria de Política Social, de Política Urbana, Saúde e Segurança. Nós temos que diferenciar humanidade com transformar Belo Horizonte em um hotel cinco estrelas para morador de rua. Isso nós não vamos fazer, definitivamente. Fizemos uma retirada de barracos... quer dizer, nós não estamos jogando ninguém, maltratando ninguém, mas só ordem de prisão tinham três nessa desocupação que foi feita. Foram presos",disse Kalil.
O último levantamento da PBH aponta que, pelo menos, 4.500 pessoas moram nas ruas da capital. "A pastoral tem que cuidar de pedofilia de padre e largar quem sabe trabalhar, que é a política urbana, que é professora de faculdade... então esse negócio de pastoral da terra, pastoral do não sei o que ... eles não estão com essa bola toda. Não têm que se meter nisso. Eu, como prefeito Alexandre Kalil, não reconheço nenhum tipo de movimento que não tenha autoridade legal. Eu não me meto com pedofilia de padre e eles têm que deixar o prefeito e a Prefeitura trabalhar em paz". Fonte: http://itatiaia.sili.com.br
Eu, Leitora: "Escrevi 'mãe de viado' na testa para apoiar meu filho gay"
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Mãe, cristã, advogada, “filha” da ditadura e envolvida em projetos sociais, Talita Menezes foi às ruas com o filho Rafael, de 15 em uma manifestação política. Na testa, eles traziam os dizeres: “mãe de viado” e “viado”, respectivamente. Uma foto dos dois viralizou e foi alvo de comentários odiosos ao mesmo tempo de elogios de pessoas comovidas pelo gesto. Aqui ela conta sua trajetória e como se uniu à luta do filho para apoiar sua sexualidade e lutar contra o preconceito.
Sou advogada civilista, atuo há 22 anos, principalmente na área de direito de família. Eu sou uma pessoa que acredita muito nas famílias. Creio que, mesmo com a dissolução de um casamento, a família persiste. Desde 2004, sou professora universitária. Atualmente, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Rafael nasceu em 2002 e Felipe nasceu em 2006, e essa atividade de ser mãe se misturava com a atividade de ser educadora.
Eu venho de uma família relativamente pobre. Com essa coisa da ditadura, minha mãe estava prestes a terminar o ensino médio e acabou saindo antes com medo e tal, era muito jovem. Então ela não tem o ensino médio completo. O meu pai só teve o ensino médio. Eu sou uma das poucas pessoas da minha família que conseguiram ter uma faculdade. A minha mãe lutou muito para criar a gente e sempre me criou no sentido de: olha, mulher tem que ser guerreira. Eu sempre fui muito frágil, meu apelido quando era criança era Talita Chorona. Eu continuo sendo Talita Chorona, mas aí eu vou à luta, faço o que tenho que fazer.
Quando o Rafael falou, no sábado, para a amiga dele colocar escrito “viado” na testa dele, a minha primeira reação foi: “Rafael, não, filho, para que você vai colocar isso aí?”. Ele disse: “Mãe, nós estamos indo para uma manifestação.” E aí ele tem todo o discurso. Eu perguntei: “E por que não 'gay', em vez de 'viado'?”. E ele: “Porque é de 'viado' que me xingam, é de 'viado' que me chamam. Eu estou me apropriando disso. Quando eu coloco na minha testa 'viado', eu tiro o poder deles. Eu estou tirando a palavra da boca dessas pessoas.” E aí eu não tenho argumento, né? Porque eu não vou ensinar o meu filho a ser covarde, a não se manifestar. Eu não sei se importa, mas eu tenho um histórico familiar. Meu pai foi preso em 1973 e solto em 1979.
Eu sou filha da ditadura. Os meus pais se casaram dentro da igreja e eu, com um aninho, estou nas fotos, dentro de uma capela de um presídio. Aprendi a nadar no presídio, ele foi preso com o Nelsinho Rodrigues (filho do dramaturgo Nelson Rodrigues), eu me lembro de algumas pessoas, e ele acabou se convertendo dentro da cadeia, acabou virando evangélico, pastor e foi correr o mundo como missionário. Mas a gente traz no sangue esse ímpeto de resistir.
