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Jô Soares no programa exibido na madrugada de quarta para quinta-feira, em que lamentou ameaças
Por CARLOS AMORIM
Corre solta nas redes sociais a notícia de ameaças à vida de Jô Soares, depois que ele entrevistou a presidente Dilma Rousseff na biblioteca do Palácio da Alvorada, em Brasília. O encontro foi gravado e exibido pela TV Globo depois da meia-noite do dia 12 para 13. Foi um Programa do Jô especial, com mais de uma hora de duração, em horário em que a audiência popular é baixíssima. Teve chamadas no Jornal Nacional e em todos os intervalos da programação.
Os ataques começaram pela Internet, já na noite em que a entrevista foi levada ao ar. Em seguida, um grupo de xenófobos _ainda não identificado_ fez uma enorme pichação na rua de Higienópolis (região central de São Paulo) em que vive o humorista. "Jô Soares, morra", escreveram no asfalto.
Xenofobia é igual a racismo e intolerância. E é crime previsto pelo Código Penal. Quem viu a entrevista, como o locutor que vos fala, por obrigação profissional, porque foi chatíssima, sabe que não tinha nada demais. Dilma se comunica mal e suas frases são recheadas de números vazios de significado para o grande público. Nunca brilhou como Fernando Henrique ou Lula, os grandes comunicadores do período democrático.
No entanto, Jô Soares tratou a presidente com educação e respeito, como cabe a tal gênero de entrevista. Não a interrompeu sem motivo. Não fez muita graça, negando um pouco a sua condição de humorista. Mas _pecado capital na opinião dos radicais_ deu a ela um espaço privilegiado de exposição pública, em um momento em que o governo é acuado pela crise econômica e pelas denúncias de corrupção.
O próprio Jô se defendeu, na madrugada da última quarta-feira (25), utilizando o espaço de seu próprio programa: "[A pichação] assustou as crianças do bairro".
O jornalismo da TV Globo reagiu timidamente _se é que reagiu; eu mesmo não vi nada. Algum gênio da lâmpada deve ter imaginado que defender o humorista seria defender a própria Dilma. Engano lamentável. Tratava-se da liberdade de informação. Consequência direta da crise, infelizmente, temos um país dividido. Com radicalismos cada vez mais frequentes em ambos os campos da disputa política.
Quem perde com isso? Nós, os bons, os ingênuos, aqueles que pagam impostos em dia, o público carente de informações despolitizadas (e claras) para entender o drama do país. E quem ganha com isso? Os radicais de todas as cores. Essa gente que quer ver o circo pegar fogo. Fonte: http://noticiasdatv.uol.com.br
CARLOS AMORIM é jornalista. Trabalhou na Globo, SBT, Manchete, SBT e Record. Ocupou cargos de chefia em quase todos os telejornais da Globo. Foi diretor-geral do Fantástico. Implantou o Domingo Espetacular (Record) e escreveu, produziu e dirigiu 56 teledocumentários. Ganhou o prêmio Jabuti, em 1994, pelo livro-reportagem Comando Vermelho - A História Secreta do Crime Organizado e, em 2011, pelo livro Assalto ao Poder. É autor de CV_PCC - A Irmandade do Crime. Criou a série 9 mm: São Paulo, da Fox. Site: www.carlosamorim.com
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, fala sobre o Menestrel das Alagoas, Teotônio Vilela. Comunidade Capim, Lagoa da Canoa-AL. 25 de junho-2015.
DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.
OLHAR HISTÓRICO: O Brasil, nos fins dos anos 70 e início da década de 80, apresentava sinais de cansaço do regime militar, que vigorava no país desde 1964.
Em 1979, o presidente Figueiredo assinava a Lei da Anistia, que permitiu o retorno ao país de exilados, como Leonel Brizola e Miguel Arraes. No ano seguinte, eram restabelecidas as eleições diretas para governadores de Estado.
Nesse cenário, um ex-defensor do regime militar começava a despontar como um defensor da liberdade. Teotônio Vilela foi eleito senador pela Arena, partido dos militares, mas a repressão e a truculência do regime desagradaram o usineiro de Alagoas, que mudou-se para o partido de oposição.
