CARMELITAS: A dimensão contemplativa da vida.
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*Fraternità Carmelitana Pozzo di Gotto - 1993.
Para o Carmelo a experiência contemplativa é estilo de vida pessoal e comunitário ao mesmo tempo; itinerário para Deus - ou melhor, de Deus para nós - que pede para ser vivido no contexto de fraternidade, em companhia dos irmãos e não como busca individual e intimista.
Vejam como a Regra delineia a dimensão contemplativa da vida:
- a) A escuta comunitária da Palavra durante a mesa comum (c.4): é a relativização do pão do homem frente ao alimento espiritual do Pão da Palavra.
- b) A lectio divina (c.7), como momento pessoal de escuta da Palavra, a fim de se permanecer constantemente enraizados no Mistério de Cristo, e em vigília, aguardando a sua vinda.
- c) A celebração quotidiana da Liturgia do Louvor e da Eucaristia (c.8 e 10), onde a Palavra assimilada na lectio pessoal ressoa na comunidade, que celebra a oração dos Salmos
- Síntese orante de toda a Sagrada Escritura - e a fractio panis, memorial da Nova Aliança com Deus e com os irmãos no sinal do dom e do serviço.
- d) O cuidado pelos valores do Espírito, a fim de que, escolhendo a essencialidade (c.12 e 13), revestindo-nos do Cristo, Homem Novo (c.14), vivendo o trabalho como dom de si mesmo (c.15) e o silêncio como pedagogia sapiencial em preparação de uma autêntica comunicação humana (c.16), chegue à idade adulta dentro de nós o nosso homem espiritual e transforme o próprio ambiente da fraternidade numa epifania da presença de Deus, num lugar de procura assídua do Seu Rosto na história dos homens.
*0 CARMELO A SERVIÇO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO: Carisma, Espiritualidade, Missão – apontamentos. Tradução por Frei Pedro Caxito O. Carm. In Memoriam (São Romão-MG. *31/12/1926. São Paulo. + 02 / 09/ 2009).
ORDEM TERCEIRA DO CARMO: Sodalício de São José dos Campos/SP.
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Nesta segunda 19- Solenidade de São José- foi eleito o Novo Conselho do Sodalício de São José dos Campos - SP.
Priora
Ir Marlene
Conselheiras
Ir Maria Ilma
Ir Maria Teresa
Ir Maria Serão
Ir Neli
ORDEM TERCEIRA DO CARMO: Sodalício de Jacareí/SP.
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No último domingo, 18, foi eleito o Novo Conselho do Sodalício de Jacareí/ SP.
Priora
Maria de Fátima
Conselheiros
Wesley Fariai
Clayton Ricardo
VISITA AOS SODALÍCIOS DA ORDEM TERCEIRA DO CARMO...
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FREI PETRÔNIO DE MIRANDA, O. CARM: Programação para os próximos dias em visita aos Sodalícios da Ordem Terceira do Carmo da Província Carmelitana de Santo Elias- Carmelitas. Dia 18, às 15h, domingo. Jacareí/SP. Dia 19, segunda-feira, às 9h. São José dos Campos/SP. De 20-21. Sodalícios da Basílica e Esplanada, São Paulo, capital. Acompanhe tudo aqui no olhar
CARMELITAS: AS COORDENADAS TEOLÓGICO-ESPIRITUAIS DO CARISMA DO CARMELO.
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*Fraternità Carmelitana Pozzo di Gotto - 1993.
1- A "koinonia" fraterna
A Regra do Carmelo fala de fratres. É o nome novo que os seus destinatários recebem. Este nome indica uma nova qualidade de relacionamentos interpessoais e de impostação de vida na comunidade: o "nós" comunitário, ou se quiserem, "a comunidade" como sujeito protagonista. Vejamos em síntese os valores que exprime.
- a) A unanimidade. Indica o sentir comum e a convergência essencial sobre um projeto único de vida. É a base para o diálogo e o discernimento comunitário, sem personalismos e atitudes arbitrárias, geradoras de instabilidade.
- b) A reciprocidade. É a unanimidade considerada na sua forma mais amadurecida; exprime um relacionamento em diálogo intenso, que assume nos irmãos a forma da obediência recíproca em Cristo e do serviço recíproco na humildade.
