Grupo simpatizante ao terrorismo cogitou usar arma química nos Jogos do Rio
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O grupo preso em julho pela Polícia Federal na Operação Hashtag sob suspeita de planejar ataques terroristas no Brasil cogitou usar armas químicas durante a Olimpíada. O plano era contaminar uma estação de abastecimento de água.
"Ótima oportunidade para matar americanos, iranianos, shiitas, saudis etc", disse um membro do grupo.
Os planos eram discutidos por e-mail e pelo aplicativo Telegram, no grupo fechado Jundallah (Soldados de Deus, em português), com apologia ao grupo Estado Islâmico. Quinze suspeitos foram presos entre 21 de julho e 11 de agosto.
Ramificado em sete Estados, o grupo passou a ser monitorado em março com a infiltração de um informante no grupo de discussão, após a PF receber um alerta do FBI.
As mensagens, em poder da PF, se estenderam de maio de 2015 a 20 de julho deste ano. Os membros do grupo foram enquadrados na Lei Antiterrorismo, que entrou em vigor no dia 18 de março.
Alisson Luan de Oliveira, usuário do perfil Allison Mussab, postou no Telegram a proposta do extermínio em massa. "Já imaginaram um ataque bioquímico, contaminar as águas em uma estação de abastecimento de água?"
Ele tenta convencer os demais. "Fazer tipo um progrom contra os kaffirs [infiéis], entraria pra história. Ou, caso for exagero demais, faríamos um ataque mais simples."
Pogrom (escrito incorretamente por Alisson) é um ataque violento maciço a determinados grupos. O termo surgiu no século 19 com a perseguição a judeus na Rússia e a minorias étnicas da Europa, mas passou a ser aplicado também em ações que buscam o extermínio em massa.
Alisson fez a sugestão de um pogrom a partir de uma provocação de outro membro do grupo, Mujahid Joelson Abdu-Salvador, possivelmente de Angola, segundo a PF. "Não haverá nenhum presente pros kuffar [infiéis] nestas olimpíadas?", perguntou. "A vossa oportunidade de conseguir entrar no paraíso de Allah está naquela olimpíada", insistiu Abdu-Salvador.
Caso o ataque bioquímico não desse certo, Hortêncio Hioshitake, perfil Teo Yoshi, sugere como alternativa um atentado igual ao ocorrido nos EUA em 2013, que deixou três mortos e 264 feridos. "Ou fazer igual os chechenos naquela maratona de Boston."
"Vcs sabem fazer bombas caseiras, certo?", indagou Mara Salvatrucha (nome de uma gangue que atua nos EUA e América Central).
Em resposta, Teo Yoshi diz que essas coisas têm de ser feitas na surdina e alerta que estão sendo vigiados pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e pela PF.
Na sequência, o usuário Nur Al Din transmite ao grupo receita para fazer pólvora. Salvatrucha volta à discussão explicando o passo a passo para uma bomba caseira.
Além do Telegram e do Facebook, o grupo usava e-mail para promover o Estado Islâmico e a luta contra "infiéis".
A PF tem mensagens atribuídas a Leonid El Kadre de Melo, codinome Abu Khalled El Kadri, em que ele convoca o grupo à "jihad" (luta) e sugere que todos se preparassem com treinamento em artes marciais e manuseio de armas de pequeno e médio portes, bem como de artilharia pesada, além da obtenção de recursos financeiros e humanos para enviar ao EI.
Leonid diz que o Brasil é um país neutro, mas que, no futuro, poderia se aliar às forças que combatem o EI.
Para a PF, os diálogos demonstram o engajamento e a liderança de Leonid. Há referências à bayat (juramento) a ser prestado ao EI, rotas para se chegar à região dominada pelo grupo e inúmeras citações a formas de contato seguras, como Telegram e grupos fechados de redes sociais.
A PF tem até 9 de setembro para apresentar à Justiça Federal as análises do material apreendido.
O juiz do caso, Marcos Josegrei da Silva, renovou até o dia 18 deste mês a prisão temporária dos 12 primeiros suspeitos detidos. O prazo dos outros três termina no dia 9, mas pode ser prorrogado por mais um mês.
LEI ANTITERRORISMO
O Brasil aplicará pela primeira vez a Lei Antiterrorismo, em vigor desde 18 de março, caso as perícias da Polícia Federal confirmem as acusações que recaem sobre 15 acusados de planejar atentados durante a Olimpíada no Rio. A pena varia de 12 a 30 anos de reclusão para ato consumado de terrorismo tipificado na lei.
Nesse caso, a acusação de "realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar o delito" prevê uma pena diminuída de um quarto até a metade àquela prevista para o ato consumado. Ou seja, a pena variaria de 6 anos a 22,6 anos de reclusão.
Para o juiz federal Marcos Josegrei da Silva, que decretou a prisão temporária dos acusados, o teor contido nas mensagens de e-mail e no grupo privado no Telegram justifica o enquadramento na Lei Antiterrorismo. Também porque as mensagens continuaram depois de a nova lei entrar em vigor.
O magistrado salienta que não poderia se omitir diante da gravidade dos planos do grupo, nem subestimar o perigo que eles representavam.
"Não dava para esperar para ver se iria acontecer [um atentado]", explica Josegrei. Fonte: http://noticias.uol.com.br
SÃO PAULO: Polícia e manifestantes entram em confronto no centro.
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Com menos manifestantes e mais polícia que na quarta-feira (31), o protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff terminou em novo confronto com a Polícia Miliar nessa quinta-feira (1°), em São Paulo. Foi o quarto dia consecutivo em que houve conflito.
A manifestação começou bloqueando a avenida Paulista nos dois sentidos. Após deliberação, o ato decidiu seguir até o diretório estadual do PMDB, partido do presidente Michel Temer, na rua Manoel da Nóbrega.
