Papa Francisco recebe Presidência da CNBB
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Cardeal Sérgio da Rocha: “Agradecemos muito ao Papa Francisco não só por esse momento, mas por todas as vezes que ele tem demonstrado o seu afeto pela nossa Igreja, pelo nosso povo”.
Silvonei José - Cidade do Vaticano
O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira, no Vaticano, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB: Cardeal Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília, Presidente; Dom Murilo Sebastiao Ramos Krieger, Arcebispo de São Salvador da Bahia, Vice-Presidente; e Dom Leonardo Ulrich Steiner, Auxiliar de Brasília, Secretário Geral.
Falando sobre o encontro, Dom Sérgio disse da alegria de encontrar mais uma vez o Papa Francisco que acolheu a Presidência da CNBB de modo tão cordial. “A acolhida que ele fez à Presidência da CNBB é a expressão do carinho que ele tem pela Igreja no Brasil, pelo episcopado brasileiro, pelo povo brasileiro. Assim nós nos animamos ainda mais ao conversarmos com ele, por esse seu jeito tão alegre, tão carinhoso, tão cordial de nos receber e de expressar sempre uma atenção especial para com a Igreja no Brasil”.
“Agradecemos muito ao Papa Francisco não só por esse momento, mas por todas as vezes que ele tem demonstrado o seu afeto pela nossa Igreja, pelo nosso povo”. “Eu trouxe aqui o abraço de tanta gente, a oração de tanta gente. Eu sei que no Brasil inteiro tem tanta gente que queria fazer chegar até o Papa a sua oração, o seu abraço, a sua gratidão. Então, tenham certeza esses nossos irmãos e irmãs que nós da Presidência da CNBB, não viemos fazer uma simples visita mas em nome, primeiramente da Conferência Episcopal, viemos também em nome da Igreja no Brasil que conta com tanta gente querida que está muito unida ao Papa Francisco”.
Eis o que disse Dom Sérgio da Rocha à Rádio Vaticano - Vatican News após o encontro com o Papa. Fonte: www.vaticannews.va
Papa Francisco. “Há bispos e padres que usam batina, mas vivem uma grande hipocrisia”
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O traje não determina o mundanismo de um clérigo. Pode haver bispos ou padres sempre bem vestidos, com batinas e outros acessórios, mas que vivem “uma grande hipocrisia”. Outros se vestem de maneira simples, mas manifestam um enorme amor a Deus. Esta é uma distinção que o Papa Francisco faz em seu mais recente livro-entrevista intitulado A força da vocação. A vida consagrada hoje, um diálogo com o padre claretiano espanhol Fernando Prado dedicado à vida religiosa. O livro estará à venda em todo o mundo e em vários idiomas a partir deste dia 03 de dezembro. A reportagem é de Andrés Beltramo Álvarez, publicada por Vatican Insider, 01-12-2018. A tradução é de André Langer.
Publicado pela Editora Claretiana, a casa que costumava publicar os livros de Jorge Mario Bergoglio na época em que era cardeal arcebispo de Buenos Aires, um dos capítulos foi dedicado ao mundanismo e ao clericalismo, dois aspectos de preocupação diária do Bispo de Roma. Em uma antecipação do conteúdo para o Vatican Insider, Francisco responde dizendo que esses fenômenos são riscos reais para a vida consagrada.
O Papa os qualificou como as duas grandes tentações da Igreja católica. Tentações, prosseguiu, que levam a Igreja a fechar-se em si mesma, a se voltar para dentro, convertendo-a em uma Igreja autorreferencial que se torna incapaz de ser fecunda. E esta tentação também se encontra na vida consagrada.
“O mundano gruda em você. É preciso ter uma grande ascese, nascida do amor e da contemplação de Jesus, para não sucumbir. Há religiosos que, no fundo, não sabem se são consagrados ou leigos. Não me refiro aos sinais externos, ao vestir. Isso é relativo. Pode ser e pode não ser. Há padres, e também bispos, que usam batina e, apesar disso, vivem numa grande hipocrisia, porque, no fundo, têm um coração mundano. Outros clérigos usam roupas simples, inclusive andam sem vestimentas clericais, e têm um grande amor a Jesus. Tudo depende. Eu acredito que o sinal, sem dúvida, faz bem, mas eu não me apego a ele. É preciso ver cada caso. Pode-se usar um hábito ou uma roupa clerical e ser mundano”, explicou.
Para ilustrar este ponto, contou a história de um bispo que foi comprar uma camisa na Euroclero, uma loja exclusiva de roupas clericais localizada em Roma, bem na frente da Praça São Pedro, passagem quase obrigatória para muitos clérigos que vão à Santa Sé. Aí, continuou o Papa, o bispo encontrou um jovem sacerdote de não mais de 25 anos. “Ele estava de olho em algumas coisas e na loja iam mostrando. Ele as provava. Ele provava uma camisa clerical com dois medalhões de prata, e se olhava no espelho, para ver como ficava... um rapaz jovem. O bispo o olhava e não podia acreditar no que estava vendo. Depois provou um chapéu tipo saturno e o bispo não conseguia acreditar. Pois bem. Aquele rapaz, com todas aquelas roupas clericais, era mais mundano do que qualquer outro sacerdote que ama Jesus, mesmo se usa uma camisa simples”, considerou.
“Há alguns dias me revelaram que eu tinha sido criticado por dizer a um grupo de sacerdotes jovens que trabalham na formação na Companhia de Jesus, que antigamente, quando os jesuítas iam ver o Papa, ou o Superior Geral, iam com batina e que hoje, graças a Deus, já não era mais assim. Penso que é suficiente que venham vestidos adequadamente, dignamente. Basta um simples clergyman para se encontrar com o Papa. Alguns que defendem muito esses costumes, até nisso são mundanos. O clericalismo também se expressa algumas vezes nessas formas de mundanismo”, acrescentou.
Mais adiante argumentou que o mundanismo é uma questão de critérios: de ação, de vida, de contemplação, o “ser mais do mundo do que do Senhor”. No fundo, continuou Francisco, é avaliar as coisas a partir de critérios mundanos, embora se apresentem com um aspecto de bem.
