Caso ocorreu no bairro de Tancredo Neves. Atividades no local foram suspensas.

Uma jovem de 25 anos morreu após passar mal enquanto praticava exercícios dentro de uma academia do bairro de Tancredo Neves, em Salvador. O caso ocorreu por volta das 20h de terça-feira (27), segundo informações da Centro Integrado de Comunicação da Secretaria de Segurança de Pública (Cicom).

Jéssica Avelino Morais ainda chegou a ser socorrida por populares para um posto médico do bairro, mas não resistiu. Ainda não há informações sobre as causas da morte. Em nota publicada na rede social Facebook, a academia On Shape lamentou o ocorrido. As atividades no local foram suspensas após a morte da aluna.

"É com grande pesar que a direção comunica aos alunos que nesta quarta-feira, 28/06, academia não irá funcionar, em memória do falecimento de uma aluna. A direção agradece a compreensão de todos", diz a nota.

Conforme o Cicom, o corpo da mulher foi encaminhado para o Departamento de Polícia Ténica (DPT) e o caso será investigado pela 11ª Delegacia de Tancredo Neves. Amigos utilizaram as redes sociais para lamentar a morte da jovem.

"Fica a saudade e a lembraça do abraço apertado que você me deu quando nos encontramos. Que tristeza sem tamanho e o meu amor eterno!!!", diz trecho de uma das mensagens postadas por uma colega. Fonte: http://g1.globo.com

Aeronave precisou retornar ao aeroporto de origem, na Austrália

Um avião da companhia AirAsia que decolou da Austrália rumo a Malásia na manhã deste domingo (25) teve de retornar depois que a aeronave começou a tremer fortemente.

O voo D7237 decolou às 6h40 de domingo (25) no horário local em Perth, na Austrália (19h40 de sábado em Brasilia), com 359 pessoas a bordo, e pousou de volta no mesmo aeroporto, às 10h. Não houve feridos.

O avião da Airbus, modelo A330, teve um problema técnico no motor esquerdo, de acordo com informações passadas aos passageiros a bordo.

Passageiros disseram ao jornal "The West Australian" ter ouvido um forte estrondo antes dos assentos começarem a sacudir, cerca de uma hora após a decolagem"Pensei que poderia morrer", disse Saya Mae, que postou um vídeo do avião tremendo em uma rede social.

O aviso do comandante de que o avião retornaria à Perth assustou os passageiros. "Ele disse: 'Espero que todos vocês façam uma oração. Eu vou orar também e vamos torcer para que todos nós voltemos pra casa em segurança'. Foi assustador", disse Sophie Nicolas ao "West Australian".

Enquanto o avião fazia o caminho de volta, os passageiros tiveram de treinar as posições para se proteger em caso de pouso forçado, como abraçar as pernas.Durante a aterrissagem, os passageiros tiveram de ficar nas posições de segurança, mas o avião tocou a pista de modo normal. O piloto foi muito aplaudido após o pouso. Com informações da Folhapress.

Fonte: www.noticiasaominuto.com.br

Nascido na região do Cariri, ali na divisa entre Ceará e Pernambuco, Max Petterson mora em Paris há quase três anos. Estudando teatro na capital francesa, o ator pode não ser conhecido do grande público brasileiro, mas em menos de 48 horas já foi visto mais de 1 milhão de vezes no Facebook, em um vídeo em que Max tira um sarro do verão francês.

Fonte: https://extra.globo.com

Entre as vítimas fatais estão pelo menos duas crianças, segundo a PRF

RIO — Subiu para dez o número de mortos num acidente com um ônibus clandestino ocorrido na madrugada desta segunda-feira, na BR 251, na altura de Salinas, no Norte de Minas Gerais. Pelo menos 18 pessoas ficaram feridas. Entre os mortos, há duas crianças. As informações são da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Corpo de Bombeiros de Montes Claros.

O veículo, com placa de São Paulo, seguia para Euclides da Cunha, na Bahia, quando saiu da pista e tombou, por volta das 4h10. No momento do acidente, havia 27 passageiros no coletivo. Os feridos foram levados para o Hospital de Salinas por ambulâncias do Samu.

O motorista do ônibus não se apresentou aos agentes da PRF que compareceram ao local do acidente. Os passageiros que não se feriram foram encaminhados para a Polícia Civil de Salinas, onde prestam depoimento.

O pedreiro Edivaldo da Silva Gomes estava no coletivo e descreveu o momento do acidente. Segundo ele, não havia cinto de segurança no veículo.

