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Congresso da Ordem Terceira do Carmo em Aparecida/SP- de 3-4 de agosto. No vídeo, testemunhos dos novos Sodalícios de Saquarema/RJ e Campo Limpo/SP. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 8 de agosto-2019.
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Frei Carlos Mesters, O. Carm.
(Meditação pessoal ou comunitária, por Frei Petrônio de Miranda, O. Carm)
Como irmãos e irmãs da mesma família somos todos iguais, e formamos juntos a Família Carmelitana: homens e mulheres, casados e solteiros, jovens e idosos, frades e freiras, religiosos e religiosas, monges e monjas, sacerdotes e leigos.
A própria Regra de Santo Alberto nos inclui todos e todas, quando diz no prólogo “Muitas vezes e de muitas maneiras os Santos Padres estabeleceram como cada um, qualquer que seja o estado de vida a que pertença ou qualquer que seja o modo de vida religiosa que tenha escolhido, deve viver em obséquio de Jesus Cristo e servi-lo fielmente com coração puro e consciência serena” Todos temos em comum a mesma vontade de viver a fraternidade em obséquio de Jesus Cristo e “servi-lo fielmente com coração puro e consciência serena”.
O Símbolo do Escudo que nos define
O Escudo do Carmo simboliza nossa pertença à Família Carmelitana. É a nossa carteira de identidade espiritual, o distintivo visível que carregamos na roupa. O Escudo traz as três estrelas-guia do Carmelo: Elias, Maria e Eliseu.
As palavras ao redor expressam nossa maneira carmelitana de viver “a fraternidade em obséquio de Jesus Cristo”: oração, fraternidade, missão profética. Quando oração e fraternidade se unem, nasce a ternura. Quando fraternidade e missão profética se unem, elas geram a solidariedade. Quando missão profética e oração se unem, a pessoa lutará pela justiça. Na origem de tudo: a contemplação, a mística.
A estrela do Profeta Elias:
“Vivo é o Senhor, em cuja presença estou!” (1Rs 17,1). A frase de Elias: “O zelo por Javé dos Exércitos me consome”, indica o ardor com que ele se engajava pela causa de Deus.
A estrela de Maria, a Mãe de Jesus:
“Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38). As doze estrelas que envolvem a mulher do Apocalipse (Apoc 12,1), trazem à memória tudo que Maria fez para encarnar a Palavra de Deus em sua vida.
A estrela do profeta Eliseu:
“Eliseu levantou-se, seguiu Elias, e se colocou a seu serviço” (2Reis 19,21). O seu pedido para ter uma dupla porção do espírito de Elias revela a consciência que tinha de ser o sucessor do profeta (2Rs 2,9). As três estrelas indicam como devemos viver a fraternidade em obséquio de Jesus Cristo. Que é o tema deste nosso Congresso da Ordem Terceira do Carmo.
Para Meditação pessoal ou comunitária.
1-Na Ordem Terceira do Carmo- E na Espiritualidade Carmelitana- a Fraternidade não é apenas uma oração, um rito ou uma leitura espiritual, mas o nosso objetivo de vida. O que fazemos para colocar em prática este ideal?
2-O Escudo da Ordem do Carmo- Nossa Senhora, Elias e Eliseu- simbolizam a riqueza espiritual fraterna da nossa caminhada. O que podemos destacar destas três personagens bíblicas?
3-Fraternidade é diálogo, respeito, ajuda mútua, correção fraterna, amor, perdão e festa. O nosso sodalício preza por estes valores?
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Congresso da OTC em Aparecida/SP. 3-4 de agosto-2019.
Frei Carlos Mesters, O. Carm.
(Meditação pessoal ou comunitária por Frei Petrônio de Miranda, O. Carm)
A Regra do Carmo surgiu como proposta de vida naquele grupo de peregrinos que viviam no Monte Carmelo. Eles pediram ao Alberto para que, em nome da Igreja, confirmasse a proposta deles. A forma de vida que eles adotaram, desde o começo, era o novo tipo de Vida Religiosa que estava surgindo na Europa e que se chamava Movimento Mendicante.
