Missa com Papa Francisco na Casa Santa Marta: O Papa relatou um episódio pessoal.
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16/02/2017- O primeiro compromisso do Papa nesta quinta-feira foi a celebração da Missa na capela da Casa Santa Marta. Na sua homilia, o Pontífice deu destaque ao sofrimento de tantos povos castigados pelas guerras promovidas pelos poderosos e pelos traficantes de armas. De modo especial, falou de três imagens presentes na Primeira Leitura, extraída do Livro do Gênesis: a pomba, o arco-íris e a aliança.
“A aliança que Deus faz é forte – comentou – mas como nós a recebemos e a aceitamos é com fraqueza. Deus faz a paz connosco, mas não é fácil preservá-la”. “É um trabalho de todos os dias, porque dentro de nós ainda existe aquela semente, aquele pecado original, o espírito de Caim que por inveja, ciúme, cobiça e desejo de dominação faz a guerra”. Francisco observou que, falando da aliança entre Deus e os homens, se faz referência ao “sangue”: “pedirei contas do vosso sangue, que é vida, a qualquer animal. E ao homem pedirei contas da vida do homem, seu irmão”. Nós, portanto, “somos custódios dos irmãos e quando há derramamento de sangue, há pecado e Deus nos pedirá contas”:
“Hoje no mundo há derramamento de sangue. Hoje o mundo está em guerra. Muitos irmãos e irmãs morrem, inclusive inocentes, porque os grandes e os poderosos querem um pedaço a mais de terra, querem um pouco mais de poder ou querem ter um pouco mais de lucro com o tráfico de armas. E a Palavra do Senhor é clara: ‘pedirei contas do vosso sangue, que é vida, a qualquer animal. E ao homem pedirei contas da vida do homem, seu irmão’. Também a nós, que parecemos estar em paz aqui, o Senhor pedirá contas do sangue dos nossos irmãos e irmãs que sofrem a guerra”.
Custodiar a paz, a declaração de guerra começa em cada um de nós
“Como proteger a pomba? Pergunta-se Francisco; “O que faço para que o arco-íris seja sempre um guia? O que faço para que não seja mais derramado sangue no mundo?”. Todos nós, reiterou, estamos envolvidos nisto. A oração pela paz não é uma formalidade, o trabalho pela paz não é uma formalidade. E relevou com amargura que a guerra começa no coração do homem, começa nas casas, nas famílias, entre amigos, e depois vai além, a todo o mundo. “O que faço, eu, quanto sinto no meu coração ‘algo que quer destruir a paz’?”
“A guerra começa aqui e termina lá. Vemos as notícias nos jornais e na TV... Hoje, muita gente morre e a semente de guerra que gera inveja, provoca ciúmes, a cobiça no meu coração é a mesma coisa do que a bomba que cai num hospital, numa escola, matando crianças - é o mesmo. A declaração de guerra começa aqui, em cada um de nós. Por isso, pergunto: “Como custodiar a paz em meu coração, em meu íntimo, na minha família?”. Custodiar a paz, mas não só: fazê-la com as mãos, todos os dias. E assim conseguiremos fazê-la no mundo inteiro”.
A recordação do fim da guerra na lembrança do menino
“O sangue de Cristo – evidenciou – é o que faz a paz, mas não o sangue que eu faço com o meu irmão” ou “o que fazem os traficantes de armas ou os poderosos da terra nas grandes guerras”. Francisco relatou um episódio pessoal, de quando era criança, sobre a paz:
“Recordo quando começou a tocar o alarme dos Bombeiros, depois nos jornais e na cidade... Isto se fazia para atrair a atenção para um fato ou uma tragédia, ou outra coisa. E logo ouvi a vizinha de casa chamar minha mãe: ‘Senhora Regina, venha, venha!’ E minha mãe saiu, assustada: ‘O que aconteceu?’ E a mulher, do outro lado do jardim, disse: ‘A guerra acabou!’, chorando.
Francisco recordou o abraço das duas mulheres, o pranto e a alegria porque a guerra havia terminado. “Que o Senhor – concluiu – nos dê a graça de poder dizer: ‘Terminou a guerra’ e chorando. ‘Acabou a guerra no meu coração, acabou a guerra na minha família, acabou a guerra no meu bairro, acabou a guerra no meu trabalho, acabou a guerra no mundo’. Assim serão mais fortes a pomba, o arco-íris e a aliança”. Fonte: http://pt.radiovaticana.va
Martini, um homem alheio a toda hierarquia.
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Há uma frase de Hélder Câmara, arcebispo brasileiro, que explica bem o pensamento de outro arcebispo, Carlo Maria Martini: “Quando dou comida aos pobres chamam-me de santo. Quando pergunto por que eles são pobres chamam-me de comunista”. Frase que Ermanno Olmi, em colaboração com o jornalista Marco Garzonio (que, pelo jornal Corriere della Sera, acompanhou e contou Martini desde a sua chegada em Milão, em 1979, até a sua morte, em 2012), quis citar no seu intenso retrato do cardeal, vedete, sono uno di voi [vejam, sou um de vocês. Sim, a grafia é em minúsculo, pois Martini não apreciava as maiúsculas, segundo o diretor do filme. Nota da IHU On-Line], que será lançado em março. A reportagem é de Antonello Catacchio, publicada no jornal Il Manifesto, 11-02-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Olmi não é nem quer ser um biógrafo que enrola histórias e anedotas, mas cava profundamente, permite que o homem Martini levite, como o pão camponês, enquadra-o “como uma árvore que cresceu para fora do jardim, onde a ordem hierárquica não é avaliada em termos econômicos, mas de função”.
Reunindo entrevistas, clipes, fotografias, material de arquivo e imagens escolhidas com cuidado, Olmi acompanha o relato com a sua própria voz “para falar com honestidade” e oferece o percurso de um personagem singular, natural de Turim, de origens abastadas, que decidiu se tornar sacerdote desde pequeno, depois jesuíta, teólogo, estudioso da Bíblia, convicto defensor do diálogo entre as religiões.