— A gente só sentiu o povo embolando dentro do ônibus. Na hora a gente não pensa muita coisa. Só pedi a Deus mesmo — contou ele à Rádio Alvorada FM Salinas.

Os corpos das vítimas fatais estão sob o ônibus tombado. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para o local para fazer a remoção dos cadáveres. Fonte: https://oglobo.globo.com

Quarta vítima da batida morreu carbonizada. Colisão ocorreu no sul do estado, na altura da cidade de Caravelas.

Quatro pessoas morreram após uma batida entre dois carros perto da cidade de Caravelas, no sul da Bahia. De acordo com a Polícia Militar da Alcobaça, responsável pela região, o acidente ocorreu na noite de sábado (17). Entre as vítimas, está uma criança de seis anos.

Segundo a polícia, um carro seguia com seis pessoas da mesma família e três morreram. A criança que foi vítima estava nesse veículo. No outro, estavam quatro pessoas, uma ficou presa às ferragens, o carro pegou fogo e ela morreu carbonizada.

Informações iniciais apontam que a colisão foi frontal, mas ainda não há detalhes do que teria causado o acidente. Os feridos foram levados para hospitais da região. Não há informações sobre o estado de saúde delas, nem do sepultamento daqueles que morreram.

Fonte: http://g1.globo.com

Especialistas veem 'combinação tóxica' entre taxas de violência familiar, abuso infantil e pobreza

BBC BRASIL.com

Quando você pensa na Nova Zelândia, o que vem à mente provavelmente são as belezas naturais - fiordes, montanhas, paisagens remotas e paradisíacas - em um país distante. Mas, há alguns anos, o país vem lutando contra outra forma de isolamento - depressão e suicídio.

Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revela um dado alarmante. A Nova Zelândia tem, disparado, a maior taxa de suicídio de jovens entre países desenvolvidos. São 15,6 suicídios por 100 mil pessoas - duas vezes maior que a taxa dos Estados Unidos e quase cinco vezes a da Grã-Bretanha.

O índice é preocupante, mas não surpreende. Não é a primeira vez que o país lidera o ranking, que contabiliza a taxa de suicídios de jovens entre 15 e 19 anos em 41 nações, da União Europeia (UE) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

No Brasil, o índice de suicídios nessa faixa etária é de 5,6 casos para cada 100 mil habitantes, uma taxa relativamente baixa se comparada aos países que lideram o ranking. No entanto, esse índice apresentou um aumento de quase 10% nos últimos 12 anos, segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

Por que a Nova Zelândia?

Há diversos motivos. E, segundo o Unicef, os dados não devem ser analisados isoladamente. A elevada taxa de suicídios está ligada a outras estatísticas, como pobreza na infância, altas taxas de gravidez na adolescência ou famílias em que nenhum dos pais trabalha. A Nova Zelândia também tem "um dos piores índices de bullying escolar do mundo", diz Shaun Robinson, da Fundação de Saúde Mental da Nova Zelândia.

Segundo ele, há uma "combinação tóxica" de taxas muito altas de violência familiar, abuso infantil e pobreza que precisam ser abordadas para se enfrentar o problema. Estatísticas da própria Nova Zelândia revelam que as taxas de suicídio são mais elevadas entre os jovens homens maori - povo indígena da NZ - e das ilhas do Pacífico.

"Isso mostra que também há questões em torno da identidade cultural e do impacto da colonização", explica Prudence Stone, do Unicef da Nova Zelândia. O levantamento mais recente, de 2014, mostra que a taxa de suicídio entre homens maori é cerca de 1,4 vezes a de não-maori em todas as faixas etárias. "É alarmante. Talvez seja um indicador do nível de racismo institucional e cultural em nossa sociedade", avalia. "Não há uma pesquisa que nos diga isso de forma conclusiva, mas é certamente o que sugerem", acrescenta.

Há ainda outras possíveis causas para o problema.

Os serviços de saúde e assistência social em todos os países ocidentais vêm lutando há anos contra o estigma que associa a depressão à fraqueza. E isso pode ter um peso maior na Nova Zelândia do que em outros países. "Existe uma tradição cultural de que homens devem ser durões na Nova Zelândia", afirma Stone. "Isso pressiona os meninos a se tornarem aquele tipo de homem durão que bebe cerveja", completa.

Segundo ela, houve uma ligeira mudança nos últimos anos. Músicos e cineastas emergiram como modelos para um tipo diferente de homem na Nova Zelândia - não são os "típicos torcedores durões do All Black (seleção neozelandesa de rugby)", mas mostram que pode haver uma abordagem mais leve para a masculinidade.

