Idoso é baleado após fechar carro no trânsito e tentar pedir desculpas.
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Um idoso de 83 anos está internado no CTI do Hospital estadual Azevedo Lima, no Fonseca, em Niterói, depois de se envolver em um incidente de trânsito e ser baleado. De acordo com a família do aposentado Djarme Nunes, ele passava de carro pela Avenida Quintino Bocaiúva, em São Francisco, quando fechou um outro veículo. Mais à frente no sinal, a vítima abaixou o vidro do carro para pedir desculpa e foi então que o outro motorista saiu do carro e atirou duas vezes em direção ao idoso. O caso acontceu por volta das 20h, na última terça-feira.
— Um tiro acertou o ombro do meu avô e o outro foi no peito. Segundo os médicos, a bala perfurou o pulmão e está alojada a poucos centímetros da coluna. Nossa família está muito assustada com tudo isso — disse a neta do aposentado, a empresária Rebeca Nunes, de 25 anos.
Ainda de acordo com Rebeca, depois de ter sido baleado, o idoso tentou dirigir até o hospital, mas ao entrar no túnel que faz a ligação entre São Francisco e Icaraí, acabou desmaiando e bateu em um Uber:
— O motorista inclusive achou que ele havia sofrido um AVC, mas a situação era bem pior. Meu avó estava todo ensanguentado e ele o socorreu para o Azevedo Lima. O que estamos surpresos com toda essa situação é que, mesmo em estado grave, o meu avô está lúcido e até mexeu as pernas.
Uma outra neta do aposentado usou a página do Facebook para relatar o fato e pedir doações de sangue para o avô: “Queria pedir de coração para irem doar sangue na Almirante Teffé número 594 centro de Niterói, pra unidade do Azevedo Lima. Ele já precisou de bolsas, mas tá acabando o estoque, precisam repor” (sic). O caso está sendo investigado pela 79º DP (Jurujuba). Fonte: http://extra.globo.com
O dia Mundial das Florestas e da Água
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Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
É importante neste ano em que a Igreja que caminha no Brasil se empenha em refletir sobre o tema da Campanha da Fraternidade, os biomas brasileiros e a defesa da vida, dar eco e ressonância ao dia mundial das florestas e da água celebrados respectivamente nos dias 21 e 22 de março. As florestas são os pulmões do planeta, interferem benignamente no ciclo da água, são muito diversas, temos as temperadas que são também chamadas de florestas de folhas caducas, as boreais ou de coníferas do clima frio, as tropicais que são o centro da biodiversidade mundial, os mangues que são as tropicais de água salobra e uma menção especial para a floresta tropical amazônica, que é heterogênea e apresenta folhas latifoliadas que permanecem verdes durante todo o ano.
A nossa Mata Atlântica constitui a floresta mais ameaçada de extinção na atualidade, possuindo cerca de 25.000 espécies vegetais e quase 200.000 espécies vivas entre vegetais e animais. Em relação ao dia mundial da água, vale a pena lembrar que ela faz parte do patrimônio essêncial do planeta constituindo um bem público e um direito vital para os seres humanos e todas as criaturas.
Apesar de sua abundância na terra somente o 2,493 % é doce, sendo que o atual estoque mundial de água potável é de aproximadamente 12,5 mil km cúbicos. Seria de bom alvitre ainda tomar consciência que a cada 8 segundos, morre uma criança vitimada de uma doença relacionada a água: disenterias e cólera principalmente. No mundo 80% das enfermidades são contraídas por causa de água poluída ou estancada, (ver o caso da dengue, zika e chikungunha). Outro grave problema é a carência de água para mais de 1.700.000.000 pessoas que moram em áreas de seca permanente, número que poderia dobrar até o ano 2025.
Tudo isso nos leva a pensar num envolvimento e compromisso maior em relação aos princípios de economia, sobriedade e justiça para garantir a disponibilidade e o pleno acesso da água para todas as pessoas e criaturas, opondo-nos com firmeza a mercantilização dos bens essenciais para a vida.
Que o Pai compassivo e misericordioso nos faça ter um zelo e cuidado cada vez mais intenso e preemente para salvar nossas florestas contra o desmatamento predatório e lutar pela irmã água como dom de Deus e direito para todos os seres. Deus seja louvado! Fonte: http://www.cnbb.org.br
TV: Em entrevista ao ‘A Tarde é Sua’, Silvio Santos fala sobre fim das férias
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Na tarde segunda-feira (20), durante o ‘A Tarde é Sua’ a apresentador Sônia Abrão exibiu uma entrevista exclusiva com o apresentador e dono do SBT Silvio Santos. Após um período de férias nos Estados Unidos, Silvio foi sincero ao afirmar durante entrevista ao repórter Bruno Tálamo que não estava com saudades do Brasil. “TV, para quem assiste, é diversão, mas para quem trabalha, é um trabalho como outro qualquer. Quem é que gosta de voltar ao trabalho?”, divertiu-se.
Deixando o salão de seu cabeleireiro, Jassa, o apresentador falou sobre o visual grisalho. “Vim para pintar o cabelo e ele esqueceu de comprar a tinta. Como um salão espetacular como este deixa faltar tinta? Fiquei dois meses e meio sem vir e acontece isso”.
Questionado sobre seu estado de saúde, Silvio comentou, em tom bem-humorado: “Isso eu não posso te responder porque não sou médico, mas a moça que faz previsões onde vou sempre, em New Orleans, disse que infelizmente eu vou ter que morrer”. O repórter rebateu pedindo que ele ainda vivesse muitos anos. “Com 86 anos, o que você quer que eu faça se ela falou que eu vou ter que morrer? Se ela falasse que eu teria que me formar, ficar noivo, casar, ter filhos, netos…tem tudo isso e ela falou que eu iria ter que morrer!”, disse, aos risos. Fonte: https://famososnaweb.com
Jornalista mexicano é morto em frente a sua família ao deixar restaurante
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Crime ocorreu no estado de Veracruz, o mais perigoso do país para o exercício do jornalismo, segundo organismos internacionais.