Um grande intelectual da Igreja, chamado, a despeito de si mesmo, por Wojtyla para se tornar arcebispo de Milão em 1979. Cidade difícil, atravessada por todas as contradições da época, e Martini, de algum modo se transformou, entendeu que “estar nos passos do homem é mais importante do que qualquer livro”.
Um episcopado sofrido e próximo dos sofredores. Com uma primeira e inquietante carta pastoral, “a dimensão contemplativa da vida”, a lectio divina na Catedral, as vigílias na praça com os trabalhadores, as frequentes visitas à prisão. As hierarquias, muitas vezes, não compartilharam as suas escolhas, como a de batizar os gêmeos de dois membros das Brigadas Vermelhas nascidos na prisão, assim como a rejeição à lógica do lucro como motor de civilização e progresso, mas também a constituição do “fundo de solidariedade em favor das famílias necessidades dos demitidos e dos desempregados” (1982). Ou, melhor, alguns levantaram a hipótese de um dualismo entre Wojtyla e Martini, que foi colocado em posição antagônica ao papa, obscurecendo uma possível sucessão.
Na Sexta-feira Santa de 1984, Martini celebrou uma procissão penitencial rezando para derrotar em Milão as três pragas do momento: “a violência, a solidão, a corrupção”. Passam-se apenas dois meses, e são entregues no arcebispado sacos cheios de armas das Brigadas Vermelhas. Ele chegou também a instituir uma “cátedra dos não crentes”, ou seja, uma série de encontros sobre “perguntas da fé”, um debate “estranho e imprudente” entre pensantes e não pensantes.
Liberdade, justiça, democracia, temas caras também a Olmi (“Hoje, a democracia tornou-se uma grande máscara”), que também consegue citar a ilha de Chios, onde as pessoas modestas que ele gosta e estima desde sempre inventaram a democracia, mas que “não deve ser vivida passivamente”.
Agora, Martini já amadureceu as suas escolhas; segundo ele, a Igreja deve se renovar, chegou a afirmar que ela “está 200 anos atrás”. Ele não gostava de toda a ênfase e a prosopopeia da ostentação. Tinha sido um dos primeiros a intuir como a santificação do lucro trazia consigo os gérmens da corrupção e, curiosamente, foi justamente em Milão que explodiu ruidosamente a bolha da Tangentopoli [escândalo de corrupção na Itália nos anos 1990].
“Para perseguir a riqueza, tornamo-nos pobres”, recorda Olmi. Ele que acaricia com olhar respeitoso o seu protagonista, compartilha-o antes mesmo de narrá-lo, mostra-o quando, depois de ter renunciado ao cargo de arcebispo de Milão, foi a Jerusalém, cidade de contradições devastadoras, mas também de grande oração: “Na sexta-feira, os muçulmanos. No sábado, os judeus. No domingo, os cristãos”. E, sobre tudo, recorre uma constante, aquele quartinho do Alosianum de Gallarate, onde Martini expirou aos 85 anos e onde tinha feito o seu noviciado aos 17 anos.
No filme, ele não está nem podia estar, mas Garzonio e Olmi quiseram recordar como o Papa Francisco, na sua primeira aparição, saudou os romanos simplesmente com um “boa noite”. Um sinal de proximidade com a simplicidade de Martini, que, na sua chegada a Milão, não quis celebrações. Uma proximidade que encontrou outros pontos de contato, não por último a luz verde para a beatificação de Câmara. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Fé, milagres e negócios: Santuário de Medjugorje será inspecionado
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O Santuário de Medjugorje acabou debaixo da lupa do Papa Bergoglio. Será um bispo polonês, um dos mais conservadores, Henryk Hoser – com um passado como missionário na África e como membro da Propaganda Fide –, que jogará luz sobre as atividades pastorais e econômicas ligadas à realidade religiosa europeia mais misteriosa. “Eu aceitei uma missão nada fácil”, comenta o religioso. A reportagem é de Franca Giansoldati, publicada no jornal Il Messaggero, 12-02-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Há décadas, nos arredores de Medjugorje, chocam-se visões opostas, bispos céticos sobre as aparições de Nossa Senhora, freis rebeldes e suspensos a divinis, videntes que se consideram enviados pela Providência, curas nunca verificadas, e até mesmo pessoas que arruinaram a visão olhando para o sol.
O mandato
Tecnicamente, Hoser é um visitador, mas, de fato, é um inspetor com um mandato bem específico: redigir um relatório abrangente sobre o funcionamento do santuário, sobre as suas atividades pastorais, sobre as suas receitas econômicas e tudo gira em torno delas, do negócio dos hostels – que brotaram como fungos nas últimas décadas – às agências de viagens religiosas, até chegar, naturalmente, a verificar como os sacerdotes acolhem as multidões que chegam abundantemente à cidadezinha bósnia perto de Mostar.
Mas não caberá ao inspetor papal investigar as aparições. Para isso, já existe o longo relatório da comissão do cardeal Ruini, entregue ao Papa Ratzinger há cinco anos. Antes de poder dar a última palavra definitiva sobre a veracidade das aparições, o Papa Bergoglio (que herdou o relatório de Ruini, mas ainda não o divulgou) quer ver claramente e, justamente para isso, precisa de uma intervenção super partes e inflexível como a do bispo de Varsóvia, Hoser.
O fluxo de peregrinações começou sob o comunismo, em 1981, quase às escondidas. Na época, em Medjugorje, não havia nada. Depois, ela progressivamente se expandiu, até assumir uma importância enorme para a Igreja. Para além do ceticismo, o santuário bósnio atesta uma realidade religiosa extensa demais para ser fechada ou redimensionada através de um parecer negativo. A religiosidade popular transformou aquela árida colina de entulhos em um lugar de conversões e curas.