"Eu acho realmente que há uma rigidez maior de princípios morais na psique da Nova Zelândia em torno do 'eu tenho que resolver isso sozinho', o que pode não acontecer tanto em outros países", concorda Briana Hill, porta-voz da Youthline, linha telefônica que oferece apoio a jovens. Não é que não haja um sistema de suporte para abordar o problema. A questão é que está sobrecarregado.

De acordo com Robinson, a demanda por esses serviços aumentou 70% na última década, enquanto o número de casos com indícios de suicídio subiu 30% nos últimos quatro anos, segundo a polícia. Esse é um problema que Briana Hill, da Youthline, conhece de perto. São tantas chamadas que ela simplesmente não dá conta de atender, por falta de braços.

O consenso entre os especialistas é de que há necessidade de mais fundos para ajudar a financiar esse tipo de serviço. Mas igualmente importante é chamar a atenção para o problema, conscientizar as pessoas e priorizá-lo.

"O país não está fazendo um bom trabalho em ajudar os jovens a serem capazes de lidar com a pressão, o estresse e os desafios emocionais e mentais que enfrentam", diz Shaun Robinson.

A continuidade do problema ao longo dos anos já colocou, no entanto, a questão no topo da agenda política. O tema se tornou, por exemplo, pauta de debates antes das eleições gerais do país, que acontecem em setembro deste ano. Em abril, o governo divulgou o esboço de uma estratégia nacional para prevenção do suicídio, que atualmente está em consulta pública.

Há um grande debate em torno do projeto. E, mesmo aqueles que acreditam que não seja suficiente, concordam que é um passo importante para reduzir as taxas de suicídio no país. Fonte: www.terra.com.br

Cerca de 17 mil pessoas vivem nas ruas de Salvador, de acordo com pesquisa divulgada este ano pelo projeto Axé.

Por Danutta Rodrigues, G1 BA

Fábio, Scarlet, Luís Ricardo e Andréa. Quatro histórias que se cruzam no Largo dos Mares, na Cidade Baixa, em Salvador. Como um universo paralelo, o espaço abriga e acolhe diariamente dezenas de pessoas em situação de rua. O olhar desviado e o passo apressado de quem circula na região escancara a invisibilização desses sujeitos que sofrem com a violação de direitos, a discriminação social e racial.

Os quatro fazem parte de cerca de 17 mil pessoas que vivem em situação de rua em Salvador, de acordo com a pesquisa "Cartografias dos Desejos e Direitos: Mapeamento e Contagem da População em Situação de Rua na Cidade de Salvador, Bahia, Brasil".

O estudo foi realizado pelo projeto Axé, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Movimento Nacional População de Rua e União dos Baleiros, com financiamento da Unesco, por meio do prêmio Criança Esperança 30 anos. Em um seminário realizado no mês de abril deste ano, a pesquisa foi apresentada.

'Cheguei a me prostituir'

"Eu sou Scarlet. Não sou daqui da Bahia, sou de Sergipe, e vivo hoje, atualmente, em situação de rua na cidade de Salvador. Tenho 25 anos de idade. Eu vivo aqui na cidade, passo por vários conflitos, preconceitos por causa da minha opção sexual. Mas também, assim, tenho um pouco de felicidade, né, porque eu conheço pessoas novas e tudo mais". A jovem, que é formada em Terapia Ocupacional, assumiu a orientação sexual aos 14 anos, quando começou a ter conflitos familiares. Com 17, passou a ser usuária de substâncias psicoativas como crack, cocaína e heroína.

"Eu cheguei até a me prostituir, a fazer programa para sustentar meu vício porque quando eu começava a usar drogas, eu tinha uma compulsão muito grande e eu queria usar, usar, usar e não parava", revela.

Ela conta que morava com os pais em Sergipe. Depois da separação deles e o uso abusivo de drogas, os conflitos dentro de casa aumentaram e motivaram a ida para as ruas. "Hoje é uma das coisas mais difíceis que eu estou tentando lidar é com a minha própria família, por causa dos conflitos que foram gerados devido ao resultado do meu uso de drogas. Eu perdi o controle e foi na época que eu fui viver em situação de rua e eu acabei migrando para dentro de Salvador", conta.

Há 1 ano e 10 meses e 23 dias sem fazer uso de substâncias psicoativas, Scarlet dorme em uma calçada na região da Cidade Baixa, junto com outros colegas, e durante o dia atua como pesquisadora do projeto 'Cartografias dos Desejos e Direitos', que faz o mapeamento das pessoas em situação de rua. "É um trabalho em que eu vou ser remunerada por isso. Eu passo o dia fazendo essa pesquisa, lá com a equipe. À noite estou aqui, pelo menos atualmente, não sei daqui pra frente", conta.

