BATISMO DO SENHOR-AO VIVO/RJ: Santa Missa do Batismo do Senhor, com Frei Petrônio de Miranda
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BATISMO DO SENHOR-AO VIVO/RJ: Santa Missa do Batismo do Senhor, com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm, direto da Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro, Rio de Janeiro. 12 de janeiro-2020.
DOMINGO DO BATISMO DO SENHOR: “Na festa do Batismo de Jesus redescubramos nosso Batismo”. Papa Francisco
“Na festa do Batismo de Jesus redescobrimos o nosso Batismo. Como Jesus é o Filho amado do Pai, também nós renascido da água e do Espírito Santo sabemos ser filhos amados, objeto da complacência de Deus, irmãos de tantos outros irmãos, investidos de uma grande missão para testemunhar e anunciar a todos os homens o amor sem limites do Pai”: disse o Papa no Angelus este domingo (12/01), festa do Batismo do Senhor
Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano
“Maria Santíssima nos ajude a compreender sempre mais o dom do Batismo e a vivê-lo com coerência nas situações de todos os dias”: foi o pedido do Papa à Virgem Santa, na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, ao meio-dia deste domingo (12/01), com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
“Mais uma vez tive a alegria de batizar algumas crianças, na festa de hoje do Batismo do Senhor. Rezemos por elas e por suas famílias”, disse Francisco. Efetivamente, pouco antes, o Santo Padre tinha acabado de presidir à santa missa na Festa do Batismo do Senhor, celebrada na Capela Sistina, com o rito do Batismo das crianças: ao todo, foram 32 crianças batizadas, 15 meninas e 17 meninos.
Deus é Santo, seus caminhos não são os nossos
O Pontífice ressaltou que a liturgia deste ano nos propõe o evento do batismo de Jesus narrado pelo Evangelho segundo São Mateus (3,13-17). O evangelista descreve o diálogo entre Jesus, que pede o batismo, e João Batista, que quer negar-se a fazê-lo e observa: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?”
O Santo Padre observou que esta decisão de Jesus surpreende o Batista: “de fato, o Messias não precisa ser purificado; é Ele, ao invés, que purifica. Mas Deus é o Santo, seus caminhos não são os nossos, e Jesus é o Caminho de Deus, um caminho imprevisível”, ressaltou.
Jesus veio superar a distância entre o homem e Deus
João havia declarado que entre ele e Jesus existia uma distância abissal, insuperável. “Eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias” (Mt 3,11), dissera. “Mas o Filho de Deus – continuou o Papa – veio justamente para superar a distância entre o homem e Deus. Se Jesus é totalmente da parte de Deus, é também totalmente da parte do homem, e reúne aquilo que estava dividido”.
Por isso, explicou Francisco, Jesus replica a João: “Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça”.
Solidariedade com o homem frágil e pecador
“O Messias pede para ser batizado, a fim de que se cumpra toda justiça, isto é, se realize o desígnio do Pai que passa pelo caminho da obediência filial e da solidariedade com o homem frágil e pecador. É o caminho da humildade e da plena proximidade de Deus a seus filhos.”
O Pontífice observou que também o profeta Isaias anuncia a justiça do Servo de Deus, que realiza a sua missão no mundo com um estilo contrário ao espírito mundano: “Ele não clamará, não levantará a voz, não fará ouvir a sua voz nas ruas, não quebrará a cana rachada, não apagará a mecha bruxuleante” (42,2-3). Em seguida, o Pontífice acrescentou:
“É a atitude da mansidão, da simplicidade, do respeito, da moderação e do não fazer alarde, que se requer também hoje aos discípulos do Senhor. Na ação missionária a comunidade cristã é chamada a ir ao encontro dos outros sempre propondo e não impondo, dando testemunho, partilhando a vida concreta das pessoas.”
Testemunhar e anunciar o amor sem limites de Deus
Assim que Jesus foi batizado no rio Jordão, os céus se abriram e desceu sobre Ele o Espírito Santo como uma pomba, enquanto do alto ressoou uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem coloquei a minha complacência”, frisou o Papa citando a passagem de Mt 3,17.
“Na festa do Batismo de Jesus redescobrimos o nosso Batismo. Como Jesus é o Filho amado do Pai, também nós renascido da água e do Espírito Santo sabemos ser filhos amados, objeto da complacência de Deus, irmãos de tantos outros irmãos, investidos de uma grande missão para testemunhar e anunciar a todos os homens o amor sem limites do Pai.”
Na saudação aos vários grupos de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro, o Pontífice saudou, entre outros, os jovens do Movimento dos Focolarinos provenientes do Brasil, Colômbia, Paraguai e Coreia, vindos a Roma para um curso de formação há cem anos do nascimento da Serva de Deus Chiara Lubich. Fonte: https://www.vaticannews.va
Festa do Batismo do Senhor – Ano A. Domingo 12.
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A liturgia deste domingo tem como cenário de fundo o projeto salvador de Deus. No batismo de Jesus nas margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projeto do Pai, Ele fez-Se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado e empenhou-Se em promover-nos, para que pudéssemos chegar à vida em plenitude.
EVANGELHO (Mt 3,13-17)
O símbolo da pomba não é imediatamente claro…
Provavelmente, não se trata de uma alusão à pomba que Noé libertou e que retornou à arca (cf. Gn 8,8-12); é mais provável que a pomba (em certas tradições judaicas, símbolo do Espírito de Deus que, no início, pairava sobra as águas – cf. Gn 1,2) evoque a nova criação que terá lugar a partir da atividade que Jesus vai iniciar.
Temos, finalmente, a voz do céu. Trata-se de uma forma muito usada pelos rabbis para expressar a opinião de Deus acerca de uma pessoa ou de um acontecimento. Essa voz declara que Jesus é o Filho de Deus; e fá-lo com uma fórmula tomada desse cântico do “Servo de Jahwéh” que vimos na primeira leitura de hoje (cf. Is 42,1)… Sugere-se, dessa forma, que Jesus é o Filho de Deus… Mas acrescenta-se, para que não haja equívocos: a sua missão não se desenrolará no triunfalismo, mas na obediência total ao Pai; não se cumprirá com poder e prepotência, mas na suavidade, na simplicidade, no respeito pelos homens (“não gritará, nem levantará a voz; não quebrará a cana fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega” – Is 42,2-3).
A cena do batismo de Jesus revela, portanto, essencialmente que Jesus é o Filho de Deus, que o Pai envia ao mundo a fim de cumprir um projeto de libertação em favor dos homens. Como verdadeiro Filho, Ele obedece ao Pai e cumpre o plano salvador do Pai; por isso, vem ao encontro dos homens, solidariza-Se com eles, assume as suas fragilidades, caminha com eles, refaz a comunhão entre Deus e os homens que o pecado havia interrompido e conduz os homens ao encontro da vida em plenitude. Da atividade de Jesus, o Filho de Deus que cumpre a vontade do Pai, resultará uma nova criação, uma nova humanidade.
Além desta catequese sobre Jesus, o Filho de Deus, o texto sugere outras duas linhas importantes quanto à definição da identidade de Jesus. Uma delas apresenta Jesus como o novo libertador:
O batismo de Jesus no Jordão recorda a passagem do Mar Vermelho e estabelece um novo paralelo entre Jesus e Moisés… Jesus é o novo Moisés, revestido do Espírito de Deus, para conduzir o seu Povo da terra da escravidão para a terra da liberdade. A outra linha torna-se patente no diálogo entre João e Jesus: se João reconhece humildemente a sua inferioridade e a sua condição de percursor, é porque Jesus é esse Messias esperado, da descendência de David.
ATUALIZAÇÃO
No episódio do batismo, Jesus aparece como o Filho amado, que o Pai enviou ao encontro dos homens para os libertar e para os inserir numa dinâmica de comunhão e de vida nova. Nessa cena revela-se, portanto, a preocupação de Deus e o imenso amor que Ele nos dedica… É bonita esta história de um Deus que envia o próprio Filho ao mundo, que pede a esse Filho que Se solidarize com as dores e limitações dos homens, e que, através da ação do Filho, reconcilia os homens consigo e fá-los chegar à vida em plenitude. Aquilo que nos é pedido é que correspondamos ao amor do Pai, acolhendo a sua oferta de salvação e seguindo Jesus no amor, na entrega, no dom da vida. Ora, no dia do nosso batismo, comprometemo-nos com esse projeto… Temos, depois disso, renovado diariamente o nosso compromisso e percorrido, com coerência, esse caminho que Jesus nos veio propor?
A celebração do batismo do Senhor leva-nos até Jesus que assume plenamente a sua condição de “Filho” e que Se faz obediente ao Pai, cumprindo integralmente o projeto do Pai de dar vida ao homem. É esta mesma atitude de obediência radical, de entrega incondicional, de confiança absoluta que eu assumo na minha relação com Deus? O projeto de Deus é, para mim, mais importante de que os meus projetos pessoais ou do que os desafios que o mundo me faz?
O episódio do batismo de Jesus coloca-nos frente a frente com um Deus que aceitou identificar-Se com o homem, partilhar a sua humanidade e fragilidade, a fim de oferecer ao homem um caminho de liberdade e de vida plena. Eu, filho deste Deus, aceito ir ao encontro dos meus irmãos mais desfavorecidos e estender-lhes a mão? Partilho a sorte dos pobres, dos sofredores, dos injustiçados, sofro na alma as suas dores, aceito identificar-me com eles e participar dos seus sofrimentos, a fim de melhor os ajudar a conquistar a liberdade e a vida plena? Não tenho medo de me sujar ao lado dos pecadores, dos marginalizados, se isso contribuir para os promover e para lhes dar mais dignidade e mais esperança?
No batismo, Jesus tomou consciência da sua missão (essa missão que o Pai lhe confiou), recebeu o Espírito e partiu em viagem pelos caminhos poeirentos da Palestina, a testemunhar o projeto libertador do Pai. Eu, que no batismo aderi a Jesus e recebi o Espírito que me capacitou para a missão, tenho sido uma testemunha séria e comprometida desse programa em que Jesus Se empenhou e pelo qual Ele deu a vida?
*Leia o Evangelho na íntegra. Clique no link ao lado- EVANGELHO DO DIA.
BATISMO DO SENHOR. Domingo, 12 de janeiro-2020.
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Frei Jorge Van Kampen, Carmelita. In Memoriam. (*17/04/1932 + 08/08/2013)
A pregação do Evangelho aos pagãos, no início, parecia um trabalho sem resultado, mas Jesus vai mostrar, que a conversão é uma caminhada contínua. Por isso vai entrar na fila para ser batizado por João. Assim mostrará, que a humanidade é o caminho do perdão e da conversão. Desta maneira buscamos a justiça e a reforma da própria vida.
