O Itamaraty, sob comando do novo ministro das Relações Exteriores José Serra (PSDB), concedeu passaporte diplomático ao pastor Samuel Cássio Ferreira, da Assembleia de Deus, que está sob investigação na Lava Jato suspeito de lavar dinheiro da propina para Eduardo Cunha (PMDB) por meio de sua igreja, em Campinas. O decreto com a emissão do passaporte foi publicado no Diário Oficial nesta quarta-feira (18).

É a primeira vez, desde o começo da operação, que um investigado sem prerrogativa de foro recebe o benefício dado a autoridades. Na semana passada, o Supremo determinou a remessa das investigações envolvendo Samuel Cássio para o juiz Sérgio Moro, responsável pela operação em Curitiba.

O Itamaraty informou que o ministério se baseou no terceiro parágrafo do artigo sexto do decreto que regulamenta a concessão dos passaportes diplomáticos. O dispositivo prevê a concessão do documento a pessoas que, embora não estejam relacionadas na lista de quem pode ter o passaporte, "devam portá-lo em função do interesse do país."

O decreto 5.978, de 2006, não prevê a concessão desse tipo de passaporte a líderes religiosos. Entre as pessoas que podem recebê-lo, estão o presidente e o vice-presidente da República, ex-presidentes, governadores, ministros, ocupantes de cargo de natureza especial, militares em missões da ONU, ministros do STF, o procurador-geral da República e juízes brasileiros em tribunais internacionais, dentre outros.

Conforme o próprio Itamaraty, o passaporte diplomático concedido gratuitamente identifica a pessoa que está com ele como "agente do governo". Segundo o ministério, portar esse tipo de documento não concede à pessoa "imunidade diplomática", mas dá privilégios como atendimento preferencial nos postos de imigração e isenção de visto em alguns países.

A igreja de Samuel Cássio, em Campinas, recebeu R$ 250 mil do lobista e delator da Lava Jato Julio Camargo, que admitiu que o pagamento era parte da propina de US$ 5 milhões a Cunha referente a contratos de navios-sonda da Petrobras.

Atualmente Cunha é réu no STF justamente no episódio envolvendo esta propina. O parlamentar afastado nega irregularidades. A defesa de Samuel Cássio Ferreira considera o inquérito contra ele desnecessário. A reportagem tentou falar com a assessoria de Serra, mas ninguém atendeu.

Investigação

Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República aponta que o peemedebista teria usado a igreja para operacionalizar o repasse de parte da propina de US$ 5 milhões recebida por ele referente à contratação de dois navios-sonda da Petrobras. O Procurador Rodrigo Janot não fez acusação contra nenhum representante da igreja, presidida pelo pastor Samuel, que agora passa a ser investigado por Sérgio Moro.

Janot detalha as negociações de Cunha e Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção instalado na Petrobras, para receber o pagamento. O procurador afirma que o lobista Julio Camargo, que afirma ter pagado a propina milionária a Eduardo Cunha, foi orientado a fazer 'doações' para a igreja para quitar parte do débito.

A Polícia Federal e a Procuradoria identificaram duas transferências em agosto de 2012 para a Assembleia de Deus via empresas de Júlio Camargo, a Piemonte e a Treviso, no valor de R$ 125 mil cada. O dinheiro teve como destino uma filial da Assembleia de Deus Ministério Madureira em Campinas, no interior de São Paulo. Os repasses tiveram como 'falsa justificativa pagamento a fornecedores', segundo Janot. (Com Estadão Conteúdo). Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br

entrevista do presidente interino Michel Temer (PMDB) ao programa "Fantástico", da TV Globo, na noite deste domingo (15) provocou protestos em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre. Várias pessoas foram às janelas para gritar "Fora, Temer".

No Twitter, a hashtag #ForaTemer entrou para os Trending Topics desta noite, com quase 40 mil menções até às 22h50.

Em São Paulo, internautas relataram apitaços, rojões e panelaços em bairros como Pinheiros, Bela Vista, Pompeia, Perdizes, Bela Vista e Santa Cecília.

No Rio, houve panelaço, gritos e apitaço nos bairros de Copacabana, Recreio, Barra, Flamengo, Catete e Largo do Machado, segundo internautas relataram nas redes sociais.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br

 

 

PENSAR NÃO OFENDE...

 O Pároco da sua Paróquia é negro?