Ainda sem contato com a família, Scarlet tem o sonho de, um dia, trabalhar na área em que se formou. "Às vezes eu fico até triste. Eu estudei tanto, passei quatro anos numa faculdade e hoje eu não exerço a minha profissão por causa de barreiras que me impedem. Eu pretendo exercer minha profissão, ter minha casa, minha família, melhorar o contato com a minha família e ser feliz", planeja.

'Todos têm valor'

Aos 32 anos, Luís Ricardo carrega um sorriso expressivo e um olhar cansado de quem vive na rua desde os 12 anos de idade. A saída de casa ocorreu após problemas com o padrasto. Além de deixar a família, os estudos também ficaram para trás. "Oportunidade de estudo eu tive muita. Tive a oportunidade de estudo para ser hoje em dia outra pessoa, mas a mentalidade que eu tinha naquele tempo não era disso, era só de ficar na rua. Cheguei até a 3ª série", lamenta.

Para Luís, a maior dificuldade das pessoas em situação de rua é a discriminação. "Quando não é um que agride, é a polícia que chega, bate. Chega outras pessoas também e humilha [sic] a gente, porque acha que a gente é morador de rua e não tem valor. Mas todo morador de rua, eu creio, que todos eles têm um valor. Nem todos que moram na rua é ladrão, nem todos que moram na rua é vagabundo. Tem os que moram na rua porque não têm casa, não têm família. Outros porque se revoltou [sic] com a família, quer ir embora. Todo dia é uma luta, todo dia a gente mata um leão para sobreviver”, define.

Ele conta que ainda faz uso de álcool e cocaína, além de já ter sido usuário de crack, cola, maconha, entre outras substâncias psicoativas. Luís atua como 'garoto propaganda' e passa o dia andando pela cidade entregando panfletos, colando propagandas em postes. Ao ser perguntado sobre a vontade de voltar a estudar, a resposta foi imediata: "Oxe! Muita!".

Apesar de manter contato constante com a família, ele diz que não tem contato com o filho de 4 anos há mais de um ano. "A mãe do garoto não quer que eu veja. Mas às vezes passo por onde ele mora e só em ver ele já é uma alegria", disse. Com todos os revezes de viver em situação de rua, Luís Ricardo não perde o sorriso no rosto. "Não é porque a vida é difícil que a gente pode ficar triste, cabisbaixo. A gente tem sempre que ficar pra cima, sempre tem que ser uma pessoa coração aberto, alegre, sempre assim".

'Se era ruim em casa, pior é na rua'

 “Aqui é assim, ó, você tem que andar sozinho, não se envolver com ninguém. Qualquer passo em falso é motivo de faca, é motivo de morte, é motivo de tocar fogo. Eu nunca fui presa, nunca levei uma tapa, nenhum traficante nunca me chamou atenção”. O relato é de Andréa Barbosa, de 32 anos. Há 17, ela vive nas ruas de Salvador. A saída de casa foi motivada pelo uso do crack, aos 15 anos. Desde então, Andréa circulava no "Pela Porco", na Sete Portas, e há oito meses vive na região do Largo dos Mares.

“Eu levanto 11h, tomo café, porque eu não gosto de tomar banho. Depois eu vou orar. Aí almoço, rezo de novo, e umas 17h, 19h, fico por aqui [pelo Largo dos Mares]. Depois pego o sopão, um mingau, e vou ficando por aqui”. O local onde dorme é em frente a um supermercado do bairro. O banho, a cada dois dias, é em um chuveiro que tem em uma praia próxima. Com ajuda de um projeto do governo do estado, ela tem reduzido o consumo de substâncias psicoativas e se arrepende de um dia ter abandonado a família.

"Sonho em voltar para casa, mas minha família já não acredita mais em mim, tem a visão de que usuário de crack não é confiável, e ainda mais quando é ‘maloqueiro'. Se era ruim em casa, pior é na rua", conta. Andréa tem um filho de 18 anos e já nem lembra a última vez que o encontrou. Soropositiva, ela toma o coquetel de remédios há 12 anos. Sobre o futuro, o desejo de voltar de onde acredita que nunca deveria ter saído. "Paz, prosperidade, saúde... e sair da rua”, diz.

'Fui na porta do inferno e voltei'

Com andar debilitado por problemas físicos decorrentes de uma queda, Fábio mantém o olhar desconfiado e atento. Nascido e criado em Camaçari, região metropolitana de Salvador, foi para as ruas de Salvador após a separação dos pais e do uso de substâncias psicoativas, aos 14 anos.