A palavra “justifica” nos faz pensar num julgamento, sentença judicial. Tribunal da justiça, mas na Bíblia esta palavra significa agir com retidão, fazer o que se diz. Assim pode contar com esta pessoa; ela se dispõe para defender a integridade da pessoa, porque ela se sente deprimida. Encontra-se uma preocupação com a lealdade da pessoa.
Liturgia da Palavra de Deus. (Is. 1-4 e 6-7; At. 10, 34-38; Mat. 3, 13-17).
Jesus não necessita do batismo de João. Ele é o próprio Salvador, e deseja, que todos procuram o acolhimento e o perdão. O batismo de Jesus é revestir-se do Espírito Santo e a Paz.
Reflexão
Senhor, Pai de todos os homens, nós Vos agradecemos, porque estivestes tão perto de nós em Jesus Cristo: simples e realmente encomendado por nossa causa. Fazei a nossa vida. Como Ele viveu. Fazei-nos pedras vivas do Vosso Reino, que permanecerão até a vida eterna. Amém
Resposta à Palavra de Deus.
João batizava aqueles, que viveram para ouvi-lo. Assim demonstravam o seu propósito de começar uma vida nova e mais justa. O sacramento do Batismo nos compromete com Cristo para segui-lo e emita-lo.
Fala de Edir Macedo de que Espírito Santo quer dinheiro foi tirada de contexto, diz Universal
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'Ele quer que você nos ajude a pagar as nossas contas', diz o líder religioso
A Igreja Universal do Reino de Deus afirma que o vídeo no qual o bispo Edir Macedo diz a fiéis "não creio que o Espírito Santo queira palmas, ele quer que você nos ajude a pagar as nossas contas" exibe uma fala retirada de contexto e "serve apenas ao preconceito religioso contra a Universal e seus 7 milhões de fiéis e simpatizantes no Brasil".
"Eu não creio que o Espírito Santo queira palmas. Ele quer que você nos ajude a pagar as nossas contas. Amém? Ele quer que você bata a mão no bolso", diz o líder religioso na vídeo.
A Universal reconhece a veracidade da fala. "Trata-se de um vídeo antigo, de 2018", afirma a instituição, fundada por Macedo.
O conteúdo circulou a internet nesta sexta (10), sendo compartilhado por perfis como Haddad Debochado (128,8 mil seguidores) e pelo youtuber Felipe Neto (10,2 milhões de seguidores).
Procurada para comentar o vídeo, a Universal enviou à coluna a resposta abaixo:
"Trata-se de um vídeo antigo, de 2018. A fala, retirada de seu contexto, serve apenas ao preconceito religioso contra a Igreja Universal do Reino de Deus e seus 7 milhões de fiéis e simpatizantes no Brasil. O dízimo não é uma doutrina da Universal, mas um ensinamento bíblico. Quem devolve o dízimo, o faz por obediência à palavra de Deus. Nem aqueles que têm ódio da Universal e dos demais cristãos, nem o jornal 'Folha de S. Paulo' precisam se sentir obrigados a praticar a fé cristã, mas não têm o direito de debochar quem opta por obedecer às sagradas escrituras." Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
BATISMO DO SENHOR: “O céu se abriu”. Domingo, 12 de janeiro.
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Jesus foi da Galileia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João e ser batizado por ele. Mas João procurava impedi-lo, dizendo: «Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?» Jesus, porém, lhe respondeu: «Por enquanto deixe como está! Porque devemos cumprir toda a justiça.» E João concordou.
Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e pousando sobre ele. E do céu veio uma voz, dizendo: «Este é o meu Filho amado, que muito me agrada.» Leitura do Evangelho de Mateus, capítulo 3,13-17 (Correspondente à celebração do Batismo de Jesus, ciclo A do Ano Litúrgico). O comentário é de Ana Maria Casarotti, Missionária de Cristo Ressuscitado.
“O céu se abriu”
Há poucos dias celebramos o Natal, o nascimento de Jesus, sua presença no meio de nós, e neste domingo a liturgia convida-nos a celebrar o Batismo de Jesus. Com este relato inicia-se a vida pública de Jesus. Abandona sua cidade, seus conhecidos, sua terra e dirige-se ao Jordão, onde João está batizando: “Jesus foi da Galileia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João e ser batizado por ele”.
Jesus teve que percorrer quase cem quilômetros para ir ao encontro de João. Não temos muitos dados sobre esta viagem, mas cada um dos evangelistas descreve o batismo como um fato crucial no começo do evangelho. Jesus já tinha ouvido falar do Batista e possivelmente conhecia a importância da sua pregação no deserto da Judeia e seu chamado à conversão. “Convertam-se, porque o Reino do Céu está próximo.” Ele já tinha sido anunciado pelo profeta Isaías como a voz que grita no deserto: “Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas!”
A chegada do Messias era largamente esperada e desejada porque ele seria o Libertador do poder do inimigo e do adversário e os transformaria numa grande nação.
Jesus abandona sua terra, aquilo que é conhecido, para ir ao encontro do novo, para cumprir uma missão que irá descobrindo durante sua vida. Neste simples gesto de Jesus, cada um e cada uma de nós somos chamados a seguir seu exemplo: deixar aquilo que é conhecido e seguro para ir ao encontro do desconhecido, na busca da vontade do Pai, depositando nele nossa confiança e fidelidade. A atitude de Jesus converte-se assim no modelo a seguir!
“Jesus saiu da água” e “o céu se abriu”. O evangelista deixa claro que depois de ser batizado acontece uma realidade nova, surpreendente. Jesus sai da água e nesse momento o céu se abriu. Os céus abertos significam esperança no Antigo Testamento. Lembremos o texto de Isaías,“Quem dera rasgasses o céu para descer! Diante de ti as montanhas se derreteriam” (Is 63 19). Em Jesus os céus se rasgam e o céu desce! Ele é assim o depositário da voz do Pai para os homens e as mulheres, destruindo para sempre a separação entre Deus e os homens. Já não há mais distância.
Para escutar a voz do Pai sobre nossas vidas e sobre a vida de tantas pessoas que estão ao nosso redor, devemos fazer silêncio interior. Por isso, neste domingo, somos convidados a escutar essa voz silenciosa mas potente, que deposita em cada pessoa humana sua paternidade amorosa, confiando-lhe uma missão única e intransferível. Como Jesus, deixemo-nos conduzir pelo Espírito que nos faz nascer de novo e sinala o caminho que nos leva à vida plena. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Legionários de Cristo, dados chocantes: em 80 anos foram abusados 175 menores
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Ele era uma mente criminosa refinada e era descrito como uma espécie de demônio, um corruptor nato. A primeira denúncia de abusos contra o padre Marcial Maciel Degollado, fundador dos Legionários de Cristo, chegou ao Vaticano em 1997, mas foi imediatamente encoberta. Ninguém queria ouvir as vítimas. Assim como todas as outras notificações que vieram mais tarde. A blindagem ao padre Maciel na cúpula do Vaticano era muito alta, começando pelos cardeais Stanislaw Dziwisz e Angelo Sodano. A reportagem é de Franca Giansoldati, publicada por Il Messaggero, 23-12-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
Foram necessárias várias tentativas, incluindo um confronto entre Sodano e Ratzinger que, ao contrário, era favorável a prosseguir e punir Maciel, para chegar à intervenção na congregação e sancionar o octogenário padre mexicano, mesmo que ele nunca tenha sido reduzido ao estado laico. Só lhe foi ordenado de se retirar para a vida privada. Era 2006 e ele morreu de câncer em 2008, na Flórida, cercado por sua segunda esposa e filha. Sim, porque Maciel também teve uma primeira esposa, casada com um nome falso e com quem teve dois filhos, ambos abusados.
Os detalhes
O caso mais abominável de abusos que já ocorreu na Igreja na época moderna, apenas hoje, depois de tanto tempo, é revelado e tornado público em detalhes. A congregação em uma espécie de revelação, liberou tudo o que era anteriormente secreto. Maciel sozinho estuprou 60 menores. Mas ele não era o único que abusava dentro da ordem. As vítimas menores de idade confirmadas desde a década de 1950, quando a estrutura foi fundada, são 175 para um total de 33 padres envolvidos.
O que tornou possível esse massacre foi o sistema de sujeição psicológica e de lavagem cerebral dos meninos que o padre Maciel havia instituído, criando sigilo e controle em todos os níveis, até criar um sistema monstruoso: aqueles que entravam eram obrigados a cortar o contato com o exterior. Até os noticiários eram depurados das notícias consideradas inconvenientes e, naturalmente, os contatos com as famílias de origem eram filtrados. Correio, e-mail, telefonemas. Nesse clima, amadureceram também desvios e crimes. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Bispo católico alemão acolhe ideia de paróquia conjunta com luteranos
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A respeito da ordenação das mulheres, o bispo Heiner Wilmer disse: 'Estou muito interessado em participar de uma discussão aberta e estou animado para ver em que direção o Espírito Santo nos guiará.'
6 de janeiro de 2020 - 17h55 EST
JOSHUA ECKSTEIN / UNSPLASH
Por Martin M. Barillas
HANOVER, Alemanha, 6 de janeiro de 2020 ( LifeSiteNews ) - O bispo católico alemão Heiner Wilmer recebeu uma sugestão do bispo luterano de que um dia poderiam ser formadas paróquias “ecumênicas” católico-luteranas.
O bispo luterano evangélico Ralf Meister, de Hannover, disse recentemente: "Muitos não perguntam mais se alguém é protestante ou católico, mas apenas se ele é cristão", ao mesmo tempo em que sugere a criação de paróquias que alojem católicos e luteranos sob o mesmo teto .
O bispo católico Wilmer, de Hildesheim, acolheu a idéia dizendo: "Acredito firmemente que há uma conexão muito maior do que a separação entre as duas principais igrejas alemãs".
De acordo com a agência de notícias luterana EPD , o bispo Wilmer disse : "Como cristãos, todos somos chamados a testemunhar e pregar o Evangelho".
Ele acrescentou: “Como podemos caminhar juntos no cuidado pastoral é uma pergunta apropriada e importante para o futuro. Certamente continuaremos a lidar com isso no ecumenismo. ”
O bispo luterano Meister sugeriu que um projeto para as duas igrejas poderia alcançar "o estabelecimento de congregações puramente ecumênicas". Esse pode ser um objetivo distante, disse Meister, "mas você ainda pode expressá-lo".
No que diz respeito à realidade da fusão de congregações, Meister disse que não sabia como elas seriam constituídas: "Nós não estamos tão distantes e temos nossas diferenças, por exemplo, na última ceia [Abendmahl]".
A Igreja Evangélica Luterana celebra os “casamentos” do mesmo sexo e também “ordena” as mulheres a funções ministeriais. A antecessora de Meister em Hannover foi Margot Käßmann.