Em 1991, os bispos da Iugoslávia assinaram em Zara uma prudente declaração para tomar distância: “Com base nas pesquisas realizadas até aqui, não é possível afirmar que se trata de aparições e fenômenos sobrenaturais”.
Os videntes
Os seis videntes principais (aos quais se somaram posteriormente outros dois) afirmam ver Nossa Senhora e falar com ela. Eles a descrevem sobre uma nuvem, com um rosto sorridente, as sobrancelhas bem cuidadas, um vestido de túnica cinza-azulado.
Em 1981, eles eram todos adolescentes. Hoje, são casados, têm filhos, vivem perto do santuário, e diz-se que gerenciam indiretamente hotéis e outras atividades econômicas.
Miriana vê Nossa Senhora no dia 18 de março de cada ano. Jakov, a cada Natal. Marija, Vicka e Ivan têm visões mais frequentes. Essas aparições marianas são recordes e vão entrar para a história como as mais longas e as mais frequentes jamais ocorridas.
Para alguns dos videntes, a Nossa Senhora, por um certo período, aparecia todos os dias, independentemente do lugar onde se encontrassem. Até mesmo a bordo de aviões.
Sobre esse tema, a Igreja se dividiu. Wojtyla tomou tempo, Ratzinger dispôs uma investigação, e agora o Papa Francisco deverá enfrentar a questão. Em algumas ocasiões, ele mesmo se mostrou cético: Nossa Senhora não é carteira.
“A Nossa Senhora não é a chefe de uma agência dos correios que, a cada dia, manda uma carta diferente, dizendo: ‘Meus filhos, façam isto e, depois, no dia seguinte, façam aquilo’. Não, não essa. A Nossa Senhora verdadeira é aquela que gera Jesus no nosso coração. Essa moda da Nossa Senhora superstar, como uma protagonista que coloca a si mesma no centro, não é católica.”
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
AO VIVO: Rezar os Salmos hoje-05.
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Ter o valor de ser justo
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Dom Rodolfo Luís Weber
Arcebispo de Passo Fundo
Alguns minutos de reflexão e observação são suficientes para perceber a importância e a necessidade de ser justo. O poder judiciário faz parte da organização da sociedade que envolve milhares de pessoas e imensas estruturas. O curso de Direito é um dos mais procurados e as vagas existentes são muitas. Cada dia são julgados processos e novos são iniciados com o objetivo de restabelecer a justiça. Tudo isto revela a importância do valor de ser justo, da justiça. Ao mesmo tempo, a quantidade de processos revela a ausência de justiça nas relações entre as pessoas, entre pessoas e instituições e vice-versa.
Ser justo é um valor. É uma virtude cardeal. Diz o Catecismo da Igreja Católica que “a virtude é uma disposição habitual e firme de fazer bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si”. São Paulo recomenda aos filipenses: “Quanto ao mais, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, digno de respeito ou justo, puro, amável ou honroso, com tudo o que é virtude ou louvável” (Filipenses 4,8).
Ser justo faz parte da identidade humana. Conforme a antropologia cristã, a justiça não é uma simples convenção humana, porque o que é “justo” não é originalmente determinado pela lei, mas pela identidade profunda do ser humano. Podemos dizer que as leis são um desdobramento da lei natural.
O homem justo se distingue pela correção habitual de seus pensamentos e pela retidão de sua conduta para com o próximo. Age dentro da medida, em conformidade com a norma, na ordem justa. Realiza a justiça que consiste na vontade constante e firme de dar aos outros o que lhe é devido. Respeita os direitos de cada um e estabelece nas relações humanas a harmonia que promove a equidade em prol das pessoas e do bem comum.
O homem justo não se preocupa apenas que os direitos entre as pessoas sejam respeitados, mas que a justiça chegue a todas as pessoas para satisfazerem as suas necessidades. Ajuda a criar uma ordem justa entre todos os membros da sociedade. A mentalidade contemporânea, em geral, é mais propensa a reivindicar direitos do que promover a ordem justa.
O homem justo deseja a justiça social para a realização do bem comum, onde cada membro da sociedade e as instituições possam realizar a sua missão conforme sua vocação. Se é verdade que as pessoas são diferentes e únicas, também é verdade que todas são iguais, pois tem a mesma dignidade e os mesmos direitos e deveres.
A sentença de Jesus é bem incisiva: “Quem é fiel nas pequenas coisas será fiel também nas grandes, e quem é injusto nas pequenas será injusto também nas grandes” (Lc 16, 10). Diariamente, vêm à tona denúncias de grandes injustiças, de desvios, de propinas que a maioria da população não consegue dimensionar. Não podemos esquecer as pequenas injustiças e as pequenas falcatruas que vão adormecendo a consciência da pessoa justa. Tantas vezes, as pequenas injustiças são a porta de entrada para as grandes injustiças. Fonte: http://www.cnbb.org.br
BIOMAS: Outro olhar-Hino da Campanha da Fraternidade de 2017.
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Hino da Campanha da Fraternidade de 2017
Tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15).
01 – Louvado seja, ó Senhor, pela mãe terra,
que nos acolhe, nos alegra e dá o pão (cf. LS, n.1)
Queremos ser os teus parceiros na tarefa
de “cultivar e bem guardar a criação.”
Da Amazônia até os Pampas,
do Cerrado aos Manguezais,
chegue a ti o nosso canto
pela vida e pela paz (2x)
02 – Vendo a riqueza dos biomas que criaste,
feliz disseste: tudo é belo, tudo é bom!
E pra cuidar a tua obra nos chamaste
a preservar e cultivar tão grande dom (cf. Gn 1-2).
03 – Por toda a costa do país espalhas vida;
São muitos rostos – da Caatinga ao Pantanal:
Negros e índios, camponeses: gente linda,
lutando juntos por um mundo mais igual.