Entretanto, o trajeto foi vetado pela Polícia Militar e os manifestantes resolverem ir para a rua da Consolação. De lá, seguiram para a avenida Nove de Julho, onde algumas pessoas arrastaram uma caçamba de lixo para o meio da rua e atearam fogo.
Em resposta, a Polícia Militar lançou bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, o que deu início ao confronto. Do alto do viaduto Nove de Julho, black blocs arremessaram pedras e objetos contra um batalhão de policiais que se encontrava no nível inferior. As forças de segurança dispararam uma saraivada de bombas para cima, enquanto se protegiam com os escudos.
Após o enfrentamento, os manifestantes se dispersaram. O batalhão de choque segue circulando pelo centro da cidade. Na Praça Roosevelt, policiais dispararam bombas nas proximidades dos bares da região, o que levou os estabelecimentos a baixar as portas.
"Ninguém fez nada. Eles atiraram bombas de graça e afastaram todos os clientes", disse um garçom do bar Papo, Pinga e Petisco.
O analista de sistemas Paulo Ferrari, 50, tomava uma cerveja com amigos no Parlapatões, espaço de teatro na praça Roosevelt, quando foi surpreendido pelas bombas. "Tinham pessoas sentadas na escada da praça como sempre, não eram manifestantes. A PM veio, cercou e jogou uma bomba bem no meio", disse ele. "Depois, vieram muito mais bombas, a gente se escondeu aqui dentro e fechou a porta", afirmou Ferrari. Várias pessoas procuraram abrigo dentro dos teatros da região.
Moradores dos prédios ao redor bateram panelas e xingaram os policiais, que dispararam bombas para cima, contra os edifícios. Repórteres também foram atingidos por bombas da polícia, depois de serem ameaçados com uma arma não letal e recebido ordens para deixar o local.
Um grupo de cerca de 20 manifestantes veio para a frente da sede da Folha, que foi pichada. Objetos foram arremessados contra a fachada do jornal.
MANIFESTANTES
Os manifestantes, em sua maioria jovens, gritam "fora Temer" e palavras de ordem contra a Polícia Militar. Eles lembraram, em suas falas, os manifestantes feridos no ato de quarta, inclusive uma estudante da UFABC (Unversidade Federal do ABC) que perdeu a visão do olho esquerdo.
Na manifestação anterior, ao menos cinco manifestantes e um policial ficaram feridos, além de dois fotógrafos, após um confronto com a polícia, na Consolação esquina com a rua Maria Antônia.
Nesta quinta, o efetivo policial é maior do que no dos outros atos, que vêm acontecendo diariamente desde segunda-feira (29). Fonte: http://noticias.uol.com.br
EM NOME DA AMIZADE: O pinguim que viaja 3 mil km todos os anos para visitar o homem que salvou sua vida
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O que significa a palavra gratidão para você? Para o pinguim salvo por João Pereira de Souza, morador do Rio de Janeiro, significa visitar anualmente o homem que salvou sua vida.
Em 2011, João foi surpreendido ao achar, entre as pedras da praia, um animal indefeso cheio de óleo e próximo da morte. Foi aí que a amizade entre os dois começou. O brasileiro cuidou do pinguim, que batizou de Dindim. Assim que o bicho recuperou a saúde, João tentou devolvê-lo à natureza, crente que nunca mais o veria.
Mas não foi bem isso que aconteceu. Dindim não conseguiu ir embora tão cedo e ficou durante 11 meses fazendo companhia a João. “Assim que ele trocou suas penas, desapareceu”, relembra o homem. A história, no entanto, não acabou por aí! Depois de partir, há 5 anos, anualmente, Dindim viaja mais de três mil quilômetros para visitar o aposentado.
Em entrevista à TV Globo, João disse: “Eu o amo como se fosse meu filho e acredito que ele me ama também”. Se isso não é amor, o que mais seria?
Mas o único que tem a permissão de relar, pegar, dar banho e comida em Dindim é o próprio João. Afinal, é importante lembrar que animais pertencem ao seu habitat natural e nós não devemos interferir nisso. Impossível não se emocionar, no entanto, com a amizade que nasceu entre os dois.
Os sentimentos que provocamos quando praticamos o bem podem durar uma vida inteira, independente da espécie!
TV GLOBO: Após separação, Bonner apresenta "Jornal Nacional" sem aliança
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William Bonner apresenta o "JN" sem aliança após se separar de Fátima Bernardes
Um dia após anunciar o fim de seu casamento com Fátima Bernardes, William Bonner apareceu na Globo sem aliança. O jornalista apresentou o "Jornal Nacional" desta terça-feira (30) sem usar o anel na mão esquerda.
A mão esquerda de Bonner, aliás, quase não apareceu no "JN". O jornalista deixou-a escondida atrás do computador, ao contrário do que costuma fazer no telejornal. A mão só apareceu quando ele trocava os papéis na bancada.
O UOL apurou que na segunda, após o anúncio da separação, Bonner ficou sozinho em sua sala durante 40 minutos, tempo suficiente para quase toda a redação ler a notícia do término do casamento e ficar surpreso.
Nesta terça, durante a reunião da equipe do "JN", Bonner, percebendo os comentários sobre o fim da relação de 26 anos, resolveu falar do assunto aos colegas. Disse que decidiu anunciar no Twitter porque uma revista descobriu que ele e Fátima estavam morando em casas separadas.
Nas redes sociais, telespectadores perceberam que Bonner apresentou o "Jornal Nacional" escondendo a mão sem aliança. Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
ALAGOAS: Líder em analfabetos, Alagoas tem fila de espera em ação suspensa por Temer.
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Todos os dias, os servidores alojados em uma sala de um prédio anexo à Secretaria Municipal de Educação de Maceió dão a mesma resposta: o Programa Brasil Alfabetizado está suspenso na capital alagoana por tempo indeterminado e não estão sendo feitas novas matrículas.