- c) A condivisão. É a capacidade de desconcentrar-se da reivindicação do proprium, criador de divisão e antagonismos, a fim de orientar-se para a pobreza e a comunhão total de bens. A Regra delineia várias formas de condivisão: a mesa comum (c.4), a oração em comum (c.8), a condivisão dos bens de consumo (c.9), a celebração eucarística (c.10), a reunião semanal da comunidade (c.11).
- d) A relativização dos encargos institucionalizados. Os cargos estão presentes na comunidade(prior, ecônomo, presbíteros etc.), mas não são enfatizados. Realmente na Regra não somos levados a pensar na distinção entre religiosos irmãos e religiosos presbíteros nem fica determinado quem deva presidir à reunião semanal da comunidade. É aqui que se revela, mais do que em outro lugar, o valor da comunidade como sujeito protagonista, a saber, a intenção de sublinhar que -_> a igualdade fundamental dos fratres vem antes de qualquer cargo e ministério.
- e) A atenção para com a pessoa. A comunidade que é o sujeito protagonista não rebaixa nem marginaliza a pessoa, antes a valoriza, garantindo a cada um espaço pessoal vital (c. 3 e 5), tendo consideração pelas suas necessidades e pela sua condição física, cultural e espiritual (c. 8, 9, 12 e 13), favorecendo a humanização das estruturas e dos costumes para o bem das pessoas e salvaguarda do ambiente (c.2,3,4,10 e 11).
*0 CARMELO A SERVIÇO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO: Carisma, Espiritualidade, Missão – apontamentos. Tradução por Frei Pedro Caxito O. Carm. In Memoriam (São Romão-MG. *31/12/1926. São Paulo. + 02 / 09/ 2009).
CARMELITAS: NAS ORIGENS, UMA COMUNIDADE
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*Fraternità Carmelitana Pozzo di Gotto - 1993.
Nas origens do Carmelo não encontramos uma pessoa isolada como Fundador, mas sim uma comunidade. Ela está provavelmente vivendo uma certa evolução interna: de pessoas mais ou menos isoladas rumo a um grupo; pede ajuda e discernimento ao Patriarca de Jerusalém, Alberto, a fim de que (a nível não apenas jurídico, mas também teológico-espiritual) consolide e codifique o projeto de vida deles, o seu "propositum", numa "vitæ formula", que a seguir, com o discernimento do Papa, adquirirá o status de Regra.
Confirmação do que dizemos nos vem antes de tudo do próprio texto da Regra - ou melhor do dinamismo e dos valores do projeto de vida que ela propõe - enquanto mediação para transmitir a "experiência do Espírito" do Fundador ou do carisma de fundação.
Além disso, aquela expressão, que aparece mais vezes nas Primeiras Constituições e em outros escritos medievais - "(...) Albertus Ierosolymitanæ ecclesiæ Patriarcha in unum collegium congregavit, scribendo eis Regulam(...)" - sintetiza tanto o discernimento feito pelo Patriarca Alberto como a fisionomia dos primeiros irmãos do Carmelo.
Podemos, então, dizer que Fundadores do Carmelo foi aquela primeira comunidade de fratres do Monte Carmelo, não outros. Eles devem permanecer o ponto de referência constante, original e originante do carisma e da missão do Carmelo. A questão, pois, de Elias e de Maria como "fundadores" do Carmelo, no meu parecer, precisa de uma releitura na ótica do "modelo de vida" fortemente personalizado, em sintonia com toda a tradição monástica e, além disso, com a carmelitana.
*0 CARMELO A SERVIÇO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO: Carisma, Espiritualidade, Missão – apontamentos. Tradução por Frei Pedro Caxito O. Carm. In Memoriam (São Romão-MG. *31/12/1926. São Paulo. + 02 / 09/ 2009).
A CRUZ DE JESUS
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ, canta a música; A CRUZ DE JESUS, do seu novo CD- TEMPO DO CARMELO (Lançamento nos próximos meses). IMAGENS DO VÍDEO: Youtube e arquivo do olhar. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 16 de março-2018.
A Cruz de Jesus
Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.
Eis a cruz ó madeiro sagrado, eis a cruz ó altar consumado, eis a cruz, eis a cruz, de Jesus.