O meu filho, como todo adolescente, tem aquela vontade de se colocar. Ele sempre foi assim, desde pequeno que faz questão de dizer que é gay. E eu e o meu marido, como pais preocupados, queríamos sempre preservá-lo, poupá-lo, porque pensávamos o seguinte: é uma criança, como é que os adultos vão receber essa notícia? Porque o problema nem seria propriamente as outras crianças, os outros jovens, mas os pais, com medo dos seus filhos se relacionarem com um menino gay. A gente ficava temeroso de que ele ficasse falando para as pessoas, mas não adiantava nada, porque ele chegava e falava.
Ele foi de uma escola, antes dos 10 anos, em que teve muitos problemas por causa disso, porque ele era chamado de 'viadinho' e outras palavras, e foi muito difícil. E nós trocamos de escola num momento decisivo, em que ele estava indo para o sexto ano, e ele chegou no colégio novo e falou: “Olha só, eu queria dizer pra vocês que eu sou gay (risos).” E eu: “Rafael, poxa vida, por que você não esperou um pouco para contar?”. No início foi um burburinho só, depois todo mundo se acostumou e, com o tempo, [ficou] normal. Um professor ou outro tentava dizer para ele qual era o melhor comportamento, depois dele maior eu soube de professor que falava para ele “andar direito”, então a escola não foi exatamente o melhor lugar do mundo para ele naquela época. Ele sempre teve essa postura de falar, nunca teve vergonha das outras pessoas.
Quando ele me contou que era gay aos 10 anos de idade, ele chorava muito. A gente estava deitado na cama, ele chorava e disse: “Tenho uma coisa para te contar.” Eu fiquei preocupadíssima, né? E ele: “Mãe, eu sou gay.” E eu falei: “Tá, mas por que você está chorando tanto, é por causa disso?”. Naquela hora, minha preocupação era tirar o sofrimento dele, ele sofria! E aí eu falei: “Filho, olha só, você não é gay, você é criança e, como criança, não deve se preocupar neste momento em definir essas questões, pelo contrário, permita-se ser livre, se conhecer, conhecer pessoas.” Então, eu acho que, quando ele recebeu essa acolhida, ele se sentiu muito fortalecido. Da minha parte, sempre foi muito bem aceito, [mas] sempre tive medo da reação das pessoas. Já tive gente me perguntando: “Mas você queria ter um filho gay?”. Eu falei: “Olha só, eu não me importo que ele seja gay, mas no mundo em que a gente vive, nenhuma mãe quer. Mas não é porque tenha problemas com o fato de que o filho é gay, não quer porque não quer que ele sofra. Quero saber qual é a mãe do mundo que não quer que o filho passe a vida inteira só de felicidade. É surreal, é anormal, isso nunca vai acontecer (risos), mas eu não conheço nenhuma mãe que fale: “Sabe, eu estou louca para que o meu filho passe por bastante pedreira, porque ele vai evoluir.” Não é assim (risos), a gente quer os melhores caminhos, mais fáceis, sucessos, felicidades, e é óbvio que, quando um filho fala que é gay, você pensa: “Caramba, as pessoas vão ser duras com ele, cruéis.” E essa foi a minha preocupação. O meu marido da mesma forma, ele sempre teve muito receio do que os outros poderiam fazer com ele.
Eu sou muito de me colocar, então não tem como ensinar meu filho a ficar calado. No sábado era um momento para se manifestar. Ele não estava pedindo pra ficar andando na rua com “viado” escrito na testa. Ele estava se colocando oportunamente num instante adequado, que era o de manifestação. Tanto que ele comentou comigo: “Ô, mãe, esse movimento poderia ser o das minorias, né, e não das mulheres.” E eu disse: “Mas filho, as mulheres puxaram e os outros estão [se] agregando.” Tanto que tinha a questão racial, LGBT... E aí ele botou 'viado'.