E apontou: “Mas... Cuidado! Jesus pediu claramente para que tomássemos cuidado com o mundo. (Henri) De Lubac fala desse mundanismo espiritual como uma atitude radicalmente antropocêntrica. Apresenta-se como desprendimento do outro mundanismo, mas, na verdade, em vez de buscar a glória do Senhor, busca a glória humana. Recorda a oração de Jesus na Última Ceia: ‘não te peço para tirá-los do mundo, mas para guardá-los do espírito do mundo...’. Ter os critérios do mundo em vez dos critérios de Jesus é o contrário do que significa a consagração religiosa”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
GUADALUPE E O POVO MEXICANO-02
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GUADALUPE E O POVO MEXICANO-01
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ- direto do México- fala sobre a fé, a devoção e a religiosidade popular dos mexicanos e devotos do mundo a Nossa Senhora de Guadalupe. Festa, 12 de dezembro. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 3 de dezembro-2018.
História do jesuíta que saiu do armário nos lembra que somos todos mistério
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As histórias de quem aceitou sua sexualidade nunca envelhecem. São como joias: envolvem superar medos, lidar com a rejeição, às vezes se surpreender com a aceitação e sentir a liberdade de ser autêntico. Essas são situações que todos enfrentam, não importa a idade, identidade ou orientação sexual. Por isso é sempre bom ouvir as histórias de quem saiu do armário.
Damian Torres-Botello, SJ, membro do departamento de artes cênicas da Universidade de Detroit-Mercy, recentemente compartilhou a sua com o jornal estudantil da faculdade de Michigan, o The Varsity. A entrevista aconteceu depois de ele compartilhá-la num evento organizado pelo grupo acadêmico Rainbow Task Force. A reportagem é de Francis DeBernardo, publicada por New Ways Ministry, 17-11-2018. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.
Ele conta que começou a ter consciência de sua identidade na sexta série, quando viu um programa sobre homossexualidade da apresentadora Ricki Lake na televisão e percebeu que se encaixava na descrição.
Sua primeira reação foi esconder e torcer para mudar: "Ele não conseguia se aceitar plenamente. Dizia que já era o suficiente ter de lidar com o fato de ser uma criança pobre, gordinha, negra numa escola católica de brancos de classe alta em Kansas City, no estado de Missouri.”
"Quando era criança, apesar de saber o que sentia, ele só queria que esses sentimentos fossem embora.”
"'Rezei uma novena para São Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis, para não ser gay. Tentei rezar para mandar a homossexualidade embora'"', conta.
Revelou também que se preparou por muito tempo para contar aos pais, sua família que o criou com tanto amor. Mas foi expulso da casa quando contou. Depois, os pais "voltaram a se aproximar", embora ainda não apoiem totalmente.
Sua comunidade jesuíta, no entanto, apoia. Em 2015, seus superiores permitiram que ele compartilhasse sua identidade sexual. Torres-Botello refletiu sobre o quanto sua fé e sua sexualidade formam uma intersecção: "'Há um mal-entendido em certos círculos que dizem que ser gay quer dizer ser sexualmente ativo, mas eu não sou'”, observa. 'Os homens e mulheres católicos fazem três votos, e um deles é a castidade. Para conversar sobre identidade, é crucial saber como a pessoa se identifica.'"
“Embora sair do armário tenha sido importante para Torres-Botello, não é isso que o define”, revela. "'Sou muitas coisas. Ser gay é só mais uma dessas identidades', disse. 'Todos os aspectos do meu ser constroem minha fé, minha vida e o que eu amo. Sou um conjunto, não uma única peça.'"
Esta última frase diz tanto... Primeiro, seria ótimo se o arcebispo da Filadélfia Charles Chaput ouvisse essa declaração antes de dizer ao Sínodo sobre os jovens que as pessoas LGBT veem sua orientação/identidade como sua principal identificação. Todos são feitos de uma variedade de identidades e colocam uma ou outra em primeiro plano dependendo das circunstâncias.
Respeitar essas identidades é importante porque, como afirma Torres-Botello, "todos os aspectos do meu ser constroem minha fé, minha vida e o que eu amo”. Não podemos esquecer a noção profundamente inaciana de que Deus se encontra em toda parte, em toda a criação. Quando se rejeita as pessoas LGBT, a mensagem é que em alguns aspectos da vida da pessoa Deus não existe. Um grande equívoco. Somos a soma de todos os nossos aspectos, experiências, ideias. Não existe nada sem Deus.
Por fim, a afirmação “Sou um conjunto, não uma única peça” resume lindamente a realidade espiritual de toda vida humana. Somos um conjunto. Nenhuma parte de nós é uma peça isolada, e nenhuma pessoa é um enigma que precisa ser decifrado. Todos nós somos um mistério. Acho que um dos motivos por que as pessoas LGBT desafiam alguns religiosos é a negação do mistério que existe em suas vidas. As pessoas ficam mais felizes e confortáveis com respostas diretas e compartimentos organizados. O mistério transcende essas gavetinhas. Ele nos mostra que o todo é maior do que o que pensava nossa imaginação míope.
Damian Torres-Botello é um presente para os funcionários e alunos da Universidade de Detroit-Mercy! E também para a Igreja. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
NESTE DOMINGO, 2. Jovem invade igreja e esfaqueia fiéis durante culto, em Aparecida de Goiânia
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Jovem invade igreja e esfaqueia fiéis durante culto, em Aparecida de Goiânia
Segundo a PM, rapaz chutou a porta e disse que ia matar todos. Quatro homens ficaram feridos e foram socorridos.
Um jovem de 28 anos invadiu, na manhã deste domingo (2), uma igreja no Setor Colina Azul, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. A Polícia Militar informou ao G1que ele estava com duas facas e atingiu quatro fiéis durante o culto.
“As testemunhas relataram que ele meteu o pé na porta, entrou e falou: ‘Vai morrer todo mundo’. Em seguida, esfaqueou quem estava na frente”, contou o sargento Willian Moraes.
O crime aconteceu por volta das 10h30 na Igreja Jesus Cristo dos Últimos Dias, localizada na Rua Albatroz. De acordo com os policiais, dos quatro fiéis feridos, um deles foi atingido ao tentar conter o rapaz.
A situação causou pânico em quem estava na igreja. “Não se espera esse tipo de ação, ainda mais dentro de uma igreja. Algumas pessoas correram. Uma criança saiu correndo e foi parar longe, só depois a encontraram”, disse o sargento.