"Muita gente ainda nos procura. Uns para saber se há vagas, outros para saber quando vai voltar", conta a coordenadora local do programa, Maria de Lourdes Nunes. A paralisação é nacional, pois a gestão Temer suspendeu o programa que combate o analfabetismo.
O Estado tem a maior taxa de analfabetismo do país. De cada 100 pessoas com 15 anos ou mais de idade, 22 não sabem ler e escrever.
Na capital Maceió, 66 mil estão nessa situação, aponta pesquisa realizada pelo International Policy Center for Inclusive Growth, em parceria com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e a Secretaria Municipal de Educação. Isso representava 8,3% da população jovem e adulta.
O Estado também tem turmas do programa, mas só irá iniciar no mês que vem as aulas previstas para julho, com número de alunos bem menor do que o esperado.
A meta era de 17 mil, mas só 2.000 serão atendidos. "O atraso é ruim porque desestimula. Quanto maior o tempo entre a inscrição e o curso, maior a probabilidade de o aluno desistir", diz Tereza Neuma, supervisora de programas da Secretaria Estadual de Educação. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
MÍDIAS SOCIAIS: Facebook muda ferramenta vista como tendenciosa por usuários
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O Facebook fez mudanças em sua conhecida ferramenta "Trending", que mostra aos usuários os assuntos mais comentados do dia, para, de acordo com a empresa, automatizá-la mais e reduzir o potencial de se considerada tendenciosa.
A atualização é a mais nova tentativa do Facebook nos últimos meses para reafirmar sua neutralidade à medida que sua influência cresce.
A ferramenta "Trending" ficou sob escrutínio em maio após uma reportagem alegar que ela suprimia notícias conservadoras, o que levou a uma reivindicação de membros republicanos do Congresso dos EUA por mais transparência.
O Facebook disse que uma investigação interna não encontrou nenhuma evidência de uma possível inclinação.
RECURSO
O recurso mostra a usuários as histórias e os assuntos mais comentados no canto superior direito da homepage, usando descrições de uma frase.
Para eliminar possíveis tendências, o Facebook disse que não mais dependeria de editores para escrever descrições para os tópicos. Em vez disso, mostraria aos usuários o tópico e quantas pessoas estão falando sobre ele. A rede social tem atualmente 1,7 bilhão de usuários. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
NOTÍCIAS DO FREI RAIMUNDO BRITO, CARMELITA.
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O confrade, Frei Raimundo Brito, Carmelita, foi submetido a uma cirurgia na última segunda-feira, 22, em Salvador- BA.
Hoje entrei em contato com o mesmo e, graças a Deus, ele se recupera bem. “A fase difícil já passou. Graças a Deus estou me recuperando”, afirmou o confrade
Em busca da Internet perdida.
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Tim Berners-Lee, o criador da web, quer uma rede livre das megaempresas que controlam, capturam e vendem nossos dados vitais. Conheça o Solid, seu projeto de descentralização e autonomia radicais. O artigo é de David Weinberger, publicado por Digital Trends e reproduzido por Outras Palavras, 24-08-2016. A tradução é de Gabriela Leite.
Eis o artigo.
Quando a World Wide Web decolou pela primeira vez, na metade dos anos 90, o sonho não era apenas grande, era distribuidor: todas as pessoas teriam sua própria homepage, todos iriam publicar seus pensamentos — isso não era chamado de “blog” até 1999 — e iriam ter posse de seus próprios dados, afinal ninguém estava oferecendo possuí-los por nós. A web consistia em nós, unidos por links, sem qualquer centro.
Como os tempos mudaram. Agora, um punhado de empresas dominam vastas áreas da atividade da web — o Facebook para rede social, o Google para pesquisa, o eBay para leilões — e literalmente possuem os dados que seus usuários entregam e criam. Isso dá a essas empresas um poder sem precedentes sobre nós, e lhes dá tamanha vantagem competitiva que é muito ingênuo pensar que seria possível lançar uma iniciativa capaz de vencê-los em seu próprio jogo. O fato de que o Facebook já tem os dados de 1,7 bilhões de perfis de usuários e — mais importante que isso — a história das interações de seus usuários, significa que você provavelmente não vai conseguir atrair muitos investidores experientes. Além disso, é lá onde já estão todos os seus amigos. A dependência do fornecedor é real.
Isso inspirou um esforço para re-descentralizar a web. Duas das tentativas mais importantes — alguns contariam o blockchain como uma terceira — são arquiteturalmente muito promissoras. A questão é: até que parte a arquitetura será suficiente?
A primeira iniciativa inovadora vem de Tim Berners-Lee, a pessoa que inventou a web e a deu de presente para nós, sem patentes, copyrights ou marcas registradas. O novo projeto de Berners-Lee, a caminho através de seu laboratório no MIT, chama-se Solid (“social linked data”, ou “dados sociais interligados”, em tradução livre), um jeito de fazer as pessoas terem os direitos sobre seus próprios dados, ao mesmo tempo em que os disponibilizam para os aplicativos que quiserem utilizar.
Com o Solid, você armazena seus dados em “pods” (“personal online data stores”, ou “repertórios de dados pessoais online”, em tradução livre) que ficam hospedados onde você quiser. Mas o Solid não é apenas um sistema de armazenamento: ele permite que outros aplicativos requeiram os dados. Se o Solid autentifica o app e — importante — se você der permissão para acessar os dados, o Solid os entrega.
Por exemplo, você pode manter suas informações pessoais em um dos muitos pods: o tipo de dados que você põe em seu perfil no Facebook; uma lista de seus amigos, família e colegas; suas informações bancárias; mapas pelos lugares por onde você viajou; algumas informações de saúde. Desta maneira, se alguém construir um novo aplicativo de rede social — talvez para competir de frente com o Facebook, ou, mais provavelmente, oferecer serviços especializados a pessoas com interesses em comum — você pode fazer parte dele, dando a ela permissão para acessar as informações apropriadas em seu pod. Seus dados armazenados permaneceriam sendo seus, de todas as maneiras: completamente sob seu controle, estocados onde você preferir, e utilizáveis apenas pelos aplicativos aos quais você der permissão.
