Papa: a estrada é o lugar do anúncio do Evangelho: Mensagem do 5º Domingo do Tempo Comum.
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A estrada como lugar do alegre anúncio do Evangelho: este foi o caminho do filho de Deus, de seus discípulos e deverá ser o caminho de cada cristão, disse o Papa no Angelus, o que coloca a “missão da Igreja sob o signo do “andar”, a Igreja em caminho, sob o sinal do “movimento” e nunca da estaticidade”.
Cidade do Vaticano
"Jesus não veio para trazer a salvação em um laboratório; não faz pregação de laboratório, separado das pessoas: está no meio da multidão”!
Dirigindo-se aos milhares de fiéis e turistas presentes na Praça São Pedro neste V Domingo do Tempo Comum para o Angelus, o Papa Francisco recordou que se a estrada foi o lugar do alegre anúncio do Evangelho do filho de Deus, também deverá ser o caminho de cada cristão e da Igreja.
O Evangelho de Marcos proposto para este domingo, “destaca a relação entre a atividade taumatúrgica de Jesus e o despertar da fé nas pessoas que encontra”.
“Com os sinais de cura que realiza pelos doentes de todo tipo, o Senhor quer suscitar como resposta a fé”, sublinhou o Papa. O dia de Jesus em Cafarnaum, segundo narrado por São Marcos, “começa com a cura da sogra de Pedro e termina com a cena das pessoas de toda a cidadezinha que se comprimiam diante da casa onde ele se alojava, para levar a ele todos os doentes”.
“A multidão, marcada por sofrimentos físicos e por misérias espirituais, constitui, por assim dizer, “o ambiente vital” em que se realiza a missão de Jesus, feita de palavras e de gestos que curam e consolam”:
“Jesus não veio para trazer a salvação em um laboratório; não faz pregação de laboratório, separado das pessoas: está no meio da multidão! Em meio ao povo! Pensem que a maior parte da vida pública de Jesus foi passada na estrada, entre as pessoas, para pregar o Evangelho, para curar as feridas físicas e espirituais”.
E é para esta pobre humanidade, marcada pelos sofrimentos, que “é dirigida à ação poderosa, libertadora e renovadora de Jesus”. Antes do amanhecer do dia seguinte – recordou o Papa – Jesus sai sem ser visto pela porta da cidade “e se retira para um lugar afastado para rezar. Jesus reza”, também para “subtrair a sua pessoa e a sua missão de uma visão triunfalista”, que poderia ficar subentendida em função dos milagres e de seu poder carismático:
“Os milagres, de fato, são “sinais” que convidam a uma resposta de fé; sinais que sempre são acompanhados por palavras, que os iluminam; e juntos, sinais e palavras, provocam a fé e a conversão pela força divina da graça de Cristo”.
“A conclusão da passagem de hoje – prosseguiu Francisco - indica que o anúncio do Reino de Deus por parte de Jesus encontra o seu lugar mais precisamente na estrada”. Os discípulos queriam levar Jesus de volta para a cidade, mas Ele os convida para ir “a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”:
“Este foi o caminho do filho de Deus e este será o caminho de seus discípulos. E deverá ser o caminho de cada cristão. A estrada como lugar do alegre anúncio do Evangelho, coloca a missão da Igreja sob o signo do “andar”, a Igreja em caminho, sob o sinal do “movimento” e nunca da estaticidade”.
“Que a Virgem Maria - concluiu o Papa - nos ajude a sermos abertos à voz do Espírito Santo, que impele a Igreja a colocar sempre mais a própria tenda em meio às pessoas para levar a todos a palavra curadora de Jesus, médico das almas e dos corpos”.
Após a oração do Angelus, o Papa Francisco assegurou sua proximidade às populações de Madagascar, “recentemente atingidas por um forte ciclone, que causou vítimas, desabrigados e graves danos materiais. Que o Senhor os conforte e os sustente!”. Fonte: http://www.vaticannews.va
DOMINGO, 4: Papa convoca Dia de Jejum e Oração pela Paz
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“As vitórias obtidas com a violência são falsas vitórias”. Diante do dilagar de conflitos em diversas partes do mundo, o Papa Francisco convocou para 23 de fevereiro um Dia de Jejum e Oração pela Paz.
Cidade do Vaticano
“As vitórias obtidas com a violência são falsas vitórias”. Diante da continuação de inúmeros conflitos em diversas partes do mundo, o Papa Francisco no Angelus deste domingo voltou a condenar a violência e convocou um Dia de Jejum e Oração pela Paz:
“E agora um anúncio: diante da trágica continuação de situações de conflito em diversas partes do mundo, convido todos os fiéis a um Dia especial de Oração e Jejum pela Paz em 23 de fevereiro próximo, sexta-feira da Primeira Semana da Quaresma”.
“O ofereceremos em particular pelas populações da República Democrática do Congo e do Sudão do sul. Como em outras ocasiões similares, convido também os irmãos e irmãs não católicos e não cristãos para se associarem a esta iniciativa nas modalidades que considerarem mais oportunas, mas todos juntos”.
O Santo Padre recordou que “o nosso Pai Celeste escuta sempre os seus filhos que gritam a Ele na dor e na angústia, “cura os corações feridos e enfaixa suas feridas””.
O Pontífice dirigiu um apelo, para que também cada um de nós ouça este grito e que cada um, diante de Deus, pergunte na própria consciência: “O que eu posso fazer pela paz?”:
“Certamente podemos rezar; mas não só. Cada um pode dizer concretamente “não” à violência naquilo que depender dele ou dela. Porque as vitórias obtidas com a violência são falsas vitórias; enquanto trabalhar pela paz faz bem a todos!”. Fonte: http://www.vaticannews.va
5º Domingo do Tempo Comum – Ano B: Um Olhar.
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Tema do 5º Domingo do Tempo Comum
Que sentido têm o sofrimento e a dor que acompanham a caminhada do homem pela terra? Qual a “posição” de Deus face aos dramas que marcam a nossa existência? A liturgia do 5º Domingo do Tempo Comum reflete sobre estas questões fundamentais. Garante-nos que o projeto de Deus para o homem não é um projeto de morte, mas é um projeto de vida verdadeira, de felicidade sem fim.
Na primeira leitura, um crente chamado Jó comenta, com amargura e desilusão, o fato de a sua vida estar marcada por um sofrimento atroz e de Deus parecer ausente e indiferente face ao desespero em que a sua existência decorre… Apesar disso, é a Deus que Jó se dirige, pois sabe que Deus é a sua única esperança e que fora d’Ele não há possibilidade de salvação.
No Evangelho manifesta-se a eterna preocupação de Deus com a felicidade dos seus filhos. Na ação libertadora de Jesus em favor dos homens, começa a manifestar-se esse mundo novo sem sofrimento, sem opressão, sem exclusão que Deus sonhou para os homens. O texto sugere, ainda, que a ação de Jesus tem de ser continuada pelos seus discípulos.
A segunda leitura sublinha, especialmente, a obrigação que os discípulos de Jesus assumiram no sentido de testemunhar diante de todos os homens a proposta libertadora de Jesus. Na sua ação e no seu testemunho, os discípulos de Jesus não podem ser guiados por interesses pessoais, mas sim pelo amor a Deus, ao Evangelho e aos irmãos.
ATUALIZAÇÃO DO EVANGELHO – Mc 1, 29-39
As ações de Jesus em favor dos homens que o Evangelho deste domingo nos apresenta mostram a eterna preocupação de Deus com a vida e a felicidade dos seus filhos. O projeto de Deus para os homens e para o mundo não é um projeto de morte, mas de vida; o objetivo de Deus é conduzir os homens ao encontro desse mundo novo (o “Reino de Deus”) de onde estão ausentes o sofrimento, a maldição e a exclusão, e onde cada pessoa tem acesso à vida verdadeira, à felicidade definitiva, à salvação. Talvez nem sempre entendamos o sentido do sofrimento que nos espera em cada esquina da vida; talvez nem sempre sejam claros, para nós, os caminhos por onde se desenrolam os projetos de Deus… Mas Jesus veio garantir-nos absolutamente o empenho de Deus na felicidade e na libertação do homem. Resta-nos confiar em Deus e entregarmo-nos ao seu amor.