O jornalista mexicano Ricardo Monlui Cabrera foi assassinado a tiros, neste domingo (19), quando saía de um restaurante acompanhado por sua esposa e seu filho, em Veracruz, considerado por organismos internacionais o estado mais perigoso do país para o exercício da profissão, informou uma comissão estadual.
O jornalista, diretor do jornal impresso local "El Político", e sua família foram convidados a tomar café da manhã em um restaurante popular do município de Yanga, e ao saírem do restaurante foram interceptados por um veículo.
Nenhum "membro da família ficou ferido", comentou à AFP o secretário-executivo da Comissão Estadual de Atenção e Proteção de Jornalistas de Veracruz, Jorge Morales.
Morales analisa as medidas cautelares que serão oferecidas pela Comissão à família do jornalista, autor da coluna "Crisol" publicada em vários meios de comunicação da região, que falava sobre temas como política regional e indústria da cana-de-açúcar.
Uma fonte da promotoria disse que Ricardo Monlui foi morto por pelo menos dois atiradores. O corpo de Monlui ficou estendido sobre o chão, acrescentou a fonte, que manteve o anonimato.
No início de fevereiro, a organização "Repórteres Sem Fronteiras" denunciou que o México é o país mais perigoso da América Latina para o exercício do Jornalismo, com 99 profissionais assassinados entre 2000 e 2016, e a zona de Veracruz, no leste, é a mais insegura, com 19. Fonte: http://g1.globo.com
Helicóptero ataca barco e mata 42 refugiados somalis
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Embarcação seguia do Iêmen para o Sudão
CAIRO — Quarenta e dois refugiados da Somália foram mortos na costa do Iêmen na noite de quinta-feira quando um helicóptero atacou o barco em que viajavam, segundo informações da guarda costeira na região de Hodeidah, controlada pelos huthi. Entre os mortos estavam mulheres e crianças.
Mohamed al-Alay disse que os refugiados, carregando documentos oficiais do alto comissário da ONU para refugiados, estavam a caminho do Iêmen para o Sudão quando foram atacados na quinta-feira por um helicóptero Apache.
O marinheiro que pilotava o barco, Ibrahim Ali Zeyad, disse que 80 refugiados foram resgatados depois o incidente. Não foi informado quem realizou o ataque.
Os corpos de 33 refugiados foram levados aos hospitais da cidade portuária, onde 35 feridos também foram internados, afirmou um funcionário dos serviços de saúde.
Dezenas de somalis que sobreviveram ao ataque, assim como três traficantes de pessoas iemenitas a bordo da embarcação, foram levados à prisão central da cidade. A agência Saba, controlada pelos rebeldes xiitas huthis, afirmou que o ataque foi provocado pela aviação da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita.
Outras fontes afirmaram que os mortos e feridos foram atingidos por disparos de armas leves, o que parece excluir um ataque aéreo.
Apesar da guerra e da crise humanitária, o Iêmen continua sendo um foco de atração para os refugiados do chifre da África que fogem da miséria. No sul do país há vários campos de refugiados somalis, mas nenhum na região de Hodeida, situado mais ao norte. Fonte: http://oglobo.globo.com
MÍDIAS SOCIAIS: Facebook Messenger Day é liberado para usuários do Brasil
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Após lançar globalmente na última quinta-feira (9) o Messenger Day, mais um rival para o Snapchat — agora, no Facebook Messenger — a rede social liberou o recurso para usuários do Brasil. Desde a noite da última quinta- feira (16) e manhã desta sexta-feira (17), membros brasileiros do Facebook poderão escolher entre as cinco mil molduras, efeitos e stickers. O recurso, que permite compartilhar o seu dia a dia em fotos e vídeos que se apagam em 24 horas, está chegando aos poucos para os usuários. Para usar, basta ter o Messenger instalado no Android ou no iPhone (iOS).
A mudança no mensageiro é mais um esforço do Facebook em se adaptar as novas redes sociais efêmeras, após o sucesso do Snapchat com o público mais jovem. Além do Messenger, WhatsApp e Instagram receberam funções semelhantes: WhatsApp Status e Instagram Stories, respectivamente.
Os posts efêmeros — que duram poucos segundos na tela e só podem ser vistos em um intervalo de 24 horas — se autodestorem sem que o usuário precise acompanhar o processo, sugerindo que o dono da conta faça posts sequenciais sobre a sua rotina que vão sumir no dia seguinte, sem compromisso.
Para ter acesso ao Messenger Day, o usuário deve certificar-se de que atualizou o aplicativo mensageiro. Ao abrir, a função de câmera estará destacada. Para adicionar posts, clique em "Adicionar ao seu Dia".
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Assim como no Instagram, no WhatsApp e no pioneiro Snapchat, o usuário também pode adicionar efeitos, emojis, filtros e outros detalhes como textos e desenhos feitos à mão com recados e máscaras.
Após editar sua foto ou vídeo, você poderá salvar no seu celular, publicar no seu Messenger Day ou enviar para uma pessoa ou grupo específico. Lembre-se: a foto ou vídeo dura apenas 24 horas.
Ainda de acordo com o Facebook, você também pode criar posts a partir de uma conversa que está tendo alguém. Depois de enviar uma foto ou um vídeo, você verá a opção de "adicionar ao seu dia". Fonte: http://www.techtudo.com.br
NÃO VIU OS NOSSOS VÍDEOS? Escolha um e tenha outro olhar.