Coincidentemente, mas eu não acredito em coincidências, essa amiga dele estava com outro rapaz cuja mãe é de um grupo chamado Mães Pela Diversidade. Aí pensei: “Não vou deixar ele sozinho.” Eu não queria que ele botasse [a inscrição “viado” na testa], porque eu queria poupar ele. Mas, já que ele botou, não ia deixar ele sozinho se expondo. Então eu falei com a amiga dele: “Está bom, escreve aí 'mãe de viado'. Porque, já que ele é o viado, a mãe do viado está aqui. Se alguém vier se engraçar, eu estou aqui.” Então não foi uma coisa elaborada e as pessoas começaram a pedir para tirar foto.
Honestamente, não esperava essa repercussão toda. Eu não tenho Twitter, não tenho Instagram, só Facebook, e olhe lá, porque eu mal dou conta de administrar isso. Eu mesma quase não posto. E aí hoje [segunda-feira] uma aluna minha me escreveu d me falou que acordou no domingo, abriu o Twitter e a nossa foto estava lá com 50 mil likes. Eu nem tenho ideia do que seja isso. Só que aí muitos alunos do meu marido começaram a mandar mensagens dizendo que estavam muito aborrecidos por causa das coisas ruins que estavam sendo associadas à foto.
Comecei a ver que muita gente estava usando-a para falar coisas horríveis. Entrei em algumas postagens e denunciei. Já acumulamos material e vamos a uma delegacia especializada.O meu marido tem muitos alunos que são mais conservadores que ficaram indignados com as coisas que falavam da gente. E aí você vê como acontece quando as pessoas humanizam a relação. Porque é muito fácil você falar mal da mãe do viado e do viado. Agora e se você conhece e sabe que a “mãe do viado” é a Talita, que é a professora, que é advogada, que faz trabalho social, que é uma pessoa do bem, que é uma pessoa que tem família, e o Rafael, que é um menino talentoso, que é artista, que canta maravilhosamente bem e a pessoas são apaixonadas por ele, que é um menino educado?
Nós somos uma família que tem uma preocupação de passar para os nossos filhos ensinamentos éticos, valores que são cristãos, mas que também estão em outras crenças, porque a lei do amor é a que prevalece. É isso que a gente ensina dentro de casa. E essa foto representa isso. Olha, eu chorei na manifestação de sábado com os meninos me abraçando. Eu acho que nem eu tinha noção de que existia isso, eu fico emocionada de lembrar. Os garotos não me conheciam, mas viam escrito na minha testa “mãe de viado” e vinham de bracos abertos, me abraçavam, eu abraçava eles, e aí falavam: “Muito obrigado por você estar fazendo isso. Minha mãe nunca faria isso, ela não gosta de falar sobre isso, ela não me aceita.” Eu pensei: “Nossa, ele está me abraçando, mas ele quer ser abracado pela mãe dele.”
Fomos para a Parada Gay domingo. O meu marido e o caçula também foram, para mostrar que a família está do lado. A gente viu mensagens do tipo: “O pai deve estar chorando no banheiro essa hora”, “Não tem pai”, porque houve em algum momento no cenário um comentário por aí dizendo que famílias sem pai são desestruturadas. E ele fez questão de mostrar: “Não, eu estou aqui, eu estou do lado. Tem pai, sim, pai que ama e é orgulhoso.” Fiquei surpresa. Não imagina que a postagem dele fosse repercutir tanto.
Queremos falar sobre amor, solidariedade, aceitação, sobre a necessidade das famílias começarem a observar que o acolhimento é remédio. Porque aquela mãe que pensa assim: “Poxa, meu filho é gay, todo mundo vai cair em cima dele, vai constrangê-lo, vai humilhá-lo.” O mundo vai ser cruel, mas a família pode estar do lado. Dói menos quando a gente recebe a paulada junto. Eu prefiro apanhar junto dele do que deixar ele apanhar sozinho. Então eu acho que é isso: pai e mãe acolhem, não importa.
