Falece dona Marisa Letícia
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A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva faleceu nesta sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017, às 18:57.
O velório será neste sábado (4), das 9h às 15h, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dona Marisa Letícia se conheceram. O sindicato fica na rua João Basso, 231, em São Bernardo do Campo.
Em seguida haverá uma cerimônia de cremação reservada à família no Cemitério Jardim da Colina. Fonte: http://www.lula.com.br
Mineradora Yamana Gold e Estado estão violentando direitos humanos e ecológicos no Norte de Minas Gerais.
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A CPT denuncia em Nota. 02/02/2017
Mineradora Yamana Gold e Estado estão violentando direitos humanos e ecológicos no Norte de Minas Gerais. A CPT denuncia em Nota.
A violação de direitos continua imperando nas comunidades de Riacho dos Machados, no Norte de Minas Gerais, e sendo deixadas de lado “propositalmente” pelas autoridades do Estado que são responsáveis por autoriza e fiscalizar os empreendimentos minerários e a conduta das empresas.
A empresa mineradora Yamana Gold está construindo uma barragem de água no Rio Rodeador, no município de Riacho dos Machados, MG, para subsidiar a produção de capital da empresa em ação minerária, no entanto a existência das famílias vem sendo ignorada ao longo do processo de implementação do empreendimento minerário. As famílias que serão atingidas diretamente pela barragem não foram consultadas, o que deixa claro o papel omisso e cúmplice do Estado a serviço da Empresa mineradora Yamana Gold. São comunidades que vivem no território há várias gerações.
Existem denúncias graves em relação a esse projeto: famílias do entorno adoecendo, aumento da escassez de água, rejeitos jogados diretamente nas comunidades vizinhas, água já com índices de metais pesados acima dos valores permitidos em poços artesianos usados pelas mineradoras - que diz irá disponibilizar sua água para a população. Destas denúncias nunca aparecem respostas. A região semiárida de Minas Gerais não sustenta ambientalmente projetos de mineração.
Os últimos crimes praticados pela empresa Yamana Gold contra as comunidades foram dois casos. Um dia 07 de dezembro de 2016 na comunidade Ouro Fino, em que pessoas da empresa invadiram a propriedade do Sr. João Batista Neto. Segundo relatos, houve desmatamento da margem do Rio Segura, que também será represado pela barragem, e ainda destruíram a cerca que passa próxima ao rio, ambos feitos com trator, causando muita destruição no local (imagens em anexo, abaixo).
Outro caso que ocorreu foi na comunidade Mumbuca, em que moradores relatam que a mineradora Yamana Gold vem abrindo estradas de forma desenfreada e uma das atingidas nesse processo é a família da camponesa Eva, pois essa agressão está se dando nas terras de sua família. Ela descreve fatos parecidos aos ocorridos na comunidade Ouro Fino, em que pessoas ligadas à mineradora Yamana Gold invadiram as terras de sua família e abriram estradas sem ao menos consultá-los e, por cima, sem licença ambiental para tal.
As comunidades atingidas solicitam que esses casos sejam investigados pelos órgãos do Estado e que a mineradora Yamana Gold seja punida veementemente.
Riacho dos Machados, Norte de Minas Gerais, Brasil, 02 de fevereiro de 2017.
Assina essa Nota Pública,
Comissão Pastoral da Terra – CPT/MG.
Nota a respeito de Dona Marisa Letícia
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Caros Amigos,
A ex-primeira-dama dona Marisa Letícia deve passar nesta sexta-feira (3) por um protocolo de avaliação de morte cerebral que, pelas regras estabelecidas, poderá se estender ao longo do dia de hoje.
O primeiro exame deve acontecer às 12h, e o segundo pelo menos seis horas após o primeiro, às 18h, para comprovar a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais. Os procedimentos de doação de órgãos só podem ocorrer após a conclusão do protocolo.
Agradecemos mais uma vez todo o carinho dos que querem prestar suas últimas homenagens a nossa querida Dona Marisa Letícia. Fonte: http://www.lula.com.br
LIMOEIRO DE ANADIA/AL: Violência em Casamento.
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VOCÊ VIU? Duas pessoas são baleadas durante cerimônia de casamento em Alagoas
Ocorrência foi registrada em Limoeiro de Anadia, no Agreste do estado. Homem invadiu a festa e começou a atirar; ele conseguiu fugir.
Dois homens foram baleados dentro de uma cerimônia de casamento no município de Limoeiro de Anadia, região Agreste de Alagoas, neste sábado (28). O atirador conseguiu fugir. Um vídeo que mostra o momento dos tiros foi compartilhado nas redes sociais.
As vítimas seriam testemunhas dos noivos. De acordo com o 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o caso foi registrado por volta das 18h.
Um homem, cuja identidade não foi confirmada, entrou na igreja e começou a atirar, provocando pânico entre os convidados. Não se sabe o que teria motivado o atentado.
As vítimas, que também não tiveram as identidades confirmadas pela polícia, foram socorridas por outros convidados da festa, e levados para a Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca. O estado de saúde deles não foi informado. Não há informação de outros feridos. Fonte: http://g1.globo.com
ATUALIZAÇÃO: Homem que atirou em convidados durante casamento, em Alagoas, se entrega.
RIO — O homem que atirou em duas pessoas durante uma cerimônia de casamento, realizada no sábado, na cidade de Limoeiro de Anadia, região Agreste de Alagoas, se entregou à Polícia Civil nesta quarta-feira. Humberto Ferreira Santos se apresentou na 4ª Delegacia Regional de Polícia, em Arapiraca, e prestou depoimento. À polícia, o homem conhecido como Betinho disse que agiu por vingança e foi autuado por dupla tentativa de homicídio. Com um mandado de prisão expedido pela Justiça, ele será transferido no final da tarde para a Casa de Custódia, em Maceió.
O delegado Carlos Humberto de Almeida ouviu o depoimento de Carlos Humberto e disse que a motivação foi vingar a morte do filho e o pai, um homem de 85 anos. O crime ocorreu há dois anos e ao autor dos disparos acredita que os mandantes tenha sido Edmilson Bezerra da Silva, de 37 anos Cícero Barbosa da Silva, de 62 anos, pai de Edmilson, os dois feridos durante a cerimônia de casamento. Os dois, segundo o delegado, não foram feridos com gravidade e um deles já recebeu alta.