O Solid é projetado de cima abaixo para permitir a descoberta e compartilhamento de informações. Por isso o “linked data” (“dados interligados”) no lid, no nome do projeto. Linked Data é outra invenção de Berners-Lee, uma maneira de se referir a dados cuja interligação é facilitada por meio de repositórios. Embora Linked Data seja um conceito difícil de dominar, o Solid pode tornar a informação na internet mais inteligente. Por exemplo, se você quiser, pode dar informação para um site de viagens ou para um grupo de ação sobre mudança climática, para acessar a informação em seus pods sobre seus dados demográficos e as viagens que fez. Esse grupo poderia tabular suas informações em conjunto com os dados de pods de outras pessoas, para conseguir um quadro atualizado dos locais para onde se está viajando, como isso afeta as economias locais, a emissão de carbono, e talvez até atitudes de nações em relação a estrangeiros.
O Solid faz tudo isso sem ter que centralizar a informação em mãos nas quais confiamos — nem deveríamos confiar.
O InterPlanetary File System (IPFS, ou “sistema de arquivos interplanetário”, em tradução livre) tem uma abordagem diferente. Começa pela convicção de que mesmo a existência de páginas da web armazenadas num único servidor é algo que implica muita centralização. Por que não, ao invés disso, seguir o caminho do BitTorrent e permitir que múltiplos computadores forneçam partes de uma página, todos ao mesmo tempo? Desta maneira, se um servidor cair, não levará com eles todas as suas páginas. O IPFS faria a web mais flexível, e menos sujeita à censura.
Para utilizar o IPFS a tal ponto, você pode instalar extensões no Chrome e no Firefox, ou recorrer à abordagem mais techie, usando linhas de comando. O IFPS espera, no entanto, que seus padrões sejam aceitos pelo W3C e pelo IETF, os grupos que decidem o que conta como parte oficial da web e da internet. Isso ajudaria a motivar os browsers a construir, com suporte nativo, de acordo com o novo protocolo.
O Solid, de Berners Lee, e o IPFS irão re-descentralizar a web? Tudo se resume a exigir: as pessoas vão se importar o suficiente para aceitar medidas que pareçam ser um temporário passo atrás? Por exemplo, é improvável que novos aplicativos de redes sociais baseados no Solid sejam lançado com toda a sofisticação do Facebook. Por outro lado, para os serviços de redes sociais projetados para tipos particulares de pessoas — cientistas, pesquisadores, artistas colaborativos — talvez seja mais fácil começar assim. E parece bem plausível que organizações que se importam com a preservação a longo prazo de seus materiais na web percebam que o IPFS é bastante atraente. O mesmo poderá ocorrer com as pessoas que compartilham conteúdos que demoram tempo demais para carregar na web normal.
Portanto, há alguma esperança. No curto prazo, os novos projetos não precisam disputar com os atuais hubs gigantes. Basta oferecer algumas alternativas a eles. No fim das contas, a grande questão é: as forças que transformaram a web numa série de hubs centralizados recuarão, diante da possível pressão de arquiteturas que permitem re-descentralizar a rede? A resposta, imagino, é não. A não ser que nós, usuários da web, o exijamos… Fonte: http://ihu.unisinos.br
LAGOA DA CANOA-AL: Criança de dois anos morre ao ser atingida por veículo dentro da garagem de casa.
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Uma menina de apenas dois anos morreu nesse domingo, 21, após ser atingida por uma caminhonete conduzida pelo pai, na residência da família na localidade conhecida como Sítio Alexandre, em Lagoa da Canoa, cidade a 133 quilômetros da capital na região agreste do Estado.
As primeiras informações dão conta que o pai manobrava o veículo da família, após chegar da feira, e não teria percebido a presença das filhas gêmeas. Uma delas foi atingida, encaminhada à Unidade de Emergência do Agreste, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu.
O corpo da menina Maria Cecília Magalhães será encaminhado ao Instituto Médico Legal Edvaldo Castro Alves, para ser submetido à necropsia, e posteriormente será liberado para sepultamento.
A polícia judiciária deve instaurar procedimento para investigar as circunstâncias do acidente. O caso não foi registrado, mas o 3º BPM confirmou o acidente. Fonte: http://www.alagoas24horas.com.br
INTERNACIONAL: Terremoto atinge centro da Itália. 159 mortos até o momento.
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Um forte terremoto foi registrado na madrugada desta quarta-feira (24) no centro da Itália, provocando danos severos em algumas regiões e vários mortos.
O tremor provocou pelo menos 159 mortes até o momento, segundo o departamento de proteção civil, a prefeitura e a agência de notícias Ansa. Muitas pessoas ainda estão debaixo de escombros, e o balanço de vítimas deve se agravar nas próximas horas. Segundo o Itamaraty, não há brasileiros entre as vítimas.
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com pesar, do forte terremoto que atingiu a região central da Itália na madrugada desta quarta-feira, causando dezenas de vítimas fatais e significativa destruição material, principalmente na cidade de Amatrice. A Embaixada e o Consulado-Geral em Roma estão monitorando a situação. Até o momento, não há registro de brasileiros entre as vítimas. O governo brasileiro expressa sua solidariedade aos familiares das vítimas, ao povo e ao governo da Itália", diz a nota do Ministério das Relações Exteriores divulgada nesta terça-feira às 8h25.
O terremoto atingiu cidades e vilarejos montanhosos do centro do país, o que torna as operações de resgate ainda mais difíceis, disse a porta-voz do departamento Immacolata Postiglione. Em sua audiência geral desta quarta (24), o papa Francisco exprimiu sua "grande dor" pelo terremoto que "devastou zonas inteiras e deixou mortos e feridos" no país.