Feridos
Os feridos têm 31, 33, 40 e 42 anos, sendo que dois levaram várias facadas. Os socorristas encaminharam os demais feridos para o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa).
A unidade de saúde informou, às 14h30, que o homem de 33 anos recebeu atendimento e foi liberado. Já o paciente de 31 anos foi transferido para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) para passar por uma cirurgia vascular no pulso direito, onde foi atingido. Os demais seguem internados no Huapa e têm quadro regular.
Prisão
Os policiais prenderam o suspeito e o levaram para o 1º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia para a registro da ocorrência. Conforme o sargento, o homem disse poucas palavras e contou que tomou a atitude após assistir a um vídeo na internet.
“Ele viu um vídeo que Deus amaldiçoava negros e carecas. Como ele é um pouco careca, resolveu entrar na igreja com duas facas e esfaquear todo mundo”, disse o sargento.
Segundo a PM, o homem pode ser autuado por lesão corporal grave ou tentativa de homicídio. Caberá aos policiais civis de plantão definirem o crime. Fonte: https://g1.globo.com
E SE ELA CHEGAR? Dia 28
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ, da série- E SE ELA CHEGAR- fala sobre a Espiritualidade da morte. LEIA UMA HOMILIA DO PAPA SOBRE O TEMA. CLIQUE AQUI: http://www.olharjornalistico.com.br/index.php/video-cast/11978-terca-feira-27-homilia-do-papa-sabio-pensar-no-fim-sera-um-encontro-de-misericordia-com-deus
E-mail do Frei Petrônio para contato- críticas ou sugestões de temas: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. FACE: https://www.facebook.com/olharjornalistico INSTAGRAM: www.instagram.com/freipetronio TWITTER: www.twitter.com/freipetronio Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 28 de novembro-2018.
Dom Helder pode ser beatificado durante Congresso Eucarístico Nacional
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O poema é um dos muitos escritos por Dom Helder Camara, bispo brasileiro que pode ser beatificado nos próximos anos. O processo de beatificação foi encaminhado ao Vaticano pela Arquidiocese de Olinda e Recife, que já está se preparando para o XVIII Congresso Eucarístico Nacional, que acontecerá em novembro de 2020. A reportagem é de Nayá Fernandes, publicada por O São Paulo, 26-11-2018.
A Congregação para as Causas dos Santos emitiu o parecer favorável, autorizando o início do processo de beatificação, e Dom Helder recebeu o título de “Servo de Deus”. Após o reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão, ele será proclamado Bem-Aventurado (Beato) pela Igreja. Posteriormente, se houver a comprovação de outro milagre, poderá ser proclamado santo e canonizado.
A expectativa é que a beatificação aconteça durante o Congresso Eucarístico. Em entrevista à rádio 9 de Julho, Monsenhor José Alberico, Secretário Geral do Congresso Eucarístico, informou que a fase diocesana está prestes a ser concluída [dia 16 de dezembro], após três anos da abertura do processo.
Ele falou também sobre a preparação para o Congresso que terá como tema “Pão em todas as mesas” e sobre o testemunho do Bispo. “Dom Helder foi um homem eucarístico. Sabemos o quanto ele vivia em ação de graças e fazia com que a Eucaristia fosse o centro de sua vida”, afirmou o Monsenhor.
Vigília
Antes da celebração eucarística que Dom Helder presidia pela manhã, ele acordava para rezar e se fortalecer diante do Santíssimo Sacramento. Ele mesmo chamava aqueles momentos de vigílias. “Minha única escravidão é o despertador, que me desperta para a vigília”, costumava dizer Dom Helder, que se levantava todos os dias em torno das 4h para rezar.
“É na vigília que se inicia a celebração da Eucaristia que se prolonga por todos os embates do dia. Pai, se possível continua a permitir que a Missa seja sempre a primeira. Seja preparada pela Vigília e se estenda ao dia inteiro”, afirmava Dom Helder.
Atualmente, o quarto onde dormia Dom Helder, anexo às dependências da Igreja das Fronteiras, em Recife (PE), pode ser visitado. O local é mantido pelo Instituto Dom Helder Camara, que reuniu além de objetos pessoais, escritos e manuscritos do Bispo, reportagens e livros sobre sua vida e obra.
História
Dom Helder Camara nasceu em 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza, Ceará. Filho de João Eduardo Torres Câmara Filho, jornalista e crítico teatral, e de Adelaide Pessoa Câmara, professora primária. De família numerosa, Helder teve 12 irmãos.
Recebeu a primeira Eucaristia aos 8 anos de idade e aos 14 entrou no Seminário da Prainha de São José, em Fortaleza, onde fez o curso preparatório, e depois cursou Filosofia e Teologia. Foi ordenado sacerdote aos 22 anos, sendo necessária uma autorização especial de Roma para a sua ordenação.
Em 11 de abril de 1964, foi nomeado arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, tendo assumido no dia seguinte. Na ocasião, escreveu: “Ninguém se escandalize quando me vir frequentando criaturas tidas como indignas e pecadoras. Quem não é pecador? Quem pode jogar a primeira pedra? Nosso Senhor, acusado de andar com publicanos e almoçar com pecadores, respondeu que justamente os doentes é que precisam de médico. Ninguém se espante me vendo com criaturas tidas como envolventes e perigosas, da esquerda ou da direita, da situação ou da oposição, antirreformistas ou reformistas, antirrevolucionárias ou revolucionárias, tidas como de boa ou de má fé. Ninguém pretenda prender-me a um grupo, ligar-me a um partido, tendo como amigos os seus amigos e querendo que eu adote as suas inimizades. Minha porta e meu coração estarão abertos a todos, absolutamente a todos. Cristo morreu por todos os homens: a ninguém devo excluir do diálogo fraterno”.
Dom Helder ficou à frente da Arquidiocese de Olinda e Recife até 10 de abril de 1985, quando – por atingir a idade limite de 75 anos – foi substituído por Dom José Cardoso Sobrinho. Dom Helder morreu em sua casa, no Recife, em 27 de agosto de 1999, devido a uma insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Catedral Santíssimo Salvador do Mundo, em Olinda (PE).