1-No Monte das Oliveiras Ele sente a aflição, está em silêncio e desolação. Meu Pai afasta de mim essa dor, mas não seja feita a minha vontade mas/ Do Senhor (bis)
2-Judas Iscariotes traiu meu Salvador, ô quanto sofrimento ó quanta dor. No coração de Pedro a noite chegou, nega o Filho de Deus/ O Salvador. (bis)
3- Ele foi julgado e condenado com desamor, e logo Pilatos Barrabás soltou. Cuspiam Nele e diziam salve o Rei dos Judeus, batiam em sua cabeça/ Ô quanto dor. (bis)
4-No caminho do calvário as santas mulheres encontrou, no caminho do calvário Verônica aflita/ As lágrimas enxugou. (bis)
5-Para o calvário a cruz Ele carregou, Simão Cirineu logo o ajudou. Para o calvário a cruz Ele carregou, a sua santa Mãe/ O consolou. (bis)
6-No suplício da cruz Dimas suplicou, e o perdão dos pecados ele ganhou. Pobre Filho de Deus homem da dor, os pecados de Dimas/ Ele deletou. (bis)
7-No alto da cruz Ele foi condenado, no alto da cruz Ele foi abandonado, no madeiro Ele sente uma grande dor, os pregos e a lança o/ Sangue jorrou. (bis)
8- No alto da cruz Ele gritou, meu Deus, meu Deus por que/ Me abandonou. O que fizeram com o meu Senhor, fazem todos os dias, ô/ Quanta horror. (bis)
*Presença e atividade dos leigos no Novo Testamento-01
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Frei Carlos Mesters, O.Carm.
I- INTRODUÇÃO
Situar o fenômeno: falar do leigo
* Se falamos tanto em leigo hoje, é porque existe um problema que se impôs à consciência e busca uma solução.
* Este mesmo problema se expressa na insistência com que, hoje, as Congregações começam a partilhar sua espiritualidade com os leigos, procurando caminhos novos para isso.
* Está ligado também à preocupação que se nota, em todo canto, de ir criando a “família religiosa”, na qual se congregam congregações afins junto com os leigos.
A busca de solução: voltar às fontes a partir da problemática atual
* O questionamento vem da realidade que já não aceita a visão tradicional, a teoria de sempre, e, por isso mesmo, inicia uma nova prática e uma nova leitura do passado.
Exemplos concretos: Bultmann, Cardijn, CPT, CIMI, CPO.
* Esta nova leitura do passado, motivada pela problemática atual ou pela preocupação de encontrar uma nova maneira de anunciar o Evangelho, está descobrindo dimensões desconhecidas e insuspeitadas. Pensávamos conhecer o passado e agora, de repente, descobrimos coisas totalmente novas que nos questionam. Por exemplo, na história da
Ordem: a dimensão laical, a fraternidade, o profetismo.
* Investiga-se, sobretudo, a Escritura a partir da problemática atual. É o que vamos tentar fazer nesta breve reflexão a partir da preocupação atual em torno da atuação dos leigos na Igreja e na Família Carmelitana. A divisão clero-leigo da maneira como existe hoje não existia naquele tempo, pois certos fatores que marcam o nosso clericalismo, não existiam naquele tempo. Por exemplo, o celibato, a jerarquia da maneira que está descrita no direito canônico, clero como sinônimo de sacerdote, etc. Mas, como hoje, havia uma elite que defendia e mantinha o sistema de divisão entre, de um lado, a elite e, de outro lado, o povo. E convém não esquecer que, por vezes, o leigo clericalizado é mais radical que o próprio clero.
Alguns pressupostos evidentes que não pareciam tão evidentes
* Nas primeiras comunidades cristãs, todos eram laicos, leigos, isto é, membros do laos, do povo de Deus. Havia novas funções, tanto para dentro como para fora, e havia, inclusive, uma certa jerarquia entre as funções ou carismas, mas, tudo era em vista da edificação da comunidade. No início, não havia a divisão entre clero e leigos que hoje marca a vida da Igreja.