O serviço geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) informou que o tremor teve magnitude 6,2, e segundo a rede de televisão "Rainews 24", o epicentro foi situado entre as cidades de Perugia e Rieti, a pouco mais de 150 km a nordeste de Roma.
A profundidade do terremoto, ocorrido precisamente às 3h36 (22h36 de Brasília), foi de apenas 10 km, o que representa um alto potencial de causar grandes danos e vítimas, segundo o USGS. O serviço geológico já registrou algumas réplicas, uma delas de magnitude 5,5, e informou que os tremores devem continuar por pelo menos mais alguns dias.
Destruição e mortes
Nas províncias de Ascoli Piceno, Fermo e Macerata, na região de Marcas, e em Nórcia, na região de Úmbria, o tremor causou colapsos em edifícios e há pessoas feridas que foram socorridas pelo serviço de emergência.
Epicentro do terremoto, no centro da Itália
Em Amatrice, o prefeito da cidade, Sergio Perozzi, afirmou à rádio estatal que o terremoto destruiu metade da cidade e que pode haver mortos. "A metade da cidade já não existe, há gente sob escombros", acrescentou ele.
O prefeito confirmou que houve desabamentos graves em vários edifícios e pontes que complicam o acesso ao local por parte das equipes de resgate, que tentam ajudar as pessoas que estão "sob os escombros". Pirozzi fez um apelo às autoridades do país para liberar as ruas o mais rápido possível e poder ajudar as pessoas feridas por conta do terremoto. "Temos espaço para a chegada de helicópteros de resgate, mas a prioridade é liberar as ruas", disse o prefeito, observando que a região está sem luz, o que dificulta o trabalho de resgate.
Por sua parte, o coordenador da Cruz Vermelha em Amatrice, Giussepe Pignoli, confirmou que na entrada da cidade há uma ponte que desabou, complicando o acesso ao local. "Ativamos o dispositivo de socorro da Cruz Vermelha. Há muitos danos, esperamos que não haja vítimas", disse.
Além disso, a Defesa Civil confirmou deslizamentos de terras em outras três províncias da Região de Marcas: Ascoli Piceno, Fermo e Macerata. Segundo o governo, o chefe do departamento de Proteção Civil, Fabrizio Curcio, já formou um comitê para lidar com a emergência. O porta-voz dos Bombeiros do país, Luca Cari, disse que helicópteros serão enviados aos locais mais atingidos para auxiliar nos trabalhos de resgate e emergência.
Os serviços de Defesa Civil e o Exército italiano foram mobilizados e já escavam entre os escombros das localidades afetadas para resgatar algumas pessoas que estão presas. Em 2009, um tremor de magnitude 6,3 abalou o centro da Itália e deixou mais de 300 mortos na região de Aquila.
Papa expressa "grande dor"
Em sua audiência geral desta quarta-feira (24), o papa Francisco exprimiu sua "grande dor" pelo terremoto que "devastou zonas inteiras e deixou mortos e feridos" na região central da Itália. O pontífice disse ter ficado "fortemente comovido" ao saber que a cidade de Amatrice foi destruída e que há crianças entre os mortos. "Exprimo minha proximidade às pessoas presentes em todos os lugares atingidos pelo temor, a todas as pessoas que perderam entes queridos e àquelas que ainda se sentem afetadas pelo medo", acrescentou.
O papa Francisco cancelou um discurso que faria nesta quarta-feira em sua audiência geral e decidiu rezar com a multidão pelas vítimas e os sobreviventes do terremoto que atingiu a Itália.
Danos devem ser grandes
De acordo com o USGS, há grande possibilidade de haver um significativo número de mortos e perda econômica. "No geral, a população dessa região mora em estruturas onde há uma mistura de construções vulneráveis e resistentes a terremotos. Baseado na estimativa que temos, nós podemos ver perdas significativas", disse Rafael Abreu, geofísico da instituição, à rede "CNN". (Com agências internacionais). Fonte: http://noticias.uol.com.br
Como as redes sociais mudaram a forma de lidar com o luto e a morte.
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As redes sociais estão modificando as formas de luto e o diálogo sobre a morte no âmbito público. Duas sociólogas da Universidade de Washington estudaram a maneira como os usuários interagem nas redes sociais com os perfis de pessoas que já morreram. Elas concluíram que essas plataformas, e particularmente o Twitter, ampliaram os círculos em que o luto transcorre, criando um espaço público antes inexistente, no qual ocorre um debate entre pessoas que nem conhecem o falecido. Esse novo espaço estaria num meio termo entre a esfera privada e a pública. Na análise delas, o Facebook representaria a esfera privada, e o Twitter ocuparia esse novo terceiro espaço. A reportagem é de Marya González Nieto, publicada por El País, 22-08-2016.
Nina Cesare e Jennifer Branstad analisaram 39 perfis do Twitter de pessoas falecidas e as compararam com outros, do Facebook, para estudar as conversas e ocomportamento das pessoas diante da morte. Elas descobriram que no Twitter os perfis dos mortos servem a propósitos muito diferentes do que se vê no Facebook ou em qualquer outra rede social. “O Twitter foi mais usado para discutir, debater e inclusive condenar ou canonizar o falecido. No Facebook, por outro lado, os perfis dos falecidos eram usados mais para mostrar sua dor de um modo mais íntimo, com mensagens muito mais profundas”, diz Cesare.
Dessa forma, o Facebook é entendido mais como um prolongamento do âmbito privado, onde dizemos nossos sentimentos da maneira como os expressamos às pessoas próximas. A novidade, portanto, vem do Twitter. As pesquisadoras descobriram em sua análise quatro tipos de tuítes fúnebres. A primeira categoria eram mensagens diretas ao morto, com lembranças de histórias comuns, a fim de manter laços com ele. O segundo tipo são mensagens íntimas, como o reconhecimento da ausência ou simples condolências. O terceiro tipo eram reflexões sobre a vida e a morte. E uma quarta categoria incluía críticas ao falecido ou ao seu estilo de vida.