O bispo Wilmer esteve entre os bispos alemães que defendiam a modificação das regras relativas ao sacerdócio celibatário, questionando assim a longa tradição do celibato sacerdotal no rito latino da Igreja.
Ele disse ao Hannoversche Allgemeine Zeitung em 2018, por exemplo, que o futuro poderá ver " outras formas de vida [sacerdotal] que já temos hoje , por exemplo, com pastores protestantes casados que se convertem à Igreja Católica".
O celibato "poderia desenvolver um poder mais radiante se certos grupos de pessoas fossem isentos", disse ele.
Aparentemente, Wilmer está entusiasmado com o atual "caminho sinodal" da Igreja alemã para a reforma. Wilmer foi nomeado para sua diocese pelo papa Francisco e assumiu a sede em 2018.
Com relação à “ordenação” das mulheres ao sacerdócio , Wilmer tem uma mente aberta, dizendo ao serviço de notícias católico alemão: “Estou muito interessado em participar de uma discussão aberta e estou animado para ver em que direção o Espírito Santo nos conduzirá. . ”
Ele vê uma necessidade de reforma da disciplina do celibato no sacerdócio, argumentando que muitos sacerdotes são solitários.
Wilmer disse em 2019 que espera que o atual caminho sinodal entre os bispos alemães introduza "uma nova maneira de pensar na igreja", mesmo que reconheça que as mudanças podem levar tempo: "Pode levar mais tempo do que algumas pessoas gostariam, mas Estou confiante."
Wilmer ficou conhecido internacionalmente quando disse em uma entrevista ao diário Kölner Stadt-Anzeiger, com referência à crise de abuso sexual: "Eu acho que o abuso de poder está no DNA da igreja".
É necessária uma profunda reforma da Igreja, disse Wilmer, enquanto sugere que uma nova teologia pode ser necessária: os católicos, disse ele, deveriam dizer "adeus" à alegação de que " a Igreja em si mesma é pura e imaculada ".
"Até agora, no entanto, não tínhamos idéia de quais consequências isso deve ter para a teologia."
Ele disse ao jornal que os católicos devem entender que sua "igreja santa" é "também uma igreja pecaminosa". Sugerindo que existam "estruturas do mal" na Igreja, além de indivíduos pecaminosos, ele disse que o controle sobre o poder dentro da Igreja é preciso.
"Precisamos de separação de poderes."
Uma inspiração para o pensamento de Wilmer é o ex-padre católico de 79 anos, Eugen Drewermann. Ele é o autor de Kleriker: Psychogramm eines Ideals ( Clero: Psicograma de um ideal ), que questionou a própria idéia de um clero celibatário. O bispo disse por sua inspiração : “Eugen Drewermann é um profeta de nosso tempo que é incompreendido pela Igreja.”
Após um longo debate com os bispos alemães sobre seus controversos livros e declarações, Drewerman foi proibido de pregar e também impedido de lecionar no seminário católico de Paderborn nos anos 90. O então cardeal Joseph Ratzinger escreveu uma carta na época ao bispo de Drewermann para expressar preocupação com o autor controverso, que acabou sendo suspenso do sacerdócio. Em 2005, ele anunciou em um programa de televisão que estava deixando a Igreja Católica.
Maike Hickson contribuiu para este relatório.
Fonte: https://www.lifesitenews.com
Fake news e escândalos: a mídia católica de direita ataca o papa Francisco
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Tradicionalistas, especialmente do clero dos EUA, utilizam os mesmos métodos da direita alt-right para atacar as reformas do papa jesuíta
*Por Lucas Ferraz
Após o mais recente escândalo financeiro no Vaticano, referente aos investimentos milionários realizados pela Santa Sé em imóveis em Londres que estão sendo investigados por suspeita de corrupção, o papa Francisco nomeou, em novembro, um novo responsável para a secretaria da Economia, um dos cargos mais importantes na cúpula da Igreja.
O escolhido foi o padre jesuíta (mesma ordem religiosa do pontífice) Antonio Guerrero Alves, um espanhol que substitui o cardeal George Pell, que, nomeado por Francisco, já estava afastado do cargo por enfrentar na Justiça da Austrália um processo por abuso sexual de menores.
Conhecido entre os pares como um padre simples e obediente, Guerrero (o primeiro a assumir o cargo sem ter um título de arcebispo) será um homem de confiança do papa, conforme se leu na maior parte da imprensa católica. O objetivo é tentar sanar uma das áreas mais sensíveis, origem de inúmeros escândalos envolvendo o dinheiro da Igreja.
Para uma parte minoritária da mídia especializada, a indicação feita por Jorge Mario Bergoglio diz muito mais. O site norte-americano LifeSiteNews, um dos estandartes da ala conservadora católica, escreveu no início de dezembro que a escolha de Guerrero era mais um movimento dos jesuítas num possível golpe em andamento dentro do Vaticano – que seria promovido pelos aliados de Bergoglio.
Em tom conspiratório e citando o que chamou de passado tirano da ordem religiosa, o site não apresentou prova ou documento, fiando-se unicamente nos jesuítas que ascenderam a cargos no pontificado do argentino (nunca os membros da ordem ocuparam tantos cargos de comando na estrutura da Santa Sé). O texto, assinado pela sua correspondente em Roma, é exemplar da postura agressiva da mídia opositora, afinada com a ala tradicionalista, que vem aumentando o tom nos últimos anos (recorrendo a técnicas da direita populista) e passou claramente a incomodar Francisco e seu círculo direto.
Essa oposição existe desde a escolha de Bergoglio como papa, em março de 2013, e é majoritariamente ligada ao clero norte-americano, mas há adeptos na Itália, em países do Leste Europeu e na América Latina.
“Antes não tínhamos essa situação de liberdade, ela existe também porque o papa Francisco a criou. Temos que nos acostumar com essa ideia, pois abriu um capítulo novo na história da Igreja”, afirmou à Agência Pública Massimo Faggioli, professor de teologia histórica da Universidade Villanova, nos Estados Unidos.
Frequente colaborador de revistas católicas liberais, Faggioli lembra que a mídia especializada conservadora começou uma campanha contra o Santo Padre três ou quatro meses depois de sua posse. Os motivos, ressalta, eram pueris: o fato de o papa ser jesuíta e latino-americano, dois ineditismos em mais de 2 mil anos de história da instituição. O professor diz que a crítica aberta de cardeais e bispos começou após o movimento da mídia.
“Todos os papas desde o Concílio Vaticano II vêm sendo atacados pelos tradicionalistas, mas a ferocidade e intensidade da oposição contra Francisco é uma das características mais notáveis do seu pontificado”, afirma o jornalista e escritor inglês Austen Ivereigh.
Autor de dois livros sobre Francisco e seu papado (uma biografia publicada em 2015 e outro, que saiu há menos de dois meses, sobre a agenda reformista e as dificuldades encontradas pelo argentino na condução da Igreja), Ivereigh é alvo frequente dos grupos e jornalistas tradicionalistas por ser considerado simpático ao argentino.
“O modus operandi é muito parecido com a mídia alt-right, como Breitbart [site de notícias de extrema direita dos EUA], para alimentar a indignação, retratando implacavelmente quase tudo o que o papa faz como rendição ao liberalismo e à modernidade. O objetivo é escandalizar. Tudo é lido através do mesmo filtro, e os princípios tradicionais do jornalismo, da apuração, não se aplicam. A única coisa que importa é fornecer uma narrativa para alimentar o medo e o preconceito.”
O medo e o preconceito estiveram presentes na cobertura do Sínodo da Amazônia, que, encerrado no final de outubro, entre outras considerações, propôs a ordenação de homens casados como sacerdotes nos lugares mais remotos da floresta – a decisão final caberá ao papa, mas a proposta acendeu inúmeras polêmicas entre os tradicionalistas, que consideraram a medida uma ameaça à existência do celibato.
Um dos pontos questionados pela mídia conservadora foi a proposta – repetida por Bergoglio várias vezes durante o evento – de dar um “rosto amazônico à Igreja”, abrindo-a à cultura e aos costumes dos índios. Também causou repulsa nesses grupos o uso de imagens indígenas durante o evento, o que gerou acusações de paganismo. Pequenas estátuas de madeiras que representavam uma indígena nua e grávida passaram a ser atacadas e chamadas pelos tradicionalistas de Pachamama (que significa Mãe Terra, uma figura indígena andina, mas os objetos que estavam em Roma foram produzidos por um artista de Manaus).
O tom preconceituoso de alguns jornalistas com os indígenas (menções a infanticídios e outras coisas do gênero) gerou embates abertos entre as alas conservadora e progressista durante os briefings diários realizados pela Sala de Imprensa do Vaticano. Um dos repórteres, o inglês Christopher Lamb, correspondente em Roma da revista semanal inglesa The Tablet, especializada no mundo católico, fez um pedido público de desculpa aos índios amazônicos pelos “comentários racistas e humilhantes por parte da mídia católica”.
As estátuas foram usadas numa cerimônia nos jardins do Vaticano, na presença do papa, e depois expostas numa igreja ao lado da basílica de São Pedro, de onde elas foram roubadas e jogadas no rio Tibre, que corta a capital italiana, por católicos tradicionalistas. A ação foi elogiada por veículos conservadores – um site italiano chegou a escrever que “justiça foi feita”. Algumas das estátuas foram recuperadas, e o Vaticano condenou a ação no seu site de notícias, classificando o gesto de “violento e intolerante”.
“Em nome da tradição e da doutrina foi jogada fora, com desprezo, uma efígie da maternidade e da sacralidade da vida.” O texto, assinado por Andrea Tornielli, diretor editorial do Dicastério (similar a ministério) da Comunicação da Santa Sé, criticou também “o ódio espalhado pelas redes sociais”.
Dias depois, um dos responsáveis pela ação se apresentou – também na rede: era o austríaco Alexander Tschugguel, um católico tradicionalista de 26 anos. Ele estava em Roma participando de eventos contra o sínodo e admitiu ter roubado as imagens porque elas eram pagãs e afrontavam os católicos. Tschugguel foi depois defendido pelos opositores de Francisco.
Após a confissão, o austríaco viajou para os Estados Unidos para participar de eventos realizados pela ala tradicionalista, como a TFP (Tradição, Família e Propriedade), o site LifeSiteNews e o acadêmico Taylor Marshall, um ex-protestante convertido ao catolicismo que bajula o presidente dos EUA, Donald Trump, na mesma medida em que ataca Francisco. No encontro com Tschugguel no mês passado, os dois apareceram no Texas segurando um rifle em protesto ao pedido de maior controle sobre armas por setores progressistas da Igreja americana.
Marshall é autor de um livro intitulado Infiltração: o plano de destruir a Igreja por dentro, em que cita teorias da conspiração entre comunistas, liberais e até a máfia para subverter a Igreja Católica por dentro. A obra foi publicada por uma editora que pertence à gigante americana EWTN, sigla de Eternal Word Television Network, a maior emissora católica do mundo e principal representante do conservadorismo cristão. Sua programação é retransmitida para mais de 6 mil afiliadas em 145 países e inclui jornais, rádios e sites.