O Prefeito da sua cidade é negro?

A irmã diretora da Escola é negra?

O Delegado da sua cidade é negro?

O Papa é negro?

O ator principal da novela global é negro?

Você já viu um anjo negro?

O Bispo da tua cidade é negro?

Na propaganda vocacional tem jovens negros?

O senador do teu Estado é negro?

A Juíza da tua cidade é negra?

O Superior da tua Ordem é negro?

O teu melhor amigo é negro?...

UMA MENSAGEM DO OLHAR.

Entre os 23 membros do gabinete de presidente interino, sete deles são investigados pela Justiça ou em tribunais de conta; um deles foi condenado e apelou da decisão.

Após assumir a Presidência interinamente na quinta-feira, Michel Temer divulgou a lista de ministros de seu novo governo.

Dos 23 nomes, sete deles (ou 32%) são investigados pela Justiça ou em tribunais de conta ou já foram condenados. Entre os membros da equipe do presidente interino, Henrique Alves, Romero Jucá, Geddel Vieira Lima, Ricardo Barros, José Serra e Gilberto Kassab são suspeitos de crimes como improbidade administrativa.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br

O afastamento da Presidenta Dilma Rousseff através do processo de impeachment, aprovado pelo Senado, construído em um conchavo das elites políticas, econômicas, judiciárias e midiáticas, representa grave ataque a democracia e a Constituição.

Sem fundamentação jurídica, pois não há crime de responsabilidade fiscal, o processo de impeachment relevou-se nitidamente um golpe de estado, reconhecido pela imprensa internacional, porém fortemente enaltecido pela mídia nativa monopolizada. Esse golpe, assim como em outros momentos de nossa história, é protagonizado pelas oligarquias que tiveram seu projeto derrotados nas urnas, pelo voto direto da maioria da população e tomam de assalto o país por meio de ações rasteiras, por vezes opressivas e em outras manobrando a institucionalidade.

Nós, jovens, somos filhos de uma geração que lutou contra uma ditadura militar violenta e opressiva, que matou, reprimiu e torturou milhares de brasileiros e brasileiras. Uma geração que lutou bravamente para que pudéssemos garantir um dos maiores valores da nossa sociedade: a democracia. É difícil imaginar que após mais de 30 anos do fim do regime de exceção, e de 14 anos de experiência de um governo popular e democrático, voltaríamos a viver um golpe de estado novamente.

Este golpe não nos intimidará. Assim como nossos familiares, seremos a geração que irá combater e resistir a esse governo ilegítimo. Junto com as demais forças progressistas da sociedade, vamos nos manter mobilizados e em luta para novamente reconquistarmos a democracia e avançar na garantia de direitos.

Repudiamos o programa dos golpistas e sua agenda de ataques trabalhistas e aos direitos sociais, que atingem em cheio aos mais pobres, aos jovens, as mulheres e os LGBTs. Assim como não reconhecemos a legitimidade deste governo, repudiamos mais ainda o elenco de golpistas que pretendem ser ministros, sendo este composto por 7 envolvidos no processo da Lava-Jato. Um ministério sem mulheres, sem negrxs, sem LGBTs e sem jovens não reflete a diversidade do povo brasileiro.

Estaremos em luta e vigília permanente para que a vontade dos 54 milhões de brasileiros e brasileiras seja respeitada. Que a primeira e única mulher presidenta deste país, motivo pelo qual é tão atacada pelos machistas, tome novamente o lugar ao qual o povo brasileiro a escolheu para representa-lo: A Presidência da República.

O “governo” Temer é um golpe contra juventude trabalhadora brasileira, que é quem sofrerá mais com este projeto golpista, através de medidas como a retirada de direitos, privatizações, terceirização e flexibilização da CLT. A Juventude do PT, seguirá na luta radicalmente para reestabelecer a democracia no Brasil e convoca toda sua militância para ocupar os espaços partidários, dos movimentos sociais e de suas comunidades. E para permanente mobilização de escracho ao “governo” Temer e seu programa neoliberal. Vamos as ruas organizar a resistência e lutar pelas reformas estruturantes que o país precisa!

Não ao golpe. Fora Temer!

"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira."

Che Guevara. Fonte: Facebook

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou nesta quinta-feira (5) o afastamento do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal.