Tal comportamento reflete a própria natureza do Twitter, segundo as pesquisadoras. “NoTwitter, podemos tuitar sem ter seguidores, os perfis são curtos e públicos. As mensagens de 140 caracteres fazem que estes reflitam mais pensamentos concisos do que reflexões profundas”, conta Branstad. Essas características condicionam a forma pela qual usamos o Twitter, com uma atmosfera muito menos pessoal que o Facebook, propícia para que se aborde a morte de uma forma muito mais ampla. “E, ao ser mais impessoal, as pessoas se animam mais a participar quando alguém morre, mesmo que não conheçam o morto”, diz a socióloga.
No Facebook, as interações são diferentes. Normalmente os usuários se conhecem na vida real, publicam fotos pessoais e podem escolher quem vê seus perfis. “Uma mensagem no mural do Facebook de alguém que morreu é como estar na casa dessa pessoa e falar com a família. Compartilha-se a dor num círculo íntimo”, afirmaBranstad. No Twitter, por outro lado, encontramos pessoas que não estariam nessa casa, que estão fora desse círculo, mas que podem comentar e falar da pessoa, e inclusive especular sobre a causa da sua morte. “Esse espaço não existia antes, ou pelo menos não em público”, diz Branstad.
Em todas as culturas sempre existiram tradições sobre a morte, mas no século XX e no mundo ocidental, os ritos foram relegados ao interior das casas e às funerárias. “O luto era algo que se sofria na intimidade. As redes sociais em geral reverteram isso e trouxeram novamente a morte ao âmbito público”, explica Cesare. E o Twitter em particular ampliou o conceito sobre o quanto alguém pode se envolver na conversação quando alguém morre, de acordo com o estudo das sociólogas.
“Há 20 anos a morte era muito mais privada. A capacidade do Twitter para abrir a comunidade ao luto e retirá-lo da esfera íntima é uma grande contribuição. E a criação desse espaço onde as pessoas podem se reunir e falar sobre a morte é algo novo”, concluiCesare. O estudo foi publicado para a conferência anual da Associação Americana de Sociologia de 2016.
Fonte: http://ihu.unisinos.br
OLIMPÍADAS: O DIA SEGUINTE. Petrônio
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GRAÇAS A DEUS!...
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FINAL DAS OLIMPÍADAS: Finalmente os moradores de Rua da Lapa “escondidos” pela Prefeitura do Rio, vão receber as refeições das irmãs de Calcutá! Lamentável o silêncio da Igreja.
LIVRO: Americana desmitifica o tabu da morte em relato do trabalho em crematório.
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A norte-americana Caitlin Doughty abraçou uma missão: desmitificar o tabu da morte. Com seu canal no YouTube, o "Ask a Mortician", ela apresenta vídeos curiosos sobre a indústria da morte usando humor afiado e sagacidade. E usa a escrita para apresentar o leitor a um setor pouco conhecido do público em geral –os bastidores da morte.
Seu livro, "Confissões do Crematório" (ed. Darkside, 2016), lançado recentemente no Brasil, é uma compilação de casos reais vividos durante seus primeiros seis anos trabalhando em um crematório nos Estados Unidos.
Doughty não pisa em ovos. Ela destrincha os tópicos mais mórbidos de forma bem direta. Conta sobre um bebê que precisou raspar a cabeça (pois a família queria guardar o cabelo de lembrança), e atividades como lubrificar uma mão para tirar a aliança, remover marca-passos para não explodirem no forno crematório, moer ossos em um liquidificador de metal, inserir tampas espinhosas embaixo das pálpebras para os olhos ficarem fechados e barbear mortos. São ações que incitam um dilema comum aos trabalhadores desse ramo: "Eu não tinha certeza se Byron era um 'ser' ou uma 'coisa' (um corpo), mas parecia que eu devia ao menos saber o nome dele para executar um procedimento tão íntimo", escreve.
A autora oferece uma revisão histórica da morte, como o surgimento do embalsamamento, da cremação, dos cemitérios modernos, a higienização do processo do morrer com a transferência dos moribundos das casas aos hospitais, os ritos fúnebres nas diversas culturas –a tribo brasileira Wari que comia seus mortos, os budistas tibetanos que deixam os corpos ao ar livre para serem devorados por entidades celestiais (os urubus) e o costume fúnebre da ilha de Java, na Indonésia, de abraçar e lavar cadáveres.
Ela relaciona o tabu da morte com o do sexo: "Enquanto o sexo e a sexualidade eram o tabu central do período vitoriano, a morte e o morrer são o tabu do mundo moderno". E cita o antropólogo britânico Geoffrey Gorer, "nossos bisavós ouviram que os bebês eram encontrados embaixo de arbustos de groelha ou de repolhos; nossos filhos provavelmente vão ouvir que os que faleceram (...) viram flores ou descansam em lindos jardins".
O envolvimento profissional de Doughty com a morte surgiu da tentativa de superação de um trauma de infância. Aos oito anos, ela presenciou uma garotinha cair para fora da escada rolante de um shopping center.
Doughty diz ter se traumatizado por nunca ter tido contato com a morte antes desse evento. Após o trabalho no crematório, ela cursou uma faculdade funerária em São Francisco e chegou à conclusão de que "quanto mais eu aprendia sobre a morte e a indústria da morte, mais a ideia de outra pessoa cuidando dos cadáveres da minha família me apavorava". Essa consciência a estimulou a fundar sua própria casa funerária, a "Undertaking LA".
CONSCIÊNCIA FUNERÁRIA
Em entrevista à Folha, Doughty conta que a "Undertaking LA" é a única casa funerária sem fins lucrativos de Los Angeles, e afirma se preocupar em envolver as famílias nos cuidados com seus mortos. Ela organiza, por exemplo, workshops para os clientes saberem o que exatamente é feito com os cadáveres.