Fundada no Alabama em 1981 por uma religiosa conhecida como Mãe Angélica, já falecida, a EWTN é considerada nos EUA a “Fox News” do mundo católico. Defensora de bandeiras pró-vida (contra o aborto e o feminismo, por exemplo), a rede apoia Trump desde a campanha presidencial de 2016.
Além de receber doações do clero norte-americano, a EWTN é a principal fonte de informação para mais de 60% de seus bispos, segundo pesquisa feita pelo episcopado local. A maior parte das doações recebidas pelo grupo vem de milionários e de grupos que apoiam pautas conservadoras, conforme mostrou neste ano uma série de reportagens do site National Catholic Reporter, publicação americana de viés progressista.
Geopolítica apocalíptica
Em 2017, a revista jesuíta La Civiltà Cattolica, editada pelo padre italiano Antonio Spadaro, considerado um confidente do papa Francisco, publicou um duro artigo – Spadaro era coautor – contra os católicos ultraconservadores dos EUA, acusando-os de uma aliança de “ódio” com Steve Bannon, ex-estrategista de Trump, apontado na publicação como o “defensor de uma geopolítica apocalíptica”. O papa, como já ficou claro na atuação de políticos próximos a Bannon (um ex-coroinha), como o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o italiano Matteo Salvini, é alvo dessa agenda.
Procurado, Spadaro não quis comentar o assunto. O artigo afirmava que os católicos radicais se baseavam numa interpretação literal da Bíblia que não os deixava “muito longe” dos jihadistas e que o objetivo era levar “influência religiosa para a esfera política”. Exemplos nos Estados Unidos não faltam: um desses sites, Church Militant, tem um braço de operação de base católica, intitulada “Resistance”, que se apresenta em luta contra as “heresias e abusos” que se infiltraram na igreja.
“Houve uma aliança informal. É um grupo misto, com diferenças nos detalhes, mas a mesma finalidade: são contrários a Francisco e tentam deslegitimá-lo”, afirma o professor Massimo Faggioli. “Nos Estados Unidos, essa crítica é fruto de uma Igreja doente, trata-se de uma expressão de ódio. Não é uma questão de liberdade de expressão.”
Na Itália, cuja relação umbilical com o Vaticano a tornou conhecidamente internamente como “o jardim da igreja”, também há uma profusão de sites, blogs e jornais especializados contrários ao papa, embora todos sejam modestos em comparação à EWTN. Há muitos apoiadores, como o jornal Avvenire, que, editado pela Conferência Episcopal Italiana (CEI), endossa abertamente a agenda do pontífice em temas como imigração e a defesa do meio ambiente.
“O Vaticano parece preocupado, pois essa força na internet provoca impacto na opinião pública”, afirma Roberto de Mattei, presidente da Fondazione Lepanto e protagonista do ultraconservadorismo italiano. Responsável pela agência de notícias Corrispondenza Romana, De Mattei reconhece o “óbvio” paralelo entre o mundo político e religioso.
O italiano Giuseppe Rusconi, jornalista vaticanista responsável pelo blog Rosso Porpora, é outro crítico da agenda de Bergoglio. Durante o sínodo, ele questionou a abertura da Igreja com os povos indígenas, já que algumas etnias ainda praticariam infanticídio em casos específicos.
“Não sou um crítico prejudicial. Há uma crítica hostil, que não considera Bergoglio um verdadeiro papa, sem condições para o cargo”, diz Rusconi. “Não é o meu caso. Eu o critico pela maneira de comunicar; ele é um que fala de qualquer assunto e muitas vezes se expõe demais. É um papa que reage por instinto.”
A divisão central no papado de Francisco, e que vaticanistas ressaltam como fundamental para entender a fratura atual na Igreja Católica, remonta ao Concílio Vaticano II, que, realizado na primeira metade da década de 1960, ainda hoje não foi completamente implementado.
Seu objetivo era modernizar a Igreja, aposentando velhos ritos e abrindo o catolicismo para o diálogo com outras religiões e para a inculturação, que pode ser definida como o esforço da Igreja para fazer penetrar sua mensagem em determinado meio, desde que conciliável com o Evangelho. Como se viu no Sínodo da Amazônia, há uma ala que vê com ressalvas e até rejeita propostas de inculturação (indígenas e outros povos) como as propostas desde o concílio. Os críticos de Bergoglio afirmam que ele dá muita importância a aspectos do Concílio Vaticano II que não ganharam a mesma atenção de antecessores como Bento XVI e João Paulo II.
O temor dos tradicionalistas, particularmente forte no clero dos Estados Unidos, é de a Igreja se abrir demasiado ao mundo (como deseja o papa) e perder sua essência. Por isso, muitos o acusam de desvirtuar a doutrina católica.
Para Agostino Giovagnoli, professor de história contemporânea da Universidade Católica do Sacro Cuore, o tradicionalismo católico demonstra uma “contradição clamorosa” por ser uma oposição frágil, sem substância. Para ele, os verdadeiros opositores do papa estão fora, e não dentro da Igreja. “Na Itália, hoje, o principal expoente contra Francisco é Matteo Salvini, não há nenhum cardeal ou padre nessa posição. Ocorre o mesmo nos Estados Unidos: o opositor é Trump.”
Direita populista na América Latina
A atuação da mídia conservadora, ou anticonciliar, como muitos se referem a ela em Roma, vem ganhando terreno também na América Latina – e parte dela recorre às mesmas táticas da direita populista.
O golpe na Bolívia contra Evo Morales, em novembro, evidenciou o ódio de católicos tradicionalistas (e evangélicos) contra a Pachamama, figura reconhecida na Constituição elaborada pelo primeiro indígena a presidir o país. Um dos líderes do golpe boliviano é o empresário Luis Fernando Camacho, expoente local do conservadorismo católico e com conexões latino-americanas. No Brasil, a presença do debate religioso – sobretudo nas redes sociais – ganhou projeção sob o governo Bolsonaro. Alguns dos protagonistas tiveram relevância com o bolsonarismo, como é o caso de Bernardo Küster, um youtuber que fez campanha contra o Sínodo da Amazônia. Ele esteve em Roma durante o evento, credenciado pelo Centro Dom Bosco, uma instituição do Rio de Janeiro que promove cursos na internet.
Além de municiar os repórteres norte-americanos com supostas informações sobre o “comunismo” no Brasil e o financiamento de organizações internacionais consideradas “esquerdistas”, ele se dedicou a questionar o sínodo, alegando ser parte de uma conspiração “socialista” promovida por defensores da Teologia da Libertação, como o cardeal brasileiro dom Claudio Hummes, bispo emérito de São Paulo e relator da assembleia.
Na internet, vídeos do Centro Dom Bosco exibem depoimentos como o de um ex-evangélico que conta ter se convertido ao catolicismo graças a Olavo de Carvalho, ideólogo do bolsonarismo, ou mesmo do padre Paulo Ricardo, vigário de Cuiabá (MT) e apoiador declarado do governo (no início do ano, o sacerdote gravou um vídeo defendendo o direito da população de adquirir armas).
O tom é o mesmo de instituições como a TFP (fundada no Brasil e apoiadora do golpe de 1964, que depois criou braços na Europa e nos Estados Unidos) e do instituto que leva o nome de seu fundador, Plínio Corrêa de Oliveira. A TFP tem organizado atos e palestras contra Francisco e atrai bolsonaristas.
A gigante norte-americana EWTN tem um pé no Brasil por meio da ACI Digital, versão brasileira do grupo peruano ACI Prensa, presente na Europa, na África e nos Estados Unidos e dirigida pelo jornalista peruano Alejandro Bermúdez.
Baseado em Denver, no Colorado, Bermúdez, um laico consagrado (que não tem as funções de padre, mas vive como tal, inclusive adotando o celibato) há 29 anos, é membro do Sodalício de Vida Cristã, grupo católico conservador que sofreu intervenção do Vaticano após uma série de denúncias de abusos sexuais e morais contra seus integrantes. Comentarista da EWTN, que incorporou a ACI Prensa em 2014, Bermúdez faz questão de se distanciar dos sites radicais (como LifeSiteNews e Church Militant) e de agitadores como Küster.
Ele condenou os abusos cometidos no Sodalício e disse que desde 2015 é o único membro da organização que trabalha na ACI Prensa, ressaltando que as duas não têm nenhuma relação. Para o peruano, o LifeSiteNews “não produz jornalismo”, além de ser “profundamente carente de profissionalismo”. Sobre as grandes doações recebidas pela EWTN, Bermúdez diz que não responde por ela, mas observa que a soma das doações é menor que as destinadas pelo megainvestidor George Soros e sua Open Society para instituições liberais ou progressistas.
“Falar em mídia que está contra o papa é algo simplista e incorreto. Os que são mais favoráveis ao papa provavelmente dizem que minha agência o ataca. Não é verdade. Somos uma agência católica, logo papista”, conta.
Bermúdez reconhece ser crítico de alguns burocratas da Santa Sé. “Essa dicotomia [no debate] é impulsionada por aqueles que dizem representar Francisco e inclusive por alguns dicastérios do Vaticano. É uma divisão que terá influência no futuro da Igreja.”
Como o Sodalício de Vida Cristã, outro grupo ultraconservador alvo de intervenção do Vaticano é o brasileiro Arautos do Evangelho, que, fundado há vinte anos pelo monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, chegou a reunir mais de 3 mil pessoas. Os arautos foram alvo recente de investigação – também jornalística – por abuso sexual e maus-tratos contra os seguidores. Vídeos divulgados mostram até um dos integrantes pregando num culto a morte de Bergoglio. O grupo conta com o apoio de veículos especializados como a Gaudium Press, que reivindica ser a primeira agência de notícias católicas do Brasil.
O jornalista Austen Ivereigh lembra que uma das praxes da mídia conservadora é “identificar linhas-duras na hierarquia da Igreja, mesmo que eles sejam obscuros”, e transformá-los em guardiões da doutrina e da tradição católica. Alguns dos religiosos que atuam abertamente contra o papa – caso dos cardeais Raymond Burke, norte-americano, e Walter Brandmüller, alemão, além do bispo Athanasius Schneider, do Cazaquistão, mas ordenado sacerdote no Brasil – são figuras constantes na programação das redes oposicionistas. Fonte:
“Eles criam uma espécie de magistério paralelo para combater o do papa”, acrescenta Ivereigh. Segundo ele, esses grupos são barulhentos e bem financiados e não podem ser superestimados, já que o objetivo é “criar escândalos e confusão”.