Não existe explicação. Por que alguém é gay? Tem um monte de tese. Não tem explicação. Tudo faz parte do se conhecer. No processo de autoconhecimento, alguns se percebem interessados por pessoas do mesmo sexo, por pessoas do outro sexo, por pessoas de ambos os sexos... E, à medida que se percebe assim, por que a pessoa tem que negar isso, abafar, “não, eu não posso”? Você é. Nós, pais, o que a gente precisa é acolher. E foi o que eu fiz com o Rafael, desde pequeno. Eu nunca fiquei incentivando ele, dizendo: “Ah, então seja mesmo.” Eu sempre achei que ele como criança tinha que esperar, dar um tempo, não ter tanta pressa para definir. Mas é do temperamento dele, ele sempre foi muito precoce e, à medida que ele se viu gay, para mim nem tinha outra alternativa. Enquanto mãe, a única coisa que eu tenho a fazer é acolher e estar do lado dele. E orientar. Porque eu realmente acho que é criança, é adolescente, tem que ter cuidado mesmo.
No nosso cotidiano, nossa vida, nossa família, entre nossos amigos a gente sempre fez questão de mostrar que apoiava [o filho]. E vou te falar que, se tem uma coisa que me comoveu, e eu lamento muito, foi ver que tantos jovens não têm esse apoio, eu lamento por tantas famílias que não conseguem olhar para aquele filho, para aquela filha e simplesmente dizer: “Eu amo.” O resto a gente aprende a lidar. O resto vamos trabalhar, vamos discutir, depois a gente vê como vai lidar com o resto. Mas para filho, para filha é só amor. Se os nossos não encontrarem na gente esse refúgio, vão encontrar em quem? Foi o que mais mexeu comigo e, apesar de todos os ataques que a gente sofreu, pelo menos eu falei assim: nossa, a gente está fazendo um bem para muita gente.
A minha mãe e o meu pai se separaram depois que ele saiu da cadeia, porque ele se converteu lá dentro, virou evangélico, e quando saiu foi percorrer o mundo, foi ser missionário. Estudei em colégio católico praticamente a vida toda, então eu trouxe essa religiosidade pra minha vida, mas há um tempo que ela não é institucionalizada na vida da gente. Nós somos cristãos e eu acredito muito no bem, pratico o bem. Anos atrás, eu estava voltando à noite da faculdade, havia muitas crianças naquela região ali da Leopoldina, tinha uma chorando e eu falei para o meu marido: “Olha só, não consigo fingir mais que não estou vendo.” A gente começou a ter iniciativas de fazer um trabalho com instituições. Junto a outros voluntários, fizemos trabalhos em abrigos de crianças e adolescentes.
Acho que o que eu quero para o meu filho é o que toda mãe deseja: que ele seja bem-sucedido, que ele seja feliz, que ele encontre o espaço dele no mundo. Para os meus dois filhos, é isso que eu quero. Fonte: https://revistamarieclaire.globo.com
OLHAR DO DIA: Em São Cristóvão-SE.
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Hoje estive no Noviciado Carmelita- Convento do Carmo de São Cristóvão-SE. Obrigado aos confrades pela recepção e alegria carmelitana.
Passa de 800 o número de mortos na Indonésia devastada por terremoto e tsunami
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Número de mortos, porém, pode subir, pois há dezenas de desaparecidos e mais de 500 feridos, muitos deles em estado grave.
O presidente de Indonésia, Joko Widodo, iniciou neste domingo (30) uma visita às áreas mais afetadas da ilha de Célebes, devastada pela série de terremotos e tsunami de sexta-feira (28). O número de mortos dobrou em relação ao último boletim oficial e foi a 832 vítimas fatais. Porém, esse número pode subir, pois dezenas de pessoas seguem desaparecidas e mais de 500 estão feridos, muitos deles em estado grave.
Widodo chegou ao aeroporto de Palu, capital da província de Célebes, algumas horas depois que o complexo, fechado na sexta, reabriu para voos comerciais.
“Quero ver eu mesmo e assegurar-me de que a resposta ao impacto do terremoto e do tsunami em Célebes Central chega a todos nossos irmãos. Peço a todo o país que reze por eles”, escreveu o presidente no twitter.
A catástrofe começou na sexta, com um terremoto de magnitude 6,1 seguido por outro, mais potente, de magnitude 7,5, e de tsunami.