Relator da Lava Jato, o ministro concedeu uma liminar em um pedido de afastamento feito pela Procuradoria-Geral da República e apontou 11 situações que comprovariam o uso do cargo pelo deputado para "constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e retardar investigações". Na peça, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a classificar o peemedebista de "delinquente".

O peemedebista foi transformado em réu no STF, por unanimidade, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro sob a acusação de integrar o esquema de corrupção da Petrobras, tendo recebido neste caso US$ 5 milhões em propina de contratos de navios-sonda da estatal.

Na Lava Jato, o deputado é alvo de outra denúncia, de mais três inquéritos na Corte e de outros três pedidos de inquéritos que ainda aguardam autorização de Teori para serem abertos. As investigações apuram o recebimento de propina da Petrobras e o uso do mandato para supostas práticas criminosas.

"Ante o exposto, defiro a medida requerida, determinando a suspensão, pelo requerido, Eduardo Cosentino da Cunha, do exercício do mandato de deputado federal e, por consequência, da função de Presidente da Câmara dos Deputados", diz trecho da decisão.

Cunha será substituído por outro investigado na Lava Jato, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA).  Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br

José de Abreu chegou a cuspir no rosto da publicitária

Ana Paula e Tiago, o casal que discutiu com José de Abreu em um restaurante em São Paulo no dia 22 de abril, manifestaram-se pela primeira vez sobre o ocorrido através de uma nota oficial. Na ocasião, o ator chegou a cuspir no rosto de Ana Paula quando foi xingado por defender o PT e o governo Dilma. A nota foi lida durante o "Domingão do Faustão" neste domingo (1º).

"O jovem casal, para manter a própria privacidade e a de suas respectivas famílias, decidiu manifestar-se exclusivamente por meio desta nota. Os dois querem virar a página definitivamente deste lamentável episódio, provavelmente resultado de um momento de descontrole do senhor José de Abreu. Na naquela ocasião, nem mesmo eventuais comentários que viessem de encontro com as convicções políticas ou ideológicas justificaria ou autorizaria a atitude repugnante deste senhor. Trata-se de ato incompatível com a civilização do século 21, com o agravante de ter sido praticado por uma figura pública nacionalmente conhecida e de quem se espera exemplo. Para Ana Paula e Tiago, que integram uma nova geração de brasileiros e que acreditam no futuro do país, o Brasil precisa retomar o espírito ordeiro e pacifico e honesto de nossa sociedade".

No último domingo (24), José de Abreu foi o convidado do quadro "Arquivo Confidencial", também no "Domingão" e falou que não se arrependeu de ter cuspido nos jovens.

Entenda o caso

No último dia 22, José de Abreu afirmou ter sido ofendido por um casal e respondeu cuspindo no rosto deles, durante um jantar em São Paulo. O global, defensor do PT e da presidente Dilma Rousseff, escreveu no Twitter ter sofrido "agressão gratuita" durante 30 minutos enquanto jantava em um restaurante japonês ao lado de sua mulher. O casal foi chamado por José de Abreu de "coxinha" (apelido para quem é contrário à ideologia de esquerda), "fujão", "covarde" e "fascista".

Ao UOL, José de Abreu explica a briga e o cuspe. Segundo ele, o casal o chamou de "ladrão" e sua mulher, Priscila Pettit, de "vagabunda". Ele ameaçou chamar a polícia, porém voltou atrás em consideração ao amigo, dono do restaurante.

"Ele estava sentado na mesa do lado, ficou meia hora incomodando a minha mulher e ela não queria me dizer, chamando-a de 'ladra, vagabunda da lei Rouanet'. Minha mulher nunca fez nada com a lei Rouanet, estuda Cinema, está começando uma carreira, é advogada, não tem nada a ver com lei Rouanet, nunca usou na vida. Depois ele falou: 'É muito fácil comer em um restaurante japonês com o dinheiro do povo brasileiro, petista ladrão'. 'Você está maluco, moleque? Do que você está falando?' Ele começou a me chamar de 'ladrão' e eu chamei o gerente, meu amigo: 'Esse cara está me importunando, é um louco'. Ele começou a dizer que eu era 'ladrão da lei Rouanet' e cuspi na cara dele. A mulher dele falou que minha mulher era 'ladra da lei Rouanet' e cuspi na cara dela também. 'Falei: 'Vai reagir? Vem me bater, vem! Faça alguma coisa, covarde fascista!' Ele não fez nada", afirma o ator. Fonte:

http://noticias.bol.uol.com.br

Por 18 votos a oito, os deputados estaduais de Alagoas decidiram, em votação no fim da tarde desta terça-feira (26), derrubar o veto do governador Renan Filho (PMDB) ao projeto Escola Livre. Agora, os professores são obrigados a manter "neutralidade" em sala de aula e estão impedidos de "doutrinar" e "induzir" alunos em assuntos políticos, religiosos e ideológicos, sob pena até de demissão. A reportagem é de Carlos Madeiro e publicado por Uol, 26-04-2016.