* Todos se sentiam responsáveis pela divulgação da Boa Nova de Deus, que era a razão de ser da Comunidade. Este sentimento de responsabilidade nascia não de uma imposição da parte da autoridade, nem do medo de ir para o inferno, nem de um convite da parte do clero para as pessoas ajudarem na Igreja, mas nascia de uma experiência pessoal profunda da Boa Nova de Deus que Jesus trouxe. Ela é que fazia arder o coração e levava as pessoas a anunciar a Boa Nova, sem pedir licença a ninguém.
* A força que empurrava tudo era o Espírito de Jesus, presente na comunidade e distribuído, indistintamente, a todos e todas. Ele levava as pessoas a tomarem iniciativas novas que pareciam proibidas pelo sistema anterior. Por exemplo: entrar em casa de um pagão, acolher os pagãos, comer com não judeus na mesma mesa. Ele ajudava a derrubar divisões que pareciam de ordem divina, desde os tempos de Moisés. A preocupação de todos era reconstruir a Comunidade e ser o novo Povo de Deus.
II- A PREOCUPAÇÃO PRINCIPAL: RECONSTRUIR A COMUNIDADE
Clã, Família, Comunidade.
* A importância da comunidade ao longo da história: clã, tribo, família, comunidade. Esta nova convivência social comunitária era expressão da nova experiência de Deus como Javé. Acentuava a igualdade de todos diante de Deus e impedia que alguém pudesse apropriar-se do poder para criar divisões no meio do povo, como acontecia no Egito, onde o sistema do Faraó, legitimado pela religião, criara uma divisão profunda no povo entre opressor e oprimido.
* Ao longo da história secular do povo da Bíblia, toda vez que enfraquece a vivência comunitária, diminui a experiência de Deus e cresce o domínio de uma elite sobre o resto do povo. Toda vez que a experiência de Deus se faz mais presente, começa uma renovação da vivência comunitária que denuncia e elimina as divisões e a marginalização de pessoas.
* A lei do GOÊL, uma lei clânica, em defesa da família e das pessoas é uma expressão da luta dos profetas, quase todos leigos, para manter e fortalecer a convivência comunitária tribal. O ideal expresso na Lei era não haver necessitados (Dt 15). Deste modo, se renovava a imagem de Deus. A comunidade ou o clã era um anúncio vivo da Boa Nova de Deus como Javé, presença libertadora no meio do povo, Deus-conosco.
* A situação da dupla opressão em que vivia o povo no tempo de Jesus fez com que comunidade ou o clã já não podia exercer o seu papel de defesa da pessoa e da família. Era cada vez mais difícil para as famílias praticarem a hospitalidade, a partilha, a comunhão de mesa e a lei do goêl. A comunidade deixou de ser uma revelação do Reino, do rosto de Deus. As famílias, em vez de se abrirem e de se unirem entre si em comunidade ou clã, se fechavam sobre si mesmas, impedindo, assim, a manifestação do reino de Deus. E a religião, em vez de despertar e de alertar o povo, aumentava ainda mais a exclusão e a marginalização.
* A esperança do povo no tempo de Jesus era que o profeta Elias voltasse para reconduzir o coração dos pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais. Reconstruir a Comunidade. É com esta frase de esperança, a última do livro de Malaquias, que o Antigo
Testamento passa para o Novo Testamento.
* A preocupação principal de Jesus é refazer o tecido social, o relacionamento entre as pessoas, reconstruir a comunidade, para que fosse novamente uma revelação do Rosto de Deus. Ele tenta abrir as famílias, para que novamente se unam em comunidade. Ele mesmo deu o exemplo. Quando foi procurado pelos familiares que queriam traze-lo de volta para casa, ele disse: “Quem é minha mãe e meus irmãos? Todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu!” Alargou a família.
* Jesus falava e agia a partir de uma nova experiência de Deus como Pai. Esta experiência era a luz com que lia e relia, tanto o passado como o presente e a partir da qual nascia nele a consciência da sua missão. Esta mesma missão ele conferiu aos discípulos: “Como Pai me enviou, eu envio a vocês!”, a saber, a reconstrução da comunidade como revelação do rosto de Deus.