"Eu fui na porta do inferno e voltei, né. Aí o cara pega mais a visão e fica mais de quebrada. Muitas coisas que o cara fazia antes, o cara vê bicho, o cara tem medo, o bagulho é louco. Para o que eu estava, a onda agora é só diminuir a droga, é só eu controlar, tirar o crack que eu fico de boa, fico de quebrada. O crack quebra a imunidade legal. O crack e a cachaça", revela.

À época da entrevista, Fábio dormia em uma casa alugada no bairro da Massaranduba, que fica na Cidade Baixa. Mas, devido ao custo alto, ele voltou a dormir em uma calçada próxima ao Largo dos Mares, onde fica durante o dia e também à noite. O 'corre', que é trabalho do dia a dia, se divide em guardar e lavar carros e motos na região. Ele também recebe um benefício do governo federal por causa da deficiência que adquiriu após a queda.

Fábio tem um filho, que não foi registrado por ele e com quem perdeu contato. Ainda assim, ele conta com a atenção da mãe e com a visita esporádica do irmão. A relação não incita o desejo de voltar para casa. "Eu vou voltar pra a família para quê? Todo mundo com seus 'bagulhos', seus ‘corres’, seus empregos, suas paradas, e ainda tem aquela situação já da ‘ovelha negra’ da família. Aí minha família que eu vejo assim, às vezes dá um apoio quando eu tô precisando de alguma parada, porque mãe é mãe", disse.

Para ele, a rua é uma escola. "Estudar pra quê? A pista aí ensinando...A sociedade hoje sempre tem aquela onda, aquele preconceito, aquela viagem. Não é pessoa, não é ser humano, e ninguém pode confiar. A sociedade vê assim, eu vejo que a sociedade vê assim. Eu não tenho um futuro muito próspero não. Como eu disse a você, é o fim de carreira. Quase fim de carreira. Só Jesus para mudar o quadro, mas a teimosia do homem é a derrota dele”, conclui.

Acompanhamento

Scarlet, Fábio, André e Luís Ricardo são acompanhados pela equipe do Corra pro Abraço, ação da Secrataria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). "A gente não faz um trabalho de conscientização. Eu acredito que ninguém conscientiza ninguém. A gente vem para cá para promover uma série de trabalhos e atividades, e através dessas atividades, as pessoas fazem uma compreensão no que se refere a cidadania, política, e muitas vezes a gente aprende muito com eles", relata Daniele Rebouças, que é assistente social, advogada e supervisora de campo do Corra pro Abraço.

De acordo com Daniele, o programa trabalha na perspectiva da redução de danos. "A gente não acredita na lógica da abstinência porque a gente sabe que isso não resolve. A gente tenta trabalhar com relação ao uso, tentando compreender como é que ele se vê nesse uso, se ele entende que esse uso está trazendo para ele consequências prejudiciais, então a gente respeita muito isso", conta Daniele. Segundo ela, se há o desejo de diminuir o uso de substâncias psicoativas, ou de tentar usar de uma outra forma, há uma orientação no sentido da redução de danos.

"A gente também sabe que não existe um modelo pronto para todo mundo, cada um é um indivíduo, cada um é diferente, a gente respeita o desejo e através disso a gente dialoga com ele, para saber qual é o melhor para ela, qual é o melhor caminho a ser seguido, para cada sujeito", destaca a assistente social. Para ela, a potência do trabalho do Corra pro Abraço está no vínculo. "A gente consegue através de uma escuta qualificada, sensível, respeitando esse sujeito, respeitando seus desejos, é que a gente consegue produzir o vínculo e através do vínculo a gente consegue fazer o nosso trabalho, que seria, no caso, encaminhar para os serviços, articular a efetivação de alguma demanda, e é através do vínculo mesmo. Eu acho que a potência do nosso trabalho está aí. Eu acho que o diferencial da gente é esse", conclui. Fonte: http://g1.globo.com

Reunião com a mesa administrativa da Ordem Terceira do Carmo de Salvador-BA.

Missa de 1 Ano de Falecimento de Estelita Lima Calmon ( Iyalorixá Estelita de Oyá ).

CAMINHANDO E CANTANDO. Nos últimos dois dias, segunda e hoje, terça-feira nós; Frei Petrônio e Frei Donizetti, estivemos contemplando a natureza na Serra de Petrópolis/RJ; Jantando na casa do irmão Mauro, da Ordem Terceira do Carmo de São João del Rei- residente em Tiradentes/MG- e visitamos o Pároco da Catedral do Pilar de São João del Rei, Pe. Geraldo. Agradecer...  Eis a palavra para todos aqueles e aquelas que nos acolheram em nossa Missão nas últimas horas.  Ah! E também gravamos muito, muitos vídeos para o olhar. 