04 – Senhor, agora nos conduzes ao deserto
e, então nos falas, com carinho, ao coração (cf. Os 2.16),
pra nos mostrar que somos povos tão diversos,
mas um só Deus nos faz pulsar o coração.
05 – Se contemplamos essa “mãe” com reverência,
não com olhares de ganância ou ambição,
o consumismo, o desperdício, a indiferença
se tornam luta, compromisso e proteção (cf LS, n.207).
06 – Que entre nós cresça uma nova ecologia (cf LS, cap.IV),
onde a pessoa, a natureza, a vida, enfim,
possam cantar na mais perfeita sinfonia
ao Criador que faz da terra o seu jardim.
CÂMERA: Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 14 de fevereiro-2017. DIVULGAÇÃO: www.olharjornalistico.com.br
Frente antipapal divulga edição falsa do L’Osservatore Romano
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Outra surpresa desagradável para o Papa Francisco. Em menos de uma semana dos cartazes anti-Bergoglio afixados ilegalmente em vários bairros romanos, as dores de cabeça das alas mais ortodoxas da Cúria e do mundo católico reapareceram. Sinal de que o mal-estar é mais persistente do que parece, e que, justamente por isso, talvez não deveria ser descartado como se não fosse nada, reduzido a uma piada de mau gosto e sem efeitos. A reportagem é de Franca Giansoldati, publicada no jornal Il Messaggero, 10-02-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Desta vez, a rebelião sarcástica, subterrânea e, mais uma vez, anônima tomou a forma da sátira venenosa, feroz, mordaz. A Pasquinada 2.0 foi entregue nestes dias no endereço de e-mail de diversos monsenhores, cardeais, bispos e gentis-homens.
Sim, sim, não, não
Um deboche sarcástico totalmente centrado no silêncio do Papa Francisco em relação aos quatro cardeais das “dubia”, Burke, Meissner, Brandmüller, Caffarra – cujas dúvidas doutrinais sobre as aberturas à comunhão aos divorciados recasados abriram um intenso debate interno, sem exclusão de golpes baixos.
Os purpurados das “dubia”, em setembro passado, tinham endereçado ao papa uma carta pública que continha cinco perguntas baseadas nas “contradições” contidas na Amoris laetitia, o documento pós-sinodal fruto dos dois sínodos sobre a família.
As perguntas tinham sido formuladas de tal forma que exigiam duas respostas, um sim ou um não. Nunca antes um documento papal sobre o amor tinha produzido tantas fraturas, incompreensões e amarguras.
O cardeal Burke, bastante irritado pelo fato de Francisco, em dezembro, ainda não ter respondido aos “irmãos cardeais”, tinha levantado a hipótese de uma espécie de ultimato, evidenciando que um pontífice em erro (sobre questões de fé) podia ser corrigido mediante um procedimento utilizado também nos séculos passados.
Tudo começou aí. O que está circulando via e-mail é uma cópia perfeita, em formato PDF, do L’Osservatore Romano, com a manchete em letras garrafais: “Ele respondeu!”. “Francisco quebrou o silêncio sobre as dubia dos quatro cardeais. Seja o vosso falar sim, sim, não, não. Dito e feito, eis os cinco sic et non com os quais o papa esclareceu cada dúvida. Explicadas, cada uma, com proposições retomadas do seu inequívoco magistério anterior.” Para cada uma das cinco perguntas, o papa, em vez de responder afirmativa ou negativamente, oferece uma versão ambígua. E replica: “Sim e não”.
Quem redigiu os textos e a gráfica da versão falsa, além de conhecer perfeitamente a terminologia e a estrutura dos documentos, quis evidenciar a confusão levantada. Por exemplo, a terceira dúvida.
“Depois da Amoris laetitia, pode-se ainda considerar que uma pessoa que vive em estado de adultério se encontra em uma situação objetiva de pecado grave habitual?” No jornal vaticano falso, o papa responde com uma frase (verdadeira) pronunciada no dia 16 de junho do ano passado. “Com a adúltera, Jesus se faz um pouco de tolo, deixa passar o tempo, escreve no chão e depois: o primeiro de vocês que não tem pecado atire a primeira pedra. E a moral qual era? Era de apedrejá-la, mas Jesus contorna a moral. Isso nos leva a pensar que não se pode falar de rigidez.”
A primeira página do jornal é acompanhada por outros artigos satíricos. Por exemplo, o imediato posicionamento do cardeal Kasper e do jesuíta padre Spadaro, dois dos consultores mais ouvidos do Papa Bergoglio. Kasper, tendo ouvido as respostas do pontífice, cai de joelhos. “Confesso, estar de joelhos é um pouco incômodo, mas essa é a única posição correta em que devemos nos colocar enquanto lemos as tranquilizadoras respostas papais aos cardeais duvidosos.”
Mais intrincada é a parte de Spadaro: “Depois dessas respostas, 2 mais 2 é igual a 5, como eu já tinha profetizado em um tuíte às vésperas da Epifania”.
O falso falecimento
Seguem-se outros artigos afiados, também de gosto duvidoso, como o falecimento do cardeal Pio Vito Pinto (que, na realidade, não é cardeal, mas apenas decano cessante da Rota), uma figura central a qual o Papa Bergoglio se confiou desde o início para concretizar a reforma sobre o matrimônio. Um processo complicado que, desde o primeiro momento, apresentou problemas, tanto que foram necessários dois motu próprio diferentes para garantir uma certa reorganização.