O encontro com Jesus e com o “Reino” é sempre uma experiência libertadora. Aceitar o convite de Jesus para O seguir e para se tornar “discípulo” significa a ruptura com as cadeias de egoísmo, de orgulho, de comodismo, de autossuficiência, de injustiça, de pecado que impedem a nossa felicidade e que geram sofrimento, opressão e morte nas nossas vidas e nas vidas dos nossos irmãos. Quem se encontra com Jesus, escuta e acolhe a sua mensagem e adere ao “Reino”, assume o compromisso de conduzir a sua vida pelos valores do Evangelho e passa a viver no amor, no perdão, na tolerância, no serviço aos irmãos. É – na perspectiva da catequese que o Evangelho de hoje nos apresenta – um “levantar-se”, um ressuscitar para a vida nova e eterna. O meu encontro com Jesus constituiu, verdadeiramente, uma experiência de libertação e levou-me a optar pelos valores do Evangelho?
A história da sogra de Pedro que, depois do encontro com Jesus, “começou a servir” os que estavam na casa, lembra-nos que do encontro libertador com Jesus deve resultar o compromisso com a libertação dos nossos irmãos. Quem encontra Jesus e aceita inserir-se na dinâmica do “Reino”, compromete-se com a transformação do mundo… Compromete-se a realizar, em favor dos irmãos, os mesmos “milagres” de Jesus e a levar vida, paz e esperança aos doentes, aos marginalizados, aos oprimidos, aos injustiçados, aos perseguidos, aos que sofrem. Os meus gestos são sinais da vida de Deus (“milagres”) para os irmãos que caminham ao meu lado?
Na multidão que se concentra à porta da “casa de Pedro” podemos ver essa humanidade que anseia pela sua libertação e que grita, dia a dia, a sua frustração pela guerra, pela violência, pela injustiça, pela miséria, pela exclusão, pela marginalização, pela falta de amor… A Igreja de Jesus Cristo (a “casa de Pedro”) tem uma proposta libertadora que vem do próprio Jesus e que deve ser oferecida a todos estes irmãos que vivem prisioneiros do sofrimento… O que é que nós, discípulos de Jesus, temos feito no sentido de oferecer a proposta libertadora de Jesus aos nossos irmãos oprimidos? Ao olhar para a Igreja de Jesus, eles encontram solidariedade, ajuda, fraternidade, preocupação real com os seus dramas e misérias, ou apenas discursos teológicos abstratos e virados para o céu? Os nossos irmãos idosos, doentes, marginalizados, esquecidos encontram nos nossos gestos o amor libertador de Jesus que dá esperança e que aponta no sentido de um mundo novo, ou encontram egoísmo, indiferença, marginalização?
O exemplo de Jesus mostra que o aparecimento do “Reino de Deus” está ligado a uma vida de comunhão e de diálogo com Deus. Rezar não é fugir do mundo ou alienar-se dos problemas do mundo e dos dramas dos homens… Mas é uma tomada de consciência dos projetos de Deus para o mundo e um ponto de partida para o compromisso com o “Reino”. Só na comunhão e no diálogo íntimo com Deus percebemos os seus projetos e recebemos a força de Deus para nos empenharmos na transformação do mundo. É preciso, portanto, que o discípulo encontre espaço, na sua vida, para a oração, para o diálogo com Deus.
LEIA A REFLEXÃO NA ÍNTEGRA. CLIQUE NO LINK AO LADO- Evangelho do dia
Sacerdote sequestrado no Iêmen relata os dias no cativeiro
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Nesta crônica, Pe. Olmes descreve a Assembleia do Vicariato Sul da Arábia, da qual participaram os últimos sacerdotes que permanecem atuando no Iêmen.
Missionário Pe. Olmes Milani - Dubai
De 8 a 11 de janeiro, os sacerdotes, religiosas e religiosos do Vicariato Sul da Arábia, participaram da Assembleia Anual, presidida pelo bispo Paul Hinder, que se realizou em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. O núncio apostólico para os países do Golfo Pérsico, Arcebispo Francisco M. Padilla também participou, dando uma palestra sobre a conjuntura atual da região.
O destaque do encontro foram os últimos missionários que trabalharam, no vizinho Yêmen cuja população foi reduzida à miséria pela guerra civil na qual forças externas e grupos terroristas entraram em cena, complicando ainda mais a situação. Trata-se dos padres salesianos, Tom Uzhunnalil e Jorge Muttathuparambil.
O padre Jorge relatou as inúmeras dificuldades e falta de segurança para exercer a missão sob a contínua ação dos grupos ligados ao Estado Islâmico e à Al-qaeda e sob os ataques das forças de coalizão externa. Ao regressar à Índia, seu país, para renovar o passaporte, foi-lhe negado o visto de retorno, ficando assim, sozinho, o Padre Tom para apoiar às Irmãs da Caridade de Madre Teresa e exercer o ministério para os poucos cristãos da região de Sana, capital do país.
No dia 4 de março de 2016, quando o padre estava no asilo para idosos administrado pelas irmãs, um grupo de terroristas invadiu a instituição, matando quatro das cinco religiosas e mais doze ajudantes. Terminada a chacina, sem ter encontrado a religiosa superiora que se havia escondido na câmara fria, vendaram o olhos do padre Tom, levando-o, de carro, para um lugar de cativeiro.
Durante 18 meses, o padre Tom passou por três cativeiros. De olhos vendados ou de burca, sem comunicação e vista para o exterior, testemunhou que o fortaleceu a fé em Deus. Por isso jamais sentiu medo de morrer. Os longos dias transcorreram em oração e meditação. Sem o auxílio de uma Bíblia e Livros Litúrgicos, “celebrava” a missa de memória, sem as espécies do pão e do vinho.
Finalmente, no dia 12 de setembro de 2017, padre Tom foi levado para a fronteira com Omã, entregue às autoridades locais. Depois de agradecer ao Sultão de Omã que, com o Vaticano e o Vicariato Sul da Arábia, fez gestões importantes para sua libertação, viajou para Roma onde se encontrou com o Papa Francisco.
Testemunhou que durante o tempo de cativeiro encontrou força na fé, oração e mantendo a mente criativa. Fonte: http://www.vaticannews.va
Yemọjá na África, e Yemanjá no Brasil
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Pai Paulo de Oxalá
Yemanjá é um dos Orixás mais cultuados e conhecidos dos cultos de matrizes africanas. Uma das grandes razões desta simpatia popular é a imagem utilizada pela Umbanda para representar este Orixá.
Segundo o Ogan e escritor José Beniste esta imagem de Yemanjá usada pela Umbanda, da mulher pairando sobre as ondas, foi criada na década de 50 como uma forma da Dra. Dallas Paes Leme ser homenageada pelo marido. Ela era magra e tinha traços indígenas, por isso o quadro que foi pintado a oléo, era de uma mulher morena de cabelos longos e negros. Este quadro percorria casas e terreiros, dentre os quais o de Benjamin Figueiredo, da Tenda do Caboclo Mirim e a casa de Alziro Zarur que na época era ligado ao espiritismo. Este mesmo quadro foi que deu inicio às giras de fim de ano promovidas pela Umbanda nas praias cariocas e cultuada no dia 02 de Fevereiro pelo Candomblé.