Uma das explicações para a pobreza maior entre os mais novos está na desigualdade na concessão de benefícios

A parcela de pobres na população caiu de 33% em 2004 para 16% em 2015, mas a participação de crianças e adolescentes permanece a mesma, em torno de 40%. A economista Sonia Rocha, do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets), no seu estudo, calculou que a participação da faixa etária de até 14 anos na população recuou de 27,4% em 2004 para 21,2% em 2015. Mesmo assim, a parcela de crianças e adolescentes entre os pobres se manteve praticamente estável: passou de 41,9% para 38,3%.
Entre os idosos, o movimento foi inverso. A população de 60 anos ou mais cresceu de 9,6% para 14,3% e, na pobreza, passou de 3,2% para 3,6%.

— Se não houvesse desigualdade, a participação na pobreza deveria ser a mesma que na população. A cada ano tem menos crianças, nem assim se consegue protegê-las adequadamente nem dar educação razoável. O ideal é que houvesse rede de creches de qualidade.

Uma das explicações para essa pobreza maior entre os mais novos está também na desigualdade na concessão de benefícios. Os idosos que ganham salário mínimo têm reajuste todo ano, enquanto o Bolsa Família não tem uma regra de reajuste. O último foi em junho do ano passado, de 12,5%, depois de dois anos sem aumento. O benefício médio é de R$ 180,49 por família.

Os números da pesquisa são de 2015. Como tivemos recessão também em 2016, a situação deve ter ficado pior, diz Sonia:

— A pobreza deve ter se agravado em 2016 e em 2017.

Na opinião do economista Sergei Soares, ex-presidente do Ipea, na crise é a hora de aumentar o benefício e o alcance do programa:

— Os idosos estão mais protegidos. Numa crise de proporções severas como a que estamos vivendo, o Bolsa Família deveria ter aumentado. Durante uma crise, por princípio, a proteção social tem que aumentar principalmente para os mais pobres. Aposentadoria de juiz pode ficar defasada, Bolsa Família, não.

O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, afirma que não há fila de espera para entrar no programa. Todos que estão elegíveis foram atendidos:

— Incluímos 1,5 milhão de famílias. Aperfeiçoamos o sistema. Verificamos mensalmente se há pessoas que já deveriam sair do programa. Antes, era uma vez por ano. Em outubro, descobrimos 1.100 famílias que tinham renda per capita de um salário mínimo (o corte para entrar no programa é de R$ 170 per capita).

Atualmente, são atendidas 13,3 milhões de famílias, abaixo de 2014, quando eram 14 milhões. O programa Criança Feliz, lançado pelo presidente Michel Temer em outubro do ano passado, de visitas domiciliares para estimular crianças de até 3 anos, ainda não começou. A previsão do secretário é que comece no fim de junho:

— Capacitamos 90 multiplicadores para treinar 1.100 supervisores e teremos 11 mil visitadores. A meta é atender um milhão de crianças este ano e quatro milhões no ano que vem. Já temos 400 mil crianças identificadas. Fonte: https://oglobo.globo.com

Prefeito de Craibas, Ediel Leite e Vice, Neto Pedro e Outras Altoeidades, tenham Compaixão dessa família carente onde a mulher passa por difícil problema de Saúde. A Casa dela caio nas chuvas e eles não tem onde morar. Ajudem pelo amor Deus! Ela não tem onde morar com os filhos Fonte: Facebook (Viver Solange Santos).

Um homem foi preso nesta sexta-feira acusado pela polícia de tentar estuprar a própria filha e, em seguida, espancar um cachorro até a morte, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Um vídeo que mostra Alexander Soares Eguchi, de 42 anos, batendo no animal circulou pelas redes sociais. Após ter sua prisão preventiva decretada, ele se apresenou no Fórum Central, no Centro do Rio, de onde policiais o levaram para a 42ª DP (Recreio).

— Fui avisada e mandei uma equipe para prendê-lo e trazer para a delegacia — disse a delegada Márcia Julião, acrescentando que o suspeito vai responder por crime contra o meio ambiente e estupro.

De acordo com a delegada, Eguchi tentou "agarrar a filha" de 21 anos, jogando-se em cima dela. Ainda segundo a policial, a jovem gritou por socorro, e o cachorro, da raça chow chow, correu atrás do suspeito e o mordeu. Com raiva, Eguchi teria amarrado o animal num poste e o espancado até a morte.