A novidade da vida mendicante era a insistência na fraternidade como revelação da Boa Nova do amor de Deus para os pobres, os “menores”. A fraternidade mendicante era a fraternidade dos “menores”, do povo pobre que necessitava criar entre si laços de solidariedade para poder sobreviver nas cidades. Ser mendicante significava optar para viver numa fraternidade pobre, de “menores”. Eles eram chamados frades menores.
Esta raiz mendicante da nossa fraternidade carmelitana não pode ser esquecida, pois ela é a característica básica que afeta a nossa vida desde a sua origem e é uma dimensão muito atual para nós na América Latina, onde os “menores”, os pobres, são a grande maioria. Enumeramos aqui cinco características da fraternidade mendicante na Regra do Carmo, com quatro perguntas para nós da Ordem Terceira do Carmo,
A função do prior e o exercício da autoridade (Rc 4).
A primeira coisa que a Regra estabelece é ter um prior e não um abade. Os grandes mosteiros tinham como superior um abade, eleito ou nomeado para a vida inteira. Os mendicantes não tinham abade, mas sim um prior, eleito para três anos pelos próprios confrades. Depois dos três anos, o prior voltava a ser frade. Conforme a Regra, o prior deve exercer a sua autoridade em conjunto com os outros frades, na escolha do lugar (Rc 5), na indicação da cela (Rc 6). Devia envolver a todos e criar neles um senso de corresponsabilidade e de participação. Prevalecia a fraternidade sobre a hierarquia.
Meditação pessoal ou comunitária
1-Temos a liberdade de conversar com o prior sobre os diferentes desafios e problemas da nossa fraternidade ou temos medo?
2-Ser prior é missão passageira. Somos chamados a ser carmelitas ou ser prior? Qual a diferença?
3-Faço os votos perpétuos para servir ou para mandar no sodalício?
A dimensão comunitária e o contato entre os sodalícios (Rc 8).
Na Regra, os Carmelitas aparecem como eremitas que vivem em comunidade. Naquela época havia muitos eremitas itinerantes. Eles não viviam em comunidade. Tinham um compromisso com um monge “diretor espiritual”. Depois de um tempo de convivência com um monge, procuravam outro monge diretor em outro lugar. Os carmelitas mendicantes tinham compromisso não com um monge, mas com a comunidade e com o ideal expresso na Regra. Para impedir o retorno ao modo de viver dos eremitas itinerantes sem vida comunitária, onde cada um buscava seu próprio diretor lugar ou diretor espiritual, a Regra estabelece: Não é permitido a nenhum irmão, a não ser com licença do prior em exercício, mudar-se de lugar de moradia que lhe foi indicado ou trocá-lo com outro. Os primeiros carmelitas renunciavam à itinerância dos eremitas que viviam em busca de um guia espiritual. Eles eram eremitas que viviam em comunidade e submetiam sua vida às normas da comunidade. O mesmo vale para a cela do prior na entrada. Tanto os novos candidatos como os visitantes e peregrinos que vêm ao lugar, todos são acolhidos e orientados pelo prior que representa a comunidade.
Meditação pessoal ou comunitária
1-Somos da Ordem Terceira do Carmo que preza e vive a espiritualidade carmelitana FRATERNA. Somos um grupo de amigos, um clube ou Carmelitas?
2-No Monte Carmelo os primeiros monges viviam em COMUNIDADE. O Carmelo é COMUNIDADE! Sinto esta harmonia no Sodalício ou estamos longes desse sonho carmelitano?
3- Como é possível expressar a fraternidade real em nosso Sodalício?
Ter tudo em comum para que ninguém passe necessidade (Rc 12)
A comunhão de bens era um ponto característico das fraternidades mendicantes. A preocupação, para que tudo seja distribuída de acordo com as necessidades de cada um, é uma expressão desta fraternidade.