"Eu não concordo com os funcionários do ramo (tanatopraxistas, patologistas, funcionários do crematório) somente lidarem com os corpos mas nunca com suas famílias. Se você ignorar os vivos, a família enlutada, você pode perder de vista o fato de que cada corpo representa um ser humano com uma história", conta.
Doughty relaciona os problemas da sociedade moderna com uma cultura que ela considera negar a morte: "Se não podemos aceitar que vamos morrer, não vamos aceitar que estamos matando o planeta. Não iremos aceitar que estamos destruindo espécies. E acabamos admitindo certos atos de guerra, terror e violência. Se a morte não é real para nós, vamos permitir que essas coisas continuem acontecendo".
Agora, Doughty trabalha em seu próximo livro: sobre como revolucionar o setor funerário e define uma epígrafe para si: "Ela morreu fazendo o que amava: a morte".
CONFISSÕES DO CREMATÓRIO
AUTORA Caitlin Doughty
TRADUÇÃO Regiane Winarski
EDITORA Darkside Books
QUANTO R$ 49,90 (256 págs.). Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
ACREDITE SE QUISER! Homem 'morto' volta para casa e família não sabe quem enterrou
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O indonésio Waluyo morreu em 7 de maio de 2015 depois de um acidente de trânsito, na cidade de Gunung Kidul. Ele ficou alguns dias em coma, recebeu a visita de amigos e parentes, mas acabou morrendo. Querido por muitos, seu velório foi concorrido.
Pelo menos foi isso que sua família acreditava. Há alguns dias, Waluyo voltou para casa como se nada tivesse acontecido. Seu retorno provocou reações de alegria e terror. Como assim um morto pode retornar à vida com tanta naturalidade?
Waluyo conta que, na verdade, nunca morreu. Aliás, nunca nem sofreu acidente algum. Ele diz que passou todo esse tempo trabalhando como gari em outra cidade e, como não tem celular, não conseguiu avisar a família. Estranho, né?
O problema é que a família de Waluyo agora tem um mistério. Se o sujeito está vivo, quem é que foi enterrado no lugar dele? Ninguém sabe. Os parentes desconfiam que foi alguém extremamente parecido com o gari fujão. Pelo jeito, ainda tem muito o que ser explicado nesta história. (Com Coconuts JKT). Fonte: http://noticias.uol.com.br
Menino egípcio viaja por 10 dias no mar para ir à Itália salvar o irmão
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Um menino migrante de 13 anos ganhou as manchetes desta quarta-feira na Itália, com uma história heroica que teve, até agora, um final feliz.
Ahmed foi resgatado há quatro dias dentro de um bote no Mediterrâneo com outra centena de migrantes. Partira do Egito sozinho e chegou à Itália com um único objetivo: salvar seu irmão menor, Farid, 7, que sofre de uma doença no sangue.
Ao desembarcar na ilha italiana de Lampedusa trazia apertando nas mãos um papel dentro de um saco plástico: era o certificato de saúde do irmão atestando seu caso de trombocitopena, ou plaquetopenia (redução das plaquetas no sangue).
A família confiou a Ahmed todas as economias que tinha, trabalhando no plantio de tâmaras, e um tio ajudou a pagar os atravessadores, negociando seu único terreno. O menino partiu do vilarejo de Rashid Kafr El Sheikh, a 130 km do Cairo, escondido em um caminhão que transportava animais. Alguns dias depois conseguiu chegar à cidade portuária de Alexandria.
"Foram dez dias no mar, porque o trajeto partindo do Egito é mais longo do que da Líbia", disse à BBC Brasil Ahmed Mahmoud, funcionário da OIM (Organização Internacional para a Migração) em Lampedusa. Mahmoud, também egípcio, foi justamente quem primeiro ouviu a história do xará Ahmed.
"Falei com a mãe dele por telefone. A família é muito pobre e o hospital mais próximo de onde moram fica a quatro horas de distância", contou Mahmoud. Desde a chegada de Ahmed, ele está sempre com o menino, agora abrigado em um campo de acolhida em Lampedusa.
"O custo de cirurgias e tratamentos médicos no Egito é muito alto. Até os remédios custam muito caro lá", explicou Mahmoud. Segundo Ahmed lhe contou, o custo da primeira cirurgia do irmão seria de 30 mil liras egípcias (cerca de 4 mil euros, ou R$ 14,5 mil) e os exames não saíam por menos de 500 euros (R$ 1,8 mil). O trabalho de todo um ano da família do menino na colheita, porém, rende cerca de 3 mil euros (R$ 10,8 mil).
A história de superação de Ahmed virou destaque desta quarta-feira no jornal "Corriere della Sera", um dos maiores da Itália, e rapidamente se tornou viral. O premiê italiano, Matteo Renzi, também leu a história e colocou o sistema de saúde de prontidão, lançando um "apelo à acolhida e cura". Um hospital da região de Florença respondeu oferecendo tratamento para Ahmed e apoio para a família. "Amanhã (quinta-feira) Ahmed parte para um centro de acolhida de menores em Agrigento, na Sicília. Está muito contente depois de saber das novidades", afirmou Mahmoud.
Frequentes, os desembarques de migrantes na ilha de Lampedusa trazem cada vez mais crianças. "Ontem (terça), outras 900 pessoas foram trazidas para Lampedusa, entre elas cerca de 50 crianças sozinhas, muitas delas egípcias", contou à BBC Brasil o médico Pietro Bartolo, responsável pelo ambulatório de Lampedusa.
Ele também explicou que não é a primeira vez que a intervenção do Ministério da Saúde acontece. "Outro dia também chegou aqui um menino com a mãe, que precisava de tratamento médico, e eles foram encaminhados para um hospital em outra parte da Itália. São muitas crianças chegando agora", acrescentou.