A Sala de Imprensa do Vaticano não quis comentar o assunto, pois ele “pede uma leitura da situação que vai além da nossa competência”. Fonte: https://www.cartacapital.com.br
EVANGELHO DO DIA – TEMPO DO NATAL: Sexta-feira, 10 de janeiro-2020. - Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus todo-poderoso, que o Natal do Salvador do mundo, manifestado pela luz da estrela, sempre refulja e cresça em nossas vidas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Lucas 5, 12-16)
12Estando ele numa cidade, apareceu um homem cheio de lepra. Vendo Jesus, lançou-se com o rosto por terra e lhe suplicou: Senhor, se queres, podes limpar-me. 13Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero; sê purificado! No mesmo instante desapareceu dele a lepra. 14Ordenou-lhe Jesus que o não contasse a ninguém, dizendo-lhe, porém: Vai e mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação o que Moisés prescreveu, para lhes servir de testemunho. 15Entretanto, espalhava-se mais e mais a sua fama e concorriam grandes multidões para o ouvir e ser curadas das suas enfermidades. 16Mas ele costumava retirar-se a lugares solitários para orar.
3) Reflexão - Lc 5, 12-16
Um leproso chega perto de Jesus. Era um excluído. Devia viver afastado. Quem tocasse nele ficava impuro! Mas aquele leproso teve muita coragem. Transgrediu as normas da religião para poder chegar perto de Jesus. Ele diz: Se queres, podes curar-me! Ou seja: “Não precisa tocar-me! Basta o senhor querer para eu ficar curado!” A frase revela duas doenças: 1) a doença da lepra que o tornava impuro; 2) a doença da solidão a que era condenado pela sociedade e pela religião. Revela também a grande fé do homem no poder de Jesus. Profundamente compadecido, Jesus cura as duas doenças. Primeiro, para curar a solidão, toca no leproso. É como se dissesse: “Para mim, você não é um excluído. Eu te acolho como irmão!” Em seguida, cura a lepra dizendo: Quero! Seja curado!
O leproso, para poder entrar em contato com Jesus, tinha transgredido as normas da lei. Da mesma forma, Jesus, para poder ajudar aquele excluído e, assim, revelar um rosto novo de Deus, transgride as normas da sua religião e toca no leproso. Naquele tempo, quem tocava num leproso tornava-se um impuro perante as autoridades religiosas e perante a lei da época.
Jesus não só cura, mas também quer que a pessoa curada possa conviver. Ele reintegra a pessoa na convivência. Naquele tempo, para um leproso ser novamente acolhido na comunidade, ele precisava ter um atestado de cura assinado por um sacerdote. É como hoje. O doente só sai do hospital com o documento assinado pelo médico de plantão. Jesus obrigou o fulano a buscar o documento, para que ele pudesse conviver normalmente. Obrigou as autoridades a reconhecer que o homem tinha sido curado.
Jesus tinha proibido o leproso de falar sobre a cura. O Evangelho de Marcos informa que esta proibição não adiantou nada. O leproso, assim que partiu, começou a divulgar a notícia, de modo que Jesus já não podia entrar publicamente numa cidade. Permanecia fora, em lugares desertos (Mc 1,45). Por que? É que Jesus tinha tocado no leproso. Por isso, na opinião da religião daquele tempo, agora ele mesmo era um impuro e devia viver afastado de todos. Já não podia entrar nas cidades. E Marcos mostra ainda que o povo pouco se importava com estas normas oficiais, pois de toda a parte vinham a ele (Mc 1,45). Subversão total!
O duplo recado que Lucas e Marcos dão às comunidades do seu tempo e a todos nós é este: 1) anunciar a Boa Nova é dar testemunho da experiência concreta que se tem de Jesus. O leproso, o que ele anuncia? Ele conta aos outros o bem que Jesus lhe fez. Só isso! Tudo isso! E é este testemunho que leva os outros a aceitar a Boa Nova de Deus que Jesus nos trouxe. 2) Para levar a Boa Nova de Deus ao povo, não se deve ter medo de transgredir normas religiosas que são contrárias ao projeto de Deus e que dificultam a comunicação, o diálogo e a vivência do amor. Mesmo que isto traga dificuldades para a gente, como trouxe para Jesus.
4) Para confronto pessoal
1) Para ajudar o próximo, Jesus transgrediu a lei da pureza. Existem hoje leis na igreja que dificultam ou impedem a prática do amor ao próximo?
2) O leproso para poder ser curdo teve coragem a opinião pública do seu tempo. E eu?
5) Oração final
Louva, ó Jerusalém, ao Senhor; louva o teu Deus, ó Sião, porque ele reforçou os ferrolhos de tuas portas, e abençoou teus filhos em teu seio. (Sl 147)
Supremo derruba censura a especial de Natal do Porta dos Fundos
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A Netflix, que veicula a produção, acionou o STF mais cedo contra a decisão
BRASÍLIA
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, suspendeu na noite desta quinta (9) a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que censurou o Especial de Natal do Porta dos Fundos.
A Netflix, que veicula o especial do humorístico, acionou o STF mais cedo contra a decisão do desembargador Benedicto Abicair, desta quarta-feira (8), alegando que ela desrespeitou julgamentos anteriores do tribunal ao impor “restrições inconstitucionais à liberdade de expressão, de criação e de desenvolvimento artístico”.
O relator da reclamação é o ministro Gilmar Mendes, mas, como o STF está em recesso, o pedido de liminar (decisão provisória) da Netflix foi analisado por Toffoli.
"Não se descuida da relevância do respeito à fé cristã (assim como de todas as demais crenças religiosas ou a ausência dela). Não é de se supor, contudo, que uma sátira humorística tenha o condão de abalar valores da fé cristã, cuja existência retrocede há mais de 2.000 anos, estando insculpida na crença da maioria dos cidadãos brasileiros", afirmou Toffoli.
Segundo o ministro, o plenário do STF já se debruçou sobre o tema da liberdade de expressão ressaltando "a plenitude do exercício da liberdade de expressão como decorrência imanente da dignidade da pessoa humana e como meio de reafirmação/potencialização de outras liberdades constitucionais".
O especial do Porta dos Fundos retrata um Jesus gay (Gregorio Duvivier, colunista da Folha) que se relaciona com Orlando (Fábio Porchat). Há várias ações na Justiça contra a Netflix ajuizadas por líderes religiosos que afirmam se sentir ofendidos.
O desembargador Abicair censurou o programa a pedido da Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura, para a qual o especial violou a fé, a honra e a dignidade de milhões de católicos brasileiros, ultrapassando os limites da liberdade de expressão prevista na Constituição.
De acordo com a Netflix, em decisões anteriores o Supremo estabeleceu três pilares que devem guiar o Judiciário em conflitos desse tipo.
São eles: 1) a liberdade de expressão tem preferência sobre outros direitos fundamentais que colidam com ela, 2) é vedada qualquer forma de censura de natureza política, ideológica e artística, e 3) o Estado não pode fixar quaisquer condicionamentos e restrições relacionados ao exercício da liberdade de expressão que não os previstos expressamente na própria Constituição.
“Realmente, impôs-se um controle sobre conteúdos artísticos que, a pretexto de conferir prevalência às liberdades religiosas, importou em verdadeira retirada de conteúdo audiovisual disponibilizado a público específico”, afirmou a Netflix na reclamação.
“Isso constitui patente censura prévia emanada do Poder Judiciário a veículo de comunicação social que dissemina conteúdo artístico [...].”
Um dos argumentos do desembargador Abicair para censurar o especial é que a suspensão da veiculação é mais adequada e benéfica “não só para a comunidade cristã, mas para a sociedade brasileira, majoritariamente cristã”.
A Netflix, por outro lado, argumenta que o direito fundamental à liberdade de expressão não se presta necessariamente à proteção de opiniões que são objeto de concordância de um grupo majoritário da sociedade.
“A simples circunstância de que a maioria da população brasileira é cristã não representa fundamento suficiente para suspender a exibição de um conteúdo artístico que incomoda este grupo majoritário. Até porque a obra audiovisual questionada não afirma nada. Vale-se do humor e de elementos obviamente ficcionais para apresentar uma visão sobre aspectos da sexualidade humana”, diz a empresa. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
O relato bíblico da criação: entre o fundamentalismo e a população LGBT
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Por Luís Corrêa Lima *
Um dos principais pilares do credo cristão é a fé em Deus, o criador do céu e da terra. Isso inclui o mundo, a natureza e o ser humano como criação divina, a obra de um ser poderoso e bom, projetado para brilhar Sua glória e compartilhar Sua vida. O relato bíblico da criação, contido nos primeiros capítulos da Bíblia, marcou a tradição judaico-cristã e a cultura humana. No começo de tudo, não é o caos, mas o próprio Deus. Pela Sua palavra vêm a luz, as estrelas, as águas, os continentes e a vida. A humanidade vem do sopro divino sobre a matéria, constituindo-se como imagem e semelhança divinas e guardiã da criação. Nesse relato, muitas gerações encontraram significado na vida, felicidade, família, civilização, normas que governam a sociedade e também no trato com o mal e a morte.
Com o tempo, surgiram perguntas sobre certos pontos: a criação do universo em seis dias, a terra veio antes do sol e das estrelas, o homem veio direto do pó da terra e a mulher saiu da costela do homem . Também foi questionada a dominação masculina sobre a mulher (“você será atraído pelo seu marido e ele o dominará” - Gênesis 3:16).
Em resposta a essas perguntas, um apego intransigente à letra do texto bíblico, o fundamentalismo, foi gerado no final do século XIX e no início do século XX. A Palavra de Deus, inspirada por Ele, deveria estar livre de erros e deve ser interpretada literalmente em todos os seus detalhes. Para aqueles que ousaram questioná-lo em nome da razão, o dilema foi levantado há muito tempo: "você acredita ou pensa". Esse pool ideológico afastou muitas pessoas da intenção correta da religião cristã.
Felizmente, a evolução da ciência e da sociedade também levou os cristãos a ler os textos sagrados de outra maneira, libertando-os do dilema perverso. Com o papa Pio XII e mais tarde com o Concílio Vaticano II, a Igreja Católica assimilou métodos científicos de interpretação da Bíblia, incorporando a ajuda de várias ciências, da arqueologia à literatura. O leitor contemporâneo deve buscar o significado que os autores sagrados, sob certas circunstâncias, de acordo com as condições de seu tempo e cultura, pretendem expressar usando modos ou gêneros literários então utilizados. É preciso levar em consideração as maneiras apropriadas de sentir e narrar em uso em seu tempo, bem como as maneiras pelas quais as relações entre os homens naquela época eram empregadas. Foi assim que a Palavra de Deus chegou até nós: não ditada por Ele, mas inspirada,
O fundamentalismo não deixou de existir e ter muita força. Hoje, porém, a Igreja alerta para seu risco: ao recusar qualquer pesquisa questionadora ou crítica, coloca na vida dos fiéis uma falsa certeza, confundindo as limitações humanas da mensagem bíblica com a substância divina dessa mensagem. Isso implica implicitamente uma forma de "suicídio de pensamento". Contra a evidência, os cristãos fundamentalistas continuam alegando que o mundo foi feito em seis dias, a mulher veio da costela do homem e deve ser dominada por ele.