Toda a agressão contra o cachorro foi gravada em vídeo por um vizinho da família. As imagens foram publicadas nas redes sociais e revoltaram internautas. Ouvida na delegacia, a filha de Eguchi confirmou que ele a agarrou e a ameaçou. Segundo a delegada, ela não é filha biológica do suspeito, mas foi registrada e criada por ele.

Ao decretar a prisão preventiva do suspeito, o juiz Manoel Tavares Cavalcanti, do VII Juizado da Violência Doméstica, diz que a medida é necessária porque a “liberdade do denunciado atinge a manutenção da ordem pública, ameaça o normal desenvolvimento e julgamento da ação e prejudica a aplicação da lei penal”. Fonte: https://extra.globo.com

A Internet está mudando a forma como pensamos? Se a Rede muda a forma como pensamos, e a teologia é intellectus fidei, ou seja, “pensar a fé”, a pergunta é imediata: a Internet está mudando a forma como pensamos a fé? Está mudando – entre outras coisas – a nossa forma de pensar e viver o mistério e a experiência da Igreja?

Essas foram as primeiras indagações do padre jesuíta Antonio Spadaro, editor da revista Civiltà Cattolica e autor do livro Ciberteologia, Pensar o Cristianismo nos tempos da rede, recém-publicado em português, pela Editora Paulinas, durante a Conferência A semântica do Mistério de Igreja no contexto da(s) gramática(s) da midiatização, dentro da programação do XIII Simpósio Internacional IHU Igreja, cultura e sociedade. A semântica do Mistério da Igreja no contexto das novas gramáticas da civilização tecnocientífica, realizada ontem, 03, no auditório central da Unisinos.

Bem-humorado, Spadaro atraiu a atenção do público que lotou o auditório, ao abordar de maneira clara e acessível o papel da religião e da religiosidade neste novo cenário que emerge da midiatização da sociedade e da chamada web 2.0. “Quando se fala em Internet e religião, aborda-se em nível sociológico ou tecnológico, mas raramente teológico. Logo, pretendo analisar teologicamente a rede. E esse é o grande desafio”, pondera o jesuíta.

A Internet está mudando nosso modo de pensar?

Essa foi uma das inúmeras inquietações de Antonio Spadarodurante a Conferência. Para ele, a Internet está mudando, sim, nosso modo de pensar e de viver a fé na contemporaneidade. “Se a Internet está mudando nosso modo de pensar, ela não estará modificando a nossa forma de pensar a fé? Está alterando nosso modo de pensar e viver a experiência da Igreja? Está transformando a nossa maneira de ler a Bíblia?”, indaga.

A Rede não é apenas um instrumento

Uma das principais abordagens do padre jesuíta durante a Conferência foi a questão de que a rede não é apenas um instrumento, “mas um ambiente no qual vivemos, está construindo um ambiente de vida. Talvez até mais. Um verdadeiro tecido interligado da nossa experiência da realidade”. Segundo Spadaro, não se deve ser superficial e usar a Internet como meio de evangelização, “mas evangelizar considerando que o meio de evangelização do homem se expressa também no ambiente digital”.

Para Spadaro, as recentes tecnologias digitais não são mais somente tools, isto é, instrumentos completamente externos ao nosso corpo e a nossa mente. “ ‘Os modernos meios de comunicação há tempo fazem parte dos instrumentos comuns através dos quais as comunidades eclesiásticas se expressam, entrando em contato com o seu próprio território e estabelecendo, muitas vezes, formas de diálogo mais abrangentes’.” Foi o próprio Bento XVI, em sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações de 2010, a declará-lo.

Web 2.0 e o conceito de presença

Quem é o meu próximo? Essa é a primeira grande pergunta de Spadaro. A segunda? Onde está o meu próximo?

Segundo o teólogo, não são os conteúdos que estão no centro da web 2.0, nem os indivíduos, mas sim as relações. “Os conteúdos não têm valor se não forem compartilhados, essa é a peculiaridade da web 2.0”, afirma, ao avaliar ainda que devemos entender como o conceito de próximo evolui a partir da rede, uma vez que este conceito “é muito importante para a vivência cristã”. SegundSpadaro, as redes sociais não expressam um conjunto de indivíduos, mas um conjunto de relações entre os indivíduos. “O conceito chave não é mais a ‘presença’ na Rede, mas a ‘conexão’: estando presente, mas não conectado, se está ‘só’. Se eu interajo eu existo. O indivíduo entra na Rede para experimentar ou ampliar de algum modo a proximidade/vizinhança. Deve-se, portanto, entender como o conceito de ‘próximo’ evolui a partir da Rede.” E indaga: “O que significa estar presente para o outro? Em um evento? Se vocês escutarem um CD de Beethoven, vocês estarão presente naquele evento configurado por um equipamento tecnológico ou não?”