— Ele (Betinho) disse que agiu por vingança porque suspeita que os dois mandaram matar o filho e o pai dele. O autor já tinha esse ódio dos dois e disse que, no dia do casamento, ao passar eles zombaram dele. Cego de raiva, ele disse que nem viu que entrou na igreja. Pegou a arma que tinha no carro e foi atrás dos dois — disse o delegado Carlos Humberto de Almeida.
A polícia disse que apresentação do autor do disparo foi negociada com a família e o advogado. Foi um trabalho de convencimento para que Humberto comparecesse à delegacia.
Um vídeo do casamento, que está sendo compartilhado nas redes sociais, mostra Humberto entrando na igreja logo atrás dos noivos. A passar por Edmilson e Cícero, ele grita “você que matou meu pai!”. Logo a seguir pega a armada e faz seis disparos. Houve correria e pânico dentro da igreja. Depois de atirar, Humberto sai calmamente e vai embora. Fonte: http://extra.globo.com
SECA NO NORDESTE: Pesquisadores preveem agravamento da seca no Nordeste entre fevereiro e abril.
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A seca na Região Nordeste, que já dura cinco anos, deve se agravar ainda mais no período de fevereiro a abril, de acordo com a Previsão Climática Sazonal. O documento foi elaborado pelo Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A reportagem foi publicada por Agência Brasil, 27-01-2017.
As previsões indicam que neste ano haverá menos chuvas na região, causando preocupação com o quadro hídrico. Segundo o documento, a tendência é que os reservatórios do Nordeste não tenham recuperação significativa durante a estação chuvosa, uma vez que as precipitações devem ficar abaixo da média histórica.
Os pesquisadores alertam para o “acentuado risco” de esgotamento da água armazenada em represas e açudes, entre novembro deste ano e janeiro de 2018, nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco.
Pelo aumento do potencial de queimadas a partir de fevereiro, a estiagem na região do extremo norte da Região Norte também gera preocupação, especialmente nas áreas leste e nordeste de Roraima.
Isso deve ocorrer em função das temperaturas mais altas. A seca eleva o risco de focos de incêndio, que podem se alastrar por grandes áreas de floresta. “Se a cobertura vegetal diminui, o solo fica mais exposto e gera um aumento maior na temperatura. É um círculo vicioso”, diz o coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), José Marengo. O Cemaden é ligado ao MCTIC e tem participação no grupo de trabalho. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
A escalada da violência no campo: 2016 foi o mais violento dos últimos 13 anos
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O ano passado foi o mais violento dos últimos 13 anos no campo. É o que apontam dados preliminares sobre a violência no campo apresentados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) no dia 17 de janeiro. Segundo a entidade, 60 pessoas foram assassinadas em decorrência de conflitos agrários em 2016. Em 2015, foram 49 mortes registradas, até então o maior número de vítimas de conflitos agrários desde 2003, quando foram contabilizados 71 assassinatos. Entre as vítimas estavam lideranças de movimentos camponeses e de populações tradicionais engajadas na luta pela reforma agrária e contra a espoliação causada pelo avanço do agronegócio sobre seus territórios. “É uma situação terrível”, assinala Jeane Bellini, membro da Coordenação Executiva da CPT, para quem a escalada da violência é resultado da omissão do Estado brasileiro na mediação dos conflitos agrários. “O Estado está deixando a violência acontecer, e na hora em que o Estado se afasta, o capital privado avança, e avança com violência”, ressalta, complementando: “O Judiciário continua não agindo. O número de processos em casos de assassinatos continua muito pequeno, o número de processos concluídos menor ainda, e o número de condenados idem. E o Executivo, quando manda a polícia, manda para proteger a propriedade privada de grileiros”, critica. A reportagem é de André Antunes, publicada por EPSJV/Fiocruz, 27-01-2017.
De acordo com a CPT, assim como em anos anteriores, a Região Norte continua tendo o maior número de homicídios registrados. Um dos poucos casos a ganhar repercussão nacional aconteceu em Rondônia, estado que concentrou um terço dos assassinatos ocorridos no campo em 2016. O corpo da militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Nilce de Souza Magalhães foi encontrado em junho amarrado a uma pedra no lago da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho. Conhecida pela luta contra as violações de direitos humanos cometidas pelo consórcio responsável pela hidrelétrica, chamado de Energia Sustentável do Brasil (ESBR), a militante estava desaparecida desde janeiro de 2016. “É uma tristeza imensa. E assusta pelo grau de brutalidade. Não se contentam em apenas matar. Querem mandar uma mensagem, intimidar mesmo”, aponta Jeane.
Demarcação de terras indígenas no alvo
Além da violência, os movimentos do campo têm denunciado também o desmonte do conjunto das políticas destinadas às populações do campo no ano que passou. Desmonte que já deu mostras de que deve continuar em 2017: no dia 23 de janeiro, organizações ligadas ao movimento indígena emitiram nota conjunta em repúdio à portaria 80/2017 do Ministério da Justiça e Cidadania, que cria, no âmbito da pasta, um Grupo Técnico Especializado (GTE) para atuar em questões envolvendo a demarcação de terras indígenas. Segundo as organizações signatárias da nota, a criação do GTE é uma tentativa de esvaziar o papel da Fundação Nacional do Índio (Funai) no processo de demarcação, que atualmente é regido pelo decreto 1.775, de 1996.
Atualmente, cabe à Funai a condução do processo de demarcação, desde a análise antropológica da terra reivindicada como indígena até a ausculta dos laudos e testemunhas a favor e contrárias à demarcação. Da Funai o processo segue para a assinatura do ministro da Justiça e em seguida para a sanção do presidente da República.
Com a nova portaria, o Ministério da Justiça passaria a ter a prerrogativa de rever todo o processo da Funai, órgão subordinado à pasta. “A medida segue na linha do enfraquecimento do órgão indigenista federal, atualmente com o pior orçamento de sua história, e consiste numa forte concessão do governo Michel Temer a bancadas parlamentares anti-indígenas, em contraposição aos direitos ligados à vida dos povos indígenas do Brasil, notadamente o direito originário às suas terras tradicionais”, denunciam as organizações, que criticam ainda a ausência de diálogo do governo com o Conselho Nacional de Política Indigenista e o descumprimento do direito à consulta livre, prévia e informada dos povos e comunidades tradicionais, como prega a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário.