A ironia do pasquim 2.0 só podia se abater também sobre Vito Pinto. “Desde o amanhecer desta manhã, perderam-se os rastros do cardeal Pinto, decano do tribunal da Rota Romana. No início da manhã, tinha chegado na Casa Santa Marta um envelope com as respostas às dubia dos quatro cardeais, que o Papa Francisco se preparava para tornar públicas no mesmo dia. O cardeal abriu o envelope, leu as respostas do papa e exclamou, com visível satisfação: ‘ Mais claro do que isso, só morrendo!’. Depois disso, ele desapareceu. Foi o que testemunhou a governanta do purpurado, interrogada por um funcionário da Gendarmeria papal.”
A pasquinada via web acabou no centro de fofocas e comentários. Talvez podem não ter voltado os corvos do passado, não mais identificáveis nos vazamentos, na divulgação de materiais candentes das salas sagradas por obra de mãos cúmplices. Desta vez, é apenas o dissenso que ultrapassou a Porta Sant’Anna.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Papa adverte: "A verdadeira Nossa Senhora não é uma superstar que manda cartas"
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No dia 6 de junho de 2015, voltando da viagem a Sarajevo, o papa dizia aos jornalistas: “Estamos muito perto de tomar decisões. Depois, serão ditas. Por enquanto, dão-se apenas algumas orientações aos bispos, mas sobre as linhas que serão tomadas”. A reportagem é de Matteo Matzuzzi, publicada no jornal Il Foglio, 10-02-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O objeto do anúncio de Francisco, as aparições de Nossa Senhora em Medjugorje. O Pe. Federico Lombardi, então diretor da Sala de Imprensa vaticana, convidava à paciência: “Tudo adiado para depois do verão”, assegurava. Mas se passaram dois verões, e, das decisões que pareciam iminentes, nem a sombra.
O que é certo é o dossiê encorpado entregue há quase três anos ao pontífice, preparado pela comissão especial desejada por Bento XVI e presidida pelo cardeal Camillo Ruini. Já estava fixada, dizia-se em 2015, uma reunião da Congregação para a Doutrina da Fé para examinar as pastas, discutir e deliberar.
Silêncio total. Matéria incandescente, divisiva demais, sussurrava-se (e se sussurra ainda hoje) do outro lado do Rio Tibre: qualquer que seja a decisão, a divisão será inevitável. Duas linhas: a mais cética ou pelo menos prudente do cardeal prefeito, Gerhard Ludwig Müller, que proibiu, como de praxe, que os fiéis católicos participassem das reuniões com os videntes de Medjugorje, e a muito mais aberturista do cardeal Christoph Schönborn, que convida a olhar para os frutos que a devoção bósnia produz.
É difícil dizer o que o papa pensa, embora os sinais existam. O último chegou nessa quinta-feira, com a publicação, na revista La Civiltà Cattolica, das respostas que Francisco deu aos superiores gerais, recebidos no Vaticano em novembro passado.
A uma pergunta relativa à escolha dos temas marianos para as próximas três Jornadas Mundiais da Juventude, o pontífice disse, primeiro, que não tinha ele pessoalmente que os tinha escolhido e, depois, esclareceu que saudável é a devoção à “Nossa Senhora verdadeira” e não à “Nossa Senhora chefe de uma agência dos correios que, a cada dia, manda uma carta diferente, dizendo: ‘Meus filhos, façam isso e, depois, no dia seguinte, façam aquilo’. Não – acrescentou Bergoglio –, não essa. A Nossa Senhora verdadeira é aquela que gera Jesus no nosso coração, que é Mãe. Esta moda da Nossa Senhora superstar, como uma protagonista que coloca a si mesma no centro, não é católica”.
Nenhuma referência explícita a Medjugorje, embora os indícios sejam rastreáveis (os encontros marcados pelos videntes em diversas localidades do mundo, com eventos em estádios e palácios do esporte para assistir às aparições, parecem se encaixar na casuística da “Nossa Senhora superstar”).
Três dias depois da viagem à Bósnia, na homilia em Santa Marta, o papa disse: “Mas onde estão os videntes que nos dizem hoje a carta que Nossa Senhora vai mandar às quatro horas da tarde? Eles vivem disso. Mas essa não é a identidade cristã. A última palavra de Deus se chama Jesus, e nada mais”.
Não se tratava de uma novidade, já que, em novembro de 2013, novamente em Santa Marta, ele observava que “a curiosidade nos leva a querer ouvir que o Senhor está aqui ou está lá, ou nos faz dizer: ‘Mas eu conheço um vidente, uma vidente, que recebe cartas de Nossa Senhora, mensagens de Nossa Senhora’. Mas a Nossa Senhora é Mãe, não é um chefe de uma agência dos correios, para enviar mensagens todos os dias. Essas novidades afastam do Evangelho”.
O ponto que Francisco enfatiza não é tanto o fato de acreditar ou não nas aparições marianas (em Buenos Aires, como arcebispo, ele permitiu que Ivan Dragicevic, vidente de Medjugorje, realizasse um ciclo de conferências), mas sim a sua excessiva espetacularização, a transformação do Mistério em um show (muitas vezes com bilhete de entrada).
Daí a ladainha sobre a Nossa Senhora que não é chefe de uma agência dos correios que agenda as suas aparições em turnê pelo mundo, marcando até os horários. Afinal de contas, o exemplo de Lourdes e Fátima, casos em que o caráter sobrenatural das manifestações foi confirmada pela Igreja, ensina: nada de compromissos à la Super Bowl. Maria apareceu a jovens agricultores e pastores. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
VOCÊ VIU? Família de gêmeas adotadas por Madonna vive com R$ 1,50 por dia na África
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A casa da família é feita de tijolo; o banheiro, que fica do lado de fora da moradia, é dividido com mais outras cinco famílias do povoado.
Madonna acaba de adotar as gêmeas Stella e Esther. Vindas do Malawi, as meninas tinham uma vida pobre no país, ao lado de três irmãos mais velhos: Alinefe, Tifa e Kennedy. A condição da família é bastante precária. Eles vivem em uma casa feita de tijolo, com pouco mais de R$ 1,50 por dia. Não há camas e nem água encanada. Também são poucos os móveis e objetos da moradia, que tem telhado preso por pedras. O banheiro improvisado fica do lado de fora, e é dividido com mais cinco famílias do mesmo povoado africano.