No MDB, assumiu a defesa incessante dos perseguidos políticos, visitando prisões, enfrentando forças repressoras e fazendo pregações cívicas por todo o Brasil. Começou a ser chamado de Menestrel das Alagoas, o que lhe rendeu uma homenagem até de Milton Nascimento e Fernando Brant. Fonte: http://www2.camara.leg.br
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"Enquanto Dilma Rousseff exaltava as virtudes da mandioca, na noite de terça-feira, um grupo encabeçado por dois ministros do governo Lula começou a articular o lançamento de uma frente de esquerda. O objetivo é contestar a aliança com o PMDB e torpedear o ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy", informa Bernardo Mello Franco, jornalista, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 25-06-2015.
Segundo ele, "a ofensiva foi traçada em jantar no apartamento do senador Randolfe Rodrigues, do PSOL. Estavam lá os ex-ministros Tarso Genro (PT) e Roberto Amaral (PSB), o senador Lindbergh Farias (PT) e os deputados Alessandro Molon (PT) e Glauber Braga (PSB), além de dissidentes da Rede, a futura sigla de Marina Silva. A frente sustenta que o ajuste deu errado e que é preciso empurrar o governo para a esquerda. Seus integrantes farão um manifesto contra a política econômica e buscarão o apoio de movimentos sociais. No sábado, eles se reunirão em São Paulo com João Pedro Stédile, do MST, Guilherme Boulos, do MTST, e dirigentes de centrais sindicais, como a CUT". Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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OLHAR DO DIA: Uma visita ao Memorial Teotônio Vilela, em Maceió- AL, obra de Oscar Niemayer em homenagem ao Menestrel das Alagoas, como ficou conhecido nacionalmente, devido a sua luta pela liberdade política e a redemocratização do Brasil. Nas próximas horas, veja um vídeo aqui no olhar.
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Repercussão do vídeo
Deputado Jairzinho Lira/ AL
“Bem tendencioso esse seu vídeo. Sr Frei, honre ao Deus que vc serve, não faça comentários tendenciosos para favorecer a quem te recompensa, e não se enverede por esse lado, sabemos de sua posição política”!
De um internauta do Rio de Janeiro (Comentário postado no youtube)
“Deputado Jairzinho Lira, deixa o padre falar, não seja egoísta. Você Deputado Jairzinho, até que se prove ao contrário é suspeito, aliás, todos os políticos nesse país. Primeiro vocês vem para servirem o partido depois a si mesmos, vai falar o quê, defender o quê? Integridade, um país, estado sério? Ora, ora, e aproveitando o ensejo o que o senhor tem feito na causa dos animais, as verbas que são desviadas pelos prefeitos, uma vergonha nesse país, a causa está em ascensão e ore a Deus para lá na frente não te arrolarmos, também. Vamos marcá-lo em cima a partir dessa data, qualquer coisa que acontecer com o padre tu é suspeito”.
Elialdo Ferreira Alves, Lagoa da Canoa-AL (Comunidade Capim)
“Esse vídeo que o nosso irmão e amigo Frei Petrônio de Miranda publicou denunciando a violência em nossa Cidade, e no Estado, revoltou um Dep. Brincadeira né, dizer que o vídeo é tendencioso, a verdade dói pra quem não faz nada para diminuir esses índices”.
Plínio de Miranda, Lagoa da Canoa-AL (Comunidade Capim)
“É lamentável um Deputado Estadual representante do povo, eleito pelo povo de Alagoas, falar que esse vídeo é tendencioso. O senhor está cego Deputado que não está vendo a violência que está em todo nosso Estado e em nossa cidade de Lagoa da Canoa, cidade essa que o senhor foi Prefeito duas vezes e agora é Deputado. Este vídeo é tendencioso deputado? Ou o senhor não quer enxerga a verdade?
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O camponês Francisco de Souza dos Santos, conhecido como Chiquinho, foi baleado com cinco tiros nesta tarde desta terça-feira (16). Chiquinho residia no Povoado Canafístula, Território de Campestre, município de Timbiras, Maranhão. Em decorrência dos tiros, Francisco quebrou o braço e teve várias escoriações pelo corpo. Ele foi transferido para hospital da região. A reportagem foi publicada no portal da Comissão Pastoral da Terra - CPT, 16-06-2015.