A portaria 80/2017 revogou a portaria 68, emitida pelo Ministério da Justiça no dia 18 de janeiro, que continha muitas das propostas de alterações no processo de demarcação presentes na minuta de um documento que o governo pretendia apresentar na forma de um decreto e cujo conteúdo foi vazado pelo jornal Estado de S. Paulo em dezembro do ano passado. Com a repercussão negativa depois da mobilização de indígenas, organizações indigenistas e do Ministério Público Federal (MPF), o governo voltou atrás e revogou a portaria, que previa, por exemplo, a reparação às populações tradicionais em caso de perda de terras. Além disso, segundo seus críticos, o documento abria espaço para a adoção da tese do “marco temporal” segundo a qual os indígenas só teriam direito às terras reivindicadas se estivessem fisicamente nelas em outubro de 1988, data em que foi promulgada a Constituição Federal. A previsão da criação do Grupo Técnico Especializado, no entanto, que já constava da portaria 68, foi mantida na portaria 80.
“Todas estas medidas têm o claro objetivo de retardar ou impedir a conclusão dos processos de demarcação, revelando o propósito do atual governo no sentido de enterrar políticas de demarcação de terras indígenas e outras pautas de regularização fundiária, o que só contribui para a ampliação e perpetuação dos conflitos existentes”, alerta a nota de repúdio dos movimentos indígenas à portaria 80.
Mudanças nas normas para reforma agrária
A paralisação das ações de reforma agrária no país em 2016 é outro alvo de críticas por parte da CPT e de outros movimentos sociais do campo. Esse quadro já vinha sendo denunciado desde o governo Dilma Rousseff, mas se agravou a partir da ascensão de Michel Temer à Presidência da República. O atual chefe do Executivo dissolveu o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e, com ele, extinguiu a Ouvidoria Agrária Nacional, órgão responsável pela mediação de conflitos por terra no país.
As nomeações do pastor evangélico Antonio Fernandes Costa, indicação do Partido Social Cristão (PSC), para a presidência da Funai, e do engenheiro agrônomo Leonardo Góis Silva, indicado pelo Solidariedade (SD) para a presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também foram consideradas retrocessos. “Este governo tem deixado muito claro que está do lado do grande capital. Tudo o que os movimentos sociais têm tentado fazer há mais de 30 anos está sendo desmontado numa velocidade terrível”, lamenta a coordenadora da CPT Jeane Bellini.
Ela aponta que no final do ano passado, no dia 22 de dezembro, entrou em vigor a Medida Provisória 759, editada por Michel Temer que alterou as normas relativas à reforma agrária no país. Ela prevê, por exemplo, que os imóveis arrematados pela União destinados a projetos de reforma agrária possam ser pagos em dinheiro. “Antes, se uma terra era desapropriada porque não estava cumprindo sua função social, o governo dava o valor equivalente às benfeitorias ao proprietário na forma de títulos da dívida agrária ao longo de 20 anos. Era uma forma de pagar pela terra, mas não beneficiar o proprietário que não usou a terra para dar emprego ou alimento. Agora, ele não usou a terra e ainda vai receber por ela como se estivesse no mercado de terras. É um desvirtuamento”, analisa Jeane.
De acordo com ela, outro impacto da MP 759, que atribuiu às Prefeituras a responsabilidade de fornecer a relação de famílias a serem assentadas. “O receio é que deixe de haver uma consulta aos sindicatos de trabalhadores rurais, as associações, aos movimentos sociais do campo para indicar nomes de pessoas para serem beneficiadas, como o Incra e a própria Ouvidoria Agrária Nacional faziam anteriormente. Passando essa responsabilidade para as prefeituras, os grandes proprietários de terras vão ter muito mais influência nesse processo. O coronelismo vai aflorar novamente”, ressalta.
Combate ao trabalho escravo em xeque?
A CPT também divulgou dados preliminares sobre as denúncias de trabalho escravo recebidas em 2016 pela entidade e o resultado das fiscalizações decorrentes: foram 98 casos no ano passado, envolvendo 968 pessoas. Em 2016, 718 indivíduos foram libertados de condições análogas à escravidão. Os números mostram uma queda em relação a 2015, quando foram notificados 120 casos envolvendo 2.321 pessoas, com 895 trabalhadores libertados. Mas segundo Jeane Bellini, no contexto atual, os dados são motivo de apreensão. “Pode dar a impressão que melhorou a situação, mas o fato é que diminuiu o orçamento, impactou na diminuição do número de equipes, do número de operações, então, consequentemente, diminuiu o número de resgatados”, explica.
E os números sobre a fiscalização do trabalho escravo no Ministério do Trabalho de fato apontam nesta direção: enquanto em 2015 as Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego da pasta realizaram 158 fiscalizações de denúncias envolvendo trabalho escravo, em 2016 esse número caiu para 65; já as fiscalizações realizadas pelo Grupo Móvel Nacional do ministério caíram de 119 em 2015 para 93 em 2016.
Considerada um dos principais instrumentos de combate ao trabalho escravo do Brasil, a ‘lista suja’– uma relação dos empregadores multados por utilizar trabalho em regime análogo à escravidão – não é divulgada pelo governo há dois anos e atualmente se encontra envolvida em um imbróglio jurídico.
Em 2014, a lista foi suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski a pedido da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), autora de uma ação direta de inconstitucionalidade contra o instrumento.
Em maio de 2016, o governo apresentou uma portaria com novas regras para a inclusão de nomes no cadastro de empregadores envolvidos na prática de trabalho escravo, e, com isso, derrubou a liminar de Lewandowski. Só que desde então a lista não foi divulgada. Em dezembro do ano passado, o Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação pedindo a divulgação imediata da lista, mas a Advocacia Geral da União (AGU) recorreu.
Um dia após o MPT entrar com a ação pedindo a volta da ‘lista suja’, o país foi alvo de uma decisão histórica da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que considerou o Estado brasileiro omisso e negligente com o trabalho escravo.
Publicada no dia 15 de dezembro de 2016, a sentença encerrou o caso ‘Trabalhadores da Fazenda Brasil Verde contra o Estado Brasileiro’, protocolada em 1998 pela CPT e pelo Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) com base em ocorrências envolvendo mais de 300 trabalhadores do Piauí aliciados para uma fazenda no sul do Pará ao longo de 10 anos. Esta foi a primeira vez que a Corte Interamericana julgou um caso de trabalho escravo nas Américas.