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FEBRE AMARELA NO RIO: Rio de Janeiro confirma primeira morte por febre amarela após surto em MG
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O estado tem dois casos confirmados da doença e outros 36 ainda sendo analisados. Minas Gerais já registrou 1.079 notificações da enfermidade
O surto de febre amarela silvestre em Minas Gerais, com mais de 300 casos confirmados da doença, continua a matar em outros pontos do Brasil. O Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira os dois primeiros casos da enfermidade com transmissão dentro do estado. Entre as vítimas está um morador da área rural de Casimiro de Abreu, que não resistiu e morreu. Outros 36 casos ainda estão sendo analisados. A doença também atinge o Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Tocantins e o Rio Grande do Norte.
Os casos no Rio de Janeiro foram confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde. A avaliação epidemiológica nos dois pacientes mostraram que a transmissão da febre amarela silvestre ocorreu dentro do estado. “Após a realização de exames, foram registrados resultados positivos para o vírus em dois homens, moradores da área rural do município de Casimiro de Abreu, sem histórico de viagem para áreas onde há comprovação da circulação da doença”, diz a nota da pasta.
Por causa da confirmação, a secretaria informou que tomou novas medidas para a região. Será antecipada a vacinação para 24 municípios estratégicos, nas regiões Norte, Noroeste, Serrana, dos Lagos e no entorno da reserva do Poço das Antas. No último sábado, a secretaria já tinha anunciado que estenderá a imunização para todo o estado.
O Ministério da Saúde vai disponibilizar um milhão de doses de vacinas, que serão entregues nesta quinta-feira, para a Secretaria. Ela será responsável por distribuir para os municípios estratégicos.
Doença em Minas
O número de pessoas que morreram em decorrência da febre amarela continua subindo em Minas Gerais. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que já são 110 óbitos registrados pela doença. Ainda são analisados exames em outras 75 pessoas que perderam a vida por suspeita da enfermidade. Esse é o pior surto da história do país registrado pelo Ministério da Saúde.
Nos últimos 72 dias, o estado contabilizou 1.090 notificações da doença, uma média de 15 por dia. Do total, 310 pessoas foram confirmadas com a doença, média de quatro por dia. Os exames descartaram a enfermidade em 57 pacientes.
Fonte: www.em.com.br
Fones de ouvido de passageira pegam fogo em voo entre Pequim e Melborne
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Incidente por volta de duas horas após a decolagem da aeronave, segundo a CNN. Autoridades australianas investigam o caso.
Fones de ouvido, alimentados por uma bateria, pegaram fogo durante um voo entre Pequim e Melborne, deixando o rosto e as mãos de uma passageira sujos. As autoridades australianas investigam o caso, segundo relato da americana CNN divulgado nesta quarta-feira (15).
A mulher, que não foi identificada, estava dormindo enquanto ouvia música quando foi surpreendida. "Quando fui me virar, senti meu rosto queimar ", afirmou ao escritório de segurança no transporte aéreo australiano (Australian Transport Safety Bureau - ATSB). O incidente por volta de duas horas após a decolagem da aeronave.
Ainda de acordo com a CNN, ela contou que retirou os fones de ouvido e os jogou no chão. A passageira notou que eles soltavam faíscas. Os funcionários do avião recolheram o aparelho rapidamente, mas a bateria e a tampa derreteram e ficaram colados ao chão.
Um alerta aos passageiros foi emitido pelo escritório de segurança no transporte aéreo australiano nesta quarta. Fonte: http://g1.globo.com
Índios gays: Amor e ódio na colônia
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Padres chegaram a matar um tupi homossexual amarrando-o na boca de um canhão
Foi aos pés do Forte de São Luís do Maranhão, onde hoje funciona o Palácio dos Leões. 1614, o missionário francês Yves D’Évreux (1577-1632), da Ordem dos Capuchinhos, ordenou a prisão, tortura e execução do índio Tibira, da tribo dos tupinambás, sob o pretexto de “purificar a terra do abominável pecado da sodomia”. Tibira ainda tentou fugir, escondendo-se na mata por alguns dias, mas foi logo capturado. Amarrado pela cintura à boca de um canhão, “onde deitaram-lhe ferros aos pés”, teve seu corpo destroçado. Uma parte dele caiu aos pés do forte. A outra desapareceu no mar.
O extermínio de Tibira foi documentado pelo próprio d’Evreux, que dedicou um capítulo inteiro de seu livro, Voyage Dans le Nord du Brésil Fait Durant les Années 1613 et 1614 (“Viagem ao Norte do Brasil feita nos anos de 1613 e 1614”, em livre tradução), ao índio tupinambá – “bruto, mais cavalo do que homem”. Antes de sentenciá-lo à morte, o capuchinho ainda lhe concedeu um último desejo: o de fumar tabaco – ou “petum”, em língua tupinambá. Segundo um costume indígena, quando saíam para caçar, os tupinambás costumavam levar “petum”. Caso viesse a faltar mantimentos, saciavam a fome, mastigando folhas de fumo. Para Tibira não morrer pagão, D’Évreux providenciou o batismo dele, com o nome de Dimas – em alusão ao “bom ladrão” perdoado por Jesus Cristo na cruz.
Suas últimas palavras? “Vou morrer. Não tenho mais medo de Jurupari (Diabo). Agora, sou filho de Deus”. Para não sujar as mãos com sangue inocente, os missionários franceses concederam a “honra” da execução a outro tupinambá. “Morres por teus crimes, aprovamos tua morte e eu mesmo quero pôr fogo no canhão para que saibam e vejam os franceses que detestamos as sujeiras que cometeste”, declarou o cacique Caruatapirã, seu rival mortal. Daquele dia em diante, o algoz de Tibira passou a gabar-se de seu feito e, pior, a servir-se dele para impor respeito aos outros nativos. A execução, em praça pública, foi assistida por autoridades civis e militares da então colônia francesa, além de chefes de diversas etnias indígenas.