Hoje surge outra questão: a realidade da população LGBT que se tornou visível no mundo contemporâneo. É necessário aprofundar a reflexão sobre a criação do ser humano na dualidade do homem e da mulher. Sem negar essa dualidade original e seu valor, deve-se notar que nem todas as pessoas são heterossexuais e nem todas se identificam com o sexo que lhes é atribuído no nascimento. Esta não é uma escolha deles, mas algo constitutivo de seu ser, com componentes biológicos e psicossociais. São rostos da complexa diversidade entre homens e mulheres, que não podem ser simplificados em uma leitura superficial e grosseira. Não pode ser imposto a todos que vivem como heterossexuais e identificados com o sexo ao nascer.
Também nesta complexa diversidade, o ser humano permanece criação divina, obra de um ser poderoso e bom, destinado a brilhar Sua glória e a participar de Sua vida.
* Luís Corrêa Lima é padre jesuíta e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Ele trabalha com pesquisas sobre gênero e diversidade sexual, e sobre o acompanhamento espiritual de pessoas LGBT.
Fonte: http://rainbowcatholics.org
Bispos brasileiros silenciam após violência contra grupo Porta dos Fundos
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Extremistas de direita no Brasil jogaram bombas nos escritórios de um grupo de comédia criticado pelo lançamento de um especial de Natal na Netflix, no qual fica implícito que Jesus é gay. Ninguém ficou ferido no ataque, que ainda está sendo investigado pela polícia, mas a violência ocorreu após protestos em massa contra o vídeo, “A Primeira Tentação de Cristo”. O comentário é de Robert Shine, publicado por New Ways Ministry, 05-01-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Os críticos incluíam os bispos do Brasil, que usaram uma linguagem calorosa para condenar o vídeo. Até agora, nenhum líder da Igreja do Brasil condenou o ataque.
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Daniel Foote, embaixador dos EUA no Zâmbia, citou o Papa Francisco em uma declaração crítica às leis da nação que criminalizam a homossexualidade. Foote, que é lembrado pelos seus comentários pró-LGBTQ, escreveu, em parte:
“Eu concordo que essa questão deve ser completamente decidida pelos zambianos. Vocês são abençoados com uma diversidade de denominações cristãs e, embora eu entenda que muitos não são católicos, permitam-me citar o Papa Francisco. Ele tem falado repetidamente sobre a necessidade de que a sua Igreja acolha e ame todas as pessoas, independentemente da orientação sexual. Em 2016, o papa disse: ‘Quando uma pessoa chegar diante de Jesus, Jesus certamente não dirá: ‘Vá embora porque você é homossexual’.”
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Um senador estadual de Indiana, EUA, está novamente tentando impedir que escolas particulares que discriminam pessoas LGBTQ recebam fundos de vouchers estaduais, um esforço desencadeado pela demissão de funcionários por parte da Arquidiocese de Indianápolis.
O senador J. D. Ford, democrata, apresentou seu projeto de lei na sessão deste ano. Embora ele tenha tentado fazer isso antes, desta vez ele conta com o apoio da superintendente Jennifer McCormick, a autoridade máxima em educação em Indiana. É improvável que o projeto seja aprovado na legislatura estadual controlada pelos republicanos. A Roncalli High School, em Indianápolis, que até agora demitiu três funcionários em disputas relacionadas às questões LGBTQ, recebeu 1,5 milhão de dólares em financiamento do Estado em 2018.
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A Global Network of Rainbow Catholics postou uma reflexão sobre a criação, as questões LGBTQ e o fundamentalismo escrita pelo padre jesuíta Luís Corrêa Lima, professor brasileiro que pesquisa gênero e sexualidade. Corrêa também atua no ministério LGBTQ. Você pode ler a reflexão dele, que também está disponível em espanhol e em português, aqui [em inglês].
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“Thanks Be to Pod”, um podcast cristão progressista, apresentou um episódio com a católica queer Maria Michonski, que falou sobre como ela sente “continuamente uma atração pelo catolicismo e seus ritos” e que, “em última análise, separando a sua identidade católica da Igreja institucional, Maria é capaz de conciliar sua sexualidade com o seu catolicismo”. Para ouvir o episódio, clique aqui [em inglês].
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O DignityUSA respondeu ao documento final do Sínodo sobre a Amazônia, comparando-o a uma “bolsa com várias coisas misturadas”, sendo “notável” no modo como aborda questões de ecologia e economia, mas ficando aquém do esperado em relação a questões de gênero e sexualidade, especificamente pelo fato de as delegadas mulheres não poderem votar e pelo fato de banir homens gays do sacerdócio. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Lagoa da Pedra: Primeira comunhão.
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Imagens da Missa de Primeira Comunhão na Comunidade Lagoa da Pedra, Lagoa da Canoa-AL no dia 4 de janeiro-2020.
EVANGELHO DO DIA – TEMPO DO NATAL: Quinta-feira, 9 de janeiro-2020. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, a aurora do vosso dia eterno despontou sobre as nações. Concedei ao vosso povo conhecer a fulgurante glória do seu redentor e por ele chegar à luz que não se extingue. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Lucas 4,14-22a)
14Jesus então, cheio da força do Espírito, voltou para a Galileia. E a sua fama divulgou-se por toda a região. 15Ele ensinava nas sinagogas e era aclamado por todos. 16Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. 17Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito (61,1s.): 18O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, 19para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor. 20E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir. 22Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José?
3) Reflexão - Lc 4,14-22a
Animado pelo Espírito Santo, Jesus volta para a Galileia e começa a anunciar a Boa Nova do Reino de Deus. Andando pelas comunidades e ensinando nas sinagogas, ele chega em Nazaré, onde tinha sido criado. Estava de volta na comunidade, onde, desde pequeno, tinha participado das celebrações durante trinta anos. No sábado seguinte, conforme o seu costume, ele vai na sinagoga para estar com o povo e participar da celebração.
Jesus se levantou para fazer a leitura. Escolheu o texto de Isaías que falava dos pobres, presos, cegos e oprimidos. O texto refletia a situação do povo da Galileia no tempo de Jesus. Em nome de Deus, Jesus toma posição em defesa da vida do seu povo e, com as palavras de Isaías, define a sua missão: anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação aos presos e a recuperação da vista aos cegos, restituir a liberdade aos oprimidos. Retomando a antiga tradição dos profetas, ele proclama “um ano de graça da parte do Senhor”. Proclama o ano do jubileu. Jesus quer reconstruir a comunidade, o clã, para que fosse novamente expressão da sua fé em Deus! Pois, se Deus é Pai/Mãe, todos e todas devemos ser irmãos e irmãs uns dos outros.
No antigo Israel, a grande família, o clã ou a comunidade, era a base da convivência social. Era a proteção das famílias e das pessoas, a garantia da posse da terra, o veículo principal da tradição e a defesa da identidade do povo. Era a maneira concreta de se encarnar o amor de Deus no amor ao próximo. Defender o clã, a comunidade, era o mesmo que defender a Aliança com Deus. Na Galileia do tempo de Jesus, um duplo cativeiro marcava a vida do povo e estava contribuindo para a desintegração do clã, da comunidade: o cativeiro da política do governo de Herodes Antipas (4 aC a 39 dC) e o cativeiro da religião oficial. Por causa do sistema de exploração e de repressão da política de Herodes Antipas, apoiada pelo Império Romano, muita gente ficava sobrando e sem lugar, excluída e sem emprego (Lc 14,21; Mt 20,3.5-6). O clã, a comunidade, ficou enfraquecida. As famílias e as pessoas ficaram sem ajuda, sem defesa. E a religião oficial, mantida pelas autoridades religiosas da época, em vez de fortalecer a comunidade, para que ela pudesse acolher os excluídos, reforçava ainda mais esse cativeiro. A Lei de Deus era usada para legitimar a exclusão de muita gente: mulheres, crianças, samaritanos, estrangeiros, leprosos, possessos, publicanos, doentes, mutilados, paraplégicos. Era o contrário da fraternidade que Deus sonhou para todos! Assim, tanto a conjuntura política e econômica como a ideologia religiosa, tudo conspirava para enfraquecer a comunidade local e impedir, assim, a manifestação do Reino de Deus. O programa de Jesus, baseado no profeta Isaías oferecia uma alternativa.
Terminada a leitura, Jesus atualizou o texto e o ligou com a vida do povo dizendo: “Hoje se cumpriu esta escritura nos ouvidos de vocês!” A sua maneira de ligar a Bíblia com a vida do povo, provocou uma dupla reação. Uns acreditaram e ficaram admirados. Outros tiveram uma reação de descrédito. Ficaram escandalizados e já não queriam saber dele. Diziam: “Não é este o filho de José?” (Lc 4,22) Por que ficaram escandalizados? É que Jesus falou em acolher os pobres, os cegos, os oprimidos. Mas eles não aceitaram a sua proposta. E assim, no momento em que apresentou o seu projeto de acolher os excluídos, ele mesmo foi excluído!
4) Para confronto pessoal
1) Jesus ligou a fé em Deus com a situação social do seu povo. E eu, como vivo a minha fé em Deus?
2) No lugar onde eu moro existem cegos, presos, oprimidos? O que faço?
5) Oração final
Seu nome será eternamente bendito, e durará tanto quanto a luz do sol. Nele serão abençoadas todas as tribos da terra, bem-aventurado o proclamarão todas as nações. (Sl 71, 17)
EVANGELHO DO DIA – TEMPO DO NATAL: Quarta-feira, 8 de janeiro-2020. - Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita
- Detalhes
1) Oração
Ó Deus, luz de todas as nações, concedei aos povos da terra viver em perene paz, e fazei resplandecer em nossos corações aquela luz admirável que vimos despontar no povo da antiga aliança. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Marcos 6, 45-52)
45Imediatamente ele obrigou os seus discípulos a subirem para a barca, para que chegassem antes dele à outra margem, em frente de Betsaida, enquanto ele mesmo despedia o povo. 46E despedido que foi o povo, retirou-se ao monte para orar. 47À noite, achava-se a barca no meio do lago e ele, a sós, em terra. 48Vendo-os se fatigarem em remar, sendo-lhes o vento contrário, foi ter com eles pela quarta vigília da noite, andando por cima do mar, e fez como se fosse passar ao lado deles. 49À vista de Jesus, caminhando sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma e gritaram; 50pois todos o viram e se assustaram. Mas ele logo lhes falou: Tranqüilizai-vos, sou eu; não vos assusteis! 51E subiu para a barca, junto deles, e o vento cessou. Todos se achavam tomados de um extremo pavor, 52pois ainda não tinham compreendido o caso dos pães; os seus corações estavam insensíveis.