Meditação pessoal ou comunitária
1- Temos a preocupação com as necessidades dos nossos irmãos e irmãs do Sodalício?
2- Os bens da Ordem Terceira ou doações- moveis e imóveis- nos une ou nos separa da fraternidade e espiritualidade carmelitana?
3- Somos IRMÃOS! Em outras palavras, TEMOS TUDO EM COMUM. Sabemos dos reais gastos e ganhos do Sodalício ou isso é apenas coisa do Prior e seu conselho?
Todos são responsáveis pelo todo e pelo bem-estar de cada um (Rc 15)
A reunião semanal ou Capítulo era uma expressão típica, própria das fraternidades mendicantes. Nela se tratava de três coisas fundamentais para a vida comunitária: do bem comum do conjunto, do bem-estar de cada um e da correção fraterna, feita com caridade. O capítulo local semanal era o lugar da partilha e da direção espiritual.
Meditação pessoal ou comunitária
1-Enfrentamos os problemas do Sodalício ou “empurramos para baixo do tapete?
2-O nosso encontro mensal é motivo de alegria- encontro de família -ou de acusações?
3- Nos sentimos bem no Sodalício ou somos obrigados a fazer parte dos momentos de formação e confraternização?
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Mensagem do Padre Geral da Ordem do Carmo, Frei Fernando Millán Romeral, O. Carm, para o Congresso da Ordem Terceira do Carmo em Aparecida, São Paulo. 3-4 de agosto-2019. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 31 de julho-2019.
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Imagens da Ordenação Presbiteral do Frei João Paulo, O. Carm na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, no Carmo Sion, em Belo Horizonte- MG. 26 de julho-2019. Câmera: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
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Imagens da Ordenação Presbiteral do Frei João Paulo, O. Carm na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, no Carmo Sion, em Belo Horizonte- MG. 26 de julho-2019. Câmera: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.
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CONGRESSO DA ORDEM TERCEIRA DO CARMO. 03 E 04 DE AGOSTO DE 2019. Aparecida do Norte –SP
Frei Carlos Mesters, O. Carm
INTRODUÇÃO
A fraternidade em obséquio de Jesus Cristo
O Escudo que nos define
1ª PARTE: O tema do nosso encontro
Viver em obséquio de Jesus Cristo
2ª PARTE: Quem é Jesus para nós?
Os Títulos de Jesus
3ª PARTE: A raiz dos títulos de Jesus
Deus é Abba, Pai, Papai
4ª PARTE: A fraternidade em obséquio de Jesus Cristo
A fraternidade dos primeiros cristãos
5ª PARTE: A fraternidade no Carmelo
A fraternidade dos primeiros Carmelitas
6ª PARTE: A leitura da Bíblia na Regra do Carmo
Como ler a Bíblia hoje no Brasil
7ª PARTE: O silêncio na Regra do Carmo
Como guardar o silêncio no meio do barulho
8ª PARTE: Elias chamou Eliseu, Maria criou Jesus
Nós somos Eliseu, Maria forma Jesus em nós
9ª PARTE: Sete perguntas para nós Carmelitas do Brasil
1º Apêndice: Os nomes e títulos de Jesus
2º Apêndice: Flashes da história do Carmelo no Brasil de 1950 a 2010
3º Apêndice: O Texto da Regra do Carmo
4º Apêndice: Nove símbolos do Carmelo e da sua espiritualidade
O ESCUDO DO CARMO
que nos define como família.
“Vocês que temem o Senhor!
Confiem nele sempre!