"Estou feliz que elas são parte de uma nova família e agora têm uma mãe que vai amá-las. Quero que elas cresçam amadas por pessoas que sejam capaz defendê-las (...) elas terão uma boa educação e poderão viver seus sonhos", disse Alinefe, em entrevista ao Daily Mail. "Nós descobrimos há uma semana que elas estavam indo para os Estados Unidos. Eu não sei onde fica, mas estou feliz por elas", contou Tifa.
A mãe das meninas, que se chamava Patricia, morreu após um parto de risco em agosto de 2012. Ao lado de Madonna, Stella e Esther vão viver em uma casa de luxo em Nova York, estimada em R$ 125 milhões.
As gêmeas foram levados para os EUA em um jato particular depois que um juiz determinou que a estrela do pop poderia legalmente adotar as meninas e levá-las para fora do país. Fonte: http://vogue.globo.com
*6º Domingo do Tempo Comum: Um Olhar...
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A liturgia de hoje garante-nos que Deus tem um projeto de salvação para que o homem possa chegar à vida plena e propõe-nos uma reflexão sobre a atitude que devemos assumir diante desse projeto.
Na segunda leitura, Paulo apresenta o projeto salvador de Deus (aquilo que ele chama “sabedoria de Deus” ou “o mistério”). É um projeto que Deus preparou desde sempre “para aqueles que o amam”.
A primeira leitura recorda, no entanto, que o homem é livre de escolher entre a proposta de Deus (que conduz à vida e à felicidade) e a auto-suficiência do próprio homem (que conduz, quase sempre, à morte e à desgraça). Para ajudar o homem que escolhe a vida, Deus propõe “mandamentos”: são os “sinais” com que Deus delimita o caminho que conduz à salvação.
O Evangelho completa a reflexão, propondo a atitude de base com que o homem deve abordar esse caminho balizado pelos “mandamentos”: não se trata apenas de cumprir regras externas, no respeito estrito pela letra da lei; mas trata-se de assumir uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus e às suas propostas, que tenha, depois, correspondência em todos os passos da vida.
EVANGELHO (Mt 5,17-37): Atualização.
Os discípulos de Jesus são convidados a viver na dinâmica do “Reino”, isto é, a acolher com alegria e entusiasmo o projeto de salvação que Deus quis oferecer aos homens e a percorrer, sem desfalecer, num espírito de total adesão, o caminho que conduz à vida plena.
Cumprir um conjunto de regras externas não assegura, automaticamente, a salvação, nem garante o acesso à vida eterna; mas, o acesso à vida em plenitude passa por uma adesão total (com a mente, com o coração, com a vida) às propostas de Deus. Os nossos comportamentos externos têm de resultar, não do medo ou do calculismo, mas de uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus e às suas propostas. É isso que se passa na minha vida? Os “mandamentos” são, para mim, princípios sagrados que eu tenho de cumprir, mecanicamente, sob pena de receber castigos (o maior dos quais será o “inferno”), ou são indicações que me ajudam a potenciar a minha relação com Deus e a não me desviar do caminho que conduz à vida? O cumprimento das leis (de Deus ou da Igreja) é, para mim, uma obrigação que resulta do medo, ou o resultado lógico da opção que eu fiz por Deus e pelo “Reino”?
“Não matar”, é, segundo Jesus, evitar tudo aquilo que cause dano ao meu irmão. Tenho consciência de que posso “matar” com certas atitudes de egoísmo, de prepotência, de autoritarismo, de injustiça, de indiferença, de intolerância, de calúnia e má língua que magoam o outro, que destroem a sua dignidade, o seu bem estar, as suas relações, a sua paz? Tenho consciência que brincar com a dignidade do meu irmão, ofendê-lo, inventar caminhos tortuosos para o desacreditar ou desmoralizar é um crime contra o irmão? Tenho consciência que ignorar o sofrimento de alguém, ficar indiferente a quem necessita de um gesto de bondade, de misericórdia, de reconciliação, é assassinar a vida?
Não podemos deixar, nunca, que as leis (mesmo que sejam leis muito “sagradas”) se transformem num absoluto ou que contribuam para escravizar o homem. As leis, os “mandamentos”, devem ser apenas “sinais” indicadores desse caminho que conduz à vida plena; mas o que é verdadeiramente importante, é o homem que caminha na história, com os seus defeitos e fracassos, em direção à felicidade e à vida definitiva.
*Leia a reflexão na íntegra. Aqui no olhar, clique no link: EVANGELHO DO DIA e procure a reflexão do 6º Domingo do Tempo Comum.
RELIGIÃO: Papa nomeia enviado especial a Medjugorje
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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa determinou neste sábado (11/02), que Dom Henryk Hoser, Arcebispo de Varsóvia-Praga, na Polônia, vá a Medjugorje na qualidade Enviado Especial da Santa Sé.
A missão tem o objetivo de obter informações mais aprofundadas da situação pastoral daquela realidade e, sobretudo, das exigências dos fiéis que chegam em peregrinação e, com base nisso, sugerir eventuais iniciativas pastorais para o futuro. Terá, portanto, um caráter exclusivamente pastoral.
Está previsto que Dom Hoser, que continuará a ser Arcebispo de Varsóvia-Praga, complete sua missão no segundo semestre de 2017. (Rádio Vaticano)
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2017: Frei Petrônio.
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NOTA-01: Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação”, este ano, a iniciativa traz uma reflexão sobre o meio ambiente e sugere uma visão global das expressões da vida e dos dons da criação.