“Se dentro do país tem juízes tropeçando um no outro e congressistas querendo redefinir o que é trabalho análogo à escravidão, uma decisão dessas diz que, pelo menos, o Brasil está destoando dos outros países das Américas e está regredindo nos combate à escravidão”, afirma Jeane. E completa: “Mesmo com o desmonte, certos mecanismos de defesa e denúncia ainda funcionam. Então não podemos nos entregar ao desânimo, porque essas poucas conquistas mostram que os mecanismos ainda existem, a questão é usar, teimar, insistir”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
NESTE DOMINGO, 29: Protesto em Copacabana lembra a morte de 144 pessoas trans.
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A manifestação ocorreu no dia da "Visibilidade Trans", celebrado neste domingo (29)
Em fevereiro de 2016, a travesti conhecida por Cicarelli, 36 anos, foi morta de forma cruel em João Pessoa, com mais de 20 facadas, pedradas e ainda teve a orelha decepada em uma disputa de traficantes por um ponto de drogas na capital paraibana.
No Dia da Visibilidade Trans, comemorado hoje (29), Cicarelli foi uma das pessoas trans lembradas em uma manifestação na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Foram fincadas na areia 144 cruzes pretas, uma para cada transexual ou travesti mortas no ano passado por causa do preconceito, em todo o país, segundo levantamento da organização não governamental Rede Trans Brasil.
O número, de acordo com a presidente da Rede Trans Brasil, Tathiane Araújo, faz do Brasil um dos campões de mortes de pessoas trans no mundo. Segundo ela, os assassinatos refletem a vulnerabilidade para onde essas pessoas são empurradas. A exclusão, explica, começa em casa, quando pais se recusam reconhecer a identidade de alguém que não se identifica com o sexo designado ao nascer, o que é o caso de pessoas trans.
“A família fecha a porta, a escola fecha a porta em uma época crucial da vida, que é a adolescência, aí a pessoa tem dificuldade de encontrar trabalho e por não ter qualificação isso vira um problema social. Precisamos visibilizar que a exclusão é o nosso principal fator de risco”, afirmou Tathiane, que também apontou a falta de políticas públicas para inclusão desse grupo.
À margem, as pessoas trans convivem permanentemente com medo de morrer ou de ser vítima de “estupros corretivos”, muitos em banheiros, explica Adriana Rodriguez Souza, coordenadora da Rede Trans, no Rio. “O machismo não aceita o 'não' de um homem trans, de uma lésbica, que acabam estuprados e mortos”. Outra luta das pessoas trans, segundo Adriana, é pelo uso do banheiro compatível com o gênero e o nome social.
O relatório completo da Rede Trans Brasil com número de vítimas de transfobia – preconceito que vitima pessoas trans – com informações sobre circunstâncias das mortes e recomendações ao Poder Público será divulgado amanhã (30), quando o documento também será entregue à Organização dos Estados Americanos (OEA), no Rio. O levantamento foi feito com base em notícias de jornais e casos apurados pela organização.
A coordenadora-geral de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Marina Reidel – representente do Ministério da Justiça na manifestação de hoje – reconheceu que o Brasil ainda não é um país seguro para pessoas trans e disse que o governo tem o Disque 100 para receber denúncias. No entanto, segundo Marina, acabar com a violência contra pessoas trans passa pela educação, questão que tem esbarrado nos legislativos.
“A violência é uma questão cultural. Eu, como professora que sou, reconheço que a educação precisa ser repensada nesse aspecto, mas no ano passado e retrasado, tivemos uma grande dificuldade de dialogar com os legislativos e ficaram de fora dos planos de educação a questão de gênero”. Marina, que é uma mulher trans, também avalia que faltam serviços para a população nos estados e municípios.
Para discutir o cenário e políticas públicas, o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais se reunirá esta semana com órgãos do governo, em Brasília.
Fonte: www.noticiasaominuto.com.br
De crime a arte: a história do grafite nas ruas de São Paulo
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Aniversário de 30 anos das intervenções artísticas na cidade começou com decisão polêmica de apagar painéis na avenida 23 de Maio.
Por Lais Modelli, BBC
Para Bárbara Goys, criadora de um dos painéis apagados na ação da prefeitura, é preciso valorizar a importância do grafite no desenvolvimento turístico da cidade.
No início da década de 1980, desenhos enormes de frangos assados, telefones e botas de salto fino começaram a aparecer em muros de São Paulo.
Eram alguns dos primeiros grafites em espaço público da capital paulista, feitos pelo artista etíope radicado no Brasil Alex Vallauri.
Naquela época, com a liberdade de expressão caçada pela ditadura militar, o grafite era considerado crime pela legislação brasileira. "A própria ocupação da rua já era vista como um ato político", diz o sociólogo e curador de arte urbana Sérgio Miguel Franco,
E nas obras de Alex Vallauri era possível entender o lado político do grafite paulistano: um dos seus primeiros desenhos foi o "Boca com Alfinete" (1973), uma referência à censura.
Nos anos seguintes, encheu os muros da capital de araras e frangos que pediam Diretas Já, o slogan do movimento por eleições diretas nos últimos anos da ditadura.
Vallauri influenciou outros artistas a ocuparem as ruas da capital paulista e a data de sua morte - 27 de março de 1987 - é lembrada como o Dia do Grafite no Brasil. O aniversário de 30 anos da data, em 2017, criou nos artistas a expectativa de que este seria um ano de valorização do trabalho que fazem na cidade.
No entanto, em 14 de janeiro, o novo prefeito da capital paulista, João Doria Jr. (PSDB), anunciou que seria apagados os painéis da avenida 23 de Maio, como parte do programa "São Paulo Cidade Linda". A decisão provocou críticas dos artistas e dividiu opiniões entre especialistas em arte urbana.
Com a polêmica gerada após a ação, a Secretaria da Cultura de São Paulo afirmou que pretende cria uma área para grafiteiros e muralistas no bairro da Mooca, na zona leste de São Paulo, chamada de grafitódromo. Segundo Doria, assim como a arte fica nos museus, o grafite também deve ficar em "lugares adequados".
A ideia é inspirada em Wynwood, um bairro de Miami que abriga painéis e murais de arte urbana, assim como a venda de produtos licenciados para viabilizar o negócio.
"Doria não precisa olhar para Miami para intervir nas artes de rua. O mundo é que olha para nós. São Paulo sempre foi a capital do grafite mundial", afirma Rui Amaral, autor do primeiro grafite pintado à mão em São Paulo, em 1982.