A votação foi marcada por confusão no lado de fora, onde manifestantes contrários e a favor do projeto assistiam à sessão. Logo no início da discussão, o telão que apresentava a votação teve problemas e foi desligado. Manifestantes tentaram invadir o plenário da Assembleia para assistir à votação, mas a galeria já estava lotada. A polícia precisou conter os manifestantes. O portão do legislativo foi destruído na confusão, mas não houve relato de feridos.

O projeto Escola Livre, de autoria do deputado Ricardo Nezinho (PMDB), foi aprovado em primeira e segunda votações, por unanimidade, no dia 17 de novembro. Dois meses depois, em janeiro, o governador vetou integralmente a lei, alegando inconstitucionalidade.

O veto à lei foi defendido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação. Segundo a instituição, Alagoas passa a ser o primeiro Estado do país a ter uma lei nesse sentido que pune professores por opiniões em sala de aula.

O veto do governador foi defendido pelo líder do governo, deputado Ronaldo Medeiros (PMDB). "O professor, com essa lei, não vai poder falar sobre a teoria de Darwin, pois, como se sabe ele, era ateu. E não vai poder falar sobre a Reforma Protestante porque um católico pode reclamar", afirmou.

Em sua fala, o deputado Ricardo Nezinho rebateu e garantiu que o projeto não censura professores. "Fiquei pasmo ao saber que, após sete meses tramitando aqui, passando por várias comissões, ninguém chegou para discordar da proposição. É inadmissível, quase um ano depois, haver discussão de censura, de mordaça de professor. O projeto vai em busca do bom professor, que é 99% da rede", disse.

O deputado Bruno Toledo (Pros), um dos maiores defensores do projeto, criticou a repercussão contrária e pediu a derrubada do voto em "nome dos costumes." "Ninguém quer criminalizar aqui professor, e rogo pela honestidade intelectual de quem está falando sobre o tema, que discuta, que sugira que a gente tenta melhorar", disse.

O projeto

Segundo a lei que será promulgada, o professor deve manter "neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado"; e fica "vedada a prática de doutrinação política e ideológica em sala de aula, bem como a veiculação, em disciplina obrigatória, de conteúdos que possam induzir aos alunos a um único pensamento religioso, político ou ideológico."

O professor também ficaria proibido de fazer "propaganda religiosa, ideológica ou político-partidária em sala de aula" e incitar "seus alunos a participar de manifestações, atos públicos ou passeatas".

Além disso, determina ainda que, nas questões políticas, socioculturais e econômicas, o professor deve apresentar aos alunos, "de forma justa, com a mesma profundidade e seriedade, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas das várias concorrentes a respeito, concordando ou não com elas."

A lei também condiciona a frequência dos estudantes em disciplinas optativas à "expressa autorização dos seus pais ou responsáveis."

Para garantir a efetividade da lei, o projeto prevê punições previstas no Código de Ética e no regimento único dos servidores, que estipula até demissão.

A lei foi vetada integralmente pelo governador sob argumento de que era inconstitucional. Para Renan Filho, ela prevê gastos com cursos de capacitação, e é vedado aos deputados apresentarem projetos que criem novas despesas ao Executivo.

Também foi contrária à ideia dos deputados. "A partir do momento que se proíbe o professor de tecer qualquer consideração de natureza filosófica, política e ideológica, sem qualquer parâmetro adequado, acaba-se por tolher o amplo espectro de atuação do profissional da educação", diz o veto do governador.

Repercussão

Segundo o doutor e professor em direito constitucional, Othoniel Pinheiro, a lei é "totalmente inconstitucional" e pode ser derrubada por meio de ações no STF (Supremo Tribunal Federal) ou TJ-AL (Tribunal de Justiça de Alagoas).