O Bispo exerceu a função de Secretário Geral da CNBB, inclusive durante o Concílio Vaticano II (1962-1965). Padre José Oscar Beozzo, em entrevista publicada na Coleção Obras Completas de Dom Helder Camara, explicou que Dom Helder mantinha-se em silêncio durante as assembleias, mas participou ativamente do Concílio Vaticano II como articulador e atendendo jornalistas de veículos de comunicação de todo o mundo. “No Concílio Vaticano II, Dom Helder cumpriu um duplo papel, de animador e incentivador de propostas e iniciativas proféticas, e de articulador incansável da maioria conciliar”, afirmou padre Beozzo, historiador.
Pelo seu trabalho em defesa dos direitos humanos, Dom Helder recebeu vários prêmios internacionais, como o Martin Luther King, nos Estados Unidos, em 1970, e o Prêmio Popular da Paz, na Noruega, em 1974. Ele é autor de 35 livros, incluindo os 13 volumes das Obras Completas, a maioria composta de ensaios e reflexões sobre o terceiro mundo e a Igreja. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
*1º Domingo do Tempo do Advento – Ano C. (Domingo, 2 de dezembro-2018).
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Tema do 1º Domingo do Tempo do Advento
Neste 1º Domingo do Tempo do Advento, a Palavra de Deus apresenta-nos uma primeira abordagem à “vinda” do Senhor.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Messias filho de David, a anunciar a todos os que se sentem prisioneiros: “alegrai-vos, a vossa libertação está próxima. O mundo velho a que estais presos vai cair e, em seu lugar, vai nascer um mundo novo, onde conhecereis a liberdade e a vida em plenitude. Estai atentos, a fim de acolherdes o Filho do Homem que vos traz o projeto desse mundo novo”. É preciso, no entanto, reconhecê-lo, saber identificar os seus apelos e ter a coragem de construir, com Ele, a justiça e a paz.
ATUALIZAÇÃO (EVANGELHO -Lc 21,25-28.34-36)
A reflexão acerca do Evangelho de hoje pode tocar, entre outros, os seguintes pontos:
A realidade da história humana está marcada pelas nossas limitações, pelo nosso egoísmo, pelo destruição do planeta, pela escravidão, pela guerra e pelo ódio, pela prepotência dos senhores do mundo… Quantos milhões de homens conhecem, dia a dia, um quadro de miséria e de sofrimento que os torna escravos, roubando-lhes a vida e a dignidade…
A Palavra de Deus que hoje nos é servida abre a porta à esperança e grita a todos os que vivem na escravidão: “alegrai-vos, pois a vossa libertação está próxima. Com a vinda próxima de Jesus, o projeto de salvação/libertação de Deus vai tornar-se uma realidade viva; o mundo velho vai converter-se numa nova realidade, de vida e de felicidade para todos”.
No entanto, a salvação/libertação que há de transformar as nossas existências não é uma realidade que deva ser esperada de braços cruzados. É preciso “estar atento” a essa salvação que nos é oferecida como dom, e aceitá-la. Jesus vem; mas é necessário reconhecê-lo nos sinais da história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que sofrem e que buscam a libertação. É preciso, também, ter a vontade e a liberdade de acolher o dom de Jesus, deixar que Ele nos transforme o coração e Se faça vida nos nossos gestos e palavras.
É preciso, ainda, ter presente, que este mundo novo – que está permanentemente a fazer-se e depende do nosso testemunho – nunca será um a realidade plena nesta terra, mas sim uma realidade escatológica, cuja plenitude só acontecerá depois de Cristo, o Senhor, haver destruído definitivamente o mal que nos torna escravos.
ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 1º DOMINGO DO ADVENTO
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA
Ao longo dos dias da semana anterior ao 1º Domingo do Advento, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus.
GESTO PARA O INÍCIO DO ADVENTO.
Com o 1º Domingo do Advento, começa o ano litúrgico. Para os cristãos, é esta a altura propícia para se desejar um bom ano.
O 1º Domingo do Advento é o momento oportuno para apresentar o desenrolar de um ciclo litúrgico no seu conjunto. Descobrir este caminho de oração, comum aos católicos do mundo inteiro, permite falar também da importância da prática regular. É tempo para tomar boas resoluções para o novo ano, o ano litúrgico. Pode-se marcar o início do Advento com uma procissão de entrada mais solenizada, escolhendo um cântico bem adaptado, ou com um ato penitencial mais desenvolvido. Isto para além dos símbolos tradicionais do Advento que podem ser valorizados…
COROA DO ADVENTO.
Entre os símbolos tradicionais, temos a “coroa do Advento”, com as quatro velas. Colocadas numa coroa ou de outra maneira, elas significam a progressão para o Natal. Muitas vezes, acende-se a vela ao longo da celebração. Este gesto ganha importância se for bem realizado. Pode ser durante o cântico inicial, no final da procissão, por uma criança ou um jovem, por um padre ou qualquer outro “ator” da liturgia. Pode também ser efetuado pelo próprio presidente da celebração, depois da saudação litúrgica. Tomar-se-á sempre o tempo de um belo gesto, que pode ser acompanhado por um breve refrão a apelar à vinda do Senhor… É importante cuidar da beleza dos objetos (velas, suporte, coroa), de tamanho adaptado ao edifício e dispostos de maneira coerente no espaço próprio.
*Leia a reflexão na íntegra. Clique no link ao lado - EVANGELHO DO DIA.
Como escolher padrinhos de Crisma e Casamento
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Alguns dos sacramentos da Igreja nos permitem escolher padrinhos. Mas nem sempre levamos em consideração o ponto fundamental, segundo a Igreja, para fazer essa escolha. Além disso, às vezes não cumprimos bem nosso papel de afilhados.
Pra entenderemos melhor tudo isso, conversamos com Pe. Camilo Junior, membro da Comissão Jovens de Maria. Se liga na explicação:
Como escolher os padrinhos
Dentro da nossa vivência de fé, os padrinhos são aqueles que precisam nos ajudar a caminhar com Cristo e assimilar os valores de Jesus em nossa vida. São tão importantes porque esse não é apenas um título que nós damos a eles, mas uma missão que lhes é dada por Deus.
Por isso, entenda os pontos fundamentais para essa escolha:
Crisma – a escolha não pode ser feita somente porque a pessoa é amiga, porque é simpática e a gente se dá bem, mas precisa ser alguém que, para mim, é um referencial de fé. Alguém que, acima de tudo, vive a fé em comunidade e que vai me ajudar, como crismado, a dar testemunho e a perseverar na consagração da minha vida que, um dia, lá quando criança, meus pais e padrinhos de Batismo me deram.