Ainda hoje, quatrocentos anos depois, o relato da morte de Tibira causa espanto a Luiz Mott, doutor em Antropologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Não temos notícia no Brasil de outros criminosos que tivessem sido executados na boca de um canhão”, afirma. Segundo Mott, as razões de tão cruel execução são duas: medo do castigo divino – não é à toa que o termo sodomia originou-se a partir do episódio bíblico que narra a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra – e receio de contágio. “Ao castigar um adepto da sodomia com a pena capital, os religiosos aplicavam a pedagogia do medo não só para erradicar essa abominação da terra selvagem, como para inibir sua prática nefanda entre os colonos”, explica o antropólogo e historiador.
Em países do Velho Mundo, como França, Portugal e Espanha, sodomitas, hereges e bruxos, entre outros, eram condenados à morte na fogueira, “para não deixar vestígios”. No Brasil colonial, a utilização de um canhão como instrumento de execução só pode ser explicada como artifício para espetacularizar a morte de um pecador. Segundo Mott, o extremismo homofóbico perpetrado em São Luís do Maranhão infringia o próprio Direito Canônico da Igreja Católica, que não autorizava missionários de condenarem suspeitos de sodomia à morte. “A execução de Tibira foi totalmente arbitrária. Só o tribunal do Santo Ofício tinha jurisdição papal para queimar sodomitas”, afirma Mott.
Outros costumes
Os três navios franceses da expedição de Daniel de La Touche, que trouxeram o missionário francês Yves D’Évreux ao Brasil, ainda não tinham sequer zarpado do porto de Cancele, na Bretanha, em março de 1612 e os colonizadores portugueses já se escandalizavam com os hábitos sexuais dos silvícolas brasileiros. Um dos primeiros documentos que se tem notícia é o do jesuíta português Padre Manuel da Nóbrega (1517-1570). “Os índios do Brasil cometem pecados que clamam aos céus”, denunciou o sacerdote à Coroa Portuguesa, em 1549. Outro relato que chama a atenção é o do historiador português Gabriel Soares de Sousa (1540-1592). “São os tupinambás tão luxuriosos que não há pecado que eles não cometam”, decretou em seu “Tratado Descritivo do Brasil”, de 1587.
Além deles, o jesuíta português Pero Correia (1551), o missionário francês Jean de Léry (1557) e o historiador português Pero de Magalhães Gandavo (1576) também reportaram casos de sodomia entre os tupinambás. Curiosamente, algumas mulheres da tribo também assumiam papéis diferentes do habitual. Saíam para caçar, participavam de guerras, tinham esposas. Se os gays eram conhecidos como “tibira”, as lésbicas eram chamadas de “çacoaimbeguiras”. “Algumas índias deixam todo o exercício de mulheres e, imitando os homens, seguem seus ofícios como se não fossem fêmeas. E cada uma tem mulher que a serve, com quem diz que é casada. E assim se comunicam e conservam como marido e mulher”, relata Pero de Magalhães Gandavo (1540-1580) em “Tratado da Terra do Brasil”, de 1576.
Os tupinambás, porém, não eram os únicos a praticar o que Yves D’Évreux chamava de “o mais torpe, sujo e desonesto dos pecados”. Outras etnias, como guaicurus, xambioás, nambiquaras, bororos e tikunas, só para citar algumas, também não viam problema com a homossexualidade. “Tal conjunto de práticas era comum em sociedades indígenas brasileiras, sem que houvesse estigma sobre essas pessoas por parte de seu grupo”, afirma o sociólogo Estevão Rafael Fernandes, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). “Há várias fontes, inclusive, apontando para um papel espiritual desempenhado por esses indivíduos em suas aldeias. O que os missionários e colonizadores percebiam como depravação era, muitas vezes, percebido como potencial xamânico pelos indígenas”.
Autor do artigo “Homossexualidade Indígena no Brasil”, Fernandes observa que, nos EUA e Canadá, tribos indígenas com uma sexualidade fora do modelo predominante também foram perseguidas por ingleses, franceses e espanhóis. E mais: lá, os indígenas homossexuais são chamados de two-spirit pelos seus iguais. Mais do que uma maldição, nascer com “dois espíritos” seria uma benção. É como se estivessem em transição entre dois mundos: o masculino e o feminino, o terreno e o espiritual, o indígena e o não-indígena. “Isso garantia a eles um papel de destaque em suas tribos”, completa.
Perseguição no primeiro século
1547 – O português Estêvão Redondo é o primeiro homossexual degredado pelo Santo Ofício da Inquisição para o Brasil. Ele chegou a Recife, em fevereiro daquele ano, vindo de Lisboa. Teve seu nome inscrito no Livro dos Degregados pelo próprio governador de Pernambuco, Dom Duarte d’Albuquerque Coelho.
1580 – O medo de morrer queimado era tanto que levava os suspeitos de sodomia a praticar atos impensáveis. Como o do professor baiano Fernão Luiz. Na esperança de apagar as provas do “crime”, tramou a morte de seu parceiro e de sua família: pôs veneno em uma galinha, preparou uma canja e a deu para eles como refeição.
1586 – Para escapar da repressão inquisitorial, o feitor baiano Gaspar Roiz subornou um padre para queimar o sumário de culpas que o acusava de sodomia com um jovem chamado Matias. Muitas vezes, os acusados tinham seus bens confiscados pelo Santo Ofício, antes mesmo de conseguirem provar sua inocência.