Diferente da imagem de uma mulher magra na Umbanda, no Candomblé Yemanjá é tida como mãe de vários Orixás e é representada pela imagem de uma mulher negra forte e de seios fartos chamada de Olómó (Senhora de grandes seios). Seu nome origina-se de: Yèyé = mãe, Ọmọ = filhos e Ẹja = peixes. "Yemọjá" (mãe dos filhos peixes). Na Nigéria, seu culto é feito na fonte de um afluente do rio Ògùn (nada haver com o Orixá Ògún - Divindade da guerra).
O jeito maternal e o temperamento doce, ajudam a estabelecer Yemanjá, com a imagem de uma mãe enérgica porém bondosa, voltada inteiramente para os filhos.
Fato é que a imagem da Yemanjá brasileira tornou-se tão popular que incorporou-se às nossas tradições servindo como referência ao Culto Afro-brasileiro em várias partes do mundo, incluindo a própria África. Fonte: https://extra.globo.com
DIA MUNDIAL DA VIDA CONSAGRADA: “Gostamos do que somos e amamos o que fazemos”, diz dom Jaime Spengler
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No mesmo dia em que celebra liturgicamente a Apresentação do Senhor, a Igreja Católica também comemora o Dia Mundial da Vida Consagrada, neste 02 de fevereiro. Por ocasião da data, o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), enviou uma mensagem a todos aqueles(as) que disseram sim à esta forma de servir à Igreja.
O religioso agradeceu a Deus a graça da vocação à vida consagrada de tantas pessoas que se empenham em testemunhar e anunciar o Evangelho do crucificado-ressuscitado pelas diferentes regiões do Brasil. Aos que acolheram o convite de Deus para viver essa forma de vida, dom Jaime diz que é necessário pedir a graça da recordação e sempre ter em mente que foram escolhidos por Alguém, que os amou e ama desde sempre. O religioso também exortou a todos consagrados e consagradas, considerando o momento histórico, a demonstrarem o orgulho por terem esta opção de vida. “Não tenhamos medo de dizer aos adolescentes e jovens que: “Gostamos do que somos e amamos o que fazemos’.
Desafios para a vida religiosa – Para dom Jaime, os desafios da vida consagrada hoje são os mesmos que perpassam a sua história: “ser no mundo testemunha de fé e esperança, sinal do Reino de Deus e sua justiça, expressão de compromisso evangélico na defesa e promoção da vida”. Os Consagrados, definiu, são homens e mulheres que se empenham por viver de forma especial o seguimento de Jesus Cristo.
O arcebispo reforça que a vida consagrada é uma forma de pertença a Deus no seguimento de Jesus Cristo e seu Evangelho. “A decisão de seguir o Crucificado-Ressuscitado através das diversas expressões de vida consagrada implica assumir corajosamente os conselhos evangélicos”, disse. A promoção vocação é outro desafio atual indicado pelo presidente da Comissão para a Vida Consagrada da CNBB. “Precisamos promover um mutirão vocacional, apresentando às novas gerações a beleza das diferentes formas de vida consagrada na Igreja”. Fonte: http://cnbb.net.br
Papa: violência em nome de Deus difama a religião
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Francisco conclamou líderes políticos e religiosos a combaterem a violência em nome de Deus.
Cidade do Vaticano
A série de audiências do Papa Francisco esta sexta-feira começou com cerca de 50 participantes da Conferência “Combater a violência praticada em nome da religião”.
Em seu discurso, o Pontífice definiu “significativo” um encontro do gênero entre responsáveis políticos e líderes religiosos. De modo especial, recordou suas palavras pronunciadas na viagem ao Egito, quando exortou a excluir toda absolutização que justifique formas de violência.
“ A violência veiculada e praticada em nome da religião só pode atrair descrédito em relação à própria religião; como tal, deve ser condenada por todos e, com convicção especial, pelo homem autenticamente religioso, que sabe que em Deus não pode haver espaço para o ódio, o rancor e a vingança. ”
Francisco afirma que uma das maiores blasfêmias é chamar Deus como garante dos próprios pecados e crimes, de chamá-lo para justificar o homicídio, o massacre, a escravidão, a exploração, a opressão e a perseguição de pessoas e inteiras populações.
“Todo líder religioso é chamado a desmarcar qualquer tentativa de manipular Deus”, insistiu o Papa, acrescentando que a pertença a uma determinada religião não dá nenhuma dignidade ou direitos suplementares.
O Pontífice exorta não só líderes políticos e religiosos, mas também educadores e agentes da comunicação num esforço conjunto para combater a violência em nome da religião.
“Expresso novamente o meu apreço pela vontade de reflexão e de diálogo sobre um tema assim tão dramaticamente importante, e por ter dado uma qualificada contribuição ao crescimento da cultura da paz fundada sempre sobre a verdade e o amor.” Fonte: http://www.vaticannews.va
QUINTA-FEIRA, 1º DE FEVEREIRO, HOMILIA DO PAPA: “Não somos eternos, somos homens e mulheres em caminho.
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A morte é um fato, uma herança e uma memória: Francisco propôs estas três reflexões para nos salvar da ilusão de sermos donos do tempo.
Cidade do Vaticano
A certeza da morte guiou a reflexão do Papa Francisco na missa celebrada esta manhã (01/02/2018) na capela da Casa Santa.
A primeira leitura fala da morte do Rei Davi. Ele – o grande Rei – o homem que consolidou o próprio Reino também ele deve morrer, não é o dono do tempo.
“Nós não somos nem eternos nem efêmeros: somos homens e mulheres em caminho no tempo, tempo que começa e tempo que acaba”, disse o Papa. Diante desta constatação, Francisco propôs três ideias: a morte é um fato, uma herança e uma memória.
Fato
A morte é um fato. Nós podemos pensar tantas coisas, inclusive imaginar que somos eternos, mas o fato acontece. Cedo ou tarde, chega. É um fato que toca todos nós. Nós estamos em caminho e não ao léu ou homens e mulheres num labitinto:
Mas existe a tentação do momento que toma conta da vida e o leva a girar no momento deste labirinto egoísta do momento sem futuro, sempre ida e volta, ida e volta, não? E o caminho acaba na morte, todos sabemos disso. E por isso a Igreja sempre buscou refletir sobre este nosso fim: a morte.
Herança
“Eu não sou o dono do tempo”, “repetir isso ajuda”, aconselhou o Papa, “porque nos salva daquela ilusão do momento, de tomar a vida como um cadeia de aneis de momenos, que não tem sentido”. “Estou em caminho e devo olhar avante.” Segundo: a herança. Eu vou embora e deixo uma herança. Não a do dinheiro, das propriedades, das posses, mas a herança do testemunho. Davi, por exemplo, deixou a herança da conversão, de adorar Deus antes de si mesmo depois de uma vida de pecados.
Quando pensamos num morto, disse ainda o Papa, sempre pensamos numa pessoa santa. “Existem duas maneiras de canonizar as pessoas: na Praça S. Pedro e nos funerais, porque se torna sempre um santo e porque não representa mais uma ameaça para nós. Mas, ao invés, devemos nos perguntar:
Que herança eu deixarei como testemunho de vida? É uma bela pregunta a nos fazer. E assim nos preparar porque todos nós, nenhum de nós permanecerá “de relíquia”. Não, todos percorreremos este caminho.
Memória
Terceiro: a memória. A morte é memória, uma memória antecipada para refletir:
Mas quando eu morrer, o que eu gostaria de ter feito hoje nesta decisão que eu tenho que tomar hoje, no modo de viver de hoje? É uma memória antecipada que ilumina o momento do hoje. Iluminar com o fato da morte as decisões que eu tenho que tomar todos os dias.