Casamento – os padrinhos não são pessoas que vão apenas enfeitar o altar; são pessoas que vão ajudar os casais a viverem a aliança do amor. Por isso, é importante que sejam escolhidos casais que já vivam essa experiência há mais tempo. Assim, poderão ensinar aos recém-casados a como superar as crises, como vencer as dificuldades, como não dar importância àquilo que, às vezes, não significa nada e entender a importância de rezar o amor que, em Cristo, os uniu para a vida inteira.
O papel do afilhado
Ao mesmo tempo em que os padrinhos deveriam se dedicar e ser presença na vida dos afilhados, nós também devemos, como afilhados, procurar ser presença na vida dos nossos padrinhos.
É importante que, mesmo que não tenhamos sido nós que escolhemos os padrinhos de batismo, por exemplo, tenhamos essa relação de entender que, através dos nossos padrinhos, a graça de Deus chegou à nossa vida e, por eles, essa graça continua nos atingindo. Por isso, precisamos ter duas atitudes para com nossos padrinhos:
Pedir a bênção – todas as vezes em que pedimos bênção aos padrinhos, estamos renovando a graça de Deus presente em nós por meio do sacramento que recebemos, dos quais eles foram testemunhas.
Pedir e ouvir seus conselhos – Se nós escolhemos padrinhos para testemunhar um dom de Deus em nossa vida nos sacramentos, nós precisamos, com muita humildade, nos colocar debaixo de suas mãos, pois eles têm o poder e a missão sagrada de nos abençoar. Assim, eles podem nos conduzir diante de uma escolha, diante de uma renúncia na vida que a gente precisa fazer e até mesmo num momento em que precisamos de uma chamada de atenção. Fonte: https://pt.aleteia.org
SEGUNDA-FEIRA 26: Evangelho do Dia.
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ- AO VIVO - comenta o Evangelho do dia da 34º Semana do Tempo Comum- Ano B. Para interagir ao vivo no FACEBOOK LIVE COM O FREI PETRÔNIO- TODOS OS DIAS- às 20h, adicione a página do Frei: www.facebook.com/freipetros ou, www.instagram.com/freipetronio
Contatos para críticas ou sugestões para o programa, A Palavra do Frei Petrônio. E-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro, 26 de novembro-2018.
25 Novembro 2018. Solenidade de Cristo, Rei do Universo - Ano B
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TEMA Solenidade de Cristo, Rei do Universo. Ano B - XXXIV Domingo Comum
No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. A Palavra de Deus que nos é proposta neste último domingo do ano litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se concretiza de acordo com uma lógica própria, a lógica de Deus. O Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica da realeza de Jesus.
A primeira leitura anuncia que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição, a violência, a opressão que marcam a história dos reinos humanos. Através de um "filho de homem" que vai aparecer "sobre as nuvens", Deus vai devolver à história a sua dimensão de "humanidade", possibilitando que os homens sejam livres e vivam na paz e na tranquilidade. Os cristãos verão nesse "filho de homem" vitorioso um anúncio da realeza de Jesus.
Na segunda leitura, o autor do Livro do Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor
do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as coisas, o "príncipe dos reis da terra", Aquele que há-de vir "por entre as nuvens" cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a interpretação cristã dessa figura de "filho de homem" de que falava a primeira leitura.
O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pontius Pilatus. A cena revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da terra. A missão "real" de Jesus é dar "testemunho da verdade"; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.
ATUALIZAÇÃO (EVANGELHO - JO 18, 33b-37)
As declarações de Jesus diante de Pontius Pilatus não deixam lugar a dúvidas: Ele é "rei" e recebeu de Deus, como diz a primeira leitura, "o poder, a honra e a realeza" sobre todos os povos da terra. Ao celebrarmos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, somos convidados, antes de mais, a descobrir e interiorizar esta realidade: Jesus, o nosso rei, é princípio e fim da história humana, está presente em cada passo da caminhada dos homens e
conduz a humanidade ao encontro da verdadeira vida. Os inícios do séc. XXI estão marcados por uma profunda crise de liderança a nível mundial. Os grandes líderes das nações são, frequentemente, homens com uma visão muito limitada do mundo, que não se preocupam com o bem da humanidade e que conduzem as suas políticas de acordo com lógicas de ambição pessoal ou de interesses particulares. Sentimo-nos, por vezes, perdidos e impotentes, arrastados para um beco sem saída por líderes medíocres, prepotentes e incapazes… Esta constatação não deve, no entanto, lançar-nos no desânimo: nós sabemos que Cristo é o nosso rei, que Ele preside à história e que, apesar das falhas dos homens, continua a caminhar conosco e a apontar-nos os caminhos da salvação e da vida.
No entanto, a realeza de Jesus não tem nada a ver com a lógica de realeza a que o mundo está habituado. Jesus, o nosso rei, apresenta-Se aos homens sem qualquer ambição de poder ou de riqueza, sem o apoio dos grupos de pressão que fazem os valores e a moda, sem qualquer compromisso com as multinacionais da exploração e do lucro. Diante dos homens, Ele apresenta-se só, indefeso, prisioneiro, armado apenas com a força do amor e da verdade. Não impõe nada; só propõe aos homens que acolham no seu coração uma lógica de amor, de serviço, de obediência a Deus e aos seus projetos, de dom da vida, de solidariedade com os pobres e marginalizados, de perdão e tolerância. É com estas "armas" que Ele vai combater o egoísmo, a autossuficiência, a injustiça, a exploração, tudo o que gera sofrimento e morte. É uma lógica desconcertante e incompreensível, à luz dos critérios que o mundo avaliza e enaltece. A lógica de Jesus fará sentido? O mundo novo, de vida e de felicidade plena para todos os homens nascerá de uma lógica de força e de imposição, ou de uma lógica de amor, de serviço e de dom da vida?
Nós, os que aderimos a Jesus e optámos por integrar a comunidade do Reino de Deus, temos de dar testemunho da lógica de Jesus. Mesmo contra a corrente, a nossa vida, as nossas opções, a forma de nos relacionarmos com aqueles com quem todos os dias nos cruzamos, devem ser marcados por uma contínua atitude de serviço humilde, de dom gratuito, de respeito, de partilha, de amor. Como Jesus, também nós temos a missão de lutar - não com a força do ódio e das armas, mas com a força do amor - contra todas as formas de exploração, de injustiça, de alienação e de morte… O reconhecimento da realeza de Cristo convida-nos a colaborar na construção de um mundo novo, do Reino de Deus.