1591 – O padre Frutuoso Álvares foi o primeiro homossexual a ser interrogado pela Inquisição no Brasil. Era acusado de praticar atos libidinosos, como masturbação e sodomia, em homens e rapazes. Seu inquisidor foi o padre Heitor Furtado de Mendonça, responsável pela primeira visitação do Tribunal do Santo Ofício à colônia.
1592 – Filipa de Souza foi a primeira lésbica a ser açoitada publicamente pela Inquisição no Brasil. Nascida em Portugal, chegou à colônia em data ignorada. Viúva, foi denunciada por “práticas nefandas” e presa em 18 de dezembro de 1591, aos 35 anos. Depois de expulsa da capitania, não se teve mais notícias de seu paradeiro.
A falta de Bauman para a “Multidão Solitária”
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Luiz André Medeiros
A morte “prematura” do gigante polonês Zygmunt Bauman, abre uma fecunda discussão sobre a continuidade de suas ideias e a percepção de quão vulnerável está essa “Multidão Solitária” chamada sociedade moderna – que habilmente o autor chamava de “sociedade líquida”.
Escrevendo sobre as mais diversas questões do mundo atual, Bauman partiu da constatação dos desastres sociais aos quais a sociedade contemporânea chegou: miséria, catástrofes ambientais, desigualdades sociais extremas e a barbárie que passamos. Para ele, muitos elementos contribuíram para a passagem do estado sólido da modernidade para uma qualidade fluida, identificando alguns fatores dessa passagem. Analisando a condição urbana, ele entende que as cidades são, por excelência, os locais onde acontecem todos as contradições, onde se vivem os paradoxos da globalização, principalmente os que derivam do mal-estar que leva a sensação generalizada de insegurança.
Sob sua óptica, analisando de forma profunda as relações de solidariedade, nossa sociedade vive o fenômeno em que as pessoas convivem lado a lado, mas dificilmente aprofundam os contatos, o que torna cada vez mais raro o relacionamento genuíno entre dois indivíduos. Entende que as pessoas se tornam coisas que podem ser adquiridas, consumidas e descartadas – critica: “é preciso diluir as relações para que possamos consumi-las”.
Quando me deparei com a leitura de “Amor Líquido” no começo do nosso século, já não conseguia perceber as nuances de um mundo em transformação, já que ainda vivia a vã esperança da ideologia. Ele jogou na nossa cara e percebeu que a pessoa se torna uma mera imagem sensual a ser consumida e ejetada sem maiores delongas do círculo de contatos e do próprio âmbito da percepção pessoal. A sandice das relações virtuais e a descartabilidade do que denominou como “relacionamentos de bolso” são a tônica do “amor líquido”, pois pode-se dispor quando necessário e depois guardá-lo.
Mostrou que, nesse mundo de incertezas, temos relacionamentos instáveis, pois as relações humanas estão cada vez mais flexíveis. Acostumados com o mundo virtual e com a facilidade de “desconectar-se”, as pessoas não conseguem manter um relacionamento de longo prazo. Pessoas estão sendo tratadas como bens de consumo, ou seja, caso haja defeito descarta-se.
Enfim, em linhas gerais, afirmou o paradoxo de um mundo em letargia, incapaz de conseguir alcançar forças para reagir. Deixa um legado e um ensinamento. Não nos mostra o caminho da salvação, mas diz o problema - a transformação que pode ser resumida nos seguintes processos: a metamorfose do cidadão, possuidor de direitos, em indivíduo em busca de afirmação no espaço social; a mudança de estruturas de solidariedade coletiva para as de competição; a queda dos sistemas de proteção estatal às vicissitudes da vida, possibilitando um permanente ambiente de incerteza; e a colocação da responsabilidade dos fracassos no plano individual.
Trouxe-nos a culpa como castigo para os “Indivíduos por Fatalidade”, incapazes de enxergar um palmo . Segue em paz gênio. Fonte: http://www.cadaminuto.com.br
Críticas e Avaliações
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Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
A fragilidade dos fundamentos da cultura pode ser uma das causas que explicam a incapacidade que a sociedade tem ao lidar com as críticas e as avaliações. Muito frequentemente, o que deveria ser uma rica troca de argumentos se reduz a ataques e ironias. Basta observar o cotidiano das pessoas nos diferentes setores. É incrível a falta de compostura de muitos parlamentares durante seus pronunciamentos, ou mesmo certas atitudes dos cidadãos. Essa falta de respeito resulta também da incompetência para uma autoavaliação. Movidos pela revolta pessoal que nasce do desinteresse em exercitar o autoconhecimento, muitos se sentem no direito de dizer, de qualquer jeito, o que bem entendem, sem medir as consequências. Por isso mesmo, é crescente a incompetência para avaliar os próprios atos e conceitos. Sem reconhecer a própria inaptidão, muitos se consideram certos em tudo. Acham-se no direito de desferir juízos sobre os outros e permanecem fechados a qualquer tipo de observação, ainda que seja pertinente.
Essa fragilidade no tecido cultural gera uma atmosfera permanente de revolta nas relações, fazendo crescer a intolerância e os equívocos no discernimento e adoção das prioridades. Consequentemente, perde-se o sentido de limite, que é necessário para que sejam estabelecidas as relações humanas. Impulsos que brutalizam essas relações ganham força, enquanto as instituições sociais ficam enfraquecidas. Assim se estabelece uma confusão que deseduca e é responsável por retrocessos civilizatórios. O risco permanente é a sociedade ser conduzida ao marasmo e às permissividades. De um lado, ficam as massas enfurecidas e raivosas. Do outro, defensivamente e se lamentando, os dirigentes, líderes e representantes do povo. Um descompasso de terríveis proporções.