*VIII Encontro OC-OCD. Recife, 17 a 23 de junho de 2002
ORDEM TERCEIRA: Noite Cultural-05
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ORDEM TERCEIRA: Noite Cultural-01
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ORDEM TERCEIRA: Os 7 Passos de Jesus-01
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Imagens do Encontro de Priores (as) e formadores (as) da Ordem Terceira do Carmo da Província Carmelitana de Santo Elias- Carmelitas. (37 Sodalícios). O evento acontece nos dias 9-11 de março no Carmo da Bela Vista/SP. No vídeo, oração da manhã do sábado, 10- OS 7 PASSOS DE JESUS. Convento do Carmo da Bela Vista, São Paulo, 10 de março-2018.
D E U S
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Frei Claudio Van Balen, O. Carm. Convento do Carmo do Carmo Sion, Belo Horizonte-MG.
Suspeita plenitude no vazio,
amparo em pura insegurança,
tropeço a desafiar o não-saber.
Deus, à medida da criatura,
nobre projeção da total pequenez,
teimosa onipotência sem possessão.
Inesgotável imaginário
a lidar com mil carências,
justificando formas de poder.
Deus, luz abraçada com trevas;
imponência a esconder insignificância,
desesperada infinitude do nada.
Sorriso para o náufrago,
justificativa para sobreviventes,
sentido para os caminhantes.
Deus, reflexo do mistério da criação,
respiro do que é e não se explica,
suprema expressão de gratuidade.
Questionamento a anular respostas,
subterfúgio do pobre em ousadia,
exclamação dos que abraçam o existir.
Deus, no sorriso o pranto,
na eloquência o silêncio,
presença em extremado abandono.
Teimosia dos que buscam,
revolta dos que desistiram,
Deus, o próximo dos distantes.
*IRMÃ CARMELITA NOMEADA PELO PAPA FRANCISCO: Papa nomeia Ir. Irene Lopes, para o Conselho Pré-Sinodal para a Pan-amazônia
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No Dia Internacional da Mulher, a religiosa brasileira recebe a notícia de que integrará o Conselho, cuja primeira Assembleia será no Vaticano, em abril, com a presença do Papa Francisco.
Cidade do Vaticano
No dia Internacional da Mulher, o Papa nomeia religiosa brasileira como única voz feminina do Conselho Pré-Sinodal.
Irmã Irene Lopes dos Santos, da Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias de Santa Teresa do Menino Jesus- Carmelita, assessora da Rede Eclesial Pan-Amazônica., REPAM, fala de sua alegria pela nomeação, em representação da CLAR, Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas, para o Conselho pré-sinodal.
A Irmã declara que quer ser 'voz de todas as pessoas da Amazônia, principalmente das mulheres: "Seremos os portadores das vozes de todos os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e urbanos da área que representa mais de 60% do território nacional". Fonte: http://www.vaticannews.va
*CONHEÇA A CONGREGAÇÃO DAS CARMELITAS. ACESSE O SITE: http://carmelitasmissionarias.com.br/novo
VOCAÇÃO CARMELITA: Como uma prestigiosa médica cirurgiã acabou se tornando carmelita descalça na Espanha
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Akiko Tamura salvou vidas na sala de cirurgias. Durante muitos anos, foi cirurgiã torácica, mas dentro de si sabia que Deus lhe pedia algo mais. Apesar de estar feliz com a sua vida e com a sua profissão, desde que fez a primeira comunhão soube que o Senhor lhe pedia tudo.
No começo, “achava que a ideia de ser carmelita descalça era uma autêntica palhaçada”, mas Deus lhe mostrou que, com 37 anos, queria que ela entrasse no Convento do Bom Pastor, localizado em Zarautz, em Guipúzcoa (Espanha).
Segundo conta no programa ‘Cambio de Agujas’, da Fundação EUK Mamie-HM Televisión, o pai de Akiko, de origem japonesa, era budista xintoísta e se converteu ao catolicismo graças às orações da sua mãe, católica e espanhola. “Quando o meu pai foi batizado, suas irmãs – minhas tias – contam que mudou para melhor. Havia encontrado Deus”, explica.
Quando Akiko tinha cinco anos, a sua avó, que vivia em Tóquio, foi diagnosticada com câncer no ovário. Viajou junto com seu pai e um irmão para acompanhá-la em seus últimos momentos.