Francisco concluiu convidando os fiéis a lerem o capítulo II do Primeiro Livro dos Reis. Ler e pensar: “eu estou em caminho, o fato – eu morrerei -, qual será a herança que deixarei e como é importante para mim a luz, a memória antecipada da morte, sobre as decisões que devo tomar hoje. Nos fará bem a todos”. Fonte: http://www.vaticannews.va
CATEQUESE SOBRE A MISSA: “Ouvido, coração e mãos: o itinerário da Palavra de Deus”. Francisco.
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"A Palavra de Deus faz um caminho dentro de nós. A escutamos com os ouvidos, passa pelo coração, não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração e do coração passa às mãos, às boas obras. Este é o percurso que faz a Palavra de Deus: dos ouvidos ao coração e às mãos", disse o Santo Padre.
Cidade do Vaticano (31/01/2018)
"Como poderíamos enfrentar a nossa peregrinação terrena, com as suas dificuldades e as suas provas, sem ser regularmente nutridos e iluminados pela Palavra de Deus que ressoa na liturgia?"
Ao dar continuidade a sua série de catequeses sobre a Santa Missa, o Papa Francisco falou na Audiência Geral desta quarta-feira, a 4ª de 2018 e a 213ª de seu Pontificado, sobre a Liturgia da Palavra, "que é uma parte constitutiva porque nos reunimos justamente para escutar o que Deus fez e pretende ainda fazer em nós".
"É uma experiência que acontece "ao vivo" e não por ouvir dizer - explicou o Santo Padre aos fiéis presentes na Praça São Pedro - porque quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é Deus mesmo que fala ao seu povo e Cristo, presente na sua palavra, anuncia o Evangelho".
O Papa alertou então, que muitas vezes enquanto se lê a Palavra de Deus, se fazem comentários sobre como o outro se veste ou se comporta. Ao invés disto, "devemos escutar, abrir o coração porque é o próprio Deus que nos fala e não pensar em outras coisas ou em falar de outras coisas. Entenderam? Não acredito que aconteça muito, mas explicarei o que acontece nesta Liturgia da Palavra":
"As páginas da Bíblia deixam de ser um escrito para tornarem-se palavra viva, pronunciada por Deus. É Deus que por meio do que se lê nos fala e interpela a nós que escutamos com fé (...). Mas para escutar a Palavra de Deus, é preciso ter também o coração abertopara receber a palavra no coração. Deus fala e nós nos colocamos em escuta, para depois colocar em prática o que ouvimos. É muito importante ouvir. Algumas vezes não entendemos bem porque existem algumas leituras um pouco difíceis. Mas Deus nos fala o mesmo em outro modo: em silêncio e ouvir a Palavra de Deus. Não esqueçam isto. Na Missa, quando começam as leituras, ouvimos a Palavra de Deus".
"Temos necessidade de escutá-lo!", enfatizou o Papa. "É de fato uma questão de vida, como bem recorda a incisiva expressão «nem só de pão o homem viverá, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus»".
Neste sentido, "falamos da Liturgia da Palavra como da "mesa" que o Senhor prepara para alimentar a nossa vida espiritual".
A mesa litúrgica é abundante, "abre mais largamente os tesouros da Bíblia", do Antigo e do Novo Testamento, porque neles é anunciado pela Igreja o único e idêntico mistério de Cristo:
"Pensemos na riqueza das leituras bíblicas oferecidas pelos três ciclos dominicais que, à luz do Evangelhos Sinóticos, nos acompanham no decorrer do ano litúrgico, uma grande riqueza".
O Papa chamou a atenção para a importância do Salmo responsorial, "cuja função é favorecer a meditação do que foi escutado na leitura que o precede".
"É bom que o Salmo seja valorizado com o canto, ao menos do refrão", observou Francisco, acrescentando que também as leituras dos dias feriais constituem "um grande nutrimento para a vida cristã".
O Santo Padre explicou então que "as leituras da Missa, variadamente ordenadas segundo as diferentes tradições do Oriente e Ocidente, estão contidas nos Lecionários":
"A proclamação litúrgica das mesmas leituras, com os cantos deduzidos da Sagrada Escritura, exprime e favorece a comunhão eclesial, acompanhando o caminho de todos e de cada um".
Neste sentido - explica - "se entende porque escolhas subjetivas, como a omissão de leituras e a sua substituição com textos não bíblicos, são proibidas":
"Isto de fato empobrece e compromete o diálogo entre Deus e o seu povo em oração. Pelo contrário, a dignidade do ambão e o uso do lecionário, a disponibilidade de bons leitores e salmistas. Mas procurem bons leitores, eh!, aqueles que saibam ler, não aqueles que leem e não se entende nada, eh! é assim, eh! Bons leitores, eh! Devem se preparar e ensaiar antes da Missa para ler bem. E isto cria um clima de silêncio receptivo".
A Palavra do Senhor é uma ajuda indispensável para não nos perdermos, nos nutre e nos ilumina, nos ajudando assim a enfrentarmos as dificuldades e as provas de nossa peregrinação terrena.
Mas "não basta ouvir com os ouvidos, sem acolher no coração a semente da divina Palavra, permitindo a ela dar fruto":
"A ação do Espírito, que torna eficaz a resposta, tem necessidade de corações que se deixem trabalhar e cultivar, de modo que aquilo que é ouvido na Missa passe para a vida cotidiana, segundo a advertência do apóstolo Tiago: «Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos»."
"A Palavra de Deus faz um caminho dentro de nós. A escutamos com os ouvidos, passa pelo coração, não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração e do coração passa às mãos, às boas obras. Este é o percurso que faz a Palavra de Deus: dos ouvidos ao coração e às mãos. Aprendamos estas coisas. Obrigado.” Fonte: http://www.vaticannews.va
XII Congresso Mariológico que acontece em Aparecida
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A Academia Marial de Aparecida, em parceira com a Faculdade Dehoniana de Taubaté, promovem o XII Congresso Mariológico, com o tema “O rosto Mariano da Igreja”, de 16 a 19 de maio deste ano. Inspirado no Ano do Laicato, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as reflexões apresentarão Maria como modelo para a Igreja e “primeira leiga cristã”.
As palestras serão conduzidas por teólogos experientes, bispos, sacerdotes, religiosas e leigos e leigas, contando também com a presença do arcebispo de Salvador, primaz do Brasil e vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger e o secretário do dicastério para os Leigos, a Família e a Vida de Roma e representante oficial do papa Francisco, padre Alexandre Awi Mello.
O Congresso acontecerá no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no complexo Santuário. As inscrições já podem ser feitas no site a12.com/academia ou pessoalmente na Academia Marial de Aparecida, até o dia 6 de maio. Toda a programação do XII Congresso Mariológico e o processo de inscrição está disponível na página do evento (clique aqui). Outras informações no e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou pelo telefone (12) 3104-1549.
Com informações do portal A12.com Fonte: http://cnbb.net.br
TERÇA-FERIA 30: HOMILIA DO PAPA: Pastores não sejam rígidos, mas ternos e próximos
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O Papa pediu para rezarmos hoje pelos nossos pastores, para que Deus dê a eles a graça de caminhar com o povo com ternura e proximidade.
Cidade do Vaticano
As atitudes do verdadeiro pastor são aquelas com as quais Jesus acompanhou o Seu povo: proximidade e ternura concretas, não rigidez nem julgamento. Esta foi a reflexão feita pelo Papa na homilia da Missa celebrada na manhã de terça-feira (30/01/2018) na capela da Casa Santa Marta.
As páginas do Evangelho de Marcos narram dois episódios de cura a serem mais contemplados do que refletidos, disse o Papa, porque indicam “como era um dia na vida de Jesus”, modelo de como deveria ser também a vida dos pastores, bispos ou sacerdotes.