Ele é o seu auxílio,
o seu Escudo
Sl 115,11
O Escudo do Carmo simboliza nossa pertença à Família Carmelitana. É a nossa carteira de identidade espiritual, o distintivo visível que carregamos na roupa. O Escudo traz as três estrelas-guia do Carmelo: Elias, Maria e Eliseu. As palavras ao redor expressam nossa maneira carmelitana de viver “a fraternidade em obséquio de Jesus Cristo”: oração, fraternidade, missão profética. Quando oração e fraternidade se unem, nasce a ternura. Quando fraternidade e missão profética se unem, elas geram a solidariedade. Quando missão profética e oração se unem, a pessoa lutará pela justiça. Na origem de tudo: a contemplação, a mística.
A estrela do Profeta Elias: “Vivo é o Senhor, em cuja presença estou!” (1Rs 17,1). A frase de Elias: “O zelo por Javé dos Exércitos me consome”, indica o ardor com que ele se engajava pela causa de Deus.
A estrela de Maria, a Mãe de Jesus: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38). As doze estrelas que envolvem a mulher do Apocalipse (Apoc 12,1), trazem à memória tudo que Maria fez para encarnar a Palavra de Deus em sua vida.
A estrela do profeta Eliseu: “Eliseu levantou-se, seguiu Elias, e se colocou a seu serviço” (2Reis 19,21). O seu pedido para ter uma dupla porção do espírito de Elias revela a consciência que tinha de ser o sucessor do profeta (2Rs 2,9).
As três estrelas indicam como devemos viver a fraternidade em obséquio de Jesus Cristo. Que é o tema deste nosso Congresso da Ordem Terceira do Carmo.
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Missa em memória do Beato Carmelita, Frei Tito Brandsma, Jornalista, Reitor de Universidade, Professor e Mártir da 2ª Guerra Mundial. Igreja do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro.
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Comentário
Nasceu em Bolsward (Holanda) em 1881. Entrou ainda muito novo para o Carmelo onde se ordenou sacerdote em 1905. Doutorou-se em filosofia em Roma e foi professor na Universidade Católica de Nimega, da qual foi nomeado Reitor Magnífico. Antes e durante a ocupação nazista da Holanda, lutou, com fidelidade ao Evangelho, contra a difusão da ideologia nacional-socialista e pela liberdade da escola e da imprensa católicas. Após uma dolorosa via-sacra de prisões, foi parar ao campo de concentração de Dachau, onde morreu assassinado no dia 26 de Julho de 1942, infundindo serenidade e conforto aos outros prisioneiros e sendo amável com os próprios perseguidores. Foi beatificado por João Paulo II no dia 3 de Novembro de 1985.
ANTÍFONA DE ENTRADA
Este é o glorioso mártir, que derramou o seu sangue por Cristo, não temeu as ameaças dos juízes e assim alcançou o reino dos Céus.
ORAÇÃO DA COLETA
Senhor Deus, fonte e origem da vida, que fortalecestes o bem-aventurado Tito com a força do vosso Espírito, para que na crueldade da perseguição e do martírio proclamasse a liberdade da Igreja e a dignidade do homem, concedei-nos, por sua intercessão, que não nos envergonhemos do Evangelho, ao construirmos o vosso reino de justiça e de paz, mas saibamos descobrir em cada acontecimento da vida a vossa presença misericordiosa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém
ORAÇÃO SOBRE DAS OFERTAS
Aceitai, Senhor, os dons que Vos apresentamos, ao celebrar a memória do mártir bem-aventurado Tito e fazei que Vos sejam agradáveis como foi precioso a vossos olhos o sangue do seu martírio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém
ANTÍFONA DA COMUNHÃO (Mt 16, 24)
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A comunhão nos santos mistérios nos dê, Senhor, a fortaleza de alma que tornou o mártir bem-aventurado Tito fiel no vosso serviço e vitorioso no martírio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém
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AO VIVO- BELO HORIZONTE-MG/ 01: Sexta-feira, 26 de julho-2019. Ordenação Presbiteral do Frei João Paulo, O. Carm na Igreja do Carmo, no Sion, Belo Horizonte-MG. wwww.instagram.com/freipetronio
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Imagens do aniversariante do dia, Frei Bruno Castro Schröder, O. Carm, Retiro dos Carmelitas- Província Carmelitana de Santo Elias- na Casa de eventos Recanto Coqueiro D`Água – Das Irmãs Sacramentinas de Bérgamo- em Santa Luzia, grande Belo Horizonte. Santa Luzia-MG. 25 de julho-2019.