3) Reflexão - Mc 6, 45-52
Depois da multiplicação dos pães (evangelho de ontem), Jesus obriga os discípulos a entrar no barco. Por que? Marcos não explica. O evangelho de João informa o seguinte. De acordo com a esperança da época, o Messias iria repetir o gesto de Moisés de alimentar o povo no deserto. Por isso, diante da multiplicação dos pães, o povo concluiu que Jesus devia ser o messias esperado, anunciado por Moisés (cf. Dt 18,15-18) e quis fazer dele um rei (cf. Jo 6,14-15). Este apelo do povo era uma tentação tanto para Jesus como para os discípulos. Por isso, Jesus obrigou-os a embarcar. Queria evitar que eles se contaminassem com a ideologia dominante, pois o “fermento de Herodes e dos fariseus”, era muito forte (Mc 8,15). Jesus, ele mesmo, enfrenta a tentação por meio da oração.
Marcos descreve com arte os acontecimentos. De um lado, Jesus sobe o monte para rezar. De outro lado, os discípulos descem para o mar e entram no barco. Parece até um quadro simbólico que prefigura o futuro: é como se Jesus já subisse para o céu, deixando os discípulos sozinhos em meio às contradições da vida, no barquinho frágil da comunidade. Era noite. Eles estavam em alto mar, todos juntos num pequeno barco, querendo avançar remando, mas o vento era contrário. Estavam cansados. Já era a quarta vigília, isto é, entre 3 e 6 da madrugada. As comunidades do tempo de Marcos eram como os discípulos. Noite! Vento contrário! Não conseguiam nada, apesar de todo o esforço que faziam! Jesus parecia ausente! Mas ele estava presente e vinha até elas, mas elas, como os discípulos de Emaús, não o reconheciam (Lc 24,16).
No tempo de Marcos, em torno do ano 70, o barquinho das comunidades enfrentava o vento contrário tanto de alguns judeus convertidos que queriam reduzir o mistério de Jesus ao tamanho das profecias e figuras do Antigo Testamento, como de alguns pagãos convertidos que pensavam ser possível uma certa aliança da fé em Jesus com o império. Marcos procura ajudar os cristãos a respeitar o mistério de Jesus e a não querer reduzir Jesus ao tamanho dos próprios desejos e idéias.
Jesus chega andando sobre as águas do mar da vida. Eles gritam de medo, porque pensam que se trata de um fantasma. Como na história dos discípulos de Emaús, Jesus faz de conta que quer seguir adiante (Lc 24,28). Mas o grito deles faz com que ele mude de rumo, se aproxime deles e diga: “Calma, gente! Sou eu! Não tenham medo!” Aqui, de novo, quem conhece a história do Antigo Testamento, lembra alguns fatos muito importantes: (1) Lembra como o povo, protegido por Deus, atravessou sem medo o Mar Vermelho. (2) Lembra como Deus, ao chamar Moisés, declarou várias vezes o seu nome dizendo: “Sou eu!” (cf. Ex 3,15). (3) Lembra ainda o livro de Isaías que apresenta o retorno do exílio como um novo êxodo, onde Deus aparece repetindo inúmeras vezes: “Sou eu!” (cf. Is 42,8; 43,5.11-13; 44,6.25; 45,5-7). Esta maneira de evocar o Antigo Testamento, de usar a Bíblia, ajudava as comunidades a perceber melhor a presença de Deus em Jesus e nos fatos da vida. Não tenham medo!
Jesus sobe no barco e o vento pára. Mas o espanto dos discípulos, em vez de terminar, aumenta. O próprio evangelista Marcos faz um comentário crítico e diz: “Eles não tinham entendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido” (6,52). A afirmação coração endurecido evoca o coração endurecido do faraó (Ex 7,3.13.22) e do povo no deserto (Sl 95,8) que não queria ouvir Moisés e só pensava em voltar para o Egito (Nm 20,2-10), onde havia pão e carne com fartura (Ex 16,3).
4) Para confronto pessoal
1) Noite, mar agitado, vento contrário! Você já se sentiu assim alguma vez? Como fez para vencer?
2) Você já se espantou alguma vez porque não reconheceu Jesus presente e atuante em sua vida?
5) Oração final
Ele se apiedará do pobre e do indigente, e salvará a vida dos necessitados. Ele o livrará da injustiça e da opressão, e preciosa será a sua vida ante seus olhos. (Sl 71, 13-14)
“Dimensão missionária é fundamental no processo formativo”, afirma dom Dimas Lara Barbosa
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A arquidiocese de Campo Grande (MS) enviou missionários à prelazia de Borba, no Amazonas, com o objetivo de visitar e evangelizar as comunidades locais. Mais de trinta pessoas, entre bispos, missionários, leigos e seminaristas permanecerão no local para a “Missão Abadia” até o dia 29 de janeiro. Durante o período, os missionários irão participar de formação sobre a realidade da Amazônia e o sentido profético de ser missionário além das necessidades pastorais e específicas daquela região. Na ocasião, materiais formativos para a evangelização também serão entregues às lideranças comunitárias.
Em entrevista ao portal da Conferência, o arcebispo de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa, explicou que a Prelazia de Borba e a arquidiocese de Campo Grande fazem parte do Projeto Igrejas-irmãs. Criado em 1972 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o projeto tem como foco partilhar a fé, os dons da graça, as experiências cristãs, pessoas e recursos financeiros como gestos de caridade cristã para com as Igrejas da Amazônia e outras também necessitadas.
Para fortalecer a comunhão eclesial com a igreja-irmã de Borba, dom Dimas explicou que desde o começo do ano passado, em 2019, a arquidiocese vem cooperando com a Prelazia, exemplo disso foi o envio do padre Laércio da Paz como missionário da Paróquia Cristo Rei, em Borba. “Naquela ocasião nós viemos para a posse do padre Laércio e então surgiu a ideia de fazermos algo mais. Várias propostas foram colocadas em pauta desde a possibilidade de a diocese assumir permanentemente uma paróquia até a realização das Santas Missões que fazem parte do processo formativo dos nossos seminaristas”, conta.
Na arquidiocese, dom Dimas afirma que as Santas Missões são realizadas duas vezes por ano: sempre nas férias de Julho e em Dezembro; uma vez na área rural outra na área urbana. “Aqui em Campo Grande tem muito assentamento, então se faz missões também nesses assentamentos e aí tomamos a decisão de fazer Santas Missões em Borba”, contou. Dom Dimas fez a proposta ao Seminário Menor de Campo Grande e vários seminaristas acataram a ideia, surgindo então a “Missão Abadia”, na qual também participam as dioceses de Dourados, Coxim e Três Lagoas.
“A dimensão missionária é fundamental no processo formativo e eu espero (é o meu sonho) transformar Campo Grande em uma cidade missionária. Para a Amazônia é a primeira experiência e com a graça de Deus, outras virão. Como diz o papa Francisco está passando da hora de sermos uma Igreja em Saída não só saindo do nosso quintal, mas também indo além”, finalizou dom Dimas. Fonte: https://www.cnbb.org.br
Domingo dos Santos Reis...
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Domingo dos Santos Reis... Mensagem gravada em Arapiraca/AL, por Frei Petrônio de Miranda, Carmelita. Quinta-feira, 5 de janeiro-2020. www.instagram.com/freipetronio
Domingo 5: Solenidade da Epifania do Senhor - Ano A
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A liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens... Ele é uma "luz" que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o projeto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa "luz" incarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva.
A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.
No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os "magos" do oriente, representantes de todos os povos da terra... Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n'O com esperança até O encontrar, reconhecem n'Ele a "salvação de Deus" e aceitam-n'O como "o Senhor". A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem excepção.
A segunda leitura apresenta o projeto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos - a comunidade de Jesus.
Evangelho (Mt 2, 1-12)
AMBIENTE
O episódio da visita dos magos ao menino de Belém é um episódio simpático e terno que, ao longo dos séculos, tem provocado um impacto considerável nos sonhos e nas fantasias dos cristãos... No entanto, convém recordar que estamos, ainda, no âmbito do "Evangelho da Infância"; e que os factos narrados nesta secção não são a descrição exata de acontecimentos históricos, mas uma catequese sobre Jesus e a sua missão... Por outras palavras: Mateus não está, aqui, interessado em apresentar uma reportagem jornalística que conte a visita oficial de três chefes de estado estrangeiros à gruta de Belém; mas está interessado, recorrendo a símbolos e imagens bem expressivos para os primeiros cristãos, em apresentar Jesus como o enviado de Deus Pai, que vem oferecer a salvação de Deus aos homens de toda a terra.
MENSAGEM
A análise dos vários detalhes do relato confirma que a preocupação do autor (Mateus) não é de tipo histórico, mas catequético.
Notemos, em primeiro lugar, a insistência de Mateus no facto de Jesus ter nascido em Belém de Judá (cf. vers. 1.5.6.7). Para entender esta insistência, temos de recordar que Belém era a terra natal do rei David e que era a Belém que estava ligada a família de David. Afirmar que Jesus nasceu em Belém é ligá-lo a esses anúncios proféticos que falavam do Messias como o descendente de David que havia de nascer em Belém (cf. Mi 5,1.3; 2 Sm 5,2) e restaurar o reino ideal de seu pai. Com esta nota, Mateus quer aquietar aqueles que pensavam que Jesus tinha nascido em Nazaré e que viam nisso um obstáculo para O reconhecerem como o Messias libertador.
Notemos, em segundo lugar, a referência a uma estrela "especial" que apareceu no céu por esta altura e que conduziu os "magos" para Belém. A interpretação desta referência como histórica levou alguém a cálculos astronómicos complicados para concluir que, no ano 6 a.C., uma conjunção de planetas explicaria o fenômeno luminoso da estrela refulgente mencionada por Mateus; outros andaram à procura de um cometa que, por esta época, devia ter sulcado os céus do antigo Médio Oriente... Na realidade, é inútil procurar nos céus a estrela ou cometa em causa, pois Mateus não está a narrar factos históricos. Segundo a crença popular da época, o nascimento de um personagem importante era acompanhado da aparição de uma nova estrela. Também a tradição judaica anunciava o Messias como a estrela que surge de Jacob (cf. Nm 24,17). Ora, é com estes elementos que a imaginação de Mateus, posta ao serviço da catequese, vai inventar a "estrela". Mateus está, sobretudo, interessado em fornecer aos cristãos da sua comunidade argumentos seguros para rebater aqueles que negavam que Jesus era esse Messias esperado.