“Quando a minha avó estava morrendo, pediu para ser batizada e meu pai a batizou. Logo faleceu. Esse momento me impressionou muito. Depois, contaram-me que durante sua doença, minha avó tinha um crucifixo e uma imagem de São Josemaria debaixo do seu travesseiro”.
Akiko nasceu em Madri e decidiu estudar medicina na Universidade de Navarra (Espanha), embora seu sonho fosse estudar nos Estados Unidos. Considerou que uma das suas prioridades era discernir o que Deus queria dela.
Terminou o curso e começou a se preparar para o MIR, um exame final que deve ser realizado pelos estudantes de medicina na Espanha para começarem a trabalhar como Médico Interno Residente em um hospital e em uma especialização que lhe é atribuída segundo a nota que obtém nesse exame.
“Durante o tempo de preparação para este exame, vivi em uma casa com as adoradoras, esse foi o meu primeiro contato com a vida religiosa, embora nunca tenha pensado que acabaria sendo monja e muito menos de clausura”.
Começou a trabalhar como cirurgiã torácica em Madri e durante este período, conforme explica em ‘Cambio de Agujas’, “rezava a Deus para que mostrasse o que Ele queria de mim”.
Durante os anos de discernimento, Akiko assegura que de alguma maneira lhe acompanharam a imagem de Jesus Misericordioso e da Virgem de Medjugorje. Tentou ler a vida Santa Teresa de Jesus para se aproximar da realidade das carmelitas, pois pouco a pouco essa ideia ia se concretizando na sua mente e no seu coração, mas desistiu de ler sobre a mística.
Enquanto isso, “encontrava-me com pacientes que tinha salvado da morte e pensava que aí era onde Deus queria que eu estivesse”.
Em uma Quinta-feira Santa, enquanto dirigia e rezava o rosário, perguntou novamente a Deus: “O que quer de mim?”. “Nesse momento, soube que era ser carmelita descalça. Tive uma profunda paz de saber que estaria cantando para Deus como um passarinho e que Deus estaria sempre comigo”. Durante os ofícios da Quinta-feira Santa, Akiko não conseguia parar de chorar ao repetir “Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz”.
Em abril de 2012, contou para sua família a sua decisão e, em agosto daquele ano, entrou para o Convento do Bom Pastor de Zarautz, em Guipúzcoa, (Espanha), e assegura: “Se deixa que Deus entre em sua vida, acontecem milagres nela. A cada manhã, penso e digo: Sou carmelita, sou feliz e sou livre e não trocaria isso por nada neste mundo”. Fonte: http://www.acidigital.com
SÁBADO 3: Olhar do dia
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OLHAR DO DIA DIRETO DO CARMO DA LAPA, RIO DE JANEIRO: Freis Carmelitas; Evaldo Xavier, Superior Provincial, Donizzetti Barbosa e Sílvio Ferrari.
O FUNDADOR DA SEGUNDA E TERCEIRA ORDEM DO CARMO: Beato João Soreth, Carmelita.
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A Origem da Ordem Segunda do Carmo e a Bula Cum Nulla
Bruno Secondin, O. Carm.
O século XV quando a Ordem do Carmo já havia atingido uni estado estável na Europa, contando, com a existência de inúmeros conventos, foi uma época muito importante na história da Ordem do Carmo, quando estava à sua frente a figura do Beato João Soreth, eleito Prior Geral no ano de 1451, a ele é que se deve a Fundação das Ordens Terceira Secular do Carmo.
O Beato João Soreth nasceu em Caen, na Normandia/França em 1394. Atraído pelo Carmelo, nele ingressou e tendo completado com brilhantismo os estudos teológicos, ordenou-se sacerdote em 1417 e aos 46 anos de idade foi eleito Superior Provincial dos Carmelitas na França e aos 57 anos, foi eleito Superior Geral dos Carmelitas, na Assembleia Geral de Avinhão na França.
O seu governo da Ordem foi muito trabalhoso e sofrido, mas de grande sucesso, graças a sua cultura intelectual e profunda piedade. Seu maior empenho na Ordem foi a reforma da vida religiosa dos Frades. Os séculos XIII, XIV e XV foram de muita convulsão política, social e no campo religioso ele teve que enfrentar também sérias dificuldades.