Nesse contexto, nascem os medos paralisantes e a falta de criatividade que inviabilizam as respostas urgentes e necessárias. Tudo acaba em confusão que descompassadamente envolve o conjunto da vida. Urge aprender e praticar, culturalmente, a competência para se fazer críticas pertinentes, que nunca pode estar desatrelada da autoavaliação. E para se alcançar essa habilidade, torna-se necessário investir na autoestima. Quem não conquistou essa qualidade, não suporta críticas e permanece obtuso. Busca promoção e privilégios sem avaliar o próprio desempenho. Segue a tendência medíocre de se “fazer juízo em causa própria”, com a parcialidade de quem não aceita observações ou posicionamentos divergentes.
A sociedade e suas instituições não avançam se os cidadãos não cultivarem a competência crítica que pressupõe abertura suficiente também para se deixarem avaliar. São sempre lamentáveis a animosidade e a resistência criadas quando o discurso inclui críticas e avaliações. Buscam-se justificativas para tudo. Dessa forma, uma barreira intransponível é construída, impedindo o diálogo capaz de reorientar processos. As perdas são muitas, nos prazos e na qualidade dos resultados, pois o objetivo é cada um se colocar como o melhor e o mais importante.
Investimentos civilizatórios capazes de garantir aos cidadãos a competência de criticar, de ouvir críticas e de se deixar inserir em processos de avaliação, em vista do bem maior, são urgentes. Não há outro caminho para superar mediocridades nos âmbitos dos funcionamentos institucionais, que requerem sempre novas respostas, em razão dos crescentes desafios da sociedade contemporânea. Nesse sentido, oportuno é avançar na implantação de sistemas que podem avaliar desempenhos em diferentes âmbitos - educacional, religioso, cultural, político e tantos outros – capacitando todos com a habilidade para criticar e ouvir críticas. Assim se alcança a cidadania qualificada, com a abertura a processos permanentes de avaliação. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Mãe de menina de 11 anos grávida diz para a polícia que neto irá para adoção
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Polícia Civil afirma que criança de 11 anos foi estuprada pelo ex-padrasto. Com 25 semanas de gestação, aborto legal da gravidez está descartada.
Em depoimento para a Polícia Civil do Maranhão, a mãe da menina de 11 anos que está grávida afirmou que seu neto será colocado para a adoção. Segundo Ingrid Albuquerque, delegada da mulher em Timon, o único suspeito de ter cometido o estupro é o ex-padrastro da criança. Para a polícia, a mãe da vítima disse ainda que também sofria violência doméstica e que seu ex-parceiro ameaçava a ela e a filha de morte.
“A mãe já veio com o desejo de levar a gravidez a termo, ela é responsável pela filha. Ela disse que após o nascimento, vai encaminhar a criança para a lista de adoção. As duas estão muito abaladas. O suspeito era usuário de drogas e cometia violência doméstica contra a mãe”, disse a delegada informando ainda que foi pedido para a Justiça um mandado de prisão contra o homem.
O caso veio à público nesta quarta-feira (8), quando o Serviço de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Sexual em Teresina (SAMVVIS), em Teresina, informou que iria manter a gravidez da menina, já que ficou constatado que a jovem estava fora da idade gestacional para a realização de um aborto legal. Segundo o SAMVVIS, a criança está gestante de 25 semanas.
A delegada Ingrid contou que o caso chegou ao conhecimento da polícia por meio do Conselho Tutelar de Timon. A mãe da criança percebeu alterações no corpo da filha, desconfiou da gravidez e procurou o conselho. A investigação mostrou ainda que o padrasto da criança abusava sexualmente dela há pelo menos dois anos.
“A mãe notou inicialmente a criança com os seios alterados, salientes, então ela desconfiou. Ao pressionar a menina, ela revelou que era abusada sexualmente desde os nove anos de idade. Instauramos o inquérito policial e tomamos todas as medidas necessárias. Por uma questão de dias, vamos prender esse pedófilo porque é inadmissível a atrocidade que ele cometeu de abusar da própria enteada”, disse.
Levada para a Maternidade Donda Evangelina Rosa, em Teresina, a menina passou por vários exames, que constataram que a gravidez tinha ultrapassado as 20 semanas, prazo legal para interrupção de uma gestação oriunda de um estupro.
Segundo o artigo 128 do Código Penal Brasileiro, não se pune médico que realiza aborto no caso de gravidez decorrente da prática de estupro. Para tanto, é necessária a autorização da gestante e, quando menor de idade, de seu representante legal.
De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, o suspeito deixou a cidade de Timon no fim do ano passado, mas ele não pode ser considerado foragido porque ainda é aguardado que o mandado de prisão seja expedido pela Justiça. “Desde novembro, quando eu acho que tomou conhecimento da gravidez que ele fugiu de Timon. Ele já se encontra em outro estado”, finalizou a delegada Ingrid. Fonte: http://g1.globo.com
“Mulher, a força que nunca seca”
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Pastoral Afro-Brasileira faz homenagem por ocasião do Dia Internacional da Mulher
A mensagem da Pastoral Afro-Brasileira recorda “todas as mulheres que vivem com esta força que brota do mais íntimo, dos sonhos e desejos de viver". A motivação inicial do texto, assinado pelo coordenador nacional, Jurandyr Azevedo Araújo, é de um subsídio da Pastoral Operária e da Pastoral da Mulher Marginalizada.
No Dia Internacional da Mulher, a Pastoral lembra daquelas que equilibram “a lata da vida na cabeça, balançando, (re) torcendo, entortando, curvando o corpo diante dos desafios de Ser Mulher”, ressaltando uma “força que nunca seca” e que está contida em cada uma que constrói na realidade desafiante do dia-a-dia as oportunidades de viver, de ser feliz, de continuar acreditando na vida.