Temos, ainda, as figuras dos "magos". A palavra grega "magos" usada por Mateus abarca um vasto leque de significados e é aplicada a personagens muito diversas: mágicos, feiticeiros, charlatães, sacerdotes persas, propagandistas religiosos... Aqui, poderia designar astrólogos mesopotâmios, em contato com o messianismo judaico. Seja como for, esses "magos" representam, na catequese de Mateus, esses povos estrangeiros de que falava a primeira leitura (cf. Is 60,1-6), que se põem a caminho de Jerusalém com as suas riquezas (ouro e incenso) para encontrar a luz salvadora de Deus que brilha sobre a cidade santa. Jesus é, na opinião de Mateus e da catequese da Igreja primitiva, essa "luz".
Além de uma catequese sobre Jesus, este relato recolhe, de forma paradigmática, duas atitudes que se vão repetir ao longo de todo o Evangelho: o Povo de Israel rejeita Jesus, enquanto que os "magos" do oriente (que são pagãos) O adoram; Herodes e Jerusalém "ficam perturbados" diante da notícia do nascimento do menino e planeiam a sua morte, enquanto que os pagãos sentem uma grande alegria e reconhecem em Jesus o seu salvador.
Mateus anuncia, desta forma, que Jesus vai ser rejeitado pelo seu Povo; mas vai ser acolhido pelos pagãos, que entrarão a fazer parte do novo Povo de Deus. O itinerário seguido pelos "magos" reflete a caminhada que os pagãos percorreram para encontrar Jesus: estão atentos aos sinais (estrela), percebem que Jesus é a luz que traz a salvação, põem-se decididamente a caminho para o encontrar, perguntam aos judeus - que conhecem as Escrituras - o que fazer, encontram Jesus e adoram-n'O como "o Senhor". É muito possível que um grande número de pagano-cristãos da comunidade de Mateus descobrisse neste relato as etapas do seu próprio caminho em direção a Jesus.
ATUALIZAÇÃO
Em primeiro lugar, meditemos nas atitudes das várias personagens que Mateus nos apresenta em confronto com Jesus: os "magos", Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo... Diante de Jesus, o libertador enviado por Deus, estes distintos personagens assumem atitudes diversas, que vão desde a adoração (os "magos"), até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse Messias que eles conheciam bem dos textos sagrados). Identificamo-nos com algum destes grupos? Não é fácil "conhecer as Escrituras", como profissionais da religião e, depois, deixar que as propostas e os valores de Jesus nos passem ao lado?
Os "magos" são apresentados como os "homens dos sinais", que sabem ver na "estrela" o sinal da chegada da libertação... Somos pessoas atentas aos "sinais" - isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa história e da nossa vida à luz de Deus? Procuramos perceber nos "sinais" que aparecem no nosso caminho a vontade de Deus?
Impressiona também, no relato de Mateus, a "desinstalação" dos "magos": viram a "estrela", deixaram tudo, arriscaram tudo e vieram procurar Jesus. Somos capazes da mesma atitude de desinstalação, ou estamos demasiado agarrados ao nosso sofá, ao nosso colchão especial, à nossa televisão, à nossa aparelhagem? Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos?
Os "magos" representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se prostram diante d'Ele. É a imagem da Igreja - essa família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.
*LEIA O EVANGELHO NA ÍNTEGRA. CLIQUE AO LADO NO LINK- Evangelho do dia.
EVANGELHO DO DIA- Tempo do Natal- 4 de janeiro. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e abrasai seus corações com o esplendor da vossa glória, para reconhecerem sempre o Salvador e a ele aderirem totalmente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 1, 35-42)
35No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. 36E, avistando Jesus que ia passando, disse: Eis o Cordeiro de Deus. 37Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. 38Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras? 39Vinde e vede, respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima. 40André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que o tinham seguido. 41Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo). 42Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra).
3) Reflexão (Jo 1, 35-42)
No evangelho de hoje, João Batista, novamente, aponta Jesus como “Cordeiro de Deus”. E dois dos seus discípulos, animados pelo próprio João, foram em busca de Jesus e perguntam: “Onde o senhor mora?”. Jesus responde: "Venham e vejam!" É convivendo com Jesus, que eles mesmos poderão verificar e confirmar se era isto que estavam buscando. O encontro confirmou a busca, pois os dois nunca mais esqueceram a hora do encontro. Quase setenta anos depois, João lembra: “Eram quatro horas da tarde!”
Quando uma pessoa é muito amada, ela costuma receber muitos apelidos, nomes ou títulos que expressam o carinho. No Evangelho de João, Jesus recebe muitos títulos e nomes que expressam o que ele significava para os primeiros cristãos. Estes nomes traduzem o desejo dos primeiros cristãos de conhecer melhor quem é Jesus para poder amá-lo com maior coerência. O quarto Evangelho é uma catequese muito bem feita. Os títulos e nomes de Jesus, que vão aparecendo durante os encontros e as conversas das pessoas com ele, fazem parte desta catequese. Eles ajudam os leitores e as leitoras a descobrir como e onde Jesus se revela nos encontros do dia-a-dia da vida. Ao longo dos seus 21 capítulos, através destes nomes e títulos, o evangelista João nos vai revelando quem é Jesus.
Também hoje, nossas comunidades devem poder dizer: "Venham e vejam!" É ver e experimentar para poder testemunhar. O apóstolo João escreve na sua primeira carta: "A vida se manifestou. Nós a vimos e dela damos testemunho!" (1Jo 1,2)
As pessoas que vão sendo chamadas professam a sua fé em Jesus através de títulos como: Cordeiro de Deus (Jo 1,36); Rabi (Jo 1,38); Messias ou Cristo (Jo 1,41); “aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os profetas” (Jo 1,45); Jesus de Nazaré, o filho de José (Jo 1,45), Filho de Deus (Jo 1,49); Rei de Israel (Jo 1,49); Filho do Homem (Jo 1,51). São oito títulos em apenas quinze versos! A cristologia dos primeiros cristãos não começa com reflexões teóricas, mas com nomes e títulos que exprimem o carinho, o compromisso e o amor.
André descobriu que Jesus é o Messias. Ele gostou tanto do encontro, que partilhou sua experiência com o irmão e deu testemunho: "Encontramos o Messias!" Em seguida, conduziu o irmão até Jesus. Encontrar, experimentar, partilhar, testemunhar, conduzir até Jesus! É assim que a Boa Nova se espalha pelo mundo, até hoje! Conosco pode acontecer o que aconteceu com o irmão de André. No encontro com Jesus, ele teve seu nome mudado de Simão para Cefas (Pedra ou Pedro). Mudança de nome significa mudança de rumo. O encontro com Jesus pode produzir mudanças profundas na vida da gente. Deus queira!
4) Para um confronto pessoal
1) Como foi o chamado de Jesus em sua vida? Teve alguma mudança de rumo?
2) Você lembra a hora e o lugar de acontecimentos importantes da sua vida?
5) Oração final
Exultem em brados de alegria diante do Senhor que chega, porque ele vem para governar a terra. Ele governará a terra com justiça, e os povos com eqüidade. (Sl 97, 8-9)
EVANGELHO DO DIA- Tempo do Natal- 3 de janeiro. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, iniciastes maravilhosamente a redenção do vosso povo. Concedei aos vossos servos e servas uma fé tão firme, que nos deixemos conduzir por ele e cheguemos à glória prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 1, 29-34)
29No dia seguinte, João viu Jesus que vinha a ele e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30É este de quem eu disse: Depois de mim virá um homem, que me é superior, porque existe antes de mim. 31Eu não o conhecia, mas, se vim batizar em água, é para que ele se torne conhecido em Israel. 32(João havia declarado: Vi o Espírito descer do céu em forma de uma pomba e repousar sobre ele.) 33Eu não o conhecia, mas aquele que me mandou batizar em água disse-me: Sobre quem vires descer e repousar o Espírito, este é quem batiza no Espírito Santo. 34Eu o vi e dou testemunho de que ele é o Filho de Deus.
3) Reflexão - Jo 1, 29-34
No Evangelho de João história e símbolo se misturam. No texto de hoje, o simbolismo consiste sobretudo em evocações de textos conhecidos do Antigo Testamento que revelam algo a respeito da identidade de Jesus. Nestes poucos versos (João 1,29-34) existem as seguintes expressões com densidade simbólica: 1) Cordeiro de Deus; 2) Tirar o pecado do mundo; 3) Existia antes de mim; 4) A descida do Espírito sob a imagem de uma pomba; 5) Filho de Deus.
1. Cordeiro de Deus. Este título evocava a memória do êxodo. Na noite da primeira Páscoa, o sangue do Cordeiro Pascal, passado nas portas das casas, tinha sido sinal de libertação para o povo (Ex 12,13-14). Para os primeiros cristãos Jesus é o novo Cordeiro Pascal que liberta o seu povo (1Cor 5,7; 1Pd 1,19; Ap 5,6.9).
2. Tirar o pecado do mundo. Evoca a frase tão bonita da profecia de Jeremias: “Ninguém mais precisará ensinar seu próximo ou seu irmãos dizendo: “Procure conhecer a Javé” Por que todos, grandes e pequenos, me conhecerão, pois eu perdôo suas culpas e esqueço seus erros” (Jer 31,34).
3. Existia antes de mim. Evoca vários textos dos livros sapienciais, nos quais se fala da Sabedoria de Deus que existia antes de todas as outras criaturas e que estava junto de Deus como mestre-de-obras na criação do universo e que, por fim, foi morar no meio do povo de Deus (Prov 8,22-31; Eclo 24,1-11).
4. Descida do espírito como imagem de uma pomba. Evoca a ação criadora onde se diz que “o espírito de Deus pairava sobre as águas “ (Gn 1,2). O texto de Gênesis sugere a imagem de um pássaro que fica esvoaçando em cima do ninho. Imagem da nova criação em andamento através da ação de Jesus.
5. Filho de Deus: é o título que resume todos os outros. O melhor comentário deste título é a explicação do próprio Jesus: “As autoridades dos judeus responderam: "Não queremos te apedrejar por causa de boas obras, e sim por causa de uma blasfêmia: tu és apenas um homem, e te fazes passar por Deus." Jesus disse: "Por acaso, não é na Lei de vocês que está escrito: 'Eu disse: vocês são deuses'? Ninguém pode anular a Escritura. Ora, a Lei chama de deuses as pessoas para as quais a palavra de Deus foi dirigida. O Pai me consagrou e me enviou ao mundo. Por que vocês me acusam de blasfêmia, se eu digo que sou Filho de Deus? Se não faço as obras do meu Pai, vocês não precisam acreditar em mim. Mas se eu as faço, mesmo que vocês não queiram acreditar em mim, acreditem pelo menos em minhas obras. Assim vocês conhecerão, de uma vez por todas, que o Pai está presente em mim, e eu no Pai." (Jo 10,33-39).
4) Oração final
Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele operou maravilhas. Sua mão e seu santo braço lhe deram a vitória. (Sl 97, 1)
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