"Essa lei tem vícios de iniciativa, porque mexeu na atribuição da Secretaria da Educação de criar gastos. Já existe precedente nesse sentido no STF, inclusive com uma lei de Alagoas. Na questão material, ela é uma que restringe em demasia a liberdade de ensinar do professor, que é prevista na Constituição. Ela fala que o professor não pode induzir um aluno a um pensamento. O que seria induzir? Qualquer aluno ou pai vai poder dizer que o professor está induzindo, e vai criar um problema desnecessário ao professor, mesmo. Lei não deve ter conteúdo muito aberto, as definições devem ser taxativas, e não é o caso dessa lei absurda", afirma.

Procurada, a assessoria do governador Renan Filho afirmou que ele está em viagem, mas disse que ainda não há definição sobre se o governo vai recorrer da aprovação da lei no judiciário.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

 

 

Dono da Engevix disse ter pago propina a operadores que falavam em nome do vice-presidente

A revista Época que circula neste fim de semana traz reportagem sobre proposta de delação premiada feita pelo engenheiro José Antunes Sobrinho, um dos donos da empreiteira Engevix, que comprometeria o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os ex-ministros Erenice Guerra e José Dirceu. Segundo a revista, Antunes Sobrinho, um dos presos pela Operação Lava Jato, preparou uma proposta de delação com 30 anexos, cada um deles com personagens e relatos de crimes distintos.

Sobre Temer, o empreiteiro teria afirmado, de acordo com a reportagem, que pagou propina a operadores que falavam em nome do vice-presidente. O mesmo teria ocorrido em relação a Renan.

Outra revelação é a suposta destinação de recursos não contabilizados oficialmente para o PT, em troca de vantagens em obras e em estatais como a Caixa Econômica Federal.

A revista diz ainda que Antunes Sobrinho fez pagamentos a um intermediário para ser apresentado a Carlos Araújo, ex-marido de Dilma, a quem teria pedido ajuda para manter concessões em dois aeroportos, supostamente ameaçadas por causa da insatisfação do Palácio do Planalto com o ritmo de obras nos mesmos.

O empreiteiro também teria pedido a intervenção de Araújo na liberação de um financiamento para sua empresa.

Na delação, ainda segundo a reportagem, o empreiteiro ressalvou que nunca recebeu cobrança direta de recursos de Carlos Araújo, e disse ignorar se o intermediário atuava por conta própria ou como representante do ex-marido da presidente.

Antunes Sobrinho também teria feito pagamentos para Erenice e Dirceu — não detalhados no trecho da reportagem que a Época publicou na quinta-feira (21), em seu site.

O dono da Engevix é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro na mesma ação em que Dirceu é réu. Ele foi preso no dia 21 de setembro de 2015, na Operação "Ninguém Durma", da 19ª fase da Lava Jato. Fonte: http://noticias.r7.com

Leticia Sabatella e Claudio Botelho sofreram pressões do público por se pronunciarem sobre a crise política

Entre "petralhas", "coxinhas" e os "isentões", a crise política brasileira tem sido motivo para fim de amizades, "textões" nas redes sociais e muita, muita briga. E os artistas não passam incólumes no meio da polêmica: querendo ou não, muitos acabaram no olho do furacão por seus comentários a respeito do governo da presidente Dilma Roussef e do impeachment. 

A última vítima foi a atriz Letícia Sabatella. No início de abril, seu perfil no Facebook ficou dois dias fora do ar após ser denunciado por internautas por "conteúdo abusivo" – poucos dias após a atriz, que tem sido ativa em manifestações contra o impeachment, participar de um evento em defesa da democracia, que contou a presença da presidente.

Em uma postagem pública, o marido de Sabatella, Fernando Alves Pinto, saiu em defesa dela e pediu "calma" durante essa fase turbulenta: "[Ela] luta com tudo que pode por uma Reforma Política que, entre outras mil prioridades, termine com a corrupção. E é a pessoa mais transparente e de forte consciência política e humana que tive a honra de conhecer. Precisamos de muita calma e clareza, pra que essa nuvem passe com menos perdas e danos".