Caminhar, estar no meio do povo, ocupar-se dele
O Apóstolo descreve Jesus mais uma vez circundado por uma multidão, "a multidão de pessoas que o seguia”, ao longo do caminho ou às margens do mar e com as quais Jesus se preocupava: foi assim que Deus prometeu acompanhar o Seu povo, destacou Francisco, estando no meio dele:
Jesus não abre um escritório de aconselhamento espiritual com um cartaz 'O profeta recebe segunda, quarta e sexta das 3 às 6. A entrada custa tanto ou, se quiserem, podem deixar uma oferta'. Não. Jesus não faz assim. Jesus tampouco abriu um consultório médico com o cartaz ‘Os doentes devem vir tal dia, tal dia, tal dia e serão curados’. Jesus se joga no meio do povo.
E “esta é a figura de pastor que Jesus nos dá”, observou Francisco, citando um sacerdote “santo que acompanhava assim o seu povo” e que, à noite, por este motivo, estava “cansado”, mas de um “cansaço real, não ideal”, “de quem trabalha” e está no meio das pessoas.
Ir ao encontro das dificuldades com ternura
Mas o Evangelho de hoje ensina também que Jesus é "comprido" entre a multidão e "tocado". Por cinco vezes este verbo aparece na narração de Marcos, notou o Papa, destacando que também hoje o povo faz assim durante as visitas pastorais, o faz para “pegar a graça” e o pastor sente isto.
E Jesus jamais se retrai, pelo contrário, “paga”, inclusive com a “vergonha” e a “zombaria”, “por fazer o bem”. São estas as “rmarcas do modo de agir de Jesus” e, portanto, as “atitudes do verdadeiro pastor”:
“O pastor é ungido com óleo no dia de sua ordenação: sacerdotal e episcopal. Mas o verdadeiro óleo, aquele interior, é o óleo da proximidade e da ternura. O pastor que não sabe se fazer próximo, falta a ele alguma coisa: talvez seja o dono do campo, mas não é um pastor. Um pastor ao qual falta a ternura, será um rígido, que bate nas ovelhas. Proximidade e ternura: vemos isso aqui. Assim era Jesus”.
Proximidade e ternura dos pastores: uma graça a ser pedida ao Senhor
Como Jesus, também o pastor – acrescenta ainda Francisco – “termina o seu dia cansado”, cansado de “fazer o bem”, e se o seu comportamento for este, o povo sentirá a presença viva de Deus.
Disto, eleva-se a oração de hoje de Francisco:
“Hoje poderemos rezar na Missa pelos nossos pastores, para que o Senhor dê a eles esta graça de caminhar com o povo, estar presente em meio ao povo com tanta ternura, com tanta proximidade. E quando o povo encontra o seu pastor, tem aquele sentimento especial que somente se pode sentir na presença de Deus – e assim termina a passagem do Evangelho – “E todos ficaram admirados”. A admiração de sentir a proximidade e a ternura de Deus no pastor”. Fonte: http://www.vaticannews.va
Laudo da perícia deve apontar se padre foi envenenado com chumbinho em MG
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Padre Paulo de Oliveira Nogueira Costa, o Paulinho da Canção Nova, visitava a mãe em Ouro Fino.
O laudo da perícia da Polícia Civil deve apontar em até 30 dias se o padre Paulo de Oliveira Nogueira Costa, o Paulinho da Canção Nova, de 41 anos, e a mãe Adelaide Nogueira, de 81 anos, foram envenenados com chumbinho, que é um tipo de veneno para ratos. Os dois foram internados após no sábado (27) após ingerirem carne comprada em um açougue de Ouro Fino (MG), e um inquérito foi aberto para investigar o caso.
Paulinho da Canção Nova visitava a mãe no distrito de Crizólia, quando os dois passaram mal após o almoço de sábado. Eles foram atendidos no Hospital de Ouro Fino, mas o padre precisou ser transferido para um hospital de Pouso Alegre (MG).
Um irmão do padre, que não quis dar entrevista, disse à equipe de reportagem da EPTV Sul de Minas, afiliada da Rede Globo, que foram encontradas bolinhas identificadas como chumbinho na carne do almoço. Ainda no hospital, a mãe deles contou o que aconteceu.
“A gente ia almoçar e eu senti mal no momento. Aí eu fui para o quarto, o padre me levou, e eu já comecei a vomitar, a sentir mal. Mas aí a menina minha falou: ‘Mãe, o padre também está ruim, está ruim aqui, está vomitando”.
Paulinho está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Ele chegou ao hospital desacordado e apresentando arritmia cardíaca. Apesar da gravidade do caso, os médicos dizem que ele não corre risco de morrer.
O padre Roger Luís esteve no hospital e mandou uma mensagem de voz para a família, tranquilizando sobre a situação. “Agora ele já está bem melhor. A gente conversou bastante, riu. Ele está daquele jeitinho dele mesmo, graças a Deus”, disse.
A Polícia Militar informou que três animais da casa morreram. O dono do açougue onde a carne teria sido comprada não quis comentar o caso. A Vigilância Sanitária informou que não foi acionada pela polícia e que não vai vistoriar o local, porque o açougue tem alvará e funciona dentro das normas.
"No último sábado (27/01), o missionário da Comunidade Canção Nova, padre Paulo de Oliveira Costa (pe. Paulinho), 41 anos, e sua mãe, Adelaide Nogueira Costa, 81 anos, sofreram uma intoxicação alimentar por envenenamento. Tudo indica que foi causa acidental, porém a perícia da Polícia Civil está fazendo a devida investigação para esclarecer o ocorrido.
Padre Paulinho estava em visita à família na sua cidade natal, Ouro Fino (MG), no Distrito de Crisólia, e, no próximo mês, fevereiro, irá em missão para Portugal. O sacerdote e sua mãe ainda estão hospitalizados e fora de perigo". Fonte: https://g1.globo.com
SEGUNDA-FEIRA 29: Homilia do Papa: Não existe uma verdadeira humildade sem humilhação
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O Papa Francisco inspirou sua reflexão no Rei Davi, “um grande”, tinha uma “alma nobre”, mas era também um pecador, tinha “pecados grandes”.
Cidade do Vaticano (29/01/2018)
“Não existe uma verdadeira humildade sem humilhação” . Foi o que disse em síntese o Papa Francisco na Missa celebrada na manhã desta segunda-feira na Capela da Casa Santa Marta.
Uma reflexão que parte da figura do Rei Davi, centro da primeira leitura.
Davi de fato, é “um grande”. Havia vencido o filisteu, tinha uma “alma nobre” - porque por duas vezes poderia ter matado Saul e não o fez – mas era também um pecador, tinha “pecados grandes”: “o do adultério e do assassinato de Urias, o marido de Betsabá”, “aquele do censo”.
Mesmo assim – observa Francisco – a Igreja o venera como Santo, “porque deixou-se transformar pelo Senhor, deixou-se perdoar”, arrependeu-se, e por “aquela capacidade não tão fácil de reconhecer ser pecador: “Sou pecador’”. Em particular a Primeira leitura coloca o foco na humilhação de Davi: seu filho Absalão, “faz uma revolução contra ele”.
Naquele momento Davi não pensa “na própria pele”, mas em salvar o povo, o Templo, a Arca. E foge, “um gesto que parece covarde, mas é corajoso”, sublinha o Papa. Chorava, caminhando com a cabeça coberta e pés descalços.
Mas o grande Davi é humilhado, não somente com a derrota e a fuga, mas também com o insulto. Durante a fuga, um homem chamado Semei o insultava dizendo que o Senhor fez recair sobre ele todo o sangue da casa de Saul – “cujo trono usurpastes – e entregando o trono ao filho Absalão: “eis que estás na ruína – afirmava – porque és um homem sanguinário”.
Davi o deixa fazer, não obstante os seus quisessem defendê-lo: “É o Senhor que inspira de insultar-me”, talvez “este insulto comoverá o coração do Senhor e me abençoará”.