Segundo dados da OIM, entre janeiro e junho deste ano, 7.567 crianças migrantes desembarcaram nos portos da Itália. Cerca de 92% eram menores não acompanhados; cruzaram sozinhos o Mediterrâneo ou perderam seus parentes durante o trajeto. A maioria deles parte do Egito, da Gâmbia, de Guiné-Conacri e da Costa do Marfim.
RIO 2016: Embaixadora da delegação britânica está internada em estado grave no Rio
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Escalada para ser embaixadora e apresentadora de televisão da equipe da Grã-Bretanha nas Olimpíadas, a jornalista Charlie Webster, 33 anos, está internada em um hospital do Rio de Janeiro com graves complicações causadas por uma infecção parasitária e corre risco de morte. A hospitalização foi confirmada pela assessoria de imprensa da equipe no Rio-2016.
A apresentadora é bastante conhecida do público e trabalhou nas principais emissoras britânicas, incluindo a BBC e Sky. O grave estado de saúde foi tornado público numa postagem no Twitter em 11 de agosto. A situação já era grave neste dia e uma pessoa usou a conta de Charlie para escrever a seguinte mensagem.
"No sábado, 6 de agosto [um dia depois da abertura das Olimpíadas], Charlie sentiu-se mal e foi internada num hospital do Rio de Janeiro. O que inicialmente era considerada uma desidratação causada pela viagem [de bicicleta] ao Rio foi diagnosticado como uma severa complicação causada por uma infecção".
A partir desta data, não há nenhum post no Twitter. Os primeiros sintomas da doença apareceram no dia da cerimônia de abertura e, desde então, as condições de saúde pioraram tanto que os jornais ingleses veicularam nesta quarta que a embaixadora da equipe britânica luta pela vida. De acordo com várias publicações sediadas em Londres, ela está em coma induzido e a mãe viajou para o Rio de Janeiro.
A doença teria sido adquirida no caminho de uma viagem de bicicleta que começou em 27 de junho no estádio olímpico de Londres e terminou no Maracanã. A imprensa inglesa publicou que seria um tipo raro de malária e foi contraída nos quase 5 mil quilômetros percorridos entre as duas cidades.
A jornada serviu para arrecadar dinheiro para caridade. A apresentadora já foi classificada como uma heroína pelo parlamento inglês por este tipo de trabalho e é bastante conhecida por levantar fundos para diversas entidades de assistência social.
Ela também tem trabalhos como modelos e participa de provas de resistência chegando até a completar o Ironman britânico ano passado. Outra atividade da jornalista é dar palestras motivacionais. A lista de esportes que cobriu é longa e inclui futebol, automobilismo, boxe, atletismo e até corrida de aviões.
RIO 2016: Defensoria diz que Rio passou por "limpeza" de moradores de rua do centro.
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As denúncias de constrangimentos e violência contra moradores de rua na região do centro do Rio de Janeiro cresceram 60% nos meses de março a julho deste ano, de acordo com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro. O órgão diz que as ações se intensificaram com a proximidade da Olimpíada, em uma prática considerada “higienista”.
Segundo o padre Adailson Santos, coordenador de um projeto que oferece comida e agasalho à população de rua no centro do Rio, desde o fim de julho os moradores do local foram retirados da rua e levados para abrigos distantes daquela região. Para Santos, a retirada estaria relacionada a uma ação de "limpeza" na Lapa, bairro boêmio e turístico e que reúne vários albergues, orquestrada pela prefeitura para a Olimpíada. “Posso falar concretamente que ouve um esvaziamento. Essas pessoas foram retiradas das ruas, levadas a abrigos distantes, muitas vezes, até a força”, disse à Agência Brasil.
Integrante de um grupo de defensores da União e das comissões de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e da Câmara Municipal, a defensora pública Carla Beatriz Nunes Maia diz que os moradores são obrigados pelo poder público a ir para abrigos. “Quem não é compulsoriamente levado [a abrigos], não permanece [na rua], se recolhe, se esconde, tem medo. Porque, além de ser levado à força, é agredido, tem todo o patrimônio, geralmente, um papelão para o frio, uma muda de roupa e os documentos, confiscados”, disse.
As ações, segundo a defensora, são feitas pela Guarda Municipal, Secretaria de Ordem Pública ou pela Polícia Militar, com conhecimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. O grupo faz rondas periódicas nos locais de concentração dessa população. “As provas de violação por parte desses órgãos é contundente”, afirmou Carla. “Agentes públicos pagos para resguardar nossa integridade espancam e agem com truculência contra uma população indefesa”, completou. A defensoria estuda ingressar com medidas jurídicas para coibir as práticas.
Os dados sobre as denúncias foram apresentados em audiência pública realizada em 3 de agosto. Na ocasião, os órgãos de assistência social e de segurança estaduais e municipais não enviaram representantes, segundo a defensoria.
O padre Adailson, que espera voltar ao trabalho em setembro, também cobra dignidade no tratamento aos moradores de rua. “Essas pessoas não têm nada. Não ficam nos abrigos por falta de condições básicas. Não podemos lhes tirar até o direito de ir e vir”, criticou.
Outro lado
A prefeitura do Rio nega que as abordagens tenham aumentado às vésperas da Olimpíada e diz que não recebeu, oficialmente, denúncias de agressões. Em nota, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social afirma “que não há nem haverá qualquer tipo de violação de direitos de pessoas em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro”.
A Secretaria de Ordem Pública e a Guarda Municipal informaram que apenas prestam apoio às ações da prefeitura, quando solicitadas, e que “os agentes são orientados a agir de forma respeitosa”. A Polícia Militar não se manifestou.
* Com informações da Agência Brasil. Fonte: http://olimpiadas.uol.com.br
14 DE AGOSTO: Quem é ele?...
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“QUEM É? Adivinha!... Ele é mais importante que político, médico, advogado, padre, empresário, cantor, ator, papa, bispo... Ele é Manoel Artur de Miranda, meu Pai! Quer mais?”. Frei Petrônio de Miranda, Carmelita/ RJ.
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