As autoridades atualizaram neste domingo os números da tragédia: são 832 mortos, 540 feridos, 29 desaparecidos, 16.732 desabrigados ou deslocados e 350 mil afetados pelo terremoto ou pelo tsunami.
Apesar da reabertura do aeroporto de Palu, a organização AirNav Indonesia afirmou em comunicado que os voos comerciais serão limitados e que receberão prioridade nas operações de emergência e na ajuda humanitária.
A Força Aérea indonésia tem preparados para enviar para Palu 12 aviões Hércules, quatro Boeing 737, cinco aviões CN 295, dois aviões CN 235 e vários helicópteros para que cumpram tarefas de salvamento, assistência humanitária, evacuação e logística.
O chefe da Força Aérea, Yuyu Sutisna, afirmou para a imprensa local que também serão enviados cem integrantes de unidades especiais.
O Ministério de Saúde está organizando a chegada de pessoal e material médico a Palu e as outras zonas afetadas, como a cidade de Donggala, a outra mais castigada com 277 mil habitantes.
Apesar da reabertura do aeroporto de Palu, a organização AirNav Indonesia afirmou em comunicado que os voos comerciais serão limitados e que receberão prioridade nas operações de emergência e na ajuda humanitária.
A Força Aérea indonésia tem preparados para enviar para Palu 12 aviões Hércules, quatro Boeing 737, cinco aviões CN 295, dois aviões CN 235 e vários helicópteros para que cumpram tarefas de salvamento, assistência humanitária, evacuação e logística.
O chefe da Força Aérea, Yuyu Sutisna, afirmou para a imprensa local que também serão enviados cem integrantes de unidades especiais.
O Ministério de Saúde está organizando a chegada de pessoal e material médico a Palu e as outras zonas afetadas, como a cidade de Donggala, a outra mais castigada com 277 mil habitantes. Fonte: https://g1.globo.com
Terremotos e tsunami mataram mais de 400 pessoas na Indonésia
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540 pessoas ficaram feridas e 29 estão desaparecidas. O número de mortos não é definitivo e pode subir.
O número de mortos deixados pela série de terremotos e pelo tsunami que atingiram a ilha indonésia de Sulawesi subiu para 420 em balanço divulgado pelas autoridades neste sábado (29). O número de vítimas pode subir.
Segundo o diretor da Agência Nacional de Mitigação de Desastres (BNPB), Willem Rampangilei, há cerca de 10 mil refugiados, espalhados em 50 pontos na cidade de Palu. "Estamos tendo dificuldade em instalar equipamentos pesados para encontrar vítimas sob os escombros de prédios porque muitas das estradas que levam à cidade de Palu estão danificadas", disse.
Outro porta-voz da agência, Sutopo Purwo Nugroho, afirmou ainda que dados provisórios indicam que 540 pessoas ficaram feridas e 29 estão desaparecidas.
"O governo local declarará o estado de emergência", disse o porta-voz, em Jacarta. Ele frisou também que o mais urgente agora também é restabelecer os serviços de energia elétrica e telecomunicação na área.
"Quando a ameaça surgiu, as pessoas ainda estavam fazendo suas atividades na praia e não correram imediatamente, e se tornaram vítimas. Muitos corpos foram encontrados na costa, devido ao tsunami", relatou o porta-voz. Para escapar das ondas, algumas pessoas subiram em árvores de seis metros.
Tremores
Na sexta-feira (28), uma série de terremotos abalou a ilha indonésia de Sulawesi. Um deles, de magnitude 7,5, levou à formação de um tsunami com ondas até 2 metros.
A BNPB confirmou a formação do tsunami depois que vários vídeos foram divulgados nas redes sociais.
Milhares de casas desmoronaram, além de hospitais, hotéis e comércios. Houve corte de energia. A cidade costeira de Palu foi a mais afetada, seguida de Donggala.
Técnicos de telecomunicações e transporte aéreo chegaram neste sábado ao aeroporto nacional de Palu, que permanece fechado para voos comerciais.