Às vezes, nós pensamos que a humildade é ir tranquilos, ir talvez de cabeça baixa olhando para o chão... mas também os porcos caminham de cabeça baixa: isso não é humildade. Esta é aquela humildade falsa, prêt-à-porter, que não salva nem protege o coração. É bom que nós pensemos nisto: não existe verdadeira humildade sem humilhação, e se você não for capaz de tolerar, de carregar nas costas uma humilhação, você não é humilde: faz de conta, mas não é.
Davi carrega nas costas os próprios pecados. “Davi é Santo; Jesus, com a santidade de Deus, é Santo”, afirmou o Papa e acrescentou: “Davi é pecador, Jesus é pecador, mas com o nossos pecados. Mas os dois, humilhados”.
Sempre existe a tentação de lutar contra quem nos calunia, contra quem nos humilha, quem nos faz passar vergonha, como este Semei. E Davi diz: “Não”. O Senhor diz: “Não”. Este não é o caminho. O caminho é o de Jesus, profetizado por Davi: carregar as humilhações. “Talvez o Senhor olhará para a minha aflição e me dará o bem em troca da maldição de hoje”: transformar as humilhações em esperança.
Francisco advertiu, porém, que a humildade não é justificar-se imediatamente diante da ofensa, tentando parecer bom: “Se você não sabe viver uma humilhação, você não é humilde”, afirmou. “Esta é a regra de ouro”.
Peçamos ao Senhor a graça da humildade, mas com humilhações. Havia aquela freira que dizia: “Eu sou humilde, sim, mas humilhada jamais!”. Não, não! Não existe humildade sem humilhação. Peçamos esta graça. E também, se alguém for corajoso, pode pedir – como ensina Santo Inácio – pode pedir ao Senhor que lhe envie humilhações para se parecer sempre mais com o Senhor. Fonte: http://www.vaticannews.va
VAMOS VER O “OUTRO LADO” DO ENCONTRO DAS CEBS? Bispos Socialistas doutrinavam católicos no momento em que Lula era julgado em POA
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Um vídeo estarrecedor, produzido por Bernardo P. Kuster, traz esta importante denúncia, que deveria assustar não só os verdadeiros católicos, mas também à todos aqueles cidadãos brasileiros interessados em evitar que Lula volte ao poder e o nosso país se transforme em uma nova Venezuela.
Com faixas em apoio a Lula, "Eleições sem Lula é Fraude", abriu -se o evento 14° Inter Eclesial das Comunidades de Base - Janeiro de 2018, em Londrina PR.
Enquanto os Excelentíssimos Magistrados de Porto Alegre julgavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bispos Socialistas Católicos (60) de todo o Brasil, assessorados por intelectuais fundadores do PT, doutrinavam mais de 3000 delegados interestaduais pertencentes as CEBs. (Comunidade Eclesial de Base).
Frei Beto abriu o evento solicitando 1 minuto de silêncio, em homenagem à Lula, que segundo ele, representa a verdadeira democracia brasileira. Naquele exato momento, o réu mais famoso do mundo, estava sendo julgado em Porto Alegre.
Ideias esdrúxulas, para não dizer criminosas, foram defendidas neste evento, dentre elas podemos citar:
- Liberação do aborto;
- Descriminalização do uso de drogas;
- Inclusão da ideologia de gênero no currículo escolar;
- Adoção do método de ensino Paulo Freire nas Escolas;
- Apoio a um "Referendum popular" para a elaboração de uma nova Constituição Socialista (semelhante ao que foi realizado recentemente na Bolívia);
- Apoio ao ditador sanguinário venezuelano Nicolás Maduro;
- Etc.
O mais estarrecedor desta triste história, agora me dirijo diretamente aos seguidores da fé católica tradicional, são as idéias absurdas defendidas neste evento, que atacaram diretamente os fundamentos da Tradicional Igreja Católica Apostólica Romana. Este ataque ocorreu na presença de altos representantes da Igreja.
Dentre as ideias defendidas podemos citar alguns exemplos:
- "Jesus não veio fundar uma religião ou uma Igreja. Ele veio trazer um novo projeto sócio político." ( Frei Beto: fundador da Teologia da Libertação );
- "A multiplicação dos pães, palavra equivocada, porque não houve multiplicação, houve sim partilha. É o Fome Zero de Jesus." (Frei Beto).
O anfitrião desta festa não poderia deixar de ser citado, o novo e polêmico Bispo socialista de Londrina - PR, Dom Geremias Steinmetz, que em seu currículo trás:
- Organizador do grito dos excluídos e da semana LGBT;
- Recusou a dar a hóstia consagrada à fiéis ajoelhados, por considerar uma postura de extrema submissão e abuso de poder;
- Acusado de perseguir dentro da Igreja Católica padres tradicionais que defendem os verdadeiros valores da Igreja (ex. Padre Paulo Ricardo);
- Transferência arbitrária de padres antigos de suas paróquias, para paróquias diferentes (ex. a polêmica transferência do Monsenhor Gafá que há 30 anos pregava na Catedral para uma pequena Igreja no centro de Londrina);
- Foi antigo assistente de Frei Beto, criador da Teologia da Libertação e amigo pessoal de Lula.
Para finalizar, é importante citar a composição técnica dos organizadores deste encontro:
Como podemos verificar, a esquerda brasileira se assemelha a uma Medusa com suas várias cabeças, não bastando atingir uma única "jararaca velha e decrépita" para anularmos o perigo que representam para a nossa combalida democracia.
Escondidos por trás de um discurso falacioso de humildade, generosidade e igualdade, tentam, à todo custo, iludir e aliciar os inocentes fiéis católicos para a divulgação e disseminação da ideologia comunista.
Querem transformar os fiéis católicos em ativistas políticos revolucionários.
Segundo o entendimento de Frei Beto, o católico não deve ficar dentro da Igreja apenas rezando, devendo sim, participar ativamente da luta política de nosso país. Para ele, profissionais liberais, fazendeiros e empresários, defensores do neoliberalismo econômico, são uma ameaça as conquistas sociais adquiridas nos governos do PT.
Precisamos denunciar a utilização política e ideológica da Igreja Católica pelos partidos socialistas, com o intuito de disseminar a ideologia socialista não só no Brasil, como também em toda a América Latina. Fonte: www.jornaldacidadeonline.com.br
DOMINGO 28: Papa no Angelus: Jesus Mestre poderoso em palavras e obras
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"Jesus ensina como uma pessoa que tem autoridade, revelando-se o Enviado de Deus", disse Francisco.
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, neste domingo (28/01), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
O Pontífice explicou que o Evangelho deste domingo faz parte da mais ampla narração indicada como o “dia de Cafarnaum”. No centro dessa passagem está o exorcismo, através do qual Jesus é apresentado como profeta poderoso em palavras e obras.
Jesus entra na sinagoga de Cafarnaum no dia de sábado e começa a ensinar. “As pessoas ficam admiradas com as suas palavras, pois não são palavras comuns, não parecem com aquelas que geralmente escutam.”
“Os escribas ensinam, mas sem ter uma própria credibilidade. E Jesus ensina com autoridade. ”
"Jesus ensina como uma pessoa que tem autoridade, revelando-se o Enviado de Deus, e não um homem simples que deve fundar seu próprio ensinamento somente nas tradições precedentes. Jesus tem credibilidade plena. A sua doutrina é nova e o Evangelho diz que as pessoas comentavam: «Um ensinamento novo, dado com autoridade».”
"Ao mesmo tempo, Jesus revela-se poderoso também nas obras. Na sinagoga de Cafarnaum há um homem possuído por um espírito mau que se manifesta gritando estas palavras: «Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o santo de Deus».