A forma simples e despretensiosa como Jesus, o nosso Rei, Se apresenta, convida-nos a repensar certas atitudes, certas formas de organização e certas estruturas que criamos… A comunidade de Jesus (a Igreja) não pode estruturar-se e organizar-se com os mesmos critérios dos reinos da terra… Deve interessar-se mais por dar um testemunho de amor e de solidariedade para com os pobres e marginalizados do que em controlar as autoridades políticas e os chefes das nações; deve preocupar-se mais com o serviço simples e humilde aos homens do que com os títulos, as honras, os privilégios; deve apostar mais na partilha e no dom da vida do que na posse de bens materiais ou na eficiência das estruturas. Se a Igreja não testemunhar, no meio dos homens, essa lógica de realeza que Jesus apresentou diante de Pontius Pilatus, está a ser gravemente infiel à sua missão.
Leia o Evangelho na íntegra. Clique no link ao lado- EVANGELHO DO DIA.
DOMINGO 25. Cristo Rei: Fiéis são chamados a reconhecer o reinado de Deus sobre todos os povos.
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No calendário litúrgico, no último domingo de novembro, este ano dia 25, é celebrada a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, comumente conhecida como a Festa de Cristo Rei. O presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, dom Armando Bucciol explica que a origem da Festa coloca-se no tempo de Pio XI, no ano de 1925. À época, dom Armando afirma que a Europa estava passando por um período “difícil”, em meio ao crescimento do Nazismo e do Fascismo em boa parte dos países.
Neste contexto, onde cada vez mais os ditadores queriam mandar no povo, dom Armando salienta que o papa Pio XI institui a Festa de Cristo Rei, por meio da Encíclica Quas Primas. “O papa com o intuito profundo afirmou que não são os grandes da Terra que dominam, não são eles que dirigem os povos, é Jesus Cristo”, afirmou o bispo. Originalmente, a Festa foi estabelecida para o último domingo de outubro, antes da Festa de Todos os Santos. No ano de 1926, quando foi celebrada pela primeira vez, esse domingo caiu para o dia 31 de outubro.
No entanto, foi o papa Paulo VI que deu à festa seu atual título completo, o de Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, transferindo a data para o último domingo do ano litúrgico. Segundo dom Armando, do ponto de vista litúrgico, espiritual e eclesial foi uma boa intuição ter colocado a festa como conclusão do ano litúrgico e síntese de uma caminhada.
As origens do reconhecimento do reinado de Cristo podem ser encontradas no próprio evangelho. Em um importante diálogo com Pilatos, durante seu juízo, dom Armando salienta que Cristo afirma o seu reinado. “Pilatos o pergunta se ele é rei, e então Cristo responde que é, e por isso tinha vindo ao mundo, para dar testemunho da verdade”, diz dom Armando.
Dom Armando salienta também o fato de que nos três anos do ciclo de leituras que a liturgia hoje tem, destaca-se um cristo que é rei, morrendo na cruz. “Portanto, o Cristo Rei é um rei que doou a sua vida por amor, é um Deus que se faz humano e que, sim, nós o honramos como rei, mas não à maneira dos dominadores, dos grandes da Terra”, completou o bispo.
Ainda de acordo com dom Armando, a Festa em si não é para exaltar um Deus poderoso, mas um Cristo cujo poder é o de um Cristo que lava os pés de seus discípulos e que diz: “Como eu fiz, faça vocês!”. “Podemos acrescentar que a maneira de Cristo reinar é uma contestação não só na sociedade, mas na Igreja. O poder é serviço, você é grande quanto mais se abaixa para servir por amor, e com amor”, finaliza dom Armando. Fonte: http://www.cnbb.org.br
Quando reza, a monja não vai sozinha, mas leva uma multidão
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Ouça a entrevista com a Irmã Maria Juliana Cruz da Eucaristia, do Carmelo da Santa Face e Pio XII em Tremembé – SP, por ocasião da Jornada Pro Orantibus.
Padre Arnaldo Rodrigues - Cidade do Vaticano
Quando reza, a monja não vai sozinha, mas leva no coração e na mente uma multidão. Com estas palavras, Irmã Maria Juliana Cruz da Eucaristia, do Carmelo da Santa Face e Pio XII em Tremembé – SP, falou da riqueza da vida contemplativa.
Destacamos também algumas mensagens dos três últimos Papas sobre a vida contemplativa.
Papa Francisco
A oração missionária é uma oração que consegue unir-se aos irmãos nas mais variadas circunstâncias em que se encontrem, pedindo que não lhes falte o amor e a esperança. Assim o dizia Santa Teresinha do Menino Jesus: «Compreendi que só o amor fazia atuar os membros da Igreja e que, se o amor viesse a extinguir-se, nem os apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno (…): no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor»... Assim, a vossa vida na clausura consegue ter um alcance missionário e universal e «um papel fundamental na vida da Igreja. Rezai e intercedei por tantos irmãos e irmãs presos, migrantes, refugiados e perseguidos, por tantas famílias feridas, pelas pessoas sem trabalho, pelos pobres, os doentes, as vítimas das várias dependências.
A oração de súplica que se faz nos vossos mosteiros, sintoniza-vos com o Coração de Jesus que pede ao Pai que todos sejamos um só; assim o mundo acreditará (cf. Jo 17, 21). Quanto precisamos da unidade na Igreja! Que todos sejamos um só. Precisamos tanto que os batizados sejam um só, que os consagrados sejam um só, que os sacerdotes sejam um só, que os bispos sejam um só! Hoje e sempre. Unidos na fé. Unidos pela esperança. Unidos pela caridade. Nesta unidade que deriva da comunhão com Cristo, que nos une ao Pai no Espírito e, na Eucaristia, nos une uns com os outros neste grande mistério que é a Igreja. Peço-vos, por favor, que rezeis muito pela unidade desta amada Igreja peruana, que é tentada de desunião. A vós confio a unidade, a unidade da Igreja, a unidade dos agentes pastorais, dos consagrados, do clero e dos bispos.