A principal cidade que dá acesso a Palu está bloqueada por um deslizamento de terra.
Resgates
Fortes tremores secundários continuam a ser sentidos na ilha. Os resgates continuam, mas estão prejudicados pelo corte de energia. Aviões militares decolaram de Jacarta neste sábado levando alimentos e medicamentos para a região de Palu.
Tragédia em Lombok
Uma série de terremotos em julho e agosto matou quase 500 pessoas e deixou cerca de 1,5 mil feridos na ilha turística de Lombok, a centenas de quilômetros a sudoeste de Sulawesi. Milhares de habitantes ficaram desalojados.
Anel de Fogo do Pacífico
A Indonésia está em uma das regiões mais propensas a tremores e atividade vulcânica do mundo: o Círculo de Fogo do Pacífico. Cerca de 7 mil tremores atingem essa área por ano, em sua maioria de magnitude moderada.
A região, de cerca de 40 mil km de extensão, tem formato de ferradura e circunda a bacia do Pacífico, abrangendo toda a costa do continente americano, além de Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul.
Em 2004, um tremor de magnitude 9,1, perto da costa noroeste da ilha de Sumatra, gerou um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países no Oceano Índico. Fonte: https://g1.globo.com
Cimi lança relatório que registra aumento de casos de violência contra povos indígenas no Brasil em 2017
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Cimi lança relatório que registra aumento de casos de violência contra povos indígenas no Brasil em 2017
“A nossa vida está ligada aquele território. Se sairmos de lá vamos para a cidade fazer o que? É deste território que tiramos o sustento de nossa comunidade”. Este foi um dos trechos da fala do líder indígena Laércio Akroá-Gamela, do povo Gamela de Viana (MA) presente à Coletiva de Imprensa, realizada na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil na tarde deste 27 de setembro, pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) para lançamento do relatório “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil – Dados 2017”.
O relatório, publicado anualmente pelo Cimi, constatou um aumento no número de casos em 14 dos 19 tipos de violência sistematizados. Em três tipos de violência forma registrados a mesma quantidade de caso que 2016. As informações sistematizadas evidenciam que continua dramática a quantidade de registros de suicídio (128 casos), assassinato (110 casos), mortalidade na infância (702 casos) e das violações relacionadas à terra tradicional e à proteção delas.
O massacre contra o povo Akroá-Gamella, em 30 de abril de 2017, que resultou no ferimento de 22 Gamellas, com tiros e facões, mereceu destaque no relatório que registrou, ano passado, 110 casos de assassinatos de indígenas. Segundo o relatório, os três estados que tiveram o maior número de assassinatos registrados foram Roraima (33), Amazonas (28) e Mato Grosso do Sul (17). A apropriação de terras indígenas é o principal vetor de violência contra os povos indígenas, aponta o relatório.
O presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Roque Paloschi, fez referência aos 30 anos da Constituição de 88 onde foram consagrados os direitos indígenas que na avaliação dele sendo sistematicamente negados. No governo Michel Temer, na avaliação do coordenador do Cimi do Regional Sul, Roberto Liebgott, há em curso uma anti-política indígena. “Todas as ações de fiscalização e proteção nas áreas indígenas foram desmontadas. Assim, como toda política de assistência social aos indígenas. Em 2017, também não houve nenhuma demarcação”, denunciou. O parecer 001, de 2007, da Advocacia Geral da União (AGU), segundo ele, inviabiliza qualquer processo de demarcação de terras indígenas no Brasil.
Uma outra publicação lançada pelo Cimi na coletiva de imprensa foi “Congresso Anti-Indígena – Os parlamentares que mais atuam contra os direitos indígenas no Congresso Nacional”. A publicação acompanha a atuação de 50 parlamentares, sendo 10 senadores e 40 deputados federais que atuam contra os direitos dos povos indígenas. A publicação também demonstra quem são os doadores de campanha por trás destes parlamentares além de fazer uma radiografia de 33 propostas anti-indígenas que circulam no Congresso Nacional.
O relatório pode ser acessado na íntegra aqui: https://cimi.org.br
Fonte: http://www.cnbb.org.br
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