“ O diabo diz a verdade: Jesus veio para destruir o diabo, para destruir o demônio, para vencê-lo. ”
“Este espírito imundo conhece a potência de Jesus e proclama a sua santidade. Jesus o repreende, dizendo-lhe: «Cala-te e sai dele!» Essas poucas palavras de Jesus são suficientes para obter a vitória sobre satanás, que sai daquele homem sacudindo-o e dando um grande frito, segundo o Evangelho.”
Segundo o Papa, “esse fato impressiona muito as pessoas presentes. Todos estão cheios de temor e se perguntam: «O que é isso? Ele manda até mesmo nos espíritos maus e eles obedecem!»
A força de Jesus confirma a credibilidade de seu ensinamento. Ele não pronuncia somente palavras, mas age. “ Assim, se manifesta o projeto de Deus com palavras e com a força das obras. ”
No Evangelho, vemos que Jesus, em sua missão terrena, revela o amor de Deus seja com a pregação seja com os vários gestos de atenção e socorro aos doentes, necessitados, crianças e pecadores.”
“Jesus é o nosso Mestre, poderoso em palavras e obras. Jesus nos comunica a luz que ilumina as estradas, até mesmo escuras, de nossa existência.
Ele nos comunica também a força necessária para superar as dificuldades, as provações e as tentações. Pensemos: que grande graça é para nós ter conhecido esse Deus tão poderoso e bom!"
“ Um mestre e um amigo que nos indica o caminho e cuida de nós, especialmente quando precisamos. ”
“Que a Virgem Maria, mulher da escuta, nos ajude a fazer silêncio ao nosso redor e dentro de nós para ouvir, no barulho das mensagens do mundo, a palavra mais crível que existe: a de seu Filho Jesus que anuncia o sentido de nossa existência e nos liberta de toda escravidão, inclusive a do maligno.” Fonte: http://www.vaticannews.va
4º DOMINGO DO TEMPO COMUM: Ensinava com autoridade e não como os escribas
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No Deuteronômio, Moisés anuncia que Deus fará surgir do meio do povo um profeta semelhante a ele. Esse profeta comunicará o que Deus mandar. Deus vai pedir contas a quem não quiser ouvir as palavras que o profeta dirá em seu nome. Ao longo dos anos, o povo de Israel esperou por esse profeta. Pensou que fosse Jeremias, até que o evangelista São João mostrou que o profeta prometido é Jesus. No Quarto Evangelho, os enviados dos fariseus perguntam a João Batista se ele é o profeta. Não um profeta, mas o profeta. João diz que não (Jo 1,21). Depois da multiplicação dos pães, o povo exclama: “Esse é verdadeiramente o profeta que deve vir ao mundo” (Jo 6,14). O profeta fala com a autoridade do Pai.
No Evangelho, Jesus ensina com autoridade. O texto começa dizendo que Ele “ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas”, e termina com o povo perguntando e respondendo: “O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade”. Entre as duas afirmações sobre a autoridade da palavra de Jesus acontece a expulsão de um demônio.
Marcos e Lucas (4, 33-37) relatam a expulsão do demônio na sinagoga da Cafarnaum e somente Marcos compara a autoridade de Jesus com a dos escribas. Mateus dirá que Jesus “ensinava com autoridade e não como os seus escribas” no fim do Sermão da Montanha (7,29). Marcos faz a afirmação na cena da expulsão do demônio, que reage, e pergunta, gritando: “Vieste para nos destruir?” O demônio se sente ameaçado porque Jesus mandou que se calasse e saísse do pobre possesso. E os escribas também se sentem ameaçados pelo ensinamento de Jesus feito com autoridade. Se prestarmos atenção, o texto de Marcos identifica os escribas com o demônio. A situação desumana em que se encontra o possesso é consequência do ensinamento dado pelos escribas. O possesso dificilmente pode conviver com outros seres humanos. Para São Marcos, Jesus veio ao nosso mundo enfrentar o poder demoníaco que diminui o ser humano. O demônio não precisa entrar em alguém nem agir diretamente. Ele tem “agentes” próprios, como os escribas. No Apocalipse, o demônio age por meio do imperador de Roma e por meio do falso cristão, que tem aparência de cordeiro e voz de dragão (Ap 13). Nesta primeira cena de Marcos, Jesus enfrenta a ação demoníaca no meio de Israel: era sábado, na sinagoga, numa aldeia judaica. Depois, enfrentará o demônio romano. Jesus veio nos devolver a dignidade que o demônio nos fez perder no paraíso.
A segunda leitura, sem desmerecer a consagração matrimonial, mostra o valor do celibato consagrado.
Fonte: http://www.osaopaulo.org.br
4º domingo do tempo comum - Um ensinamento novo, dado com autoridade
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O povo simples sabe distinguir os dois tipos de ensinamentos e admira e reconhece o ensinamento de Jesus. Ele “ensina como quem tem autoridade”! Essa autoridade de Jesus brota da coerência entre o que ele vive e crê com o que ele faz. Sua vida e gestos corroboram suas palavras. Não são palavras ocas o que ele fala. Seus ensinamentos são corroborados com suas ações. Ali está o segredo da autoridade de Jesus e do encantamento verdadeiro que sua pessoa produz.
A reflexão é de Maria Cristina Giani, religiosa da Congregação Missionárias de Cristo Ressuscitado, MCR, da qual atualmente é a Coordenadora Geral. Ela possui graduação em teologia pela Universidade La Salle - Unilasalle (2006) e especialização em espiritualidade pela Università Pontifícia Salesiana - UPS (2000). Atualmente atua em pastorais sociais com mulheres em situação de vulnerabilidade social e como orientadora de retiros.
Referências Bíblicas
1ª Leitura – Deut 18,15-20
Salmo 94 (95)
2ª Leitura – 1 Cor 7, 32-35
Evangelho – Mc 1, 21-28
Neste quarto Domingo do Tempo Comum o Evangelho do dia nos apresenta a Jesus na sinagoga de Cafarnaum.
Primeiro quero partilhar alguns dados que nos ajudem a situar-nos no texto.
Cafarnaum era uma aldeia de pescadores, que se estendia pela margem do lago de Galileia. Poderíamos dizer que é um povoado importante, se comparado com Nazaréou Naim, com boa comunicação tanto com o resto da Galileia como com os territórios vizinhos. Talvez por isso Jesus a tinha escolhido como lugar estratégico para desenvolver sua missão itinerante.
A sinagoga era o espaço onde se reuniam os vizinhos, sobretudo aos sábados. Ali rezavam, cantavam salmos, discutiam problemas do povoado ou se informavam dos acontecimentos mais importantes da vizinhança. No sábado liam e comentavam as Escrituras, e oravam a Deus pedindo a libertação do seu povo. Era, sem dúvida, um bom contexto para dar a conhecer a boa notícia do Reino de Deus.
Marcos nos situa hoje com Jesus e um grupo de pescadores e camponeses. Deveria estar também algum levita ou doutor da lei por perto, na sinagoga de Cafarnaum, no dia sábado.
E Jesus “começou a ensinar”. O texto não narra o quê Jesus ensina. Só diz que “as pessoas ficavam admiradas com seus ensinamentos porque Ele ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei”.
Os ensinamentos de Jesus brotam da experiência de Deus que ele vive. Não são um conjunto de normas ou leis a cumprir, senão a partilha de um jeito de viver movido pelo Espírito de Deus, que liberta e da vida.
Semanas atrás celebramos o batismo de Jesus no rio Jordão, uma narração presente nos quatro evangelhos pela importância de esse acontecimento na vida de Jesus: “Tu es meu Filho amado, em ti encontro meu agrado” (Mc 1,11). Sem dúvida desde pequeno Jesus terá vivido o amor de Deus através do amor e ensinamentos de Maria e de José. Mas a ida ao deserto para viver com João Batista e sua descida junto com tantos homens e mulheres necessitados, ao rio Jordão, o preparam para viver e perceber quanto Deus o ama e n’Ele quão grande e terno é o amor de Deus por todas as criaturas.