O flagelo da Peste Negra na Europa fez com que os conventos religiosos fossem reduzidos em mais de 40% de seus efetivos. Para repovoar os conventos, os superiores locais foram aceitando candidatos sem muita formação e a disciplina da observância religiosa baixou muito de nível, provocando a decadência dos costumes até dentro dos claustros e reverter esse quadro não foi fácil.
Mas, o Beato João Soreth, com muita paciência e zelo foi visitando todos os Conventos da Europa (Alemanha, Bélgica, França, Inglaterra, Itália, etc) enfrentando toda espécie de dificuldades, andando muitas vezes a pé, nem sempre bem recebido pelos religiosos, mas conseguiu restabelecer a observância religiosa, o retorno à vida conventual, à prática da oração, e conseguiu ainda perfeito equilíbrio entre a vida contemplativa e apostólica; reunificou as Províncias da Alemanha, graças à sua humildade, paciência, prudência e caridade, aplicando até a justiça com medidas enérgicas quando necessárias.
Soreth foi um grande Reformador, direcionando a Ordem do Carmo a seu antigo esplendor na observância regular, naquela época de grandes crises políticas, sociais e religiosas. Um dos maiores empreendimentos do Beato João Soreth foi sem dúvida, a Fundação das Ordens.
Segunda e Terceira do Carmo.
O governo deste Pe. Geral durou 20 anos: de 1451 a 1471. No seu governo, já havia em diversas partes da Europa (Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda e Itália) pessoas ou grupos vivendo e convivendo com os religiosos Carmelitas procurando imbuir-se do espírito e do carisma do Carmelo; tais pessoas ou grupos residiam em suas próprias casas ou até mesmo em casas de propriedade da Ordem do Carmo; tais pessoas eram homens e/ou mulheres, casados, solteiros ou viúvos; nesses grupos, predominava o elemento feminino, que na Itália, elas se chamavam Mantelatae, ou Pinzocherae na Bélgica e na Holanda Beguinas e na Espanha Beatas.
Essas pessoas procuravam imitar os religiosos Carmelitas na prática dos exercícios de piedade, nas orações, nos costumes e até mesmo no uso do hábito monacal e da capa branca (Mantelatae), igual aos Carmelitas.
No tempo do Beato João Soreth, não existiam nem se pensava nas três categorias: Ordem Primeira, Ordem Segunda e da Ordem Terceira dos Carmelitas. Essa distinção passou a existir depois de 1452. Diante dessa realidade de tantas pessoas ligadas espiritualmente ao Carmelo, o Provincial de Florença, Itália, teve a feliz idéia de ir a Roma e de pedir ao Papa Nicolau V (1447 - 1455) um documento que facultasse a existência jurídica daqueles grupos. E o Papa Nicolau V deu-lhe uma Bula que se chamou Cum Nulla datada de 1 de outubro de 1452, e foi desse documento oficial da Igreja que o Beato João Soreth se serviu para dar um caráter jurídico aos grupos; foi assim que nasceu a Ordem Segunda do Carmo ou seja a Ordem Carmelita das Monjas de Clausura, de vida reclusa, afiliadas à Ordem do Carmo mediante a profissão dos votos de pobreza, obediência e castidade; assim os Mosteiros Carmelitas de Monjas de Clausura ficaram jurisdicionadas à Ordem Primeira do Carmo. A partir de então sucederam-se as Fundações das Monjas Carmelitas de Clausura na Europa.
O ESCAPULÁRIO DE NOSSA SENHORA DO CARMO
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Bruno Secondin, O.Carm.
A Ordem do Carmo é uma Ordem Religiosa que desde a sua origem se distinguiu como uma Ordem eminentemente Mariana: o nosso título jurídico é este: Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo. Prova desta índole Mariana da Ordem do Carmo está exatamente na existência da primeira capela dedicada a Nossa Senhora construída no Monte Carmelo. AIí naquela capelinha, nasceu etre os Carmelitas, o seu amor e sua devota veneração a SS. Virgem Maria. A nossa devoção a Maria foi crescendo no correr dos anos, criou raízes na Ordem e fora dela e ganhou um impulso extraordinário em meados do século XIII - com a aparição de Nossa Senhora a São Simão Stock entregando-lhe o seu Escapulário.