A força de mulher tem um poder, escreve padre Jurandyr, que supera a submissão, a dominação institucional e relacional, o medo, a violência e ganha empoderamento na economia solidária, na vivência do ser mulher, na afirmação da identidade feminina, no amor despendido nas relações e na construção coletiva de “outro mundo possível”.
Resistência da Mulher Negra
Presença expressiva nas ações da Pastoral Afro-Brasileira, a Mulher Negra teve lugar especial na homenagem do coordenador nacional, que sublinha uma resistência histórica deste grupo. “Aqui, em nosso país, a história da população negra esteve submersa durante décadas e reconduzida ao seu espaço como forma de resistência e autoestima de seus descendentes através das lutas contemporâneas e da reafirmação da participação dos negros e das negras na construção desta nação e da luta pela eliminação do racismo, herança da escravidão”, lembra.
“A mesma garra que as Mulheres Negras tiveram para resistir no período da escravidão, se manteve quando lhe imputaram as mais duras formas para sobreviver”, continua, citando o processo de “coisificação” da população negra e escravizada e os estereótipos de ama de leite e mulata exportação, ambos ligados ao ato de servir.
O coordenador encerra sua mensagem com o desejo de dar continuidade às ações sobre o lugar de Mulher Negra na sociedade. Um exemplo de atividade neste sentido foi o 3º Encontro das Mulheres da arquidiocese de Mariana (MG), provido no último final de semana, dias 4 e 5 de março. Cerca de 150 mulheres estiveram reunidas no Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Urucânia (MG), Região Pastoral Mariana Leste, para refletir sobre o empoderamento feminino. A luta contra a violência, o protagonismo da mulher negra e os direitos da mulher foram alguns dos pontos abordados durante o encontro. Fonte: http://www.cnbb.org.br
A cada 12 minutos, uma mulher é vítima de agressão no Rio de Janeiro
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ma mulher foi vítima de agressão física a cada 12 minutos no estado do Rio de Janeiro em 2016, segundo dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), da Secretaria de Segurança do estado. Do total dos registros de ocorrência de agressão no ano pasado, 64% das vítimas eram mulheres.
Duas mulheres por dia procuraram uma delegacia para fazer registro de assédio. Os dados fazem parte das análises preliminares do Dossiê Mulher, que será divulgado em breve e traz informações relativas à violência contra a mulher no Estado do Rio de Janeiro. A diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública, Joana Monteiro declarou que os números mostram a magnitude do problema. "É preciso conscientizar a população e demandar políticas que venham a reduzir as agressões".
O relatório aborda os principais crimes que milhares de mulheres sofrem cotidianamente, como lesão corporal dolosa, ameaça, assédio sexual, atentado violento ao pudor, estupro, homicídio doloso e violência doméstica. O documento é lançado anualmente pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), para dar visibilidade deste tipo de violência e municiar políticas públicas no combate desses delitos para sociedade brasileira. Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br
Menina é sequestrada e estuprada durante 4 horas em SP: 'Maníaco'
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Suspeito agrediu a garota e a arrastou pelos cabelos até barraco em Iguape. Vítima, de 13 anos, fugiu horas depois e conseguiu acionar a Polícia Civil.
Uma menina de 13 anos foi agredida, sequestrada e obrigada a manter relações sexuais com o agressor durante quase quatro horas em Iguape, no litoral de São Paulo, nesta terça-feira (7). O crime chocou moradores e policiais da cidade de pouco mais de 30 mil habitantes já que, segundo a polícia, foi premeditado. A garota ficou ferida e precisou ser encaminhada ao Hospital Regional de Pariquera-Açu, no interior de São Paulo, para avaliar as lesões. O suspeito foi preso em flagrante e encaminhado para a Cadeia Pública de Jacupiranga, no interior do Estado.
De acordo com informações da polícia, Lucas Ferreira, de 22 anos, abordou a garota em uma passarela. Em seguida, ele bateu a cabeça da menina contra o guidão de uma bicicleta e a arrastou, pelos cabelos, até um barraco. "Ele ameaçou ela de morte o tempo inteiro enquanto fazia todos os tipos de atrocidades com a garota. A vítima ficou muito machucada. É um caso que causa revolta. O agressor, inclusive, já tem passagem por tráfico", explica o delegado Carlos Ceroni.
Segundo apurado pelo G1, as agressões duraram quase quatro horas. Em determinado momento, o suspeito se distraiu e a menina conseguiu fugir do local. "A vítima foi socorrida por um senhor de idade que passava pelo local. Em seguida, os policiais fizeram uma varredura na área e encontraram o criminoso na casa do padrasto. Ele estava dentro de um cômodo da casa, escondido, e acabou sendo preso em flagrante. Além do estupro, ele também roubou o dinheiro que a vítima guardava em um dos bolsos", afirma Ceroni.
Ainda de acordo com o delegado Carlos Ceroni, responsável pelo caso, a frieza do estuprador impressionou até os policiais mais experientes da cidade. "Quando foi reconhecido pela vítima, ele preferiu ficar em silêncio. O criminoso é uma pessoa extremamente fria. A menina está totalmente transtornada. Imagine o que ela passou. Foram mais de três horas sendo dominada por um maníaco e, o tempo inteiro, sendo ameaçada de morte", completa o delegado.
A vítima foi encaminhada para o Hospital Municipal de Pariquera-Açu para passar por exames e tomar medicamentos que evitem o contágio por doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, de acordo com a polícia, ela está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar. A garota deve ser encaminhada, nesta quarta-feira (8), ao Instituto Médico Legal (IML) para passar por uma perícia que também comprove as agressões sofridas durante o cárcere. Fonte: http://g1.globo.com
8 de março: Sua excelência, a mulher!