Esse amor de Deus é o que Jesus revela e partilha em seus ensinamentos, um amor que tem predileção pelos pequenos, que não faz exceção de pessoas, que liberta os oprimidos, consola aos tristes e que devolve a esperança de viver. Isso foi o que Jesus falou em outra sinagoga, segundo o Evangelho de Lucas, revelando, assim, o rosto de Deus compassivo, que não é indiferente ao sofrimento de suas criaturas. Sua compaixão o levou a se fazer um de nós para caminhar conosco abrindo caminhos de vida e liberdade.
Escutar estas palavras de Jesus é um balsamo de ternura e esperança para o coração deste povo sofrido e oprimido tanto tempo por diferentes impérios. Nada tem a ver com os ensinamentos dos escribas ou mestres da lei, que segundo as mesmas palavras de Jesus só sabem colocar “fardos pesados” nas costas das pessoas, e fazem a vida da pessoa escrava de lei de Deus. Com certeza esse não é o Deus de Jesus!
O povo simples sabe distinguir os dois tipos de ensinamentos e admira e reconhece o ensinamento de Jesus. Ele “ensina como quem tem autoridade”! Essa autoridade de Jesus brota da coerência entre o que ele vive e crê com o que ele faz. Sua vida e gestos corroboram suas palavras. Não são palavras ocas o que ele fala. Seus ensinamentos são corroborados com suas ações. Ali está o segredo da autoridade de Jesus e do encantamento verdadeiro que sua pessoa produz.
Isto é o que acontece naquele sábado: se escuta no meio das pessoas que o estão ouvindo-O o grito de uma pessoa que o evangelho descreve como possuída por um espírito mau. Que seria esse “espírito mau”? Geralmente essa terminologia na Bíblia se emprega para pessoas com diferentes tipos de doenças, desconhecidas para a época.
Hoje podemos colocar nomes e rostos de pessoas escravas por diferentes situações: meninas e mulheres “traficadas”, famílias inteiras fugindo de suas casas, povos dizimados, jovens desorientados.... E podemos também nos colocar, cada um, cada uma de nós no lugar dessa pessoa atormentada.
É interessante que este homem disse saber quem é Jesus - “Eu sei quem tu és: tu és o santo de Deus” - e que veio para destruí-lo! Que equivocado está! Nada mais oposto à ação de Jesus, que a destruição da vida das pessoas. A compaixão de Deus que configura o ser e agir de Jesus gera vida, liberta a vida, cuida a vida!
Este homem atormentado revela nas suas palavras umas das escravidões mais profundas que podemos carregar: a de uma falsa imagem de Deus, um Deus que destrói, que mata, que fere, que divide não é o Deus de Jesus de Nazaré, nem dos grandes profetas! Por isso a reação de Jesus é imediata e forte: “Cala-se e sai dele”!
Ao longo da história se fiz e se continua fazendo barbáries em nome de Deus, se tem julgado, estigmatizado, excluído e matado pessoas e povos inteiros em nome de Deus! Quanta hipocrisia!
Precisamos perguntar-nos: qual é a imagem de Deus que temos porque, com certeza, ela orienta sentimentos, afetos, opções e ações.
O Papa Francisco não se cansa de repetir que Deus é Misericórdia e nos convida a ser misericordiosos como nosso Deus Pai-Mãe é misericordioso, para assim construir uma cultura de misericórdia que abrace toda a humanidade, toda a criação.
De que maneira? Como fazê-lo? Como o Espírito de Jesus nos inspira, somos convocados a ser na nossa família, na nossa sociedade, no nosso país “artesãos” de misericórdia.
E termino fazendo oração algumas palavras do Mensagem do Papa pelo dia mundial dos pobres:
Benditas as mãos que se abrem para acolher os pobres e socorrê-los: são mãos que levam esperança.
Benditas as mãos que superam toda a barreira de cultura, religião e nacionalidade, derramando óleo de consolação nas chagas da humanidade.
Benditas as mãos que se abrem sem pedir nada em troca, sem «se» nem «mas», nem «talvez»: são mãos que fazem descer sobre os irmãos a bênção de Deus.
Como Jesus, que nossa vida, gestos e palavras seja benção do Deus da Misericórdia e compaixão para toda a humanidade.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
“O Intereclesial mostra a atualidade e a vitalidade das CEBs na vida da Igreja”, afirma presidente da CNBB
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Presente nesta 14ª edição do Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, quis prestigiar de perto o testemunho dos agentes eclesiais reunidos em Londrina (PR) até o próximo dia 27. Em entrevista, dom Sergio destaca a contribuição das CEBs na vida da Igreja, especialmente sua própria estrutura como “grande resposta” pastoral para os desafios urbanos.
Delegados de todo o país estão nesta semana no 14º Encontro Intereclesial das CEBs. O que representa este evento para a Igreja no Brasil?
Três palavras podem resumir a especial importância do Intereclesial para as CEBs e para toda a Igreja no Brasil: esperança, comunhão e missão. O Intereclesial é sinal de esperança, promove a comunhão eclesial e anima a missão. O testemunho das CEBs, dentre outros aspectos, contribui muito para valorizar mais a vida comunitária, a participação efetiva dos cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, e a relação entre fé e vida, com especial atenção para os graves problemas sociais que trazem tanto sofrimento para o nosso povo. Estes são aspectos fundamentais da vida e da missão da Igreja que não podem ser descuidados; ao contrário, necessitam ser revalorizados e propostos para o conjunto da Igreja e não somente para as CEBs.
As Comunidades Eclesiais de Base querem a partir do estudo dos desafios do mundo urbano ter um novo olhar sobre a evangelização. O que este debate pode oferecer para as ações evangelizadoras que já acontecem no Brasil?
Os frutos do 14º Interceclesial com certeza serão muitos, sobretudo ajudando a pensar melhor a presença e a missão da Igreja na cidade, nos centros urbanos e periferias. O Intereclesial está mostrando a importância de buscar juntos as respostas pastorais para os desafios urbanos. A própria “comunidade eclesial de base” já é grande resposta, enquanto espaço de vivência da fé e da fraternidade. A valorização da dimensão comunitária da fé, com a formação de pequenas comunidades, está justamente entre as urgências da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, propostas pelas atuais Diretrizes da CNBB. Nas paróquias, necessitamos criar ou dinamizar os espaços de participação e comunhão, especialmente neste Ano do Laicato, formando comunidades.
Como o senhor avalia a presença da CEBs hoje na Igreja e sua contribuição na evangelização frente ao crescimento de outros “carismas” pouco sensíveis à realidade do mundo?
O Intereclesial mostra a atualidade e a vitalidade das CEBs na vida da Igreja. Nas diversas regiões do Brasil, elas continuam a contribuir muito para que os cristãos sejam “sal da terra” e “luz do mundo”, evangelizando pelo testemunho de vida comunitária e pela presença nos diversos ambientes urbanos, especialmente entre os mais pobres. As dimensões comunitária e social da fé não se restringem às CEBs; fazem parte da natureza mesma da fé cristã e do anúncio do Evangelho. A fé não pode ficar restrita ao interior dos templos, nem privatizada no coração. A “Igreja em saída”, tão enfatizada pelo Papa Francisco, não está voltada para si mesma; quer contribuir para a superação das situações de exclusão e violência. A escuta do clamor dos pobres e sofredores, na liturgia e na ação pastoral, testemunhada pelas CEBs, interpela o conjunto das pastorais e movimentos, sendo dom e tarefa para todos. Fonte: http://cnbb.net.br
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