A calma, porém, nem sempre é a regra – e os conflitos políticos já saíram das redes sociais para afetar os artistas também nas ruas. Em dezembro, viralizou um vídeo no qual Chico Buarque discute política com jovens no Rio de Janeiro. Ao deixar um restaurante na zona sul carioca, o cantor foi abordado pelo grupo, que começou o bate-boca. "Vai morar em Paris. O PT é bandido", disse um deles, ao que Chico respondeu: "Pra mim, o PSDB é bandido".

Também acabou em confusão outra polêmica que envolveu o cantor - dessa vez, indiretamente. Durante uma apresentação de "Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos", em março, o diretor e ator Cláudio Botelho foi vaiado ao fazer um improviso em cena, sugerindo a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chamando a presidente Dilma Rousseff de "ladra". O espetáculo foi cancelado, a polícia foi chamada e o elenco teve de sair pelas portas dos fundos do teatro, em Belo Horizonte, para evitar confusão.

Reações

O que chama a atenção, em todos os casos, é a reação do público. Em entrevista ao UOL na época do incidente, Claudio Botelho se disse "assustado" com a forma como a plateia se comportou durante a polêmica. "Estamos em 2016, ainda tem quem impede um espetáculo de acontecer. Está restaurada a censura", criticou.

É bom que se diga que jamais alguém veio me atacar pessoalmente na rua. Os covardes só atacam na internet. O contrário acontece muito, recebo elogios por minha postura
Roger, vocalista do Ultraje a Rigor

O Porta dos Fundos também sentiu a fúria dos espectadores após publicar, no início do mês, o vídeo "Delação", em que os humoristas satirizavam os trabalhos da Polícia Federal durante as investigações da Lava Jato. O grupo sofreu uma campanha de boicote, e perdeu inscritos em seu canal no YouTube.

Em um desabafo após o ocorrido, Antonio Tabet, o Kibe Loco, criticou a intolerância dos opositores do grupo, ressaltando que seus membros têm visões políticas diversas e que isso é refletido nos vídeos.

"Quer evitar coxinhas? Não saia do seu quarto. Quer evitar petralhas? Idem. Há pessoas dos dois lados aqui na Porta, na Globo, na Band, na sua novela favorita, no supermercado que você faz compras, no salão de beleza, na igreja que frequenta, na mesa do bar, no time pelo qual você torce e, se duvidar, até no quarto do lado. Esse revanchismo bobo só fomenta o ódio. Incentivar a censura ou a intolerância nada mais é que um recibo de que você pode ser tão fascista quanto os fascistas que critica. Sejam eles imperialistas americanos ou comunistas cubanos".

Responsabilidade moral

Vocalista do Ultraje a Rigor, Roger Moreira vive uma situação bem diferente da de seus colegas. Um dos artistas mais críticos ao governo federal, ele tem recebido mais apoio do que ataques nesse momento de polarização política. "Mais apoio. E, claro, eu bloqueio os ignorantes", contou à reportagem do UOL. "Aprendi como agem. [A polarização] não afetou em nada. É bom que se diga que jamais alguém veio me atacar pessoalmente na rua. Os covardes só atacam na internet. O contrário acontece muito, recebo elogios por minha postura".

O cantor acredita que, assim como qualquer cidadão, os artistas também têm o dever de fiscalizar o governo – e é isso que o leva a se pronunciar com tanta veemência sobre o assunto.

"Nos anos 70, antes ainda de eu ser artista, ouvíamos muito se falar em responsabilidade moral. Significava que não temos realmente essa responsabilidade, não faz parte de nosso ofício, por assim dizer, mas, como temos acesso ao grande público e à imprensa, deveríamos esclarecer os ignorantes (note que estou falando dos anos 70 e isso era o que se pensava, em tempo de censura. Por ignorantes não se pretende uma ofensa, apenas falta de informação). Bem, não se pode afirmar hoje em dia que os ignorantes estejam de um lado só, mas ainda acho que é meu dever, como cidadão, fiscalizar o governo. É dever de todos, na verdade." Fonte: http://tvefamosos.uol.com.br

ONDE ESTÁ TIRADENTES?  “O Brasil vai mudar com Michel Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros ou Aécio Neves? Meu Deus! Quanta pobreza Política e de Políticos. Que Tiradentes nos ajudem a continuar sonhando com os pés no chão. MUDANÇA NO SITEMA POLÍTICO É O CAMINHO”... Frei Petrônio de Miranda, Carmelita/RJ. www.olharjornalistio.com.br