Para o artista plástico Jaime Prades, que também fez parte da primeira geração de grafiteiros, o grafitódromo representa um limite para liberdade de expressão. "É uma visão paternalista que quer impor o que considera 'certo'. Logo, o grafite é algo errado, que tem que ser contido e controlado", diz. "Mas nesse caso, não seria mais grafite, já que a alma do grafite é interagir com a cidade livremente."
A prefeitura também informou que criará um programa de grafite, que terá início com a criação, na rua Augusta, do Museu de Arte de Rua (MAR), no qual 150 artistas terão seus painéis expostos por até três meses.
"Criar um distrito para o grafite pode ser interessante, pois daria total liberdade para aqueles artistas exercitarem sua arte. Seria necessário verificar quais seriam estes critérios para estabelecer o local certo. Eles teriam que ser ouvidos e a população também", defende o arquiteto João Graziosi, professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie.
Graziosi diz, no entanto, que a criação do grafitódromo não deve excluir outros locais da cidade possíveis para os murais e grafites. "Os painéis da 23 de maio, assim como a parte de baixo de viadutos e uma série de paredes cegas existentes na cidade ficaram bem melhores com a intervenção artística, por exemplo. Acho que deveriam continuar a existir."
Já para a arquiteta e professora Ana Cláudia Scaglione Veiga Castro, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, "a ideia de grafites em 'lugares adequados' pareceria inadequada se não fosse trágica".
"Trata-se de uma espécie de ação de marketing que busca dar visibilidade a essa ideia de prefeito-gestor, aquele que administra a cidade como se esta fosse uma empresa. Nesse caso, o 'gerente' da empresa quer dar um exemplo para seus 'funcionários e clientes' de que não se deve sujar as paredes."
Grafite x pichação
A discussão sobre o grafite como arte ou como vandalismo, segundo Rui Amaral, reflete o modo como cada gestão pública entende essas intervenções urbanas. A autorização para fazer intervenções na avenida 23 de Maio, por exemplo, era pedida pelos artistas desde a gestão de Jânio Quadros (1986 a 1989), mas foi autorizada somente no fim da gestão de Fernando Haddad (PT), em 2016.
"A avenida 23 de Maio foi o ápice do movimento artístico urbano paulistano", relembra Amaral, que é responsável pelas gravuras do buraco da av. Paulista, desenhados pela primeira vez, de forma ilegal, em 1989 e legalizados em 1991 pela gestão de Luiza Erundina (PT). Até 2011, o grafite em edifícios públicos era considerado crime ambiental e vandalismo em São Paulo. A partir daquele ano, somente a pichação continuou sendo crime.
De um modo geral, a pichação - que costuma trazer frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou de gangues - é considerada uma intervenção agressiva e que degrada a paisagem da cidade. O grafite, por sua vez, é considerado arte urbana.
Para o sociólogo Alexandre Barbosa Pereira, pesquisador de Antropologia Urbana da Unifesp, a dissociação entre grafite e pichação contribuiu para que o grafite começasse a ser aceito, mas apenas como forma de combate ao picho. O pesquisador lembra que uma das justificativas da gestão Doria para apagar os painéis da 23 de Maio era a presença de pichação sobre eles.
"O grafite, mais associado à arte, é mais facilmente entendido como forma de ação do Estado e mesmo do mercado, já a pichação, execrada pela maioria da população, é uma máquina de guerra, nômade e difícil de ser capturada. Assim, fica mais fácil criminalizar esta e mesmo criar certo pânico moral em torno dela como forma de marketing político e publicidade pessoal."
Outro efeito da decisão de legalizar somente do grafite, segundo Rui Amaral, é a confusão entre os conceitos de grafite, pichação e muralismo.
De acordo com o artista, foi o que aconteceu na decisão do atual prefeito de apagar os painéis da avenida 23 de Maio. "O que havia na 23 de Maio eram murais, e não grafite. Os murais são painéis autorizados e encomendados", afirma.
"(A artista plástica japonesa naturalizada brasileira) Tomie Ohtake também tem painéis em espaços públicos e duvido que a gestão pública mexeria na obra dela sem consultar os responsáveis."
A artista plástica Bárbara Goys, autora de um dos painéis apagados da 23 de Maio, diz que ação contra as obras é "um tiro no pé". "Por trás de um grafite existe uma história que não pode ser ignorada", diz.
"A própria capital criou um guia mapeando os grafites na cidade. Não sei como será agora, talvez tenham que refazer este guia. E, infelizmente, agora a avenida 23 de Maio perde o título de maior mural a céu aberto da América Latina."
Do erudito ao popular
Qual é exatamente a origem do grafite em São Paulo? Para acadêmicos, ele é fruto dos jovens do movimento hip hop que nasceu na periferia da capital. Mas para alguns dos pioneiros da arte de rua na cidade, o grafite paulistano nasceu de movimentos artísticos consagrados, que foram trazidos para um contexto público e urbano.
Segundo o sociólogo Sérgio Miguel Franco, os primeiros desenhos que apareceram na capital eram influenciados pelas culturas negra e latina e traziam consigo um traço marginal. "O grafite foi um espelho próspero para a cultura desenvolvida pelos jovens de origem periférica da cidade."
Para o artista Prades, os 20 anos de censura e isolamento cultural imposto pela ditadura militar fizeram com que os grafiteiros que passaram a ocupar as ruas na década de 1980 se inspirassem na obra dos artistas plásticos da geração dos anos 1960.
"O pensamento que alimentava as ações de arte nas ruas era fruto da nossa tradição modernista, da anarquia antropofágica, da poética neoconcretista, da irreverência inspiradora de Flavio de Carvalho, Waldemar Cordeiro, Lygia Pape, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Artur Barrio, Nelson Leirner, Mira Schendel e muitos outros", conta.
Prades era membro do Tupinãodá, um dos primeiros grupos de artistas grafiteiros do Brasil. O coletivo, responsável pela ocupação do Beco do Batman, na Vila Madalena, escolhia lugares públicos considerando sua relevância para a cidade de São Paulo. "Evitamos sair por aí pintando nas paredes das casas das pessoas, não fazia sentido. Quando decidíamos pintar, escolhemos espaços públicos de grande impacto urbano", afirma.
"Era uma catarse, um grito de jovens artistas de uma geração esmagada pela brutalidade insana e truculenta da ditadura. Artistas que não trilharam o caminho da formalidade e que, ao perceberem a dificuldade de encaixar-se no sistema da arte, procuraram encontrar o seu próprio espaço." Fonte: http://g1.globo.com
RIO DE JANEIRO: Ônibus são incendiados na Zona Norte do Rio
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Ao menos 6 coletivos foram atacados por criminosos, segundo a PM. Ação seria retaliação a operação policial com morte no Complexo do Chapadão.