Papa Bento XVI
Se as palavras de Pedro «Senhor, é bom estarmos aqui!» (Mt 17, 4) são muito significativas para todos os consagrados, todavia adquirem uma ressonância especial nas pessoas contemplativas que, em profunda comunhão com todas as outras vocações da vida cristã, são «raios da única luz de Cristo que resplandece no rosto da Igreja» e, «pelo seu carisma específico, dedicam boa parte das suas jornadas a imitar a Mãe de Deus, que meditava assiduamente as palavras e os factos do seu Filho (cf. Lc 2, 19.51), e Maria de Betânia que, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra (cf. Lc 10, 38)». Desta maneira a sua vida «escondida com Cristo em Deus» (Col 3, 3) torna-se figura do amor incondicional do Senhor, o primeiro contemplativo, indica a tensão cristocêntrica de toda a sua vida até poderem dizer, com o Apóstolo, «para mim viver é Cristo» (Flp 1, 21), e exprime o caráter totalizante que constitui o dinamismo profundo da vocação à vida contemplativa.
Como homens e mulheres que habitam na história humana, os contemplativos, atraídos pelo esplendor de Cristo, «o mais belo dos filhos dos homens» (Sal 45, 3), situam-se no coração da Igreja e do mundo e encontram, na busca sempre inacabada de Deus, o principal sinal e critério da autenticidade da sua vida consagrada. São Bento, o Pai do monaquismo ocidental, sublinha que o monge é aquele que procura a Deus durante toda a vida, e pede para verificar, no aspirante à vida monástica, «si revera Deum quaerit – se verdadeiramente busca Deus».
João Paulo II
Seguindo os contemplativos e os místicos de todos os tempos, continuai a atestar com força e humildade a dimensão transcendente da pessoa humana, criada à semelhança de Deus e chamada a uma vida de intimidade com Ele. Santo Agostinho, no fim de meditações feitas igualmente com o coração e a inteligência penetrante, certifica-nos que a bem-aventurança do homem está nisto: na contemplação amorosa de Deus. Por isso o grau, em que pertençais amorosamente ao Senhor, tanto no plano pessoal como no comunitária, é de extrema importância. A densidade e a irradiação da vossa vida "oculta em Deus" devem criar problema para os homens e as mulheres de hoje, devem criar problema para os jovens que procuram tantas vezes o sentido da vida. Encontrando-vos ou vendo-vos, seria necessário que todo o visitante, hóspede ou vindo a fazer retiro, chegasse a dizer ou pelo menos sentisse ter encontrado a Deus, ter experimentado uma epifania do Mistério de Deus que é Luz e Amor. Os tempos que vivemos necessitam de testemunhas tanto como de apologistas. Sede, pela vossa parte, essas testemunhas muito humildes e sempre transparentes.
Deixai-me ainda certificar-vos — em nome da tradição constante da Igreja — que não só a vossa, vida pode anunciar o Absoluto de Deus, mas que possui maravilhoso e misterioso poder de fecundidade espiritual (cfr. Perfectae caritatis, 7). Porquê? Porque a vossa oblação de amor é completada pelo próprio Cristo na Sua obra de Redenção universal, um pouco como se fundem as vagas no fundo do oceano. Vendo-vos, penso na Mãe de Cristo, penso nas santas mulheres do Evangelho, de pé ao lado da cruz do Senhor e comungando na sua morte salvadora, mas também mensageiras da Sua ressurreição. Escolhestes viver, ou antes Cristo escolheu-vos para viver com Ele, o Seu Mistério pascal, através do tempo e do espaço. Tudo o que vós sois, tudo o que fazeis cada dia, quer se trate do ofício salmodiado ou cantado, da celebração da Eucaristia, dos trabalhos na cela ou em grupos fraternais, do respeito da clausura e do silêncio, das mortificações escolhidas ou impostas pela regra, tudo é assumido, santificado e utilizado por Cristo para a Redenção do mundo.
Para não terdes nenhuma dúvida a este propósito, a Igreja — em nome mesmo de Cristo — tomou um dia posse de todas as vossas potências de viver e de amar. Foi a vossa profissão monástica. Renovai-a muitas vezes. E, a exemplo dos Santos, consagrai-vos, imolai-vos cada vez mais, sem procurar mesmo saber como utilizará Deus a vossa colaboração. Enquanto na base de toda a ação, há finalidade e portanto limitação, termo, a gratuitidade do vosso amor está na origem da fecundidade contemplativa. Vem-me ao espírito uma comparação muito moderna: abrasais o mundo com o fogo da verdade e do amor revelados, assim como os técnicos do átomo acendem os foguetões espaciais: à distância. Fonte: www.vaticannews.va
Vida contemplativa: fruto de graça na Igreja
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Com uma autorização especial do Papa, freiras de clausura participarão de Congresso em Roma por ocasião do Dia Pro Orantibus, que se celebra na festa da Apresentação de Maria Santíssima ao Templo.
Cidade do Vaticano
Em 21 de novembro, festa da Apresentação de Maria Santíssima ao Templo, celebra-se o Dia Pro Orantibus, no qual se faz memória do dom da vida contemplativa.
O dia, celebrado em todo o mundo, este ano assume um significado especial depois da publicação de dois documentos para a vida contemplativa: a Constituição apostólica do Papa Francisco Vultum Dei Quaerere e a Instrução Cor Orans, da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Os documentos introduzem novidades importantes para este estado de vida e reafirmam sua importância para a Igreja e para o mundo.
Congresso com autorização do Papa
Para celebrar a data, se realizará em Roma, na Pontifícia Universidade Lateranense, um Congresso de aprofundamento, organizado pelo Secretariado de Assistência às Monjas, para identificar os desafios que esses dois documentos apresentam.
Devido à importância do Congresso, o Papa Francisco concedeu uma permissão especial para que freiras de clausura possam participar do Congresso. São esperadas cerca de 300 religiosas da Itália, mas também do exterior.