A “praça virtual”

Segundo o teólogo, a ideia de praça, que é um lugar físico, está se tornando cada vez mais o dispositivo tecnológico, como a Internet e as mídias digitais. Mas, “como tudo isso irá impactar no modo de viver na Igreja?”, questiona.  E continua: “Como imaginar o futuro de uma comunidade eclesial no contexto da rede?” Segundo Spadaro, as pessoas deixam de criar comunidades para criar networks, com gostos e preferências específicos.

Hierarquia e autoridade na rede

Ainda na tarde de ontem, Spadaro refletiu sobre como pensar o conceito de hierarquia e autoridade na era da rede e percebeu que a lógica da Internet implica que o conhecimento passa pela relação. “A web 2.0 é uma rede de relações, o conteúdo não é comunicado através da transmissão, mas por compartilhamento. Se um conteúdo é transmitido, ele não é conhecido, mas se é compartilhado, sim. Exemplo: no meu blog, se eu publicar e deixar apenas ali, poucos irão ler. Já tentei fazer isto. Mas seu eu postar no Twitter, imediatamente mais de 2000 pessoas irão ler no mesmo dia.”

Teilhard de Chardin à frente de seu tempo

Segundo Antonio SpadaroPierre Teilhard de Chardin foi uma das pessoas que mais compreendeu sobre a Internet. “Ele teve a intuição fundamental para ajudar a compreender a função espiritual que é a rede. Teve ainda condições de analisar as redes e, sobretudo, quais eram os seus fins. O processo de evolução da humanidade, para Chardin, passa de uma condição de um isolamento, homem pastor, que depois dá lugar ao homem agricultor até chegarmos a impérios.”

Para o jesuíta, a Igreja no tempo da rede deve avaliar as formas de sua presença. “É necessário que a instituição católica compreenda o lugar de conexão capaz de fornecer a base de comunhão em uma sociedade cada vez mais fragmentada”, completa. E frisa: “A Igreja de hoje deveria criar espaço de network que permita construir relações significativas”.

Instrumento x ambiente

“O microfone é um instrumento que permite amplificar a minha voz, mas ao mesmo tempo mostrar um contexto. Para a rede isto vale muito mais”, continua o palestrante, ao ponderar que “a rede não é apenas um instrumento que permite fazer as coisas, cria ambientes, como no Facebook, vitais, onde podemos nos expressar. As tecnologias geram ambientes de relações e conhecimentos”.

Logo, para o editor, as mídias digitais são sistemas conectivos de nossa experiência, sem interrupção. “Elas são um tecido conectivo, uma conexão entre minha vida online e off-line.”

Rede como ambiente de vida

São duas as necessidades que as redes causam: conhecer e estar em relação. “Isso desde as antiguidades. As tecnologias não são algo estático. Elas se tornaram cada vez mais complexas.” Deste modo, Spadaro acredita que sim, a comunidade eclesial está dentro de uma mentalidade que considera a rede como um ambiente de vida.

Dualismo digital

“Nós vivemos neste momento um dualismo digital. Por isso, distinguimos a vida online da off-line, a vida que dizemos real com aquela do network social. Essa diferença tão clara leva a uma esquizofrenia. E essa distinção não ajuda a entender. Nós somos chamados a integrar essas duas dimensões. E não opô-las”, esclarece.

Spadaro avaliou também que não se fala mais em meio de comunicação, “mas sim em ambiente”. Para ele, a rede cria ambientes e não instrumentos e a tecnologia das redes é uma revolução antiga, sendo “uma forma nova de expressar as necessidades que o homem sempre teve”.

Questionamentos

A tecnologia está se tornando cada vez mais transparente? Mas não terá a tecnologia um valor espiritual? Como pensar a tecnologia como uma profunda espiritualidade do homem?

Do ponto de vista da Igreja, como a rede pode ser um ambiente e não um instrumento de evangelização?

Qual a contribuição que a Igreja poderá dar para toda a humanidade para compreender o que é a rede verdadeiramente?

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

O Frei Carlos Mesters- Em recuperação aqui no Convento do Carmo da Lapa/RJ- nesta quarta 31, recebeu a visita das irmãs; Cecília, da Vila Sabrina e Bernadete, da Vila Medeiros, São Paulo. Elas são da Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias de Santa Teresa do Menino Jesus. www.carmelitasmissionarias.com.br