Seis ônibus foram incendiados na noite deste sábado (28) na Zona Norte do Rio de Janeiro, segundo informou a GloboNews. De acordo com a Polícia Militar, três dos veículos atacados pelos criminosos foram queimados em uma das principais ruas do bairro de Anchieta.
Ainda de acordo com a PM, o vandalismo teria sido uma retaliação a uma ação da Polícia Militar no Complexo do Chapadão, em Costa Barros, quando um homem morreu. Nessa operação, a PM apreendeu uma pistola, granada e drogas.
Até o momento não há informações de feridos por causa dos incêndios. O policiamento na região foi reforçado.
Fonte: http://g1.globo.com
Número de casos confirmados de febre amarela sobe para 101
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Quantidade é a maior desde 1980, quando ministério começou a contagem
RIO- O surto de febre amarela bateu recorde histórico durante a semana. Até agora, foram confirmados 101 casos da doença, 18 a mais do que em 1980, quando o Ministério da Saúde iniciou a contagem anual. Quarenta e três óbitos tiveram ligação confirmada com a doença — em 2000, foram 40. Segundo o Ministério da Saúde, estão em investigação 442 casos, e 26 foram descartados.
O número pode ser ainda maior, já que o boletim da pasta é atualizado apenas uma vez ao dia e, muitas vezes, os estados divulgam suas notificações após a veiculação da contagem do ministério.
A enfermidade já foi registrada em seis estados e no Distrito Federal. Minas Gerais concentra a grande maioria dos casos notificados — 504 dos 555 — e também dos confirmados— 97 de todos os 101. Para estimar o número de casos em cada estado, o ministério considera a unidade da federação onde o paciente provavelmente contraiu a doença.
'NÃO HÁ MOTIVO PARA PÂNICO'
A Secretaria estadual de Saúde de Goiás divulgou ontem a suspeita de três novas ocorrências. Um dos pacientes, de 58 anos, morreu em Brasília. Os outros são uma grávida, que está internada, e um andarilho, que veio de Minas Gerais. Todos tinham sintomas que poderiam estar ligados a outras doenças. A definição se de fato contraíram febre amarela será disponibilizada apenas na semana que vem.
Gerente de vigilância epidemiológica da SES-GO, Magda Carvalho enfatizou que o estado é endêmico para febre amarela. Por isso, 94% da população já está vacinada e protegida.
— Não há motivo para pânico. Quem já tomou duas doses ao longo da vida está imunizado. Mas algumas pessoas estão procurando novas vacinas, e isso pode inclusive comprometer sua saúde — alerta. — Outro efeito adverso é de que, desta forma, não haverá vacinas para o resto da população e para visitantes de outros estados.
Segundo Gustavo Brêtas, infectologista da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), há uma possibilidade “assustadora” de que seja registrada a forma urbana da doença, erradicada na década de 1940.
— Até o momento, os registros são apenas da forma silvestre. Por isso, é importante aumentar a cobertura vacinal nas zonas rurais — explica. — A possibilidade de ocorrer um caso de transmissão urbana é cada vez maior. Fonte: http://oglobo.globo.com
Turistas filmam refugiado morrendo afogado sem prestar ajuda
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Alguns presentes ainda gritavam: "Volte para casa" e "Deixem ele morrer"
Um foi vítima da passividade de diversas pessoas que passavam por um canal de Veneza e apenas observaram seu afogamento.
O refugiado da Gâmbia Peteh Sabally, 22 anos, foi filmado enquanto afundava e pedia ajuda de dentro d'água. De acordo com informações locais, a temperatura da água era de 5 graus celsius no momento do ocorrido.
Segundo o The Times, alguns presentes ainda gritavam: "Volte para casa" e "Deixem ele morrer". Sabally acabou sendo levado pela correnteza e foi encontrado apenas uma hora depois pela polícia local, já sem vida.
“Eu não quero culpar ninguém, mas algo mais podia ter sido feito para salvá-lo”, afirmou Dino Basso, coordenador da associação italiana de salva vidas, afirma. Fonte: www.noticiasaominuto.com.br
São Paulo confirma 3 mortes por febre amarela no Estado.
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O Estado de São Paulo confirmou, desde o início deste ano, três mortes por febre amarela, nas cidades de Américo Brasiliense, Batatais (ambos autóctones, adquiridas no próprio estado) e Santana do Parnaíba (caso importado, pois a vítima havia viajado para Minas Gerais). As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (23) pela Secretaria Estadual da Saúde.
Outras três mortes, que estão sendo investigadas pela secretaria, de pessoas que voltaram de Minas Gerais com sintomas da doença, também podem ter ocorrido por febre amarela. Além desses óbitos, existem sete pacientes em todo o estado com suspeita de terem contraído a febre amarela.
No final do ano passado, um homem de 52 anos morreu em Ribeirão Preto, no interior do estado, com diagnóstico confirmado de febre amarela. Ele ficou quatro dias internado e morreu no dia 26 de dezembro. O homem morava próximo a uma região de mata, onde vivem macacos hospedeiros do vírus. A suspeita é que espécies silvestres do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença, possam ter infectado a vítima.
Em abril do ano passado, outra pessoa também teve a morte confirmada no município de Bady Bassit, no interior paulista. O local de infecção dessa vítima foi uma área silvestre, chamada de Mata dos Macacos, no município de São José do Rio Preto. Fonte: https://noticias.uol.com.br
RECORDAÇÃO-01: A Caminho de Roma.
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Morre o ministro do STF Teori Zavascki
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Morreu nesta quinta-feira (19), aos 68 anos de idade, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki após a queda de uma aeronave em Paraty, litoral do Rio de Janeiro. A informação da morte foi confirmada pelo seu filho Francisco Zavascki.
"Caros amigos, acabamos de receber a confirmação de que o pai faleceu! Muito obrigado a todos pela força!", postou Francisco no Facebook.
Teori era o relator da Operação Lava Jato no Supremo. Francisco Zavascki disse, por telefone, que o pai estava indo a Paraty em viagem de férias.
Fonte: https://www.bol.uol.com.br
OLHAR DO DIA: Notícia sobre taxa de anuidade da CNH é falsa
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É falsa a imagem que circula pelo WhatsApp com informações de um projeto de lei que autoriza a cobrança de uma taxa de anuidade de R$ 298,47 para a manutenção da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) de todos os motoristas do país. Segundo o boato, deputados teriam aprovado a nova medida.