O evento será marcado por conferências, testemunhos, círculos de estudo, mas também momentos de festa e de agradecimento pelo dom da vida contemplativa, que enriquece o rosto da Igreja. Entre os participantes, estão o prefeito da Vida Consagrada, Card. João Braz De Aviz, o secretário, Dom José Rodríguez Carballo, a reitora da Universidade Lateranense Professora Vincenza Buonomo. A missa presidida pelo cardeal brasileiro na Basílica de São João de Latrão vai encerrar o evento. Fonte: www.vaticannews.va
20 de novembro: Dia Nacional da Consciência Negra
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No dia 20 de novembro, em milhares de cidades brasileiras e em seis estados (Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro) celebra-se o Dia Nacional da Consciência Negra. Os dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a realidade brasileira, da qual 53% da população, é formada por negros e negras, mostram que 70% da população que vive em situação de extrema pobreza são negras.
A chance de um negro ser analfabeto é 5 vezes maior que um branco. Eles representam 68% dos analfabetos do país segundo o IBGE. Somente 1 pessoa a cada 4 com ensino superior é negra. A cada 12 minutos, 1 pessoa negra é assassinada no Brasil. 75% da população carcerária no Brasil é de pessoas negras.
A data, incluída em 2003 no calendário escolar nacional, se refere à morte de Zumbi dos Palmares, o último líder do maior dos quilombos do período colonial, o Quilombo dos Palmares. Comemorado há mais de 30 anos por ativistas do movimento negro, a data foi oficializada pela Lei 12.519 de 2011.
Para o arcebispo de Feira de Santana (BA), referencial da Pastoral Afro-Brasileira, dom Zanoni Demettino Castro, os(as) negros(as) sofrem as consequências desta realidade porque os 300 anos de escravidão, que marcaram profundamente a história brasileira, ainda não foram suficientemente reparados.
“Por que a maioria absoluta dos pobres são negros? Por que os que superlotam os presídio são afrodescendentes?”, questiona o referencial da Pastoral Afro da Igreja no Brasil. O religioso aponta que aumenta assustadoramente o extermínio de jovens e adolescentes negros no Brasil.
Superação das desigualdades – Para superar estas desigualdades que atingem os negros e negras no país, dom Zanoni afirma ser necessário o país trilhar o caminho da superação da fome, oferecer educação de qualidade e também oportunidades à esta população. “As ações afirmativas, como cotas raciais para ingresso na universidade, são essenciais nesta empreitada”, afirma dom Zanoni.
Para dom Zanoni, o reconhecimento e a valorização das comunidades remanescentes de quilombos também é um passo importante neste caminho de superação das desigualdades entre brancos e negros. “O povo brasileiro precisa ser assumido. O negro deve ser visto como protagonista da gestação de nova sociedade”, disse.
Por ocasião do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro, Dom Zanoni retoma os ensinamentos da V- Conferência Geral do Episcopado Latinoamericano e do Caribe, realizada em Aparecida (SP), de 13 a 31 de maio de 2007: “Como nos ensina a Conferência de Aparecida, os afrodescendentes hoje, como protagonistas, têm uma responsabilidade muito grande na gestação da sociedade de partilha e solidariedade e na construção da civilização do amor e da implantação da cultura de paz”. Fonte: http://www.cnbb.org.br
DIOCESE DA CAMPANHA: NOTA DE FALECIMENTO
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“Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!” (Sl 15)
Assim, ontem cantávamos em nossa liturgia dominical essa certeza e agora ela se torna um consolo em nossa vida. Pois, inesperadamente fomos noticiados pelo passamento de nosso irmão no sacerdócio, o Revmo. Sr. Pe. Edvar Rodrigues Rangel, DD. Pároco da Paróquia de Sant’Ana em Varginha – MG.
O seu corpo será velado junto aos seus paroquianos e às 15h do dia de hoje (19 de novembro), seguirá o féretro para a sua cidade de origem São Sebastião do Rio Verde – MG, onde continuará o velório e amanhã (20 de novembro) às 9h será presidida pelo senhor bispo Diocesano Dom Pedro Cunha Cruz a Santa Eucaristia Exequial, em seguida o sepultamento às 10h.
Sentimo-nos profundamente solidários aos seus familiares.
Nossas orações e preces acompanhadas pela esperança da Ressurreição.
Querido amigo e irmão, Pe. Edvar, obrigado pelo dom de sua vida e do seu sacerdócio; e agora se plenifica entoando o cântico novo na liturgia do Banquete do Cordeiro. RIP.
Campanha - MG, Sede do Bispado, 19 de Novembro de 2018.
† Dom Pedro Cunha Cruz
Bispo Diocesano Da Campanha – MG
Fonte: http://www.diocesedacampanha.org.br
Padre de Varginha morre em acidente entre carro e caminhão na BR-267
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Carro onde estava Edvar Rodrigues Rangel, de 45 anos, bateu em um caminhão em Cambuquira (MG).
Um padre de 45 anos morreu após bater o carro em um caminhão na BR-267, em Cambuquira (MG), na noite deste domingo (18). Edvar Rodrigues Rangel era conhecido por seu trabalho em paróquias de cidades do Sul de Minas. Atualmente, ele era padre na Paróquia de Santana em Varginha (MG).
Segundo a Polícia Militar Rodoviária, o acidente foi por volta das 22h40. A versão dada pelo motorista do caminhão e por testemunhas é de que o Fusca dirigido pelo padre rodou na pista e bateu na lateral do caminhão. O caminhoneiro não conseguiu evitar o acidente.
Após a batida, o carro caiu em um barranco. O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas a vítima morreu no local do acidente. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal de Três Corações (MG).
Padre Edvar começou a trabalhar em Varginha há dois anos e meio; esteve em paróquias de São Lourenço e Carmo de Minas. Estudou nos seminários de Três Corações e Campanha. Foi ordenado padre pela Diocese de Campanha em 1998.
Ele será velado em missa de corpo presente na Paróquia de Santana, em Varginha, às 15h. Depois da missa, o corpo será levado para São Sebastião do Rio Verde, cidade da família. O enterro será na manhã desta terça-feira (20). Fonte: https://g1.globo.com
ESSE BISPO É MESMO DO BALACOBACO!... Dom Frei João Costa, Carmelita, Arcebispo metropolitano de Aracaju-SE.
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ESSE BISPO É MESMO DO BALACOBACO!... Dom Frei João Costa, Carmelita, Arcebispo metropolitano de Aracaju-SE. (Samba de Coco da Paróquia Nossa Senhora- Taiçoca. Uma tradicional dança do Estado de Sergipe).
Fonte: https://www.facebook.com/PNSDC.TaicocadeFora
DIVULGAÇÃO: www.instagram.com/freipetronio
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