1 - O que é o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo? O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo é um sinal externo de devoção a Nossa Senhora, que consiste na Consagração a SS. Virgem mediante a sua recepção e inscrição na Ordem do Carmo, na esperança da proteção materna de Maria! O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo é um Sacramental, isto é, segundo a Doutrina do Vaticano II: Um sinal sagrado segundo o modelo dos Sacramentos, por meio do qual se obtém efeitos sobretudo espirituais pela intercessão da Igreja (Documento Sacrosanto Concilio do Vaticano II, n 60).
2 - Origem do Escapulário - No início do século XIII (1207) nascia no Monte Carmelo na Palestina a Ordem do Carmo, reconhecida e aprovada pelo Papa lnocêncio IV em 1247. Os Eremitas do Monte Carmelo foram logo obrigados a imigrar-se para a Europa. E mesmo na Europa não foram muito bem acolhidos em razão do seu estilo de vida diferente de outras Ordens Religiosas e foram até ameaçados de extinção. Em meio à angústia e sofrimentos o Superior Geral São Simão Stock, suplicava com insistência a ajuda e proteção da SS. Virgem com esta oração:
Virgem do Carmo,
Vinha florida,
Esplendor do Céu,
Virgem Mãe incomparável,
Doce Mãe, mas sempre Virgem,
sede propícia,
aos Carmelitas, Õ Estrela do Mar!
Conforme firme tradição, São Simão Stock teve uma visão em 1251, apareceu-lhe Nossa Senhora, trazendo em sua mão o Escapulário dizendo: “Meu filho muito amado, eis o Escapulário que será distintivo da tua Ordem. Aceita-o como um penhor de bênção que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer piedosamente, vestido com este Escapulário, participará da eterna salvação”! Nós chamamos isto de grande promessa.
Em 1951, a Ordem do Carmo comemorou o 70 Centenário deste Dom de Maria aos Carmelitas. Nessa ocasião, o Papa Pio Xli escreveu aos Carmelitas uma Carta Apostólica, dizendo: Na verdade, não se trata de um assunto de pouca importância, mas trata-se da consecução da vida eterna em virtude da promessa feita, segundo a tradição, pela SS. Virgem. A importância do santo Escapulário como uma veste Mariana, é prenda e sinal da proteção da Mãe de Deus. Mas que não pensem aqueles que se revestem do Escapulário que possam alcançar a salvação eterna, entregando-se à inércia e à preguiça espiritual (Pio XII 6 de março de 1950).
A partir da aparição de Nossa Senhora a São Simão Stock, esta devoção Mariana foi criando corpo espalhando-se pela Europa e fora da Europa, por toda a parte, tornando-se uma devoção muito popular.
3 - O significado simbólico do Escapulário do Carmo - Ao se revestir do Escapulário durante a vida é bom que se saiba o seu profundo e rico significado simbólico como pertença e afiliação a Ordem do Carmo, com a obrigação de viver conforme a sua espiritualidade e o seu carisma; quem dele se reveste, deve ter sempre presente a 55. Virgem, procurando imitá-la em suas virtudes; viver e agir como Ela o fez e, como Ela fazer sempre a vontade de Deus. O Escapulário do Carmo é um Memorial de todas as virtudes de Maria. Todos nós, religiosos e leigos, que nos revestimos do Escapulário, estabelecemos um vínculo de amor a Maria, pertencemos à sua família. O Escapulário - Memorial da Virgem - deve ser visto como um espelho de humildade e castidade. Pio XII, em sua carta, exortou os fiéis a que vejam, em sua forma tão simples, um compêndio de modéstia e candura, e que vejam nele como um simbolismo da oração com a qual se invoca o auxílio divino e que, enfim reconheçam nele a Consagração ao Sacratissimo Coração da Virgem Imaculada.
4 - A proteção maternal de Maria - A SS.Virgem, através dos séculos, sempre manifestou a sua poderosa proteção a todos os fiéis devotos que se revestem do Escapulário durante a vida contra todos os perigos do corpo e da alma, além da proteção ao morrer na graça de Deus; é proverbial, entre os Carmelitas, esta sentença referente aos que usam o Escapulário: Na vida protejo, na morte ajudo e depois da morte salvo. (Pio XII, 6 de agosto de 1950).
A NOITE ESCURA: Frei João Paulo.
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