Francisco já vinha sofrendo ameaças de morte. 45 minutos antes do atentado, o advogado da CPT Maranhão, Diogo Cabral, havia recebido pedido para que o trabalhador fosse incluído no Programa de Proteção a Defensores dos Direitos Humanos...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/543676-trabalhador-rural-sofre-atentado-no-maranhao
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, residente no Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro- Filho de Lagoa da Canoa-AL- denuncia a violência em sua cidade natal e no Estado de Alagoas. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 04 de junho-2015. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com
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"O papa deveria se preocupar com os seus negócios." Ainda não tinham sido publicadas as antecipações da nova encíclica de Francisco sobre o clima, quando o senador de Oklahoma, James Inhofe, tinha lhe oferecido esse conselho, que enquadra bem a dureza do confronto em curso entre os conservadores estadunidenses e o pontífice. Uma divergência que também toca outros temas, da reprodução à luta contra a pobreza, mas está destinada a surgir de forma aberta quando a Laudato si' for publicada. A reportagem é de Paolo Mastrolilli, publicada no jornal La Stampa, 17-06-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Inhofe vem de um Estado produtor de petróleo. Ele recebeu na sua carreira ao menos dois milhões de dólares em financiamentos eleitorais da indústria da extração e é conhecido como o negacionista mais determinado do aquecimento global...
*Leia na íntegra aqui:
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/543648-conservadores-dos-eua-posicionam-se-contra-o-papa-verde
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"Laudato Si” (seja louvado), Sobre os Cuidados da Casa Comum".
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O mundo pode ver a destruição de ecossistemas inteiros neste século se não for adotada uma ação urgente sobre as mudanças climáticas, diz o papa Francisco em um texto prévio de sua esperada encíclica sobre o meio ambiente.
Na versão italiana do documento de 192 páginas, publicada na segunda-feira pelo semanário L'Espresso, o papa novamente apoia cientistas que dizem que o aquecimento global é principalmente provocado pelo homem e os países desenvolvidos têm uma responsabilidade especial em conter uma tendência que vai prejudicar os mais pobres.
Essa posição foi contestada pelos conservadores, particularmente nos Estados Unidos, que têm feito fortes críticas ao primeiro pontífice da América Latina por tratar de questões científicas.
O Vaticano condenou o vazamento do documento, mas não negou sua autenticidade. Um porta-voz disse que ainda não era a versão final, a qual permaneceria sob embargo até seu lançamento, agendado para quinta-feira. Ainda assim, os principais jornais da Itália publicaram páginas com trechos em suas edições desta terça-feira.
"Se a tendência atual continuar, este século pode ver mudanças climáticas nunca vistas e uma destruição sem precedentes dos ecossistemas, com consequências graves para todos nós", escreveu Francisco, de acordo com a versão obtida pela imprensa.
Ao tornar a proteção ambiental um imperativo moral, a intervenção do papa poderia estimular os 1,2 bilhão de católicos no mundo a pressionarem as autoridades em questões do meio ambiente. O papa disse querer que o documento, chamado "Laudato Si” (seja louvado), Sobre os Cuidados da Casa Comum", seja parte do debate este ano em uma grande cúpula da ONU sobre mudança climática em Paris.
Fonte: http://br.reuters.com
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Dom Antônio Muniz, Arcebispo Metropolitano de Maceió:
Rogo a atenção de V. Exa. Revma. para fixar ainda mais o seu olhar sobre Alagoas. O estado não consegue controlar a epidemia de violência homicida que tem enlutado milhares de famílias.
Alagoas, nas últimas duas décadas, alcançou o primeiro lugar no ranking dos estados mais violentos. São números trágicos e vergonhosos que se assemelham aos de guerra.
O Mapa da Violência de 2014 revela que entre 2008 e 2012 ocorreram 10.159 homicídios em Alagoas; desses, 6.114 são jovens, na faixa etária de 15 a 29 anos, ocorrendo 60% dos homicídios entre negros e pobres.
Os dados estatísticos produzidos pela Secretaria de Defesa Social (SDS) em 2013 revelam 2.260 crimes violentos letais, uma média de 6,19 homicídios/dia, e em 2014 foram assassinados mais 2.199; a média mantida é de 6,02 homicídios/dia. A soma do período é de 14.618 homicídios.