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Dom Fernando Arêas Rifan*
Bispo da Administração Apostólica São João Maria Vianney
Hoje é o dia internacional da mulher, ocasião propícia para relembrarmos sua excelente dignidade e valor diante de Deus e dos homens.
Na verdade, foi o cristianismo que salvou a dignidade da mulher! A história, nos testemunhos de Juvenal e Ovídio, nos conta que a moral sexual e a fidelidade conjugal, antes do cristianismo, estavam em extrema degradação. Constatamos isso, vendo atualmente a situação da mulher nos povos que não têm o cristianismo. No começo do século II, Tácito afirmava que uma mulher casta era um fenômeno raro. Galeno, o médico grego do século II, ficava impressionado com a retidão do comportamento sexual dos cristãos. Os próprios historiadores são obrigados a confessar que foram os cristãos que restauraram a dignidade do matrimônio.
As mulheres encontraram na Igreja, conforme a sua própria condição, seu lugar digno: foi-lhes permitido formar comunidades religiosas dotadas de governo próprio, dirigir suas próprias escolas, conventos, colégios, hospitais e orfanatos, coisa impensável no mundo antigo (cf. Thomas E. Woods Jr, “Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental”).
Isso confere com o que ensina Papa S. João Paulo II: “Cristo se constituiu, perante os seus contemporâneos, promotor da verdadeira dignidade da mulher e da vocação correspondente a tal dignidade. Às vezes, isso provocava estupor, surpresa, muitas vezes raiando o escândalo: ‘ficaram admirados por estar ele conversando com uma mulher’ (Jo 4, 27), porque este comportamento se distinguia daquele dos seus contemporâneos. Em todo o ensinamento de Jesus, como também no seu comportamento, não se encontra nada que denote a discriminação, própria do seu tempo, da mulher. Devemos nos colocar no contexto do ‘princípio’ bíblico, no qual a verdade revelada sobre o homem como ‘ imagem e semelhança de Deus’ constitui a base imutável de toda a antropologia cristã. ‘Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou, criou-os homem e mulher’ (Gn 1, 27). Os dois são seres humanos, em grau igual, ambos criados à imagem de Deus” (Mulieris dignitatem, sobre a dignidade e a vocação da mulher).
Mas, “a igualdade de dignidade não significa ser idêntico aos homens. Isso só empobrece as mulheres e toda a sociedade, deformando ou perdendo a riqueza única e valores próprios da feminilidade. Na visão da Igreja, o homem e a mulher foram chamados pelo Criador para viver em profunda comunhão entre si, conhecendo-se mutuamente, para dar a si mesmos e agir em conjunto, tendendo para o bem comum com as características complementares do que é feminino e masculino” (S. João Paulo II, Mensagem sobre a mulher, 26/5/1995).
Dizemos hoje, como fez S. João Paulo II (Carta às Mulheres, 29/6/1995), o nosso muito obrigado às mulheres, a todas e a cada uma, representadas na mulher-mãe: “Obrigado a ti, mulher-mãe, que te fazes ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única, que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida”. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Polícia investiga caso de pai que teria matado mulher e filho e se suicidado em SP.
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Três pessoas foram encontradas mortas nesta segunda-feira em um apartamento em Água Rasa, na Zona Leste da cidade de São Paulo. Os corpos de Fábio Luis Pinassi Nunes, de 36 anos, e de Thaise Leocadio Ramos, de 33 anos, foram encontrados com ferimentos de arma de fogo na cabeça, assim como o de um menino de 5 anos, filho do casal, identificado como Pedro Luiz Ramos Nunes.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, parentes das vítimas sentiram um odor forte vindo do apartamento e chamaram o zelador para arrombar a porta. No local, eles encontraram Thaise deitada no sofá e o pequeno Pedro, na cama do casal — os dois com hematomas na região da cabeça. Por último, avistaram Fábio, também já morto, com um revólver ao lado do corpo.
O delegado responsável pelo caso, Nilton Quieregato, titular da 29ª DP, afirmou ao EXTRA que a principal suspeita é de que o homem tenha cometido duplo homicídio antes de se matar com a arma de fogo encontrada. A narrativa foi registrada no boletim de ocorrência e deve ser considerada pela polícia uma conclusão do caso. Os agentes esperam agora o resultado da perícia da arma e dos exames toxicológicos e necroscópicos das vítimas. Não foram achados bilhetes ou mensagens no local.
A polícia suspeita de que Fábio Nunes tenha matado a mulher e o filho e ter cometido suicídio
A polícia suspeita de que Fábio Nunes tenha matado a mulher e o filho e ter cometido suicídio. A mãe de Thaise Ramos, Denise Leocadio, publicou em seu perfil de rede social que o velório ocorrerá nesta terça-feira no Cemitério de Quarta Parada, em Água Rasa, de 10h às 15h.
O pai de Fábio contou aos policiais que o filho passava por uma crise depressiva. Pessoas próximas estão arrasadas com o trágico acontecimento. Alguns deles trocaram a imagem de perfil por um símbolo de fita preta, em sinal de luto pela perda de seus entes queridos, e receberam mensagens de solidariedade de amigos nas redes sociais. Ao EXTRA, amigos relataram que não vão se pronunciar sobre a tragédia e pediram privacidade no momento em que se despedem de "três pessoas amadas".
O crime em São Paulo vem à tona dois depois de um caso com algumas semelhanças no Rio. No domingo, um pai matou seus dois filhos e se suicidou em um condomínio da Freguesia, na Zona Oeste da capital fluminense. Cesar Antunes Junior esfaqueou Maria Nina Magalhães Castro Antunes, de 10 anos, e Bernardo Magalhães Castro Antunes, de 6 anos, de acordo com a polícia, e deixou bilhetes para a ex-mulher, mãe das crianças. Fonte: http://extra.globo.com
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