Consultado pelo BOL, o Ministério das Cidades, que cuida do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), divulgou uma nota confirmando que a mensagem não é verdadeira. O órgão também reforça que os portadores da Carteira Nacional de Habilitação nunca pagaram anuidade.
Além disso, a montagem que circula na rede social traz alguns erros de português e informações desencontradas, como o fato de o Congresso ter aprovado a medida, uma vez que a Câmara está em recesso e, portanto, não vota nenhuma lei em janeiro.
Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br
LÁ VEM A CHUVA: Rio de Janeiro.
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MINAS: Sobe para 47 o n° de mortes suspeitas por febre amarela em MG; há 152 casos.
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O último surto da febre amarela silvestre ocorreu entre 2008 e 2009, quando 51 ocorrências foram confirmadas.
Chegou a 47 as mortes com suspeita de febre amarela em Minas Gerais. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais tem 152 notificações de casos da doença, até o momento. O boletim foi divulgado nesta segunda (16).
Deste número de óbitos, 22 são considerados prováveis. O balanço anteriormente divulgado apontava 38 mortes suspeitas.
Todos os casos aconteceram na zoa rural e são da chamada febre amarela silvestre, que pode ser transmitida por três mosquitos diferentes. Casos de mortes de macacos por febre amarela são investigados também no Espírito Santo, onde duas pessoas foram internadas com suspeita da doença.
As ocorrências de febre amarela em Minas Gerais levaram o governador Fernando Pimentel (PT) a decretar nesta sexta-feira (13) situação de emergência em saúde pública por 180 dias em 152 cidades de quatro Unidades Regionais de Saúde (Governador Valadares, Coronel Fabriciano, Manhumirim e Teófilo Otoni). Destas cidades, a que registrou o maior número de casos suspeitos foi Ladainha (29), seguida por Caratinga (23) e Imbé de Minas (14).
O decreto autoriza a tomada de medidas administrativas para conter a doença e agiliza os processos para a aquisição pública de insumos e materiais, bem como a contratação de serviços necessários, dispensando licitação em alguns casos. A medida ainda permite a contratação de funcionários temporários para ações exclusivas de combate à doença.
Órgãos como Secretaria de Saúde (SES-MG), a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) participarão do trabalho de monitoramento destas ações administrativas. De acordo com o texto publicado no Diário Oficial do Estado, o decreto considera que "a febre amarela é uma doença de potencial epidêmico e elevada letalidade".
Surto provoca corrida a postos de vacinação
O aumento do número de ocorrências de febre amarela em Minas Gerais levou os moradores de Belo Horizonte a buscar a vacina contra a doença em postos de saúde da capital mineira. Em um centro localizado em Serra, bairro da região centro-sul da cidade, o número de aplicações diárias da vacina subiu de 10 para 200 inoculações.
A aplicação da vacina, disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), ocorre em dose única, devendo ser reforçada após dez anos. No caso de recém-nascidos, é administrada uma dose aos 9 meses e um reforço aos 4 anos. Como se trata, no entanto, de uma situação atípica, nas regiões afetadas, bebês com 6 meses estão recebendo duas doses com intervalo de 30 dias.
Brasil não registra transmissão da doença em em áreas urbanas desde 1942
De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942 --todos os casos suspeitos em Minas Gerais, até o momento, são considerados de transmissão silvestre, ou seja, ocorreram em áreas rurais.
A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, da América Central e da África. No meio rural e silvestre, é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e febre chikungunya. Fonte: https://noticias.uol.com.br
EITA BRASIL! Brasileiros invadem Coliseu e caem de uma altura de 4 metros
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Dois brasileiros, de 31 e 33 anos, escalaram o portão de entrada do Coliseu, em Roma, e caíram de uma altura de quatro metros, informou a polícia local nesta segunda-feira (16).
O acidente ocorreu durante a madrugada, por volta das 2h30 locais (23h30 no horário de Brasília), e os agentes de polícia foram acionados.
De acordo com as primeiras informações, os dois "invasores" seriam brasileiros e um deles foi levado a um hospital da capital italiana com fratura grave na bacia. Os dois foram denunciados por invasão de edifício público.
ZYGMUNT BAUMAN: Dos impasses da solidão em rede
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"Para Bauman, a promessa de que a riqueza acumulada pelos que estão no topo chegaria aos que se encontram mais abaixo é uma grande mentira", escreve Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, publicada por Sul21, 09-01-2017.
Eis o artigo.
Zygmunt Bauman concedeu recentemente entrevista ao El País (09/01), publicada sob a designação “As redes sociais são uma armadilha”. O título da matéria não faz justiça ao seu verdadeiro conteúdo, que refere ao 15-M da Espanha dos “indignados”, de maio de 2011. À época, estes movimentos, através de mecanismos de democracia direta, ainda exploravam exclusivamente esta forma de participação, não de forma combinada, mas “contra” as instâncias políticas tradicionais.
A chamada “classe política” espanhola, no período, estava dividida entre os remédios neoliberais do Partido Popular e a moderação liberal-centrista do Partido Socialista Espanhol, que, ao fim ao cabo -quando no poder- governava de maneira mais ou menos idêntica ao seu tradicional adversário de direita. A maioria dos protagonista do 15-M organizou-se, politicamente, num novo Partido, o “Podemos”, cuja fundação reordenou a democracia espanhola, dando a ela uma nova vitalidade. Foi uma conquista das redes: o “virtual” fez as pessoas se encontrarem no mundo “real” das ruas e construírem, pelas suas mãos e cérebros, um novo protagonismo político, fundado na transação de afetos e idéias, de forma direta entre as pessoas.
Entre diversas preciosidades e formulações doutrinárias deste grande intelectual do nosso tempo, duas me chamaram atenção pelo poderoso apelo à reflexão que incitam, neste mundo trágico e demente que vivemos: 1. “O 15-M, de certa forma, foi uma explosão de solidariedade, mas as explosões são potentes e breves”. 2. “O poder se globalizou, mas as políticas são tão locais quanto antes (…) a política tem as mãos cortadas(…) as instituições democráticas não foram estruturadas para conduzir situações de interdependência”. Bauman é o mesmo que, em várias oportunidades, sustentou que a “promessa de que a riqueza acumulada pelos que estão no topo chegaria aos que se encontram mais abaixo é uma grande mentira!”.