No Brasil, a Campanha já existe há mais de 50 anos e sua abertura oficial sempre acontece na quarta-feira de cinzas, época na qual a Igreja convida os fiéis a experimentarem três práticas penitenciais: a oração, o jejum e a esmola.
Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova”, afirma. Fonte: http://www.cnbb.org.br
NOTA- 02: O Brasil é formado por seis biomas de características distintas: 1-Amazônia, 2-Caatinga, 3-Cerrado, 4-Mata Atlântica, 5-Pampa e 6-Pantanal. Cada um desses ambientes abriga diferentes tipos de vegetação e de fauna.
Como a vegetação é um dos componentes mais importantes da biota, seu estado de conservação e de continuidade definem a existência ou não de hábitats para as espécies, a manutenção de serviços ambientais e o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência de populações humanas.
Para a perpetuação da vida nos biomas, é necessário o estabelecimento de políticas públicas ambientais, a identificação de oportunidades para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade. Fonte: http://www.mma.gov.br
Vaticano lança guia para motivar padres e religiosas
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Vem aí o guia do Vaticano para dar novamente motivação para padres e freiras. Da exortação a não cair nas promessas fáceis ao convite a não se fossilizar no passado, os Quaderni di Vita Consacrata. Laboratorio di governo (publicados pela Libreria Editrice Vaticana) – editados pela subsecretária da Congregação para a Vida Consagrada, Ir. Nicla Spezzati (junto com Jiménez Echave, missionário claretiano, oficial da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, e o Pe. Santiago Gonzáles Silva, reitor do Instituto de Teologia da Vida Consagrada “Claretianum”) – evidenciam erros e fraquezas mais frequentes de consagrados e consagradas ara evitar improvisações e preencher lacunas. A reportagem é do sítio ADN Kronos, 08-02-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
“A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada enfatiza a importância de incluir na formação continuada uma séria iniciação ao governo: porque essa tarefa às vezes é confiada com improvisação e implementada de forma imprópria e incompleta”, é a premissa. Pede a consagrados e consagradas, portanto, acima de tudo, franqueza: “Em vez do estilo convencional, até mesmo melífluo, se deveria seguir um estilo caracterizado pela liberdade e pela franqueza”.
O alerta se dirige às chamadas escolas de espiritualidade que “nisso – denuncia o volume ‘No serviço da identidade cristã’ – têm responsabilidades graves, obcecadas pela própria coerência, em vez de estarem atentas a reconhecer a surpreendente graça de Deus, multiplicaram os perfis vagos e evanescentes, sequestrando a inovação e reduzindo-a a formas superadas e fossilizadas”.
Olha-se com preocupação para “a ausência de novas vocações, a progressiva desativação do percurso formativo, contração numérica dos religiosos/as ou das comunidades, o que gera indiferença a qualquer mudança”. Entre as situações mais perigosas, por serem “menos percebidas”, está a “progressiva desmotivação dos religiosos/as ou das comunidades, o que também gera indiferença a qualquer mudança”. O convite a religiosos e religiosas é a não cair em promessas fáceis. “Muitas vezes, nas instâncias de participação/consulta, prometem mais do que podem cumprir. Essa é uma dimensão subestimada: está em jogo o capital não apenas de credibilidade do grupo, mas também da sua confiabilidade”, adverte-se.
Atenção também à resignação e a atitudes muito nostálgicas: “Há anos, os sinais de mudança da vida religiosa em nível mundial, particularmente na Europa, são múltiplos. Sinais fortes, preocupantes. Correspondem a eles reações nostálgicas, hoje curiosamente em fase de evidência; reações de remoção dos problemas e reações de resignação, ainda mais generalizadas”.
Pede-se que padres e religiosas se esforcem para se defrontar com a capacidade de “arriscar” e, como muitas vezes pede o Papa Francisco, de ser criativo: “A criatividade para o carisma é contato com a novidade autêntica e intacta, com um dinamismo que não se curvou ao desgaste do tempo, que encontra no tempo histórico uma oportunidade para manifestar o inédito”. Sobre esse aspecto, as religiosas ganham dos religiosos: “As fundações femininas oferecem as provas mais convincentes e os progressos mais ousados”.
Uma atenção particular também é pedida para a preparação cultural dos jovens religiosos que, exorta o manual, não pode estar ligada a “leituras parciais, exortativas”, nem se reduzir ao relato de “anedotas: apenas um conhecimento mais crítico pode fortalecer a cultura espiritual, as motivações do pertencimento e da responsabilidade com uma fidelidade criativa”.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Papa Francisco admite corrupção no Vaticano
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O Papa Francisco admitiu que no Vaticano há corrupção, mas que ele próprio vive em paz, ao responder a algumas perguntas dos superiores de ordens religiosas e congregações de religiosos.
O papa Francisco admitiu que no Vaticano há corrupção, mas que ele próprio vive em paz, ao responder a algumas perguntas dos superiores de ordens religiosas e congregações de religiosos cuja transcrição será publicada na revista Civiltà Católica.
Esta conversa com os religiosos, da qual o diário Corriere della Sera publica esta quinta-feira uma pequena parte, o Papa Francisco falou também do uso do cilício, instrumento que causa dor e que é usado para penitência, sem rejeitar o seu uso. “Quando entrei como noviço para os Jesuítas, deram-me o cilício. Está bem, mas atenção: não tem de me ajudar a mostrar que sou bom e forte. O verdadeiro ascetismo tem de tornar-me mais livre”, disse.
Neste encontro com os religiosos, do passado dia 25 de novembro, Francisco explicou que nas congregações gerais prévias ao conclave “falava-se de reformas”. Todas as queriam. Há corrupção no Vaticano. Mas eu vivo em paz”, admitiu.