Esse contingente de jovens negros e pobres em idade escolar não teve o direito de viver com o mínimo de dignidade; foram assassinados e os motivos nunca serão esclarecidos pela policia alagoana, fato que mantém a impunidade como regra geral e política de Estado.
Dom Antônio, as condições em que o Estado se encontra é de sucateamento, notadamente nas áreas em que a população mais necessita: educação, saúde, assistência social, e com taxa de desemprego crescente.
As políticas públicas essenciais não existem concretamente, a não ser na propaganda oficial. A possibilidade de incluir os jovens no mundo do trabalho e da cultura é impensável em Alagoas.
O Núcleo Estadual de Atendimento Socioeducativo (Neas), localizado no Tabuleiro, em Maceió, é um depósito em condições inferiores às das piores pocilgas. A tortura física e psicológica tem sido o método de castigo implementado pelos agentes públicos. Não bastou o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, em 2014, ouvir dos adolescentes relatos de torturas e de que a comida era deplorável, pois as condições permanecem iguais ou o que mudou tem efeito meramente cosmético.
Dom Antônio, a presença mais visível do estado nos bolsões de pobreza e miséria é através da presença da polícia, que insiste na “guerra contra a criminalidade” como meio de “oferecer segurança pública”. Essa prática retrógrada se mantém com o apoio e incentivo público dos responsáveis pela segurança pública.
Essa prática tem servido tão somente para incitar o ódio estatal contra o fenômeno crescente de violência, identificado como um estágio de epidemia. Toda a fúria policial é um instrumento que operacionaliza o processo de “limpeza social e étnica” instaurado há décadas no seio da segurança pública.
Dom Antônio, como cidadão preocupado com essa questão, me reporto ao tempo em que era criança em Anadia, interior de Alagoas. Era então comum ouvir o dito popular: “vá se queixar ao bispo”. É o que me ocorre diante do estado de entorpecimento das autoridades de Alagoas.
Apelo a V. Exa. Revma. por identificar na figura do arcebispo metropolitano e na Igreja Católica a possibilidade de intervir nesse quadro desolador.
Os meus respeitos e admiração
Geraldo de Majella
Fonte: www.cadaminuto.com.br
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A Lei Áurea, sancionada pela princesa Isabel a 13 de maio de 1888, foi o resultado de uma batalha legislativa iniciada na década de 1870. Isabel enfrentou a resistência dos representantes dos proprietários de escravos para levar o projeto de lei à votação. "Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono", disse-lhe um parlamentar, após a aprovação da lei. Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
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A visita do presidente de Cuba, Raúl Castro, ao Vaticano, a convite do papa Francisco é uma nova vitória pessoal do pontífice. O fato de o homem que ajudou a liderar a Revolução Cubana ter até brincado sobre retornar à Igreja Católica mostra quanto as relações entre Havana e a Santa Sé avançaram recentemente.
Essa mudança de posicionamento só foi possível, contudo, durante o pontificado de Francisco. Primeiro, o pontífice desempenhou um papel crucial em suavizar o caminho para a retomada das negociações entre Cuba e Estados Unidos nos últimos 18 meses...
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Trabalhadores entraram em greve para reivindicar direitos que consideravam justos. E, em uma das manifestações, a polícia abriu fogo contra a multidão.
Curitiba, 2015? Poderia ser. Mas estou falando da Chicago de 1886.
A greve geral que começou no dia Primeiro de Maio daquele ano, exigindo a redução da jornada de trabalho para oito horas por dia, acabou em tragédia, com manifestantes e policiais mortos e sindicalistas condenados (injustamente) à morte.
Neste Primeiro de Maio, não esqueça: todos os direitos que você tem hoje não foram dados por alguém de forma milagrosa, mas são fruto de lutas brasileiras ou internacionais de gerações. É função dos governantes fazem parecer que foram eles que, generosamente, lhes concederam. E função da história dos vencedores registrar isso como fato.
Temos diversas formas de silêncio. O poder não está no silêncio das bocas fechadas que aceitam as coisas como elas são porque acreditam que nada pode mudar e fica feliz se ganhou uma TV do sindicato no feriado. Mas dos braços parados que se negam a produzir riqueza sem que um diálogo aberto e franco com os empregadores seja estabelecido...
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