A perda do sentido da identidade, num mundo cada vez mais individualista, proporcionou que a vida coletiva em “rede” se tornasse uma forma de compensar a ausência da comunhão real entre pessoas. O que as redes sociais geram, todavia – adverte Bauman – é um “substituto” comunitário, não uma comunidade verdadeiramente humana. Esta, de forma autêntica, só é construída por sucessivos laços identitários de convívio, tanto no cotidiano como na história. É verdadeiro que nas “redes” – ainda segundo Bauman – os indivíduos se sentem um pouco melhor, “porque a solidão é a grande ameaça nestes tempos individualistas”, mas nelas (redes) é possível “deletar”, tanto o contato imediato que pede mais tolerância, como aquela interlocução que não agrada, porque vem do “diferente”: a tolerância, porém, é a qualidade humana mais elevada e a identidade humana verdadeira, só pode existir pelo contraste da diferença e das suas lições.
A contradição entre as necessidades locais e regionais e as questões políticas e econômicas globais, estão expostas todos os dias nas guerras pelo poder sobre as fontes de energia fóssil, na luta sem quartel pelos derradeiros territórios agricultáveis e pelo controle das reservas aquíferas do planeta. A crise é ascendente, porém, não por um adquirido sentido de maldade dos seres humanos, mas porque o capital precisa radicalizar as formas de controle destas riquezas naturais, visando a continuidade equilibrada do funcionamento da economia dos grandes países industrializados. Especialmente dos que devem ser reiteradamente financiados, para não sucumbir como nação.
É o caso dos EUA, cujo “buraco negro” do seu Tesouro explodiria se a China – quem diria – subitamente deixasse de comprar os seus papéis. “O insaciável apetite da América” pelo financiamento da sua dívida – disse um filósofo – é, ao mesmo tempo que um passivo permanente, um ativo gigantesco: a “não explosão” de quem faz a pauta militar do mundo é o que dá sentido “comunitário” a sua liderança (manipulatória), que proporciona a proteção contra o inimigo comum, o “diferente”, que por escassez de meios, ainda mantém as suas reservas estratégicas de petróleo, terra e água para serem exploradas pelos mais fortes.
As “explosões de solidariedade” são importantes e fixam novos parâmetros para fazer política. E “fazer política” significa criar mediações, dentro da ordem, se o regime é democrático, e contra ela – se ele deixa de ser democrático. O objetivo é dirigir o Estado de forma legítima para responder às maiorias, combater a pobreza, a miséria, o crime, a insegurança, a solidão e a insanidade, numa sociedade compartimentada e egoísta. Mas as explosões de solidariedade na luta contra a extorsão do futuro – encomendada pelas reformas “liberais” – são breves e impotentes, se não se transformam em organização, programa, tática e estratégia.
É fundamental levar em consideração que os confrontos de interesse entre classes e entre os projetos de nação, hoje, tem duas determinações históricas que exigem a recriação dos movimentos emancipatórios, num contexto universal muito mais complexo do que no século passado: primeiro, a nação só é passível de ser construída, hoje, com interdependência consciente, na qual não se abdica da soberania, mas esta assimila a interdependência; segundo, as “redes”, eternamente reproduzidas como aproximação virtual entre os sujeitos, só reforçarão a solidão e o isolamento -propício para o amortecimento da criatividade humana- caso as relações entre pessoas e grupos não transcendam para espaço democrático de rua e para as instâncias políticas do Estado.
Um dos limites mais graves e autoritários dos projetos socialistas revolucionários do passado, foi o não reconhecimento – na própria construção da nova sociedade – que ela deveria ser um abrigo de formas diversificadas, “belas e livres” de “convivência humana”, passado o período da agressão do nazi-fascismo. “E são belas e livres” – como diz Agnes Heller – “todas as formas as quais a comunidade não obstaculiza, mas antes favorece o desenvolvimento multilateral harmonioso das faculdades e dos carecimentos humanos.” Dentro da crise e do caos é que se reconstroem as mais belas utopias e as energias para revidar à brutalidade e à desumanidade. Chacinas e como a de Campinas ocorrem todos os dias, em todos os lugares do planeta. Mas a carta que a justifica e exalta é um sintoma de doença grave, tanto do indivíduo que foi o seu autor, como da sociedade que o gerou.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Mortes suspeitas de febre amarela sobem para 30 em MG, diz secretaria.
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Balanço ainda aponta que notificações de casos suspeitos passaram de 48 para 110 no estado.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, na tarde desta quinta-feira (12), que as notificações de mortes de pessoas com suspeita de febre amarela subiram para 30 em Minas Gerais. Em relação ao último balanço, são 16 novos óbitos suspeitos. O número de casos suspeitos chegou a 110.
Segundo a SES, das 30 mortes, dez são óbitos prováveis da doença, porque os pacientes tiveram exame laboratorial preliminar positivo. A confirmação ainda depende de mais investigação. Essas ocorrências foram em quatro municípios do Vale do Rio Doce – Piedade de Caratinga (3), Ubaporanga (1), Ipanema (1) e Itambacuri (1) – e em duas cidades do Vale do Mucuri – Ladainha (3) e Malacacheta (1).
Já as notificações de casos suspeitos subiram, em relação ao último balanço, de 48 para 110. Segundo a secretaria, 20 são casos prováveis e se referem a homens, com média de idade de 42 anos.
A cidade com maior número de notificações é Ladainha, onde 31 suspeitas foram registradas. Na sequência, aparecem três cidades do Vale do Rio Doce: Caratinga, com 20 registros, Imbé de Minas, com 14, e Piedade de Caratinga, com 12.
Também há ocorrência de casos suspeitos em Entre Folhas (2), Inhapim (2), Ipanema (4), Itambacuri (5), São Domingos das Dores (1), São Sebastião do Maranhão (1) e Ubaporanga (6), no Vale do Rio Doce; Frei Gaspar (1), Malacacheta (4), Poté (6) e Setubinha (1), no Vale do Mucuri.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus, que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é transmitida por mosquitos e comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.
Em Minas, conforme a SES, 13 cidades tiveram registro de morte ou aparecimento de primatas doentes. Seis delas – Ipatinga, Água Boa e São Pedro do Suaçuí, no Vale do Rio Doce, Durandé e Simonésia, na Zona da Mata, e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri – não tem registros de casos suspeitos em humanos. Fonte: http://g1.globo.com
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