“Não tomo tranquilizantes”, gracejou o papa, que assegurou que em Buenos Aires era “mais ansioso”, mas que depois de ser escolhido sentiu uma paz interior que ainda hoje o acompanha. Quando há um problema, contou, escreve uma mensagem num papel e coloca-a por baixo da estátua de São José que tem na sua habitação. “Agora, ele [São José] dorme debaixo de um colchão de mensagens de papel. Mas eu durmo bem. Durmo seis horas e rezo (…) Esta paz é um presente do Senhor. Espero que [Ele] não me a tire”, afirmou.
Segundo o papa, para viver em paz é necessário um certo desprendimento, mas “nunca lavar as mãos dos problemas”, pois “se na Igreja há muitos Pôncio Pilatos que lavam as mãos para estar tranquilos e um superior lava daí as mãos, não é pai e não ajuda”. Ao Papa Francisco não lhe importam as críticas, pois, explica: “a vida está cheia de incompreensões e tensões e, quando são críticas que servem para crescer, aceito-as, respondo”.
Admitiu que as perguntas mais difíceis não são as dos religiosos, mas as dos jovens, que o põem em apuros nalgumas ocasiões. Contou também que na estrutura da Igreja pode encontrar-se “uma atmosfera mundana e principesca” e acrescentou que os religiosos “têm de contribuir para destruir este ambiente nefasto”.
Não é necessário converterem-se em cardeais para se crerem príncipes. Basta ser clericais. Isto é o pior na organização da Igreja”, garantiu. A propósito dos abusos sexuais por parte de religiosos, Francisco respondeu: Dois em cada quatro abusadores sofreram abusos e isto é devastador”. “No caso de estarem implicados religiosos é claro que está presente o diabo, que destrói a obra de Jesus através de quem a deveria anunciar”.
Sobre a pederastia, o Papa disse que é preciso manter claro que “é uma doença” e pediu “atenção ao receber candidatos na formação religiosa sem verificar a adequada maturidade afetiva”. “Por exemplo, nunca receber na vida religiosa ou numa diocese candidatos que tenham sido rejeitados noutras sem pedir informação detalhada sobre os motivos da rejeição”, acrescentou.
Fonte: http://observador.pt
O grupo de rock formado por freiras que já fez show para o papa.
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Uma banda de rock peruana composta totalmente por freiras virou uma sensação na internet - elas já se apresentaram até para o papa Francisco.
Segundo a irmã Mônica Nobl, o grupo musical, chamado Siervas ("Servas" em espanhol), se formou em um convento em Lima.
Conversando sobre música, as freiras perceberam que várias delas sabiam tocar diferentes instrumentos. "As pessoas se esquecem de que as freiras eram pessoas normais antes de se tornarem freiras. Nós somos como você, nós ouvimos música pop e rock a vida toda", disse a religiosa. A banda compôs músicas e gravou vídeos que viralizaram - para encontrá-la nas redes sociais, basta procurar por @SiervasMusica.
As freiras se apresentaram para o papa Francisco durante uma visita dele ao México. Depois disso, passaram a receber convites para se apresentar em diversos países. "Nós vamos para onde Deus aponta. Não temos planos preestabelecidos", contou a irmã Mônica Bobl. Fonte: www.bol.uol.com.br
O Caos no Espírito Santo: Bispos convoca o povo para oração.
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Em nota, os prelados pedem prevalência do bom senso, do diálogo e do entendimento sobre o poder
Preocupados com a onda de violência que se instaurou no estado do Espírito Santo por conta do aquartelamento da Polícia Militar, cujos familiares reivindicam melhorias para a categoria, os bispos das dioceses capixabas emitiram uma nota convocando os fiéis e todos os homens e mulheres de boa vontade para entrarem em oração “pedindo a Deus que conceda serenidade, paz, proteção e justiça”. “Peçamos também ao Senhor que não prevaleça o poder, mas o bom senso, o diálogo, o entendimento e se chegue a uma decisão sábia que engrandeça nossa sociedade. Que Deus ilumine e dê sabedoria aos nossos governantes e às pessoas constituídas em autoridade!”, escreveram os bispos.
Leia a nota na íntegra:
NOTA DOS BISPOS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Caríssimos irmãos, irmãs e todos os homens e mulheres de boa vontade,
Neste momento que aflige a todos, sentimos nossa fraqueza e o perigo instaurado pelo império da violência. A segurança pública é um direito de todos, deve ser construída a partir de um amplo diálogo entre o Estado, a sociedade organizada e todos os cidadãos. Sabemos que violência gera violência, mas é verdade que todos queremos a paz e a concórdia.
Por isso, nós os bispos do Estado do Espírito Santo, queremos convocá-los para juntos orarmos em nossos lares pedindo a Deus que conceda serenidade, paz, proteção e justiça ao nosso Estado. Peçamos também ao Senhor que não prevaleça o poder, mas o bom senso, o diálogo, o entendimento e se chegue a uma decisão sábia que engrandeça nossa sociedade. Que Deus ilumine e dê sabedoria aos nossos governantes e às pessoas constituídas em autoridade!
Nossa Senhora das Alegrias, a Virgem da Penha, padroeira de nosso Estado que detém outros títulos como Nossa Senhora do Amparo, Nossa Senhora do Consolo e Senhora da Vitória seja nossa companhia neste momento tão delicado, proteja todas as famílias, apazigue os corações e desperte em todos o compromisso com o respeito e a valorização da vida, dom de Deus.
“E a paz de Deus, que ultrapassa toda a compreensão, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Fl 4,7).
Deus abençoe a todos!
Espírito Santo, 06 de fevereiro de 2017
Dom Luiz Mancilha Vilela, ss.cc.
Arcebispo Metropolitano de Vitória
Dom Dario Campos, ofm
Bispo de Cachoeiro de Itapemirim
Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias
Bispo de Colatina
Dom Paulo Bosi Dal’Bó
Bispo de São Mateus
Dom Rubens Sevilha, ocd
Bispo Auxiliar de Vitória.
Fonte: http://www.cnbb.org.br
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