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Imagens do Retiro dos Carmelitas- Província Carmelitana de Santo Elias- na Casa de eventos Recanto Coqueiro D`Água – Das Irmãs Sacramentinas de Bérgamo- em Santa Luzia, grande Belo Horizonte. Santa Luzia-MG. De 22-26 de julho-2019.
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Imagens da Procissão de Santo Elias na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro/RJ.
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Contava-se antigamente que, para ouvir de certo homem suspeito se ele tinha ou não praticado um furto, levaram-no diante de uma imagem do Profeta Elias. Desejava-se verificar se continuaria negando o crime. O suspeito disse que não acreditava em Deus e aceitou o desafio. Posto diante da imagem, ficou tão amedrontado que confessou ser ele o ladrão. Alegou depois que não conseguia mentir diante daquela fisionomia increpadora do Profeta.
Desse Santo Profeta do Altíssimo, os livros registram numerosas alegorias ou alcunhas. Eis algumas: Espada do Senhor Deus dos Exércitos; raio exterminador dos ímpios; trovão e ímpeto de fogo; força avassaladora; vingador dos crimes; justiceiro da honra de Deus; pavor dos maus; glória dos bons; martelo dos tiranos; precursor e prefigura de Cristo; defensor das Leis divinas; extirpador dos idólatras; primeiro devoto da Santíssima Virgem; pai e chefe dos carmelitas (pater et dux carmelitarum).
Segundo muitos de seus fiéis, o Profeta era invocado como “Elias-o-trovão”, porque comandava os trovões, os raios e a chuva. Na cidade russa de Novgorod havia duas igrejas: uma consagrada a “Elias-o-úmido”, outra a “Elias-o-seco”. Os devotos rezavam a uma ou outra invocação conforme as necessidades da agricultura — quando se precisava de chuva ou de estiagem para as plantações. Narra-se que em uma das Cruzadas Santo Elias apareceu no céu com um gládio em chamas, pondo em fuga os maometanos.
Por tudo isso, podemos sustentar que Elias não foi um homem incerto, morno, indefinido, indeciso, genérico, e muito menos um centrista… Mas algum acomodado a quem coubessem qualificativos como esses objetaria que Elias era puro ódio. Por um lado isso é verdade, pois odiava o mal. Mas por outro lado se consumia de amor a Deus, abrasava-se de zelo pela sua honra. Conforme registra a Sagrada Escritura, é dele a afirmação: Zelo zelatus sum pro Domino Deo exercituum (“Eu me consumo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos” – 1 Reis, 19,10).
Muito de acordo com um antigo adágio espanhol, “quem ama, odeia; e quem odeia, combate”, podemos dizer que o ódio de Elias contra os inimigos de Deus crescia em decorrência de seu amor a Deus. Também podemos afirmar que Elias foi o escolhido por Deus para seu vingador contra os ímpios prevaricadores, que em seu tempo (quase 1.000 anos antes de Cristo) afrontavam as Leis divinas.
Podemos então indagar: Se o Profeta Elias vivesse em nossos dias de tanta prevaricação moral e afronta à verdadeira Religião, qual seria a atitude “eliática”? Como ele se comportaria? Fonte: https://ipco.org.br
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FESTA DE SANTO ELIAS- Igreja do Carmo da Lapa/RJ. Presidente da celebração, o Frei Petrônio de Miranda. Concelebram; Frei Donizetti Barbosa, reitor desta Igreja e Padre Silmar Alve Fernandes, do Carmo da Antiga Sé-Futuro noviço da Ordem Terceira do Carmo aqui da Lapa.
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